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MEDIÇÃO DE
TEMPERATURA
Prof. Hélio Padilha
Termometria



Termometria significa “Medição de Temperatura”.
Eventualmente o termo Pirometria é também
aplicado com o mesmo significado, porém,
baseando-se na etimologia das palavras,
podemos definir:
Pirometria: medição de altas temperaturas, na faixa
em que os efeitos de radiação térmica passam a se
manifestar.
 Criometria: medição de baixas temperaturas, ou seja,
próximas ao zero absoluto de temperatura.
 Termometria: termo mais abrangente que incluiria
tanto a Pirometria quanto a Criometria.

Temperatura - escalas


A temperatura é
quantificada através de
escalas padronizadas, as
mais utilizadas são a escala
Celsius [ºC] e a Fahrenheit
[ºF], ambas com o nome de
seus criadores. No Sistema
Internacional (S.I.) utiliza-se
a escala absoluta Kelvin,
que é base para pesquisas
e estudos científicos.
Tipos de medidores


Os medidores de temperatura podem ser divididos
em dois grandes grupos: o termômetros de efeito
mecânico e o termômetros de efeito elétrico. O
primeiro grupo tem como princípio de medição a
dilatação dos materiais e o segundo tem como base
as propriedades termelétricas e resistivas dos
materiais. Existem ainda um terceiro grupo de
medidores por radiação (ondas eletromagnéticas).
Termômetros de efeito
mecânico


Termômetro de líquido em vidro
 A medição de temperatura é
feita através da leitura da
posição do liquido na escala
graduada.
 Utiliza-se geralmente álcool
ou mercúrio. Por exemplo,
um dos dispositivos
(termômetro) mais antigos é
o termômetro de vidro, que
se baseia na expansão do
mercúrio ou outro líquido com
a temperatura.
Termômetros de efeito
mecânico


Termômetro bimetálico
 Dois metais de diferentes coeficientes de dilatação linear
são unidos numa determinada temperatura. Ao submeter à
junta a uma temperatura determinada ela se curvará no
sentido da indicação da temperatura.
Termômetros de efeito elétrico


Este tipo de medição é mais conveniente já que
estes métodos permitem obter um sinal mais
facilmente detectável, amplificável e usado para
propósitos de controle. Estes tipos de sensores
podem ser encontrados em qualquer instalação
industrial devido a sua praticidade e eficiência.
Termômetros de efeito elétrico


Termo-resistências metálicas
 Termo-resistências metálicas são construídas a
partir de fios ou filmes de platina, cobre, níquel e
tungstênio para aplicações a alta temperatura. A
variação da resistência elétrica de materiais
metálicos pode ser representada por uma
equação da forma:
R = Ro (1 + a1.T + a2.T2 + a3.T3 + ...+ an.Tn)
onde Ro = resistência a T=0 oC.
A termo-resistência mais comum é a base de um fio
de platina chamada PT100. Esse nome é devido ao
fato que ela apresenta uma resistência de 100 à
0 oC . Entre 0 a 100 oC a variação pode ser
considerada linear, com a = 0,00385 / / K.
Termômetros de efeito elétrico


O tipo de metal utilizado na confecção de bulbos
sensores de temperatura, deve possui
características apropriadas, como:


Maior coeficiente de variação de resistência
com a temperatura (α1, α2, ... αn), quanto
maior o coeficiente, maior será a variação da
resistência para uma mesma variação de
temperatura, tornando mais fácil e precisa a
sua medição.



Maior resistividade, isto é, para pequenas
dimensões de fio uma alta resistência inicial.



Estabilidade do metal para as variações de
temperatura e condições do meio (resistência à
corrosão, baixa histerese, etc.).



Linearidade entre a variação de resistência e a
temperatura, produzindo escalas de leitura de
maior precisão e com maior comodidade de
Termômetros de efeito elétrico




É desejável a maior variação da resistência por grau para
um dado valor de resistência (alta resistividade) para
obter-se a maior sensibilidade na medição. Os metais
escolhidos possuem alto grau de linearidade na faixa de
temperatura para a qual o termômetro foi projetado e este
tipo de termômetro é de boa precisão.
A platina é o material mais adequado sob o ponto de vista
de precisão e estabilidade mas apresenta o
inconveniente do custo. A saída dos termômetros é
geralmente medida por algum tipo de ponte (Wheatstone)
e o termômetro ligado a esta por meio de 2, 3 ou 4 fios
dependendo da precisão desejada. Seu limite superior de
uso é de 535°C.
Termômetros de efeito elétrico
Termômetros de efeito elétrico


Termistores
 Os primeiros tipos de sensores de
temperatura de resistência de
semicondutores foram feitos de óxido de
manganês, níquel e cobalto, moídos e
misturados em proporções apropriadas e
prensados numa forma desejada.
Comparados com sensores de tipo condutor
(que têm coeficiente de temperatura positivo
e pequeno), os termistores têm um
coeficiente muito grande, podendo ser
negativo (dito NTC, Negative Temperature
Dependence) ou positivo (PTC – Positive
Temperture Dependence). Enquanto alguns
condutores (cobre, platina) são bastante
Termômetros de efeito elétrico
Calibração do termistor

A variação da resistência (R) de um termistor
com temperatura absoluta (T) é
razoavelmente bem descrita pela expressão
R(T) = a exp(b/T) onde a e b são
constantes.
Podemos determinar o valor de a e b
medindo a resistência em duas temperaturas
diferentes T1 e T2. Se R1 e R2 são os
resultados encontrados, então:
R1 = a exp(b/T1)
R2 = a exp(b/T2) e é fácil demonstrar que

b = ln (R1 / R2) T1T2 / (T2 - T1) .
A maioria dos termistores tem b entre 3000 e
4000 Kelvin.
O valor de a pode ser calculado por:

O gráfico mostra a resistência de
dois termistores diferentes em
função da temperatura. A 25ºC um
dos termistores tem resistência de
100 kΩ e o outro tem 10 kΩ. Ambos
Termômetros de efeito elétrico


Sua velocidade de resposta está ligada a massa do sensor
podendo variar desde uma fração de segundos até
minutos. O limite superior de funcionamento depende do
material ou solda usado nas conexões elétrico e é
geralmente de 400°C ou menos. A distância entre o
termistor e o instrumento de medida pode ser considerável
sempre que o elemento possua uma alta resistência
comparada com a dos cabos de união.



A corrente de medição deve ser mantida o mais baixo
possível para se evitar o aquecimento da unidade
detetora. Os termistores PTC são normalmente
empregados na proteção de motores elétricos (contra
superaquecimentos), em termostatos auto-reguláveis, em
detectores de níveis de líquidos, em interruptores
Termistor x RTD
Termômetros de efeito elétrico


Termopares




Um termopar é um sensor que compreende
dois pedaços de fios dissimilares, unidos em
uma das extremidades. Essa união constitui
um circuito termoelétrico, ou seja, a
capacidade de variar energia elétrica através
da variação da temperatura. Devido às muitas
particularidades desse sensor ele será tratado
em item especifico deste trabalho.
Dentre os sensores por efeito elétrico o
termopar é o mais utilizado em tomadas de
impulso para medição de temperatura. Sua
aplicação em larga escala se da em virtude da
sua praticidade, capacidade de operar em altas
temperaturas e por fornecer respostas rápidas.
O funcionamento do Termopar está baseado
Termômetros de efeito elétrico


Efeito Seebeck
Em 1821 o físico alemão Thomas Johann Seebeck
observou o circuito para um termômetro termopar, como
o ilustrado na figura a seguir. Ambas as junções, de
medição e de referência estão em ambientes isotérmicos
(de temperatura constante), cada uma numa temperatura
diferente.
 A tensão de circuito aberto através da junção de
referência é a chamada tensão de Seebeck e aumenta à
medida que a diferença de temperatura entre as junções
aumenta.

Termômetros de efeito elétrico


Tipos de termopares


Os vários tipos de metais ou ligas comumente
empregados na constituição de termopares dependem
em primeiro lugar da temperatura a medir. Existe uma
série de termopares padronizados segundo uma
determinada faixa de aplicação levando em conta
também outros fatores, tais como ambiente e tipo de
material que se deseja medir.
Termômetros de efeito elétrico
Tipo

Liga

T

Cobre/Constantan
Cu/CuNi

J

Ferro/Constantan
Fe/CuNi

K

Cromel/Alumel
NiCr/NiAl

S

Platina-10% Ródio /
Platina
Pt10%Rh / Pt

R

Platina-13% Ródio /
Platina
Pt13%Rh/Pt

Faixa de
Operação (ºC)

(mV)

-200 à +350

20.872

+1000

-8.095
a
69.553

Características Genéricas
Pode apresentar problemas de oxidação. Bom na presença
de umidade. Recomendável para baixas temperaturas e
meios criogênicos.
Atmosferas redutoras, inertes e com condições de vácuo.
Limitações em atmosferas oxidantes a elevadas
temperaturas. Não recomendado para baixas temperaturas.

54.886

Atmosferas oxidantes e inertes. Limitações na utilização em
vácuo ou em atmosferas redutoras. A sua sensibilidade é
muito aproximadamente linear.

1500

18.693

Atmosferas oxidantes ou inertes. Não deve ser inserido em
tubos metálicos. Utilizado a altas temperaturas. Sensível a
contaminações.

1500

0.226
a 21.101

Semelhante ao termopar tipo S

B

Platina-30% Ródio /
Platina-6% Ródio
Pt30%Rh/Pt6%Rh

1820

0
a 13.820

Atmosferas oxidantes ou inertes. Não deve ser inserido em
tubos metálicos. Utilizado a altas temperaturas. Sensível a
contaminações. Muito habitual na industria do vidro.

E

Cromel/Constantan
NiCr/CuNi

1000

76.373

Atmosferas oxidantes ou inertes. Uso limitado em
atmosferas redutoras e , entre todos, a mais elevada f.e.m.

- +1300
Termômetros de efeito elétrico


A principio, um termopar
pode ser confeccionado
com dois metais
diferentes quaisquer,
entretanto, devido a uma
série de fatores
(contaminação, custos,
repetibilidade, ponto de
fusão, homogeneidade,
facilidade de produção,
fácil soldagem, etc.), são
oferecidas algumas
combinações padrões. O
gráfico a seguir relaciona
a f.e.m. e a temperatura
Termômetros de efeito elétrico


Termopar-isolação mineral
 Este tipo de montagem é de extrema utilidade pois os
fios ficam completamente isolados dos ambientes
agressivos, que podem causar a completa deterioração
dos termoelementos, além da grande resistência
mecânica o que faz com que o termopar isolação
mineral possa ser usado em um número quase infinito
de aplicações.
Termômetros de efeito elétrico


Uma grande vantagem do termopar é o fato de o diâmetro e
o comprimento do fio não interferir no potencial gerado.
Devido ao fato da temperatura indicada por um sistema de
termopares ser somente a da junção entre os dois metais
diferentes, o sistema pode ser utilizado para tomar a
temperatura de uma área muito pequena. Seu tamanho
compacto também significa uma pequena inércia térmica e
uma resposta rápida as variações de temperatura.



Existe uma variedade de meios em que o termopar pode ser
incorporado como um sensor capaz de medir temperatura de
um sistema físico. Porém é necessário garantir que a junção
de medição esteja numa condição isotérmica, daí a
importância de imergir o termopar a uma profundidade
adequada. Pelo fato de o sensor responder a um gradiente

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Cap 9-temperatura

  • 2. Termometria   Termometria significa “Medição de Temperatura”. Eventualmente o termo Pirometria é também aplicado com o mesmo significado, porém, baseando-se na etimologia das palavras, podemos definir: Pirometria: medição de altas temperaturas, na faixa em que os efeitos de radiação térmica passam a se manifestar.  Criometria: medição de baixas temperaturas, ou seja, próximas ao zero absoluto de temperatura.  Termometria: termo mais abrangente que incluiria tanto a Pirometria quanto a Criometria. 
  • 3. Temperatura - escalas  A temperatura é quantificada através de escalas padronizadas, as mais utilizadas são a escala Celsius [ºC] e a Fahrenheit [ºF], ambas com o nome de seus criadores. No Sistema Internacional (S.I.) utiliza-se a escala absoluta Kelvin, que é base para pesquisas e estudos científicos.
  • 4. Tipos de medidores  Os medidores de temperatura podem ser divididos em dois grandes grupos: o termômetros de efeito mecânico e o termômetros de efeito elétrico. O primeiro grupo tem como princípio de medição a dilatação dos materiais e o segundo tem como base as propriedades termelétricas e resistivas dos materiais. Existem ainda um terceiro grupo de medidores por radiação (ondas eletromagnéticas).
  • 5. Termômetros de efeito mecânico  Termômetro de líquido em vidro  A medição de temperatura é feita através da leitura da posição do liquido na escala graduada.  Utiliza-se geralmente álcool ou mercúrio. Por exemplo, um dos dispositivos (termômetro) mais antigos é o termômetro de vidro, que se baseia na expansão do mercúrio ou outro líquido com a temperatura.
  • 6. Termômetros de efeito mecânico  Termômetro bimetálico  Dois metais de diferentes coeficientes de dilatação linear são unidos numa determinada temperatura. Ao submeter à junta a uma temperatura determinada ela se curvará no sentido da indicação da temperatura.
  • 7. Termômetros de efeito elétrico  Este tipo de medição é mais conveniente já que estes métodos permitem obter um sinal mais facilmente detectável, amplificável e usado para propósitos de controle. Estes tipos de sensores podem ser encontrados em qualquer instalação industrial devido a sua praticidade e eficiência.
  • 8. Termômetros de efeito elétrico  Termo-resistências metálicas  Termo-resistências metálicas são construídas a partir de fios ou filmes de platina, cobre, níquel e tungstênio para aplicações a alta temperatura. A variação da resistência elétrica de materiais metálicos pode ser representada por uma equação da forma: R = Ro (1 + a1.T + a2.T2 + a3.T3 + ...+ an.Tn) onde Ro = resistência a T=0 oC. A termo-resistência mais comum é a base de um fio de platina chamada PT100. Esse nome é devido ao fato que ela apresenta uma resistência de 100 à 0 oC . Entre 0 a 100 oC a variação pode ser considerada linear, com a = 0,00385 / / K.
  • 9. Termômetros de efeito elétrico  O tipo de metal utilizado na confecção de bulbos sensores de temperatura, deve possui características apropriadas, como:  Maior coeficiente de variação de resistência com a temperatura (α1, α2, ... αn), quanto maior o coeficiente, maior será a variação da resistência para uma mesma variação de temperatura, tornando mais fácil e precisa a sua medição.  Maior resistividade, isto é, para pequenas dimensões de fio uma alta resistência inicial.  Estabilidade do metal para as variações de temperatura e condições do meio (resistência à corrosão, baixa histerese, etc.).  Linearidade entre a variação de resistência e a temperatura, produzindo escalas de leitura de maior precisão e com maior comodidade de
  • 10. Termômetros de efeito elétrico   É desejável a maior variação da resistência por grau para um dado valor de resistência (alta resistividade) para obter-se a maior sensibilidade na medição. Os metais escolhidos possuem alto grau de linearidade na faixa de temperatura para a qual o termômetro foi projetado e este tipo de termômetro é de boa precisão. A platina é o material mais adequado sob o ponto de vista de precisão e estabilidade mas apresenta o inconveniente do custo. A saída dos termômetros é geralmente medida por algum tipo de ponte (Wheatstone) e o termômetro ligado a esta por meio de 2, 3 ou 4 fios dependendo da precisão desejada. Seu limite superior de uso é de 535°C.
  • 12. Termômetros de efeito elétrico  Termistores  Os primeiros tipos de sensores de temperatura de resistência de semicondutores foram feitos de óxido de manganês, níquel e cobalto, moídos e misturados em proporções apropriadas e prensados numa forma desejada. Comparados com sensores de tipo condutor (que têm coeficiente de temperatura positivo e pequeno), os termistores têm um coeficiente muito grande, podendo ser negativo (dito NTC, Negative Temperature Dependence) ou positivo (PTC – Positive Temperture Dependence). Enquanto alguns condutores (cobre, platina) são bastante
  • 13. Termômetros de efeito elétrico Calibração do termistor A variação da resistência (R) de um termistor com temperatura absoluta (T) é razoavelmente bem descrita pela expressão R(T) = a exp(b/T) onde a e b são constantes. Podemos determinar o valor de a e b medindo a resistência em duas temperaturas diferentes T1 e T2. Se R1 e R2 são os resultados encontrados, então: R1 = a exp(b/T1) R2 = a exp(b/T2) e é fácil demonstrar que b = ln (R1 / R2) T1T2 / (T2 - T1) . A maioria dos termistores tem b entre 3000 e 4000 Kelvin. O valor de a pode ser calculado por: O gráfico mostra a resistência de dois termistores diferentes em função da temperatura. A 25ºC um dos termistores tem resistência de 100 kΩ e o outro tem 10 kΩ. Ambos
  • 14. Termômetros de efeito elétrico  Sua velocidade de resposta está ligada a massa do sensor podendo variar desde uma fração de segundos até minutos. O limite superior de funcionamento depende do material ou solda usado nas conexões elétrico e é geralmente de 400°C ou menos. A distância entre o termistor e o instrumento de medida pode ser considerável sempre que o elemento possua uma alta resistência comparada com a dos cabos de união.  A corrente de medição deve ser mantida o mais baixo possível para se evitar o aquecimento da unidade detetora. Os termistores PTC são normalmente empregados na proteção de motores elétricos (contra superaquecimentos), em termostatos auto-reguláveis, em detectores de níveis de líquidos, em interruptores
  • 16. Termômetros de efeito elétrico  Termopares   Um termopar é um sensor que compreende dois pedaços de fios dissimilares, unidos em uma das extremidades. Essa união constitui um circuito termoelétrico, ou seja, a capacidade de variar energia elétrica através da variação da temperatura. Devido às muitas particularidades desse sensor ele será tratado em item especifico deste trabalho. Dentre os sensores por efeito elétrico o termopar é o mais utilizado em tomadas de impulso para medição de temperatura. Sua aplicação em larga escala se da em virtude da sua praticidade, capacidade de operar em altas temperaturas e por fornecer respostas rápidas. O funcionamento do Termopar está baseado
  • 17. Termômetros de efeito elétrico  Efeito Seebeck Em 1821 o físico alemão Thomas Johann Seebeck observou o circuito para um termômetro termopar, como o ilustrado na figura a seguir. Ambas as junções, de medição e de referência estão em ambientes isotérmicos (de temperatura constante), cada uma numa temperatura diferente.  A tensão de circuito aberto através da junção de referência é a chamada tensão de Seebeck e aumenta à medida que a diferença de temperatura entre as junções aumenta. 
  • 18. Termômetros de efeito elétrico  Tipos de termopares  Os vários tipos de metais ou ligas comumente empregados na constituição de termopares dependem em primeiro lugar da temperatura a medir. Existe uma série de termopares padronizados segundo uma determinada faixa de aplicação levando em conta também outros fatores, tais como ambiente e tipo de material que se deseja medir.
  • 19. Termômetros de efeito elétrico Tipo Liga T Cobre/Constantan Cu/CuNi J Ferro/Constantan Fe/CuNi K Cromel/Alumel NiCr/NiAl S Platina-10% Ródio / Platina Pt10%Rh / Pt R Platina-13% Ródio / Platina Pt13%Rh/Pt Faixa de Operação (ºC) (mV) -200 à +350 20.872 +1000 -8.095 a 69.553 Características Genéricas Pode apresentar problemas de oxidação. Bom na presença de umidade. Recomendável para baixas temperaturas e meios criogênicos. Atmosferas redutoras, inertes e com condições de vácuo. Limitações em atmosferas oxidantes a elevadas temperaturas. Não recomendado para baixas temperaturas. 54.886 Atmosferas oxidantes e inertes. Limitações na utilização em vácuo ou em atmosferas redutoras. A sua sensibilidade é muito aproximadamente linear. 1500 18.693 Atmosferas oxidantes ou inertes. Não deve ser inserido em tubos metálicos. Utilizado a altas temperaturas. Sensível a contaminações. 1500 0.226 a 21.101 Semelhante ao termopar tipo S B Platina-30% Ródio / Platina-6% Ródio Pt30%Rh/Pt6%Rh 1820 0 a 13.820 Atmosferas oxidantes ou inertes. Não deve ser inserido em tubos metálicos. Utilizado a altas temperaturas. Sensível a contaminações. Muito habitual na industria do vidro. E Cromel/Constantan NiCr/CuNi 1000 76.373 Atmosferas oxidantes ou inertes. Uso limitado em atmosferas redutoras e , entre todos, a mais elevada f.e.m. - +1300
  • 20. Termômetros de efeito elétrico  A principio, um termopar pode ser confeccionado com dois metais diferentes quaisquer, entretanto, devido a uma série de fatores (contaminação, custos, repetibilidade, ponto de fusão, homogeneidade, facilidade de produção, fácil soldagem, etc.), são oferecidas algumas combinações padrões. O gráfico a seguir relaciona a f.e.m. e a temperatura
  • 21. Termômetros de efeito elétrico  Termopar-isolação mineral  Este tipo de montagem é de extrema utilidade pois os fios ficam completamente isolados dos ambientes agressivos, que podem causar a completa deterioração dos termoelementos, além da grande resistência mecânica o que faz com que o termopar isolação mineral possa ser usado em um número quase infinito de aplicações.
  • 22. Termômetros de efeito elétrico  Uma grande vantagem do termopar é o fato de o diâmetro e o comprimento do fio não interferir no potencial gerado. Devido ao fato da temperatura indicada por um sistema de termopares ser somente a da junção entre os dois metais diferentes, o sistema pode ser utilizado para tomar a temperatura de uma área muito pequena. Seu tamanho compacto também significa uma pequena inércia térmica e uma resposta rápida as variações de temperatura.  Existe uma variedade de meios em que o termopar pode ser incorporado como um sensor capaz de medir temperatura de um sistema físico. Porém é necessário garantir que a junção de medição esteja numa condição isotérmica, daí a importância de imergir o termopar a uma profundidade adequada. Pelo fato de o sensor responder a um gradiente