O documento discute as práticas avaliativas nas escolas brasileiras e propõe uma redefinição dessas práticas. Atualmente, a avaliação se baseia quase que exclusivamente nos resultados de provas, que usam uma linguagem diferente do dia a dia da sala de aula. Além disso, a avaliação é usada para punir em vez de ensinar. A proposta é mudar a avaliação para que ela ajude a alterar as ações e relações escolares de forma construtiva.
2. Uma pesquisa recente envolvendo a
observação em uma escola paulista
identificou a avaliação como um dos
núcleos simbólicos da prática docente
demonstrando que:
A avaliação baseia-se quase
exclusivamente no resultado das provas;
A linguagem das provas é, em geral,
acadêmica e formal, muito diferente da
linguagem usada nos exercícios em sala de
Situando a problemática da
avaliação escolar
3. A prova é usada para ameaçar e punir;
O erro jamais é explorado no sentido
construtivo;
A recuperação é mal-entendida e mal-
aproveitada;
4. Outra pesquisa incluindo a observação em
uma escola carioca indicou que:
A falta de entendimento do papel
formativo(educativo) da avaliação;
A inexistência de inovações e experimentos
quanto ao processo de avaliação;
5. A avaliação tem assumido uma função essencialmente classificatória,
servindo apenas para definir os alunos que devem ser aprovados ou
reprovados;
6. Proposta para reformulação das
práticas avaliativas:
Mudar a avaliação significa mudar a escola, senão totalmente pelo menos
o suficiente;
A avaliação precisa deixar de ser a grande vilã da escola brasileira para
ser pensada como uma grande janela pela qual se entra para alterar as
ações e relações escolares.
7. Ensino Diferenciado e observação
formativa: a proposta de Perrenoud
Perrenoud;
Pedagogia na escola das
diferenças:
a didática proposta ou imposta de
maneira uniforme, será inadequada
para uns e boa para outros;
O Ensino Diferenciado.
http://www.fae.ufmg.br/teoriaspedagogicas/fotoperrenoud2.jpg
http://mlb-s2-p.mlstatic.com/pedagogia-en-livros-universitarios-663401-MLB20308853796_052015-Y.jpg
8. Diferenciação do Ensino
“organizar as interações e
atividades de modo que cada aluno
se defronte constantemente com
situações didáticas que lhe sejam
as mais fecundas”
9. Diferenciação do Ensino
Gera motivação no aluno;
Não pode individualizar a sala, mas o
acompanhamento é individual com cada
aluno;
Não exclui o conceito de grupo;
O professor deve instigar o grupo a criar a
sua própria identidade coletiva, a trabalhar
cooperativamente e tomar consciências de
suas dificuldades;
Confronta diretamente os fatores que
levam ao fracasso escolar.
http://www.primeiropassobarretos.com.br/novo/wp-content/uploads/2010/11/DSC03586.jpg
http://2.bp.blogspot.com/-KjnaFGV3COk/VbZimwL8WTI/AAAAAAAABZ0/KTq-V5g-y9Y/s1600/043012-national-black-male-teacher.j
10. Diferenciação do Ensino
É preciso entender os problemas
para se aplicar os dispositivos de
ação que visarão melhorar o
processo de ensino e
aprendizagem dentro do ambiente
de educação escolar;
Nenhum aluno é mais capaz do que
o outro;
Não se pode negar o peso dos
fatores estruturais.
11. Diferenciação do Ensino
Diferenciar não possui “receita” ou
soluções únicas. É trabalhar com
incertezas e ciente de que a
qualquer momento o profissional da
educação pode cair em erro. Mas é
preciso assumir esse erro e dispor-
se a corrigi-lo;
12. Diferenciação Do Ensino
Se vale grandemente da avaliação
formativa;
Visa melhorar a formação;
Sua preocupação não é classificar;
Não há necessidade de provas ou
testes;
Basta observar os alunos: só será
efetiva se ela ajudar a esboçar um
plano de ação. É preciso saber agir,
muito mais do que apenas observar.
13. O ensino diferenciado e a observação
formativa na prática de uma professora
A professora Alice: não tem uma rotina fixa de
trabalho com seus alunos de primeira série.
Ela procura variar para que seus alunos não
cansem. É um planejamento feito no início do
ano e vai passando por ajustes a partir das
discussões com a coordenadora e com os
colegas nas reuniões semanais de trabalho
pedagógico. Ela desenvolve um projeto que
mostra as profissões. Trabalha em cima do tem
CIRCO, passando a discutir das profissões que
há dentro de um circo. Ela fez pesquisa e
produção de texto com os alunos. Então, focou
agora nas profissões na escola. Os alunos
realizaram entrevistas, desenhos e texto. Usa
a atividade Quem sou eu?
api.ning.com/files/vlKUFPodnGWQpKmji09el9M2l41-3XH*oORVI-aYZCpdy0v1uQ9W2QE7fJqK*2PuVAB
YggYI5KDoA7rZScr*fUGiwR4rE/quemsoueu.jpg
14. A professora não dá respostas prontas;
Ela instiga o aluno a pesquisar;
A professora percebe quem sabe ou não
ler, mas se impressiona com a
capacidade de memorização;
Ela muda os grupos, colocando aqueles
que mais sabem com aqueles que estão
com dificuldades. É uma estratégia que
utiliza para lidar com as diferenças;
A professora se desloca de mesa em
mesa, fala com cada aluno, observa,
chama individualmente e atende
pacientemente os que a solicitam.
15. Referência
ANDRE, Marli E.D.A; PASSOS,
Laurizete F. Para além do fracasso
escolar: uma redefinição das
práticas avaliativas. In: AQUINO,
Júlio Groppa (Org.). Erro e
fracasso na escola: alternativas
teóricas e práticas. São Paulo:
Summus, 1997, p. 111-123.