3. n A filosofia segue seu tempo, e as mudanças do séc. XX
marcaram este campo de saber.
n Houve uma ramificação das ciências humanas, a
sociologia e a psicologia, por exemplo, ganharam
espaço debatendo o que eram antes temas filosóficos.
n Chegou-se a discutir calorosamente a morte da
filosofia como ciência e campo de saber (Circulo de
Viena).
n O século XX também trouxe uma visão de ciência
bastante diferente da até então adotada após o
iluminismo.
sábado, 27 de julho de 13
4. n Fatores como a Primeira Guerra Mundial fizeram
surgir nos pensadores uma descrença quanto a
possibilidade da ciência emancipar o homem de
suas mazelas existenciais.
n A construção do mundo moderno trouxe uma
filosofia voltada para o indivíduo e suas questões
existenciais cotidianas.
sábado, 27 de julho de 13
5. Edmund Husserl
n Em 1913, publicou a obra “Ideias por uma
Fenomenologia Pura e uma Filosofia Fenomenológica” .
O ideal da filosofia “husserliana” se expressa através da
determinação em atribuir peso científico à filosofia com
o intuito de atingir outras ciências, partindo de uma
base sólida de pensamento e uma fundamentação
rigorosa.
n Dentro da “Fenomenologia”, defendia que “Fenômeno”
era consciência momentânea de vivências, apresentando
intenção como estrutura e consciência de algo.
sábado, 27 de julho de 13
6. n Husserl apresenta a sua fenomenologia como um
método de investigação que tem o propósito de
apreender o fenômeno , isto é, a aparição das coisas à
consciência, de uma maneira rigorosa. “Como um
método de pesquisa, a fenomenologia é uma forma
radical de pensar” (MARTINS, 2006, p. 18). Como
as coisas do mundo se apresentam à consciência, o
filósofo alemão pretende perscrutar essa aparição no
sentido de captar a sua essência (aquilo que o objeto
é em si mesmo), isto é, “ir ao encontro das coisas em
si mesmas” (HUSSERL, 2008, p. 17).
sábado, 27 de julho de 13
7. n “enquanto a ciência positivista restringe seu campo
de análise ao experimental, a fenomenologia abre-se
a regiões veladas para esse método, buscando uma
análise compreensiva e não explicativa dos
fenômenos”
n Em contrapartida, o pensador alemão propõe a
“análise compreensiva” da consciência, uma vez que
todas as vivências (Erlebnis) do mundo se dão na e
pela consciência . Daí a tão célebre definição
husserliana de consciência: “toda consciência é
consciência de algo
sábado, 27 de julho de 13
8. Wittgenstein
n O filósofo Ludwig Wittgenstein (1889-1951) é conhecido por ter
desenvolvido duas filosofias bem distintas em sua vida, uma exposta
na obra Tratactus Lógico-Philosophicus, de 1921, e outra em
Investigações filosóficas, publicado postumamente, em 1953.
n Os dois livros são representativos no pensamento de Wittgenstein
por exporem duas teorias da linguagem bem diferentes. A primeira,
de que a linguagem figura o real, influenciou os positivistas lógicos
do Círculo de Viena, enquanto a segunda, de que a linguagem
expressa o real em suas funções práticas, contribuiu para mudar os
rumos da filosofia analítica, na Escola de Oxford.
n Uma maneira interessante de verificar essa distinção é analisando o
chamado "argumento da linguagem privada", que Wittgenstein,
apesar de nunca tê-lo chamado com esse nome, trabalha em
Investigações filosóficas.
sábado, 27 de julho de 13
9. “A solução do
problema da vida é
vista no
desaparecimento do
problema”
sábado, 27 de julho de 13
10. O Tractatus
n as investigações sobre o sentido do mundo como totalidade não é
assunto para o filósofo, mas para o místico: "O sentimento do
mundo como totalidade limitada é o sentimento místico". A
filosofia não tem nada a dizer sobre a forma lógica, já que a forma
lógica é a condição de possibilidade de toda e qualquer figuração
e não pode, ela mesma, ser afigurada. A forma lógica não se
explica, se mostra, e "o que pode ser mostrado não pode ser dito".
n Ao invés de especular sobre a totalidade do mundo e da
linguagem, a filosofia deveria ocupar-se de uma função mais
modesta: a de esclarecer a linguagem e ajudar a formular
proposições claras. Nas palavras de Wittgenstein: "O fim da
filosofia é o esclarecimento lógico dos pensamentos. (...) Cumpre
à filosofia tornar claros e delimitar precisamente os pensamentos,
antes como que turvos e indistintos".
sábado, 27 de julho de 13
11. Karl Popper
n Popper defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização,
só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o
que não foi. O filósofo evidencia também a atual crise de paradigmas.
n Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares
diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto
não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são
brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido
observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar
a afirmação de que eles não existiriam.
n Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais
poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva.
n Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até
quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais
abrangentes ou exatos que a original.
sábado, 27 de julho de 13
12. n A possibilidade de uma teoria ser
refutada constituía para o filósofo a
própria essência da natureza científica.
Assim, uma teoria só pode ser
considerada científica quando é falseável,
ou seja, quando é possível prová-la falsa.
Esse conceito ficou conhecido como
falseabilidade ou refutabilidade.
n Segundo Popper, o que não é falseável
ou refutável não pode ser considerado
científico. As teorias da gravitação
universal de sir Isaac Newton são
científicas, por que além de se
enquadrarem na definição ao propor
equações simples que descrevem os
modelos cósmicos gravitacionais,
também é possível se fazer previsões
acertadas com base nelas.
sábado, 27 de julho de 13
13. Sartre
n “Não somos aquilo que
fizeram de nós, mas o que
fazemos com o que
fizeram de nós”, ou ainda;
n "O importante não é o que
fazemos de nós, mas o que
nós fazemos daquilo que
fazem de nós."
n JEAN PAUL SARTRE
(1905-1980).
sábado, 27 de julho de 13
14. n Para o pensamento de Sartre Deus não existe, portanto o homem
nasce despido de tudo, qual seja um ser que existe antes de poder ser
definido por qualquer conceito, e que este ser é o homem, o que
significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no
mundo; e que só depois se define. Assim, não há natureza humana,
visto que não há Deus para concebê-la, a única natureza pré-
existente é a biológica, ou seja; a sobrevivência, o resto se adquire de
tal forma que não vem do sujeito é ensinado a ele pelo mundo
exterior.
n Se Deus não existe não encontramos, já prontos, valores ou ordens
que possam legitimar a nossa conduta. Assim não teremos
justificativa para nosso comportamento. Estamos sós, sem desculpas.
n É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser
livre (pensamento desenvolvido em o ser e o nada). Condenado,
porque não se criou a si mesmo, mas por estar livre no mundo
estamos condenados a ser livres, mas se verdadeiramente a existência
precede a essência, o homem é responsável por aquilo que é
sábado, 27 de julho de 13
15. Lévi-Strauss
n De início, cursou leis e filosofia, mas descobriu na
etnologia sua verdadeira paixão. No Brasil,
lecionou sociologia na recém-fundada
Universidade de São Paulo, de 1935 a 1939, e fez
várias expedições ao Brasil central. É o registro
dessas viagens, publicado no livro "Tristes
Trópicos" (1955) que lhe trará a fama. Nessa obra
ele conta como sua vocação de antropólogo nasceu
durante as viagens ao interior do Brasil.
sábado, 27 de julho de 13
16. n O estudioso jamais aceitou a visão
histórica da civilização ocidental como
privilegiada e única. Sempre enfatizou
que a mente selvagem é igual à civilizada.
Sua crença de que as características
humanas são as mesmas em toda parte
surgiu nas incontáveis viagens que fez ao
Brasil e nas visitas a tribos de índígenas
das Américas do Sul e do Norte.
n O antropólogo passou mais da metade de
sua vida estudando o comportamento dos
índios americanos. O método usado por
ele para estudar a organização social
dessas tribos chama-se estruturalismo.
"Estruturalismo", diz Lévi-Strauss, "é a
procura por harmonias inovadoras".
sábado, 27 de julho de 13
17. n Suas pesquisas, iniciadas a partir de premissas
lingüísticas, deram à ciência contemporânea a teoria
de como a mente humana trabalha. O indivíduo
passa do estado natural ao cultural enquanto usa a
linguagem, aprende a cozinhar, produz objetos etc.
Nessa passagem, o homem obedece a leis que ele
não criou: elas pertencem a um mecanismo do
cérebro. Escreveu, em "O Pensamento Selvagem",
que a língua é uma razão que tem suas razões - e
estas são desconhecidas pelo ser humano.
sábado, 27 de julho de 13
18. n Enquanto a ciência racionalista e positivista do
século XIX desprezava a mitologia, a magia , o
animismo e os rituais fetichistas em geral, Lévi-
Strauss entendeu-as como recursos de uma
narrativa da história tribal, como expressões
legitimas de manifestações de desejos e projeções
ocultas, todas elas merecedoras de serem admitidas
no papel de matéria-prima antropológica. Como é
o caso do seus estudos sobre o mito
(Mythologiques)
sábado, 27 de julho de 13
19. Foucault
n A princípio Foucault seguiu uma linha
estruturalista, mas em obras como “Vigiar e
Punir” e “A História da Sexualidade”, ele é
concebido como um pós-estruturalista. A
questão do ‘poder’ é amplamente discutida
pelo filósofo, mas não no seu sentido
tradicional, inserido na esfera estatal ou
institucional, o que tornaria a concepção
marxista de conquista do poder uma mera
utopia. Segundo ele, este conceito está
entranhado em todas as instâncias da vida e
em cada pessoa, ninguém está a salvo dele.
Assim, Michel considera o poder como algo
não só repressor, mas também criador de
verdades e de saberes, e onipresente no
sujeito.
sábado, 27 de julho de 13
20. n Ele estuda o que de mais íntimo
existe em cada cultura ou
estrutura, investigando a loucura,
o ponto de vista da Medicina, em
“Nascimento da Clínica”, a
essência das Ciências Humanas,
no livro “As Palavras e as Coisas”,
os mecanismos do saber em “A
Arqueologia do Saber”. Na sua
produção acadêmica ele investiu
contra a psiquiatria e a psicanálise
tradicionais. Além da sua obra
conhecida, muitos cursos e
entrevistas do autor contribuem
para uma melhor compreensão de
sua forma de pensar. No mês de
junho de 1984, o filósofo foi vítima
de um agravamento da AIDS e
faleceu.
sábado, 27 de julho de 13