2. A flor é
constituída por
um caule curto
com vários nós e
com entrenós
muito curtos. A
região da flor
onde as diferentes
peças florais
estão inseridas é
designada de
receptáculo
7. Flor aclamídea ou nua: quando desprovida de perianto, isto é, sem
cálice nem corola. Ex: pimenta do reino (Piper sp.-Piperaceae)
8. Monoclamídeas: quando apresentam apenas um
dos verticilos estéreis, ou seja, somente cálice ou
somente corola. Ex: mamona (Ricinus communis
– Euphorbiaceae)
10. Heteroclamídeas ou
periantadas: quando a flor
possui sépalas e pétalas
muito diferentes entre si, na
textura, forma, tamanho e
coloração, como ocorre na
maioria das dicotiledôneas
Exemplos: hibisco: (Hibiscus
sp. - Malvaceae) e roseira
(Rosa sp. - Rosaceae).
11. Homoclamídeas ou perigoniadas: quando não há
diferenciação entre cálice e corola, ou seja, sépalas e
pétalas são semelhantes em textura, coloração,
forma e tamanho. Neste caso, as pétalas e sépalas
são denominadas individualmente tépalas. Exemplo:
lírio de- São-Jorge (Hemerocallis flava - Liliaceae).
34. ANDROCEU
Estames apendiculares podem ter
se originado a partir de estames
laminares, por redução da lâmina
e desaparecimento dos traços
vasculares laterais.
A antera geralmente é dividida
em duas metades, as tecas,
unidas entre si pelo conectivo.
Cada teca carrega geralmente
dois microesporângios ou sacos
polínicos, as lojas, dentro dos
quais são produzidos os
micrósporos (grãos de pólen)
35. A antera é revestida pela epiderme e pelo endotécio ou estrato
fibroso.
Acima, tipos de anteras e suas inserções no conectivo.
36. Deiscência da antera
poricid
a
valvar
Quando madura, a antera se abre
para liberação dos grãos de pólen, o
surgimento da abertura se dá por
forças resultantes da secagem do
endotécio, o modo pelo qual se dá
essa abertura é chamado de
deiscência da antera
–deiscência longitudinal ou rimosa
–deiscência transversal
–deiscência valvar
–deiscência poricida
–deiscência irregular
•Além disso a orientação da
abertura em relação ao centro da
flor caracteriza se a antera é
extrorsa (abre para fora), introrsa
(abre para dentro) ou lateral (abre
para os lados)
Deiscência: significa abertura espontânea, quando a estrutura
37. Pólen: cada um dos microgametófitos liberados pela antera em
sua deiscência é um grão de pólen. A parede envoltória do grão
de pólen possui diversas características em forma de poros e
sulcos, e é composta de duas camadas, a intina, mais interna, e a
exina, mais externa. Os grãos de pólen podem ser liberados
isoladamente, ou em grupos de dois (díades), três (tríades),
quatro (tétrades) ou muitos (políades)
38. Adelfia: fenômeno pelo qual os diversos estames se
fundem lateralmente pelos filetes em um ou vários
grupos deiscência da antera
–androceu dialistêmone:
estames livres entre si
–androceu monadelfo:
estames fundidos em um
grupo
–androceu diadelfo: estames
fundidos em dois grupos
–androceu poliadelfo:
estames fundidos em vários
grupos
–sinanteria: fusão das anteras
39. Andróforo: estrutura de natureza
variada que se projeta acima do
receptáculo e onde se inserem os
estames
Ginóforo: estrutura que
se projeta acima do
receptáculo e onde se
insere o gineceu
–Quando se forma o fruto
passa a ser chamado de
carpóforo
40. Estames apendiculares são
constituídos por uma parte
geralmente filamentosa, o filete,
e a parte distal mais larga, a
antera
Estames com traços foliares
são encontrados em famílias
consideradas basais dentro das
angiospermas e são chamados
estames laminares
(característica primitiva)
41. Individualmente, cada estame é formado pelo filete,
antera e conectivo. O filete é a parte estéril do estame,
geralmente de forma alongada e que porta em sua
porção apical, a antera normalmente é constituída por
duas tecas, sendo que a porção estéril que está entre
elas é denominada conectivo.
42. Androceu:
•Adelfia: fenômeno pelo qual os diversos estames se
fundem lateralmente pelos filetes em um ou vários
grupos deiscência da antera
–androceu dialistêmone: estames livres entre si
–androceu monadelfo: estames fundidos em um grupo
–androceu diadelfo: estames fundidos em dois grupos
–androceu poliadelfo: estames fundidos em vários
grupos
–sinanteria: fusão das anteras
48. Quanto a altura dos estames
Isodínamos- todos iguais
Didínamos: 2 maiores e 2 menores
Tetradínamos
4 maiores e 2 menores
Heterodínamo: apresenta pelo menos um estame de tamanho
diferente. Exemplo: flamboyant (Delonix regia - Fabaceae).
49. Gineceu- Verticilo fértil (feminino)
Gineceu: verticilo fértil mais interno, composto de
uma a mais de uma unidades chamadas de carpelos
gineceu
Carpelos:
cada um dos
mega
esporófilos
que, nas
angiospermas,
carregam os
óvulos
androceu
50. Gineceu –
Carpelos são constituídos por:
uma parte proximal alargada - o ovário,
uma parte filamentosa - o estilete
E a parte distal receptiva- o estigma
51. Gineceu
Ovário: urna constituída pela base de uma folha carpelar
concrescida pelas suas bordas.
Lóculos (3)
óvulos
O interior do ovário contém
uma ou várias cavidades, os
lóculos, em cada uma existem
os óvulos fixos a região da
placenta através de um
filamento, o funículo
52. De acordo com sua localização no ovário o estilete pode
ser classificado como:
–apical ou terminal,
–ginobásico
–lateral,
53. Estigma: ápice da
folha carpelar,
geralmente coberto
de papilas, que
secretam em muitos
casos substância
pegajosa. É local
adequado para
recepção dos grãos
de pólen e sua
posterior germinação
–A ausência do
estilete caracteriza o
estigma séssil,
54. Classificação do gineceu quanto ao
Número de carpelos
Gineceu monocarpelar ou simples:
gineceu constituído de apenas um
carpelo, portanto com apenas três feixes
vasculares, um ovário, estilete, estigma,
lóculo e placenta
Gineceu apocárpico: gineceu constituído
de vários carpelos livres entre si, portanto
com vários conjuntos de três feixes
vasculares, vários ovários, estiletes,
estigmas, lóculos e placentas
Gineceu sincárpico: gineceu constituído
de vários carpelos unidos entre si,
portanto com vários conjuntos de três
feixes vasculares, um ovário composto e
um ou vários estiletes, estigmas, lóculos e
placentas
55. Pistilo: unidade funcional do gineceu.
Cada flor pode ter vários pistilos, caso possua diversos carpelos
livres entre si.
Nessa situação, cada carpelo funciona isolado dos outros.
Quando possui um gineceu sincárpico, ou um único carpelo,
sempre terá apenas um pistilo, pois os carpelos unidos não
podem funcionar independentes uns dos outros.
56. Tipos de flores quanto à
posição do ovário. As
flores A e B têm gineceu
apocárpico (carpelos
livres) e a flor C. tem
gineceu sincárpico
(carpelos unidos).
59. 1. Tipos de inflorescências
1.1. Inflorescências racemosas ou indeterminadas – cada eixo
termina numa gema floral e, portanto, potencialmente tem crescimento
ilimitado, basicamente monopodial. Os principais exemplos desse tipo de
inflorescência são:
a) Racemo ou cacho – eixo simples, alongado, ortando flores laterais
pediceladas subtendidas por brácteas
b) Espiga – eixo simples alongado portando flores laterais sésseis (sem
pedicelo) na axila da bráctea
c) Umbela – eixo muito curto, com várias flores pediceladas inseridas
praticamente num mesmo nível
d) Corimbo – tipo especial de racemo, no qual as flores têm pedicelos
muito desiguais e ficam quase todas no mesmo plano
e) Capítulo – eixo muito curto, espessado e/ou achatado, com flores
sésseis e dispostas bem juntas. Geralmente existe um invólucro de
brácteas estéreis protegendo a periferia do capítulo
f) Panícula – é um cacho composto, ou seja, um racemo ramificado (um
eixo racemoso principal sustenta 2 ou muitos racemos laterais)
60.
61. 1.2. Inflorescências cimosas ou determinadas
a) Dicásio – o ápice do eixo principal se transforma em uma flor,
cessando logo o crescimento; em seguida as duas gemas nas
axilas das duas brácteas subjacentes prosseguem o crescimento
da inflorescência e se transformam cada uma numa flor;
novamente o mesmo processo pode prosseguir, resultando em 4
flores, e assim por diante
b) Monocásio – após a formação da flor terminal do eixo,
apenas uma gema lateral se desenvolve em flor, e assim por
diante. Aqui, há duas possibilidades: as flores laterais
desenvolvem-se consecutivamente em lados alternados (em
zigue-zague) = monocásio helicoidal, ou sempre de um mesmo
lado = monocásio escorpióide
c) Cimeira composta – inflorescência ramificada, na qual os
eixos laterais comportam-se irregularmente (ou alternadamente)
como monocásios ou dicásios
62. Tipos Especiais de Inflorescências
a) Espádice – tipo especial de espiga com eixo muito
espessado, com flores parcialmente “afundadas” no eixo, e
tipicamente protegido na base por uma grande e vistosa
bráctea modificada, denominada espata – típico de
Araceae
63. b) Espigueta – unidade básica das inflorescências das
Gramineae (Poaceae),
consistindo de uma espiga reduzida, envolvida por
várias brácteas muito modificadas,
densamente dispostas
64. c) Sicônio – típico de Fícus spp.
(Moraceae). É uma
inflorescência carnosa e
côncava, com numerosas e
pequininas flores encerradas na
cavidade, havendo apenas uma
estreita abertura no ápice
65. d) Pseudantos – nome genérico aplicado a inflorescências
condensadas em que muitas flores ficam dispostas de
forma a simular uma única flor. Os pseudantos mais
comuns são os capítulos e os ciátios. Ciátio é característico
de alguns gêneros da família Euphorbiaceae,
consiste de uma inflorescência
formada por um invólucro de
brácteas (geralmente com um
ou mais nectários evidentes),
que envolve um
conjunto de flores estaminadas
rodeando uma flor pistilada
central
66. SEXUALIDADE DAS PLANTAS
as plantas podem possuir diversas possibilidades de
arranjos com relação à sexualidade:
1. Espécies hermafroditas. São aquelas que têm flores
monoclinas.
2. Espécies monóicas. São aquelas que possuem flores
diclinas, com os dois sexos na mesma planta – flores
estaminadas e pistiladas (carpeladas) Ex.: mamona, Ricinus
communis, Euphorbiaceae.
3. Espécies dióicas. São aquelas que possuem flores
diclinas – estaminadas e pistiladas em plantas diferentes.
Ex.: amoreira, Morus nigra, Moraceae
67. 4. Espécies poligâmicas. São aquelas em que num
mesmo indivíduo podem ocorrer flores monoclinas e
diclinas. Um exemplo disso é o mamoeiro (Carica
papaya, Caricaceae).
As plantas femininas apresentam apenas flores
pistiladas, solitárias.
Já o chamado mamão-macho apresenta inflorescência
com quase todas as flores estaminadas, mas nas suas
extremidades, encontra-se uma flor monoclina.
mamoeiros em que todas as flores são monoclinas, e
são esses os que têm maior valor comercial.
68.
69.
70. REFERENCIAS
GONCALVES, Eduardo Gomes; LORENZI, Harri. Morfologia vegetal: organografia e
dicionário ilustrado de morfologia das plantas vasculares. Nova Odessa: Instituto
Plantarum de Estudos da Flora, 2007.
OLIVEIRA, Fernando de; AKISUE, Gokithi. Fundamentos de farmacobotânica e de
morfologia vegetal. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 228 p.
RAVEN, Peter H; EICHHORN, Susan E; EVERT, Ray F. Biologia vegetal. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 19--, 20--.
CUTTER, E.G. Anatomia vegetal (Partes I E Parte II). São Paulo: Roca, 20--.
ESAU, K. Anatomia das Plantas com Sementes. São Paulo: Edgard Blucher Ltda, 199-,
20-- .
FERRI, Mário Guimarães. Botânica: morfologia interna das plantas (anatomia). São
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FERRI, Mário Guimarães. Botânica: morfologia externa das plantas (organografia).
São Paulo: Nobel, 19--