2. Cartografia e poder
Santa Catarina (trecho do litoral):
uso do solo – 2006
Imagem obtida pelo satélite
sino-brasileiro
CBER-2, do litoral de Santa
Catarina e a ilha de
Florianópolis, 2006
Praia na ilha do
Campeche, Florianópolis, 2002
INSTITUTONACIONALDEPESQUISASESPACIAIS
EDULYRA/SAMBAPHOTO
Fonte: Sistema UNO de Ensino - Professsora
Angela Pozzani
3. Para que servem os mapas?
Instrumento de conhecimento, domínio e controle
de um território
A confecção de um mapa exige conhecimento matemático do
território representado.
A escala é um dos atributos fundamentais de um
mapa, pois estabelece a correspondência entre as distâncias
representadas e as distâncias reais da superfície cartografada.
As técnicas cartográficas evoluíram e se
desenvolveram devido à necessidade prática de conhecer e
dominar territórios.
O ofício de cartógrafo se difundiu nos exércitos, levando oficiais
militares a se especializarem nessa função.
Fonte: Sistema UNO de Ensino - Professsora
Angela Pozzani
4. Cartografia e propaganda
Forças armadas organizam estratégias e
táticas de combate.
Estados dividem o território em distritos e
províncias.
Administrações públicas empreendem projetos
de intervenção sobre o território e interferem
na distribuição da população e da terra.
Empresas e conglomerados econômicos tomam
decisões de implantação e investimentos.
Tanto os governos quanto as forças que se opõem a eles aprendem a ler e
interpretar mapas.
Mapas são fontes de poder
civil e militar.
Fonte: Sistema UNO de Ensino - Professsora
Angela Pozzani
5. Cartografia e propaganda
Por muito tempo, os cidadãos da extinta URSS não
dispuseram de mapas detalhados das principais cidades do
país.
A cartografia de áreas urbanas era muito pouco confiável.
Mapas detalhados de Moscou e de outras cidades
importantes do país muitas vezes omitiam tanto a escala
quanto a localização do “quartel-general” da KGB.
No Brasil, durante a ditadura militar uma simples carta
topográfica na escala 1:50.000, editada pelo
IBGE, referente a São José dos Campos, era mantida como
segredo reservado ao Estado-Maior das Forças Armadas.
Fonte: Sistema UNO de Ensino - Professsora
Angela Pozzani
6. O mundo nos mapas
•O mapa-múndi de
Hereford, feito há
aproximadamente 800
anos, mostra o paraíso
terrestre a leste, no topo.
Nele, a Inglaterra, situada
nos limites ocidentais do
mundo conhecido, ocupa
posição irrelevante, na
parte inferior e à esquerda.
Mapa-múndi de Hereford
BETTMANN/CORBIS/LATINSTOCK
Fonte: Sistema UNO de Ensino - Professsora Angela Pozzani
9. O QUE SÃO AS PROJEÇÕES
CARTOGRÁFICAS?
Os sistemas de projeções constituem-se de
uma fórmula matemática que transforma
as coordenadas geográficas, a partir de
uma superfície esférica, em coordenadas
planas, mantendo correspondência entre
elas.
O uso deste artifício geométrico das
projeções consegue reduzir as
deformações, mas nunca eliminá-las.
15. TIPOS MAIS COMUNS DE
PROJEÇÕES
A maioria dos mapas é feita a partir da
projeção dos meridianos e paralelos
curvos da esfera terrestre numa das
figuras geométricas abaixo.
16.
17. Nesta projeção os meridianos e os paralelos são
linhas retas que se cortam em ângulos retos. Nela
as regiões polares aparecem muito exageradas. Os
mapas-múndi são feitos em projeções cilíndricas.
19. PROJEÇÃO CILÍNDRICA
Na projeção cilíndrica, a superfície terrestre é
projetada sobre um cilindro tangente ao
elipsóide que então é longitudinalmente cortado
e planificado.
20.
21. Nesta projeção os meridianos convergem para os
pólos e os paralelos são arcos concêntricos
situados a igual distância uns dos outros. São
utilizados para mapas de países de latitudes
médias.
23. PROJEÇÃO CÔNICA
Na projeção cônica, a superfície terrestre é
projetada sobre um cone tangente ao elipsóide
que então é longitudinalmente cortado e
planificado.
24.
25. PROJEÇÃO AZIMUTAL
São projeções sobre um plano tangente ao
esferóide em um ponto. No tipo normal (ou
polar), o ponto de tangência representa o pólo
norte ou sul e os meridianos de longitude são
linhas retas radiais que partem deste ponto
enquanto paralelos de latitude aparecem como
círculos concêntricos.
27. A distorção no mapa aumenta conforme se distancia do
ponto de tangência. Considerando que distorção é mínima
perto do ponto de tangência, as projeções azimutais são
apropriadas para representar áreas que têm extensões
aproximadamente iguais nas direções norte-sul ou leste-
oeste.
33. Características das Projeções
• Eqüidistantes – mantém as distâncias lineares (a
partir de um centro), mas apresentam distorções
nas áreas e nas formas.
• Equivalentes – valoriza o tamanho das áreas.
• Conformes – valoriza o formato das áreas.
34. PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Grau de Deformação da Superfície
Quanto ao grau de deformação das superfícies representadas, são
classificadas em: [1] CONFORMES ou isogonais, [2] EQUIVALENTES
ou isométricas e [3] EQÜIDISTANTES.
1- Projeções Conformes –
- Preserva os ângulos.
- Paralelos e os meridianos se cruzam em
ângulos retos
- Distorce-se a forma dos objetos no mapa
35. PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
2) Projeções Equivalentes ou
Isométricas –
-Não deformam áreas, conservando
uma relação constante da área,
- Alteram as Formas
Peters, cilíndrico equivalente
36. MERCATOR X PETERS
DIFERENTES VISÕES DO “MUNDO”
São os mapas-múndi mais usados.
Ambos feitos a partir de projeções cilíndricas.
MERCATOR (1569) PETERS (1973)
conforme equivalente
Áreas ≠ Áreas =
38. PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
3) Projeções Equidistantes –
são as projeções que não apresentam
deformações em linha reta;
-Isso só é possível em determinada direção.
-São menos empregadas que as projeções
conformes e equivalentes, porque raramente é
desejável um mapa com distâncias corretas
apenas em uma direção. Usadas em rotas
aéreas ou marítimas retas.
ONU
42. Foto de satélite
Observe a fotografia composta tirada por um satélite:
Fonte: Sistema UNO de Ensino - Professsora
Angela Pozzani
43. É a representação do terreno através de
fotografias aéreas, as quais são expostas
sucessivamente, ao longo de uma direção de
vôo.
Essa sucessão é feita em intervalo de tempo tal
que, entre duas fotografias, haja uma
superposição longitudinal formando uma faixa.
Alguns pontos do terreno, dentro da zona de
recobrimento, são fotografados várias vezes em
ambas as faixas.
Aerofotogrametria ou fotografia aérea
44. Aerofotogrametria ou fotografia aérea
Analisando a fotografia aérea, podemos
observar que:
- apresenta, em sua porção
setentrional, uso do solo
predominantemente urbano, onde se
observam arruamentos e edificações.
- abriga maior população e maior
diversidade de atividades humanas em sua
porção nordeste, onde se verifica o
adensamento da malha urbana.
- é revestida, em sua porção central, por
cobertura vegetal relativamente
homogênea, haja vista variação reduzida
de texturas e tonalidades.
45. Sensoriamento remoto
•Sensores remotos localizados em satélites artificiais
captam, registram e processam imagens da energia refletida
por elementos da superfície terrestre (formas do
relevo, objetos etc.).
Imagem da região nordeste de São Paulo obtida do
satélite TM-Landsat-5
Nordeste de São Paulo: uso da terra
TM-LANDSAT-5
Fonte: Sistema UNO de Ensino - Professsora
Angela Pozzani
46. Sistema de Posicionamento Global
•O GPS (Global
Positioning System)
oferece, com grande
precisão, a posição
instantânea de um
receptor em
qualquer ponto da
Terra. Consiste em
um sofisticado
sistema eletrônico
que se apoia em uma
rede de satélites.
Atualmente, os recursos de orientação do GPS são utilizados
em aeronaves, embarcações, automóveis e até mesmo em
celulares.
Fonte: Sistema UNO de Ensino -
Professsora Angela Pozzani
47. CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS INTEGRADAS NA
CARTOGRAFIA E GEOPROCESAMENTO
SEGMENTO ESPACIAL
24 satélites
20.000 km de altitude
Função: transmitir sinais GPS
48. CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS INTEGRADAS NA
CARTOGRAFIA E GEOPROCESAMENTO
SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL – GPS
Receptores, softwares, metodologias, algoritmos e aplicações para
posição, rotas, velocidade e tempo.
49. CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS INTEGRADAS NA CARTOGRAFIA
E GEOPROCESAMENTO
SENSORIAMENTO REMOTO
Fornece imagens e informações da Terra em várias faixas do espectro
eletromagnético.
50. CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS INTEGRADAS NA CARTOGRAFIA
E GEOPROCESAMENTO
SENSORIAMENTO REMOTO
Principais Sistemas Orbitais de SR
LANDSAT
SPOT
CBERS
IKONOS
QUICK BIRD
RADARES
51. CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS INTEGRADAS NA CARTOGRAFIA
E GEOPROCESAMENTO
COMPUTAÇÃO
Fornece as ferramentas de hardware e software para o
Geoprocessamento.
-Scanners
- Mesas Digitalizadoras
- Computação Gráfica
- Bancos de Dados
- Algoritmos/Programas
- Plotters e Impressoras
52. O Brasil na era dos satélites
Brasil e China desenvolveram o programa CBERS
(China-Brazil Earth Resources Satellite; em português, Satélite
Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres).
Essa parceria levou o Brasil a ingressar no grupo de países
detentores da tecnologia de sensoriamento remoto, mercado
até então dominado pelos países desenvolvidos.
Imagem da cidade de Fortaleza obtida pelo
satélite CBER-1 (2004)
CBERS/INPE/DIVULGAÇÃO
Fonte: Sistema UNO de Ensino - Professsora Angela Pozzani
53. Legenda cartográfica
É formada por
pequenos símbolos
que se encontram
espalhados. Seu
significado, em
geral, aparece em
caixas próximas ao
rodapé dos mapas e
indicam o que estão
representando.
54. Cores hipsométricas
São utilizadas nos mapas físicos, para representar
as altitudes.
Cores dos mapas
altitudes altas – cores escuras, como o marrom.
Altitudes baixas – cores claras, verde, amarelo, etc...
Azul – representa mares, rios, lagos,
oceanos... Quanto mais escura a cor,
mais profunda a água.
65. Curva de Nível
É o método utilizado para representar o relevo terrestre,
que permite ao usuário, ter um valor aproximado da
altitude em qualquer parte do mapa.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
- As curvas de nível tendem a ser quase que paralelas entre si.
- Todos os pontos de uma curva de nível se encontram na mesma elevação.
- Cada curva de nível fecha-se sempre sobre si mesma.
- As curvas de nível nunca se cruzam, podendo se tocar em saltos d'água ou
despenhadeiros.
- Em regra geral, as curvas de nível cruzam os cursos d'água em forma de "V", com o
vértice apontando para a nascente.
66. Perfil topográfico de uma área da cidade do Rio de Janeiro
- As linhas traçadas no mapa são
chamadas isoípsas, sendo que
quanto mais próximas
estiverem, mais abrupto se
apresenta o relevo.
- Entre as duas elevações
existentes, na direção leste-
oeste, encontra-se uma depressão
relativa.
Curva de Nível
67.
68. Pico Paraná – ponto mais alto do
sul do país com 1922 metros