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METODOLOGIA PARTICIPATIVA
Ao chegar a uma comunidade rural, qual a impressão que tem o extensionista?
Muita gente mora lá, em sua maioria produtores rurais com pouca terra disponível
para produzir. Encontram-se problemas originados dos assuntos mais diversos:
pouca infra-estrutura, qualidade e fertilidade do solo em declínio alarmante,
problemas de pragas e doenças nas criações e culturas, insuficiência dos meios
de produção, pouco capital e desconhecimento do ciclo da natureza e do uso
ecologicamente correto dos recursos naturais. Além disso, um grande número
destas comunidades é caracterizado pela organização fraca e participação
passiva dos moradores nos assuntos coletivos, sendo apenas receptores de
informações, doações e ações emergenciais, ao invés de participar ativamente nas
discussões que tratam de assuntos próprios.
METODOLOGIA PARTICIPATIVA
A primeira questão é: Qual o objetivo que eu pretendo alcançar e porque quero
esta mudança? Eu preciso ter o máximo de clareza possível sobre isto. Em
segundo lugar, há a vontade de agir. Esta vontade é alimentada através de um
motivo para agir. O motivo é o motor, a força que nos movimenta. Uma
necessidade fisiológica ou psicológica traz uma certa tensão. A partir desta tensão
começamos a agir, procurando satisfazer as nossas necessidades e desejos.
Podemos citar algumas características do processo de comunicação:
Comunicação possui um valor estratégico;
É impossível não comunicar nada, pois até mesmo o silêncio pode significar
algo;
Quando uma comunicação é eficaz, não existem dúvidas quando ao conteúdo
de uma mensagem;
Cada pessoa pode ter uma percepção diferente sobre uma mesma mensagem.
É indispensável ter em mente a utilização de técnicas apropriadas para transmitir a
mensagem desejada, além de se criar um ambiente propício para o
retorno(feedback) dessa mensagem.
Quando se usa o termo “metodologia participativa”, fala-se de um conjunto de
métodos com características semelhantes usados para atingir o mesmo objetivo,
baseado no princípio fundamental da participação.
Na metodologia participativa se juntam vários métodos(aqueles participativos),
usando diversos instrumentos específicos, e constitui-se num convite à ação e ao
aprendizado conjunto, possibilitando maior acesso ao poder decisório
Na preparação e realização de um evento qualquer, a boa organização é sempre
necessária. Isto requer:
0determinar os objetivos e a pauta com os passos e instrumentos
metodológicos a serem usados;
0ver as responsabilidades pela moderação, gerenciamento e encaminhamentos
finais;
0escolher e preparar um lugar adequado;
0distribuir as responsabilidades para a logística, compra e preparação do
material, equipamento e disponibilização dos documentos necessários.
Todo evento deve ter uma alternância entre a plenária e o trabalho em grupos. Na
plenária, as pessoas escutam apresentações, discutem e acompanham os
resultados apresentados e adquiridos no trabalho dos grupos, nos quais foi
facilitada a participação de cada indivíduo, ouvindo e respeitando as opiniões
diferentes. E, finalmente, são feitas as conclusões sintetizadas e sistematizadas
na plenária. Além disso, o moderador sempre tem que ficar preparado para o momento em
que as pessoas começam a ficar cansadas e mostram dificuldade de
concentração, ou quando se quer sensibilizá-las para um tema específico. Este é
o momento de usar as técnicas de dinâmica de grupo e de jogos pedagógicos.
Estas técnicas animam e integram os participantes, facilitando a socialização e
aprendizagem individual e coletiva. Existem técnicas para as diferentes
finalidades, como as técnicas de apresentação, animação, concentração, atenção,
associação de conteúdos e as técnicas de divisão de grupos.
Num evento grupal é necessário realizar os seguintes passos básicos:
1 - Introdução/Sensibilização;
2 - Trabalho em grupos;
3 - Socialização dos resultados na plenária;
4 - Reflexão/Avaliação do evento;
5 - Definição dos próximos passos.
Os próximos passos possibilitam a continuação do processo de discussão. No
caso do trabalho com um grupo específico, como por exemplo, uma comunidade
rural que precisa continuar a caminhada com o objetivo de desenvolver-se para
ser um grupo que se autogerencia, a definição dos próximos passos é
indispensável. Serão definidas as seguintes questões:
77
0O que tem que ser feito;
0Quem é responsável e quem colabora;
0Quando realizar;
0Onde realizar;
0Quais os recursos necessários;
0Qual é a fonte destes recursos;
A metodologia participativa é entendida como um processo contínuo, caracterizado
por não ser estático. É uma base para o trabalho com enfoque participativo que
precisa ser adaptada, a cada instante, de acordo com cada grupo alvo e sua
realidade. Não adianta tentar aplicá-la em cada momento de uma forma igual,
usando as mesmas ferramentas, na mesma seqüência e no mesmo ritmo
temporal.

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Metodologia participativa rural

  • 1. METODOLOGIA PARTICIPATIVA Ao chegar a uma comunidade rural, qual a impressão que tem o extensionista? Muita gente mora lá, em sua maioria produtores rurais com pouca terra disponível para produzir. Encontram-se problemas originados dos assuntos mais diversos: pouca infra-estrutura, qualidade e fertilidade do solo em declínio alarmante, problemas de pragas e doenças nas criações e culturas, insuficiência dos meios de produção, pouco capital e desconhecimento do ciclo da natureza e do uso ecologicamente correto dos recursos naturais. Além disso, um grande número destas comunidades é caracterizado pela organização fraca e participação passiva dos moradores nos assuntos coletivos, sendo apenas receptores de informações, doações e ações emergenciais, ao invés de participar ativamente nas discussões que tratam de assuntos próprios.
  • 2. METODOLOGIA PARTICIPATIVA A primeira questão é: Qual o objetivo que eu pretendo alcançar e porque quero esta mudança? Eu preciso ter o máximo de clareza possível sobre isto. Em segundo lugar, há a vontade de agir. Esta vontade é alimentada através de um motivo para agir. O motivo é o motor, a força que nos movimenta. Uma necessidade fisiológica ou psicológica traz uma certa tensão. A partir desta tensão começamos a agir, procurando satisfazer as nossas necessidades e desejos.
  • 3. Podemos citar algumas características do processo de comunicação: Comunicação possui um valor estratégico; É impossível não comunicar nada, pois até mesmo o silêncio pode significar algo; Quando uma comunicação é eficaz, não existem dúvidas quando ao conteúdo de uma mensagem; Cada pessoa pode ter uma percepção diferente sobre uma mesma mensagem. É indispensável ter em mente a utilização de técnicas apropriadas para transmitir a mensagem desejada, além de se criar um ambiente propício para o retorno(feedback) dessa mensagem.
  • 4. Quando se usa o termo “metodologia participativa”, fala-se de um conjunto de métodos com características semelhantes usados para atingir o mesmo objetivo, baseado no princípio fundamental da participação. Na metodologia participativa se juntam vários métodos(aqueles participativos), usando diversos instrumentos específicos, e constitui-se num convite à ação e ao aprendizado conjunto, possibilitando maior acesso ao poder decisório
  • 5. Na preparação e realização de um evento qualquer, a boa organização é sempre necessária. Isto requer: 0determinar os objetivos e a pauta com os passos e instrumentos metodológicos a serem usados; 0ver as responsabilidades pela moderação, gerenciamento e encaminhamentos finais; 0escolher e preparar um lugar adequado; 0distribuir as responsabilidades para a logística, compra e preparação do material, equipamento e disponibilização dos documentos necessários.
  • 6. Todo evento deve ter uma alternância entre a plenária e o trabalho em grupos. Na plenária, as pessoas escutam apresentações, discutem e acompanham os resultados apresentados e adquiridos no trabalho dos grupos, nos quais foi facilitada a participação de cada indivíduo, ouvindo e respeitando as opiniões diferentes. E, finalmente, são feitas as conclusões sintetizadas e sistematizadas na plenária. Além disso, o moderador sempre tem que ficar preparado para o momento em que as pessoas começam a ficar cansadas e mostram dificuldade de concentração, ou quando se quer sensibilizá-las para um tema específico. Este é o momento de usar as técnicas de dinâmica de grupo e de jogos pedagógicos. Estas técnicas animam e integram os participantes, facilitando a socialização e aprendizagem individual e coletiva. Existem técnicas para as diferentes finalidades, como as técnicas de apresentação, animação, concentração, atenção, associação de conteúdos e as técnicas de divisão de grupos.
  • 7. Num evento grupal é necessário realizar os seguintes passos básicos: 1 - Introdução/Sensibilização; 2 - Trabalho em grupos; 3 - Socialização dos resultados na plenária; 4 - Reflexão/Avaliação do evento; 5 - Definição dos próximos passos.
  • 8. Os próximos passos possibilitam a continuação do processo de discussão. No caso do trabalho com um grupo específico, como por exemplo, uma comunidade rural que precisa continuar a caminhada com o objetivo de desenvolver-se para ser um grupo que se autogerencia, a definição dos próximos passos é indispensável. Serão definidas as seguintes questões: 77 0O que tem que ser feito; 0Quem é responsável e quem colabora; 0Quando realizar; 0Onde realizar; 0Quais os recursos necessários; 0Qual é a fonte destes recursos;
  • 9. A metodologia participativa é entendida como um processo contínuo, caracterizado por não ser estático. É uma base para o trabalho com enfoque participativo que precisa ser adaptada, a cada instante, de acordo com cada grupo alvo e sua realidade. Não adianta tentar aplicá-la em cada momento de uma forma igual, usando as mesmas ferramentas, na mesma seqüência e no mesmo ritmo temporal.