SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 28
Baixar para ler offline
1 
Projeto, Dimensionamento e Detalhamento de 
Estruturas de Concreto Armado 
Muros de arrimo 
Rodrigo Gustavo Delalibera 
Engenheiro Civil – Doutor em Engenharia de Estruturas 
dellacivil@gmail.com
2 
Dimensionamento de estruturas especiais de concreto armado 
MUROS DE ARRIMO. 
Bibliografia sugerida: 
- DA ROCHA (1983). Curso prático de concreto armado. Vol. 3, Editora 
Nobel, Rio de Janeiro; 
- MOLITERNO, M. (1994). Cadernos de muros de arrimo. USP, São 
Carlos; 
- FUSCO (1994). Técnicas de armas as estruturas de concreto. Editora 
Pini Ltda., São Paulo. 
- ALONSO, R. U. (1983). Exercícios de fundações. Editora Edgard 
Blüncher Ltda., São Paulo. 
- VELLOSO, D. A. (1996). Fundações. COPPE – UFRJ, Rio de Janeiro.
3 
INTRODUÇÃO 
Muro de arrimo: estrutura destinada a conter esforços 
oriundos de um terrapleno. 
a) Perfil natural do terreno. 
b) Perfil do terreno cortado. 
Contenção 
Passeio 
Talude 
Rua 
Passeio 
Rua 
Perfil natural do terreno 
Perfil de um terreno ao natural (a) e cortado (b).
4 
INTRODUÇÃO 
Possíveis superfícies de ruína do maciço.
5 
Tipos de muros de arrimo 
− Muros de gravidade; 
− Muros de flexão; 
− Muros de gabião; 
− Crib walls. 
Muro de gravidade com perfil trapezoidal. 
Muro de flexão isolado com contraforte. 
INTRODUÇÃO 
Muro de gravidade com perfil retangular.
6 
Pré-dimensionamento, seção retangular. INTRODUÇÃO 
Moliterno (1994), apresenta seguintes sugestões para pré-dimensionamento. 
- Muros de alvenaria de tijos: b = 0,40·h; 
- Muros de alvenaria de pedra ou concreto ciclópico: b = 0,30·h. 
Pré-dimensionamento, seção trapezoidal 
Moliterno (1994), apresenta seguintes sugestões para pré-dimensionamento. 
- Muros de concreto ciclópico: b0 = 0,14·h e b = b0 + h/3 
- Muros de alvenaria de pedra ou concreto ciclópico: b = (1/3)·h; 
t = (1/6)·h e d ≥ t.
7 
Muro de gravidade de concreto ciclópico 
Muro de gravidade de pedra. 
INTRODUÇÃO 
Muro de gravidade de pedra com perfil 
escalonado. 
Tipos de muros de arrimo
8 
Tipos de muros de arrimo INTRODUÇÃO 
Muro de flexão isolado. Muro de flexão isolado com contraforte. 
Obs.:- Os contrafortes são utilizado para enrijecer as placas de 
contenção.
9 
Muro de flexão ligado a estrutura. 
INTRODUÇÃO 
Muro de gabiões. 
Tipos de muros de arrimo
10 
INTRODUÇÃO 
Tipos de muros de arrimo 
Crib Walls 
Vigas pré-moldadas de concreto armado, de madeira ou de aço dispostas no local da contenção dem forma de 
“fogueira”, justapostas ligadas longitudinalmente.
11 
AÇÕES 
As ações atuantes nas estruturas de contenções são compostas 
por três parcelas: 
- Empuxo de terra (Ativo e Passivo); 
- Empuxo em função da água; 
- Empuxo em função sobrecargas externas. 
Empuxo de terra passivo: é aquele exercido pela contenção sobre o 
terreno. É comum em casos de escoramento de valas e galerias. 
Empuxo de terra ativo: neste caso, o terreno é que exerce esforços sobre 
a contenção. 
Sobrecargas: ações externas provocadas por veículos, edifícios próximos a 
contenção, etc.
12 
AÇÕES 
Exemplo de empuxo passivo. Exemplo de empuxo ativo.
13 
Cálculo do empuxo. AÇÕES 
γ é o peso específico aparente do solo; 
h é a altura da parede de contenção; 
ka é o coeficiente de empuxo ativo [ka = tg2(45-φ/2)], sendo φ o ângulo 
de atrito interno do solo. 
kp é o coeficiente de empuxo passivo [kp = tg2(45+φ/2)]. 
y 
h 
Ea 
2 
E = ⋅ γ ⋅ ⋅ 
a k h 
1 
2 
Situação de solo homogêneo, sem coesão; superfície horizontal e sem 
presença de água. 
1 
h 
3 
y =
14 
AÇÕES 
Q = q c 
q 
c 
q = K a q 
1 
Efeitos da sobrecarga. 
q k q a = ⋅ 1 
q é o valor da sobrecarga; 
ka é o coeficiente de empuxo ativo [ka = tg2(45-φ/2)], 
sendo φ o ângulo de atrito interno do solo. 
Q = q ⋅c 
q é o valor da sobrecarga; 
C é a parte da laje de fundação que fica embutida no 
maciço, sob a ação q. 
Sobrecargas
15 
Ações consideradas num projeto. AÇÕES
16 
PRÉ-DIMENSIONAMENTO 
a 
Seção transversal de um muro de arrimo 
isolado. 
0 
l 
H 
h 
h0 
1 
1 H 
2 h 
h 
c 
b0 
1 1 0,4H ≤ l ≤ 0,7H 
1 
1 H 
6 
a ≅ 
1 
c ≅ H 
1 2 
h 15cm o ≥ 
b 15cm o ≥ 
( ) 2 B h → f M 
Projeto
17 
VERIFICAÇÃO DE 
Os muros isolados com fundação direta devem garantir ESTABILIDADE 
segurançã com relação ao tombamento e deslizamento. 
Verificação do tombamento 
≥1,5 
est 
M 
tom 
M 
Mest é o momento estabilizador, provocado pelas ações 
verticais (peso próprio); 
Mtom é o momento de tombamento, provocado pelas 
ações horizontais. 
Verificação do deslizamento 
= ⋅Σ at v F μ F 
μ é o coeficiente de atrito; 
ΣFv é a resultante das forças verticais atuantes no 
muro e no maciço. 
F 
at 
≥1,5 Σ F 
H 
ΣFH é a resultante das ações horizontais atuantes no 
muro.
18 
VERIFICAÇÃO DE 
ESTABILIDADE 
Dispositivo para melhorar a estabilidade. 
Sapata plana. 
Sapata plana com elemento placa vertical 
Sapata inclinada. Sapata inclinada com elemento placa vertical.
19 
CRITÉRIOS DE PROJETO 
Armadura mínima 
A 0,15%bh S,min = 
Armadura de distribuição. 
 
≥ 
 
 
1 
A 
5 
0,90cm /m 
A 
2 
S,prin 
S,dist 
Dimensionamento e detalhamento.
20 
Detalhamento. CRITÉRIOS DE PROJETO
21 
CRITÉRIOS Detalhamento. DE PROJETO 
Ligação muro sapata. 
Detalhamento incorreto Detalhamento correto
22 
CRITÉRIOS DE PROJETO
23 
Verificação da força cortante. CRITÉRIOS DE PROJETO 
D,K 
C,K 
V 
VB,K V 
≤ 
V V 
sd Rd 
1 
V = ⋅ f ⋅ ( + ) ⋅ ⋅ 
d 
0,25 1,2 1 1 1 
Rd ctd 
A 
d 
f 
f 
ctk 
f f 
ctk ck 
→ 
d m 
ρ f MPa 
ck 
c 
ctd 
st 
→ 
= ⋅ ⋅ 
= 
⋅ 
= 
3 
2 
,inf 
,inf 
1 
0,7 0,3 
1 
γ 
ρ
24 
INFORMAÇÕES 
IMPORTANTES 
Tipos de arranjo para armadura da ligação 
parede – sapata. 
Detalhes do sistema de drenagem. 
Proteções para junta de dilatação. Juntas de dilação a cada 15 m.
25 
INFORMAÇÕES 
IMPORTANTES 
Muro de gravidade com perfil trapezoidal. Muro de flexão isolado. 
Melhorar 
condições 
quanto ao 
deslizamento.
26
27
28

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Nbr 08.545 1984 - alvenarias de vedação
Nbr 08.545 1984 - alvenarias de vedaçãoNbr 08.545 1984 - alvenarias de vedação
Nbr 08.545 1984 - alvenarias de vedaçãoRodrigo Wink
 
Drenagem de Taludes
Drenagem de TaludesDrenagem de Taludes
Drenagem de Taludescamilapasta
 
Materiais e sistemas construtivos 02
Materiais e sistemas construtivos 02Materiais e sistemas construtivos 02
Materiais e sistemas construtivos 02Matheus Adam da Silva
 
PROCEDIMENTO PARA COLETA DE CORPO DE PROVA (CONCRETO) NA OBRA – NBR 5738.
PROCEDIMENTO PARA COLETA DE CORPO DE PROVA (CONCRETO) NA OBRA – NBR 5738.PROCEDIMENTO PARA COLETA DE CORPO DE PROVA (CONCRETO) NA OBRA – NBR 5738.
PROCEDIMENTO PARA COLETA DE CORPO DE PROVA (CONCRETO) NA OBRA – NBR 5738.Guilherme Bender Coswig
 
Aula 2 - Investigação do subsolo.pdf
Aula 2 - Investigação do subsolo.pdfAula 2 - Investigação do subsolo.pdf
Aula 2 - Investigação do subsolo.pdfWendell Soares
 
Nbr 5682- Contratação execução e supervisão de demoli coes
Nbr 5682- Contratação execução e supervisão de demoli coesNbr 5682- Contratação execução e supervisão de demoli coes
Nbr 5682- Contratação execução e supervisão de demoli coespaulolubas159263
 
Argamassa - Materiais de Construção
Argamassa - Materiais de ConstruçãoArgamassa - Materiais de Construção
Argamassa - Materiais de ConstruçãoDavid Grubba
 
Inst. agua fria predial hidraulica
Inst. agua fria predial   hidraulicaInst. agua fria predial   hidraulica
Inst. agua fria predial hidraulicaPriscilla Scura
 
Revestimento argamassado
Revestimento argamassadoRevestimento argamassado
Revestimento argamassadoBruno Leonardo
 
Recalque (Fundações)
Recalque (Fundações)Recalque (Fundações)
Recalque (Fundações)Thayris Cruz
 
Abnt nbr 7190 projetos de estrutura de madeira
Abnt nbr 7190   projetos de estrutura de madeiraAbnt nbr 7190   projetos de estrutura de madeira
Abnt nbr 7190 projetos de estrutura de madeiraarthurohz
 
Materiais da construção civil1
Materiais da construção civil1Materiais da construção civil1
Materiais da construção civil1Marcus Gonçalves
 

Mais procurados (20)

Alvenaria estrutural
Alvenaria estruturalAlvenaria estrutural
Alvenaria estrutural
 
Alvenaria
AlvenariaAlvenaria
Alvenaria
 
Nbr 08.545 1984 - alvenarias de vedação
Nbr 08.545 1984 - alvenarias de vedaçãoNbr 08.545 1984 - alvenarias de vedação
Nbr 08.545 1984 - alvenarias de vedação
 
Drenagem de Taludes
Drenagem de TaludesDrenagem de Taludes
Drenagem de Taludes
 
Materiais e sistemas construtivos 02
Materiais e sistemas construtivos 02Materiais e sistemas construtivos 02
Materiais e sistemas construtivos 02
 
PROCEDIMENTO PARA COLETA DE CORPO DE PROVA (CONCRETO) NA OBRA – NBR 5738.
PROCEDIMENTO PARA COLETA DE CORPO DE PROVA (CONCRETO) NA OBRA – NBR 5738.PROCEDIMENTO PARA COLETA DE CORPO DE PROVA (CONCRETO) NA OBRA – NBR 5738.
PROCEDIMENTO PARA COLETA DE CORPO DE PROVA (CONCRETO) NA OBRA – NBR 5738.
 
Aula 2 - Investigação do subsolo.pdf
Aula 2 - Investigação do subsolo.pdfAula 2 - Investigação do subsolo.pdf
Aula 2 - Investigação do subsolo.pdf
 
Nbr 5682- Contratação execução e supervisão de demoli coes
Nbr 5682- Contratação execução e supervisão de demoli coesNbr 5682- Contratação execução e supervisão de demoli coes
Nbr 5682- Contratação execução e supervisão de demoli coes
 
Cálculo de muro de arrimo
Cálculo de muro de arrimoCálculo de muro de arrimo
Cálculo de muro de arrimo
 
Argamassa - Materiais de Construção
Argamassa - Materiais de ConstruçãoArgamassa - Materiais de Construção
Argamassa - Materiais de Construção
 
Inst. agua fria predial hidraulica
Inst. agua fria predial   hidraulicaInst. agua fria predial   hidraulica
Inst. agua fria predial hidraulica
 
Slides
SlidesSlides
Slides
 
Aula 02 alvenaria
Aula 02   alvenariaAula 02   alvenaria
Aula 02 alvenaria
 
Aulas de concreto armado
Aulas de concreto armadoAulas de concreto armado
Aulas de concreto armado
 
Revestimento argamassado
Revestimento argamassadoRevestimento argamassado
Revestimento argamassado
 
Recalque (Fundações)
Recalque (Fundações)Recalque (Fundações)
Recalque (Fundações)
 
Abnt nbr 7190 projetos de estrutura de madeira
Abnt nbr 7190   projetos de estrutura de madeiraAbnt nbr 7190   projetos de estrutura de madeira
Abnt nbr 7190 projetos de estrutura de madeira
 
Ensaio de granulometria
Ensaio de granulometriaEnsaio de granulometria
Ensaio de granulometria
 
Concreto armado 1
Concreto armado 1Concreto armado 1
Concreto armado 1
 
Materiais da construção civil1
Materiais da construção civil1Materiais da construção civil1
Materiais da construção civil1
 

Semelhante a Muros de arrimo

Trabalho de Estabilidade de Valas Entivadas
Trabalho de Estabilidade de Valas EntivadasTrabalho de Estabilidade de Valas Entivadas
Trabalho de Estabilidade de Valas EntivadasFranciscoMuchara
 
MECÂNICA DOS SOLOS
MECÂNICA DOS SOLOSMECÂNICA DOS SOLOS
MECÂNICA DOS SOLOSamalecastro
 
MEE_EscavacoesEstruturasContencao_Geral.pdf
MEE_EscavacoesEstruturasContencao_Geral.pdfMEE_EscavacoesEstruturasContencao_Geral.pdf
MEE_EscavacoesEstruturasContencao_Geral.pdfssuser960c48
 
Aula11_Muros de arrimo_2SEM 2022.pdf
Aula11_Muros de arrimo_2SEM 2022.pdfAula11_Muros de arrimo_2SEM 2022.pdf
Aula11_Muros de arrimo_2SEM 2022.pdfmayconzhu
 
Fundações e obras de terra - Parte 01
Fundações e obras de terra - Parte 01Fundações e obras de terra - Parte 01
Fundações e obras de terra - Parte 01Andre Luiz Vicente
 
Apostila estruturas de contencao parte 1
Apostila estruturas de contencao parte 1Apostila estruturas de contencao parte 1
Apostila estruturas de contencao parte 1Rafael Maciel
 
Clube de engenharia_2012_shcs
Clube de engenharia_2012_shcsClube de engenharia_2012_shcs
Clube de engenharia_2012_shcsclubedeengenharia
 
Artigo analise comparativa do desempenho de fundacao rasa do tipo radier com ...
Artigo analise comparativa do desempenho de fundacao rasa do tipo radier com ...Artigo analise comparativa do desempenho de fundacao rasa do tipo radier com ...
Artigo analise comparativa do desempenho de fundacao rasa do tipo radier com ...Diogo Deniz
 
estruturas de contenção
estruturas de contençãoestruturas de contenção
estruturas de contençãoMajit Islav
 
Sistemas de Contenção_aula teste.pdf
Sistemas de Contenção_aula teste.pdfSistemas de Contenção_aula teste.pdf
Sistemas de Contenção_aula teste.pdfLarissaQueirozMinill
 
15 vigas
15 vigas15 vigas
15 vigasgabioa
 

Semelhante a Muros de arrimo (20)

Aula 4 muros-de_arrimo
Aula 4 muros-de_arrimoAula 4 muros-de_arrimo
Aula 4 muros-de_arrimo
 
Trabalho de Estabilidade de Valas Entivadas
Trabalho de Estabilidade de Valas EntivadasTrabalho de Estabilidade de Valas Entivadas
Trabalho de Estabilidade de Valas Entivadas
 
MECÂNICA DOS SOLOS
MECÂNICA DOS SOLOSMECÂNICA DOS SOLOS
MECÂNICA DOS SOLOS
 
MEE_EscavacoesEstruturasContencao_Geral.pdf
MEE_EscavacoesEstruturasContencao_Geral.pdfMEE_EscavacoesEstruturasContencao_Geral.pdf
MEE_EscavacoesEstruturasContencao_Geral.pdf
 
Aula11_Muros de arrimo_2SEM 2022.pdf
Aula11_Muros de arrimo_2SEM 2022.pdfAula11_Muros de arrimo_2SEM 2022.pdf
Aula11_Muros de arrimo_2SEM 2022.pdf
 
Fundações e obras de terra - Parte 01
Fundações e obras de terra - Parte 01Fundações e obras de terra - Parte 01
Fundações e obras de terra - Parte 01
 
Apostila estruturas de contencao parte 1
Apostila estruturas de contencao parte 1Apostila estruturas de contencao parte 1
Apostila estruturas de contencao parte 1
 
Apresentação mec solos 2
Apresentação mec solos 2Apresentação mec solos 2
Apresentação mec solos 2
 
Clube de engenharia_2012_shcs
Clube de engenharia_2012_shcsClube de engenharia_2012_shcs
Clube de engenharia_2012_shcs
 
Artigo analise comparativa do desempenho de fundacao rasa do tipo radier com ...
Artigo analise comparativa do desempenho de fundacao rasa do tipo radier com ...Artigo analise comparativa do desempenho de fundacao rasa do tipo radier com ...
Artigo analise comparativa do desempenho de fundacao rasa do tipo radier com ...
 
Alvenaria
AlvenariaAlvenaria
Alvenaria
 
Recalque
RecalqueRecalque
Recalque
 
estruturas de contenção
estruturas de contençãoestruturas de contenção
estruturas de contenção
 
Aula Punção.pdf
Aula Punção.pdfAula Punção.pdf
Aula Punção.pdf
 
Atrito negativo.pdf
Atrito negativo.pdfAtrito negativo.pdf
Atrito negativo.pdf
 
Sistemas de Contenção_aula teste.pdf
Sistemas de Contenção_aula teste.pdfSistemas de Contenção_aula teste.pdf
Sistemas de Contenção_aula teste.pdf
 
Fundações
FundaçõesFundações
Fundações
 
Aula fundações 2
Aula fundações 2Aula fundações 2
Aula fundações 2
 
Aula3_Alvenaria Estrutural.pdf
Aula3_Alvenaria Estrutural.pdfAula3_Alvenaria Estrutural.pdf
Aula3_Alvenaria Estrutural.pdf
 
15 vigas
15 vigas15 vigas
15 vigas
 

Mais de cristina resende

Mais de cristina resende (20)

Bolinho de bacalhau
Bolinho de bacalhauBolinho de bacalhau
Bolinho de bacalhau
 
Trabalho, energia, fluidos
Trabalho, energia, fluidosTrabalho, energia, fluidos
Trabalho, energia, fluidos
 
If rs-2015-if-rs-professor-filosofia-prova
If rs-2015-if-rs-professor-filosofia-provaIf rs-2015-if-rs-professor-filosofia-prova
If rs-2015-if-rs-professor-filosofia-prova
 
Placa cimenticia
Placa cimenticiaPlaca cimenticia
Placa cimenticia
 
201647 165355 vitaminas
201647 165355 vitaminas201647 165355 vitaminas
201647 165355 vitaminas
 
Forças de contato
Forças de contatoForças de contato
Forças de contato
 
201647 165355 vitaminas
201647 165355 vitaminas201647 165355 vitaminas
201647 165355 vitaminas
 
Estática do corpo extenso
Estática do corpo extensoEstática do corpo extenso
Estática do corpo extenso
 
Cálculo estequiométrico
Cálculo estequiométricoCálculo estequiométrico
Cálculo estequiométrico
 
Calculos quimicos
Calculos quimicosCalculos quimicos
Calculos quimicos
 
Gengibre
GengibreGengibre
Gengibre
 
A cartomante
A cartomante A cartomante
A cartomante
 
10 projeto-de-producao-para-construcao-metalica-aplicado-em-lajes-mistas-stee...
10 projeto-de-producao-para-construcao-metalica-aplicado-em-lajes-mistas-stee...10 projeto-de-producao-para-construcao-metalica-aplicado-em-lajes-mistas-stee...
10 projeto-de-producao-para-construcao-metalica-aplicado-em-lajes-mistas-stee...
 
Catalogo tigre
Catalogo tigreCatalogo tigre
Catalogo tigre
 
Diferença entre tese e argumento
Diferença entre tese e argumentoDiferença entre tese e argumento
Diferença entre tese e argumento
 
Nr 06 (atualizada) 2011
Nr 06 (atualizada) 2011Nr 06 (atualizada) 2011
Nr 06 (atualizada) 2011
 
Segmentos tangentes
Segmentos tangentesSegmentos tangentes
Segmentos tangentes
 
Vaos e cargas
Vaos e cargasVaos e cargas
Vaos e cargas
 
Nr 08 atualizada_2011
Nr 08 atualizada_2011Nr 08 atualizada_2011
Nr 08 atualizada_2011
 
Pres oit 170
Pres oit 170Pres oit 170
Pres oit 170
 

Muros de arrimo

  • 1. 1 Projeto, Dimensionamento e Detalhamento de Estruturas de Concreto Armado Muros de arrimo Rodrigo Gustavo Delalibera Engenheiro Civil – Doutor em Engenharia de Estruturas dellacivil@gmail.com
  • 2. 2 Dimensionamento de estruturas especiais de concreto armado MUROS DE ARRIMO. Bibliografia sugerida: - DA ROCHA (1983). Curso prático de concreto armado. Vol. 3, Editora Nobel, Rio de Janeiro; - MOLITERNO, M. (1994). Cadernos de muros de arrimo. USP, São Carlos; - FUSCO (1994). Técnicas de armas as estruturas de concreto. Editora Pini Ltda., São Paulo. - ALONSO, R. U. (1983). Exercícios de fundações. Editora Edgard Blüncher Ltda., São Paulo. - VELLOSO, D. A. (1996). Fundações. COPPE – UFRJ, Rio de Janeiro.
  • 3. 3 INTRODUÇÃO Muro de arrimo: estrutura destinada a conter esforços oriundos de um terrapleno. a) Perfil natural do terreno. b) Perfil do terreno cortado. Contenção Passeio Talude Rua Passeio Rua Perfil natural do terreno Perfil de um terreno ao natural (a) e cortado (b).
  • 4. 4 INTRODUÇÃO Possíveis superfícies de ruína do maciço.
  • 5. 5 Tipos de muros de arrimo − Muros de gravidade; − Muros de flexão; − Muros de gabião; − Crib walls. Muro de gravidade com perfil trapezoidal. Muro de flexão isolado com contraforte. INTRODUÇÃO Muro de gravidade com perfil retangular.
  • 6. 6 Pré-dimensionamento, seção retangular. INTRODUÇÃO Moliterno (1994), apresenta seguintes sugestões para pré-dimensionamento. - Muros de alvenaria de tijos: b = 0,40·h; - Muros de alvenaria de pedra ou concreto ciclópico: b = 0,30·h. Pré-dimensionamento, seção trapezoidal Moliterno (1994), apresenta seguintes sugestões para pré-dimensionamento. - Muros de concreto ciclópico: b0 = 0,14·h e b = b0 + h/3 - Muros de alvenaria de pedra ou concreto ciclópico: b = (1/3)·h; t = (1/6)·h e d ≥ t.
  • 7. 7 Muro de gravidade de concreto ciclópico Muro de gravidade de pedra. INTRODUÇÃO Muro de gravidade de pedra com perfil escalonado. Tipos de muros de arrimo
  • 8. 8 Tipos de muros de arrimo INTRODUÇÃO Muro de flexão isolado. Muro de flexão isolado com contraforte. Obs.:- Os contrafortes são utilizado para enrijecer as placas de contenção.
  • 9. 9 Muro de flexão ligado a estrutura. INTRODUÇÃO Muro de gabiões. Tipos de muros de arrimo
  • 10. 10 INTRODUÇÃO Tipos de muros de arrimo Crib Walls Vigas pré-moldadas de concreto armado, de madeira ou de aço dispostas no local da contenção dem forma de “fogueira”, justapostas ligadas longitudinalmente.
  • 11. 11 AÇÕES As ações atuantes nas estruturas de contenções são compostas por três parcelas: - Empuxo de terra (Ativo e Passivo); - Empuxo em função da água; - Empuxo em função sobrecargas externas. Empuxo de terra passivo: é aquele exercido pela contenção sobre o terreno. É comum em casos de escoramento de valas e galerias. Empuxo de terra ativo: neste caso, o terreno é que exerce esforços sobre a contenção. Sobrecargas: ações externas provocadas por veículos, edifícios próximos a contenção, etc.
  • 12. 12 AÇÕES Exemplo de empuxo passivo. Exemplo de empuxo ativo.
  • 13. 13 Cálculo do empuxo. AÇÕES γ é o peso específico aparente do solo; h é a altura da parede de contenção; ka é o coeficiente de empuxo ativo [ka = tg2(45-φ/2)], sendo φ o ângulo de atrito interno do solo. kp é o coeficiente de empuxo passivo [kp = tg2(45+φ/2)]. y h Ea 2 E = ⋅ γ ⋅ ⋅ a k h 1 2 Situação de solo homogêneo, sem coesão; superfície horizontal e sem presença de água. 1 h 3 y =
  • 14. 14 AÇÕES Q = q c q c q = K a q 1 Efeitos da sobrecarga. q k q a = ⋅ 1 q é o valor da sobrecarga; ka é o coeficiente de empuxo ativo [ka = tg2(45-φ/2)], sendo φ o ângulo de atrito interno do solo. Q = q ⋅c q é o valor da sobrecarga; C é a parte da laje de fundação que fica embutida no maciço, sob a ação q. Sobrecargas
  • 15. 15 Ações consideradas num projeto. AÇÕES
  • 16. 16 PRÉ-DIMENSIONAMENTO a Seção transversal de um muro de arrimo isolado. 0 l H h h0 1 1 H 2 h h c b0 1 1 0,4H ≤ l ≤ 0,7H 1 1 H 6 a ≅ 1 c ≅ H 1 2 h 15cm o ≥ b 15cm o ≥ ( ) 2 B h → f M Projeto
  • 17. 17 VERIFICAÇÃO DE Os muros isolados com fundação direta devem garantir ESTABILIDADE segurançã com relação ao tombamento e deslizamento. Verificação do tombamento ≥1,5 est M tom M Mest é o momento estabilizador, provocado pelas ações verticais (peso próprio); Mtom é o momento de tombamento, provocado pelas ações horizontais. Verificação do deslizamento = ⋅Σ at v F μ F μ é o coeficiente de atrito; ΣFv é a resultante das forças verticais atuantes no muro e no maciço. F at ≥1,5 Σ F H ΣFH é a resultante das ações horizontais atuantes no muro.
  • 18. 18 VERIFICAÇÃO DE ESTABILIDADE Dispositivo para melhorar a estabilidade. Sapata plana. Sapata plana com elemento placa vertical Sapata inclinada. Sapata inclinada com elemento placa vertical.
  • 19. 19 CRITÉRIOS DE PROJETO Armadura mínima A 0,15%bh S,min = Armadura de distribuição.  ≥   1 A 5 0,90cm /m A 2 S,prin S,dist Dimensionamento e detalhamento.
  • 21. 21 CRITÉRIOS Detalhamento. DE PROJETO Ligação muro sapata. Detalhamento incorreto Detalhamento correto
  • 22. 22 CRITÉRIOS DE PROJETO
  • 23. 23 Verificação da força cortante. CRITÉRIOS DE PROJETO D,K C,K V VB,K V ≤ V V sd Rd 1 V = ⋅ f ⋅ ( + ) ⋅ ⋅ d 0,25 1,2 1 1 1 Rd ctd A d f f ctk f f ctk ck → d m ρ f MPa ck c ctd st → = ⋅ ⋅ = ⋅ = 3 2 ,inf ,inf 1 0,7 0,3 1 γ ρ
  • 24. 24 INFORMAÇÕES IMPORTANTES Tipos de arranjo para armadura da ligação parede – sapata. Detalhes do sistema de drenagem. Proteções para junta de dilatação. Juntas de dilação a cada 15 m.
  • 25. 25 INFORMAÇÕES IMPORTANTES Muro de gravidade com perfil trapezoidal. Muro de flexão isolado. Melhorar condições quanto ao deslizamento.
  • 26. 26
  • 27. 27
  • 28. 28