1. Muros de arrimo
SET0408 – ESTRUTURAS DE FUNDAÇÕES
Profa. Dra. Alessandra Lorenzetti de Castro
Prof. Dr. Ricardo Carrazedo
2. 1 SET 0408 – Estruturas de fundações
MUROS DE ARRIMO
Contenção do solo com uma grande inclinação.
Utilizados quando se deseja manter uma diferença de nível na superfície do
terreno, e o espaço disponível não é suficiente para vencer o desnível com um
talude.
IMPORTÂNCIA
3. 2 SET 0408 – Estruturas de fundações
MUROS DE ARRIMO
DEFINIÇÃO
Designação genérica para qualquer estrutura construída para servir de
contenção ou arrimo a uma determinada massa de solo “instável”
possibilidade de movimento a partir da ruptura por cisalhamento.
Estruturas corridas de contenção de parede vertical ou quase vertical,
apoiadas em uma fundação rasa ou profunda.
Escavação do terreno para execução
Reaterro após sua conclusão.
Construídos em alvenaria ou em
concreto (simples ou armado), ou
ainda, com elementos especiais.
4. 3 SET 0408 – Estruturas de fundações
MUROS DE ARRIMO
TIPOLOGIA: tipos mais comuns
Estruturas corridas que se opõem aos empuxos horizontais pelo peso próprio.
Geralmente, são utilizadas para conter desníveis pequenos ou médios (< 5 m).
Executado em alvenaria, concreto simples, gabião, pneus inservíveis etc.
Muro de arrimo por gravidade
5. 4 SET 0408 – Estruturas de fundações
MUROS DE ARRIMO
TIPOLOGIA: tipos mais comuns
Muro de arrimo de flexão
Estruturas mais esbeltas com seção transversal em forma de “L” que resistem
aos empuxos por flexão, utilizando parte do peso próprio do maciço, que se
apóia sobre a base do “L”, para manter-se em equilíbrio.
Em geral, são construídos em concreto armado, tornando-se anti-econômicos
para alturas acima de 5 a 7m.
6. 5 SET 0408 – Estruturas de fundações
MUROS DE ARRIMO
TIPOLOGIA: tipos mais comuns
Contrafortes: aumentar a estabilidade contra o tombamento em muros de flexão com
altura superior a 5 m.
Tratando-se de laje de base interna, sob o reaterro, devem ser armados para resistir a
esforços de tração.
No caso de laje externa ao reaterro, trabalham à compressão Configuração menos
usual (perda de espaço útil à jusante da estrutura).
Muro de arrimo
com contrafortes
7. 6 SET 0408 – Estruturas de fundações
MUROS DE ARRIMO
TIPOLOGIA: tipos mais comuns
Muro de arrimo estaqueado
Muro de arrimo atirantado
Cortina de
arrimo
8. 7 SET 0408 – Estruturas de fundações
ESTADO DE TENSÃO NO SOLO
Critério de Mohr-Coulomb: estado de tensão de ruptura
Escrito em função das tensões principais:
Com o auxílio das relações trigonométricas:
Reescreve-se o critério como:
1
cos
2
1
cos
2
1
3
1
c
sen
c
sen
sen
sen
1
1
2
º
45
tan2
tan
c
cos
1
2
º
45
tan
sen
2
/
º
45
tan
2
2
/
º
45
tan2
3
1
c
9. 8 SET 0408 – Estruturas de fundações
ESTADO DE TENSÃO NO SOLO
Mobilização do empuxo ativo
Como na ruptura 1 = h e 3 = v
2
/
º
45
tan
2
2
/
º
45
tan2
3
1
c
2
/
º
45
tan2
v
h
a
k
10. 9 SET 0408 – Estruturas de fundações
ESTADO DE TENSÃO NO SOLO
Mobilização do empuxo passivo
Como na ruptura 3 = h e 1 = v
2
/
º
45
tan
2
2
/
º
45
tan2
3
1
c
2
/
º
45
tan
2
/
º
45
tan
1 2
2
v
h
p
k
11. 10 SET 0408 – Estruturas de fundações
COEFICIENTE DE EMPUXO
Coeficiente de empuxo ativo
Coeficiente de empuxo passivo
Em repouso (k0):
o Valor entre ka e kp;
o Depende da compacidade do solo e da forma como foi depositado.
2
º
45
2
tg
ka
2
º
45
2
tg
kp
12. 11 SET 0408 – Estruturas de fundações
COEFICIENTE DE EMPUXO
Mobilização do empuxo ativo
Solo h/h
Areia compacta 0,1% a 0,2%
Areia fofa 0,2% a 0,4%
Argila rija 1% a 2%
Argila mole 2% a 5%
Tipo Solo sem coesão Solo coesivo
Passivo 3 a 14 1 a 2
Repouso 0,4 a 0,6 0,4 a 0,8
Ativo 0,22 a 0,33 0,5 a 1
Faixa de valores
para o empuxo
13. 12 SET 0408 – Estruturas de fundações
TEORIA DE COULOMB
Hipóteses:
Solo isotrópico e homogêneo com atrito interno e coesão.
Superfície do solo e de ruptura planas.
Forças de atrito uniformemente distribuídas ao longo da superfície de
ruptura.
A cunha de ruptura se movimenta como um
corpo rígido.
Existe atrito entre o solo e o muro.
A ruptura pode ser avaliada em duas dimensões.
14. 13 SET 0408 – Estruturas de fundações
TEORIA DE COULOMB
Coeficiente de empuxo ativo
Coeficiente de empuxo passivo
Ângulo de atrito interno do solo () e ângulo de atrito entre a
parede do muro e o solo ().
2
2
2
)
(
)
(
)
(
)
(
1
sen
sen
sen
sen
sen
sen
sen
ka
2
2
2
)
(
)
(
)
(
)
(
1
sen
sen
sen
sen
sen
sen
sen
kp
15. 14 SET 0408 – Estruturas de fundações
TEORIA DE HANKINE
Hipóteses:
Supõe superfície lisa para o muro Interface muro-solo sem atrito.
Pequena deformação no solo provoca mobilização da resistência de atito
Estado ativo se o solo expande; passivo se sofre compressão.
Limitações: reaterro plano, parede não interfere na cunha de ruptura, não
existe resistência mobilizada no contato solo-muro.
Coeficiente de empuxo ativo
Coeficiente de empuxo passivo
2
2
2
2
cos
cos
cos
cos
cos
cos
cos
a
k
2
2
2
2
cos
cos
cos
cos
cos
cos
cos
p
k
16. 15 SET 0408 – Estruturas de fundações
CÁLCULO DAS PRESSÕES
Ativa
Passiva
Profundidade de uma possível
fissura de tração no solo coesivo
a
a
a k
c
z
k
p 2
p
p
p k
c
z
k
p 2
a
c
k
c
z
2
Outros efeitos de interesse:
Influência da compactação; forças distribuídas na
superfície; forças devidas ao nível d’água; forças
concentradas; forças lineares; forças em faixas.
17. 16 SET 0408 – Estruturas de fundações
MUROS DE ARRIMO
VERIFICAÇÃO DE DESLIZAMENTO
Forças solicitantes:
o Empuxo gerado pelo solo e demais
forças atuantes no terreno.
Forças resistentes:
o Atrito na base do muro Fv tan ;
o Empuxo passivo (quando considerado).
Segurança:
o FR / FS 1,5 para solo não coesivo;
o FR / FS 2,0 para solo coesivo.
Fator condicionante no projeto de
um muro de arrimo
18. 17 SET 0408 – Estruturas de fundações
MUROS DE ARRIMO
VERIFICAÇÃO DE TOMBAMENTO
Cálculo de momentos solicitantes e resistentes em relação ao ponto 1
indicado na figura.
Momentos solicitantes:
o Gerados pelo empuxo do solo
(sentido anti-horário).
Momentos resistentes:
o Gerados pelo peso do solo e muro
(sentido horário).
Segurança:
o MR / MS 1,5 para solo não coesivo;
o MR / MS 2,0 para solo coesivo.
19. 18 SET 0408 – Estruturas de fundações
MUROS DE ARRIMO
VERIFICAÇÃO DAS TENSÕES NA BASE
Tensões verticais na base não podem exceder a tensão admissível do solo.
Solo submetido apenas a tensões de compressão.
Tensões na base solicitadas por esforços de flexão.
I
y
M
A
N
Onde:
N = carga vertical = Pc + Ps + Ev;
M = momento em relação ao centro de gravidade
da sapata do muro.
Considerar b = 1 m (faixa com largura unitária).
12
³
h
b
I
h
b
A
2
/
h
y
20. 19 SET 0408 – Estruturas de fundações
MUROS DE ARRIMO
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Muro por gravidade em concreto ciclópico.
Variações
Espessura mínima do topo: 30 cm.
Inclinação externa de 1:10 a 1:15.
21. 20 SET 0408 – Estruturas de fundações
MUROS DE ARRIMO
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Muro de flexão em concreto armado.
22. 21 SET 0408 – Estruturas de fundações
MUROS DE ARRIMO
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Muro com contrafortes em concreto armado.
23. 22 SET 0408 – Estruturas de fundações
EXEMPLO: MURO POR GRAVIDADE
Dimensionar o muro de arrimo por gravidade para conter o solo
não coesivo em questão.
Dados do solo:
= 36°; = 18 kN/m³;
adm = 250 kN/m²
Adotar:
26
,
0
2
45
²
tg
ka
24
3
2
7 m
1,925 m
0,85 m
Fv
3,85 m
/////
/////
Ea
Pa
2,33 m
24. 23 SET 0408 – Estruturas de fundações
EXEMPLO: MURO POR GRAVIDADE
Verificação do deslizamento:
kN
E
F
kN
E
m
kN
z
k
P
a
S
a
a
a
8
,
114
8
,
114
2
7
8
,
32
²
/
8
,
32
7
18
26
,
0
kN
F
F
kN
A
F
v
R
c
v
77
,
175
8
,
394
445
,
0
8
,
394
24
tan
tan
8
,
394
24
7
2
)
85
,
3
85
,
0
(
24
!
50
,
1
53
,
1
8
,
114
77
,
175
OK
F
F
S
R
25. 24 SET 0408 – Estruturas de fundações
EXEMPLO: MURO POR GRAVIDADE
Verificação ao tombamento: em relação ao ponto 1
m
kN
z
F
M
m
kN
z
E
M
v
R
a
S
760
925
,
1
8
,
394
5
,
267
33
,
2
8
,
114
2
1
7 m
1,925 m
0,85 m
Fv
3,85 m
/////
/////
Ea
Pa
2,33 m
(1)
!
50
,
1
84
,
2
760
5
,
267
OK
M
M
S
R
26. 25 SET 0408 – Estruturas de fundações
EXEMPLO: MURO POR GRAVIDADE
Tensões verticais na base:
²
/
7
,
5
12
³
85
,
3
1
925
,
1
5
,
267
85
,
3
8
,
394
²
/
211
12
³
85
,
3
1
925
,
1
5
,
267
85
,
3
8
,
394
min m
kN
I
y
M
A
N
m
kN
I
y
M
A
N
máx
Ocorre
descompressão
em uma pequena
parte da base
211
- 5,7
v (kN/m²)
Hipótese confirmada:
Recalcular máx
!
²
/
211
247
,
1
3
8
,
394
2
3
2
2
3
247
,
1
677
,
0
925
,
1
2
677
,
0
8
,
394
5
,
267
OK
m
kN
x
F
x
F
m
e
b
x
m
N
M
e
adm
máx
v
máx
máx
v
máx
3x
x
Fv
b/2 b/2
e
27. 26 SET 0408 – Estruturas de fundações
EXEMPLO: MURO POR GRAVIDADE
Tensões no concreto:
o Projeto estrutural de elementos em concreto simples: método dos
estados limites, semelhante ao concreto armado.
o Adotar c = 1,68 para todos os casos.
o Tensão máxima de tração baseada no valor característico inferior da
resistência à tração fctd = fctk,inf / c.
o Tensão máxima nas fibras de concreto simples, devida às cargas e
esforços majorados, não pode exceder os valores da tensões
resistentes de cálculo:
Fibra extrema à compressão: cRd = 0,85 fcd;
Fibra extrema à tração: ctRd = 0,85 fctd;
Tensões de cisalhamento: wRd = 0,30 fctd.
NBR 6118:2014
28. 27 SET 0408 – Estruturas de fundações
EXEMPLO: MURO POR GRAVIDADE
Tensões no concreto:
i
i
i
wd
i
i
i
i
i
i
i
i
i
i
cd
i
i
i
i
i
i
i
i
i
i
máx
cd
t
V
t
M
t
N
t
t
M
t
N
t
M
t
N
t
t
M
t
N
4
,
1
2
3
6
4
,
1
12
/
2
/
4
,
1
6
4
,
1
12
/
2
/
4
,
1
,
2
3
min,
,
2
3
,
,
3
2
1
2
1
24
2
85
,
0
7
)
85
,
0
85
,
3
(
85
,
0
2 i
i
i
i
a
i
i
i
i
i
i
z
V
M
z
k
z
P
V
z
t
N
z
t
Onde:
t
z
S1
S7
S6
S5
S4
S3
S2
29. 28 SET 0408 – Estruturas de fundações
EXEMPLO: MURO POR GRAVIDADE
Tensões no concreto:
Seção z (m) t (m) N (kN) V (kN)
M
(kN.m)
cd, máx
(kN/m²)
cd, min
(kN/m²)
wd
(kN/m²)
1 1 1,28 25,5 2,34 0,78 32,0 24,0 3,8
2 2 1,71 61,4 9,36 6,24 68,3 32,3 11,5
3 3 2,14 107,5 21,1 21,1 109,2 31,7 20,8
4 4 2,56 163,9 37,4 49,9 153,2 25,7 30,7
5 5 2,99 230,6 58,5 97,5 199,3 16,4 41,0
6 6 3,42 307,5 84,2 168,5 246,7 4,9 51,7
7 6,9 3,81 385,6 111,4 256,2 290,3 - 6,7 61,5
30. 29 SET 0408 – Estruturas de fundações
EXEMPLO: MURO POR GRAVIDADE
Tensões no concreto:
Valores limites:
!
²
/
5
,
61
²
/
228
228
,
0
3
,
0
!
²
/
7
,
6
²
/
646
65
,
0
68
,
1
15
21
,
0
85
,
0
85
,
0
!
²
/
3
,
290
²
/
7590
59
,
7
68
,
1
15
85
,
0
85
,
0
,
min
,
3
2
,
OK
m
kN
m
kN
MPa
f
OK
m
kN
m
kN
MPa
f
OK
m
kN
m
kN
MPa
f
máx
wd
wRd
ctd
wRd
cd
ctRd
ctd
ctRd
máx
cd
cRd
cd
cRd
31. 30 SET 0408 – Estruturas de fundações
EXEMPLO: MURO DE FLEXÃO
Dimensionar o muro de flexão para conter o solo não coesivo em
questão.
Dados:
H
=
550
cm
/////
/////
65
cm
q = 25 kN/m²
ATERRO
SOLO DABASE
o Concreto C20; = 25 kN/m³
o Cobrimento: c = 4 cm
o Aço CA-50
o Aterro: = 18 kN/m³; = 36°;
c = 0; ka = 0,361 (Rankine)
o Solo da base: = 19 kN/m³;
= 45°; c = 0; adm = 250 kN/m²;
= 2/3 = 30°
o kv = kh = 20.000 kN/m³
32. 31 SET 0408 – Estruturas de fundações
EXEMPLO: MURO DE FLEXÃO
Pré-dimensionamento e solicitações:
H
=
550
/////
/////
65
q = 25 kN/m²
20
55
385
45 285
45
20
Eq
Pq
2,75
m
Ea
Pa
1,83
m
Dimensões
em cm
33. 32 SET 0408 – Estruturas de fundações
EXEMPLO: MURO DE FLEXÃO
Verificação do deslizamento:
kN
E
E
F
kN
H
P
E
m
kN
q
k
P
kN
E
m
kN
z
k
P
q
a
S
q
q
a
q
a
a
a
92
,
147
64
,
49
5
,
5
03
,
9
²
/
03
,
9
25
361
,
0
28
,
98
2
5
,
5
8
,
32
²
/
74
,
35
5
,
5
18
361
,
0
kN
P
P
P
F q
s
c
R 99
,
236
30
tan
)
25
,
71
48
,
265
75
,
73
(
tan
)
(
!
50
,
1
60
,
1
92
,
147
99
,
236
OK
F
F
S
R
/////
/////
Ps
Pc
Pq
6
1
2
3
4 5
kN
P
kN
P
kN
P
P
q
s
ci
c
25
,
71
85
,
2
25
48
,
265
18
)]
2
/
)
25
,
0
85
,
2
((
)
05
,
5
85
,
2
[(
75
,
73
25
95
,
2
25
34. 33 SET 0408 – Estruturas de fundações
EXEMPLO: MURO DE FLEXÃO
m
kN
H
E
H
E
M q
q
a
a
S
69
,
316
75
,
2
64
,
49
83
,
1
28
,
98
m
kN
M
M
M
M Rq
Rs
Rc
R
9
,
907
78
,
172
79
,
643
33
,
91
!
50
,
1
87
,
2
69
,
316
9
,
907
OK
M
M
S
R
m
kN
M
m
kN
M
m
kN
M
M
Rq
Rs
Rci
Rc
78
,
172
425
,
2
25
,
71
79
,
643
425
,
2
48
,
265
33
,
91
Verificação ao tombamento: em relação ao ponto 1
/////
/////
Ps
Pc
Pq
6
1
2
3
4 5
(1)
35. 34 SET 0408 – Estruturas de fundações
Tensões verticais na base:
EXEMPLO: MURO DE FLEXÃO
²
/
11
,
26
12
³
85
,
3
1
925
,
1
9
,
198
85
,
3
48
,
410
!
²
/
17
,
187
12
³
85
,
3
1
925
,
1
9
,
198
85
,
3
48
,
410
min m
kN
I
y
M
A
N
OK
m
kN
I
y
M
A
N
adm
máx
I
y
M
A
N
m
kN
M
m
kN
M
m
kN
M
M
m
kN
M
M
M
M
m
kN
M
M
M
M
m
I
m
y
m
A
kN
P
P
P
F
N
Bq
Bs
Bci
Bc
Bq
Bs
Bc
BASE
BASE
S
TOTAL
q
s
c
v
63
,
35
)
50
,
0
(
25
,
71
;
74
,
132
)
50
,
0
(
48
,
265
;
58
,
50
79
,
117
63
,
35
74
,
132
58
,
50
9
,
198
79
,
119
69
,
316
756
,
4
12
/
³
85
,
3
1
;
925
,
1
2
/
85
,
3
²;
85
,
3
1
85
,
3
48
,
410
25
,
71
75
,
73
48
,
265
4
36. 35 SET 0408 – Estruturas de fundações
EXEMPLO: MURO DE FLEXÃO
Verificação dos esforços no muro à flexão:
i
i
i
a
qi
a
qi
i
a
ai
i
a
ai
z
t
z
q
k
E
q
k
P
z
k
E
z
k
P
05
,
0
20
,
0
2
1 2
/////
/////
q = 25 kN/m²
Pqi
Pai
S1
S5
S4
S3
S2
t
z
37. 36 SET 0408 – Estruturas de fundações
EXEMPLO: MURO DE FLEXÃO
Verificação dos esforços no muro à flexão:
Seção z (m) t (m) Ea (kN) Eq (kN) Vk (kN) M k (kN.m)
1 1,01 0,25 3,31 9,12 12,43 5,72
2 2,02 0,30 13,26 18,23 31,49 27,34
3 3,03 0,35 29,83 27,35 57,18 71,56
4 4,04 0,40 53,03 36,46 89,49 145,06
5 5,05 0,45 82,86 45,58 128,44 254,57
38. 37 SET 0408 – Estruturas de fundações
EXEMPLO: MURO DE FLEXÃO
Verificação dos esforços no muro à flexão:
SEÇÃO 1:
Armadura de flexão: t1 = 0,25 m d = t – c = 21 cm; bw = 100 cm
cm
c
mm
cm
t
b
A
A
cm
d
M
k
A
k
M
d
b
k
w
c
s
s
d
s
s
s
d
w
c
20
/
10
5
²
75
,
3
25
100
)
100
/
15
,
0
(
%
15
,
0
²
88
,
0
21
8
,
800
023
,
0
023
,
0
1
,
55
572
4
,
1
²
21
100
²
min
,
min
,
Força cortante: VSd = 1,4 12,43 = 17,40 kN
3
1
3
/
2
inf
,
3
1
1
10
79
,
1
21
100
75
,
3
39
,
1
21
,
0
6
,
1
6
,
1
28
,
0
]
4
,
1
/
)
20
3
,
0
7
,
0
[(
25
,
0
25
,
0
25
,
0
93
,
103
21
100
]
10
79
,
1
40
2
,
1
39
,
1
028
,
0
[
]
40
2
,
1
[
d
k
MPa
f
f
kN
d
b
k
V
c
ctk
ctd
Rd
w
Rd
Rd
Como VSd < VRd1, não é preciso
armar à força cortante.
39. 38 SET 0408 – Estruturas de fundações
SEÇÃO 5:
Armadura de flexão: t5 = 0,45 m d = t – c = 41 cm; bw = 100 cm
Força cortante: VSd = 1,4 128,44 = 179,8 kN
3
1
3
/
2
inf
,
3
1
1
10
30
,
5
41
100
73
,
21
19
,
1
41
,
0
6
,
1
6
,
1
28
,
0
]
4
,
1
/
)
20
3
,
0
7
,
0
[(
25
,
0
25
,
0
25
,
0
9
,
192
41
100
]
10
30
,
5
40
2
,
1
19
,
1
028
,
0
[
]
40
2
,
1
[
d
k
MPa
f
f
kN
d
b
k
V
c
ctk
ctd
Rd
w
Rd
Rd
Como VSd < VRd1, não é preciso
armar à força cortante.
cm
c
mm
cm
t
b
A
A
cm
d
M
k
A
k
M
d
b
k
w
c
s
s
d
s
s
s
d
w
c
9
/
16
11
²
75
,
6
41
100
)
100
/
15
,
0
(
%
15
,
0
²
73
,
21
41
8
,
35639
025
,
0
025
,
0
7
,
4
25457
4
,
1
²
41
100
²
min
,
min
,
EXEMPLO: MURO DE FLEXÃO
Verificação dos esforços no muro à flexão:
40. 39 SET 0408 – Estruturas de fundações
EXEMPLO: MURO COM CONTRAFORTE
Recomendações para o dimensionamento:
Colocar contrafortes nas duas extremidades.
Colocar contrafortes a cada 50%H Parede vertical considerada
armada em uma única direção.
Cortina: cálculo em uma única direção (horizontal), como viga
contínua apoiada nos contrafortes.
Contraforte: cálculo com carga da cortina q = 1,13p1l, engastado
na laje de fundação.
Laje de fundo: cálculo em uma única direção, como viga contínua
apoiada nos contrafortes, considerando cargas de concreto, solo e
reação do terreno.
41. 40 SET 0408 – Estruturas de fundações
EXEMPLO: MURO COM CONTRAFORTE
Projeto de muro de arrimo com contrafortes:
pré-dimensionamento e diretrizes gerais
Fonte: Marchetti, 2008.
42. 41 SET 0408 – Estruturas de fundações
EXEMPLO: MURO COM CONTRAFORTE
Verificações necessárias:
Deslizamento.
Tombamento.
Tensões verticais na base.
Esforços no muro à flexão armadura de flexão para
momento fletor e verificação da força cortante: cortina,
contraforte e laje de fundo.
43. 42 SET 0408 – Estruturas de fundações
BIBLIOGRAFIA:
ABNT NBR 6118. Projeto de estruturas de concreto – Procedimento. Rio de
Janeiro, 2014.
ABNT NBR 6122. Projeto e execução de fundações. Rio de Janeiro, 2019.
BOWLES, J. E. Foundation analysis and design. 5 ed., Singapore: McGraw-Hill,
1996.
HACHICH, W. et al. Fundações – teoria e prática. 2ed. São Paulo: Pini, 1998.
MARCHETTI, O. Murros de arrimo. São Paulo: Blucher, 2008.