SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 17
Baixar para ler offline
1 
Avaliação Fisioterapêutica na Unidade de Terapia Intensiva 
Uma Revisão Bibliográfica 
Yonnara D´Angelo de Oliveira Lopes1 
yonnara@hotmail.com 
Dayana Priscila Maia Mejia2 
Pós-graduação em Terapia Intensiva – Faculdade Ávila 
Resumo 
As unidades de Terapia Intensiva são locais onde se encontram internados pacientes em 
estado critico, que necessitam de cuidados intensivos; Com a evolução da Medicina e os 
grandes progressos na área da saúde, viu-se a necessidade de integrar outros profissionais 
especializados, e dispersar mais as funções que antes eram de responsabilidades apenas de 
médicos e enfermeiros, desta maneira o fisioterapeuta passou a fazer parte desta equipe de 
multi profissionais. Para a realização de um trabalho eficiente é necessário que o 
profissional faça uma criteriosa avaliação, para que se possa elaborar o plano de 
tratamento. A avaliação fisioterapêutica é extremamente importante, pois ela que ira definir 
a conduta mais adequada a ser realizada de acordo com a necessidade do paciente, evitando 
que técnicas desnecessárias sejam utilizadas. Deve-se avaliar o paciente de forma global, 
começando pela anamnese e seguindo para os sinais vitais, exame neurológico, exame físico, 
ventilação mecânica, exames radiológicos, hemodinâmicos e bioquímicos, para traçar os 
objetivos e realizar o melhor tratamento ao paciente grave, esta avaliação deve ser constante 
e continua para que se obtenha um bom resultado. 
Palavra-Chave: Avaliação; Fisioterapia; UTI; 
1. Introdução 
As unidades de terapia intensiva por muito tempo foram compostas basicamente por médicos 
e enfermeiros, mas com o avanço da medicina e das pesquisas em saúde houve a necessidade 
de acrescentar outros profissionais especializados, a fim de dispersa o que eram de exclusivas 
responsabilidades de médicos e enfermeiros. Com isso essas unidades, passaram a ser 
formadas por equipes multidisciplinares no qual o fisioterapeuta foi incluído e reconhecido 
devido a sua atuação e relevância no atendimento dos pacientes (GAMBAROTO G, 
2006). 
Segundo Presto et al (2009), a fisioterapia intensiva é uma especialidade nova que vem 
crescendo e ganhando seu espaço nas unidades de terapia intensiva, umas vez que o 
fisioterapeuta atua desde a prevenção, realibilitação e alta do paciente. Devido a esse 
crescimento, as exigências quanto a melhorias nas habilidades de uma avaliação à beira do 
leito estão sendo cada vez mais imprescindíveis e de súmula importância ao que diz respeito à 
elaboração de uma conduta terapêutica que promova, da forma mais pratica e rápida possível, 
a evolução e alta desse paciente destas unidades (GAMBAROTO G, 2006). 
A avaliação é considerada pelo fisioterapeuta com um dos critérios mais importantes para 
elaboração de seu plano de tratamento, haja vista que a avaliação evita que técnicas 
1 Pós Graduanda em Terapia Intensiva 
2 Orientadora, Fisioterapeuta Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestranda em Bioética e Direito 
em Saúde.
2 
desnecessárias e inadequadas sejam administradas pelo profissional, diminuído possíveis 
agravos ao paciente (PRESTO B et al, 2009) 
Sullivam S (2004), afirma que uma avaliação breve permite que se explorem rapidamente 
órgãos e sistemas corporais como: cardiopulmonar, tegumentar, musculoesquelético e 
neuromuscular. Diante de uma avaliação o fisioterapeuta pode planejar um tratamento eficaz 
de acordo com as necessidades de cada paciente. 
A Avaliação exige do fisioterapeuta uma visão sistêmica do paciente, com algumas 
peculiaridades, uma delas é falta de tempo para avaliar, pois nem sempre estará disponível 
para realizar uma avaliação por completa, devido alguns pacientes serem admitidos na uti 
com um quadro agudo precisando de intervenção fisioterapeutica imediata, por outro a 
pacientes que chegam estáveis logo podendo realizar uma avaliação mais completa 
(SARMENTO, 2005). 
O profissional precisa ser um generalista e conhecer assuntos sobre ventilação mecânica, 
sistema respiratório, interpretação de exames laboratoriais, e de imagens para que se possa 
elabora um plano de tratamento (GAMBAROTO G, 2006). 
Segundo Sarmento (2010) sem uma avaliação bem realizada é impossível identificar 
alterações apresentadas pelo paciente bem como traçar e realizar a conduta fisioterapeutica 
adequada, para que haja uma boa evolução e alta o mais rápido possível, pois quanto mais 
tempo o paciente ficar internado UTI mais chances de complicações ele poderá ter. São vários 
os fatores que devem ser avaliados com frequência para assegurar um bom atendimento ao 
paciente, haja vista que os pacientes internados nas unidades de terapia intensiva estão 
sujeitos a alterações hemodinâmicas, cardíacas, respiratórias, neurológicas, ortopédicas e etc. 
A Avaliação continua requer atenção, pois o dinamismo dos acontecimentos em UTI 
deve ser considerado pelo fisioterapeuta para que tenha um conhecimento amplo e 
um domínio total do estado clinico e hemodinâmico do paciente e de seu tratamento 
global (GAMBAROTO G, 2006:19). 
2. Avaliação do Fisioterapeuta na UTI 
Os sinais e sintomas apresentados pelo paciente influenciam bastante a tratamento e 
direcionam as investigações subsequentes, pacientes internados nas UTIs geralmente 
apresentam comprometimento importante em sua função pulmonar, podendo ser modificado e 
ou variar de um instante para o outro (SANVITO 2002). 
Presta B, et al (2009), afirma que a avaliação deve conter inicialmente identificação do 
paciente, logo sinais vitais, exame físico, exames complementares e laboratoriais que irão 
contribuir na conduta a ser realizada Deve ser realizada primeiramente uma anamnese 
colhendo os dados pessoais do paciente bem como dados pertinentes sobre o paciente desde o 
momento da sua internação, como histórias da doença atual, patológica pregressa, social e 
familiar deste paciente, alem de identificar na Historia clinica o sexo, idade, altura, peso, 
endereço, telefone para contato, estado civil, numero de dias de internação, dias de acessos 
periféricos e centrais, diagnostico médico dentre outros, estes dados basicamente são de 
grande importância para o paciente. 
A avaliação de ser constante e deve ser realizada a cada troca de plantão, pelo fisioterapeuta 
verificando o prontuário do paciente e as condutas já realizadas, verificando a efetividade do 
tratamento e se tal conduta esta refletindo melhora no quadro do paciente, tudo deve ser 
anotado no prontuário (GAMBAROTO G, 2006). 
2.1 Identificação do paciente
3 
2.1.1 Anamnese 
A anmanese é o primeiro contato com o paciente, e com os familiares por isso é indispensável 
realiza-la, principalmente se este paciente estiver sido admitido recentemente na UTI. Este 
questionamento tem como objetivo a elaboração do diagnóstico, do prognóstico e do correto 
planejamento terapêutico, que quando bem conduzida é responsável por cerca 85% de 
diagnostico na clinica médica, liberando 10% para exame físico e 5% para os exames 
complementares, caracterizando a anamnese uma forma direta de observação rápida do 
paciente sobre seu estado atual (GAMBAROTO G, 2006); (PRESTO B, DAMAZIO L, 
2009). 
Segundo Schavartsman B, (2009) a anamnese é a coleta de dados do paciente e pode ser 
realizado através de uma entrevista ou leitura do prontuário, colhendo informações que são 
essenciais para a interpretação dos achados físicos e para o diagnóstico de doenças 
respiratórias. 
É importante identificar o paciente com o seu nome, peso, data de nascimento, altura, raça, 
cor e procedência, como também colher à história clinica, queixa principal, historia da 
moléstia atual, historia patológica pregressa, historia familiar e social, e condições sócio 
ambientais pois todos esse fatores podem estar ligados a patologia do paciente. Nem sempre o 
estado de consciência do paciente permite que a anamnese seja realizada, já que a maioria dos 
pacientes dá entrada nas unidades de terapia intensiva inconsciente e instáveis o 
impossibilitando de responder as perguntas e questionamentos da anamnese, por isso é 
importante também é verificado o nível de consciência e o nível de sedação no exame 
neurologico. Quando o paciente estiver impossibilitado de responder questionamentos, estes 
podem ser colhidos através de um familiar (SARMENTO 2007), (PRESTO B; DAMAZIO L, 
2009). 
Segundo Sanvito (2002), logo após os dados obtidos em sua avaliação, estes devem ser 
organizados e analisados, considerando uma serie de fatores como nível de 
comprometimento, o grau da perda funcional, desempenho físico e estado geral da saúde do 
paciente. 
Lahoz A (2009), comenta sobre a taxa de morbi-mortalidade nas UTIs, enquanto nas UTIs 
adultas esta taxa esta relacionada com problemas cardiovasculares, na uti pediátrica e neonatal 
esta relacionada como comprometimento do sistema respiratório. 
Portanto torna-se importante, tanto na pratica da pediatria como na do fisioterapeuta, 
a identificação precoce dos sinais e sintomas característico de distúrbios 
respiratórios, que podem ser observados por meio da historia clinica e de exame 
detalhado, possibilitando, assim, o diagnostico correto de tratamento adequado ao 
paciente (LAHOZ A L, ET AL; 2009:61) 
a) História Clinica 
A história clinica se inicia em geral com o nome do paciente bem como a idade, raça, dados 
demográficos usuais como naturalidade e procedência, também deve ser relatada a fonte da 
historia da identificação (TALLEY N J, O´CONNOR SIMON, 2000). 
b) História da moléstia atual 
É onde se registra, de forma cronológica, tudo que esta relacionada com a doença atual do 
paciente, todos os sintomas relatados, bem como quando os sintomas começaram, se eles são
4 
constantes ou intermitentes, a natureza, duração frequência e intensidade (KISNER C, 
COLBY L, 1998). 
Segundo Schavartsman (2009), a história da moléstia atual é o inicio e modo de instalação dos 
sinais e sintomas da doença, onde se observa os fatores que podem melhorar ou afetar o 
quadro de evolução da doença do paciente. 
c)História Patologia pregressa 
Esta é onde se é anotado todas as informações relacionadas com a historia médica do 
paciente, sejam elas relacionadas ou não com a doença atual. As informações incluem 
doenças crônicas e anteriores, hospitalizações, cirurgias, acidentes, doenças infecciosas 
(TALLEY N J, O´CONNOR SIMON, 2000). 
d)Historia familiar 
É a investigação de doenças heredofamiliares, devem-se incluir perguntas habituais como a 
respeito de câncer, hipertenção arterial, diabetes dislipidimia e doenças cardiovasculares. É 
importante avaliar causas de morte de avos, pais, tios, irmão filhos e idade que morreram 
(KISNER C, COLBY L, 1998). 
e) Historia social 
Inclui as seguintes informações com estado civil, nível educacional, ocupações e hábitos 
pessoais, este de grande importância, pois é onde se poderá saber sobre o uso de tabaco, 
álcool, drogas ilícitas, café, alimentação e atividades físicas (TALLEY N J, O´CONNOR 
SIMON, 2000); (KISNER C, COLBY L, 1998). 
f) Antecedentes pessoais e familiares: 
Na avaliação neonatal e pediátrica este item é importante, pois é onde será coletado dados da 
gestação, condições de parto, condições do recém nascido como peso, tamanho, idade 
gestacional, apgar de nascimento, bem como o crescimento e desenvolvimento 
neuropsicomotor (LAHOZ A et al, 2009). 
2.1.2 Número de dia de internação Hospitalar na UTI 
O número de dias de internação deve ser avaliado sempre que possível e referido nos 
prontuários, o que facilita futuras avaliações do paciente bem como saber se determinada 
conduta realizada esta sendo eficaz. Quanto maior o tempo de internação, maiores serão as 
probabilidades de o paciente desenvolver complicações, como exemplo podermos citar a 
síndrome do imobilismo no leito (GAMBAROTO G, 2006). 
2.1.3 Diagnóstico Médico e Comorbidades: 
O diagnóstico médico é de grande importância para guiar a avaliação do fisioterapeuta na 
UTI. Não devem ser deixadas de lado as comorbidades de grande importância como diabetes, 
hipertensão arterial sistêmica, cardiopatias, nefropatias, cânceres, doenças pulmonares, 
cirurgias (RIELLA A, et al, 2006).
5 
2.1.4 Número de dias de acessos superficial e profundo e monitorização Hemodinâmica 
Esses acessos ocorrem em 100% dos pacientes internado, podem possuir inúmeras funções, 
tais como: infusão de soro fisiológico para hidratação, infusão de drogas devido o paciente 
estar impossibilitado de recebe via oral, como ocorre geralmente em paciente em comas e 
inconscientes, e monitorização hemodinâmica (PRESTO B, DAMAZIO L, 2009). 
3. Sinais vitais 
A avaliação dos sinais vitais é de grande importância para o paciente critico internado na UTI, 
mesmo não oferecendo aos profissionais dados específicos para o diagnostico de doenças, os 
sinais vitais permitem monitorar diversas funções do organismo, uma das suas principais 
vantagem é de não ser um processo invasivo (PRESTO B, PRESTO L 2003). 
Os sinais vitais devem ser monitorados 24 horas por dia, são consideradas sinais vitais a 
temperatura corporal, pressão arterial, frequência respiratória, frequência cardíaca, ausculta 
pulmonar, saturação de oxigênio, todos possuem seus valores de normalidade a seguir. A 
saturação periférica de oxigênio SpO2o, mesmo não sendo propriamente dito um sinal vital é 
considerada por alguns autores, que a citam em seus livros (TALLEY N J, O´CONNOR 
SIMON, 2000). 
a) Frequência Cardíaca 
È quantificado os batimento por minuto, devendo se palpar o pulso, geralmente o radial, 
podendo também verificar pelo pulso braquial e carotídeo. Se estiver aumentado é chamado 
de Taquicardia acima de 100 bpm, se estiver diminuído é chamado de Braquicárdia abaixo de 
60 bpm (PRESTO B, DAMAZIO L, 2009). 
b) Frequência respiratória 
Deve-se observar os movimentos do tórax, á contar o numero de incursões por minuto, ao se 
observa a FR é normal que o paciente altere seu padrão, logo se deve contar as incursões sem 
que o paciente perceba (PRESTO B, PRESTO L, 2003). 
c) Temperatura: 
O normal é se verificar na axila por meio de um equipamento chamado termômetro, sendo o 
tempo médio para uma verificação eficaz em torno de 3 minutos. Acima de 37,5 oC febre, 
acima de 38,5oC febre alta (PRESTO B, DAMAZIO L, 2009). 
d) Pressão Arterial 
É quantificada através do resultado do choque ondulatório que ocorre na parede das artérias a 
cada batimento cardíaco, é aferido por meio de esfignomamometro (TALLEY, N J; 
O´CONNOR, SIMON, 2000). 
Sinais Vitais Valores Normais em Adultos 
Frequência Cardíaca 
60 a 100 bpm 
Frequência Respiratória 12 a 20 irpm
6 
Temperatura 35,5 a 37°C 
PA sistólica: 90 a 140 mmHg 
PA diastólica: 60 a 90 mmHg 
SpO2 90% a 98% 
Fonte: Presto B, Damazio L, (2009). 
Tabela 1. Sinais Vitais Valores Normais em Adultos. 
4. Exame Neurológico 
Neste exame algumas informações devem ser consideradas bem como examinar o nível de 
consciência, função motora e sensitiva, reflexos profundos, reflexos superficiais, e primitivos, 
alem de verificar se o paciente possui alterações neurológicas pré-existentes (PRESTO B, 
DAMAZIO L, 2009). 
a) Nível de sedação 
Segundo Emmerich J (2008), é importante observar o nível de sedação dos paciente e 
verificar se estão fazendo uso de fármacos e sedativo. Para verificar o nível de sedação se 
utiliza a escala de Ramsay que verifica dois tipos de situações: pacientes acordados e 
inconscientes. Presto B, et al (2003), comenta que dependendo da dosagem os pacientes não 
conseguem responder a nenhum estimulo, para se saber o grau de sedação os profissionais 
intensivas utilizam a escala de Ramsay. 
Segundo Suparregui (2002), escala de Ramsay foi elaborada pelo medico Michael Ramsay 
quando realiza um estudo sobre o efeito de um esteroide anestésico publicado. Seus valores 
vão de 1 a 6, e são observadas as respostas dadas pelo paciente após ser gerado estímulos. 
Escala de Ramsay 
Grau 1 
Ansioso, agitado, inquieto. 
Grau 2 Cooperativo, orientado e tranquilo 
Grau 3 Dormindo respondendo prontamente aos estímulos 
Grau 4 Dormindo respondendo com lentidão aos estímulos 
Grau 5 Dormindo, só reagindo a estímulos dolorosos, 
potentes. 
Grau 6 Sem resposta a qualquer estímulo noceptivo, anestesia. 
Fonte: Presto B; Presto L; (2003) 
Tabela 2. Escala de Ramsey 
b) Nível de Consciência. 
A abordagem de qualquer paciente depende do seu nível de consciência que o mesmo se 
encontra, se ele estiver acordado, sonolento, toporoso, e comatoso. Quando o paciente esta 
acordado devemos verificar se ele esta lúcido, orientado ou desorientado; Quando o mesmo 
estiver sonolento devem-se gerar estímulos fracos, fortes com fácil ou difícil desperta; Caso o 
paciente esteja em estado de topor é sinal que ele esta evoluindo para o coma este paciente 
geralmente reage pouco a estímulos. O estado de coma representa um quadro de lesão 
neurológico (PRESTO B; DAMAZIO L; 2009).
7 
Segundo Emmerich J C (2008), a escala de coma de Glasgow é uma escala 
neurologica que serve para verificar o nivel de consciencia, é um método bastante 
utilizado nos pacientes internados na UTI. O valor ou score final é também é 
utilizado no prognóstico de pacientes e é eficaz e de grande utilidade na previsão de 
possíveis seqüelas.No final do exame deve-se soma s resposta do score da abertura 
ocular, com a resposta verbal mais a resposta motora, se o resultado obtido for igual 
ou menor que 8, o estado de coma estará instalado (PRESTO B, PRESTO L, 2003). 
ESCALA DE COMA DE GLASGOW 
VARIÁVEIS 
ESCORE 
Abertura ocular Espontânea 
À voz 
À dor 
Nenhuma 
4 
3 
2 
1 
Resposta verbal Orientada 
Confusa 
Palavras inapropriadas 
Palavras incompreensivas 
Nenhuma 
5 
4 
3 
2 
1 
Resposta motora Obedece a comandos 
Localiza dor 
Movimento de retirada 
Flexão anormal 
Extensão anormal 
Nenhuma 
6 
5 
4 
3 
2 
1 
TOTAL MÁXIMO TOTAL MÍNIMO INTUBAÇÃO 
15 3 8 
Fonte: Emmerich J C (2008). 
Tabela 3. Escala de Coma de Glasgow. 
5. Exame Físico 
É um dos exames mais importantes para o fisioterapeuta deve ser realizado por completo, 
levando em consideração os aspectos de maior relevância e interesse no paciente. O Exame 
físico é a reunião e observação de dados relacionados às patologias particulares de cada 
paciente, esta relacionada ao tipo de tórax, padrões respiratórios, grau de sedação, noções de 
tempo e espaço do paciente, sinais clínicos (KISNER C, COLBY L, 1998). 
Schvartsman B (2009) afirma que o exame físico deve seguir uma sequencia afim de evitar 
que dados passem despercebidos, podendo ser alterado de acordo com a idade e com a 
colaboração do paciente. O autor ainda lista alguns itens a serem observados como: estado 
geral do paciente, estado neurológico, condições e coloração na pele, estado de hidratação, 
estado nutricional, avaliação de estruturas, tosse, estado da secreção traqueal e das vias aéreas 
superiores, e avaliação das extremidades. 
ITENS A SEREM OBSERVADOS NO EXAME FÍSICO
8 
Estado Geral 
Bom estado geral (BEG), Regular estado geral (REG) 
Mau estado geral (MEG) 
Estado Neurológico 
Relacionado ao nível de consciência que pode ser: 
Acordado/sonolento,sedado, contactuante e orientado 
ou não, colaborativo/não colaborativo, 
ativo/hipoativo, reativo/hiporreativo/arreativo ao 
manuseio, irritado/calmo). Obs.: as respostas podem 
ser influenciadas pelo medicamento usado no 
momento da avaliação. 
Condições e coloração da pele 
Integridade da pele, corado/descorado, 
cianótico/acianotico, ictérico/anicterico. 
Estado de hidratação 
Hidratado / desidratado 
Estado Nutricional 
Eutrofico/ distrófico 
Avaliação das estruturas em geral 
Cabeça, ouvido, olhos, nariz, garganta, pescoço, tórax, 
abdome. 
Tosse 
Eficaz/ineficaz, duração, produtiva/seca, ladrante, 
Estado da secreção traqueal e das vias aéreas 
superiores 
Cor, quantidade, viscosidade, odor 
Avaliação de extremidades 
Perfusão e temperatura 
Fonte: Schvartsman B (2009). 
Tabela 4. Itens avaliativos a serem observados no exame físico 
O exame físico pode ser dividido em: Inspeção Estática e Inspeção Dinâmica (PRESTO B, 
PRESTO L, 2009). 
a) Inspeção Estática. 
É quando o paciente é avaliado no leito sem a realização de movimentos respiratórios, através 
do nível de suporte ventilatorio onde se avalia o oxigênio e ventilação mecânica, a avaliação 
do nível de consciência do paciente onde se utiliza a escala de coma de Glasgow, avaliação 
dos sinais vitais, frequência cardíaca, temperatura, pressão artéria e cianose; Também se 
avalia a pele, músculos e ossos (PRESTO B, PRESTO L, 2003). 
Na inspeção estática deve-se avaliar o nível de suporte ventilatório se o paciente esta 
respirando espontaneamente em ar ambiente, ou através de oxigênio suplementar que pode ser 
com cateter nasal, máscara facial, sistema de Venturi e as frações de oxigênio administradas. 
Se o paciente esta na ventilação não invasiva (VNI), ventilação invasiva (VMI), assim como 
as interfaces da ventilação, máscara, tubo traqueal, traqueostomia, modalidade e parâmetros 
ventilatórios (SCHVARTSMAN B, 2009). 
b) Na Inspeção Dinâmica. 
São avaliados os movimentos do caixa torácica através da frequência respiratória fazem parte 
do exame físico exame neurológico exame respiratório, exame cardiovascular, exame do 
estomago e aparelho digestório, e exame do aparelho urinário, todos tem suas peculiaridades e 
são de grande importância para o paciente (PRESTO B, PRESTO L, 2003);
9 
c) Palpação 
A palpação que permitira ao profissional examinar lesões superficiais e profundas, quanto a 
sua forma, volume e consistência (portal da fisioterapia 2012). Observa-se a temperatura, 
edema textura da pele ou tecido subcutâneo; Em músculos, tendões e inserções é observado 
tônus, hipersensibilidade, pontos de desencadeamento, contraturas, crepitações (KISNER C, 
COLBY L, 1998). 
d) Teste de Força Muscular Manual 
Tem como objetivo avaliar a capacidade dos músculos em desenvolverem tensão contra uma 
resistência. É a técnica mais utilizada pelo fisioterapeuta no exame físico para avaliar a força 
muscular. O teste de força muscular e baseado em cinco graus para que se possa classificar o 
tipo de força muscular que foi exercida (KISNER C, COLBY L, 1998). 
Classificação do Grau de força muscular 
 Grau zero: nenhuma evidência de contração pela visão ou palpação. 
 Grau um: rápida contração, nenhum movimento. 
 Grau dois: movimento através da amplitude completa na posição com 
gravidade eliminada. 
 Grau três movimento através da amplitude completa contra a gravidade; 
 Grau quatro: movimento através da amplitude completa contra a gravidade e 
capaz de prosseguir contra uma resistência moderada. 
 Grau cinco: movimento realizado na amplitude completa contra a gravidade e 
capaz de prosseguir contra uma resistência máxima 
Fonte: Kisner C, Colby L (1998). 
Tabela 5. Classificação do grau de força muscular. 
e) Ausculta pulmonar 
É um método de avaliação e de exploração funcional que tem como objetivo verificar e 
identificar sons normais e ou patológicos que ocorre no interior dos pulmões (PRESTO B; 
PRESTO, L; 2003). 
A ausculta pulmonar é um método rápido e pouco dispendioso que permite a 
obtenção de informações sobre patologias pulmonares e situações broncopleurais. O 
estetoscópio permite colher dados semiológicos que contribuem para o diagnóstico e 
monitorização de condição clinica e avaliação da terapêutica instituída 
(GAMBAROTO G, 2006:23). 
Para auscultar os sons mais agudos do pulmão, é necessário que o estetoscópio seja 
pressionado no tórax, e para captar os sons mais graves deve-se aplicar o estetoscópio 
suavemente (PRESTO B; PRESTO L; 2009). 
-Sons Normais da respiração
10 
Segundo Presto B, Presto L (2003), os sons pulmonares são divididos e ruído fisiológico no 
qual se refere ao murmúrio vesicular, e ruídos patológicos também conhecidos de ruídos 
adventícios que são os roncos, sibilos e estertores que podem ser crepitantes, subcrepitantes e 
bolhosos, cornagem, atrito pleural e sopro cavitário. 
Já West (2002), caracteriza os sons normais da respiração som bronqueal ou respiração 
brônquica, murmúrio vesicular, e som traqueal ou broncovesicular, e os sons anormais de 
ruído adventícios continuados e descontinuados; Os sons continuados são os roncos e sibilos e 
os sons descontinuados são as crepitações grossas e finas. 
a) 
b) c) 
Fonte: Presto L, Presto B (2003). 
Figura 1. a) Região posterior da ausculta pulmonar; b) Região anterior da ausculta pulmonar; c) Região 
lateral da ausculta pulmonar. 
Segundo Emmerich (2008), é importante que o paciente não perceba que sua respiração esta 
sendo avaliada, pois as características respiratórias pode se modificar por isso devem ser 
observadas indiretamente após se tomar o pulso. O ideal é que seja avaliada com o tórax 
exposto, ou se não for possível pode ser verificada pelo pulso radial. 
6. Suporte Ventilatório 
Os pacientes internados gravemente na UTI, na maioria das vezes são submetidos à aplicação 
de técnicas e a utilização de aparelhos invasivos e não invasivos, que muitas das vezes são 
extremamente necessários para manter as funções respiratórias, cardíaca, neurológica e 
hemodinâmica dos pacientes (PRESTO B, DAMAZIO L, 2009). 
Schvartsman (2009), afirma que a principal indicação do suporte ventilatório é a insuficiência 
respiratória, após cirúrgicas e pressão intracraniana aumentada, e tem como objetivo corrigir 
esta anormalidade das trocas gasosas. O fisioterapeuta deve avaliar a interação do paciente 
com a ventilação mecânica, modalidade e parâmetros e suas repercussões. 
Entre os papeis desempenhados pelo fisioterapeuta intensivista, destacam-se sua 
atuação frente a situações críticas como a parada cardiorrespiratória, onde sua 
responsabilidade não mais se resume apenas a ventilação e a oxigenação do 
paciente, mas como um elemento diferencial na prestação de inestimável auxílio
11 
aos demais componentes da equipe interdisciplinar. Para tanto, o profissional 
deve ser treinado e capacitado no suporte básico e avançado de vida o que 
fatalmente contribuirá diretamente sobre a sobrevida ou reversão de tal 
emergência clínica. (CHY, Anny et al 2009). 
A Ventilação mecânica é o método mecânico que substitui a ventilação normal do individuo, 
esta forma de ventilação pode ajudar a salvar vidas, em muitas situações o organismo fica 
impossibilitado de manter o ciclo respiratório normal. É um método de substituição de função 
vital, sendo útil como um auxílio de tratamento de algumas doenças. Assim como apresenta 
benefícios ao paciente, também apresenta complicações Também sendo a principal a infecção 
respiratória. A ventilação mecânica pode ser utilizada de duas formas: invasiva (vi) e não 
invasiva (vni); A Ventilação mecânica não invasiva tem como objetivo diminuir os efeitos da 
ventilação invasiva tais como insuficiência respiratória aguda (EMMERICH J C, 2008). 
a) A ventilação mecânica invasiva é indicada quando há uma insuficiência respiratória 
aguda (IrespA), queda de nível de consciência, instabilidade hemodinâmica 
incapacidade de proteger as vias aéreas dentre outras (PRESTO B; DAMAZIO, L; 
2009). 
b) A forma invasiva é caracterizada quando o paciente esta intubado ou 
traqueostomizado, e a não invasiva se da através de máscaras. Ambas formas precisam 
de ajustes nos seus parâmetros ventilatórios (GAMBAROTO G, 2006). 
6.1 Parâmetros ventilatórios 
Segundo Gambaroto G, (2006) os parâmetros ventilatórios devem ser ajustados de acordo 
com o modo ventilatorio escolhido. 
 Tempo inspiratório: 0.8 á 1.2 seg. 
 Tempo expiratório: 4 á 2 seg. 
 Relação: I:E = 1:2 
 Frequência: 12irpm (incurções respiratórias por minuto) 
 Fluxo: 40 a 600/min 
 VC: 6 a 8ml/kg corrigido 
 Pressão inspiratória = Ppi 
 Pressão expiratória = PEEP (fisiológico 5cmH2O) 
 Fração inspirada de O2: Fio2 de 21 a 100% 
 Sensibilidade: de -0,5 a -2,0 
Fonte: Emmerich J C, (2008) 
Tabela 6. Parâmetros Ventilatórios 
6.2 Modos ventilatórios. 
O modo ventilarório será escolhido de acordo com a situação do paciente, se ele precisa de 
auxilio ciclo respiratório, ou se o ventilador mecânico terá que fazer todo o ciclo, ou se a 
paciente precisar apenas ser monitorado pelo ventilador, para que se ele não consiga realizar 
seu ciclo respiratório sozinho o ventilador entre como suporte.
12 
Existe uma divisão didática dos modos ventilatórios, que são os modos a seguir (EMMERICH J 
C, 2008). 
a) Modo controlado onde cada ciclo é disparado e ciclado pelo ventilador mecânico, sem 
participação do paciente (PRESTO B, DAMAZIO L, 2009). 
b) O modo assistido/controlado que é quando o ciclo é disparado pelo paciente e ciclado 
pelo ventilador mecânico, ou seja, o paciente determina seu volume minuto, e a sua 
frequência respiratória quando é capaz de superar um determinado limiar de 
sensibilidade a pressão ou a fluxo (EMMERICH J C, 2008). 
c) O modo ventilação mandatória intermitente, o paciente respira com sua própria 
frequência e a intervalos de tempo estabelecido pelo mecanismo temporizador do 
aparelho, que recebera um numero definido de ciclos controlados ou disparar os ciclos 
assistido pelo seu próprio esforço (EMMERICH J C, 2008). 
d) O modo Espontâneo, o paciente realiza todo o ciclo ventilatório, ele determina sua 
frequência respiratória, volume corrente e o padrão de fluxo inspiratório (PRESTO B, 
DAMAZIO L, 2009). 
7. Oxigenoterapia 
A oxigenoterapia permite a oferta de oxigênio, a níveis superiores do ar ambiente, exerce um 
papel de grande importância nos distúrbios de oxigenação, mas deve-se compreender os 
princípios fisiológicos envolvidos assim conseguir avaliar as condições do paciente. Levando 
em consideração as alterações a seguir: 
a)Hipoxemia pressão de O2 (PO2) < 60mmHg ou saturação de oxigênio < 90% e em neonatos 
PO2 < 50 mmHg ou saturação de oxigênio < 88%, causados geralmente por hipoventilação, 
comprometimento de difusão, desigualdade de ventilação/perfusão (WEST J, 2002). 
8. Exames Radiológicos. 
Os exames radiológicos e complementares complementar e facilitar o diagnóstico do paciente, 
esse exames são importantes para sabe o estado geral do paciente. As Imagens são dados de 
informação sobre possíveis consequências pulmonares, cardíacas, neurológicas e ortopédicas 
causadas por uma patologia (TALLEY N J, O´CONNOR SIMON, 2000). 
9. Exame Laboratorial 
a)Hemograma 
É o estudo das células sanguíneas do paciente, e um exame que avaliar as três principais 
células do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas) comenta que o hemograma é dividido em 
3 partes: Eritogama, leucograma e plaquetas. O eritograma ou hemácias é o estudo das células 
vermelhas do sangue no qual são responsáveis pelo transporte dos gases pelo organismo. As 
hemácias são os glóbulos vermelhos, se o paciente tem anemia eles diminuem (PRESTO, B; 
PRESTO L, 2009). 
b)Leucograma 
É o estudo dos leucócitos células responsável pela defesa celular e imunidade do organismo. 
Quando há o aumento dos Leucócitos é porque o paciente esta com alguma infecção, isto é
13 
chamada leucocitose que pode estar relacionada com necrose tecidual, infarto queimaduras 
dentre outros (GAMBAROTO G, 2006). 
Presto B, Presto L (2009), relata que pode ocorre também a diminuição dos leucócitos 
levando a uma leucopenia, o que tornara o paciente mais propicio a infecções, pode ser 
causada por utilização de medicamentos tais com anti-hipertensivos, antibióticos e ou por 
substâncias utilizadas em tratamento de diabéticos e ou por drogas quimioterápicas. 
c)Plaquetas 
São células responsáveis pela ação de coagulação do sangue. Quando elevadas são chamadas 
de trombocitose e quando diminuída de trombocitopenia. Pacientes com as plaquetas muito 
baixas estão mais predispostos a sangramentos, e plaquetas muito elevadas podem levar a 
formação de trombos (PRESTO B, PRESTO L, 2009). 
10. Bioquímico 
Serve para determinar e verificar a presença e a quantidade de substâncias orgânicas e 
inorgânicas no soro (parte líquida do sangue). 
Gasometria arterial e venosa é um exame invasivo no qual se coleta o sangue arterial, 
podemos obter a pressão arterial de oxigênio (PaCo2) e a pressão de dióxido de carbono 
(PaCO2), estes valores servem para avaliar o equilíbrio ácido-base do plasma sanguíneo 
(SARMENTO, 2003). 
10.1 Gasometria 
a)Equilíbrio Ácido-Base 
O Organismo produz diariamente ácidos orgânicos que exige um sistema de tamponamento 
ou eliminação de ácidos, quando há falha nesses mecânismos acontecem os distúrbios acido 
base. Podemos verificar esta alteração realizando a equação e Henderson Hasselbach abaixo 
(WEST J, 2002). 
Ph= 6,1 + log[HCO3 
-J/(0,03 X PaCO2) 
Fonte: Guimarães P, et al (2009). 
Tabela 7. Equação de Henderson Hasselbach 
Quando se tem uma alteração que envolve o bicarbonato, o distúrbio é chamado de 
metabólico podendo ser Acidose ou alcalose metabólica. Porem quando se encontra alteração 
no PaCO2, os distúrbios são de caráter respiratórios. Teremos, no entanto quatro distúrbios 
primários, Acidose metabólica, alcalose metabólica, acidose respiratória e alcalose 
respiratória. Ambos os distúrbios levam a compensações metabólicas (GAMBAROTO, 
2006), (GUIMARÃES H, et al 2006). 
- Causas de Alcalose Metabólica: Hipovolemia, vômitos Pós hipercarpnia. 
- Causas de Acidose Respiratória: Asma, Enfisema. 
- Causa de Acidose Metabólica: Diarreia fistula entérica 
- Causas de Alcalose Respiratória: Ansiedade, Histeria (síndrome da hiperventilação), hipóxia 
(GAMBAROTO G, 2006), (GUIMARÃES H, et al, 2006). 
Acidose Metabólica é causada pela queda primaria do HCO- 
3, levando a queda do PH um 
exemplo pode ser a cetoacidose diabética (GAMBAROTO G, 2006).
14 
A acidose respiratória é ocasionada pelo aumento do PaCO2 ao qual se reduz a relação HCO- 
3 
/ PaCO2, diminuindo o ph, podemos verificar uma acidose respiratória quando se tem uma 
hipoventilação e a desigualdade de ventilação – perfusão (GUIMARAES H, 2006). 
Alcalose Respiratória é o resultado do aumento do pH arterial, que decorre de um 
hiperventilação aguda com queda da PaCO2. Quando se mantém esta hiperventilação em alta 
altitude, pode se observar uma alcalose respiratória compensada, com um retorno do pH no 
sentido do normal à medida que o rim excretará o bicarbonato (GAMBAROTO G, 2006). 
Alcalose metabólica sempre ocorre quando há a elevação do bicarbonato plasmático, 
geralmente ocasionado por distúrbios como vômitos prolongados grave, também pode ocorrer 
em pacientes com doença pulmonar de longa duração (GAMBAROTO G, 2006). 
Valores considerados Normais 
Valores de Referência 
pH 7,35 a 7,45 
pO2 96 mmHg – 0,4 x idade 
pCO2 35 a 45 mmHg 
[HcO3 
-] 22 a 26 mEq/L 
Excesso de Base [BE] -2,5 a +2,5 
Saturação de O2 >94% 
Cloro 95 a 105 mEq/L 
AG 8 a 12 mEq/L 
Osmolaridade Estimada 285 a 295 mOsm/L 
Gap Osmolar < 15mOsm/L 
Fonte: Guimaraes P, et al (2009). 
Tabela 8. Valores considerados Normais. 
Interpretação resumida da gasometia arterial: 
Acidose Respiratória  pH com  PaCO2 
Alcalose Respiratória pH com  PaCO2 
Acidose Metabolica  pH com  HCO3 
- 
Alcalose Metabolica  pH com HCO3 
- 
Fonte: Presto B, Presto L (2009). 
Tabela 9. Interpretação resumida da gasometria arterial. 
11. Avaliação Motora 
É a avaliação osteomioarticular também é importante para o fisioterapeuta e tem como, 
objetivo de tratamento e resultados almejados e para desenvolver e implementar o plano de 
assistência. O objetivo é realizar uma avaliação verificando e determinando a presença ou 
ausência de algum comprometimento envolvendo músculos, ossos e estruturas articulares 
relacionadas e identificar os tecidos específicos que estão causando o comprometimento 
(KISNER C, COLBY L 1998). 
É importantíssima a avaliação motora na unidade de terapia intensiva, com objetivo de saber 
as verdadeiras condições que se encontra o sistema musculoesquelético do paciente e desde 
cedo iniciar o tratamento visando principalmente à prevenção de escaras, contraturas, 
deformidades e consequente perda da funcionalidade (TALLEY N J, O´CONNOR SIMON, 
2000).
15 
Metodologia 
Este trabalho consiste em abordar os itens avaliativos mais utilizados pelo fisioterapeuta na 
UTI, bem como a importância da avaliação fisioterapeutica. A presente busca científica é 
classificada como sendo bibliográfica, de caráter qualitativo, já que tem como finalidade o 
levantamento da literatura publicada, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato 
com o que já foi documentado acerca do apontado tema de interesse deste estudo. Foram 
utilizadas fontes como livros, artigos, sites de busca que cientificam e vivência da avaliação 
fisioterapeutica na UTI, e utilizado os seguintes temas para busca avaliação fisioterapeutica, 
avaliação clinica, propedêutica e avaliação, fisioterapia em UTI, fisioterapia 
cardiorrespiratória e avaliação e tratamento. Esta pesquisa tem o propósito de servir como 
ferramenta facilitadora, para acadêmicos e profissionais da área de fisioterapia, para melhorar 
a avaliação e segurança dos dados coletados. 
Resultados e discussão 
No contexto observou-se que o processo de avaliação fisioterapeutica deve ser realizado de 
forma global, e tão logo que paciente seja admitido na UTI, para que se tenha uma visão de 
seu estado geral, e que tem como objetivo definir adequadamente os problemas de cada 
paciente para que possamos traçar um plano de tratamento mais apropriado. Através desta 
avaliação traçamos os objetivos e condutas a serem realizadas de acordo com as necessidades 
de cada paciente. Deve-se levar em consideração que os pacientes internados na UTI, em sua 
maioria, encontram-se impossibilitado de realizar o feed back da avaliação já que muitas 
vezes estão sedados ou com o nível de consciência diminuído, por outro lado o prontuário é o 
familiar são grandes aliados neste processo avaliativo, nas investigações e questionamentos 
necessários da anamnese. 
O Fisioterapeuta deve ter um bom conhecimento teórico para desenvolver um plano de 
tratamento adequado e melhorar os problemas dos pacientes. O estudo mostrou que se a 
avaliação fisioterapeutica for continua e se bem realizada, pode se identificar sinais e 
sintomas de grande relevância para o diagnostico e tratamento do paciente, e que a partir 
dessas informações é possível determinar os objetivos de um tratamento, bem como a conduta 
fisioterapêutica a ser realizada. A informação e a experiência adquiridas no decorrer deste 
trabalho, à procura dos melhores dados que pudessem conter em uma avaliação 
fisioterapeutica na UTI, mostram sobre a necessidade de uma melhor abordagem em relação à 
criação de modelos padrão de avaliação fisioterapeutica na UTI. A anamnese deve ser 
realizada de forma objetiva e deve conter os itens descritos no decorrer deste artigo, como se 
pode observar, são vários os itens que devem ser avaliados diariamente e constantemente para 
assegurar um bom atendimento ao paciente, já que àqueles de terapia intensiva estão sujeitos 
a alterações hemodinâmicas, cardíacas, ortopédica, respiratórias e neurológicas. 
Conclusão 
Conclui-se que com a descentralização das funções na UTI, possibilitou melhores condições 
no que se diz respeito à segurança do paciente, e a inclusão de outros profissionais. A 
fisioterapia vem ganhando cada vez mais espaço nas unidades de Terapia Intensiva e com isso 
se exige mais desse profissional em relação às responsabilidades das condutas realizadas com 
o paciente, pois é necessário um conhecimento teórico para que o tratamento traçado seja 
adequado.
16 
Atualmente a assistência do fisioterapeuta esta relacionada com a qualidade de vida do 
paciente na UTI, e para que ele ofereça esse serviço é preciso que ele realize uma boa 
avaliação, pois este é um dos principais fatores para a elaboração do seu plano de tratamento, 
no qual deve ser realiza minuciosamente para auxiliar e determinar os objetivos e a melhor 
conduta a ser realizada. O fisioterapeuta deverá traçar seus objetivos de tratamento que 
possam ser atingidos em curto prazo, sem deixar de visualizar o processo de reabilitação em 
médios e longos prazos. É impossível desenvolver um tratamento apropriado, sem realizar 
uma avaliação, ela deve ser realizada constantemente a cada troca de profissional para 
identificar alterações, e verificar efetividade do atendimento e se os objetivos estão sendo 
alcançados. 
Por isso antes de realizar qualquer procedimento é importante realizar a avaliação, podendo 
seguir os itens de avaliação descritos neste artigo, tais como dados pessoais do paciente, 
história clinica, historia pregressa, social e familiar, que muitas vezes precisam ser solicitadas 
a um familiar proporcionando um atendimento de qualidade e sem eventos adversos. 
O sucesso de um processo de avaliação e elaboração de objetivos e condutas, além de 
envolver conhecimentos e habilidade, abrange também integração em equipes 
multidisciplinares que estão relacionadas com o processo de reabilitação e tratamento. 
Referências 
COHEN, Helen. Neurociência para Fisioterapeutas. 2a edição. São Paulo: Manole, 2001. 
COSTA, Dirceu. Fisioterapia Respiratória Básica. São Paulo: Atheneu, 2002. 
EMMERICH, João Cláudio. Suporte Ventilatório- Aplicação Prática, 3a edição. Revinter, 2008. 
GUIMARÃES, Penna; TALLO, Sabia; LOPES, Delascio; ORLANDO, Maria. Guia de Bolso de UTI, 
Atheneu, 2009. 
GAMBAROTO, Gilberto. Fisioterapia Respiratória em unidade de Terapia Intensiva. São Paulo: 
Atheneu, 2006. 
HOPPENFELD, Stanley. Propedêutica Ortopédica Coluna e extremidades. São Paulo: Atheneu, 
2006. 
KISNER, Carolyn; COBY, Lynn Allen. Exercícios Terapêuticos – Fundamentos e Técnicas. 1a 
edição.São Paulo: Manole, 1998. 
LAHÓZ, Ana Lucia; NICOLAU, Carla M; PAULA, Lucia Cândida; JULIANI, Regina Célia. 
Fisioterapia em UTI Pediátrica e Neonatal. 1aedição. São Paulo: Manole, 2009. 
MACHADO, Angelo. Neuroanatomia Funcional. 2a edição. São Paulo: Atheneu, 2006. 
PRESTO Bruno; DAMÁZIO, Luciana. Fisioterapia na UTI. 2a edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2009. 
PRESTO Bruno; PRESTO, Luciana. Fisioterapia Respiratória – Uma nova visão. 1a edição. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2003. 
SANVITO, W L. Propedêutica neurológica básica. São Paulo: Atheneu, 2002. 
SARMENTO, George. Fisioterapia Respiratória no Paciente Crítico – Rotinas Clínicas. 3ª edição. 
São Paulo:Manole, 2010. 
SARMENTO, George. Fisioterapia Respiratória no Paciente Crítico. São Paulo: Manole, 2005. 
SCHVARTSMAN, B G S. Pediatria – Instituto da criança do Hospital das clínicas: São Paulo: 
Manole, 2009. 
O´SULLIVAN, S B; SCHMITZ T. J. Fisioterapia Avaliação e Tratamento. 4a edição. São Paulo: 
Manole, 2004 . 
SUPARREGUI, Fernando; Choque, São Paulo: Editora EDIPUCRS, 2002 
TALLEY, Nicholas; O´CONNOR, Simon, Exame Clinico – Guia prático para o diagnóstico Físico. 
2a edição. Rio de Janeiro: Revinter, 2000. 
UMEDA, Iracema; Manual de Fisioterapia na Reabilitação Cardiovascular. São Paulo: Manole 
2006.
17 
WEST, John. Fisiologia Respiratória – 6 a edição. São Paulo: Manole 2002. 
CHY, Anny; RIELLA, Caroline Leitão; CAMILOTTI, Bárbara Maria, ISRAEL, Vera Lucia. PEP: 
Critérios de avaliação fisioterapêutica em UTI. 
http://www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/14477/a-fisioterapia-intensiva-na-cidade-de-manaus

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Apostila de processo de enfermagem
Apostila de processo de enfermagemApostila de processo de enfermagem
Apostila de processo de enfermagem
Simone Abud
 
Instrumentos de avaliação da terapia ocupacional na cardiologia
Instrumentos de avaliação da terapia ocupacional na cardiologiaInstrumentos de avaliação da terapia ocupacional na cardiologia
Instrumentos de avaliação da terapia ocupacional na cardiologia
resenfe2013
 
Avaliação e o processo de Enfermagem
Avaliação e o processo de EnfermagemAvaliação e o processo de Enfermagem
Avaliação e o processo de Enfermagem
resenfe2013
 
Adesão ao tratamento
Adesão ao tratamentoAdesão ao tratamento
Adesão ao tratamento
bia_agena
 
Aula1avaliaocineticofuncional 20150308163831
Aula1avaliaocineticofuncional 20150308163831Aula1avaliaocineticofuncional 20150308163831
Aula1avaliaocineticofuncional 20150308163831
Andre Magalhaes
 
Diagnósticos de Enfermagem Negligenciados
Diagnósticos de Enfermagem NegligenciadosDiagnósticos de Enfermagem Negligenciados
Diagnósticos de Enfermagem Negligenciados
resenfe2013
 

Mais procurados (20)

Diagnósticos de enfermagem
Diagnósticos de enfermagemDiagnósticos de enfermagem
Diagnósticos de enfermagem
 
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
 
Gestão da Alta Hospitalar
Gestão da Alta HospitalarGestão da Alta Hospitalar
Gestão da Alta Hospitalar
 
Aula 1.1 introdução à sistematização do cuidado ii
Aula 1.1  introdução à sistematização do cuidado iiAula 1.1  introdução à sistematização do cuidado ii
Aula 1.1 introdução à sistematização do cuidado ii
 
Diagnóstico de Enfermagem: uso das taxonomias
Diagnóstico de Enfermagem: uso das taxonomiasDiagnóstico de Enfermagem: uso das taxonomias
Diagnóstico de Enfermagem: uso das taxonomias
 
Técnicas de conservação de energia
Técnicas de conservação de energiaTécnicas de conservação de energia
Técnicas de conservação de energia
 
Sae pronto unic
Sae pronto unicSae pronto unic
Sae pronto unic
 
Processo de Enfermagem aplicado a um portador de Cirrose Hepática
Processo de Enfermagem aplicado a um portador de Cirrose HepáticaProcesso de Enfermagem aplicado a um portador de Cirrose Hepática
Processo de Enfermagem aplicado a um portador de Cirrose Hepática
 
Apostila de processo de enfermagem
Apostila de processo de enfermagemApostila de processo de enfermagem
Apostila de processo de enfermagem
 
Medicina de urgência completa
Medicina de urgência   completaMedicina de urgência   completa
Medicina de urgência completa
 
2005 transplante de fígado resultados de aprendizagem de pacientes que aguar...
2005 transplante de fígado  resultados de aprendizagem de pacientes que aguar...2005 transplante de fígado  resultados de aprendizagem de pacientes que aguar...
2005 transplante de fígado resultados de aprendizagem de pacientes que aguar...
 
Apostila de clínica cirúrgica
Apostila de clínica cirúrgicaApostila de clínica cirúrgica
Apostila de clínica cirúrgica
 
Instrumentos de avaliação da terapia ocupacional na cardiologia
Instrumentos de avaliação da terapia ocupacional na cardiologiaInstrumentos de avaliação da terapia ocupacional na cardiologia
Instrumentos de avaliação da terapia ocupacional na cardiologia
 
Avaliação e o processo de Enfermagem
Avaliação e o processo de EnfermagemAvaliação e o processo de Enfermagem
Avaliação e o processo de Enfermagem
 
Planejamento dos cuidados de enfermagem
Planejamento dos cuidados de enfermagemPlanejamento dos cuidados de enfermagem
Planejamento dos cuidados de enfermagem
 
Processo de Enfermagem
Processo de Enfermagem Processo de Enfermagem
Processo de Enfermagem
 
Adesão ao tratamento
Adesão ao tratamentoAdesão ao tratamento
Adesão ao tratamento
 
Aula1avaliaocineticofuncional 20150308163831
Aula1avaliaocineticofuncional 20150308163831Aula1avaliaocineticofuncional 20150308163831
Aula1avaliaocineticofuncional 20150308163831
 
Sindrome pos uci
Sindrome pos uci Sindrome pos uci
Sindrome pos uci
 
Diagnósticos de Enfermagem Negligenciados
Diagnósticos de Enfermagem NegligenciadosDiagnósticos de Enfermagem Negligenciados
Diagnósticos de Enfermagem Negligenciados
 

Destaque

Fisioterapia pediátrica hospitalar
Fisioterapia pediátrica hospitalarFisioterapia pediátrica hospitalar
Fisioterapia pediátrica hospitalar
Diego Oliveir
 
Top 10 data engineer interview questions and answers
Top 10 data engineer interview questions and answersTop 10 data engineer interview questions and answers
Top 10 data engineer interview questions and answers
jomfari
 
Fisioterapia pediatrica
Fisioterapia pediatricaFisioterapia pediatrica
Fisioterapia pediatrica
Marlen Jimenez
 
Fisioterapia pediatrica
Fisioterapia pediatricaFisioterapia pediatrica
Fisioterapia pediatrica
LupitaMZ
 

Destaque (16)

Fisioterapia Pediátrica
Fisioterapia Pediátrica Fisioterapia Pediátrica
Fisioterapia Pediátrica
 
Fisioterapia em Pediatria apresentação
Fisioterapia em Pediatria apresentaçãoFisioterapia em Pediatria apresentação
Fisioterapia em Pediatria apresentação
 
Semiologia pediatrica
Semiologia pediatricaSemiologia pediatrica
Semiologia pediatrica
 
INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA PEDIÁTRICA EM PACIENTE COM SÍNDROME DE...
INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA PEDIÁTRICA EM PACIENTE           COM SÍNDROME DE...INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA PEDIÁTRICA EM PACIENTE           COM SÍNDROME DE...
INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA PEDIÁTRICA EM PACIENTE COM SÍNDROME DE...
 
FISIOTERAPIA INTENSIVA APLICADA AO PACIENTE ONCOLÓGICO
FISIOTERAPIA INTENSIVA APLICADA AO PACIENTE ONCOLÓGICOFISIOTERAPIA INTENSIVA APLICADA AO PACIENTE ONCOLÓGICO
FISIOTERAPIA INTENSIVA APLICADA AO PACIENTE ONCOLÓGICO
 
Fisioterapia Neonatal
Fisioterapia NeonatalFisioterapia Neonatal
Fisioterapia Neonatal
 
Fisioterapia pediátrica
Fisioterapia pediátricaFisioterapia pediátrica
Fisioterapia pediátrica
 
Fisioterapia pediátrica hospitalar
Fisioterapia pediátrica hospitalarFisioterapia pediátrica hospitalar
Fisioterapia pediátrica hospitalar
 
Top 10 data engineer interview questions and answers
Top 10 data engineer interview questions and answersTop 10 data engineer interview questions and answers
Top 10 data engineer interview questions and answers
 
Fisioterapia pediátrica
Fisioterapia pediátricaFisioterapia pediátrica
Fisioterapia pediátrica
 
Cuidados Intensivos Em Terapia Intensiva PediáTrica
Cuidados Intensivos Em Terapia Intensiva PediáTricaCuidados Intensivos Em Terapia Intensiva PediáTrica
Cuidados Intensivos Em Terapia Intensiva PediáTrica
 
Fisioterapia pediatrica
Fisioterapia pediatricaFisioterapia pediatrica
Fisioterapia pediatrica
 
Slide anamnese
Slide anamneseSlide anamnese
Slide anamnese
 
Propedêutica em Fisioterapia - Semiologia e Anamnese
Propedêutica em Fisioterapia - Semiologia e AnamnesePropedêutica em Fisioterapia - Semiologia e Anamnese
Propedêutica em Fisioterapia - Semiologia e Anamnese
 
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM UTI
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM UTIAVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM UTI
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM UTI
 
Fisioterapia pediatrica
Fisioterapia pediatricaFisioterapia pediatrica
Fisioterapia pediatrica
 

Semelhante a Avaliação Fisioterapêutica na Unidade de Terapia Intensiva Uma Revisão Bibliográfica

Assistência de enfermagem a pacientes cirurgicos avaliação comparativa
Assistência de enfermagem a pacientes cirurgicos avaliação comparativaAssistência de enfermagem a pacientes cirurgicos avaliação comparativa
Assistência de enfermagem a pacientes cirurgicos avaliação comparativa
Eliane Barbosa
 
Assistência de enfermagem a pacientes cirurgicos avaliação comparativa
Assistência de enfermagem a pacientes cirurgicos avaliação comparativaAssistência de enfermagem a pacientes cirurgicos avaliação comparativa
Assistência de enfermagem a pacientes cirurgicos avaliação comparativa
Eliane Barbosa
 
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.pptME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
RicaTatiane2
 
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.pptME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
DheniseMikaelly
 
Critérios de avaliação fisioterapêutica em uti
Critérios de avaliação fisioterapêutica em utiCritérios de avaliação fisioterapêutica em uti
Critérios de avaliação fisioterapêutica em uti
Fisioterapeuta
 
Aplicaçao da cif na pratica clinica do fisioterapeuta otimo exemplo pratico
Aplicaçao da cif na pratica clinica do fisioterapeuta    otimo exemplo praticoAplicaçao da cif na pratica clinica do fisioterapeuta    otimo exemplo pratico
Aplicaçao da cif na pratica clinica do fisioterapeuta otimo exemplo pratico
Marcia Orlando
 
Cirurgia bariátrica e fatores relacionados à
Cirurgia bariátrica e fatores relacionados à Cirurgia bariátrica e fatores relacionados à
Cirurgia bariátrica e fatores relacionados à
Anny Dantas
 
MCCP aula internato APS UFOP
MCCP aula internato APS UFOPMCCP aula internato APS UFOP
MCCP aula internato APS UFOP
Leonardo Savassi
 

Semelhante a Avaliação Fisioterapêutica na Unidade de Terapia Intensiva Uma Revisão Bibliográfica (20)

Artigo 1.pdf
Artigo 1.pdfArtigo 1.pdf
Artigo 1.pdf
 
Assistência de enfermagem nas intervenções clínicas e laboratoriais.pptx
Assistência de enfermagem nas intervenções clínicas e laboratoriais.pptxAssistência de enfermagem nas intervenções clínicas e laboratoriais.pptx
Assistência de enfermagem nas intervenções clínicas e laboratoriais.pptx
 
Assistência de enfermagem a pacientes cirurgicos avaliação comparativa
Assistência de enfermagem a pacientes cirurgicos avaliação comparativaAssistência de enfermagem a pacientes cirurgicos avaliação comparativa
Assistência de enfermagem a pacientes cirurgicos avaliação comparativa
 
Assistência de enfermagem a pacientes cirurgicos avaliação comparativa
Assistência de enfermagem a pacientes cirurgicos avaliação comparativaAssistência de enfermagem a pacientes cirurgicos avaliação comparativa
Assistência de enfermagem a pacientes cirurgicos avaliação comparativa
 
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.pptME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
 
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.pptME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
 
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.pptME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
 
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.pptME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
 
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.pptME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
 
AULA 2 2022 SEMIOLOGIA.pdf
AULA 2 2022 SEMIOLOGIA.pdfAULA 2 2022 SEMIOLOGIA.pdf
AULA 2 2022 SEMIOLOGIA.pdf
 
Critérios de avaliação fisioterapêutica em uti
Critérios de avaliação fisioterapêutica em utiCritérios de avaliação fisioterapêutica em uti
Critérios de avaliação fisioterapêutica em uti
 
Aplicaçao da cif na pratica clinica do fisioterapeuta otimo exemplo pratico
Aplicaçao da cif na pratica clinica do fisioterapeuta    otimo exemplo praticoAplicaçao da cif na pratica clinica do fisioterapeuta    otimo exemplo pratico
Aplicaçao da cif na pratica clinica do fisioterapeuta otimo exemplo pratico
 
Aula do módulo 01 do Curso de Serviços farmacêuticos direcionados ao paciente...
Aula do módulo 01 do Curso de Serviços farmacêuticos direcionados ao paciente...Aula do módulo 01 do Curso de Serviços farmacêuticos direcionados ao paciente...
Aula do módulo 01 do Curso de Serviços farmacêuticos direcionados ao paciente...
 
Cirurgia bariátrica e fatores relacionados à
Cirurgia bariátrica e fatores relacionados à Cirurgia bariátrica e fatores relacionados à
Cirurgia bariátrica e fatores relacionados à
 
MCCP aula internato APS UFOP
MCCP aula internato APS UFOPMCCP aula internato APS UFOP
MCCP aula internato APS UFOP
 
Relevância do hemograma na conduta fisioterapêutica em terapia intensiva
Relevância do hemograma na conduta fisioterapêutica em terapia intensivaRelevância do hemograma na conduta fisioterapêutica em terapia intensiva
Relevância do hemograma na conduta fisioterapêutica em terapia intensiva
 
2006 abordagem psiquiátrica do transplante hepático diogo telles-correia, ant...
2006 abordagem psiquiátrica do transplante hepático diogo telles-correia, ant...2006 abordagem psiquiátrica do transplante hepático diogo telles-correia, ant...
2006 abordagem psiquiátrica do transplante hepático diogo telles-correia, ant...
 
CIF - perspectivas para fisioterapia
CIF -   perspectivas para fisioterapiaCIF -   perspectivas para fisioterapia
CIF - perspectivas para fisioterapia
 
Campanha sobrevivendo à sepse 2012 mais atualizado
Campanha sobrevivendo à sepse 2012   mais atualizadoCampanha sobrevivendo à sepse 2012   mais atualizado
Campanha sobrevivendo à sepse 2012 mais atualizado
 
Atendimento Multiprofissional no pré e pós-operatório de cirurgia cardíaca
Atendimento Multiprofissional no pré e pós-operatório de cirurgia cardíaca Atendimento Multiprofissional no pré e pós-operatório de cirurgia cardíaca
Atendimento Multiprofissional no pré e pós-operatório de cirurgia cardíaca
 

Último

Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
tatianehilda
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 

Último (20)

PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 

Avaliação Fisioterapêutica na Unidade de Terapia Intensiva Uma Revisão Bibliográfica

  • 1. 1 Avaliação Fisioterapêutica na Unidade de Terapia Intensiva Uma Revisão Bibliográfica Yonnara D´Angelo de Oliveira Lopes1 yonnara@hotmail.com Dayana Priscila Maia Mejia2 Pós-graduação em Terapia Intensiva – Faculdade Ávila Resumo As unidades de Terapia Intensiva são locais onde se encontram internados pacientes em estado critico, que necessitam de cuidados intensivos; Com a evolução da Medicina e os grandes progressos na área da saúde, viu-se a necessidade de integrar outros profissionais especializados, e dispersar mais as funções que antes eram de responsabilidades apenas de médicos e enfermeiros, desta maneira o fisioterapeuta passou a fazer parte desta equipe de multi profissionais. Para a realização de um trabalho eficiente é necessário que o profissional faça uma criteriosa avaliação, para que se possa elaborar o plano de tratamento. A avaliação fisioterapêutica é extremamente importante, pois ela que ira definir a conduta mais adequada a ser realizada de acordo com a necessidade do paciente, evitando que técnicas desnecessárias sejam utilizadas. Deve-se avaliar o paciente de forma global, começando pela anamnese e seguindo para os sinais vitais, exame neurológico, exame físico, ventilação mecânica, exames radiológicos, hemodinâmicos e bioquímicos, para traçar os objetivos e realizar o melhor tratamento ao paciente grave, esta avaliação deve ser constante e continua para que se obtenha um bom resultado. Palavra-Chave: Avaliação; Fisioterapia; UTI; 1. Introdução As unidades de terapia intensiva por muito tempo foram compostas basicamente por médicos e enfermeiros, mas com o avanço da medicina e das pesquisas em saúde houve a necessidade de acrescentar outros profissionais especializados, a fim de dispersa o que eram de exclusivas responsabilidades de médicos e enfermeiros. Com isso essas unidades, passaram a ser formadas por equipes multidisciplinares no qual o fisioterapeuta foi incluído e reconhecido devido a sua atuação e relevância no atendimento dos pacientes (GAMBAROTO G, 2006). Segundo Presto et al (2009), a fisioterapia intensiva é uma especialidade nova que vem crescendo e ganhando seu espaço nas unidades de terapia intensiva, umas vez que o fisioterapeuta atua desde a prevenção, realibilitação e alta do paciente. Devido a esse crescimento, as exigências quanto a melhorias nas habilidades de uma avaliação à beira do leito estão sendo cada vez mais imprescindíveis e de súmula importância ao que diz respeito à elaboração de uma conduta terapêutica que promova, da forma mais pratica e rápida possível, a evolução e alta desse paciente destas unidades (GAMBAROTO G, 2006). A avaliação é considerada pelo fisioterapeuta com um dos critérios mais importantes para elaboração de seu plano de tratamento, haja vista que a avaliação evita que técnicas 1 Pós Graduanda em Terapia Intensiva 2 Orientadora, Fisioterapeuta Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestranda em Bioética e Direito em Saúde.
  • 2. 2 desnecessárias e inadequadas sejam administradas pelo profissional, diminuído possíveis agravos ao paciente (PRESTO B et al, 2009) Sullivam S (2004), afirma que uma avaliação breve permite que se explorem rapidamente órgãos e sistemas corporais como: cardiopulmonar, tegumentar, musculoesquelético e neuromuscular. Diante de uma avaliação o fisioterapeuta pode planejar um tratamento eficaz de acordo com as necessidades de cada paciente. A Avaliação exige do fisioterapeuta uma visão sistêmica do paciente, com algumas peculiaridades, uma delas é falta de tempo para avaliar, pois nem sempre estará disponível para realizar uma avaliação por completa, devido alguns pacientes serem admitidos na uti com um quadro agudo precisando de intervenção fisioterapeutica imediata, por outro a pacientes que chegam estáveis logo podendo realizar uma avaliação mais completa (SARMENTO, 2005). O profissional precisa ser um generalista e conhecer assuntos sobre ventilação mecânica, sistema respiratório, interpretação de exames laboratoriais, e de imagens para que se possa elabora um plano de tratamento (GAMBAROTO G, 2006). Segundo Sarmento (2010) sem uma avaliação bem realizada é impossível identificar alterações apresentadas pelo paciente bem como traçar e realizar a conduta fisioterapeutica adequada, para que haja uma boa evolução e alta o mais rápido possível, pois quanto mais tempo o paciente ficar internado UTI mais chances de complicações ele poderá ter. São vários os fatores que devem ser avaliados com frequência para assegurar um bom atendimento ao paciente, haja vista que os pacientes internados nas unidades de terapia intensiva estão sujeitos a alterações hemodinâmicas, cardíacas, respiratórias, neurológicas, ortopédicas e etc. A Avaliação continua requer atenção, pois o dinamismo dos acontecimentos em UTI deve ser considerado pelo fisioterapeuta para que tenha um conhecimento amplo e um domínio total do estado clinico e hemodinâmico do paciente e de seu tratamento global (GAMBAROTO G, 2006:19). 2. Avaliação do Fisioterapeuta na UTI Os sinais e sintomas apresentados pelo paciente influenciam bastante a tratamento e direcionam as investigações subsequentes, pacientes internados nas UTIs geralmente apresentam comprometimento importante em sua função pulmonar, podendo ser modificado e ou variar de um instante para o outro (SANVITO 2002). Presta B, et al (2009), afirma que a avaliação deve conter inicialmente identificação do paciente, logo sinais vitais, exame físico, exames complementares e laboratoriais que irão contribuir na conduta a ser realizada Deve ser realizada primeiramente uma anamnese colhendo os dados pessoais do paciente bem como dados pertinentes sobre o paciente desde o momento da sua internação, como histórias da doença atual, patológica pregressa, social e familiar deste paciente, alem de identificar na Historia clinica o sexo, idade, altura, peso, endereço, telefone para contato, estado civil, numero de dias de internação, dias de acessos periféricos e centrais, diagnostico médico dentre outros, estes dados basicamente são de grande importância para o paciente. A avaliação de ser constante e deve ser realizada a cada troca de plantão, pelo fisioterapeuta verificando o prontuário do paciente e as condutas já realizadas, verificando a efetividade do tratamento e se tal conduta esta refletindo melhora no quadro do paciente, tudo deve ser anotado no prontuário (GAMBAROTO G, 2006). 2.1 Identificação do paciente
  • 3. 3 2.1.1 Anamnese A anmanese é o primeiro contato com o paciente, e com os familiares por isso é indispensável realiza-la, principalmente se este paciente estiver sido admitido recentemente na UTI. Este questionamento tem como objetivo a elaboração do diagnóstico, do prognóstico e do correto planejamento terapêutico, que quando bem conduzida é responsável por cerca 85% de diagnostico na clinica médica, liberando 10% para exame físico e 5% para os exames complementares, caracterizando a anamnese uma forma direta de observação rápida do paciente sobre seu estado atual (GAMBAROTO G, 2006); (PRESTO B, DAMAZIO L, 2009). Segundo Schavartsman B, (2009) a anamnese é a coleta de dados do paciente e pode ser realizado através de uma entrevista ou leitura do prontuário, colhendo informações que são essenciais para a interpretação dos achados físicos e para o diagnóstico de doenças respiratórias. É importante identificar o paciente com o seu nome, peso, data de nascimento, altura, raça, cor e procedência, como também colher à história clinica, queixa principal, historia da moléstia atual, historia patológica pregressa, historia familiar e social, e condições sócio ambientais pois todos esse fatores podem estar ligados a patologia do paciente. Nem sempre o estado de consciência do paciente permite que a anamnese seja realizada, já que a maioria dos pacientes dá entrada nas unidades de terapia intensiva inconsciente e instáveis o impossibilitando de responder as perguntas e questionamentos da anamnese, por isso é importante também é verificado o nível de consciência e o nível de sedação no exame neurologico. Quando o paciente estiver impossibilitado de responder questionamentos, estes podem ser colhidos através de um familiar (SARMENTO 2007), (PRESTO B; DAMAZIO L, 2009). Segundo Sanvito (2002), logo após os dados obtidos em sua avaliação, estes devem ser organizados e analisados, considerando uma serie de fatores como nível de comprometimento, o grau da perda funcional, desempenho físico e estado geral da saúde do paciente. Lahoz A (2009), comenta sobre a taxa de morbi-mortalidade nas UTIs, enquanto nas UTIs adultas esta taxa esta relacionada com problemas cardiovasculares, na uti pediátrica e neonatal esta relacionada como comprometimento do sistema respiratório. Portanto torna-se importante, tanto na pratica da pediatria como na do fisioterapeuta, a identificação precoce dos sinais e sintomas característico de distúrbios respiratórios, que podem ser observados por meio da historia clinica e de exame detalhado, possibilitando, assim, o diagnostico correto de tratamento adequado ao paciente (LAHOZ A L, ET AL; 2009:61) a) História Clinica A história clinica se inicia em geral com o nome do paciente bem como a idade, raça, dados demográficos usuais como naturalidade e procedência, também deve ser relatada a fonte da historia da identificação (TALLEY N J, O´CONNOR SIMON, 2000). b) História da moléstia atual É onde se registra, de forma cronológica, tudo que esta relacionada com a doença atual do paciente, todos os sintomas relatados, bem como quando os sintomas começaram, se eles são
  • 4. 4 constantes ou intermitentes, a natureza, duração frequência e intensidade (KISNER C, COLBY L, 1998). Segundo Schavartsman (2009), a história da moléstia atual é o inicio e modo de instalação dos sinais e sintomas da doença, onde se observa os fatores que podem melhorar ou afetar o quadro de evolução da doença do paciente. c)História Patologia pregressa Esta é onde se é anotado todas as informações relacionadas com a historia médica do paciente, sejam elas relacionadas ou não com a doença atual. As informações incluem doenças crônicas e anteriores, hospitalizações, cirurgias, acidentes, doenças infecciosas (TALLEY N J, O´CONNOR SIMON, 2000). d)Historia familiar É a investigação de doenças heredofamiliares, devem-se incluir perguntas habituais como a respeito de câncer, hipertenção arterial, diabetes dislipidimia e doenças cardiovasculares. É importante avaliar causas de morte de avos, pais, tios, irmão filhos e idade que morreram (KISNER C, COLBY L, 1998). e) Historia social Inclui as seguintes informações com estado civil, nível educacional, ocupações e hábitos pessoais, este de grande importância, pois é onde se poderá saber sobre o uso de tabaco, álcool, drogas ilícitas, café, alimentação e atividades físicas (TALLEY N J, O´CONNOR SIMON, 2000); (KISNER C, COLBY L, 1998). f) Antecedentes pessoais e familiares: Na avaliação neonatal e pediátrica este item é importante, pois é onde será coletado dados da gestação, condições de parto, condições do recém nascido como peso, tamanho, idade gestacional, apgar de nascimento, bem como o crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor (LAHOZ A et al, 2009). 2.1.2 Número de dia de internação Hospitalar na UTI O número de dias de internação deve ser avaliado sempre que possível e referido nos prontuários, o que facilita futuras avaliações do paciente bem como saber se determinada conduta realizada esta sendo eficaz. Quanto maior o tempo de internação, maiores serão as probabilidades de o paciente desenvolver complicações, como exemplo podermos citar a síndrome do imobilismo no leito (GAMBAROTO G, 2006). 2.1.3 Diagnóstico Médico e Comorbidades: O diagnóstico médico é de grande importância para guiar a avaliação do fisioterapeuta na UTI. Não devem ser deixadas de lado as comorbidades de grande importância como diabetes, hipertensão arterial sistêmica, cardiopatias, nefropatias, cânceres, doenças pulmonares, cirurgias (RIELLA A, et al, 2006).
  • 5. 5 2.1.4 Número de dias de acessos superficial e profundo e monitorização Hemodinâmica Esses acessos ocorrem em 100% dos pacientes internado, podem possuir inúmeras funções, tais como: infusão de soro fisiológico para hidratação, infusão de drogas devido o paciente estar impossibilitado de recebe via oral, como ocorre geralmente em paciente em comas e inconscientes, e monitorização hemodinâmica (PRESTO B, DAMAZIO L, 2009). 3. Sinais vitais A avaliação dos sinais vitais é de grande importância para o paciente critico internado na UTI, mesmo não oferecendo aos profissionais dados específicos para o diagnostico de doenças, os sinais vitais permitem monitorar diversas funções do organismo, uma das suas principais vantagem é de não ser um processo invasivo (PRESTO B, PRESTO L 2003). Os sinais vitais devem ser monitorados 24 horas por dia, são consideradas sinais vitais a temperatura corporal, pressão arterial, frequência respiratória, frequência cardíaca, ausculta pulmonar, saturação de oxigênio, todos possuem seus valores de normalidade a seguir. A saturação periférica de oxigênio SpO2o, mesmo não sendo propriamente dito um sinal vital é considerada por alguns autores, que a citam em seus livros (TALLEY N J, O´CONNOR SIMON, 2000). a) Frequência Cardíaca È quantificado os batimento por minuto, devendo se palpar o pulso, geralmente o radial, podendo também verificar pelo pulso braquial e carotídeo. Se estiver aumentado é chamado de Taquicardia acima de 100 bpm, se estiver diminuído é chamado de Braquicárdia abaixo de 60 bpm (PRESTO B, DAMAZIO L, 2009). b) Frequência respiratória Deve-se observar os movimentos do tórax, á contar o numero de incursões por minuto, ao se observa a FR é normal que o paciente altere seu padrão, logo se deve contar as incursões sem que o paciente perceba (PRESTO B, PRESTO L, 2003). c) Temperatura: O normal é se verificar na axila por meio de um equipamento chamado termômetro, sendo o tempo médio para uma verificação eficaz em torno de 3 minutos. Acima de 37,5 oC febre, acima de 38,5oC febre alta (PRESTO B, DAMAZIO L, 2009). d) Pressão Arterial É quantificada através do resultado do choque ondulatório que ocorre na parede das artérias a cada batimento cardíaco, é aferido por meio de esfignomamometro (TALLEY, N J; O´CONNOR, SIMON, 2000). Sinais Vitais Valores Normais em Adultos Frequência Cardíaca 60 a 100 bpm Frequência Respiratória 12 a 20 irpm
  • 6. 6 Temperatura 35,5 a 37°C PA sistólica: 90 a 140 mmHg PA diastólica: 60 a 90 mmHg SpO2 90% a 98% Fonte: Presto B, Damazio L, (2009). Tabela 1. Sinais Vitais Valores Normais em Adultos. 4. Exame Neurológico Neste exame algumas informações devem ser consideradas bem como examinar o nível de consciência, função motora e sensitiva, reflexos profundos, reflexos superficiais, e primitivos, alem de verificar se o paciente possui alterações neurológicas pré-existentes (PRESTO B, DAMAZIO L, 2009). a) Nível de sedação Segundo Emmerich J (2008), é importante observar o nível de sedação dos paciente e verificar se estão fazendo uso de fármacos e sedativo. Para verificar o nível de sedação se utiliza a escala de Ramsay que verifica dois tipos de situações: pacientes acordados e inconscientes. Presto B, et al (2003), comenta que dependendo da dosagem os pacientes não conseguem responder a nenhum estimulo, para se saber o grau de sedação os profissionais intensivas utilizam a escala de Ramsay. Segundo Suparregui (2002), escala de Ramsay foi elaborada pelo medico Michael Ramsay quando realiza um estudo sobre o efeito de um esteroide anestésico publicado. Seus valores vão de 1 a 6, e são observadas as respostas dadas pelo paciente após ser gerado estímulos. Escala de Ramsay Grau 1 Ansioso, agitado, inquieto. Grau 2 Cooperativo, orientado e tranquilo Grau 3 Dormindo respondendo prontamente aos estímulos Grau 4 Dormindo respondendo com lentidão aos estímulos Grau 5 Dormindo, só reagindo a estímulos dolorosos, potentes. Grau 6 Sem resposta a qualquer estímulo noceptivo, anestesia. Fonte: Presto B; Presto L; (2003) Tabela 2. Escala de Ramsey b) Nível de Consciência. A abordagem de qualquer paciente depende do seu nível de consciência que o mesmo se encontra, se ele estiver acordado, sonolento, toporoso, e comatoso. Quando o paciente esta acordado devemos verificar se ele esta lúcido, orientado ou desorientado; Quando o mesmo estiver sonolento devem-se gerar estímulos fracos, fortes com fácil ou difícil desperta; Caso o paciente esteja em estado de topor é sinal que ele esta evoluindo para o coma este paciente geralmente reage pouco a estímulos. O estado de coma representa um quadro de lesão neurológico (PRESTO B; DAMAZIO L; 2009).
  • 7. 7 Segundo Emmerich J C (2008), a escala de coma de Glasgow é uma escala neurologica que serve para verificar o nivel de consciencia, é um método bastante utilizado nos pacientes internados na UTI. O valor ou score final é também é utilizado no prognóstico de pacientes e é eficaz e de grande utilidade na previsão de possíveis seqüelas.No final do exame deve-se soma s resposta do score da abertura ocular, com a resposta verbal mais a resposta motora, se o resultado obtido for igual ou menor que 8, o estado de coma estará instalado (PRESTO B, PRESTO L, 2003). ESCALA DE COMA DE GLASGOW VARIÁVEIS ESCORE Abertura ocular Espontânea À voz À dor Nenhuma 4 3 2 1 Resposta verbal Orientada Confusa Palavras inapropriadas Palavras incompreensivas Nenhuma 5 4 3 2 1 Resposta motora Obedece a comandos Localiza dor Movimento de retirada Flexão anormal Extensão anormal Nenhuma 6 5 4 3 2 1 TOTAL MÁXIMO TOTAL MÍNIMO INTUBAÇÃO 15 3 8 Fonte: Emmerich J C (2008). Tabela 3. Escala de Coma de Glasgow. 5. Exame Físico É um dos exames mais importantes para o fisioterapeuta deve ser realizado por completo, levando em consideração os aspectos de maior relevância e interesse no paciente. O Exame físico é a reunião e observação de dados relacionados às patologias particulares de cada paciente, esta relacionada ao tipo de tórax, padrões respiratórios, grau de sedação, noções de tempo e espaço do paciente, sinais clínicos (KISNER C, COLBY L, 1998). Schvartsman B (2009) afirma que o exame físico deve seguir uma sequencia afim de evitar que dados passem despercebidos, podendo ser alterado de acordo com a idade e com a colaboração do paciente. O autor ainda lista alguns itens a serem observados como: estado geral do paciente, estado neurológico, condições e coloração na pele, estado de hidratação, estado nutricional, avaliação de estruturas, tosse, estado da secreção traqueal e das vias aéreas superiores, e avaliação das extremidades. ITENS A SEREM OBSERVADOS NO EXAME FÍSICO
  • 8. 8 Estado Geral Bom estado geral (BEG), Regular estado geral (REG) Mau estado geral (MEG) Estado Neurológico Relacionado ao nível de consciência que pode ser: Acordado/sonolento,sedado, contactuante e orientado ou não, colaborativo/não colaborativo, ativo/hipoativo, reativo/hiporreativo/arreativo ao manuseio, irritado/calmo). Obs.: as respostas podem ser influenciadas pelo medicamento usado no momento da avaliação. Condições e coloração da pele Integridade da pele, corado/descorado, cianótico/acianotico, ictérico/anicterico. Estado de hidratação Hidratado / desidratado Estado Nutricional Eutrofico/ distrófico Avaliação das estruturas em geral Cabeça, ouvido, olhos, nariz, garganta, pescoço, tórax, abdome. Tosse Eficaz/ineficaz, duração, produtiva/seca, ladrante, Estado da secreção traqueal e das vias aéreas superiores Cor, quantidade, viscosidade, odor Avaliação de extremidades Perfusão e temperatura Fonte: Schvartsman B (2009). Tabela 4. Itens avaliativos a serem observados no exame físico O exame físico pode ser dividido em: Inspeção Estática e Inspeção Dinâmica (PRESTO B, PRESTO L, 2009). a) Inspeção Estática. É quando o paciente é avaliado no leito sem a realização de movimentos respiratórios, através do nível de suporte ventilatorio onde se avalia o oxigênio e ventilação mecânica, a avaliação do nível de consciência do paciente onde se utiliza a escala de coma de Glasgow, avaliação dos sinais vitais, frequência cardíaca, temperatura, pressão artéria e cianose; Também se avalia a pele, músculos e ossos (PRESTO B, PRESTO L, 2003). Na inspeção estática deve-se avaliar o nível de suporte ventilatório se o paciente esta respirando espontaneamente em ar ambiente, ou através de oxigênio suplementar que pode ser com cateter nasal, máscara facial, sistema de Venturi e as frações de oxigênio administradas. Se o paciente esta na ventilação não invasiva (VNI), ventilação invasiva (VMI), assim como as interfaces da ventilação, máscara, tubo traqueal, traqueostomia, modalidade e parâmetros ventilatórios (SCHVARTSMAN B, 2009). b) Na Inspeção Dinâmica. São avaliados os movimentos do caixa torácica através da frequência respiratória fazem parte do exame físico exame neurológico exame respiratório, exame cardiovascular, exame do estomago e aparelho digestório, e exame do aparelho urinário, todos tem suas peculiaridades e são de grande importância para o paciente (PRESTO B, PRESTO L, 2003);
  • 9. 9 c) Palpação A palpação que permitira ao profissional examinar lesões superficiais e profundas, quanto a sua forma, volume e consistência (portal da fisioterapia 2012). Observa-se a temperatura, edema textura da pele ou tecido subcutâneo; Em músculos, tendões e inserções é observado tônus, hipersensibilidade, pontos de desencadeamento, contraturas, crepitações (KISNER C, COLBY L, 1998). d) Teste de Força Muscular Manual Tem como objetivo avaliar a capacidade dos músculos em desenvolverem tensão contra uma resistência. É a técnica mais utilizada pelo fisioterapeuta no exame físico para avaliar a força muscular. O teste de força muscular e baseado em cinco graus para que se possa classificar o tipo de força muscular que foi exercida (KISNER C, COLBY L, 1998). Classificação do Grau de força muscular  Grau zero: nenhuma evidência de contração pela visão ou palpação.  Grau um: rápida contração, nenhum movimento.  Grau dois: movimento através da amplitude completa na posição com gravidade eliminada.  Grau três movimento através da amplitude completa contra a gravidade;  Grau quatro: movimento através da amplitude completa contra a gravidade e capaz de prosseguir contra uma resistência moderada.  Grau cinco: movimento realizado na amplitude completa contra a gravidade e capaz de prosseguir contra uma resistência máxima Fonte: Kisner C, Colby L (1998). Tabela 5. Classificação do grau de força muscular. e) Ausculta pulmonar É um método de avaliação e de exploração funcional que tem como objetivo verificar e identificar sons normais e ou patológicos que ocorre no interior dos pulmões (PRESTO B; PRESTO, L; 2003). A ausculta pulmonar é um método rápido e pouco dispendioso que permite a obtenção de informações sobre patologias pulmonares e situações broncopleurais. O estetoscópio permite colher dados semiológicos que contribuem para o diagnóstico e monitorização de condição clinica e avaliação da terapêutica instituída (GAMBAROTO G, 2006:23). Para auscultar os sons mais agudos do pulmão, é necessário que o estetoscópio seja pressionado no tórax, e para captar os sons mais graves deve-se aplicar o estetoscópio suavemente (PRESTO B; PRESTO L; 2009). -Sons Normais da respiração
  • 10. 10 Segundo Presto B, Presto L (2003), os sons pulmonares são divididos e ruído fisiológico no qual se refere ao murmúrio vesicular, e ruídos patológicos também conhecidos de ruídos adventícios que são os roncos, sibilos e estertores que podem ser crepitantes, subcrepitantes e bolhosos, cornagem, atrito pleural e sopro cavitário. Já West (2002), caracteriza os sons normais da respiração som bronqueal ou respiração brônquica, murmúrio vesicular, e som traqueal ou broncovesicular, e os sons anormais de ruído adventícios continuados e descontinuados; Os sons continuados são os roncos e sibilos e os sons descontinuados são as crepitações grossas e finas. a) b) c) Fonte: Presto L, Presto B (2003). Figura 1. a) Região posterior da ausculta pulmonar; b) Região anterior da ausculta pulmonar; c) Região lateral da ausculta pulmonar. Segundo Emmerich (2008), é importante que o paciente não perceba que sua respiração esta sendo avaliada, pois as características respiratórias pode se modificar por isso devem ser observadas indiretamente após se tomar o pulso. O ideal é que seja avaliada com o tórax exposto, ou se não for possível pode ser verificada pelo pulso radial. 6. Suporte Ventilatório Os pacientes internados gravemente na UTI, na maioria das vezes são submetidos à aplicação de técnicas e a utilização de aparelhos invasivos e não invasivos, que muitas das vezes são extremamente necessários para manter as funções respiratórias, cardíaca, neurológica e hemodinâmica dos pacientes (PRESTO B, DAMAZIO L, 2009). Schvartsman (2009), afirma que a principal indicação do suporte ventilatório é a insuficiência respiratória, após cirúrgicas e pressão intracraniana aumentada, e tem como objetivo corrigir esta anormalidade das trocas gasosas. O fisioterapeuta deve avaliar a interação do paciente com a ventilação mecânica, modalidade e parâmetros e suas repercussões. Entre os papeis desempenhados pelo fisioterapeuta intensivista, destacam-se sua atuação frente a situações críticas como a parada cardiorrespiratória, onde sua responsabilidade não mais se resume apenas a ventilação e a oxigenação do paciente, mas como um elemento diferencial na prestação de inestimável auxílio
  • 11. 11 aos demais componentes da equipe interdisciplinar. Para tanto, o profissional deve ser treinado e capacitado no suporte básico e avançado de vida o que fatalmente contribuirá diretamente sobre a sobrevida ou reversão de tal emergência clínica. (CHY, Anny et al 2009). A Ventilação mecânica é o método mecânico que substitui a ventilação normal do individuo, esta forma de ventilação pode ajudar a salvar vidas, em muitas situações o organismo fica impossibilitado de manter o ciclo respiratório normal. É um método de substituição de função vital, sendo útil como um auxílio de tratamento de algumas doenças. Assim como apresenta benefícios ao paciente, também apresenta complicações Também sendo a principal a infecção respiratória. A ventilação mecânica pode ser utilizada de duas formas: invasiva (vi) e não invasiva (vni); A Ventilação mecânica não invasiva tem como objetivo diminuir os efeitos da ventilação invasiva tais como insuficiência respiratória aguda (EMMERICH J C, 2008). a) A ventilação mecânica invasiva é indicada quando há uma insuficiência respiratória aguda (IrespA), queda de nível de consciência, instabilidade hemodinâmica incapacidade de proteger as vias aéreas dentre outras (PRESTO B; DAMAZIO, L; 2009). b) A forma invasiva é caracterizada quando o paciente esta intubado ou traqueostomizado, e a não invasiva se da através de máscaras. Ambas formas precisam de ajustes nos seus parâmetros ventilatórios (GAMBAROTO G, 2006). 6.1 Parâmetros ventilatórios Segundo Gambaroto G, (2006) os parâmetros ventilatórios devem ser ajustados de acordo com o modo ventilatorio escolhido.  Tempo inspiratório: 0.8 á 1.2 seg.  Tempo expiratório: 4 á 2 seg.  Relação: I:E = 1:2  Frequência: 12irpm (incurções respiratórias por minuto)  Fluxo: 40 a 600/min  VC: 6 a 8ml/kg corrigido  Pressão inspiratória = Ppi  Pressão expiratória = PEEP (fisiológico 5cmH2O)  Fração inspirada de O2: Fio2 de 21 a 100%  Sensibilidade: de -0,5 a -2,0 Fonte: Emmerich J C, (2008) Tabela 6. Parâmetros Ventilatórios 6.2 Modos ventilatórios. O modo ventilarório será escolhido de acordo com a situação do paciente, se ele precisa de auxilio ciclo respiratório, ou se o ventilador mecânico terá que fazer todo o ciclo, ou se a paciente precisar apenas ser monitorado pelo ventilador, para que se ele não consiga realizar seu ciclo respiratório sozinho o ventilador entre como suporte.
  • 12. 12 Existe uma divisão didática dos modos ventilatórios, que são os modos a seguir (EMMERICH J C, 2008). a) Modo controlado onde cada ciclo é disparado e ciclado pelo ventilador mecânico, sem participação do paciente (PRESTO B, DAMAZIO L, 2009). b) O modo assistido/controlado que é quando o ciclo é disparado pelo paciente e ciclado pelo ventilador mecânico, ou seja, o paciente determina seu volume minuto, e a sua frequência respiratória quando é capaz de superar um determinado limiar de sensibilidade a pressão ou a fluxo (EMMERICH J C, 2008). c) O modo ventilação mandatória intermitente, o paciente respira com sua própria frequência e a intervalos de tempo estabelecido pelo mecanismo temporizador do aparelho, que recebera um numero definido de ciclos controlados ou disparar os ciclos assistido pelo seu próprio esforço (EMMERICH J C, 2008). d) O modo Espontâneo, o paciente realiza todo o ciclo ventilatório, ele determina sua frequência respiratória, volume corrente e o padrão de fluxo inspiratório (PRESTO B, DAMAZIO L, 2009). 7. Oxigenoterapia A oxigenoterapia permite a oferta de oxigênio, a níveis superiores do ar ambiente, exerce um papel de grande importância nos distúrbios de oxigenação, mas deve-se compreender os princípios fisiológicos envolvidos assim conseguir avaliar as condições do paciente. Levando em consideração as alterações a seguir: a)Hipoxemia pressão de O2 (PO2) < 60mmHg ou saturação de oxigênio < 90% e em neonatos PO2 < 50 mmHg ou saturação de oxigênio < 88%, causados geralmente por hipoventilação, comprometimento de difusão, desigualdade de ventilação/perfusão (WEST J, 2002). 8. Exames Radiológicos. Os exames radiológicos e complementares complementar e facilitar o diagnóstico do paciente, esse exames são importantes para sabe o estado geral do paciente. As Imagens são dados de informação sobre possíveis consequências pulmonares, cardíacas, neurológicas e ortopédicas causadas por uma patologia (TALLEY N J, O´CONNOR SIMON, 2000). 9. Exame Laboratorial a)Hemograma É o estudo das células sanguíneas do paciente, e um exame que avaliar as três principais células do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas) comenta que o hemograma é dividido em 3 partes: Eritogama, leucograma e plaquetas. O eritograma ou hemácias é o estudo das células vermelhas do sangue no qual são responsáveis pelo transporte dos gases pelo organismo. As hemácias são os glóbulos vermelhos, se o paciente tem anemia eles diminuem (PRESTO, B; PRESTO L, 2009). b)Leucograma É o estudo dos leucócitos células responsável pela defesa celular e imunidade do organismo. Quando há o aumento dos Leucócitos é porque o paciente esta com alguma infecção, isto é
  • 13. 13 chamada leucocitose que pode estar relacionada com necrose tecidual, infarto queimaduras dentre outros (GAMBAROTO G, 2006). Presto B, Presto L (2009), relata que pode ocorre também a diminuição dos leucócitos levando a uma leucopenia, o que tornara o paciente mais propicio a infecções, pode ser causada por utilização de medicamentos tais com anti-hipertensivos, antibióticos e ou por substâncias utilizadas em tratamento de diabéticos e ou por drogas quimioterápicas. c)Plaquetas São células responsáveis pela ação de coagulação do sangue. Quando elevadas são chamadas de trombocitose e quando diminuída de trombocitopenia. Pacientes com as plaquetas muito baixas estão mais predispostos a sangramentos, e plaquetas muito elevadas podem levar a formação de trombos (PRESTO B, PRESTO L, 2009). 10. Bioquímico Serve para determinar e verificar a presença e a quantidade de substâncias orgânicas e inorgânicas no soro (parte líquida do sangue). Gasometria arterial e venosa é um exame invasivo no qual se coleta o sangue arterial, podemos obter a pressão arterial de oxigênio (PaCo2) e a pressão de dióxido de carbono (PaCO2), estes valores servem para avaliar o equilíbrio ácido-base do plasma sanguíneo (SARMENTO, 2003). 10.1 Gasometria a)Equilíbrio Ácido-Base O Organismo produz diariamente ácidos orgânicos que exige um sistema de tamponamento ou eliminação de ácidos, quando há falha nesses mecânismos acontecem os distúrbios acido base. Podemos verificar esta alteração realizando a equação e Henderson Hasselbach abaixo (WEST J, 2002). Ph= 6,1 + log[HCO3 -J/(0,03 X PaCO2) Fonte: Guimarães P, et al (2009). Tabela 7. Equação de Henderson Hasselbach Quando se tem uma alteração que envolve o bicarbonato, o distúrbio é chamado de metabólico podendo ser Acidose ou alcalose metabólica. Porem quando se encontra alteração no PaCO2, os distúrbios são de caráter respiratórios. Teremos, no entanto quatro distúrbios primários, Acidose metabólica, alcalose metabólica, acidose respiratória e alcalose respiratória. Ambos os distúrbios levam a compensações metabólicas (GAMBAROTO, 2006), (GUIMARÃES H, et al 2006). - Causas de Alcalose Metabólica: Hipovolemia, vômitos Pós hipercarpnia. - Causas de Acidose Respiratória: Asma, Enfisema. - Causa de Acidose Metabólica: Diarreia fistula entérica - Causas de Alcalose Respiratória: Ansiedade, Histeria (síndrome da hiperventilação), hipóxia (GAMBAROTO G, 2006), (GUIMARÃES H, et al, 2006). Acidose Metabólica é causada pela queda primaria do HCO- 3, levando a queda do PH um exemplo pode ser a cetoacidose diabética (GAMBAROTO G, 2006).
  • 14. 14 A acidose respiratória é ocasionada pelo aumento do PaCO2 ao qual se reduz a relação HCO- 3 / PaCO2, diminuindo o ph, podemos verificar uma acidose respiratória quando se tem uma hipoventilação e a desigualdade de ventilação – perfusão (GUIMARAES H, 2006). Alcalose Respiratória é o resultado do aumento do pH arterial, que decorre de um hiperventilação aguda com queda da PaCO2. Quando se mantém esta hiperventilação em alta altitude, pode se observar uma alcalose respiratória compensada, com um retorno do pH no sentido do normal à medida que o rim excretará o bicarbonato (GAMBAROTO G, 2006). Alcalose metabólica sempre ocorre quando há a elevação do bicarbonato plasmático, geralmente ocasionado por distúrbios como vômitos prolongados grave, também pode ocorrer em pacientes com doença pulmonar de longa duração (GAMBAROTO G, 2006). Valores considerados Normais Valores de Referência pH 7,35 a 7,45 pO2 96 mmHg – 0,4 x idade pCO2 35 a 45 mmHg [HcO3 -] 22 a 26 mEq/L Excesso de Base [BE] -2,5 a +2,5 Saturação de O2 >94% Cloro 95 a 105 mEq/L AG 8 a 12 mEq/L Osmolaridade Estimada 285 a 295 mOsm/L Gap Osmolar < 15mOsm/L Fonte: Guimaraes P, et al (2009). Tabela 8. Valores considerados Normais. Interpretação resumida da gasometia arterial: Acidose Respiratória  pH com  PaCO2 Alcalose Respiratória pH com  PaCO2 Acidose Metabolica  pH com  HCO3 - Alcalose Metabolica  pH com HCO3 - Fonte: Presto B, Presto L (2009). Tabela 9. Interpretação resumida da gasometria arterial. 11. Avaliação Motora É a avaliação osteomioarticular também é importante para o fisioterapeuta e tem como, objetivo de tratamento e resultados almejados e para desenvolver e implementar o plano de assistência. O objetivo é realizar uma avaliação verificando e determinando a presença ou ausência de algum comprometimento envolvendo músculos, ossos e estruturas articulares relacionadas e identificar os tecidos específicos que estão causando o comprometimento (KISNER C, COLBY L 1998). É importantíssima a avaliação motora na unidade de terapia intensiva, com objetivo de saber as verdadeiras condições que se encontra o sistema musculoesquelético do paciente e desde cedo iniciar o tratamento visando principalmente à prevenção de escaras, contraturas, deformidades e consequente perda da funcionalidade (TALLEY N J, O´CONNOR SIMON, 2000).
  • 15. 15 Metodologia Este trabalho consiste em abordar os itens avaliativos mais utilizados pelo fisioterapeuta na UTI, bem como a importância da avaliação fisioterapeutica. A presente busca científica é classificada como sendo bibliográfica, de caráter qualitativo, já que tem como finalidade o levantamento da literatura publicada, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato com o que já foi documentado acerca do apontado tema de interesse deste estudo. Foram utilizadas fontes como livros, artigos, sites de busca que cientificam e vivência da avaliação fisioterapeutica na UTI, e utilizado os seguintes temas para busca avaliação fisioterapeutica, avaliação clinica, propedêutica e avaliação, fisioterapia em UTI, fisioterapia cardiorrespiratória e avaliação e tratamento. Esta pesquisa tem o propósito de servir como ferramenta facilitadora, para acadêmicos e profissionais da área de fisioterapia, para melhorar a avaliação e segurança dos dados coletados. Resultados e discussão No contexto observou-se que o processo de avaliação fisioterapeutica deve ser realizado de forma global, e tão logo que paciente seja admitido na UTI, para que se tenha uma visão de seu estado geral, e que tem como objetivo definir adequadamente os problemas de cada paciente para que possamos traçar um plano de tratamento mais apropriado. Através desta avaliação traçamos os objetivos e condutas a serem realizadas de acordo com as necessidades de cada paciente. Deve-se levar em consideração que os pacientes internados na UTI, em sua maioria, encontram-se impossibilitado de realizar o feed back da avaliação já que muitas vezes estão sedados ou com o nível de consciência diminuído, por outro lado o prontuário é o familiar são grandes aliados neste processo avaliativo, nas investigações e questionamentos necessários da anamnese. O Fisioterapeuta deve ter um bom conhecimento teórico para desenvolver um plano de tratamento adequado e melhorar os problemas dos pacientes. O estudo mostrou que se a avaliação fisioterapeutica for continua e se bem realizada, pode se identificar sinais e sintomas de grande relevância para o diagnostico e tratamento do paciente, e que a partir dessas informações é possível determinar os objetivos de um tratamento, bem como a conduta fisioterapêutica a ser realizada. A informação e a experiência adquiridas no decorrer deste trabalho, à procura dos melhores dados que pudessem conter em uma avaliação fisioterapeutica na UTI, mostram sobre a necessidade de uma melhor abordagem em relação à criação de modelos padrão de avaliação fisioterapeutica na UTI. A anamnese deve ser realizada de forma objetiva e deve conter os itens descritos no decorrer deste artigo, como se pode observar, são vários os itens que devem ser avaliados diariamente e constantemente para assegurar um bom atendimento ao paciente, já que àqueles de terapia intensiva estão sujeitos a alterações hemodinâmicas, cardíacas, ortopédica, respiratórias e neurológicas. Conclusão Conclui-se que com a descentralização das funções na UTI, possibilitou melhores condições no que se diz respeito à segurança do paciente, e a inclusão de outros profissionais. A fisioterapia vem ganhando cada vez mais espaço nas unidades de Terapia Intensiva e com isso se exige mais desse profissional em relação às responsabilidades das condutas realizadas com o paciente, pois é necessário um conhecimento teórico para que o tratamento traçado seja adequado.
  • 16. 16 Atualmente a assistência do fisioterapeuta esta relacionada com a qualidade de vida do paciente na UTI, e para que ele ofereça esse serviço é preciso que ele realize uma boa avaliação, pois este é um dos principais fatores para a elaboração do seu plano de tratamento, no qual deve ser realiza minuciosamente para auxiliar e determinar os objetivos e a melhor conduta a ser realizada. O fisioterapeuta deverá traçar seus objetivos de tratamento que possam ser atingidos em curto prazo, sem deixar de visualizar o processo de reabilitação em médios e longos prazos. É impossível desenvolver um tratamento apropriado, sem realizar uma avaliação, ela deve ser realizada constantemente a cada troca de profissional para identificar alterações, e verificar efetividade do atendimento e se os objetivos estão sendo alcançados. Por isso antes de realizar qualquer procedimento é importante realizar a avaliação, podendo seguir os itens de avaliação descritos neste artigo, tais como dados pessoais do paciente, história clinica, historia pregressa, social e familiar, que muitas vezes precisam ser solicitadas a um familiar proporcionando um atendimento de qualidade e sem eventos adversos. O sucesso de um processo de avaliação e elaboração de objetivos e condutas, além de envolver conhecimentos e habilidade, abrange também integração em equipes multidisciplinares que estão relacionadas com o processo de reabilitação e tratamento. Referências COHEN, Helen. Neurociência para Fisioterapeutas. 2a edição. São Paulo: Manole, 2001. COSTA, Dirceu. Fisioterapia Respiratória Básica. São Paulo: Atheneu, 2002. EMMERICH, João Cláudio. Suporte Ventilatório- Aplicação Prática, 3a edição. Revinter, 2008. GUIMARÃES, Penna; TALLO, Sabia; LOPES, Delascio; ORLANDO, Maria. Guia de Bolso de UTI, Atheneu, 2009. GAMBAROTO, Gilberto. Fisioterapia Respiratória em unidade de Terapia Intensiva. São Paulo: Atheneu, 2006. HOPPENFELD, Stanley. Propedêutica Ortopédica Coluna e extremidades. São Paulo: Atheneu, 2006. KISNER, Carolyn; COBY, Lynn Allen. Exercícios Terapêuticos – Fundamentos e Técnicas. 1a edição.São Paulo: Manole, 1998. LAHÓZ, Ana Lucia; NICOLAU, Carla M; PAULA, Lucia Cândida; JULIANI, Regina Célia. Fisioterapia em UTI Pediátrica e Neonatal. 1aedição. São Paulo: Manole, 2009. MACHADO, Angelo. Neuroanatomia Funcional. 2a edição. São Paulo: Atheneu, 2006. PRESTO Bruno; DAMÁZIO, Luciana. Fisioterapia na UTI. 2a edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. PRESTO Bruno; PRESTO, Luciana. Fisioterapia Respiratória – Uma nova visão. 1a edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. SANVITO, W L. Propedêutica neurológica básica. São Paulo: Atheneu, 2002. SARMENTO, George. Fisioterapia Respiratória no Paciente Crítico – Rotinas Clínicas. 3ª edição. São Paulo:Manole, 2010. SARMENTO, George. Fisioterapia Respiratória no Paciente Crítico. São Paulo: Manole, 2005. SCHVARTSMAN, B G S. Pediatria – Instituto da criança do Hospital das clínicas: São Paulo: Manole, 2009. O´SULLIVAN, S B; SCHMITZ T. J. Fisioterapia Avaliação e Tratamento. 4a edição. São Paulo: Manole, 2004 . SUPARREGUI, Fernando; Choque, São Paulo: Editora EDIPUCRS, 2002 TALLEY, Nicholas; O´CONNOR, Simon, Exame Clinico – Guia prático para o diagnóstico Físico. 2a edição. Rio de Janeiro: Revinter, 2000. UMEDA, Iracema; Manual de Fisioterapia na Reabilitação Cardiovascular. São Paulo: Manole 2006.
  • 17. 17 WEST, John. Fisiologia Respiratória – 6 a edição. São Paulo: Manole 2002. CHY, Anny; RIELLA, Caroline Leitão; CAMILOTTI, Bárbara Maria, ISRAEL, Vera Lucia. PEP: Critérios de avaliação fisioterapêutica em UTI. http://www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/14477/a-fisioterapia-intensiva-na-cidade-de-manaus