7. Introdução.
Realização profissional, pessoal e o desejo de uma
melhor qualidade de vida são anseios legítimos do
ser humano. Entretanto, o problema existe quando
esse anseio torna-se uma obsessão, um desejo
cego, colocando o Senhor nosso Deus à margem
da vida para eleger um ídolo: o sonho pessoal. Ao
concluirmos o estudo dessa semana veremos que
não se pode abrir mão de Deus para realizarmos
os nossos sonhos, pois os dEle devem estar em
primeiro lugar!
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9. 1. Que sentimentos são esses?
Tiago abre o capítulo 4 perguntando: "Donde vêm
as guerras e pelejas entre vós?". Em seguida,
responde retoricamente: "Porventura, não vêm
disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos
membros guerreiam?" (v.1). Aqui, o líder da igreja
de Jerusalém denuncia o tipo de sabedoria que
estava predominando na igreja: a terrena, animal e
diabólica. Por quê? Ora, entre aqueles crentes havia
"guerras e pelejas" e "interesses dos próprios
deleites", enquanto os menos favorecidos estavam à
margem dessas ambições. Estava nítido que eles
não semeavam a paz.
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12. 2. A origem dos males (Tg 4.2).
"Combateis e guerreais" (v.2), é a afirmação do
meio-irmão do Senhor em relação àquelas igrejas.
Tiago não mascara o que está no coração humano: a
cobiça e a inveja. Estas são as predisposições
básicas da nossa natureza para desenvolver uma
atitude combativa e de guerra contra as pessoas, até
mesmo em nome de Deus (Jo 16.2). Quem procede
assim ainda não entendeu o Evangelho e nem
mesmo atina para a verdade de que Deus não tem
compromisso algum com os desejos egoístas, mas
atenta à pureza e a verdadeira motivação do
coração (1 Sm 16.7; Lc 18.9-14).
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14. 3. O porquê de não recebermos bênçãos (Tg 1.3).
O texto sagrado mostra o porquê de as pessoas que
agem assim não receberem as bênçãos de Deus, apesar
de muitas vezes aparecerem "profetas" profetizando o
contrário. Em primeiro lugar, Deus não é um garçom
que está diuturnamente ao nosso serviço. Segundo,
como vimos, Ele não têm compromisso com os nossos
interesses mundanos. E, finalmente, quando pedimos, o
pedimos mal, pois não é a vontade divina que está em
nosso coração, mas o desejo egoístico da natureza
humana pedindo a Deus para chancelá-lo.
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19. 1. Adúlteros e amigos do sistema mundano (Tg 4.4).
Tiago chama de "adúlteros e adúlteras" os crentes
que flertaram com o sistema do mundo. Mas a
qual sistema mundano o escritor da epístola se
refere? Olhando para o contexto anterior da
passagem em apreço, veremos que Tiago se refere
às más atitudes (a inveja, a cobiça, o deleite carnal,
as pelejas e as guerras, isto é, o egoísmo do
coração humano) que caracterizam o sistema
presente deste mundo. Os que flertaram com tal
sistema fizeram-se inimigos de Deus.
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21. 2. "Inimigos de Deus“
O líder da igreja de Jerusalém faz esta afirmação
baseado nas duas imagens linguísticas usadas por
ele para configurar a amizade dos crentes com o
sistema mundano: "adúlteros e adúlteras". Quando
Tiago usa essas duas imagens, ele quer mostrar que
da mesma forma que Israel procurou estabelecer
acordos não só com o Deus de Abraão, mas
também com Baal, Asera e outras divindades de
Canaã, os leitores de Tiago também procuraram
estabelecer tanto a amizade com o mundo, quanto
com Deus. Todavia, Tiago mostra que a amizade
com Deus e com o mundo, transformará as pessoas
em "inimigas de Deus".
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23. 3. O Espírito tem "ciúmes" (Tg 4.5).
O Espírito Santo que em nós habita é zeloso. Ele é o
selo que marca-nos como propriedade exclusiva de
Deus (2 Co 1.21,22; 1 Pe 2.9). No versículo cinco do
capítulo quatro, os leitores de Tiago aparecem
como o objeto dos "ciúmes do Espírito". Por isso, o
autor sagrado os confronta chamando-os de
"adúlteros e adúlteras". Tal advertência é a
admoestação de Deus para o seu povo. Aqui,
também cabe lembrar-nos de uma promessa
registrada na Primeira Epístola Universal de João:
temos um advogado à destra de Deus (2.1,2).
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27. 1. Humilhando-se perante Deus (Tg 4.6,7).
Uma vez admoestados pelo Espírito Santo, temos a promessa
de que Ele nos dará "maior graça". Tal maior graça é o fato de
que "Deus resiste aos soberbos", mas "dá, porém, graça aos
humildes". Se acolhermos a advertência do Senhor, a tão
almejada realização humana acontecerá de maneira completa
em Deus. Humilharmo-nos diante do Senhor é reconhecermos
quem somos à luz da sua admoestação. É acolher com
humildade o confronto do Senhor. O arrogante, o soberbo e o
ganancioso nunca terão esta atitude e, por isso, serão
abatidos. E ainda, à luz do ensino de Tiago, resistir ao Diabo
significa não desejar as mesmas coisas que a falsa sabedoria
nos oferece: egoísmo, orgulho, soberba etc. É não almejarmos
a posição dos mestres orgulhosos e soberbos, mas
contentarmo-nos com a vocação de servirmos ao Senhor,
voluntária e espontaneamente, em espírito e em verdade (Jo
4.23).
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29. 2. Convertendo a soberba em humildade (Tg 4.8,9).
Se o orgulhoso e o soberbo decidirem-se por se
achegarem a Deus, o Senhor lhes será propício. A mão
de Deus "não está encolhida, para que não possa salvar;
nem o seu ouvido, agravado, para não poder ouvir" (Is
59.1). O que precisa acontecer é um verdadeiro
arrependimento! A exortação bíblica de Tiago a essas
pessoas é que o "riso" e a "aparente felicidade" delas,
produzidos pela amizade do mundo, convertam-se em
"choro", "lamento" e "miséria" (v.9; cf. 2 Co 7.10), assim
que elas perceberem-se como "inimigas de Deus". Esta é
a atitude genuína de um verdadeiro arrependimento.
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31. 3. "Humilhai-vos perante o Senhor" (Tg 4.10).
Ao abrir mão de nossa autorrealização sob as
perspectivas mundanas do egoísmo, do
individualismo, da soberba e da inveja, seremos
pessoas satisfeitas e realizadas com o Dono da
vida. Como poderemos ser felizes sem a
presença do Doador da vida (Jo 12.25)? A
exaltação do Senhor ser-nos-á dada mediante
a sua graça e bondade infinitas. Humilhemo-nos,
portanto, debaixo da potente mão de
Deus (1 Pe 5.6)!
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35. Conclusão.
A partir dos ensinamentos do
Senhor Jesus, desfrutaremos da
verdadeira felicidade em Deus. Que
venhamos atentar para o
ensinamento desta lição,
humilhando-nos na presença de
Deus através de Cristo Jesus.