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JOGOS COOPERATIVOS
   Os Jogos Cooperativos surgiram com a constante valorização dada
ao individualismo e a competição das quais foram condicionadas e
aprendidas como única e melhor forma de caminho existente.
   Sendo assim, existem duas definições que foram mal interpretadas
e divulgadas durante várias décadas que contribuíram para esse
caminho:
   A primeira é de Charles Darwin, que fala da seleção natural, em que
as maiorias das pessoas dizem que o melhor está na sobrevivência do
mais forte e mais apto para vencer, afirmando, ainda, que, para a raça
humana, o valor mais alto de sobrevivência está na inteligência, no
senso moral e na cooperação social e não na competição.
   Como podemos avaliar, várias pessoas utilizaram a palavra
sobrevivência como forma de promover sempre o melhor capacitado
por meio de uma competição, da qual somente um ganha e não na
forma que deveria ser, ou seja, de compartilhar o papel de cada um
numa unidade inter-relacionada.
   A segunda é do francês Pierre de Coubertin (idealizador da nova era
olímpica), que diz que o mais importante não é vencer, mas tornar
parte; importante na vida não é triunfar, mas esforçar-se; o essencial
não é haver conquistado, mas haver lutado.
   O esporte tem sua glorificação máxima com a chegada da
Olimpíada, cujo ideal é unificar a paz e a união entre todos os povos do
mundo. Como sabemos, porém, a cada ano que passa tornou-se uma
mera máquina de tecnologia, em que atletas são treinados para ganhar
a qualquer custo, mas esquecendo o símbolo que ela representa que é
universalizar culturas e raças para gerarem um momento de
confraternização pacífica, direcionando para a conquista com dignidade
e respeito.
   Partindo dessas duas visões descritas, buscamos em Brotto (1997,
p.33) algumas definições sobre competição e cooperação:
COOPERAÇÃO: é um processo onde os objetivos são comuns e as
ações são benéficas para todos.
COMPETIÇÃO: é um processo onde os objetivos são comuns,
mutuamente exclusivos e as ações são benéficas somente para alguns.
   Neste sentido, podemos constatar que Cooperação e Competição
são processos distintos, porém, não muito distantes. As fronteiras
entre eles são tênues, permitindo um certo intercâmbio de
características, de maneira que podemos encontrar em algumas
ocasiões uma competição cooperativa e noutras uma cooperação
competitiva.
Para Orlick (1989, p.118),
   A principal diferença entre cooperação e competição é que no
primeiro todos cooperam e ganham, eliminando-se o medo do fracasso
e aumentando-se a auto-estima e a confiança em si mesmo. Ao passo
que no segundo, a valorização e reforço são deixados ao acaso ou
concedidos apenas ao vencedor, o que gera frustração, medo e
insegurança.
   Sendo assim, podemos afirmar que cooperação e competição são
direcionadas a partir de agora em comparações entre as diferenças e
atitudes que essas duas palavras podem tomar:

DIFERENÇAS
Cooperação (aprende-se)
 A compartilhar, respeitar e integrar diferenças;
 A conhecer nossos pontos fracos e fortes;
 A ter coragem para assumir riscos;
 Sentimentos e emoções com liberdade;
 A participar com dedicação;
 A ser solidário, criativo e cooperativo;
 A ter vontade de estar junto.

Competição (inicia-se)
 Com a discriminação e a violência;
 Com o medo de arriscar e fracassar;
 Em fazer por obrigação;
 Pela repressão de sentimentos e emoções;
 Pelo egoísmo, individualismo e competição excessiva.

   Vale salientar que não são todas as pessoas no mundo que agem
dessa maneira. Pelo contrário, trabalham, integrando a cooperação e a
competição. O que acontece é que na maioria das vezes somos
dirigidos a pensar que a maneira de competir corretamente é aquela
que precisamos sempre vencer a qualquer custo. Partindo das
diferenças entre cooperar e competir, veremos a seguir alguns tipos de
padrões de atitudes de percepção/ação que vivenciamos no dia-a-dia:



Percepção/ação   Omissão               Cooperação           Competição
                 (individualismo)      (encontro)           (confronto)
Visão do jogo    Insuficiência         Suficiência          Escassez,
                 impossível            possível             exclusão
Objetivo         Ganhar sozinho        Ganhar junto         Ganhar do outro
O outro          Quem?                 Amigo                Inimigo
Relação          Cada um na sua        Parceria e confiança Desconfiança        e
                                                            rivalidade
Ação             Jogar     sozinho     Jogar com Troca Jogar               contra
                 Ser jogado            e criatividade       Rendimento
Clima do jogo    Monótono              Leve e ativo         Tenso e pesado
Resultado        Individualismo        Compartilhamento     Vitória
Conseqüência     Alienação            eSucesso compartilhadoAcabar logo o jogo
                 indiferença
Motivação        Isolamento            Amor                   Medo
Sentimentos      Solidão e opressão    Alegria, satisfação    Insegurança,
                                                              frustração
Símbolo               Muralha                 Ponte                  Obstáculo

O propósito desse quadro é mostrar que toda e qualquer experiência humana tem
diferentes possibilidades para perceber e optar por alternativas que propiciam viver uma
mesma situação. Com esta visão, podemos despertar e aperfeiçoar o exercício da escolha
pessoal,             com               responsabilidade              e           liberdade.
   Segundo Orlick (1989), como jogamos na sociedade em que vivemos, o jogo serve para
criar o que é refletido. Muitos valores importantes e modos de comportamento são
aprendidos               por             meio             dessa            experimentação.
   Com base nas falas registradas aqui, os Jogos Cooperativos têm como conceito
procurar a ensinar e aprender a rever nossas experiências e reciclar pensamentos,
sentimentos, intenções e emoções para que reconheçamos e valorizemos nosso próprio
jeito de jogar e respeitar o dos outros, em seus diferentes modos de ser. E mais, descobrir
que jogando com os outros podemos buscar o crescimento do eu dentro de cada um de
nós.
   Apresentamos       a     seguir    a     definição     do      Brotto   (1997     ,p.16):
   Os Jogos Cooperativos vêm com a intenção de compartilhar, unir pessoas, despertar a
coragem para correr riscos com pouca preocupação com o fracasso e sucesso em si
mesmo. Eles reforçam a confiança em si mesmo e nos outros, e todos podem participar
autenticamente, onde ganhar e perder são apenas referências para o contínuo
aperfeiçoamento                      pessoal                    e                  coletivo.
   Dentro desta visão, podemos concluir o raciocínio que os Jogos Cooperativos são uma
forma de integrar os valores humanos e a convivência dos indivíduos no desenvolvimento
de uma aprendizagem, de forma a estar jogando uns com os outros ao invés de uns contra
os outros.


Eis agora algumas sugestões de atividades Cooperativas:

    Caranguejos:
     Material – nenhum.
     Organização – formar várias duplas, os alunos devem ficar agachados, de costas
     um para o outro e com os braços entrelaçados.
     Desenvolvimento – unidas e entrelaçadas, cada dupla será um caranguejo, que
     deverá cumprir diferentes tarefas determinadas pelo professor, como levantar,
     andar, sentar, rastejar, etc.

    Subindo redondo:
     Material – bambolês.
     Organização – formar grupos de cinco alunos dispostos em círculo, em torno dos
     bambolês.
     Desenvolvimento – pedir aos alunos que apóiem os bambolês sobre seus pés, sem
     tocar no chão, e que passem os braços sobre os ombros dos companheiros
     (abraçados). O desafio é levantar o bambolê até o pescoço, sem tocá-lo com as
     mãos.


    Pé de lata cooperativo:
     Material – latas de leite em pó e barbante.
     Organização – confeccionar três pés de lata para cada dupla de alunos.
     Desenvolvimento – é uma variação da brincadeira tradicional. Em vez de cada
     aluno usar dois pés de lata, deverá dividir um deles com o outro colega.
Sugestão – experimentar com trios, quartetos ou outras formas possíveis.

 Passeio dos unidos:
  Material – barbante ou corda.
  Organização – formar duplas e amarrá-las pelos pés e pela cintura, um aluno de
  costas para o outro.
  Desenvolvimento – as duplas devem passear pela área de atividade, sem cair e
  sem arrebentar o barbante.
  Sugestões – pedir para variar a velocidade de movimentação a cada sinal do
  professor.

 Não deixe a bola cair:
  Material – bolas de encher.
  Organização – encher uma bola e formar um círculo com os alunos.
  Desenvolvimento – o professor joga a bola para o alto dentro do círculo e chama
  algum aluno para tocá-la novamente para o alto. Ao tocar a bola, esse aluno volta
  para o círculo e chama outro colega para dar continuidade ao jogo. Repete-se até
  que todos toquem a bola, mas em deixá-la cair.

 Bola ao ar:
  Material – bola de encher grande, aparelho de som e discos ou fitas.
  Organização – formar um grande círculo.
  Desenvolvimento – ao começar a música, o professor joga o bolão para o alto,
  para que o grupo mantenha a bola dentro do círculo e sem deixá-la cair no chão,
  até o final da música.
  Sugestões – variar acrescentando mais bolas (uma, duas, três ou mais) ou usando
  bolas um pouco mais pesadas.

 Entre e saia do buraco:
  Material – bambolês, aparelho de som e discos ou fitas.
  Organização – formar dois grupos; um com os bambolês e outro sem.
  Desenvolvimento – dispor os participantes à vontade pelo espaço de jogo. Ao som
  de uma música todos andam ou dançam. Quando a música parar, o grupo com os
  bambolês deve apoiá-los no chão, na posição vertical. O grupo sem bambolês
  passará por dentro deles até reiniciar a música. Quando a música acabar, inverter
  os grupos.

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Jogos cooperativos ensinam valores

  • 1. JOGOS COOPERATIVOS Os Jogos Cooperativos surgiram com a constante valorização dada ao individualismo e a competição das quais foram condicionadas e aprendidas como única e melhor forma de caminho existente. Sendo assim, existem duas definições que foram mal interpretadas e divulgadas durante várias décadas que contribuíram para esse caminho: A primeira é de Charles Darwin, que fala da seleção natural, em que as maiorias das pessoas dizem que o melhor está na sobrevivência do mais forte e mais apto para vencer, afirmando, ainda, que, para a raça humana, o valor mais alto de sobrevivência está na inteligência, no senso moral e na cooperação social e não na competição. Como podemos avaliar, várias pessoas utilizaram a palavra sobrevivência como forma de promover sempre o melhor capacitado por meio de uma competição, da qual somente um ganha e não na forma que deveria ser, ou seja, de compartilhar o papel de cada um numa unidade inter-relacionada. A segunda é do francês Pierre de Coubertin (idealizador da nova era olímpica), que diz que o mais importante não é vencer, mas tornar parte; importante na vida não é triunfar, mas esforçar-se; o essencial não é haver conquistado, mas haver lutado. O esporte tem sua glorificação máxima com a chegada da Olimpíada, cujo ideal é unificar a paz e a união entre todos os povos do mundo. Como sabemos, porém, a cada ano que passa tornou-se uma mera máquina de tecnologia, em que atletas são treinados para ganhar a qualquer custo, mas esquecendo o símbolo que ela representa que é universalizar culturas e raças para gerarem um momento de confraternização pacífica, direcionando para a conquista com dignidade e respeito. Partindo dessas duas visões descritas, buscamos em Brotto (1997, p.33) algumas definições sobre competição e cooperação: COOPERAÇÃO: é um processo onde os objetivos são comuns e as ações são benéficas para todos. COMPETIÇÃO: é um processo onde os objetivos são comuns, mutuamente exclusivos e as ações são benéficas somente para alguns. Neste sentido, podemos constatar que Cooperação e Competição são processos distintos, porém, não muito distantes. As fronteiras entre eles são tênues, permitindo um certo intercâmbio de características, de maneira que podemos encontrar em algumas ocasiões uma competição cooperativa e noutras uma cooperação competitiva. Para Orlick (1989, p.118), A principal diferença entre cooperação e competição é que no primeiro todos cooperam e ganham, eliminando-se o medo do fracasso e aumentando-se a auto-estima e a confiança em si mesmo. Ao passo que no segundo, a valorização e reforço são deixados ao acaso ou concedidos apenas ao vencedor, o que gera frustração, medo e
  • 2. insegurança. Sendo assim, podemos afirmar que cooperação e competição são direcionadas a partir de agora em comparações entre as diferenças e atitudes que essas duas palavras podem tomar: DIFERENÇAS Cooperação (aprende-se) A compartilhar, respeitar e integrar diferenças; A conhecer nossos pontos fracos e fortes; A ter coragem para assumir riscos; Sentimentos e emoções com liberdade; A participar com dedicação; A ser solidário, criativo e cooperativo; A ter vontade de estar junto. Competição (inicia-se) Com a discriminação e a violência; Com o medo de arriscar e fracassar; Em fazer por obrigação; Pela repressão de sentimentos e emoções; Pelo egoísmo, individualismo e competição excessiva. Vale salientar que não são todas as pessoas no mundo que agem dessa maneira. Pelo contrário, trabalham, integrando a cooperação e a competição. O que acontece é que na maioria das vezes somos dirigidos a pensar que a maneira de competir corretamente é aquela que precisamos sempre vencer a qualquer custo. Partindo das diferenças entre cooperar e competir, veremos a seguir alguns tipos de padrões de atitudes de percepção/ação que vivenciamos no dia-a-dia: Percepção/ação Omissão Cooperação Competição (individualismo) (encontro) (confronto) Visão do jogo Insuficiência Suficiência Escassez, impossível possível exclusão Objetivo Ganhar sozinho Ganhar junto Ganhar do outro O outro Quem? Amigo Inimigo Relação Cada um na sua Parceria e confiança Desconfiança e rivalidade Ação Jogar sozinho Jogar com Troca Jogar contra Ser jogado e criatividade Rendimento Clima do jogo Monótono Leve e ativo Tenso e pesado Resultado Individualismo Compartilhamento Vitória Conseqüência Alienação eSucesso compartilhadoAcabar logo o jogo indiferença Motivação Isolamento Amor Medo Sentimentos Solidão e opressão Alegria, satisfação Insegurança, frustração
  • 3. Símbolo Muralha Ponte Obstáculo O propósito desse quadro é mostrar que toda e qualquer experiência humana tem diferentes possibilidades para perceber e optar por alternativas que propiciam viver uma mesma situação. Com esta visão, podemos despertar e aperfeiçoar o exercício da escolha pessoal, com responsabilidade e liberdade. Segundo Orlick (1989), como jogamos na sociedade em que vivemos, o jogo serve para criar o que é refletido. Muitos valores importantes e modos de comportamento são aprendidos por meio dessa experimentação. Com base nas falas registradas aqui, os Jogos Cooperativos têm como conceito procurar a ensinar e aprender a rever nossas experiências e reciclar pensamentos, sentimentos, intenções e emoções para que reconheçamos e valorizemos nosso próprio jeito de jogar e respeitar o dos outros, em seus diferentes modos de ser. E mais, descobrir que jogando com os outros podemos buscar o crescimento do eu dentro de cada um de nós. Apresentamos a seguir a definição do Brotto (1997 ,p.16): Os Jogos Cooperativos vêm com a intenção de compartilhar, unir pessoas, despertar a coragem para correr riscos com pouca preocupação com o fracasso e sucesso em si mesmo. Eles reforçam a confiança em si mesmo e nos outros, e todos podem participar autenticamente, onde ganhar e perder são apenas referências para o contínuo aperfeiçoamento pessoal e coletivo. Dentro desta visão, podemos concluir o raciocínio que os Jogos Cooperativos são uma forma de integrar os valores humanos e a convivência dos indivíduos no desenvolvimento de uma aprendizagem, de forma a estar jogando uns com os outros ao invés de uns contra os outros. Eis agora algumas sugestões de atividades Cooperativas:  Caranguejos: Material – nenhum. Organização – formar várias duplas, os alunos devem ficar agachados, de costas um para o outro e com os braços entrelaçados. Desenvolvimento – unidas e entrelaçadas, cada dupla será um caranguejo, que deverá cumprir diferentes tarefas determinadas pelo professor, como levantar, andar, sentar, rastejar, etc.  Subindo redondo: Material – bambolês. Organização – formar grupos de cinco alunos dispostos em círculo, em torno dos bambolês. Desenvolvimento – pedir aos alunos que apóiem os bambolês sobre seus pés, sem tocar no chão, e que passem os braços sobre os ombros dos companheiros (abraçados). O desafio é levantar o bambolê até o pescoço, sem tocá-lo com as mãos.  Pé de lata cooperativo: Material – latas de leite em pó e barbante. Organização – confeccionar três pés de lata para cada dupla de alunos. Desenvolvimento – é uma variação da brincadeira tradicional. Em vez de cada aluno usar dois pés de lata, deverá dividir um deles com o outro colega.
  • 4. Sugestão – experimentar com trios, quartetos ou outras formas possíveis.  Passeio dos unidos: Material – barbante ou corda. Organização – formar duplas e amarrá-las pelos pés e pela cintura, um aluno de costas para o outro. Desenvolvimento – as duplas devem passear pela área de atividade, sem cair e sem arrebentar o barbante. Sugestões – pedir para variar a velocidade de movimentação a cada sinal do professor.  Não deixe a bola cair: Material – bolas de encher. Organização – encher uma bola e formar um círculo com os alunos. Desenvolvimento – o professor joga a bola para o alto dentro do círculo e chama algum aluno para tocá-la novamente para o alto. Ao tocar a bola, esse aluno volta para o círculo e chama outro colega para dar continuidade ao jogo. Repete-se até que todos toquem a bola, mas em deixá-la cair.  Bola ao ar: Material – bola de encher grande, aparelho de som e discos ou fitas. Organização – formar um grande círculo. Desenvolvimento – ao começar a música, o professor joga o bolão para o alto, para que o grupo mantenha a bola dentro do círculo e sem deixá-la cair no chão, até o final da música. Sugestões – variar acrescentando mais bolas (uma, duas, três ou mais) ou usando bolas um pouco mais pesadas.  Entre e saia do buraco: Material – bambolês, aparelho de som e discos ou fitas. Organização – formar dois grupos; um com os bambolês e outro sem. Desenvolvimento – dispor os participantes à vontade pelo espaço de jogo. Ao som de uma música todos andam ou dançam. Quando a música parar, o grupo com os bambolês deve apoiá-los no chão, na posição vertical. O grupo sem bambolês passará por dentro deles até reiniciar a música. Quando a música acabar, inverter os grupos.