2. AÇÕES DE FORMAÇÃO
Orientações técnicas com envolvimento de 130
professores dos 6º anos tendo em vista as
dificuldades relativas ao processo de construção
da leitura e da escrita.
Foram realizados 4 encontros.
6. OBJETIVOS
Formar professores do 6º ano para o ensino da leitura e da escrita em
continuidade aos anos iniciais;
Refletir sobre a concepção de ensino e aprendizagem que embase a prática
docente em Língua Portuguesa;
Discutir sobre a construção da escrita nos anos iniciais e sobre a
continuidade do processo de desenvolvimento da linguagem escrita nos
anos finais;
Analisar produções escritas de alunos do 6º ano a partir da verificação de
dificuldades
apresentadas
pelos
alunos,
propor
ações
para
desenvolvimento efetivo em sala de aula.
Ressaltar procedimentos de escrita (planejar, escrever, revisar e
reescrever) no processo de produção.
Adotar como prática pedagógica o “Bilhete orientador” para estimular e
orientar os alunos a reescrever seus textos.
7. E.E PROF.ª MARIA DO
CARMO SILVA FERREIRADONA NENZINHA
Direção: Maria Cecília de Lima Sousa
Vice- Direção : Rosi Alves de O. Cunha
Coordenação: Cleide Ferreira de Camargo
Professora responsável : Taiana Pedaes
9. OBJETIVOS:
Inferir as características de diversos gêneros
textuais (Conto, Você sabia que..., Convite e
Entrevista);
Desenvolver
a
sensibilidade
estética,
a
imaginação, a criatividade e o senso crítico;
Reconhecer os elementos básicos da narrativa;
Ler para produzir diferentes gêneros orais e
escritos;
Refletir sobre a linguagem e seus usos;
Sistematizar a escrita - produção, revisão e
reescrita;
Utilizar o bilhete orientador como mediador das
práticas de linguagem.
10. COMPETÊNCIAS/ HABILIDADES :
Desenvolver as competências leitora e escritora;
Promover avanços na leitura e na produção de
textos;
Garantir que as relações entre leitura e escrita
sejam tratadas de forma a construir, no aluno, o
conhecimento gradativo e reflexivo das práticas
de linguagem.
12. ETAPA I – DISCUSSÃO E REFLEXÃO SOBRE O GÊNERO
CONTO
Levantamento de conhecimentos prévios sobre o gênero conto e abordagem de suas
características, seu suporte de circulação e sua função social.
“Você sabia que existem vários gêneros de textos que narram uma história e um deles
é o conto? O conto teve início junto com a civilização humana. As pessoas sempre
contaram histórias, reais ou fabulosas, oralmente ou através da escrita. Além de
utilizar uma linguagem simples, direta, acessível e dinâmica esse gênero é a narração
de um fato inusitado, mas possível, que pode ocorrer na vida das pessoas embora não
seja tão comum”.
ATIVIDADE 1 – VOCÊ SABIA QUE...
Agora quem escreve é você! Conforme o que estudamos sobre o gênero conto
escreva o que você entendeu sobre esse gênero.
14.
Luís da Câmara Cascudo foi historiador, antropólogo, folclorista,
advogado, jornalista e pesquisador brasileiro de diversas culturas. Nasceu
em 1898 em Natal, capital do Rio Grande do Norte, estado da Região
Nordeste, e morreu em 1986. Foi um importante estudioso do folclore
brasileiro e mundial. Ele pesquisava e reunia lendas e contos populares do
Brasil, e relacionava com lendas e mitos de outras partes do mundo.
A festa no céu é um conto muito antigo e muito popular no Brasil. Cascudo
e os demais folcloristas o classificaram como um conto etiológico, ou
seja, um conto inventado para explicar o motivo de determinadas
características de um animal, como por exemplo: o macaco ter o rabo
grande, a tartaruga ter o casco remendado, e assim por diante.
O conto a festa no céu, também faz parte do folclore português. Em
algumas regiões do Brasil, no lugar do sapo tem uma tartaruga ou um
jabuti.
15. ETAPA II – ANTES DA LEITURA
ATIVIDADE 2 – IMPRESSÕES DO
TÍTULO
Vamos ler um conto? Mas
antes, quais são suas impressões
sobre o título “Festa no céu”? Onde
você acha que acontecerá a história?
Quem serão os personagens?
16. ETAPA III – DURANTE A LEITURA
ATIVIDADE 1 – LEITURA DO
CONTO
Leitura feita pelo professor com
utilização das estratégias de
leitura
para
uma
melhor
compreensão de determinados
pontos da história;
Leitura individual do conto pelos
alunos para a apropriação do
enredo.
18. A FESTA NO CÉU
Entre os bichos da floresta, espalhou-se a notícia de que haveria uma
festa no Céu. Porém, só foram convidados os animais que voam.
As aves ficaram animadíssimas com a notícia, começaram a falar da festa
por todos os cantos da floresta. Aproveitavam para provocar inveja nos outros
animais, que não podiam voar.
Um sapo muito malandro, que vivia no brejo, lá no meio da floresta, ficou
com muita vontade de participar do evento. Resolveu que iria de qualquer jeito,
e
saiu
espalhando
para
todos,
que
também
fora
convidado.
Os animais que ouviam o sapo contar vantagem, que também havia sido
convidado para a festa no céu, riam dele. Imaginem o sapo, pesadão, não
aguentava
nem
correr,
que
diria
voar
até
a
tal
festa!
Durante muitos dias, o pobre sapinho, virou motivo de gozação de toda a
floresta.
_ Tira essa ideia da cabeça, amigo sapo. – dizia o esquilo, descendo da
árvore. - Bichos como nós, que não voam, não têm chances de aparecer na Festa
no
Céu.
_ Eu vou sim.- dizia o sapo muito esperançoso. - Ainda não sei como, mas
irei. Não é justo fazerem uma festa dessas e excluírem a maioria dos animais.
Depois de muito pensar, o sapo formulou um plano.
19. Horas antes da festa, procurou o urubu. Conversaram muito, e se divertiram
com as piadas que o sapo contava.
Já quase de noite, o sapo se despediu do amigo:
_ Bom, meu caro urubu, vou indo para o meu descanso, afinal, mais tarde
preciso estar bem disposto e animado para curtir a festa.
_Você vai mesmo, amigo sapo? - perguntou o urubu, meio desconfiado.
_ Claro, não perderia essa festa por nada. - disse o sapo já em retirada .- Até
amanhã!
Porém, em vez de sair, o sapo deu uma volta, pulou a janela da casa do
urubu e vendo a viola dele em cima da cama, resolveu esconder-se dentro dela.
Chegada a hora da festa, o urubu pegou a sua viola, amarrou-a em seu
pescoço e voou em direção ao céu.
Ao chegar ao céu, o urubu deixou sua viola num canto e foi procurar as
outras aves.
O sapo aproveitou para espiar e, vendo que estava sozinho, deu um pulo e saltou da
viola, todo contente.
20. As aves ficaram muito surpresas ao verem o sapo dançando e pulando no céu.
Todos queriam saber como ele havia chegado lá, mas o sapo esquivando-se mudava de
conversa e ia se divertir.
Estava quase amanhecendo, quando o sapo resolveu que era hora de se
preparar para a "carona" com o urubu. Saiu sem que ninguém percebesse, e entrou na
viola do urubu, que estava encostada num cantinho do salão.
O sol já estava surgindo, quando a festa acabou e os convidados foram voando,
cada um para o seu destino.
O urubu pegou a sua viola e voou em direção à floresta.
Voava tranquilo, quando no meio do caminho sentiu algo se mexer dentro da
viola. Espiou dentro do instrumento e avistou o sapo dormindo, todo encolhido,
parecia uma bola.
- Ah! Que sapo folgado! Foi assim que você foi à festa no Céu? Sem pedir, sem
avisar e ainda me fez de bobo!
E lá do alto, ele virou sua viola até que o sapo despencou direto para o chão.
21. A queda foi impressionante. O sapo caiu em cima das pedras do leito de um
rio,
Nossa
e
mais
Senhora,
impressionante
viu
o
que
ainda
foi
aconteceu
que
e
ele
não
morreu.
salvou
o
bichinho.
Mas nas suas costas ficou a marca da queda; uma porção de remendos. É
por isso que os sapos possuem uns desenhos estranhos nas costas, é uma
homenagem de Deus a este sapinho atrevido, mas de bom coração.
22. ETAPA IV– DEPOIS DA LEITURA
ATIVIDADE 1 – VAMOS CONVERSAR SOBRE O TEXTO?
24. ETAPA IV – DEPOIS DA LEITURA
ATIVIDADE 2 – ELEMENTOS DA NARRATIVA
Personagens são os seres que participam dos acontecimentos. Quais são
os personagens do conto?
O espaço é o local onde acontecem as ações dos personagens. Onde se passa
o conto?
25. ETAPA IV – DEPOIS DA LEITURA
Tempo é o intervalo em que o(s) fato(s) ocorre(m). Pode ser um tempo
cronológico, ou seja, um tempo especificado durante o texto, ou um tempo
psicológico, onde você sabe que existe um intervalo em que as ações
ocorreram, mas não se consegue distingui-lo. O conto possui tempo
cronológico ou psicológico?
26. ETAPA IV – DEPOIS DA LEITURA
Narrador é quem conta o fato. Pode ser em primeira pessoa, ou seja, conta
e participa da história, ou em terceira pessoa, isto é, somente conta e não
participa dos fatos. O conto lido está narrado em qual pessoa?
27. ETAPA IV– DEPOIS DA LEITURA
Enredo é aquilo que ocorreu e que está sendo narrado. Deve ter um
começo, um meio e um fim. Faça um pequeno resumo do conto.
(produção individual)
28. ETAPA IV – DEPOIS DA LEITURA
(Reescrita coletiva com intervenções da professora)
29. ETAPA IV – DEPOIS DA LEITURA
ATIVIDADE 3 – CONVITE
O convite geralmente é um texto destinado à pessoas conhecidas,
como amigos e familiares. Vamos relembrar quais itens um convite
precisa ter?
30. ETAPA IV– DEPOIS DA LEITURA
ATIVIDADE 4 – AGORA É SUA
VEZ!
Durante a leitura do texto,
você imaginou como seria o
convite da festa? Vamos criar?
(capa do convite)
31. ETAPA IV– DEPOIS DA LEITURA
ATIVIDADE 4 – AGORA É SUA
VEZ!
Durante a leitura do texto,
você imaginou como seria o
convite da festa? Vamos criar?
(interior do convite)
32. ETAPA IV – DEPOIS DA LEITURA
ATIVIDADE 5 - ENTREVISTA
Entrevista é uma conversa
entre duas ou mais pessoas (o
entrevistador e o entrevistado) em
que perguntas são feitas pelo
entrevistador
para
obter
informação do entrevistado.
O que você achou da façanha do
sapo? Se você pudesse entrevistálo, o que perguntaria? Elabore as
questões.
ATIVIDADE 6 - ENTREVISTA
Você já elaborou as
perguntas que gostaria de
fazer ao sapo, certo? Agora,
cada aluno receberá de seu
colega
as
questões
da
entrevista e você responderá
como o sapo. Lembre-se da
façanha que o bicho fez para ir
à festa. Faça com capricho.
34. ETAPA IV– DEPOIS DA LEITURA
ATIVIDADE 7 – O
REENCONTRO DO
SAPO E O URUBU
Passado
algum tempo, o sapo
e
o
urubu
se
reencontraram.
O
que você acha que
aconteceu?
Onde
eles estavam? O que
falaram um para
outro? Qual foi a
reação
de
cada
personagem? Vamos
escrever
uma
história sobre isso?
36. ETAPA III – DEPOIS DA LEITURA
(bilhete orientador)
37. ETAPA IV – DEPOIS DA LEITURA
(produção após o bilhete orientador)
38. RECURSOS
Textos: Conto Festa no Céu;
Cópias das atividades para leitura;
Folha sulfite;
Lápis;
Lápis de cor;
Sala de leitura.
39. AVALIAÇÃO
Os
alunos foram avaliados durante
toda a atividade da sequência
didática, por meio de intervenções,
observação do desempenho no
processo de leitura, produção,
revisão e reescrita.
40. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio de avaliações diagnósticas realizadas no início do primeiro
e segundo semestres deste ano letivo foi realizado um levantamento das
competências leitora e escritora dos alunos do 6º ano. O resultado
evidenciou a necessidade de uma ação imediata para recuperar a
defasagem na aprendizagem que envolva a competência para produzir
textos mais elaborados.
Como forma de ação, recebemos orientações em planejamento,
ATPCs e nas Orientações Técnicas das PCNPs de Língua Portuguesa
Joyce e Marina, as quais foram fundamentais para elaboração e aplicação
da sequência didática observando-se as competências a serem adquiridas
pelos alunos por meio das metodologias: estratégias de leitura, bilhete
orientador, intervenções dos professores da sala e auxiliar, debates,
escrita, revisão, reescrita.
Durante todo o processo de aprendizagem os alunos puderam
adquirir competências e habilidade antes não demonstradas, desta forma,
chega-se a conclusão que a sequência didática foi de fundamental
importância para que melhorassem a aprendizagem dos alunos. Como
resultado, podemos observar o progresso nas atividades de leitura, de
escrita, de revisão e reescrita dos alunos.