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ATIVIDADES NO ÂMBITO DO PROJETO DE EDUCAÇÃO SEXUAL
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O Projeto de Educação Sexual deve assumir como estrutura basilar a transdisciplinaridade e deve repre- sentar
a simbiose de várias áreas curriculares em torno de um eixo comum, a Educação Sexual.
Se a temática da reprodução é indispensável num projeto de Educação Sexual, a verdade é que ela extra-
vasa esses limites, pois é muito mais abrangente.
A definição de sexualidade pela Organização Mundial de Saúde dita que é «uma energia que nos motiva a
procurar o amor, o contacto, a ternura, a intimidade, que se integra no modo como nos sentimos, movemos,
tocamos e somos tocados; é ser sensual e ao mesmo tempo sexual, ela influencia pensamentos, sentimentos,
ações e interações com os outros e, por isso, influencia também a nossa saúde física e mental». Segundo esse
entendimento do termo, sexualidade é muito mais do que o ato sexual: também é sentimento, emoção, con-
jugação de sentidos e, sobretudo, expressão da identidade, da personalidade e da existência. Nesse sentido, a
disciplina de Português facilmente poderá inscrever-se no Projeto de Educação Sexual elaborado para a turma
e integrado no Plano de Educação para a Saúde, como a Lei n.º 60/2009 e 6 de agosto, regulamentada pela
Portaria n.º 196-A/2010 de 9 de abril, prevê.
Nesse sentido, a abordagem de temas associados à Educação Sexual inscreve-se na formação geral e global
dos alunos, preparando-os para a sua participação ativa e responsável em sociedade, conscientes de direitos e
de deveres e dotados de todos os conhecimentos que lhes permitirão garantir a prevenção.
De acordo com a supracitada Portaria n.º 196-A/2010 de 9 de abril, os conteúdos previstos para o 2.º Ciclo
do Ensino Básico, que deverão ser abordados em tempo não inferior a seis horas letivas (corres- pondentes a
nove tempos de 45 minutos ou mais), são os que abaixo se apresentam:
1. Puberdade – aspetos biológicos e emocionais;
2. O corpo em transformação;
3. Caracteres sexuais secundários;
4. Normalidade, importância e frequência das suas variantes biopsicológicas;
5. Diversidade e respeito;
6. Sexualidade e género;
7. Reprodução humana e crescimento; contraceção e planeamento familiar;
8. Compreensão do ciclo menstrual e ovulatório;
9. Prevenção dos maus tratos e das aproximações abusivas;
10. Dimensão ética da sexualidade humana.
Para colaboração do/a professor(a) da disciplina de Português com o/a coordenador(a) do projeto, apre-
sentamos três sugestões de atividades a dinamizar nas aulas da disciplina.
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ATIVIDADE 1
Conteúdos
Puberdade – aspetos biológicos e emocionais O corpo em
transformação
Interdisciplinaridade
Ciências Naturais
Tempo
45/50 minutos
1. Regista no teu caderno diário uma lista das transformações que tens observado no teu corpo e/ ou no
dos teus colegas.
2. Reúne à tua lista as conclusões dos teus colegas.
3. Conversa com os teus colegas acerca dessas transformações, distinguindo aquelas que vos
incomodam e as que vos fazem sentir bem.
4. Lê atentamente o texto apresentado.
Quinta-feira, 2 de abril
Hoje faço catorze anos! Recebi um fato de treino e uma bola de futebol do meu pai (ele é
completamente
1 insensível às minhas necessidades), um livro de carpintaria para rapazes da minha avó Mole (sem comen-
tários). Uma libra dentro de um cartão do meu avô Sugden (o último dos perdulários). O melhor de tudo
foram dez libras da minha mãe e cinco libras do Sr. Lucas (o dinheiro do remorso).
O Nigel mandou-me um cartão, a gozar. Dizia à frente: «Quem é que é sexy, inteligente e bonito?»
Lá
5
dentro dizia: «Tu não és, de certeza, pá!!!». O Nigel escreveu: «Sem ofensa, amigo.» Pôs dez pence
dentro do envelope.
O Bert Baxter mandou um cartão para a escola porque não sabe onde eu vivo. A letra dele é impecável,
acho que se chama «caligrafia». O cartão tinha uma fotografia de um lobo-d’alsácia na frente. Lá dentro, o
Bert tinha escrito: «Felicidades do Bert e do “Sabre”. P. S.: Esgoto completamente entupido». Dentro do 10
cartão vinha um vale de livros de dez xelins. O prazo de validade expirou em 1958, mas foi uma ideia
amável.
Até que enfim, já tenho catorze anos! Esta noite fartei-me de me ver ao espelho e acho que consigo
detetar uma certa maturidade (sem contar com a porcaria das borbulhas).
Sue TOWSEND (1993). O diário secreto de Adrian Mole aos 13 anos e ¾ (trad. Miguel Carvalho de Moura). Lisboa:
Difel
4.1 Indica qual a transformação que Adrian Mole tem vindo a sentir no seu corpo.
4.2 Explicita como se sente perante essa transformação.
4.3 O crescimento de Adrian Mole fá-lo ter tendência a olhar mais para a sua imagem ao espelho. O que pensas em relação a
essa atitude?
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ATIVIDADE 2
Conteúdos
Sexualidade e género
Dimensão ética da sexualidade humana
Interdisciplinaridade
Educação Musical
Tempo
45/50 minutos
1. Já alguma vez te sentiste apaixonado/a? Conversa com os teus colegas acerca da paixão e do amor,
de como se sentem ou sentiram e do que esses sentimentos mudam nas vossas vidas.
2. Lê a letra da canção «Pica do 7» da autoria de Miguel Araújo e celebrizada pela voz de António
Zambujo.
Na aula de Educação Musical, pede ao/à professor(a) para ouvires a canção e aprende a cantá-la juntamente com os teus
colegas.
2.1 Identifica o/a protagonista da história.
2.2 Indica por quem se apaixonou o/a protagonista.
2.3 Transcreve as expressões que indicam o que faz o/a protagonista para poder estar mais próximo/a da pessoa pela qual
se apaixonou.
2.4 Explicita como se sente o/a protagonista quando está perto do seu amado.
2.5 E tu, como te sentes quando estás perto da pessoa por quem estás apaixonado/a? Tens sinais físicos do sentimento
que estás a experienciar?
Pica do 7
De manhã cedinho
Eu salto do ninho e vou p’rá paragem
De bandolete à espera do 7
Mas não p’la viagem
Eu bem que não queria
Mas um certo dia vi-o passar
E o meu peito cético
Por um pica de elétrico voltou a sonhar
A cada repique
Que soa do clique d’aquele alicate
Num modo frenético
O peito cético toca a rebate
Se o trem descarrila
O povo refila e eu fico num sino
Pois um mero trajeto
No meu caso concreto é já o destino
Ninguém acredita no estado em que fica o meu coração
Quando o 7 me apanha
Até acho que a senha me salta da mão
Pois na carreira desta vida vã
Mais nada me dá a pica que o pica do 7 me dá
Que triste fadário que itinerário tão infeliz
Cruzar meu horário com o de um funcionário de um
trem da CARRIS
Se eu lhe perguntasse se tem livre passe para o peito de
alguém
Vá-se lá saber
talvez eu lhe oblitere o peito também
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ATIVIDADE 3
Conteúdos
Sexualidade e género
Dimensão ética da sexualidade humana
Interdisciplinaridade
Ciências Naturais
Tempo
45/50 minutos
1. Consideras que há uma idade estabelecida para conhecermos o amor? Porquê?
2. Na tua opinião, quem amas?
3. Lê atentamente o texto apresentado.
«Vénus?», perguntou o rapaz para a alga, esperando ouvir mais uma resposta enciclopédica, mas suplicando
que não fosse de sessenta e sete páginas, como a matéria do último teste de história.
«Sim. A estrela do amor!»
«O amor», suspirou o mexilhão e, abrindo as cascas de par em par, cantarolou baixinho, pleno de afinação:
«Ai, tu não vês o que o amor já fez.»
No balde, foi uma agitação. O mexilhão perdeu o tino e, à sua maneira, abriu as goelas e continuou, em tom
de tenor. O termómetro voltou a subir ao ponto de dar febre a qualquer pessoa que o consultasse, e naquele
ambiente, a alga abriu os seus braços ao cato e entregando-se pediu apenas algum jeitinho, porque tinha a pele
sensível, sendo que a estrela se juntou à paródia, fazendo olhinhos ao vocalista, que mal acabou a cançoneta não
tardou a retribuir-lhe com um beijinho embevecido.
«Ai, o amor. O amor põe-nos tão alto, tão acima», suspirou de igual modo a gaivota, levantando voo a uns
bons dez metros da terra, toda ela em deleite. «E quanto a ti, rapaz, quem amas tu?»
A pergunta apanhara-o de surpresa. Nunca fora confrontado com assunto tão delicado. E, verdade se diga, não
estava ali para isso. Mas a explicação chegou mais rápida do que todos chegaram a temer:
«Amar? Amo os meus pais, a minha casa, a praia!»
«Só?», questionou a estrela ainda muito embevecida com o bivalve que, afinal, bem se revelara um grande
pinga-amor. A vida revela-nos cada surpresa mais inesperada…
«Desculpa, mas não é “só”. É tanto!», esclareceu a alga, libertando os braços do companheiro, não sem antes
insistir que alguns dos seus picos ainda estavam ligeiramente ativos, balbuciando um incomodado «Apre!».
«Sim, tanto.» A gaivota tinha a mesma opinião. E só abriu mais o bico para, em jeito de achega, como quem
põe a asa por cima do ombro do rapaz, dizer ao estilo de confidência paternal:
«Sabes, um dia, quando cresceres, vais conhecer outras formas de amar!»
«Quando?», quis logo ele saber ansiosamente.
«Não te saberia responder nunca! Dá tempo ao tempo, rapaz. E faz como a estrela: segue Vénus. Ela nunca
deixará o teu coração sozinho!»
E, ouvindo isto, o mexilhão não resistiu a repetir a gracinha e, tomando fôlego para que a voz lhe não doesse,
recomeçou o rol das melodias românticas que de imediato deram azo a novo bailarico:
«Não podes apressar o amor, tens apenas de esperar.»
A gaivota levantou então voo, fazendo círculos como quem também dá um pezinho de valsa e, ganhando
embalo, partiu céu acima. O rapaz ainda a chamou de volta, mas quando olhou para a areia viu que ela lhe tinha
deixado como recordação uma pequena parte de si: uma pena.
Pedro STRECHT (2008). Gosto de ti como és. Lisboa: Assírio & Alvim
3.1 Escreve um texto, de 100 a 150 palavras, sobre as diferentes formas de amar. No final, lê-o em voz alta aos teus colegas.
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  • 1. 137 ATIVIDADES NO ÂMBITO DO PROJETO DE EDUCAÇÃO SEXUAL Volta e meia 5 www.raizeditora.pt VM5LP © RAIZ EDITORA O Projeto de Educação Sexual deve assumir como estrutura basilar a transdisciplinaridade e deve repre- sentar a simbiose de várias áreas curriculares em torno de um eixo comum, a Educação Sexual. Se a temática da reprodução é indispensável num projeto de Educação Sexual, a verdade é que ela extra- vasa esses limites, pois é muito mais abrangente. A definição de sexualidade pela Organização Mundial de Saúde dita que é «uma energia que nos motiva a procurar o amor, o contacto, a ternura, a intimidade, que se integra no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados; é ser sensual e ao mesmo tempo sexual, ela influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações com os outros e, por isso, influencia também a nossa saúde física e mental». Segundo esse entendimento do termo, sexualidade é muito mais do que o ato sexual: também é sentimento, emoção, con- jugação de sentidos e, sobretudo, expressão da identidade, da personalidade e da existência. Nesse sentido, a disciplina de Português facilmente poderá inscrever-se no Projeto de Educação Sexual elaborado para a turma e integrado no Plano de Educação para a Saúde, como a Lei n.º 60/2009 e 6 de agosto, regulamentada pela Portaria n.º 196-A/2010 de 9 de abril, prevê. Nesse sentido, a abordagem de temas associados à Educação Sexual inscreve-se na formação geral e global dos alunos, preparando-os para a sua participação ativa e responsável em sociedade, conscientes de direitos e de deveres e dotados de todos os conhecimentos que lhes permitirão garantir a prevenção. De acordo com a supracitada Portaria n.º 196-A/2010 de 9 de abril, os conteúdos previstos para o 2.º Ciclo do Ensino Básico, que deverão ser abordados em tempo não inferior a seis horas letivas (corres- pondentes a nove tempos de 45 minutos ou mais), são os que abaixo se apresentam: 1. Puberdade – aspetos biológicos e emocionais; 2. O corpo em transformação; 3. Caracteres sexuais secundários; 4. Normalidade, importância e frequência das suas variantes biopsicológicas; 5. Diversidade e respeito; 6. Sexualidade e género; 7. Reprodução humana e crescimento; contraceção e planeamento familiar; 8. Compreensão do ciclo menstrual e ovulatório; 9. Prevenção dos maus tratos e das aproximações abusivas; 10. Dimensão ética da sexualidade humana. Para colaboração do/a professor(a) da disciplina de Português com o/a coordenador(a) do projeto, apre- sentamos três sugestões de atividades a dinamizar nas aulas da disciplina.
  • 2. 138 ATIVIDADES NO ÂMBITO DO PROJETO DE EDUCAÇÃO SEXUAL Volta e meia 5 www.raizeditora.pt VM5LP © RAIZ EDITORA ATIVIDADE 1 Conteúdos Puberdade – aspetos biológicos e emocionais O corpo em transformação Interdisciplinaridade Ciências Naturais Tempo 45/50 minutos 1. Regista no teu caderno diário uma lista das transformações que tens observado no teu corpo e/ ou no dos teus colegas. 2. Reúne à tua lista as conclusões dos teus colegas. 3. Conversa com os teus colegas acerca dessas transformações, distinguindo aquelas que vos incomodam e as que vos fazem sentir bem. 4. Lê atentamente o texto apresentado. Quinta-feira, 2 de abril Hoje faço catorze anos! Recebi um fato de treino e uma bola de futebol do meu pai (ele é completamente 1 insensível às minhas necessidades), um livro de carpintaria para rapazes da minha avó Mole (sem comen- tários). Uma libra dentro de um cartão do meu avô Sugden (o último dos perdulários). O melhor de tudo foram dez libras da minha mãe e cinco libras do Sr. Lucas (o dinheiro do remorso). O Nigel mandou-me um cartão, a gozar. Dizia à frente: «Quem é que é sexy, inteligente e bonito?» Lá 5 dentro dizia: «Tu não és, de certeza, pá!!!». O Nigel escreveu: «Sem ofensa, amigo.» Pôs dez pence dentro do envelope. O Bert Baxter mandou um cartão para a escola porque não sabe onde eu vivo. A letra dele é impecável, acho que se chama «caligrafia». O cartão tinha uma fotografia de um lobo-d’alsácia na frente. Lá dentro, o Bert tinha escrito: «Felicidades do Bert e do “Sabre”. P. S.: Esgoto completamente entupido». Dentro do 10 cartão vinha um vale de livros de dez xelins. O prazo de validade expirou em 1958, mas foi uma ideia amável. Até que enfim, já tenho catorze anos! Esta noite fartei-me de me ver ao espelho e acho que consigo detetar uma certa maturidade (sem contar com a porcaria das borbulhas). Sue TOWSEND (1993). O diário secreto de Adrian Mole aos 13 anos e ¾ (trad. Miguel Carvalho de Moura). Lisboa: Difel 4.1 Indica qual a transformação que Adrian Mole tem vindo a sentir no seu corpo. 4.2 Explicita como se sente perante essa transformação. 4.3 O crescimento de Adrian Mole fá-lo ter tendência a olhar mais para a sua imagem ao espelho. O que pensas em relação a essa atitude?
  • 3. 139 ATIVIDADES NO ÂMBITO DO PROJETO DE EDUCAÇÃO SEXUAL Volta e meia 5 www.raizeditora.pt VM5LP © RAIZ EDITORA ATIVIDADE 2 Conteúdos Sexualidade e género Dimensão ética da sexualidade humana Interdisciplinaridade Educação Musical Tempo 45/50 minutos 1. Já alguma vez te sentiste apaixonado/a? Conversa com os teus colegas acerca da paixão e do amor, de como se sentem ou sentiram e do que esses sentimentos mudam nas vossas vidas. 2. Lê a letra da canção «Pica do 7» da autoria de Miguel Araújo e celebrizada pela voz de António Zambujo. Na aula de Educação Musical, pede ao/à professor(a) para ouvires a canção e aprende a cantá-la juntamente com os teus colegas. 2.1 Identifica o/a protagonista da história. 2.2 Indica por quem se apaixonou o/a protagonista. 2.3 Transcreve as expressões que indicam o que faz o/a protagonista para poder estar mais próximo/a da pessoa pela qual se apaixonou. 2.4 Explicita como se sente o/a protagonista quando está perto do seu amado. 2.5 E tu, como te sentes quando estás perto da pessoa por quem estás apaixonado/a? Tens sinais físicos do sentimento que estás a experienciar? Pica do 7 De manhã cedinho Eu salto do ninho e vou p’rá paragem De bandolete à espera do 7 Mas não p’la viagem Eu bem que não queria Mas um certo dia vi-o passar E o meu peito cético Por um pica de elétrico voltou a sonhar A cada repique Que soa do clique d’aquele alicate Num modo frenético O peito cético toca a rebate Se o trem descarrila O povo refila e eu fico num sino Pois um mero trajeto No meu caso concreto é já o destino Ninguém acredita no estado em que fica o meu coração Quando o 7 me apanha Até acho que a senha me salta da mão Pois na carreira desta vida vã Mais nada me dá a pica que o pica do 7 me dá Que triste fadário que itinerário tão infeliz Cruzar meu horário com o de um funcionário de um trem da CARRIS Se eu lhe perguntasse se tem livre passe para o peito de alguém Vá-se lá saber talvez eu lhe oblitere o peito também
  • 4. 140 ATIVIDADES NO ÂMBITO DO PROJETO DE EDUCAÇÃO SEXUAL Volta e meia 5 www.raizeditora.pt VM5LP © RAIZ EDITORA ATIVIDADE 3 Conteúdos Sexualidade e género Dimensão ética da sexualidade humana Interdisciplinaridade Ciências Naturais Tempo 45/50 minutos 1. Consideras que há uma idade estabelecida para conhecermos o amor? Porquê? 2. Na tua opinião, quem amas? 3. Lê atentamente o texto apresentado. «Vénus?», perguntou o rapaz para a alga, esperando ouvir mais uma resposta enciclopédica, mas suplicando que não fosse de sessenta e sete páginas, como a matéria do último teste de história. «Sim. A estrela do amor!» «O amor», suspirou o mexilhão e, abrindo as cascas de par em par, cantarolou baixinho, pleno de afinação: «Ai, tu não vês o que o amor já fez.» No balde, foi uma agitação. O mexilhão perdeu o tino e, à sua maneira, abriu as goelas e continuou, em tom de tenor. O termómetro voltou a subir ao ponto de dar febre a qualquer pessoa que o consultasse, e naquele ambiente, a alga abriu os seus braços ao cato e entregando-se pediu apenas algum jeitinho, porque tinha a pele sensível, sendo que a estrela se juntou à paródia, fazendo olhinhos ao vocalista, que mal acabou a cançoneta não tardou a retribuir-lhe com um beijinho embevecido. «Ai, o amor. O amor põe-nos tão alto, tão acima», suspirou de igual modo a gaivota, levantando voo a uns bons dez metros da terra, toda ela em deleite. «E quanto a ti, rapaz, quem amas tu?» A pergunta apanhara-o de surpresa. Nunca fora confrontado com assunto tão delicado. E, verdade se diga, não estava ali para isso. Mas a explicação chegou mais rápida do que todos chegaram a temer: «Amar? Amo os meus pais, a minha casa, a praia!» «Só?», questionou a estrela ainda muito embevecida com o bivalve que, afinal, bem se revelara um grande pinga-amor. A vida revela-nos cada surpresa mais inesperada… «Desculpa, mas não é “só”. É tanto!», esclareceu a alga, libertando os braços do companheiro, não sem antes insistir que alguns dos seus picos ainda estavam ligeiramente ativos, balbuciando um incomodado «Apre!». «Sim, tanto.» A gaivota tinha a mesma opinião. E só abriu mais o bico para, em jeito de achega, como quem põe a asa por cima do ombro do rapaz, dizer ao estilo de confidência paternal: «Sabes, um dia, quando cresceres, vais conhecer outras formas de amar!» «Quando?», quis logo ele saber ansiosamente. «Não te saberia responder nunca! Dá tempo ao tempo, rapaz. E faz como a estrela: segue Vénus. Ela nunca deixará o teu coração sozinho!» E, ouvindo isto, o mexilhão não resistiu a repetir a gracinha e, tomando fôlego para que a voz lhe não doesse, recomeçou o rol das melodias românticas que de imediato deram azo a novo bailarico: «Não podes apressar o amor, tens apenas de esperar.» A gaivota levantou então voo, fazendo círculos como quem também dá um pezinho de valsa e, ganhando embalo, partiu céu acima. O rapaz ainda a chamou de volta, mas quando olhou para a areia viu que ela lhe tinha deixado como recordação uma pequena parte de si: uma pena. Pedro STRECHT (2008). Gosto de ti como és. Lisboa: Assírio & Alvim 3.1 Escreve um texto, de 100 a 150 palavras, sobre as diferentes formas de amar. No final, lê-o em voz alta aos teus colegas. 1 5 10 15 20 25 30