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Aula 02 
Sistemas construtivos ttrraaddiicciioonnaaiiss 
nnoo BBrraassiill
AAuullaa 0022 0. INTRODUÇÃO 
ARQUITETURA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
Frente à grande diversidade das culturas indígenas no 
Brasil, seria impossível estudar cada uma em particular, 
devido também (e principalmente) à precariedade dos 
dados disponíveis. 
Uma tradição construtiva singular não significa que 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA resulte em uma única solução arquitetônica. Com o 
passar do tempo e o ganho de experiência, o constante 
aumento no domínio dos materiais e das técnicas 
percorreu um caminho inevitável no qual as formas 
arquétipas deram origem a uma série de variantes, 
resultando num número incontável de soluções.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
0. INTRODUÇÃO 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Muitos tipos de aldeias podem 
ser encontrados entre as tribos, 
apesar de algumas terem 
desaparecido ou mudado 
devido ao contato com colonos 
invasores.
ARQUITETURA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
ALDEIA 
HABITAÇÃO 
oca / maloca 
AAuullaa 0022 0. INTRODUÇÃO 
1 2 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA técnicas 
construtivas 
3 4 
materiais de 
construção
ARQUITETURA INDÍGENA NO BRASIL ALDEIA 
AAuullaa 0022 
1 PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL
As formas de organização das aldeias indígenas são 
distintas de um povo para outro: 
®algumas tribos preferem construir suas aldeias em 
forma de ferradura 
®outras optam pela forma circular 
®outros, ainda, constroem uma única habitação 
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
coletiva 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Os Zo'é vivem nas profundezas da floresta amazônica e 
constroem casas no meio de suas roças, onde cultivam 
vegetais e frutas como a mandioca e a banana.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
Aldeia Xavante 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
Aldeia Enawene-Nawé 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
A forma mais simples de organização da aldeia é da casa 
unitária, em que toda a tribo vive num só teto. 
®índios TUCANOS, habitantes na fronteira entre o 
Brasil e a Colômbia 
®índios PANO, habitantes do Alto Solimões 
®índios YANOMAMI, habitantes na fronteira entre o 
Brasil e a Venezuela 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
®índios MARUBOS, habitantes da Área Indígena 
Vale do Javari
aldeias yanomami 
“... havia uma única construção. O centro era utilizado 
para os trabalhos, cerimônias e danças; os quartos eram 
dispostos num círculo completo. Para evitar invasores, 
havia apenas uma entrada, que podia ser fechada por 
painéis.” (VAN LENGEN, 2013, pg. 36) 
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Aldeia Yanomami.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
A forma mais comum de assentamentos indígenas são as 
aldeias formadas por várias construções. 
O número de casas varia de tribo para tribo, porém 
todas estão dispostas de modo que cerquem a praça. 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
A praça pode ser: 
®externa: circular ou quadrada 
®interna: o centro de uma grande maloca 
Aldeia Tupinambá. 
Ilustração de Van 
Lengen. 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
aldeia bororo 
“Mesmo nos acampamentos temporários, o centro é 
constituído por uma grande cabana retangular – a 
casa dos homens, a oficina e a sala de cerimônias, que 
serve também como dormitório dos solteiros. As casas 
familiares são distribuídas numa circunferência da qual 
a casa dos homens é o centro.” (VAN LENGEN, 2013, pg. 29) 
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
Aldeia 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Bororo
aldeia bororo 
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
aldeias tirió 
“Como em todos os 
outros lugares, os 
Tiriós cercam a 
aldeia com hortas e, 
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
um pouco mais 
distante, com a 
floresta.” (VAN LENGEN, 
2013, pg. 30) 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
aldeias tirió 
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
®sítio plano 
®localizado na parte mais alta para facilitar a drenagem 
do terreno 
®distante não mais do que 1000 metros de um curso 
d’água 
®não pode ser adjacente à água – para evitar ataques 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
surpresa, pois o barulho da água poderia ocultar uma 
aproximação 
®o chão deve ser argiloso – para danças e cerimônias 
- chão arenoso ou rochoso machuca o pé 
®as hortas circundam a aldeia 
- mandioca, batata-doce, araruta
aldeias xerente 
“Os Xerente usam um sistema de grupos norte e sul e o 
plano semicircular original assumiu um formato de 
ferradura com o acréscimo em cada metade de um 
grupo externo. Há uma casa central dos solteiros e cada 
um dos grupos tem seu próprio local de reuniões dentro 
da circunferência.” (VAN LENGEN, 2013, pg. 34) 
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Diagrama da aldeia 
mostrando dois grupos 
familiares (moeity) e a 
relação deles com o rio.
aldeias xerente 
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
SISTEMA DE HIERARQUIA CIRCULAR 
1. tribo 
2. grupos aliados 
3. inimigos 
4. invasores ou colonos 
5. sol & lua 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
“Os Timbiras consideram o formato circular de suas 
aldeias como umas das expressões mais genuínas de sua 
cultura. Enquanto mantiverem a sua consciência étnica, 
não viverão em disposições não circulares, sabendo que 
o formato original de suas aldeias era perfeito para a 
sua organização social e cerimonial.” (VAN LENGEN, 2013, 
pg. 45) 
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
aldeias xavante Prof. Lila Donato 
1. Rua do dia 
2. Rua da noite 
3. Área das reuniões 
4. Área dos rapazes 
5. Cabana das crianças 
6. Área de maquiagem 
7. Caminho para as hortas 
8. Cemitério 
9. Caminho para a área de 
banho
aldeias tupinambás (e guaranis) 
“... formadas por quatro a oito casas retangulares, 
agrupadas ao redor de uma praça quadrada. A maior 
parte delas era fortificada com uma cerca dupla ou 
tripla e vários fossos, cheios de lanças um pouco 
queimadas.” (VAN LENGEN, 2013, pg. 30) 
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
Aldeia guarani 
(segundo Viveiros de 
Castro) 
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
PRAÇA Prof. Lila Donato
“Quando os missionários 
começaram a interferir nas 
culturas indígenas, logo 
perceberam que precisariam 
modificar o significado dos 
círculos, Fizeram isso forçando as 
casas a serem construídas em 
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
uma disposição linear, com uma 
capela ao fim. 
“Mas mesmo agora, se pedirmos 
a um índio, que vive num 
sistema linear, para desenhar 
sua aldeia, ele fará um desenho 
circular.” (VAN LENGEN, 2013, pg. 35) 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Sistema de hierarquia linear.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA – como ela é formada? 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
acampamentos provisórios 
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
Em algumas regiões a migração ocorria regularmente de 
2 em 2 anos ou de 5 em 5 anos. 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
“As principais ocorrências de mudanças em um curto 
tempo eram a quantidade de baratas ou o aumento 
de sepulturas dentro das malocas. Especialmente a 
proliferação de insetos forçava as pessoas a queimar 
todas as suas casas depois de alguns anos.” (VAN LENGEN, 
2013, pg. 35)
acampamentos provisórios 
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
® guerra 
®abandono do litoral®ocupação no interior 
®clima: 
- estação seca – próximas às margens dos rios; 
- estação chuvosa – mudança para terras mais 
altas. 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
®fertilidade do solo: 
- após alguns anos novas áreas ao redor da aldeia 
têm de ser desmatadas para preparação de novas 
hortas; 
- esse padrão se repete até que a distância entre 
as plantações se torne muito grande®a aldeia é 
abandonada e uma nova é construída em outro 
local
AAuullaa 0022 
migrações & materiais Prof. Lila Donato 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
1. A ALDEIA 
®floresta®savana: 
- continuar usando a folha da palmeira 
®margens dos rios®terras mais altas: 
- continuar construíndo casas sobre palafitas 
®floresta tropical: 
- abundância de árvores de pequeno porte, fáceis 
de dobrar, perfeitas para montar estruturas 
pequenas e temporárias
ARQUITETURA INDÍGENA NO BRASIL HABITAÇÃO 
oca / maloca 
AAuullaa 0022 
2 PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
“... a habitação indígena é a 
entidade física onde a cultura e 
todas as expressões que a 
envolvem são praticadas.”
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO 
definições: 
MALOCA: casa comunal familiar. 
OCA: ninho de beija-flor que inspirou a forma das 
moradias. 
Maloca Wanano na comunidade 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Caruru Cachoeira, alto rio 
Uaupés.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Ocas indígenas.
“Durante a construção 
da casa, na qual os 
vizinhos ajudavam e 
que mais tinha 
aspecto de uma 
alegre festa do que de 
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO 
um trabalho árduo, 
homens e mulheres 
trabalhavam juntos, 
embora tivessem 
algumas tarefas 
diferentes.” (VAN 
LENGEN, 2013, pg. 49) 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO 
atividade h m 
- escolher a planta ¨ * 
- limpar a área * ¨ 
- cortar a madeira ¨ 
- juntar material para os nós das estrutruras ¨ 
- erguer a estrutura ¨ 
- juntar e transportar sapê ¨ * 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
- juntar e transportar folhas de palmeira ¨ 
- confeccionar os maços ¨ * 
- erguer os maços ¨ * 
- colocar a cobertura do teto ¨ 
¨sempre feito tanto por mulheres como por homens 
* participação quando necessária
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO 
A maloca não é uma simples moradia comunitária, é 
também um espaço fundamental para a realização 
dos rituais. 
Seu desenho interno tem significados especiais, 
permitindo reviver as grandes cerimonias, a trajetória 
primordial dos antepassados, conhecida através dos 
mitos de origem das nossas sociedades. 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Durante muitos anos essas construções foram alvos de 
ataques por parte dos missionários, resultando em seu 
completo abandono pelas comunidades situadas no 
lado brasileiro. 
Atualmente vêm sendo recuperadas em alguns locais. 
in: http://www.foirn.org.br/destaques/as-malocas-2/
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO – uso do espaço 
“A maloca não era dividida em zonas de atividade, 
mas sim climáticas. As atividades eram executadas nos 
lugares com a temperatura naturalmente ou 
artificialmente adequada.” (VAN LENGEN, 2013, pg. 44) 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Planta baixa de uma maloca típica do alto rio Negro.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO – uso do espaço 
1. porta principal 
2. porta menor 
3. área de alimentação 
4. banco longo para assistir às 
danças 
5. pote com bebida cerimonial 
6. selo do dançarino principal 
7. fogueira do caçique e sua 
família 
8. fogueira do filho mais velho 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
9. fogueira do filho mais novo 
10. plataforma para o pai 
11. plataforma do filho mais 
velho 
12. plataforma da esposa do 
filho mais novo 
13. panela para secagem da 
mandioca 
14. pote e pilão
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO 
índios kaingang 
“Onde quer que as mulheres se sentem e acendam o 
fogo, aí o acampamento é montado. Nesse 
acampamento temporário, todos dormem 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
aconchegados uns nos outros com os pés virados para o 
fogo. A “casa” é normalmente montada em meia hora 
e consiste em uma simples estrutura deita de folhas e 
madeira.” (VAN LENGEN, 2013, pg. 42)
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO 
Além dos abrigos temporários dos índios Kaingang, 
outras tribos também têm suas técnicas e tipologias para 
edificação de abrigos temporários, que são usados em 
temporadas de caça ou durante as viagens. 
a. tronco de árvore vivo 
b. paus menores, retos 
c. galhos semi-circulares 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO 
a b 
planta baixa 
circular 
planta baixa 
elíptica 
c d 
planta baixa 
planta baixa 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
antropomorfa 
semi-elíptica 
planta baixa 
retangular 
planta baixa 
poligonal 
e f
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO – planta baixa circular 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Casa Xavante – planta baixa circular, corte e fachada.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO – planta baixa circular 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Casa Tiriyó – planta baixa circular.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO – planta baixa circular 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Casa Tiriyó – planta baixa circula; fachadas e cortes.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO – planta baixa elíptica 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Casa Tiriyó – planta baixa elíptica.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO – planta baixa elíptica 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Casa Tiriyó – planta baixa elíptica; cortes e fachadas.
2. A HABITAÇÃO 
planta baixa 
semi-elíptica Prof. Lila Donato 
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
Casa Tiriyó: 
planta baixa semi-elíptica; 
cortes.
2. A HABITAÇÃO 
planta baixa 
semi-elíptica Prof. Lila Donato 
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
Casa Tiriyó: 
planta baixa semi-elíptica; 
cortes e 
fachadas.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO – planta baixa semi-elíptica 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Casa-aldeia Tukâno: planta baixa semi-elíptica.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO – planta baixa semi-elíptica 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Casa-aldeia Tukâno: planta baixa semi-elíptica; cortes e 
fachadas.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO – casa antropomorfa 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Casa Xinguana – antropomorfismo; planta e corte.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO – casa antropomorfa 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Casa Xinguana – antropomorfismo; fachadas.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO 
casa retangular 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Casa Tiriyó – planta 
baixa retangular.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO 
casa retangular 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Casa Karajá (antiga) – 
planta baixa retangular.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO – casa retangular 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Casa Karajá – planta baixa retangular.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO 
casa retangular 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Casa Tapirapé – planta baixa retangular.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO – casa retangular 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Casa Tapirapé – planta baixa retangular; cortes e fachadas
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO – planta baixa poligonal 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Casa-aldeia Yanomami – planta baixa poligonal; encaibramento.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO – planta baixa poligonal 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Casa-aldeia Yanomami – planta baixa poligonal; corte e vistas.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO – planta baixa poligonal 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Casa-aldeia Yanomami – planta baixa decagonal; 
encaibramento.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
2. A HABITAÇÃO – planta baixa poligonal 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Casa-aldeia Marúbo – planta baixa pdecagonal; corte e vista 
longitudinais.
AAuullaa 0022 
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2. A HABITAÇÃO – planta baixa poligonal 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Casa-aldeia Marúbo – planta baixa pdecagonal; corte e vista 
transversais.
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MATERIAIS DE 
CONSTRUÇÃO 
AAuullaa 0022 
3 
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AARRQQUUIITTEETTUURRAA
AAuullaa 0022 
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3. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
®as técnicas e materiais empregados se assemelham 
entre as tribos 
®diferenças na forma de aplicar 
®adaptação em relação à região climática na qual a 
tribo esta inserida: 
• materiais semelhantes, porém diferentes em sua 
composição natural 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Içamento das folhas a serem fixadas aos caibros. Os 
modos de amarrá-las varia de acordo com a 
inclinação do telhado ou da parte em que vão ficar 
as folhas, como os cantos ou a cumeeira.
AAuullaa 0022 
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3. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
MADEIRAS 
FOLHAS 
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FIBRAS
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3. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
folhas de 
PALMEIRA 
fibra do 
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CIPÓ 
fibra do 
SAPÉ
ARQUITETURA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
TÉCNICAS 
CONSTRUTIVAS 
AAuullaa 0022 
4 
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AARRQQUUIITTEETTUURRAA
AAuullaa 0022 
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4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS 
materiais 
diferentes 
condições 
meteorológicas 
diferentes 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
variação no emprego da tecnologia
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
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AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
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4. TÉCNICAS 
CONSTRUTIVAS 
ampliação... 
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4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS 
ampliação... Prof. Lila Donato
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4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS 
• Exemplo de habitação com 
paredes separadas do 
telhado. 
• Uso de vigas longitudinais 
colocadas de par em par. 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
• Exemplo de habitação com 
estrutura única parede/ 
telhado. 
• Os postes internos também 
são utilizados para amarrar 
redes e pendurar comida, 
afastando-a do chão.
AAuullaa 0022 
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4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
• Exemplo 1: 
estruturas menores. 
Aberta. 
• Exemplo 2: 
estruturas maiores. 
Aberta. 
• Exemplo 3: 
estruturas maiores. 
Fechada.
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4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS 
Shabono: 
a grande casa-aldeia da tribo Yanomami 
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4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS 
Shabono: 
a grande casa-aldeia da 
tribo Yanomami 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS – amarração e encaixes 
definições: 
AMARRAÇÃO: conjunto de procedimentos técnicos para 
fixação dos diferentes elementos construtivos – de 
estrutura ou de revestimento. 
®entrelaçamento das peças em madeira feito com 
cipó 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
®encaixe lateral: os paus são ligeiramente escavados 
para a obtenção de melhor ajustamento 
®encaixe de topo: quando uma peça horizontal é fixada 
acima de outra vertical 
®as diferentes técnicas podem ser usadas ao mesmo 
tempo
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS – amarração e encaixes 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS 
amarração e encaixes 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS 
A disposição das folhas é uma tarefa importante. Chuvas 
fortes são freqüentes, logo a cobertura deve estar bem 
entrelaçada para que se torne impermeável. 
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AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS – amarração e encaixes 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
Fixação de painéis: 
A1) Folhas de palmeira entrelaçadas sobre a cumeeira. Utilização 
de grampos 
A2) Revestimento parietal em líber. Enlace com cipós. 
B) Revestimento em folhas de palmeira (vista interna). Enlace com 
cipós.
AAuullaa 0022 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS – amarração e encaixes 
Revestimentos de sapé. Prof. Lila Donato 
Revestimentos de palmeira.
AAuullaa 0022 
ARQUITETURA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 
BIBLIOGRAFIA 
• STADEN, Hans. Viagem ao Brasil. RJ: Academia Brasileira, 1930. 
• VAN LENGEN, Johan. Arquitetura dos índios da amazônia. SP: B4 
Editores, 2013. 
•WEIMER, Günter. Evolução da arquitetura indígena. in: Artigos, 
13/05/2014. 
SITES 
PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 
AARRQQUUIITTEETTUURRAA http://www.foirn.org.br/ 
http://historiadaartedaarquiteturaedacidade1.blogspot.com.br/2011/09/cult 
ura-indigena-no-brasil-as-aldeias.html 
http://arquitetofala.blogspot.com.br/2011/12/arquitetura-indigena-no-brasil. 
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Sistemas construtivos tradicionais no brasil - arquitetura indígena.

  • 1. Aula 02 Sistemas construtivos ttrraaddiicciioonnaaiiss nnoo BBrraassiill
  • 2. AAuullaa 0022 0. INTRODUÇÃO ARQUITETURA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL Frente à grande diversidade das culturas indígenas no Brasil, seria impossível estudar cada uma em particular, devido também (e principalmente) à precariedade dos dados disponíveis. Uma tradição construtiva singular não significa que PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo AARRQQUUIITTEETTUURRAA resulte em uma única solução arquitetônica. Com o passar do tempo e o ganho de experiência, o constante aumento no domínio dos materiais e das técnicas percorreu um caminho inevitável no qual as formas arquétipas deram origem a uma série de variantes, resultando num número incontável de soluções.
  • 3. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 4. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 0. INTRODUÇÃO PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Muitos tipos de aldeias podem ser encontrados entre as tribos, apesar de algumas terem desaparecido ou mudado devido ao contato com colonos invasores.
  • 5. ARQUITETURA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL ALDEIA HABITAÇÃO oca / maloca AAuullaa 0022 0. INTRODUÇÃO 1 2 PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo AARRQQUUIITTEETTUURRAA técnicas construtivas 3 4 materiais de construção
  • 6. ARQUITETURA INDÍGENA NO BRASIL ALDEIA AAuullaa 0022 1 PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL
  • 7. As formas de organização das aldeias indígenas são distintas de um povo para outro: ®algumas tribos preferem construir suas aldeias em forma de ferradura ®outras optam pela forma circular ®outros, ainda, constroem uma única habitação AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA coletiva PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 8. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Os Zo'é vivem nas profundezas da floresta amazônica e constroem casas no meio de suas roças, onde cultivam vegetais e frutas como a mandioca e a banana.
  • 9. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA Aldeia Xavante PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 10. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA Aldeia Enawene-Nawé PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 11. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 12. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 13. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA A forma mais simples de organização da aldeia é da casa unitária, em que toda a tribo vive num só teto. ®índios TUCANOS, habitantes na fronteira entre o Brasil e a Colômbia ®índios PANO, habitantes do Alto Solimões ®índios YANOMAMI, habitantes na fronteira entre o Brasil e a Venezuela PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo ®índios MARUBOS, habitantes da Área Indígena Vale do Javari
  • 14. aldeias yanomami “... havia uma única construção. O centro era utilizado para os trabalhos, cerimônias e danças; os quartos eram dispostos num círculo completo. Para evitar invasores, havia apenas uma entrada, que podia ser fechada por painéis.” (VAN LENGEN, 2013, pg. 36) AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 15. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Aldeia Yanomami.
  • 16. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA A forma mais comum de assentamentos indígenas são as aldeias formadas por várias construções. O número de casas varia de tribo para tribo, porém todas estão dispostas de modo que cerquem a praça. PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 17. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA A praça pode ser: ®externa: circular ou quadrada ®interna: o centro de uma grande maloca Aldeia Tupinambá. Ilustração de Van Lengen. PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 18. aldeia bororo “Mesmo nos acampamentos temporários, o centro é constituído por uma grande cabana retangular – a casa dos homens, a oficina e a sala de cerimônias, que serve também como dormitório dos solteiros. As casas familiares são distribuídas numa circunferência da qual a casa dos homens é o centro.” (VAN LENGEN, 2013, pg. 29) AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 19. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA Aldeia PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Bororo
  • 20. aldeia bororo AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 21. aldeias tirió “Como em todos os outros lugares, os Tiriós cercam a aldeia com hortas e, AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA um pouco mais distante, com a floresta.” (VAN LENGEN, 2013, pg. 30) PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 22. aldeias tirió AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA ®sítio plano ®localizado na parte mais alta para facilitar a drenagem do terreno ®distante não mais do que 1000 metros de um curso d’água ®não pode ser adjacente à água – para evitar ataques PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo surpresa, pois o barulho da água poderia ocultar uma aproximação ®o chão deve ser argiloso – para danças e cerimônias - chão arenoso ou rochoso machuca o pé ®as hortas circundam a aldeia - mandioca, batata-doce, araruta
  • 23. aldeias xerente “Os Xerente usam um sistema de grupos norte e sul e o plano semicircular original assumiu um formato de ferradura com o acréscimo em cada metade de um grupo externo. Há uma casa central dos solteiros e cada um dos grupos tem seu próprio local de reuniões dentro da circunferência.” (VAN LENGEN, 2013, pg. 34) AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Diagrama da aldeia mostrando dois grupos familiares (moeity) e a relação deles com o rio.
  • 24. aldeias xerente AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA SISTEMA DE HIERARQUIA CIRCULAR 1. tribo 2. grupos aliados 3. inimigos 4. invasores ou colonos 5. sol & lua PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 25. “Os Timbiras consideram o formato circular de suas aldeias como umas das expressões mais genuínas de sua cultura. Enquanto mantiverem a sua consciência étnica, não viverão em disposições não circulares, sabendo que o formato original de suas aldeias era perfeito para a sua organização social e cerimonial.” (VAN LENGEN, 2013, pg. 45) AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 26. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA aldeias xavante Prof. Lila Donato 1. Rua do dia 2. Rua da noite 3. Área das reuniões 4. Área dos rapazes 5. Cabana das crianças 6. Área de maquiagem 7. Caminho para as hortas 8. Cemitério 9. Caminho para a área de banho
  • 27. aldeias tupinambás (e guaranis) “... formadas por quatro a oito casas retangulares, agrupadas ao redor de uma praça quadrada. A maior parte delas era fortificada com uma cerca dupla ou tripla e vários fossos, cheios de lanças um pouco queimadas.” (VAN LENGEN, 2013, pg. 30) AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 28. Aldeia guarani (segundo Viveiros de Castro) AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA PRAÇA Prof. Lila Donato
  • 29. “Quando os missionários começaram a interferir nas culturas indígenas, logo perceberam que precisariam modificar o significado dos círculos, Fizeram isso forçando as casas a serem construídas em AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA uma disposição linear, com uma capela ao fim. “Mas mesmo agora, se pedirmos a um índio, que vive num sistema linear, para desenhar sua aldeia, ele fará um desenho circular.” (VAN LENGEN, 2013, pg. 35) PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Sistema de hierarquia linear.
  • 30. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA – como ela é formada? PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 31. acampamentos provisórios AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA Em algumas regiões a migração ocorria regularmente de 2 em 2 anos ou de 5 em 5 anos. PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo “As principais ocorrências de mudanças em um curto tempo eram a quantidade de baratas ou o aumento de sepulturas dentro das malocas. Especialmente a proliferação de insetos forçava as pessoas a queimar todas as suas casas depois de alguns anos.” (VAN LENGEN, 2013, pg. 35)
  • 32. acampamentos provisórios AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA ® guerra ®abandono do litoral®ocupação no interior ®clima: - estação seca – próximas às margens dos rios; - estação chuvosa – mudança para terras mais altas. PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo ®fertilidade do solo: - após alguns anos novas áreas ao redor da aldeia têm de ser desmatadas para preparação de novas hortas; - esse padrão se repete até que a distância entre as plantações se torne muito grande®a aldeia é abandonada e uma nova é construída em outro local
  • 33. AAuullaa 0022 migrações & materiais Prof. Lila Donato AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 1. A ALDEIA ®floresta®savana: - continuar usando a folha da palmeira ®margens dos rios®terras mais altas: - continuar construíndo casas sobre palafitas ®floresta tropical: - abundância de árvores de pequeno porte, fáceis de dobrar, perfeitas para montar estruturas pequenas e temporárias
  • 34. ARQUITETURA INDÍGENA NO BRASIL HABITAÇÃO oca / maloca AAuullaa 0022 2 PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL “... a habitação indígena é a entidade física onde a cultura e todas as expressões que a envolvem são praticadas.”
  • 35. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO definições: MALOCA: casa comunal familiar. OCA: ninho de beija-flor que inspirou a forma das moradias. Maloca Wanano na comunidade PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Caruru Cachoeira, alto rio Uaupés.
  • 36. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Ocas indígenas.
  • 37. “Durante a construção da casa, na qual os vizinhos ajudavam e que mais tinha aspecto de uma alegre festa do que de AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO um trabalho árduo, homens e mulheres trabalhavam juntos, embora tivessem algumas tarefas diferentes.” (VAN LENGEN, 2013, pg. 49) PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 38. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO atividade h m - escolher a planta ¨ * - limpar a área * ¨ - cortar a madeira ¨ - juntar material para os nós das estrutruras ¨ - erguer a estrutura ¨ - juntar e transportar sapê ¨ * PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo - juntar e transportar folhas de palmeira ¨ - confeccionar os maços ¨ * - erguer os maços ¨ * - colocar a cobertura do teto ¨ ¨sempre feito tanto por mulheres como por homens * participação quando necessária
  • 39. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO A maloca não é uma simples moradia comunitária, é também um espaço fundamental para a realização dos rituais. Seu desenho interno tem significados especiais, permitindo reviver as grandes cerimonias, a trajetória primordial dos antepassados, conhecida através dos mitos de origem das nossas sociedades. PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Durante muitos anos essas construções foram alvos de ataques por parte dos missionários, resultando em seu completo abandono pelas comunidades situadas no lado brasileiro. Atualmente vêm sendo recuperadas em alguns locais. in: http://www.foirn.org.br/destaques/as-malocas-2/
  • 40. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO – uso do espaço “A maloca não era dividida em zonas de atividade, mas sim climáticas. As atividades eram executadas nos lugares com a temperatura naturalmente ou artificialmente adequada.” (VAN LENGEN, 2013, pg. 44) PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Planta baixa de uma maloca típica do alto rio Negro.
  • 41. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO – uso do espaço 1. porta principal 2. porta menor 3. área de alimentação 4. banco longo para assistir às danças 5. pote com bebida cerimonial 6. selo do dançarino principal 7. fogueira do caçique e sua família 8. fogueira do filho mais velho PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo 9. fogueira do filho mais novo 10. plataforma para o pai 11. plataforma do filho mais velho 12. plataforma da esposa do filho mais novo 13. panela para secagem da mandioca 14. pote e pilão
  • 42. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO índios kaingang “Onde quer que as mulheres se sentem e acendam o fogo, aí o acampamento é montado. Nesse acampamento temporário, todos dormem PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo aconchegados uns nos outros com os pés virados para o fogo. A “casa” é normalmente montada em meia hora e consiste em uma simples estrutura deita de folhas e madeira.” (VAN LENGEN, 2013, pg. 42)
  • 43. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 44. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 45. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 46. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO Além dos abrigos temporários dos índios Kaingang, outras tribos também têm suas técnicas e tipologias para edificação de abrigos temporários, que são usados em temporadas de caça ou durante as viagens. a. tronco de árvore vivo b. paus menores, retos c. galhos semi-circulares PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 47. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO a b planta baixa circular planta baixa elíptica c d planta baixa planta baixa PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo antropomorfa semi-elíptica planta baixa retangular planta baixa poligonal e f
  • 48. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO – planta baixa circular PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Casa Xavante – planta baixa circular, corte e fachada.
  • 49. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO – planta baixa circular PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Casa Tiriyó – planta baixa circular.
  • 50. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO – planta baixa circular PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Casa Tiriyó – planta baixa circula; fachadas e cortes.
  • 51. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO – planta baixa elíptica PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Casa Tiriyó – planta baixa elíptica.
  • 52. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO – planta baixa elíptica PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Casa Tiriyó – planta baixa elíptica; cortes e fachadas.
  • 53. 2. A HABITAÇÃO planta baixa semi-elíptica Prof. Lila Donato AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL Casa Tiriyó: planta baixa semi-elíptica; cortes.
  • 54. 2. A HABITAÇÃO planta baixa semi-elíptica Prof. Lila Donato AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL Casa Tiriyó: planta baixa semi-elíptica; cortes e fachadas.
  • 55. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO – planta baixa semi-elíptica PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Casa-aldeia Tukâno: planta baixa semi-elíptica.
  • 56. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO – planta baixa semi-elíptica PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Casa-aldeia Tukâno: planta baixa semi-elíptica; cortes e fachadas.
  • 57. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO – casa antropomorfa PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Casa Xinguana – antropomorfismo; planta e corte.
  • 58. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO – casa antropomorfa PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Casa Xinguana – antropomorfismo; fachadas.
  • 59. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO casa retangular PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Casa Tiriyó – planta baixa retangular.
  • 60. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO casa retangular PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Casa Karajá (antiga) – planta baixa retangular.
  • 61. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO – casa retangular PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Casa Karajá – planta baixa retangular.
  • 62. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO casa retangular PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Casa Tapirapé – planta baixa retangular.
  • 63. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO – casa retangular PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Casa Tapirapé – planta baixa retangular; cortes e fachadas
  • 64. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO – planta baixa poligonal PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Casa-aldeia Yanomami – planta baixa poligonal; encaibramento.
  • 65. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO – planta baixa poligonal PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Casa-aldeia Yanomami – planta baixa poligonal; corte e vistas.
  • 66. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO – planta baixa poligonal PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Casa-aldeia Yanomami – planta baixa decagonal; encaibramento.
  • 67. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO – planta baixa poligonal PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Casa-aldeia Marúbo – planta baixa pdecagonal; corte e vista longitudinais.
  • 68. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 2. A HABITAÇÃO – planta baixa poligonal PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Casa-aldeia Marúbo – planta baixa pdecagonal; corte e vista transversais.
  • 69. ARQUITETURA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO AAuullaa 0022 3 PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo AARRQQUUIITTEETTUURRAA
  • 70. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 3. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO ®as técnicas e materiais empregados se assemelham entre as tribos ®diferenças na forma de aplicar ®adaptação em relação à região climática na qual a tribo esta inserida: • materiais semelhantes, porém diferentes em sua composição natural PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Içamento das folhas a serem fixadas aos caibros. Os modos de amarrá-las varia de acordo com a inclinação do telhado ou da parte em que vão ficar as folhas, como os cantos ou a cumeeira.
  • 71. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 3. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MADEIRAS FOLHAS PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo FIBRAS
  • 72. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 3. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO folhas de PALMEIRA fibra do PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo CIPÓ fibra do SAPÉ
  • 73. ARQUITETURA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL TÉCNICAS CONSTRUTIVAS AAuullaa 0022 4 PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo AARRQQUUIITTEETTUURRAA
  • 74. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS materiais diferentes condições meteorológicas diferentes PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo variação no emprego da tecnologia
  • 75. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 76. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 77. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ampliação... PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 78. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ampliação... Prof. Lila Donato
  • 79. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS • Exemplo de habitação com paredes separadas do telhado. • Uso de vigas longitudinais colocadas de par em par. PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo • Exemplo de habitação com estrutura única parede/ telhado. • Os postes internos também são utilizados para amarrar redes e pendurar comida, afastando-a do chão.
  • 80. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo • Exemplo 1: estruturas menores. Aberta. • Exemplo 2: estruturas maiores. Aberta. • Exemplo 3: estruturas maiores. Fechada.
  • 81. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Shabono: a grande casa-aldeia da tribo Yanomami PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 82. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Shabono: a grande casa-aldeia da tribo Yanomami PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 83. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS – amarração e encaixes definições: AMARRAÇÃO: conjunto de procedimentos técnicos para fixação dos diferentes elementos construtivos – de estrutura ou de revestimento. ®entrelaçamento das peças em madeira feito com cipó PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo ®encaixe lateral: os paus são ligeiramente escavados para a obtenção de melhor ajustamento ®encaixe de topo: quando uma peça horizontal é fixada acima de outra vertical ®as diferentes técnicas podem ser usadas ao mesmo tempo
  • 84. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS – amarração e encaixes PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 85. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS amarração e encaixes PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 86. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS A disposição das folhas é uma tarefa importante. Chuvas fortes são freqüentes, logo a cobertura deve estar bem entrelaçada para que se torne impermeável. PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo
  • 87. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS – amarração e encaixes PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo Fixação de painéis: A1) Folhas de palmeira entrelaçadas sobre a cumeeira. Utilização de grampos A2) Revestimento parietal em líber. Enlace com cipós. B) Revestimento em folhas de palmeira (vista interna). Enlace com cipós.
  • 88. AAuullaa 0022 AARRQQUUIITTEETTUURRAA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL 4. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS – amarração e encaixes Revestimentos de sapé. Prof. Lila Donato Revestimentos de palmeira.
  • 89. AAuullaa 0022 ARQUITETURA IINNDDÍÍGGEENNAA NNOO BBRRAASSIILL BIBLIOGRAFIA • STADEN, Hans. Viagem ao Brasil. RJ: Academia Brasileira, 1930. • VAN LENGEN, Johan. Arquitetura dos índios da amazônia. SP: B4 Editores, 2013. •WEIMER, Günter. Evolução da arquitetura indígena. in: Artigos, 13/05/2014. SITES PPrrooff.. LLiillaa DDoonnaattoo AARRQQUUIITTEETTUURRAA http://www.foirn.org.br/ http://historiadaartedaarquiteturaedacidade1.blogspot.com.br/2011/09/cult ura-indigena-no-brasil-as-aldeias.html http://arquitetofala.blogspot.com.br/2011/12/arquitetura-indigena-no-brasil. html