O documento discute a evolução das espécies e as principais teorias evolucionistas. Apresenta os pensamentos de Lamarck, Darwin e Wallace, que foram pioneiros na proposta da evolução através da seleção natural e herança de características adquiridas. Também aborda experimentos iniciais sobre a origem da vida e a refutação da geração espontânea.
2. O que é a Teoria da
Evolução?
Evolucionismo: S.m.1. Doutrina filosófica ou
científica baseada na ideia de evolução .
Evolução: s. f. 1. Passagem sucessiva das
coisas, pessoas, acontecimentos etc. 2. Movimento
de deslocação gradual e progressivo em
determinada direção. 10. Biol. Processo de
transformação progressiva de uma população, com
mudança na sua composição genética, durante
sucessivas gerações, como resultado da seleção
natural, e que leva à constituição de uma nova
espécie.
-Aurélio Buarque de Holanda-
4. Desde a Grécia até os dias atuais tenta-se explicar a origem da vida.
Existiu em época remota o confronto de duas visões de naturezas bem
distintas. Construídas para explicar a história do planeta Terra, com
seus mares e montanhas, e todos os seres vivos que nele
habitam, inclusive o homem. Estudiosos criaram um intenso debate
nos séculos XVIII e XIX, com o fixismo e o evolucionismo.
O fixismo como o próprio nome já
diz, defendia a ideia de que as
espécies são fixas, isto é não sofrem
transformações ao longo do tempo.
Essa era a visão até o séc.
XVIII, quando então surgiu uma nova
visão: o Evolucionismo, que pregava a
ideia de uma constante transformação
da natureza, e que aos poucos
começou a se impor no meio
científico.
Segundo o Criacionismo, as
espécies foram originadas por
criação divina e, como tal, são
perfeitas e
estáveis, mantendo-se fixas
ao longo dos tempos. Essa é
uma teoria fixista.
5. O surgimento da vida
Segundo os materialistas:
Geração Espontânea
Segundo os materialistas, tudo que não tivesse
materialidade deveria ser descartado como falso. Se
todo ser vivo se origina de outro ser vivo, como
explicar o surgimento do primeiro ser vivo? Através
da antiga tese da geração espontânea, existente
desde a antiguidade na qual a vida poderia surgir da
matéria bruta.
6. O surgimento de vermes em pedaços de
carne apodrecida era considerado uma
evidência da geração espontânea. Pois ali
os vermes nasciam espontaneamente.
Francesco Redi (1626-1697) provou pelo
experimento que isso era falso. Deixou a
carne apodrecer em três
potes, destampado, tampado e coberto
com gaze. Com isso concluiu que só
surgiam vermes por causa das moscas que
entravam no pote. Os vermes eram
originários das moscas.
Em 1745, Jhon Needham colocou diversos
sucos, como caldo de galinha e extratos
vegetais em tubos de ensaio e aqueceu
brandamente para matar microorganismos.
Depois fechou e aqueceu novamente.
Verificou no microscópio depois de um
tempo, haviam surgido microorganismos. A
maior contestação a esse experimento foi
feita por um padre Spallazani, que disse que
o tubo inicialmente não foi aquecido o
suficiente para matar todos os
microorganismos.
9. Sobre a vida de Lamarck
Jean Baptiste Lamarck nasceu no dia 1 de agosto de 1744 na cidade de Bazentin
(França) e faleceu no ano de 1829, em Paris. Foi um importante biólogo, pois seus
estudos contribuíram muito para a sistematização dos conhecimentos da História
Natural.
Foi Lamarck quem começou a usar o termo “biologia” para designar a ciência que
estuda os seres vivos. Foi este cientista também que fundou os estudos de
paleontologia dos invertebrados.
Originário da baixa nobreza (daí o título de 'chevalier'), Lamarck pertenceu ao
exército, interessou-se por história natural e escreveu uma obra de vários volumes
sobre a flora da França. Conde de Buffon –importante cientista da época- indicou
lamarck para o Museu de História Natural, em Paris. Depois de ter trabalhado
durante vários anos com plantas, Lamarck foi nomeado curador dos invertebrados .
Antes de 1800, ele era um essencialista que acreditava que as espécies eram
imutáveis. Mas graças ao seu trabalho sobre os moluscos da Bacia de Paris, ficou
convencido da transmutação das espécies ao longo do tempo, e desenvolveu a
sua teoria da evolução (apresentada ao público em 1809 na sua Philosophie
Zoologique).
10. Inicialmente Lamarck era fixista
e não acreditava na geração
espontânea. Sob influência do
Iluminismo e outros movimentos
da época, Lamarck foi o primeiro
a criar uma teoria evolucionista.
No ano em que nascia
Darwin, Lamarck propôs sua
teoria. Segundo ele, uma grande
mudança no ambiente provocaria
na espécie a necessidade de se
modificar, o que levaria a ter ou
desenvolver novos hábitos.
Para ele o ambiente tinha o
“poder” de provocar
modificações adaptativas nos
seres vivos.
11. Lei do Uso e Desuso
Afirmava que se para viver em um
ambiente fosse preciso usar muito um
orgão, aquele orgão
hipertofiaria, enquanto o os orgãos e
partes não usadas atrofiaria até
desaparecer com o passar do tempo.
Lei da Herança dos
Caracteres Adquiridos
Esta lei postulava que qualquer
aquisição benéfica seria transmitida
aos seus descendentes, que assim
passariam de geração em geração.
As membranas existentes entre
as nadadeira de aves eram
decorrentes da necessidade que
elas tinham de nadar.
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13. CHARLES DARWIN (1809-1882)
Charles Darwin (1809 - 1882) foi um naturalista inglês, nascido em
Shrewsbury e um notável cientista do Séc. XIX. É conhecido por ser o
autor da teoria da evolução das espécies, através da seleção natural.
A vida religiosa não lhe agradou e alguns anos depois
ele aceitou um convite para tornar-se membro de
uma expedição científica. Darwin passou cinco anos
navegando pela costa do Pacífico e pela América do
sul, aportando em quase todos os locais, inclusive no
Brasil.
Logo depois, Darwin foi chamado para tornar-se
geólogo, botânico e zoologista.
Darwin deixou sua cidade com 16 anos, para estudar Medicina na
Universidade de Edinburgh.Porém, o pai de Charles o obrigou a
mudar de caminho, e ir para a Universidade de
Cambridge, para tornar-se clérigo da Igreja da Inglaterra.
14. CHARLES DARWIN (1809-1882)
Charles continuou escrevendo sobre a sobrevivência
das espécies, morreu com 73 anos, e foi sepultado
na Abadia de Westminster
Em todos lugares que passou, Darwin reuniu grandes
coleções de rochas, plantas e animais (fósseis e vivos), que
foram enviados à Inglaterra. A partir disso, Charles deu
início a sua obra "Origem das Espécias".
Logo depois, nasceu à famosa doutrina darwinista da
seleção natural, da luta pela sobrevivência ou da
sobrevivência do mais apto - pedra fundamental do seu
livro, que foi publicada em 1859, sob muitas críticas.
15. Origem das espécies por meio
da Seleção Natural
“Após observação prolongada e contínua dos hábitos
dos animais, e das plantas, ocorreu-me prontamente que
naquelas circunstâncias, as variações favoráveis
tenderiam a ser preservadas, e as desfavoráveis, a ser
destruídas. O resultado disso seria a formação de novas
espécies” Darwin
As modificações do ambiente- por
exemplo, escassez de comida- poderiam levar a
uma luta pela vida e por consequência a uma
seleção natural: os indivíduos mais aptos
sobreviveriam e os menos aos poucos iriam
desaparecendo sem deixar descendentes.
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19. Sobre a vida de wallace
Alfred Russel Wallace nasceu em Usk, Monmouthshire, na
Inglaterra, em 8 de janeiro de 1823 e morreu em
Broadstone, Dorset, também na Inglaterra, a 7 de novembro de 1913.
Trabalhou, inicialmente, como topógrafo e arquiteto. Por volta de
1840 começou a interessar-se por botânica. Em 1848, iniciou viagem
pelo Amazonas, ali permanecendo até 1850. A valiosa coleção
acumulada nessa expedição foi consumida pelo fogo na viagem de
volta, embora Wallace tenha conservado as anotações que lhe
permitiram escrever um livro sobre a Amazônia.
Viajou depois extensamente - entre 1854 e 1862 - pelo arquipélago
malaio. Depois, fixou-se em seu país, dedicando-se a pesquisas
científicas que divulgou em grande número de livros.
20. Teoria de Wallace
A evolução das espécies:
Em 1858, numa reunião da Sociedade Linneana de Londres, é
apresentado conjuntamente um resumo da teoria de Darwin sobre
a evolução das espécies e um ensaio de Wallace sobre o mesmo
assunto, tomando como base a seleção natural.
O trabalho de Wallace, Sobre a tendência das variedades de se
afastar indefinidamente do tipo original, foi depois publicado em
livro, com outros ensaios, em 1870.
Em 1869, Wallace divulgou o resultado da ampla pesquisa feita no
arquipélago malaio, onde investigou a distribuição geográfica dos
animais e assinalou a diferença de exemplares encontrados nas
regiões oriental e austral do arquipélago, por ele separadas através
de uma linha imaginária: aWallace's line.
21. OBRAS
Obras
O primeiro livro de Wallace foi Narrativa de
viagens pelo Amazonas e o Rio Negro (1853).
Nesse, como em O arquipélago malaio, de
1869, o naturalista apresenta os resultados de
suas excursões e estudos nas duas regiões.
Em 1870, divulga Contribuições para a teoria da
seleção natural.
Seu livro Distribuição geográfica dos animais, de
1876.
As críticas de Wallace a Darwin,
tanto pela seleção natural como
pela seleção sexual, foram
reunidas no livro Darwinismo, de
1889.
Alfred Russel Wallace recebeu, em
1892, a Medalha de Ouro da
Sociedade Linneana, prêmio que
se concede, todos os anos, a um
botânico ou zoólogo cujo trabalho
tenha importância significativa
para o avanço da ciência.
22. REFERÊNCIAS
• http://www.planetabio.com/origem.html
• http://www.planetabio.com/evolucionistas.html
• http://www.todabiologia.com/pesquisadores/lamarck.htm
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Baptiste_de_Lamarck
• http://pensador.uol.com.br/autor/charles_darwin/biografia/
• DARWIN;Charles: “A Origem das espécies” São Paulo, Folha de São Paulo, 2010.
Coleção: Livros que mudaram o mundo. 368 pág’s
• Stefoff, Rebecca
Charles Darwin: a revolução da evolução / Rebecca Stefoff; tradução Laura Teixeira
Motta-São Paulo: Companhia das Letras, 2007
• UZUNIAN, Armênio e BIRNER, Ernesto. Biologia 3. Edição n° 2. São Paulo: editora
Harbra. 538 p.
• Braga, Marco Darwin
e o pensamento evolucionista / Marco Braga, Andréia Guerra, José Cláudio Reis. –
São Paulo : Atual, 2003. – (Ciência no tempo)
• BUARQUE DE HOLANDA, AURÉLIO. Dicionário Aurélio: da língua portuguesa.
Edicão n° 5. Curitiba: Positivo, 2010. 2272 p.