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" A importância dos exames
bioquímicos na prática clínica"
Profa. Cristiane Rocha
Bioquímica
- (bios «vida» + kymos «química») - É uma ciência que
estuda principalmente as reações químicas dos processos
biológicos que ocorrem em todos os seres vivos.
Profa. Cristiane Rocha
O conhecimento da bioquímica é essencial
a todas as ciências da vida
Genética
Fisiologia
Imunologia
Farmacologia e
farmácia
Toxicologia
Patologia
Microbiologia
Botânica
Zoologia
Bioquímica
Biologia
celular e
molecular
Profa. Cristiane Rocha
Qual é a importância da bioquímica
nos exames laboratoriais ?
Profa. Cristiane Rocha
A importância dos exames
laboratoriais
- Os exames laboratoriais além de colaborar com o
diagnóstico, também tem um papel muito importante
dentro da medicina preventiva,os exames laboratoriais
quando bem realizados tem colaborado bastante em
várias patologias.
- Por muitas vezes determina o caminho que o clínico
deve seguir;
Profa. Cristiane Rocha
Importante :
1) No entendimento e manutenção da saúde;
2) No entendimento e no tratamento eficiente de
doenças.
Profa. Cristiane Rocha
Laboratório de BioquímicaLaboratório de Bioquímica
ClínicaClínica
Profa. Cristiane Rocha
Profa. Cristiane Rocha
- Os exames bioquímicos são exames
complementares que devem ser analisados em
conjunto com outros exames, como o hemograma e a
urinálise, para auxiliarem o diagnóstico clínico;
- Várias determinações bioquímicas simultâneas são
importantes para a avaliação da função de um ou
mais sistemas do organismo.
Profa. Cristiane Rocha
Qual é a importância dos exames
bioquímicos ?
Profa. Cristiane Rocha
Exames Bioquímicos
Objetivos:
- Confirmar um diagnóstico;
- Proporcionar diretrizes em relação aos
cuidados com o paciente;
- Estabelecer prognóstico;
- Monitorar terapias medicamentosas;
- Detectar patologias.
Profa. Cristiane Rocha
Os testes de bioquímica compreendem
mais de um terço de todas as
investigações laboratoriais de um
hospital
Profa. Cristiane Rocha
Laboratório Clínico
“ A qualidade do resultado de um exame
laboratorial começa a ser construída
no momento da coleta”
Profa. Cristiane Rocha
- Cuidado desde o ato de coletar, passando pelo momento de
obtenção da amostra e levando-se em conta o tempo e todas
as alterações possíveis que ocorrer na amostra obtida até o
momento em que ela será processada, isto é, quando o exame
for realizado.
- Utilização de métodos analíticos adequados e aparelhagem e
instrumental propícios, recursos humanos treinado na técnica
e nos fundamentos científicos, segurança, informatização,
etc...
Qualidade dos resultados
Profa. Cristiane Rocha
- Interferência nas provas laboratoriais:
• Características do teste – metodologia adequada, fatores
técnicos e medicamentosos
• Obtenção, controle e conservação da amostra
• Armazenamento da amostra
• Valores de referência/ Valores desejáveis/Normais
Análises bioquímicas
Profa. Cristiane Rocha
Quais amostras são usadas para as
análises bioquímicas?
Profa. Cristiane Rocha
Principais grupos de exames
laboratoriais bioquímicos
- Os exames laboratoriais mais comuns incluem:
1) Dosagens de eletrólitos: Sódio, potássio,bicarbonato, cloreto, cálcio,
fosfato e magnésio;
2) Função renal: uréia e creatinina;
3) Função hepática: bilirrubina e as enzimas marcadoras hepáticas;
4) Glicose plasmática;
5) Lipídios: colesterol total, triglicerídeos, lipoproteínas;
6) Exames endócrinos: hormônios da tireóide, cortisol, gonadotrofinas e
esteróides, hormônios hipofisários;
7) Marcadores tumorais;
8) Fármacos (medicamentos);
9) Análises toxicológicas;
10) Marcadores cardíacos
Coleta de sangue
Profa. Cristiane Rocha
1) Coleta
Coleta de Sangue
- Aspectos a serem considerados antes da coleta:
a) Uso de medicamentos (pode modificar o verdadeiro resultado de um
exame bioquímico)
- Algumas drogas elevam e outras diminuem o valor real do exame
Ex: Glicocorticóides (efeito hiperglicemiante); Vitamina C (propriedade
redutora), Aspirina, Anticoncepcionais e Antibióticos alteram os
valores de alguns exames, sendo indicado, em alguns casos, a
suspensão da droga antes de coletar o material.
Lembrar de sempre informar à recepção o uso de toda e qualquerLembrar de sempre informar à recepção o uso de toda e qualquer
medicação que estiver utilizando.medicação que estiver utilizando.
b) Dieta prévia
A ingestão predominante de certos alimentos influi nos
resultados de exame de laboratório
Ex: Dieta rica em proteína (uréia elevada)
c) Jejum
Toda vez que um exame bioquímico de sangue for solicitado
em caráter de não urgência, é bastante aconselhável e muitas
vezes indispensável que o paciente faça jejum, por um período
de tempo, cerca de 12 a 14 horas, durante o qual não há, em
geral, necessidade de restrição de água
Significa a não ingestão de alimentos ou líquidos como sucos, leite
etc. É permitido a ingestão de pequena quantidade de água como um copo
de 200 ml.
Jejum não obrigatório
Hemograma, Bilirrubina, Coagulograma, Grupo Sanguíneo + Fator Rh, TSH,
Cloro, Creatinina, YGT, Sódio, Potássio, TGO, TGP, Prolactina.
Jejum obrigatório de 4 horas
Testosterona Total e Livre, Progesterona, T3, T4, Amilase, Uréia, Ácido
Úrico, FTA-ABS (detectar sífilis - teste de absorção de anticorpos por
fluorescência para treponema)
Jejum
Jejum obrigatório de 8 horas
Lipase, Complemento Sérico, Chagas, Mucoproteínas, FAN (é um exame
laboratorial ,que serve para diagnosticar distúrbios auto-imunes como: lúpus
eritematoso (LES), Esclerose sistêmica progressiva (ESP), Doença mista dos
tecidos conjuntivos (DMTC) e Síndrome de Sjogren ), Rubéola, Látex (é teste
sorológico que tem como função identificar a presença do fator reumatóide (FR)
um grupo de auto-anticorpos das classes IgG, IgM e IgA, para a identificação
prévia do processo patológico típico da artrite reumatóide (AR), Colesterol Total,
Glicose, Frutosamina (este exame é capaz de apresentar o controle glicêmico das
últimas 4 a 6 semanas).
Jejum obrigatório de 12 horas
Colesterol HDL, LDL, VLDL, Triglicérides, Lipídios totais, Gastrina, Eletroforese
de Lipoproteína, Lítio.
d) Horário
-Padronização em relação ao ritmo circadiano (hormônios)
-Padronização em relação à atividade física
e) Estado emocional
-Estados de estresse e ansiedade podem provocar distúrbios no
equilíbrio ácido-base, aumentando os níveis de lactato, ácidos graxos livres,
curva glicêmica, gasometria arterial em uma criança chorando, etc., é
conveniente estarmos relaxados nos momentos que antecedem e durante a
coleta sanguínea.
f) Postura
Certas proteínas e alguns elementos ligados a elas, podem sofrer
variações quando um indivíduo adota uma postura ereta após um período
de reclinação, como o Cortisol, Tiroxina, Hematócrito.
g) Esforço Físico
Exercícios intensos (subir escadas, correr, andar de bicicleta, nadar, etc.)
feitos até 2 dias antes de efetuar a coleta de sangue podem alterar
significativamente o resultado de alguns exames como: Glicose, CK,
LDH, Lactato, Creatinina, Fatores de Coagulação.
h) Fumo
O fumo pode comprometer alguns exames como Lípase, Amilase, Colesterol,
Glicose, Hemoglobina, Metahemoglobina e Carboxihemoglobina.
i) Álcool
A ingestão de bebidas alcoólicas até 48 horas antes de se coletar o
sangue provoca alterações importantes nas concentrações de
diversos elementos, tais como: Colesterol, Glicose, TGO, TGP,
Fosfatase Alcalina, Triglicérides, Ácido Úrico, Gama GT, etc.
j) Relações Sexuais
O ato sexual é prejudicial ao espermograma e ao PSA, necessitando de
um período de abstinência de no mínimo 3 dias (lembrar que o sexo é
um esforço físico).
2) Relativos à amostra a ser obtida
2.1) Manuseio da amostra
2.2) Material para a punção (tubos a vácuo, seringas, etc...)
2.3) Recipientes para receber o sangue
a) Obtenção do soro
b) Obtenção do plasma ou sangue total (anticoagulantes)
Profa. Cristiane Rocha
Qual é a diferença entre soro e
plasma?
Profa. Cristiane Rocha
Obtenção de soro (sem
anticoagulantes)
Anticoagulantes
Alguns utilizados na clínica:
Coleta de urina
Profa. Cristiane Rocha
URINA
Preparação do paciente:
• Uso de medicamentos;
• Higiene da genitália externa;
• Coleta (EAS – exame de elementos anormais e Urina de 24 horas);
• Recipiente para colocação da amostra;
• Identificação do material colhido;
• Tempo decorrido entre a coleta e a realização do exame, transporte,
contaminação e decomposição do material a ser analisado.
Profa. Cristiane Rocha
-A urina fornece informações sobre muitas das principais funções
metabólicas do organismo.
-Podem ocorrer grandes variações na concentração dessas substâncias,
devida á influência de fatores como a ingestão alimentar, atividade física, o
metabolismo orgânico, a função endócrina e até mesmo a posição do corpo.
-Outras substâncias encontradas são hormônios, vitaminas e medicamentos.
Embora não fazendo parte do filtrado plasmático original, a urina também
pode conter elementos como células, cristais, muco e bactérias. Quantidades
aumentadas destes elementos muitas vezes são indícios de doença. O
volume de urina depende da quantidade de água excretada pelos rins.
Exame físico
- Volume
- Cor
- Aspecto
- Reação de pH
- Densidade
Profa. Cristiane Rocha
Exame químico qualitativo
Tiras reagentes
- Pesquisam: glicose, corpos cetônicos, bilirrubina,
urobilinogênio, proteína, hemoglobina e determinam
pH. Algumas indicam a densidade, mas com precisão
discutível
- Detecção de hCG (gonadotropina coriônica humana)
- Obs: Há aparelhos computadorizados, que medem a
absorvância nas tiras reagentes e fornecem as
diversas taxas dos elementos eliminados na urina.
Testes na urina
Proteínas – pelo ácido sulfossalicílico;
Glicose – Reativo de Benedict;
Urobilinogênio – Reativo de Ehrlich.
Profa. Cristiane Rocha
Coleta de fezes
Profa. Cristiane Rocha
EXAMES DE FEZES:
O exame de rotina de fezes compreende as análises macroscópicas, microscópicas e
bioquímicas para a detecção precoce de sangramento gastrintestinal, distúrbios
hepáticos e dos ductos biliares e síndromes de malabsorção. De igual valor diagnóstico
são a detecção e identificação das bactérias patogênicas e parasitas.
A coleta de fezes tem recomendações especiais, segundo as finalidades do exame a
que se destinam.
As principais finalidades do exame de fezes são:
• O estudo das funções digestivas
• A dosagem da gordura fecal
• As pesquisas de sangue oculto
• A pesquisa de ovos e parasitas
• A coprocultura.
Profa. Cristiane Rocha
Profa. Cristiane Rocha
Cálculo Renal
A análise físico-química do cálculo renal é de grande importância clínica na
orientação preventiva da calculose. São avaliados os aspectos macroscópicos,
como tamanho, cor, forma, consistência, além da análise bioquímica, na qual
são identificados os elementos presentes. Os elementos freqüentemente
encontrados são oxalato de cálcio, ácido úrico, fosfato amoníaco magnesiano e,
mais raramente, cistina.
Análise do líquor
Para análise qualitativa, o líquor é comumente obtido por punção lombar. Uma
amostra de líquor é freqüentemente obtida durante outros testes neurológicos.
Líquido cefalorraquidiano (LCR)
 
Líquido aquoso, incolor e transparente encontrado nos ventrículos cerebrais, e ao
redor da medula espinhal.  
Objetivos:
- Diagnóstico de infecções (por exemplo, bacteriana, micobacteriana, fúngica, viral,
protozoária), certas doenças inflamatórias (esclerose múltipla, síndrome de Guillain-
Barre, vasculite), hemorragia subaracnóidea, carcinomatose leptomeníngea.
- Administração de medicação intratecal (corticosteróides,antibióticos e agentes
quimioterápicos), contraste radiológico ou como via para administração de
anestésicos.
- Terapêutico, particularmente na hipertensão intracraniana benigna (pseudotumor
cerebri), para a redução de pressão de LCR e exames laboratoriais.
Profa. Cristiane Rocha
Momento de punção
Profa. Cristiane Rocha
Distúrbios Bioquímicos e Doenças que
Alteram os Exames Bioquímicos
Profa. Cristiane Rocha
=
Muitas doenças ocorrem por alterações
bioquímicas:
Exemplos:
1) Mutações ou ausência de proteínas e enzimas;
Anemia falciforme
Agregação Protéica
Mutação pontual
Ex: Anemia falciforme
mutação
Hemoglobina – cadeia
β
Os genes γ, δ , e β são encontrados
no cromossomo 11
Normal
• forma de disco
• flexibilidade
• facilidade de fluir através dos pequenos vasos
sanguineos
• vida : 120 dias
Falciforme
• forma de foice
• rígida
• com frequência obstrue pequenos vasos
sanguineos
• vida : 10 a 20 dias
Profa. Cristiane Rocha
Processo fisiopatológico de falcização
2) Metabólitos formados em excesso e acumulados
no organismo:
Artrite gotosa
icterícia
Ácido úrico
bilirrubina
3) Excesso ou deficiência de hormônios;
Síndrome de Cushing
Excesso de cortisol
Pé diabético (excesso
de glicose no sangue)
Diabetes
Profa. Cristiane Rocha
aterosclerose
4) Deficiências no metabolismo de lipídeos
Acúmulo de colesterol -
hipercolesterolemia
- Aproximadamente 400 mil pessoas morrem anualmente
no Brasil de doenças cardiovasculares; O equivale a
1.095 óbitos por dia, 45 por hora e quase dois a cada
minuto;
- Nos Estados Unidos, calcula-se mais de meio milhão o
número de óbitos devido a elas, sendo a aterosclerose a
principal causa.
Quais são os responsáveis pela formação da placa de
ateroma?
O que ocasiona a aterosclerose?
Por que a formação de trombos ?
Existem colesterol bom e colesterol ruim?
A formação da placa de ateroma acredita-se ser uma
resposta inflamatória crônica da parede arterial
despertada por algum tipo de agente que causa
lesão na parede do vaso.
Agentes como: hiperlipedimia, vírus, toxinas,
bactérias, hipertensão, fumo e agressão
autoimune.
Aterogênese
As placas de ateroma são obstruções fixas dos vasos
sanguíneos que levam à isquemia
Isquemia – Caracterizada não somente por insuficiência de
oxigênio, mas também pela não chegada de nutrientes as
células e remoção inadequada de metabólitos de excreção;
Parede vascular
LDL modificada
Derivatização - glicosilação
de apo B 100
Oxidação - degradação de
apo B 100 por superóxidos
Os macrófagos captam a LDL oxidada
formando as células esponjosas
Macrófago Célula Espumosa
Espécies ativas do
oxigênio Vitaminas
LDL oxidada
LDL
H2O2, etc. E, C, A
-+
Papel da LDL na Aterosclerose

Células espumosas
Profa. Cristiane Rocha
Migração celular
Componentes da placa
Profa. Cristiane Rocha
Placa de ateroma que causava a obstrução, retiradaPlaca de ateroma que causava a obstrução, retirada
pela cirurgiapela cirurgia
Dosagens de lipídeos
Profa. Cristiane Rocha
Análise das proteínas e
lipoproteínas
1) Eletroforese
A eletroforese de proteínas (EFP) no soro é uma técnica simples para separar as
proteínas do soro.
Lipidograma
↑ VLDL ↑ VLDL
↑ Quilomícrons
Classificaçã
o segundo
Frederikson
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
• É uma síndrome clínica resultante do fluxo arterial
coronariano deficiente para uma área do miocárdio,
ocasionando morte celular e necrose;
• É caracterizado por dor intensa e prolongada, por alterações
eletrocardiográficas agudas e por aumento da concentração
plasmática de certas enzimas e proteínas da células
miocárdia, denominadas marcadores bioquímicos do IAM.
Segundo o clássico critério da Organização Mundial da
Saúde (OMS) para diagnóstico do IAM, são necessários
dois dos três elementos seguintes:
1. uma história de dor no peito do tipo isquêmica;
2. modificações evolutivas nos traçados eletrocardiográficos obtidos em
séries;
3. elevação plasmática dos marcadores cardíacos.
Enzimologia
Enzimas e a Clínica Médica
Além do papel central das enzimas na
bioquímica, a atividade das enzimas no
sangue fornece informações importantes
para o diagnóstico de doenças.
O perfil da atividade de enzimas no soro
está relacionado à processos
patológicos.
Profa. Cristiane Rocha
ENZIMAS
• São proteínas que podem proceder de diversos órgãos e
espaços celulares, estando solúveis ou fixadas à membrana
celular, com função de catalisar determinadas reações.
• Numerosas enzimas intra e extracelulares podem ser dosadas
em soro ou plasma humano. As enzimas intracelulares dotadas
de maior importância prática para o diagnóstico clínico estão
presentes em quase todas as células corporais. Entretanto, em
cada órgão, encontram-se concentrações diferentes, ou seja,
cada órgão possui um perfil enzimático que lhe é característico
e que o distingue dos outros.
Não-plasma específicas
Produzidas pelas células durante o metabolismo celular
normal. São enzimas intracelulares, sem função fisiológica no
plasma.
Enzimas das glândulas endócrinas
Orgãos que libertam enzimas quando lesados
•Fígado
•Coração Nem sempre o ↑ das enzimas quer dizer necrose celular
•Pâncreas
•Osso
•Próstata
•Músculo esquelético
•Células sanguíneas
Liberação de enzimas a partir de células
normais e de células doentes ou
expostas a um trauma
Profa. Cristiane Rocha
Enzimas não-plasma específicas
↑ Atividade de enzimas intracelulares no plasma
Estado patológico
Extravasamento
por lesão
tecidual
Extravasamento
por alteração de
permeabilidade
da membrana
A determinação das atividades de muitas enzimas no plasma é utilizada para
fins diagnósticos em várias doenças.
O grau de elevação da atividade enzimática no plasma pode auxiliar na
avaliação do prognóstico do paciente.
Em termos de diagnóstico deve-se considerar que:
• a proporção das enzimas varia de tecido para tecido
• tempo de aparecimento destas no plasma é diferente
Diagnóstico específico
Valor diagnóstico
limitado
↑ Concentração no plasma
Distribuição tecidual ampla
Distribuição tecidual
restrita a um ou a
poucos tecidos
COMO PROCEDER PARA LOCALIZAR A
LESÃO
• Medir as enzimas órgão-específicas
• Determinar as isoenzimas *
• Fazer um mapa enzimático do soro, comparando com
padrões das enzimas nos diferentes órgãos.
Diagnóstico Específico
Isoenzimas ou isozimas
- Enzimas intracelulares que catalisam a mesma
reação em diferentes tipos celulares;
- Enzimas formadas por várias cadeias polipeptídicas
(subunidades) permitindo diferentes associações.
CREATINA-FOSFOQUINASE (CK)
- Esta enzima músculo-específica que tem a
função de catalisar a reação pela qual o fosfato
de creatina cede sua ligação fosfórica ao ADP,
formando ATP, o qual proporciona ao músculo
energia química destinada a se transformar em
trabalho.
ISOENZIMAS
- A CK também pode decompor-se em duas subunidades B
(brain), M (muscle). para a formação de uma molécula ativa,
deve-se formar um dímero. Portanto, temos três isoenzimas:
BB, MM e MB.
Profa. Cristiane Rocha
Dímero: subunidades B e M 3 isoenzimas
Composição Tipo Localização
BB CK1/CPK1 Cérebro
MB CK2/CPK2 Coração (15 a 40%) e músculo esquelético (1 a 2%)
MM CK3/CPK3 Músculo esquelético e cardíaco
Creatina Fosfocreatina
ATP ADP
CREATINA-FOSFOQUINASE (CK)
- A primeira a subir no plasma é CK –MB, que geralmente atinge
seu pico máximo 24 horas após a dor precordial;
- Sua elevação média após o infarto é de 10 a 25 vezes o limite
superior da normalidade;
- Devido à sua curta meia-vida, retorna ao normal após o terceiro
dia.
Obs: A CK-MB pode não estar elevada 48 horas após o infarto
Profa. Cristiane Rocha
Valor de referência:
CK- Total - homens: varia de 15 a 160 U/L
- mulheres: varia de 15 a 90 U/L
CK-MB - abaixo de 16 U/L
VALORES ELEVADOS
- Infarto
- Distrofia muscular progressiva
- Hemofilia grave (sangramento muscular)
- AVC
- Alcoolismo crônico
Lactato Desidrogenase (LD ou LDH)
• A LDH pode decompor-se em duas subunidades: H,
isoladas de tecido cardíaco e M, isoladas do tecido
muscular. Para formar uma molécula cataliticamente
ativa, são necessárias quatro subunidades ligadas, um
tetrâmero. Portanto, encontramos 5 isoenzimas
diferentes: HHHH, HHHM, HHMM, HMMM e MMMM.
Lactato desidrogenase - LDH
Lactato Piruvato
NADox NADred
Tetrâmero: subunidades M e H 5 isoenzimas
Composição Tipo Localização
MMMM M4 LDH5 Fígado e Músculo Esquelético
MMMH M3H LDH4 Fígado e Músculo Esquelético
MMHH M2H2 LDH3 Cérebro e Rim
MHHH MH3 LDH2 Miocárdio e Hemácias
HHHH H4 LDH1 Miocárdio e Hemácias
Padrão normal e alterado das isoenzimas
LDH no soro humano
A: paciente com infarto do miocárdio
B: paciente normal
C: paciente com doença hepática
Isoenzimas LDH do soro humano foram separadas em acetato
de celulose, em pH 8,6 e coradas para enzima.
TGO - Transaminase glutâmico oxalacética
TGP - Transaminase glutâmico pirúvica
Presentes nas células do fígado, coração, músculo
esquelético, rim e pâncreas.
Outras enzimas importantes em diagnóstico
Transaminases
DOENÇA HEPÁTICA
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
TGO eleva-se após 12 horas, atingindo seu pico após 24-36 horas.
AMINOTRANSFERASES OU
TRANSAMINASES
• Constituem parte das provas de função hepática que, na
verdade, avaliam o aspecto anatômico do fígado. Nas lesões
do hepatócito acompanhadas de necrose ou simples
aumento da permeabilidade celular, a dosagem das
transaminases proporciona informações de grande
utilidade.
• As transaminases são amplamente distribuídas nos tecidos:
– TGP (ALT): principalmente no fígado, mas também em coração,
músculo e rins.
– TGO (AST): coração, fígado, músculo, rins, cérebro, pâncreas e
testículos.
AMINOTRANSFERASES
• A ALT restringe-se ao citoplasma das células, enquanto a AST
está presente também nas mitocôndrias. Isto pode dar uma
idéia do grau da lesão.
• Valores normais:
– AST: 5 a 40 U/ml ou 5 a 17 U.I.
– ALT: 5 a 35 U/ml ou 4 a 13 U.I.
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
Infarto Agudo do Miocárdio
Proteínas
- A troponina T (TnT), a troponina I (TnI) e a mioglobina são
marcadores do infarto de natureza protéica que não são enzimas;
Mioglobinas
- Possui peso molecular de 17.800 dáltons;
- Presente na musculatura estriada e cardíaca (se localiza no
citoplasma da célula);
- Se liga ao oxigênio, facilitando o seu deslocamento na célula
muscular e na reserva;
- Ela é lançada no espaço intersticial,e por ser pequena, se move
rapidamente caindo na circulação sistêmica.
- Funciona como marcador de necrose miocárdica, devido a sua
liberação precoce na circulação, em torno de 1 a 3 horas após o
infarto;
- Pode atingir seu pico plasmático também precocemente, em
cerca de 4 a 7 horas;
- Cerca de 24 a 36 horas depois já não se encontra mais na
corrente sanguínea;
- A maior desvantagem do emprego da mioglobina como marcador
do infarto é a sua baixa especificidade. (várias injúrias das
musculaturas esquelética e cardíaca)
Obs: Todavia, um resultado negativo para a mioglobina após 3 horas, é de excelente valor
preditivo.
Metodologias empregadas
• Métodos que analisam o consumo de substrato
• Métodos que analisam o produto formado
• Métodos que analisam a variação de absorção da
coenzima que participa da reação enzimática
• Métodos otimizados
• Outros métodos
Dosagem de ALT/TGP
Dosagem de Creatina
quinase
- O mundo da ciência laboratorial está sempre
em mudança e traz muitos desafios;
- Se manter atualizado sobre avanços
tecnológicos, as novas patologias e os padrões
da prática laboratorial revisados, é a maior
tarefa dos educadores e profissionais de
medicina laboratorial.
Fim

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  • 1. " A importância dos exames bioquímicos na prática clínica" Profa. Cristiane Rocha
  • 2. Bioquímica - (bios «vida» + kymos «química») - É uma ciência que estuda principalmente as reações químicas dos processos biológicos que ocorrem em todos os seres vivos. Profa. Cristiane Rocha
  • 3. O conhecimento da bioquímica é essencial a todas as ciências da vida Genética Fisiologia Imunologia Farmacologia e farmácia Toxicologia Patologia Microbiologia Botânica Zoologia Bioquímica Biologia celular e molecular Profa. Cristiane Rocha
  • 4. Qual é a importância da bioquímica nos exames laboratoriais ? Profa. Cristiane Rocha
  • 5. A importância dos exames laboratoriais - Os exames laboratoriais além de colaborar com o diagnóstico, também tem um papel muito importante dentro da medicina preventiva,os exames laboratoriais quando bem realizados tem colaborado bastante em várias patologias. - Por muitas vezes determina o caminho que o clínico deve seguir; Profa. Cristiane Rocha
  • 6. Importante : 1) No entendimento e manutenção da saúde; 2) No entendimento e no tratamento eficiente de doenças. Profa. Cristiane Rocha
  • 7. Laboratório de BioquímicaLaboratório de Bioquímica ClínicaClínica Profa. Cristiane Rocha
  • 9. - Os exames bioquímicos são exames complementares que devem ser analisados em conjunto com outros exames, como o hemograma e a urinálise, para auxiliarem o diagnóstico clínico; - Várias determinações bioquímicas simultâneas são importantes para a avaliação da função de um ou mais sistemas do organismo. Profa. Cristiane Rocha
  • 10. Qual é a importância dos exames bioquímicos ? Profa. Cristiane Rocha
  • 11. Exames Bioquímicos Objetivos: - Confirmar um diagnóstico; - Proporcionar diretrizes em relação aos cuidados com o paciente; - Estabelecer prognóstico; - Monitorar terapias medicamentosas; - Detectar patologias. Profa. Cristiane Rocha
  • 12. Os testes de bioquímica compreendem mais de um terço de todas as investigações laboratoriais de um hospital Profa. Cristiane Rocha
  • 14. “ A qualidade do resultado de um exame laboratorial começa a ser construída no momento da coleta” Profa. Cristiane Rocha
  • 15. - Cuidado desde o ato de coletar, passando pelo momento de obtenção da amostra e levando-se em conta o tempo e todas as alterações possíveis que ocorrer na amostra obtida até o momento em que ela será processada, isto é, quando o exame for realizado. - Utilização de métodos analíticos adequados e aparelhagem e instrumental propícios, recursos humanos treinado na técnica e nos fundamentos científicos, segurança, informatização, etc... Qualidade dos resultados Profa. Cristiane Rocha
  • 16. - Interferência nas provas laboratoriais: • Características do teste – metodologia adequada, fatores técnicos e medicamentosos • Obtenção, controle e conservação da amostra • Armazenamento da amostra • Valores de referência/ Valores desejáveis/Normais Análises bioquímicas Profa. Cristiane Rocha
  • 17. Quais amostras são usadas para as análises bioquímicas? Profa. Cristiane Rocha
  • 18.
  • 19. Principais grupos de exames laboratoriais bioquímicos - Os exames laboratoriais mais comuns incluem: 1) Dosagens de eletrólitos: Sódio, potássio,bicarbonato, cloreto, cálcio, fosfato e magnésio; 2) Função renal: uréia e creatinina; 3) Função hepática: bilirrubina e as enzimas marcadoras hepáticas; 4) Glicose plasmática; 5) Lipídios: colesterol total, triglicerídeos, lipoproteínas; 6) Exames endócrinos: hormônios da tireóide, cortisol, gonadotrofinas e esteróides, hormônios hipofisários; 7) Marcadores tumorais; 8) Fármacos (medicamentos); 9) Análises toxicológicas; 10) Marcadores cardíacos
  • 20. Coleta de sangue Profa. Cristiane Rocha
  • 21. 1) Coleta Coleta de Sangue - Aspectos a serem considerados antes da coleta: a) Uso de medicamentos (pode modificar o verdadeiro resultado de um exame bioquímico) - Algumas drogas elevam e outras diminuem o valor real do exame Ex: Glicocorticóides (efeito hiperglicemiante); Vitamina C (propriedade redutora), Aspirina, Anticoncepcionais e Antibióticos alteram os valores de alguns exames, sendo indicado, em alguns casos, a suspensão da droga antes de coletar o material. Lembrar de sempre informar à recepção o uso de toda e qualquerLembrar de sempre informar à recepção o uso de toda e qualquer medicação que estiver utilizando.medicação que estiver utilizando.
  • 22. b) Dieta prévia A ingestão predominante de certos alimentos influi nos resultados de exame de laboratório Ex: Dieta rica em proteína (uréia elevada) c) Jejum Toda vez que um exame bioquímico de sangue for solicitado em caráter de não urgência, é bastante aconselhável e muitas vezes indispensável que o paciente faça jejum, por um período de tempo, cerca de 12 a 14 horas, durante o qual não há, em geral, necessidade de restrição de água
  • 23. Significa a não ingestão de alimentos ou líquidos como sucos, leite etc. É permitido a ingestão de pequena quantidade de água como um copo de 200 ml. Jejum não obrigatório Hemograma, Bilirrubina, Coagulograma, Grupo Sanguíneo + Fator Rh, TSH, Cloro, Creatinina, YGT, Sódio, Potássio, TGO, TGP, Prolactina. Jejum obrigatório de 4 horas Testosterona Total e Livre, Progesterona, T3, T4, Amilase, Uréia, Ácido Úrico, FTA-ABS (detectar sífilis - teste de absorção de anticorpos por fluorescência para treponema) Jejum
  • 24. Jejum obrigatório de 8 horas Lipase, Complemento Sérico, Chagas, Mucoproteínas, FAN (é um exame laboratorial ,que serve para diagnosticar distúrbios auto-imunes como: lúpus eritematoso (LES), Esclerose sistêmica progressiva (ESP), Doença mista dos tecidos conjuntivos (DMTC) e Síndrome de Sjogren ), Rubéola, Látex (é teste sorológico que tem como função identificar a presença do fator reumatóide (FR) um grupo de auto-anticorpos das classes IgG, IgM e IgA, para a identificação prévia do processo patológico típico da artrite reumatóide (AR), Colesterol Total, Glicose, Frutosamina (este exame é capaz de apresentar o controle glicêmico das últimas 4 a 6 semanas). Jejum obrigatório de 12 horas Colesterol HDL, LDL, VLDL, Triglicérides, Lipídios totais, Gastrina, Eletroforese de Lipoproteína, Lítio.
  • 25. d) Horário -Padronização em relação ao ritmo circadiano (hormônios) -Padronização em relação à atividade física e) Estado emocional -Estados de estresse e ansiedade podem provocar distúrbios no equilíbrio ácido-base, aumentando os níveis de lactato, ácidos graxos livres, curva glicêmica, gasometria arterial em uma criança chorando, etc., é conveniente estarmos relaxados nos momentos que antecedem e durante a coleta sanguínea.
  • 26. f) Postura Certas proteínas e alguns elementos ligados a elas, podem sofrer variações quando um indivíduo adota uma postura ereta após um período de reclinação, como o Cortisol, Tiroxina, Hematócrito. g) Esforço Físico Exercícios intensos (subir escadas, correr, andar de bicicleta, nadar, etc.) feitos até 2 dias antes de efetuar a coleta de sangue podem alterar significativamente o resultado de alguns exames como: Glicose, CK, LDH, Lactato, Creatinina, Fatores de Coagulação. h) Fumo O fumo pode comprometer alguns exames como Lípase, Amilase, Colesterol, Glicose, Hemoglobina, Metahemoglobina e Carboxihemoglobina.
  • 27. i) Álcool A ingestão de bebidas alcoólicas até 48 horas antes de se coletar o sangue provoca alterações importantes nas concentrações de diversos elementos, tais como: Colesterol, Glicose, TGO, TGP, Fosfatase Alcalina, Triglicérides, Ácido Úrico, Gama GT, etc. j) Relações Sexuais O ato sexual é prejudicial ao espermograma e ao PSA, necessitando de um período de abstinência de no mínimo 3 dias (lembrar que o sexo é um esforço físico).
  • 28. 2) Relativos à amostra a ser obtida 2.1) Manuseio da amostra 2.2) Material para a punção (tubos a vácuo, seringas, etc...) 2.3) Recipientes para receber o sangue a) Obtenção do soro b) Obtenção do plasma ou sangue total (anticoagulantes) Profa. Cristiane Rocha
  • 29. Qual é a diferença entre soro e plasma? Profa. Cristiane Rocha
  • 30. Obtenção de soro (sem anticoagulantes)
  • 32. Coleta de urina Profa. Cristiane Rocha
  • 33. URINA Preparação do paciente: • Uso de medicamentos; • Higiene da genitália externa; • Coleta (EAS – exame de elementos anormais e Urina de 24 horas); • Recipiente para colocação da amostra; • Identificação do material colhido; • Tempo decorrido entre a coleta e a realização do exame, transporte, contaminação e decomposição do material a ser analisado. Profa. Cristiane Rocha
  • 34. -A urina fornece informações sobre muitas das principais funções metabólicas do organismo. -Podem ocorrer grandes variações na concentração dessas substâncias, devida á influência de fatores como a ingestão alimentar, atividade física, o metabolismo orgânico, a função endócrina e até mesmo a posição do corpo. -Outras substâncias encontradas são hormônios, vitaminas e medicamentos. Embora não fazendo parte do filtrado plasmático original, a urina também pode conter elementos como células, cristais, muco e bactérias. Quantidades aumentadas destes elementos muitas vezes são indícios de doença. O volume de urina depende da quantidade de água excretada pelos rins.
  • 35. Exame físico - Volume - Cor - Aspecto - Reação de pH - Densidade Profa. Cristiane Rocha
  • 36. Exame químico qualitativo Tiras reagentes - Pesquisam: glicose, corpos cetônicos, bilirrubina, urobilinogênio, proteína, hemoglobina e determinam pH. Algumas indicam a densidade, mas com precisão discutível - Detecção de hCG (gonadotropina coriônica humana) - Obs: Há aparelhos computadorizados, que medem a absorvância nas tiras reagentes e fornecem as diversas taxas dos elementos eliminados na urina.
  • 37. Testes na urina Proteínas – pelo ácido sulfossalicílico; Glicose – Reativo de Benedict; Urobilinogênio – Reativo de Ehrlich. Profa. Cristiane Rocha
  • 38. Coleta de fezes Profa. Cristiane Rocha
  • 39. EXAMES DE FEZES: O exame de rotina de fezes compreende as análises macroscópicas, microscópicas e bioquímicas para a detecção precoce de sangramento gastrintestinal, distúrbios hepáticos e dos ductos biliares e síndromes de malabsorção. De igual valor diagnóstico são a detecção e identificação das bactérias patogênicas e parasitas. A coleta de fezes tem recomendações especiais, segundo as finalidades do exame a que se destinam. As principais finalidades do exame de fezes são: • O estudo das funções digestivas • A dosagem da gordura fecal • As pesquisas de sangue oculto • A pesquisa de ovos e parasitas • A coprocultura.
  • 42. Cálculo Renal A análise físico-química do cálculo renal é de grande importância clínica na orientação preventiva da calculose. São avaliados os aspectos macroscópicos, como tamanho, cor, forma, consistência, além da análise bioquímica, na qual são identificados os elementos presentes. Os elementos freqüentemente encontrados são oxalato de cálcio, ácido úrico, fosfato amoníaco magnesiano e, mais raramente, cistina.
  • 43. Análise do líquor Para análise qualitativa, o líquor é comumente obtido por punção lombar. Uma amostra de líquor é freqüentemente obtida durante outros testes neurológicos. Líquido cefalorraquidiano (LCR)   Líquido aquoso, incolor e transparente encontrado nos ventrículos cerebrais, e ao redor da medula espinhal.   Objetivos: - Diagnóstico de infecções (por exemplo, bacteriana, micobacteriana, fúngica, viral, protozoária), certas doenças inflamatórias (esclerose múltipla, síndrome de Guillain- Barre, vasculite), hemorragia subaracnóidea, carcinomatose leptomeníngea. - Administração de medicação intratecal (corticosteróides,antibióticos e agentes quimioterápicos), contraste radiológico ou como via para administração de anestésicos. - Terapêutico, particularmente na hipertensão intracraniana benigna (pseudotumor cerebri), para a redução de pressão de LCR e exames laboratoriais.
  • 45. Momento de punção Profa. Cristiane Rocha
  • 46.
  • 47. Distúrbios Bioquímicos e Doenças que Alteram os Exames Bioquímicos Profa. Cristiane Rocha
  • 48. = Muitas doenças ocorrem por alterações bioquímicas: Exemplos: 1) Mutações ou ausência de proteínas e enzimas; Anemia falciforme
  • 50. mutação Hemoglobina – cadeia β Os genes γ, δ , e β são encontrados no cromossomo 11
  • 51. Normal • forma de disco • flexibilidade • facilidade de fluir através dos pequenos vasos sanguineos • vida : 120 dias Falciforme • forma de foice • rígida • com frequência obstrue pequenos vasos sanguineos • vida : 10 a 20 dias Profa. Cristiane Rocha
  • 53.
  • 54. 2) Metabólitos formados em excesso e acumulados no organismo: Artrite gotosa icterícia Ácido úrico bilirrubina
  • 55.
  • 56. 3) Excesso ou deficiência de hormônios; Síndrome de Cushing Excesso de cortisol Pé diabético (excesso de glicose no sangue) Diabetes
  • 58. aterosclerose 4) Deficiências no metabolismo de lipídeos Acúmulo de colesterol - hipercolesterolemia
  • 59. - Aproximadamente 400 mil pessoas morrem anualmente no Brasil de doenças cardiovasculares; O equivale a 1.095 óbitos por dia, 45 por hora e quase dois a cada minuto; - Nos Estados Unidos, calcula-se mais de meio milhão o número de óbitos devido a elas, sendo a aterosclerose a principal causa.
  • 60. Quais são os responsáveis pela formação da placa de ateroma? O que ocasiona a aterosclerose? Por que a formação de trombos ? Existem colesterol bom e colesterol ruim?
  • 61. A formação da placa de ateroma acredita-se ser uma resposta inflamatória crônica da parede arterial despertada por algum tipo de agente que causa lesão na parede do vaso. Agentes como: hiperlipedimia, vírus, toxinas, bactérias, hipertensão, fumo e agressão autoimune.
  • 62. Aterogênese As placas de ateroma são obstruções fixas dos vasos sanguíneos que levam à isquemia
  • 63. Isquemia – Caracterizada não somente por insuficiência de oxigênio, mas também pela não chegada de nutrientes as células e remoção inadequada de metabólitos de excreção;
  • 65. LDL modificada Derivatização - glicosilação de apo B 100 Oxidação - degradação de apo B 100 por superóxidos
  • 66. Os macrófagos captam a LDL oxidada formando as células esponjosas Macrófago Célula Espumosa Espécies ativas do oxigênio Vitaminas LDL oxidada LDL H2O2, etc. E, C, A -+ Papel da LDL na Aterosclerose 
  • 71.
  • 72.
  • 74. Placa de ateroma que causava a obstrução, retiradaPlaca de ateroma que causava a obstrução, retirada pela cirurgiapela cirurgia
  • 75. Dosagens de lipídeos Profa. Cristiane Rocha
  • 76. Análise das proteínas e lipoproteínas 1) Eletroforese A eletroforese de proteínas (EFP) no soro é uma técnica simples para separar as proteínas do soro.
  • 78. ↑ VLDL ↑ VLDL ↑ Quilomícrons
  • 80. Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) • É uma síndrome clínica resultante do fluxo arterial coronariano deficiente para uma área do miocárdio, ocasionando morte celular e necrose; • É caracterizado por dor intensa e prolongada, por alterações eletrocardiográficas agudas e por aumento da concentração plasmática de certas enzimas e proteínas da células miocárdia, denominadas marcadores bioquímicos do IAM.
  • 81. Segundo o clássico critério da Organização Mundial da Saúde (OMS) para diagnóstico do IAM, são necessários dois dos três elementos seguintes: 1. uma história de dor no peito do tipo isquêmica; 2. modificações evolutivas nos traçados eletrocardiográficos obtidos em séries; 3. elevação plasmática dos marcadores cardíacos.
  • 83. Enzimas e a Clínica Médica Além do papel central das enzimas na bioquímica, a atividade das enzimas no sangue fornece informações importantes para o diagnóstico de doenças. O perfil da atividade de enzimas no soro está relacionado à processos patológicos. Profa. Cristiane Rocha
  • 84. ENZIMAS • São proteínas que podem proceder de diversos órgãos e espaços celulares, estando solúveis ou fixadas à membrana celular, com função de catalisar determinadas reações. • Numerosas enzimas intra e extracelulares podem ser dosadas em soro ou plasma humano. As enzimas intracelulares dotadas de maior importância prática para o diagnóstico clínico estão presentes em quase todas as células corporais. Entretanto, em cada órgão, encontram-se concentrações diferentes, ou seja, cada órgão possui um perfil enzimático que lhe é característico e que o distingue dos outros.
  • 85. Não-plasma específicas Produzidas pelas células durante o metabolismo celular normal. São enzimas intracelulares, sem função fisiológica no plasma. Enzimas das glândulas endócrinas Orgãos que libertam enzimas quando lesados •Fígado •Coração Nem sempre o ↑ das enzimas quer dizer necrose celular •Pâncreas •Osso •Próstata •Músculo esquelético •Células sanguíneas
  • 86. Liberação de enzimas a partir de células normais e de células doentes ou expostas a um trauma Profa. Cristiane Rocha
  • 87. Enzimas não-plasma específicas ↑ Atividade de enzimas intracelulares no plasma Estado patológico Extravasamento por lesão tecidual Extravasamento por alteração de permeabilidade da membrana A determinação das atividades de muitas enzimas no plasma é utilizada para fins diagnósticos em várias doenças. O grau de elevação da atividade enzimática no plasma pode auxiliar na avaliação do prognóstico do paciente.
  • 88. Em termos de diagnóstico deve-se considerar que: • a proporção das enzimas varia de tecido para tecido • tempo de aparecimento destas no plasma é diferente Diagnóstico específico Valor diagnóstico limitado ↑ Concentração no plasma Distribuição tecidual ampla Distribuição tecidual restrita a um ou a poucos tecidos
  • 89. COMO PROCEDER PARA LOCALIZAR A LESÃO • Medir as enzimas órgão-específicas • Determinar as isoenzimas * • Fazer um mapa enzimático do soro, comparando com padrões das enzimas nos diferentes órgãos.
  • 90. Diagnóstico Específico Isoenzimas ou isozimas - Enzimas intracelulares que catalisam a mesma reação em diferentes tipos celulares; - Enzimas formadas por várias cadeias polipeptídicas (subunidades) permitindo diferentes associações.
  • 91. CREATINA-FOSFOQUINASE (CK) - Esta enzima músculo-específica que tem a função de catalisar a reação pela qual o fosfato de creatina cede sua ligação fosfórica ao ADP, formando ATP, o qual proporciona ao músculo energia química destinada a se transformar em trabalho.
  • 92. ISOENZIMAS - A CK também pode decompor-se em duas subunidades B (brain), M (muscle). para a formação de uma molécula ativa, deve-se formar um dímero. Portanto, temos três isoenzimas: BB, MM e MB. Profa. Cristiane Rocha
  • 93. Dímero: subunidades B e M 3 isoenzimas Composição Tipo Localização BB CK1/CPK1 Cérebro MB CK2/CPK2 Coração (15 a 40%) e músculo esquelético (1 a 2%) MM CK3/CPK3 Músculo esquelético e cardíaco Creatina Fosfocreatina ATP ADP CREATINA-FOSFOQUINASE (CK)
  • 94. - A primeira a subir no plasma é CK –MB, que geralmente atinge seu pico máximo 24 horas após a dor precordial; - Sua elevação média após o infarto é de 10 a 25 vezes o limite superior da normalidade; - Devido à sua curta meia-vida, retorna ao normal após o terceiro dia. Obs: A CK-MB pode não estar elevada 48 horas após o infarto
  • 96. Valor de referência: CK- Total - homens: varia de 15 a 160 U/L - mulheres: varia de 15 a 90 U/L CK-MB - abaixo de 16 U/L
  • 97. VALORES ELEVADOS - Infarto - Distrofia muscular progressiva - Hemofilia grave (sangramento muscular) - AVC - Alcoolismo crônico
  • 98. Lactato Desidrogenase (LD ou LDH) • A LDH pode decompor-se em duas subunidades: H, isoladas de tecido cardíaco e M, isoladas do tecido muscular. Para formar uma molécula cataliticamente ativa, são necessárias quatro subunidades ligadas, um tetrâmero. Portanto, encontramos 5 isoenzimas diferentes: HHHH, HHHM, HHMM, HMMM e MMMM.
  • 99. Lactato desidrogenase - LDH Lactato Piruvato NADox NADred Tetrâmero: subunidades M e H 5 isoenzimas Composição Tipo Localização MMMM M4 LDH5 Fígado e Músculo Esquelético MMMH M3H LDH4 Fígado e Músculo Esquelético MMHH M2H2 LDH3 Cérebro e Rim MHHH MH3 LDH2 Miocárdio e Hemácias HHHH H4 LDH1 Miocárdio e Hemácias
  • 100. Padrão normal e alterado das isoenzimas LDH no soro humano A: paciente com infarto do miocárdio B: paciente normal C: paciente com doença hepática Isoenzimas LDH do soro humano foram separadas em acetato de celulose, em pH 8,6 e coradas para enzima.
  • 101. TGO - Transaminase glutâmico oxalacética TGP - Transaminase glutâmico pirúvica Presentes nas células do fígado, coração, músculo esquelético, rim e pâncreas. Outras enzimas importantes em diagnóstico Transaminases DOENÇA HEPÁTICA INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO TGO eleva-se após 12 horas, atingindo seu pico após 24-36 horas.
  • 102. AMINOTRANSFERASES OU TRANSAMINASES • Constituem parte das provas de função hepática que, na verdade, avaliam o aspecto anatômico do fígado. Nas lesões do hepatócito acompanhadas de necrose ou simples aumento da permeabilidade celular, a dosagem das transaminases proporciona informações de grande utilidade. • As transaminases são amplamente distribuídas nos tecidos: – TGP (ALT): principalmente no fígado, mas também em coração, músculo e rins. – TGO (AST): coração, fígado, músculo, rins, cérebro, pâncreas e testículos.
  • 103. AMINOTRANSFERASES • A ALT restringe-se ao citoplasma das células, enquanto a AST está presente também nas mitocôndrias. Isto pode dar uma idéia do grau da lesão. • Valores normais: – AST: 5 a 40 U/ml ou 5 a 17 U.I. – ALT: 5 a 35 U/ml ou 4 a 13 U.I.
  • 104. Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
  • 105. Infarto Agudo do Miocárdio
  • 106. Proteínas - A troponina T (TnT), a troponina I (TnI) e a mioglobina são marcadores do infarto de natureza protéica que não são enzimas;
  • 107.
  • 108.
  • 109. Mioglobinas - Possui peso molecular de 17.800 dáltons; - Presente na musculatura estriada e cardíaca (se localiza no citoplasma da célula); - Se liga ao oxigênio, facilitando o seu deslocamento na célula muscular e na reserva; - Ela é lançada no espaço intersticial,e por ser pequena, se move rapidamente caindo na circulação sistêmica.
  • 110. - Funciona como marcador de necrose miocárdica, devido a sua liberação precoce na circulação, em torno de 1 a 3 horas após o infarto; - Pode atingir seu pico plasmático também precocemente, em cerca de 4 a 7 horas; - Cerca de 24 a 36 horas depois já não se encontra mais na corrente sanguínea; - A maior desvantagem do emprego da mioglobina como marcador do infarto é a sua baixa especificidade. (várias injúrias das musculaturas esquelética e cardíaca) Obs: Todavia, um resultado negativo para a mioglobina após 3 horas, é de excelente valor preditivo.
  • 111.
  • 112.
  • 113. Metodologias empregadas • Métodos que analisam o consumo de substrato • Métodos que analisam o produto formado • Métodos que analisam a variação de absorção da coenzima que participa da reação enzimática • Métodos otimizados • Outros métodos
  • 115.
  • 116.
  • 118.
  • 119.
  • 120. - O mundo da ciência laboratorial está sempre em mudança e traz muitos desafios; - Se manter atualizado sobre avanços tecnológicos, as novas patologias e os padrões da prática laboratorial revisados, é a maior tarefa dos educadores e profissionais de medicina laboratorial.
  • 121. Fim