1. O documento descreve o Plano de Ação Estruturador para as margens do rio Piracicaba em Piracicaba, Brasil, que inclui intervenções urbanísticas sustentáveis ao longo de 8 trechos do rio.
2. O projeto foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar para melhorar a qualidade de vida, meio ambiente e desenvolvimento sustentável da região ribeirinha.
3. As intervenções incluíram melhorias de infraestrutura, paisagismo, mobilidade e participação pública ao longo da orla
1. O PLANO DE AÇÃO ESTRUTURADOR - PAE
As intervenções urbanísticas das margens do rio A primeira leitura e diagnóstico do Projeto beira-Rio
Piracicaba foram realizadas através de um PAE- começou em 2001, com o trabalho de um antropólo-
Plano de Ação Estruturador, 2003, inseridas em go urbano, Arlindo Stéfani: “A cara de Piracicaba”.
um pensamento abrangente de sustentabilidade,
conectando as diretrizes que visam mudanças de
atitude em questões relacionadas à qualidade de O Projeto Beira-Rio tem como Consultora de Planeja-
Avenida Beira-Rio
vida e ao meio-ambiente. mento Urbano e Desenho Ambiental, a Arquiteta e Ur-
banista Maria de assunção Ribeiro Franco.
O projeto foi realizado por uma equipe multidisci-
plinar,dividindo-o em várias escalas diferentes e A participação popular desde a concepção até a reali-
suas inter-relações,para o Planejamento Ambiental zação do projeto, foi realizada através de Conselhos
e Desenvolvimento Sustentável, através da Secre- Comunitários, Orçamentos Participativos, Ongs e Asso-
taria Municipal de Defesa do Meio-Ambiente e da Se- ciações.
cretaria Municipal de Planejamento.
Foi desenvolvido um censo de todas as espécies existentes ao longo da margem da Rua do Porto,
Largo dos Pescadores através de uma parceria com a Esalq-USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz)
3. 1.
Diretrizes do PAE - Plano de Ação Estruturador:
2. Cabeamento subterrâneo de iliminação pública;
Iluminação cênica, ornamental e indicativa de pon-
tos importantes;
Projetos de drenagem e melhoria das condições
1. existentes;
Reformulação paisagística com a substituição das
espécies contra-indicadas (como a leucena);
Elaboração de um plantio programado de árvores
nativas e espécies adequadas para as margens;
Medidas de acessibilidade universal;
Calçamento drenante ( área sujeita à inundações
periódicas);
Instalação de equipamentos urbanos : bancos,
lixeiras, telefones públicos;
Postos de informações turísticas e de segurança;
Sanitários públicos.
4.
1. Portal de Entrada Leitura de Projeto II
2. Ponte do Morato BEIRA-RIO
3. Balsa Julyana Antunes
4. Parque da Rua do Profª. Magaly Marques Pulhez
Porto Dez/ 2009
2. Trecho 1 - Área de intervenção (Beira Rio Central)
Área de influência dos
Trecho 2 - Lar dos Velhinhos trechos 1 e 2
O turismo de Piracicaba tornou-se mais intenso à medidaque sua identidade
Projeto Start / Rua do Porto
Linhas de Visibilidade e/ e cultura, foram preservadas historicamente.
Áreas de Relevante Interesse Ambiental e/ou Arquitetônico ou passarelas de
ESCALA URBANA
Circuito do Bonde pedestres
Estações Temáticas Corredor Eco-Social
Circuito Centro - Vila Resende Transporte Coletivo não poluente
Essas barreiras naturais ou artificiais, formam um
ESTAÇÕES
complexo que compõe uma difícil ligação entre o
ESCALA SETORIAL N 1. Portal Leste/ Canais de Queiroz centro da cidade e o Rio Piracicaba, ou entre as
2. Museu da Água
3. Passarela Pênsil/ Ladeira das Flores margens, provocando longos percursos entre luga-
N 4. Casa do Povoador/ Largo dos Pescadores
5. Portal da Rua do Porto/ Eixo dos Artistas
res muito próximos. Por isso, foram criados eixos
6. Eixo Chácara Nazareth/ Travessia Parque
ZEE - Zoneamento Ecológico Econômico 7. Casa do Artesão
8. Bosque Engenho de ligação transversais que facilitam os acessos,
Trecho do PAE
Paisagismo Rodoviário 9. Ciaporanga
10. Pedra da mudança de margem além de interligar todo o complexo e criar um per-
Corredor Eco- Social
Circuito de Bondee/ ou Ônibus Turístico 11.Museu de Ciência e Tecnologia/ Centro de
Projeto Start (Rua do Porto)
Atendimento/ Passarela Pênsil curso que crie uma identidade com as caracterís-
12. Entrada do Mirante
1. Beira Rio Central 5. Corumbataí
6. Esalq 13. Av. Rui Barbosa (corredor comercial) ticas próprias da cidade.
2. Lar dos Velhinhos
14. Dona Lídia
3. Bongue 7. Monte Alegre
4. Corredor Eco-Social 8. Pedreira do Morato 15. Acesso a São Pedro / Rio Claro/ Av. Limeira
16. Shopping
17. Marquise Verde / Lar dos Velhinhos
18. Clube de Campo
O PAE - Plano de Ação Estruturador do Projeto BEIRA
RIO, compreende 8 trechos da cidade de Piracicaba,
sendo o Projeto Start - conhecido como Beira -Rio
Central - o lugar onde encontra-se um núcleo maior CENTRO
de valores culturais para a cidade. A configuração da malha urbana deriva tanto das
barreiras naturais - como a topografia acidentada
e o Rio Piracicaba, como também dos limites físi-
O Plano de Ação Estruturador integra a orla do Piracicaba com seu entorno.
cos manifestada através das atividades humanas.
TOPOGRAFIA ACIDENTADA
portal de
entrada
vestiários
estacionamento
RIO PIRACICABA portal de
acesso à trilha atracadouro entrada
brita estacionamento belvedere
trilha
deck
valor histórico
arquibancada
N sanitários
pátio de
restaurantes
área de
recreação acesso principal
sanitários
bolsões de
estacionamentos
TOPOGRAFIA ACIDENTADA
PROJETO START
Estações Temáticas Perímetro do Projeto Start N
Circuito de Bonde Travessias Leitura de Projeto II
BEIRA-RIO
Redutor de velocidade Deck/ Trilha do Pescador Julyana Antunes
Chácara Nazareth
Calçada pedestres Foco das Travessias
Profª. Magaly Marques Pulhez
Dez/ 2009
3. Diagnóstico dos diferentes tipos de ocupação da margem direita
do Rio Piracicaba entre a Ponte do Mirante e a Ponte do Morato primeira ocupação
de Piracicaba
O sistemas de transportes é caracterizado pela justaposição de diferentes sistemas de circulação, CALÇADÃO DA RUA DO PORTO DECK DE MADEIRA
desde ciclovias, bondes, passeios de pedestres,trazendo novas discussões aos modos de transporte
alternativos.
CORTE 2
RIO PIRACICABA
Foram adotadas diversas medidas de acessibilidade universal em todo o Calçadão,
0 5m TRILHAS DE PEDESTRES
desde rampas nos acessos aos estacionamentos e aos decks, sanitários, bebedou- 2
E PESCADORES
ros e telefones públicos, até a pavimentação com indicações de alerta e trilhas táteis
com sentido de direção, para ao acesso de portadores de necessidades especiais. O processo utilizado para requalificação das margens, ficou marcado
pelo uso de materiais simples e uma nova configuração para marcar a
Em consenso com a população local, foram resolvidas as necessidades mais urgentes identidade do lugar como patrimônio público, além da participação da
da área em relação aos sanitários públicos, dividindo-se em 3 blocos: população local e usuária como forma de intensificar os aspectos posi-
tivos do local.
1- na Praça dos Artistas, associado ao Casarão do Turismo;
2 -próximo ao pátio dos restaurantes;
3 -associado ao conjunto de vestiários entre o campo do União Porto
F.C. e a Casa do Artesão.
Foram adotadas diversas soluções para resolver o conflito entre os usos diversificados,
Calçadão da Rua do Porto como a pesca, o percurso dos passeios, a prática gastronômica, sistemas de transporte
alternativos, alargamento das calçadas para valorização do passeio público, vagas para
Esta área possui extrema importância por representar uma estacionamentos, liberação das vistas, entre outros.
importante atração turística municipal e regional, tendo como
sede a Rua do Porto com diversas atividades esportivas, de
lazer e gastronômicas.
A Rua do Porto faz parte de um complexo que abrange desde Devido à demanda existente de reivindicação dos moradores, comerciantes e demais usuários da
o Parque da Rua do Porto , passando pela Avenida Beira-Rio, região para melhorias urbanas (ampliação de estacionamentos, pavimentação, drenagem, ilumina-
pelos parques do Mirante, do Engenho Central até a Área de ção, sanitários públicos, entre outros), a Rua do Porto ganha destaque e marca o início do Projeto
Lazer dos Trabalhadores . Beira- Rio, considerando-se tambémseu valor histórico, já que as casas da Rua do Porto são tom-
badas pelo Codepac - Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba.
A baixa densidade de ocupação da região da Rua do Porto, representada pelo gabarito das construções
históricas e a grande quantidade de lotes vazios, juntamente com as grandes áreas verdes e uma alta
permeabilidade do solo, contribuem para minimizar os problemas de enchentes.
Por estar em uma área sujeita a inundações, o piso do Calçadão
é totalmente permeável para contribuir no escoamento da água,
além da presença de uma mureta de pedra ao longo de toda a trilha,
que além de servir como um banco contínuo, também contribui para
estabilizar o talude das margens.
ESCALA 1/5000
Esta área sofreu diversas transformações e descaracterizações
do antigo conjunto vernacular da época dos pescadores e das
Área Ribeirinha com dossel de exóticas com baixa regeneração natural - 0,95 ha N olarias, devido às atividades comerciais em detrimento às habita-
Área Ribeirinha sem dossel com baixa regeneração natural - 0,53 ha CASARÃO DO TURISMO
ções e serviços e suas ‘autonomias’.
Área Ribeirinha com dossel de exóticas e sem regeneração natural - 0,07 ha
Referências de texto, imagens e esquemas retirados do Plano de Ação Estruturador
IPPLAP - Instituto de Pesquisas e Planejamento de Piracicaba
Área Ribeirinha com bambu sem regeneração natural - 0,05 ha http www.ipplap.com.br
Área Ribeirinha com dossel de Leucena sem regeneração natural - 0,20 ha
CALÇADÃO DA RUA DO PORTO
AVENIDA BEIRA-RIO
BANCO/ PLATAFORMA
Área Ribeirinha úmida sem dossel com espécies exóticas (Leucena, Espatódea e Ipê-de-jardim) - 1,5 ha ESCADA
Leitura de Projeto II
BEIRA-RIO
Área Ribeirinha úmida sem dossel sem regeneração natural, destinada a ser lâmina d’água - 0,96 ha PASSARELA
Julyana Antunes
Área Não Ribeirinha com dossel de exóticas (tipuana e espatódea) com baixa regeneração natural - 10,23 ha CORTE 1
RIO PIRACICABA
LARGO DOS PESCADORES Profª. Magaly Marques Pulhez
Parque do Mirante: Área Ribeirinha com construções (trilhas e mirantes) e visitação - 2.30 ha 5m
Dez/ 2009
0 2
Área com construção - 9,44 ha