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do conforto
HHHHHÉLIOÉLIOÉLIOÉLIOÉLIOAAAAA.G.G.G.G.GREVENREVENREVENREVENREVEN •H•H•H•H•HILTONILTONILTONILTONILTON AAAAA.V.V.V.V.V.F.F.F.F.FAGUNDESAGUNDESAGUNDESAGUNDESAGUNDES •A•A•A•A•ALLLLLANANANANAN AAAAA.E.E.E.E.EINSFELDTINSFELDTINSFELDTINSFELDTINSFELDT
A
C
acústico
B
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Produção editorial:
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Edição e revisão:
Allen A. Dupré (MTb 9057)
Arte e editoração:
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ABC do Conforto Acústico é uma obra patrocinada e
produzida pela Knauf do Brasil Ltda. Direitos reservados.
3
Hélio A. Greven
Doutor-engenheiro pela Universidade de Hannover, Alemanha, e
Professor Titular do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil -
PPGEC - NORIE - Núcleo Orientado para a Inovação na Edificação -
Depto. de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Hilton A. V. Fagundes
Arquiteto formado pela Universidade de Stuttgart, Alemanha
e Mestrando do NORIE - UFRGS
.Alan A. Einsfeldt
Arquiteto formado pela Unisinos-Universidade do Rio dos Sinos
São Leopoldo, RS
ABC
este trabalho tem o patrocínio de
DO
CONFORTO
ACÚSTICO
4
5
PREFÁCIO
O quotidiano nas cidades nos expõe continuamente a impactos de sons e ruídos que
podemcomprometernossaqualidadedevida.Obinômiosom/ruídonosimpeleareavaliar
osambientesconstruídos,buscandosoluçõesquepermitamreduzirconvenientemente
esses intervenientes, que, além de provocar desconforto físico, são geradores de
perturbaçõesnervosas,estresseepodematéocasionaraperdaparcialoutotaldaaudição.
Os ruídos são caracterizados por um ou mais sons desagradáveis ao ouvido humano.
A noção de ruído é subjetiva e depende de quem o percebe. Isso explica a diferença
de percepção entre os que estão voluntariamente em ambientes de discotecas e
similares, onde o som (ou ruído?) alcança níveis de intensidade sonora próximos do
limiardador,eosparticipantes“involuntários”,que,porproximidadeouvizinhança,
se sentem agredidos e têm seu ritmo biológico perturbado.Os problemas humanos
físicosepsíquicosmaiscomunsdecorrentesdosruídossãoreduçãodeprodutividade,
desconforto acústico e ausência de privacidade.
As fontes de ruído são classificadas como “exteriores” e “interiores”. Os ruídos
mais intensos no nosso dia-a-dia são os produzidos por turbinas de aviões, tráfego
rodoviário e ferroviário e aparelhos sonoros.
Existemtrêsaçõesbásicasque,implementadasisoladamenteouemconjunto,podem
solucionar satisfatoriamente os inconvenientes causados por sons e ruídos
“exteriores” ou “interiores”:
• Tratamento da fonte de ruído
• Tratamento acústico do caminho do som
• Proteção acústica do compartimento do receptor
Essasaçõespodemserconvenientementeidentificadasapartirdeíndicesecoeficientes
determinados em laboratório e transpostos para utilização nos ambientes construídos.
A KNAUF do Brasil, consciente das necessidades e interesses de arquitetos, enge-
nheiros, designers de interiores e outros profissionais ligados à construção civil,
elaborou o ABC DO CONFORTO ACÚSTICO com o objetivo de permitir a elabo-
raçãodeprognósticosbásicosdocomportamentoacústicodosambientesconstruídos.
Os Sistemas Drywall KNAUF, utilizados em paredes, revestimentos e tetos,
apresentam soluções que, individualmente ou em conjunto, possibilitam tratamentos
acústicos diferenciados, garantindo o conforto acústico dos ambientes construídos.
ABC DO CONFORTO ACÚSTICO é uma abordagem prática de abrangência
específica e não pretende esgotar um campo tão amplo como o da acústica.
6
7
SUMÁRIO
1. Conforto acústico – considerações gerais ........................................... 9
1.1 Som .................................................................................................. 9
1.2 Ruído ................................................................................................. 9
1.3 Caracterização do som ....................................................................... 9
1.3.1 Nível do som ........................................................................... 9
1.3.2 Freqüência do som .................................................................. 9
1.4 Campo audível ................................................................................... 10
1.5 Sensibilidade auditiva ......................................................................... 11
1.6 Decibel dB e decibel dB(A) .............................................................. 11
1.7 Adição de níveis sonoros .................................................................... 13
1.8 Medição de ruído ................................................................................ 13
2. Ruídos aéreos nos ambientes construídos ............................................ 17
2.1 Reflexão do som .................................................................................. 17
2.2 Reverberação do som .......................................................................... 17
2.3 Absorção do som/absorção acústica ..................................................... 18
2.4 Transmissão do som ............................................................................. 21
2.5 Isolamento acústico/isolamento sonoro ............................................... 21
2.6 Isolamento padronizado entre dois locais ........................................... 22
3. Condicionamento acústico ....................................................................... 24
3.1 Conceitos ............................................................................................. 24
3.1.1 Absorção acústica ...................................................................... 24
3.1.2 Isolação acústica ........................................................................ 24
3.2 Absorção/isolação ................................................................................ 24
3.3 Terminologia e grandezas .................................................................... 25
3.3.1 Índice de redução acústica R .................................................... 25
3.3.2 Índice de redução acústica de laboratório R ............................. 25
3.3.3 Índice de redução acústica do ambiente construído R’.............. 25
3.3.4 RL
.............................................................................................. 26
3.3.5 RLw
........................................................................................... 26
3.3.6 RLwR
........................................................................................... 26
3.3.7 R’................................................................................................26
4. Transmissão de sons aéreos....................................................................... 27
4.1 Índices R’w
exigidos para paredes separadoras entre ambientes
construídos ........................................................................................... 27
4.2 Índices R’w
exigidos para paredes separadoras entre ambientes
“ruidosos” ............................................................................................ 28
8
4.3 Recomendações para conforto acústico – normal e superior ............... 28
4.4 Elementos construtivos conformadores dos flancos ............................ 29
4.4.1 RLwR
– Tetos .............................................................................. 29
4.4.2 RLwR
– Pisos ............................................................................. 30
4.4.3 RLwR
– Paredes ......................................................................... 31
4.5 Paredes Knauf de gesso acartonado ..................................................... 32
4.5.1 Paredes com estrutura metálica ............................................... 32
5. Método de Avaliação e Simulação ........................................................... 34
5.1 Simulação ............................................................................................. 34
5.1.1 Paredes divisórias entre ambientes .......................................... 35
5.2 Ábaco para verificação das características acústicas ........................... 36
5.2.1 Ábaco - modelo ....................................................................... 37
5.3 Exemplo 1 ............................................................................................ 38
5.4 Exemplo 2 ............................................................................................ 39
Bibliografia ............................................................................................... 41
9
1. CONFORTO ACÚSTICO - CONSIDERAÇÕES GERAIS
1.1 SOM
O som é uma sensação auditiva ocasionada pela vibração de partículas de
ar transmitida ao aparelho auditivo humano. É uma transmissão aérea. A
velocidade de transmissão do som é diretamente proporcional à distância
entre as moléculas constituintes do meio. Quanto mais próximas entre si
estiverem, mais rápida será a propagação do som; no ar a velocidade é de
340 m/s, sendo maior nos líquidos e maior ainda nos sólidos. Na ausência
de ar (vácuo), o som não se propaga.
A música é uma seqüência de sons agradáveis. A música é a “arte dos
sons” . A noção de música depende da cultura do ouvinte.
1.2 RUÍDO
Oruídopodesercaracterizadocomosendoasensaçãopsicológicaresultante
de um ou mais sons desagradáveis ao ouvido humano. A noção de ruído é
subjetiva e depende de quem o percebe. Neste trabalho, a conceituação de
“som” e “ruído” fica a critério do leitor, uma vez que a subjetividade da
sensação varia de indivíduo para indivíduo.
1.3 CARACTERIZAÇÃO DO SOM
O som (puro) é caracterizado por seu nível e pela sua freqüência, sendo
ainda diferenciado pelo tom e pelo timbre.
1.3.1 Nível do som
O nível do som (nível sonoro) expresso em dB (decibel), é obtido
pelo uso de equipamentos medidores, os quais determinam a
intensidade sonora real por comparação a um nível de referência.
As Normas Brasileiras e Internacionais o definem como Nível de
Pressão Acústica, Lp
. (∗)
1.3.2 Freqüência do Som
A freqüência do som em Hz (Hertz) exprime o número de vibrações
por segundo. É a freqüência que permite distinguir um som grave
de um som agudo, determinando o tom do som percebido.
(*)
A NBR 12179/1992 utiliza os termos “pressão acústica”, “pressão sonora”
e “intensidade sonora” para caracterizar o mesmo fenômeno.
10
O tom é a interpretação subjetiva
da freqüência de um som. Isso fica
claramente estabelecido para sons
com tonalidade pura. Sons
complexos são fisicamente
determinados por seus espectros,
cuja interpretação subjetiva é o
timbre. A figura 1 mostra uma onda
de som puro, e os espectros de um
assobio e de um estrondo. FIGURA 1 - Sons puros e sons complexos
1.4 CAMPO AUDÍVEL
O campo audível do ouvido humano está compreendido aproximadamente
entre 20 e 20.000 Hz. A voz humana se situa entre 500 e 1.000 Hz. As
normas específicas utilizam o campo de 100 a 5.000 Hz, e foi
convencionado subdividi-lo em bandas de seis (6) oitavas, com terços
médios centrados em 125, 250, 500, 1.000, 2.000 e 4.000 Hz. As duas
primeiras oitavas, com terços médios em 125 e 250 Hz, correspondem aos
sons graves; as duas oitavas seguintes, 500 e 1.000 Hz, correspondem aos
sons médios; e as duas últimas , 2.000 e 4.000 Hz, aos sons agudos.
FIGURA 2 - Bandas de oitavas e terços médios de oitavas
ESTRONDO
ASSOBIO
SOMPURO
11
FIGURA 3 - Curvas de WEBER-FECHNER
1.5 SENSIBILIDADE AUDITIVA
Estudos sobre a sensibilidade do
aparelho auditivo humano de-
monstraram que as nossas
impressões sonoras obedecem à
lei de WEBER-FECHNER,
segundoaqualasensaçãoauditiva
é proporcional ao logaritmo da
excitação nas freqüências médias.
O aparelho auditivo humano não
percebe sons de freqüências
diferentes com a mesma
sensibilidade. Também, para uma
frequência dada, a sensibilidade
do aparelho auditivo humano
varia com o nível sonoro (Nível
de Pressão Acústica, Lp
.).
Afigura3apresentaascurvasdeigualsensaçãosonoradoaparelhoauditivo
humano, na qual a parte colorida corresponde à voz humana. É importante
ressaltar que o ouvido humano é mais sensível e mais preciso na
identificaçãodefreqüênciasaltas(médiaseagudas).Nasfreqüênciasbaixas
(graves), o ouvido humano é menos seletivo, o que explica a diferença de
sensação auditiva entre dois ruídos de um mesmo nível sonoro. Um apito
(agudo) será sempre mais “sentido” do que um trovão (grave), ambos
apresentando o mesmo nível de intensidade.
1.6 DECIBEL dB e DECIBEL dB(A)
Para medir o nível do som/intensidade sonora/nível de pressão acústica é
normalmente utilizado um equipamento denominado decibelímetro, sendo
o resultado apresentado em decibéis (dB). Uma diferença de 1 dB para
mais ou para menos pode ser detectada pelo ouvido humano. Se o nível de
pressão acústica for aumentado ou diminuído em 10 dB, o ouvido humano
interpreta como se o mesmo tivesse sido duplicado ou reduzido à metade.
O nível do som é uma grandeza logarítmica que traduz o aspecto fisiológico
do fenômeno. A adição logarítmica dos níveis sonoros, por bandas de
oitavas,permiteobteronívelglobaldeumruídoemdecibéis.Destamaneira
um ruído é identificado por um único número, o qual por natureza não
permite quantificar as freqüências graves, médias e agudas. Por este motivo
o nível global em dB é pouco usado, dando lugar ao dB(A), um valor
Nível sonoro (dB)
130
120
110
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
12
ponderado que leva em consideração os valores correspondentes de igual
sensação sonora do aparelho auditivo humano.
O decibelímetro, por meio de filtros (A, B e C), simula o comportamento
do ouvido humano. O filtro A corresponde aos níveis baixos (40 dB), já os
filtros B e C correspondem aos níveis médios (55 a 85 dB) e altos (mais de
85 dB).
Atualmente, somente é utilizado o dB(A) para as avaliações de ruídos,
porquanto este é o filtro mais abrangente para as bandas de oitavas.
As tabelas a seguir apresentam exemplos de níveis de intensidade sonora e
das impressões que normalmente provocam.
Níveis de intensidade sonora - dB(A)
0 - 10 Laboratório acústico, à prova de ruídos
10 - 20 Estúdios muito isolados acusticamente
20 - 30 Interior de uma grande igreja
30 - 40 Conversa em voz moderada
40 - 50 Sala de escritório
50 - 60 Lojas/ruas residenciais
60 - 70 Rua de tráfego médio/fábrica média
70 - 80 Orquestra sinfônica
80 - 90 Rua muito barulhenta
90 -110 Passagem de um trem subterrâneo
110 -120 Trovão muito forte/turbina de avião a 100 m
130 Turbina de avião a 25 m/limiar da dor
Níveis de intensidade sonora x impressões
médias relativas - dB(A)
0 - 10 dB Silêncio anormal
10 - 30 dB Muito quieto
30 - 50 dB Calmo
50 - 70 dB Música e ruídos comuns
70 - 90 dB Barulhento
90 - 110 dB Desagradável, penoso
110 -130 dB Insuportável
13
A adição de dois níveis sonoros iguais (60 dB), porém de freqüências muito
diferentesapresentaumresultadofinalamaiordeaproximadamente3a5dB.
FIGURA 4 - Adição de níveis sonoros
Um ruído preponderante pode mascarar outro ruído sempre que os níveis
de pressão sonora forem muito diferentes. O ruído mais forte sobrepõe-se
ao ruído mais fraco, ficando este último imperceptível ao ouvido humano.
FIGURA 5 - Sobreposição de níveis sonoros
1.8 MEDIÇÃO DE RUÍDO
Para definir o espectro de um determinado ruído, será necessário medi-lo
em várias freqüências e corrigir a curva resultante, conforme as curvas
fisiológicas do aparelho auditivo humano. A possibilidade de inserir filtros
corretivos no aparelho de medida do som (decibelímetro) visa obter valores
únicos para ruídos complexos, em vez de uma série de valores variando
com as freqüências. Os filtros funcionam como atenuadores para
determinadasfreqüências,usandocurvasdereferênciadenominadas curvas
de avaliação de ruído (NC = Noise Criteria).
A tabela 1, publicada na próxima página, apresenta os níveis de ruído
compatíveis com o conforto acústico em ambientes construídos.
1.7 ADIÇÃO DE NÍVEIS SONOROS
Os níveis sonoros são grandezas logarítmicas e, portanto, não podem ser
adicionadas aritmeticamente:
60 dB + 60 dB 120 dB
70 dB + 60 dB 130dB
≠
≠
14
Ambientes dB(A) NC
Hospitais
Apartamentos, enfermarias, berçários, centros cirúrgicos 35-45 30-40
Laboratórios, áreas de uso público 40-50 35-45
Serviços 45-55 40-50
Escolas
Bibliotecas, salas de música, salas de desenho 35-45 30-40
Salas de aula, laboratórios 40-50 35-45
Circulação 45-55 40-50
Hotéis
Apartamentos 35-45 30-40
Restaurantes, salas de estar 40-50 35-45
Portaria, recepção, circulação 45-55 40-50
Residências
Dormitórios 35-45 30-40
Salas de estar 40-50 35-45
Auditórios
Salas de concerto, teatros 30-40 25-30
Salas de conferência, cinemas, salas de uso múltiplo 35-45 30-35
Restaurantes 40-50 35-45
Escritórios
Salas de reunião 30-40 25-35
Salas de gerência, salas de projetos, administração 35-45 30-40
Salas de computadores 45-65 40-60
Salas de mecanografia/digitação 50-60 45-55
Igrejas e templos
Locais para cultos meditativos 40-50 35-45
Locais para esporte
Pavilhões fechados p/espetáculos e atividades esportivas 45-60 40-55
a) O valor inferior da faixa representa o nível sonoro para
conforto, enquanto que o valor superior significa o nível
sonoro aceitável para a finalidade.
b) Níveis superiores aos estabelecidos nesta tabela são
considerados de desconforto, sem necessariamente
implicar risco de dano à saúde.
TABELA 1 - Valores de dB(A) e NC
FONTE: Tabela 1 – NBR 10152/1987
Notas:
15
Curva 63 Hz 125 Hz 250 Hz 500 Hz 1 kHz 2 kHz 4 kHz 8 kHz
dB dB dB dB dB dB dB dB
15 47 36 29 22 17 14 12 11
20 50 41 33 26 22 19 17 16
25 54 44 37 31 27 24 22 21
30 57 48 41 36 31 29 28 27
35 60 52 45 40 36 34 33 32
40 64 57 50 45 41 39 38 37
45 67 60 54 49 46 44 43 42
50 71 64 58 54 51 49 48 47
55 74 67 62 58 56 54 53 52
60 77 71 67 63 61 59 58 57
65 80 75 71 68 66 64 63 62
70 83 79 75 72 71 70 69 68
FONTE: NBR 10152/1987
FIGURA 6 - Curvas de Avaliação de Ruído (NC)
Nota: na utilização dos valores encontrados nas curvas NC, admite-se uma tolerância de ± 1 dB.
Tabela 2 - Níveis de pressão sonora correspondentes
às curvas de avaliação de ruído (NC)
FONTE: NBR 10152/1987
NC70
NC65
NC60
NC55
NC50
NC45
NC40
NC35
NC30
NC25
NC20
NC15
125 250 500 1000 2000 400063 8000
Freqüências centrais das bandas de oitava (Hz)
90
80
70
60
50
40
30
20
10
Níveldepressãosonora(dB)
16
TABELA 3
Interpretação das curvas NC
Curva NC
20-30
30-35
35-40
40-50
50-55
Mais de 55
Comunicação ambiente
Escritório muito silencioso. Uso
satisfatório do telefone. Adequado
para grandes reuniões.
Escritório silencioso. Satisfatório
para reuniões entre pessoas
distantes até 4,5 m. Voz normal
audível e inteligível até 9 m. Uso
satisfatório do telefone.
Satisfatório para reuniões entre
pessoas distantes entre 1,8 m e
2,4 m. Uso satisfatório do
telefone. Voz normal audível e
inteligível até 3,6 m.
Satisfatórioparareuniõesentre
pessoasdistantesentre1,2me
1,5m.Dificuldadeocasionalpara
usodotelefone.Voznormalaudível
até 1,8 m. Voz elevada até 3,6 m.
Insatisfatório para reuniões com
mais de 2 ou 3 pessoas. Uso do
telefone com dificuldade
permanente. Voz normal audível
até 0,6 m. Voz elevada e
inteligível até 1,8 m.
Ambiente muito barulhento,
inadequado para escritórios. Uso
difícil do telefone.
Aplicações típicas
Escritórios de executivos
e salas de reuniões para
até 50 pessoas.
Escritórios individuais ou
coletivos, salas de
recepção e salas de
reunião para 20 pessoas.
Escritórios de dimensões
médias e escritórios
comerciais de indústrias.
Grandes escritórios com
equipamentos
específicos: telefone, fax,
micros, etc.
Áreas onde se operam
máquinas ruidosas ou
impressoras matriciais.
Contra-indicado para
qualquer tipo de
escritório.
FONTE: Revista TÉCHNE No
20 – Jan/Fev 1996
17
2. RUÍDOS AÉREOS NOS AMBIENTES CONSTRUÍDOS
As fontes de ruído são classificadas como “exteriores” e “interiores”. As fontes
de ruído exteriores mais intensas no nosso dia-a-dia são principalmente as
provenientes de turbinas de aviões, tráfego ferroviário, máquinas usadas na
construção civil e indústrias quando não confinadas em zonas específicas. As
fontes de ruídos interiores que maior influência têm em prédios de utilização
coletiva são provenientes de aparelhos sonoros, máquinas e equipamentos
específicos de uso doméstico e impactos contra pisos.
2.1 REFLEXÃO DO SOM
As ondas sonoras incidentes numa parede, se esta for perfeita, ou seja,
pesada, indeformável, plana e lisa, sofrem reflexão. Este fenômeno se
caracteriza pela permanência da energia sonora no ambiente (bate e volta).
2.2 REVERBERAÇÃO DO SOM
A existência de paredes de fechamento de um ambiente construído dá
origem a sons refletidos que caracterizam o fenômeno chamado de
reverberação. Existe uma unidade comparativa para medir a reverberação,
definida como o tempo necessário para um som diminuir sua intensidade
à milionésima parte a partir do momento em que cessa a fonte sonora. Esse
decréscimo corresponde a uma redução de 60 dB.
FIGURA 7 - Tempo de reverberação
Nível sonoro (dB)
Tempo de reverberação
Tempo (s)
60dB
Tr
18
A reverberação incide de três modos na distribuição do som no ambiente:
• O espectro do som reverberante não coincide com o espectro do som
direto em virtude da absorção nos diferentes materiais de construção ser
seletiva com relação à freqüência;
• Adistribuiçãoespacialdosomnãoéhomogêneaumavezqueosmateriais
absorventes não estão distribuídos homogeneamente no ambiente (por
exemplo, concentrados nas paredes);
• Osomreverberantepersisteumcertotemponolocal,depoisdasupressão
da fonte sonora.
Esta terceira característica é talvez a mais significativa para o tratamento
acústico do espaço arquitetônico. Se a reverberação persistir muito tempo
depois da supressão do som direto, perturbará a clara percepção (a
inteligibilidade de um discurso, por exemplo). Se, ao contrário, o som
desaparecer imediatamente após a supressão da fonte acústica, além de
dificultar a audição em pontos afastados da fonte, prejudicará a percepção
dealgunstiposespeciaisdefontessonoras(porexemplo,grandesorquestras
precisam de um certo tempo de reverberação para que ocorra a fusão dos
sons dos vários instrumentos).
2.3 ABSORÇÃO DO SOM/ABSORÇÃO ACÚSTICA
Nenhuma parede é perfeitamente refletora das ondas sonoras e, portanto,
uma parcela da energia incidente é absorvida pelo material constituinte da
parede.
Essefenômenoreduzareflexãodasondassonorasemummesmoambiente,
ou seja, reduz e/ou elimina o tempo de reverberação nesse ambiente.
Os materiais de construção são seletivos quanto às freqüências de sons que
absorvem. Conhecendo-se as características (freqüências) de emissão e
absorção respectivamente da fonte sonora e dos materiais de construção,
pode-se otimizar e/ou corrigir os tempos de reverberação de ambientes
construídos.
A energia sonora é absorvida e transformada em calor sempre que encontra
ummaterialdeestruturaporosa(lãmineral,porexemplo),podendoabsorver
de 30% a 100% da energia incidente, dependendo da espessura do material
e da freqüência do som. Em uma edificação, com suficientes quantidades
de material absorvente acústico, o som tende a se comportar como se não
houvesse obstáculos, ou seja, à medida em que nos afastamos da fonte
sonora, ocorre uma atenuação semelhante àquela que ocorreria ao ar livre.
Osmateriaisparaabsorçãoacústicasãodebaixaemédiadensidade,fibrosos
ou porosos. A partir disso, esses materiais podem ser classificados como:
19
• Materiais porosos, diretamente expostos: lã de vidro ou lã de rocha,
feltro, espumas de poliestireno, poliuretano, etc;
• Materiais porosos recobertos por chapas perfuradas: os anteriores,
combinadoscomchapasdegesso,lâminasmetálicas,madeiraesimilares;
• De aplicação direta com pistola sobre a parede ou teto: espumas de
resinas específicas (poliuretano, fenol, etc.) com ou sem cargas (pérolas
de poliestireno expandido, vermiculita, cortiça, etc.);
• Chapas pré-fabricadas, perfuradas ou não: chapas de gesso, de fibras
de madeira, de aglomerados de gesso, de cortiça, etc.
A tabela 4 apresenta uma relação de materiais/produtos com os respectivos
índicesdeabsorçãoacústicarelacionadosàsfreqüênciascentraisdasoitavas.
A inclusão de materiais/produtos combinados adequadamente permite
otimizar o comportamento acústico dos ambientes construídos.
Freqüências (Hz)
125 250 500 1000 2000 4000
Materiais/Produtos/Componentes
Materiais de construção usuais, densos
Revestimento, pintura
Reboco áspero
Reboco liso
Teto pesado suspenso (de gesso)
Estuque
Superfície de concreto
Revestimentos de pedras
Chapas de mármore
Revestimento aderente de vidro
Revestimento espaçado 5 cm da parede
Vidraça de janela
Assoalhados
Tapetes de borracha
Taco colado
Carpete de 5 mm de espessura
Carpete de veludo
Carpete 5 mm sobre base de feltro de 5mm
Materiais porosos e isolantes
a) Fibras Naturais
Feltro de fibra natural, 5mm, diretamente
na parede
Chapa acústica macia, de fibra perfurada
ranhurada, com espaço de 5 cm da parede
(esp. 12 mm de gesso)
Chapa acústica macia, diretamente na
parede
0,03 0,03 0,03 0,03 0,04 0,07
0,02 0,02 0,02 0,02 0,03 0,06
0,02 - 0,03 - 0,05 -
0,03 - 0,04 - 0,07 -
0,02 0,03 0,03 0,03 0,04 0,07
0,02 - 0,05 - 0,07 -
0,01 0,01 0,01 - 0,02 -
0,04 - 0,03 - 0,02 -
0,25 0,20 0,10 0,05 0,02 0,02
- 0,04 0,03 0,02 - -
0,04 0,04 0,08 0,12 0,03 0,10
0,04 0,04 0,06 0,12 0,10 0,17
0,04 0,04 0,15 0,29 0,52 0,59
0,05 0,06 0,10 0,24 0,42 0,60
0,07 0,21 0,57 0,68 0,81 0,72
0,09 0,12 0,18 0,30 0,55 0,59
0,20 0,36 0,31 0,34 0,46 0,62
0,03 0,14 0,27 0,40 0,52 0,63
20
Freqüências (Hz)
125 250 500 1000 2000 4000
Materiais/Produtos/Componentes
b) Minerais
Parede de pedra-pomes de 100 mm, sem
revestimento
c) Materiais sintéticos
Espuma de uréia, 50 mm, 15 kg/m3
,
diretamente em parede densa
Chapa absorvente microporosa,
espaçada da parede a 50 mm
Folha absorvente fina, microporosa, a
50 mm da parede, espaço vazio
Móveis/tecidos/humanos
Uma pessoa com cadeira
Público por pessoa, em fileiras fechadas
Cadeira estofada, chata, com tecido
Tecido de algodão, esticado liso
Tecido de algodão, esticado liso,
50/150mm, na frente de parede lisa
Cortina grossa, drapeada
Público em ambientes muito grandes,
por pessoa
Portas/janelas/aberturas
Janela aberta
Portas de madeira, fechadas
Co-vibradores (chapas densas e folhas)
Madeira compensada de 3 mm, a 50 mm
da parede, espaço vazio
Madeira compensada de 3 mm, a 50 mm da
parede, espaço preenchido com lã mineral
Lã mineral de 50 mm, coberta de papelão
denso
Sistemas absorventes especiais
Caixões de chapa perfurada, com chapas de
feltro de lã de vidro de 30 mm, suspensos a
180 mm
Chapa perfurada, forrada de lã de vidro na
frente, com 40 a 50 mm de espaço vazio
Chapa perfurada de 3 mm, proporção de furos
cada 16%, forrada c/lã mineral de 0,5 mm na
frente, com 45 a 50 mm de espaço vazio
TABELA 4 - Índice de absorção acústica relacionados com as freqüências
Extrato da Tabela 2 da NBR 12179/1992
0,03 0,17 0,26 0,50 0,56 0,68
0,12 0,20 0,45 0,65 0,70 0,75
0,37 0,70 0,59 0,54 0,59 0,62
0,04 0,15 0,52 0,95 0,93 0,58
0,33 - 0,44 - 0,46 -
0,28 - 0,40 - 0,44 -
0,13 - 0,20 - 0,25 -
0,04 - 0,13 - 0,32 -
0,20 - 0,38 - 0,45 -
0,25 - 0,40 - 0,60 -
0,13 0,31 0,45 0,51 0,51 0,43
1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
0,14 - 0,06 - 0,10 -
0,25 0,34 0,18 0,10 0,10 0,06
0,61 0,65 0,24 0,12 0,10 0,06
0,74 0,54 0,36 0,32 0,30 0,17
0,30 0,43 0,61 0,62 0,85 0,66
0,01 0,03 0,10 0,16 0,17 0,20
0,01 0,10 0,19 0,25 0,46 0,21
21
FIGURA8–Incidênciaetransmissãodeondassonoras
2.4 TRANSMISSÃO DO SOM
Na prática, nenhuma parede se comporta como obstáculo perfeito. Sob a
ação de ondas sonoras que atingem uma parede, esta põe-se a vibrar.
Evidentemente, essa vibração é invisível. A própria parede em vibração
produz ondas sonoras nos ambientes que separa, ou seja, parte da
energia incidente pela vibração da parede é transmitida ao ambiente
contíguo ou adjacente.
Cabe observar que, quando se substitui o revestimento de uma parede por
um material cujo coeficiente de absorção é mais elevado que o do
revestimento anterior, a parcela refletida do conjunto parede +
revestimento é diminuída, mas a parcela transmitida não se altera.
Isso nem sempre é fácil de admitir, mas são cometidos muitos erros
quando se pretende, com um material absorvente acústico, diminuir
a parcela de energia transmitida através de uma parede.
2.5 ISOLAMENTO ACÚSTICO/ISOLAMENTO SONORO
O isolamento acústico/sonoro se refere à capacidade de certos materiais
formaremumabarreira,impedindoqueaondasonorapassedeumambiente
a outro. Nestes casos se deseja impedir que o som (ruído) alcance o homem.
É importante relembrar que o som não atravessa as paredes e sim as faz
vibrar. A energia mecânica de vibração da parede transmite movimento ao
ar, gerando ondas sonoras. Quanto mais leve a parede, mais facilmente
passa a vibrar.
Isto deixa bem evidente que paredes leves não são recomendadas para
impedir a transmissão do som, pois ao vibrar elas se tornam fontes
secundárias de som.
As paredes devem ser suficientemente pesadas, pois quanto maior for a
MATERIAL ABSORVENTE
ENERGIAREFLETIDA
ENERGIA
REFLETIDA
ENERGIAREFLETIDA
ENERGIA
INCIDENTEENERGIA
INCIDENTE
ENERGIA
TRANSMITIDA
TRANSMITIDAENERGIA
22
FIGURA 9 – Princípio dos sistemas multicamadas
massa, mais dificilmente entrarão em vibração. A contrapartida a paredes
pesadas para isolamento sonoro é alcançada facilmente por sistemas de
paredes leves multicamadas.
Há um eficiente sistema acústico multicamadas, denominado massa-mola-
massa, cuja resultante da descontinuidade de meios proporciona resultados
superiores a sistemas pesados com um único tipo de material.
Este fato é comprovado quando se comparam paredes de alvenaria
convencional, ou até mesmo de concreto, com paredes multicamadas de
gesso acartonado.
As paredes de gesso acartonado formam o sistema massa(gesso)–mola(ar)
– massa (gesso) e podem ainda ter aumentado seu isolamento acústico
com a colocação de lã mineral no seu interior. A lã de rocha ou de vidro é
um excelente absorvente acústico, fortalecendo assim a função mola.
2.6 ISOLAMENTO PADRONIZADO ENTRE DOIS LOCAIS
Não se pode medir “in situ” o índice de redução acústica de uma parede
divisória de ambientes, porquanto sempre existirão caminhos secundários
para o som, os quais mascaram a medição.
Por esses caminhos secundários (paredes laterais comuns, piso e teto, aos
quais se convencionou chamar de “flancos”), sempre ocorrerão
transmissões indiretas.
As características acústicas dos ambientes se alteram em função da
disposição e do mobiliário bem como do número de pessoas presentes, o
que torna extremamente variável e complexa sua determinação precisa.
Para simplificar esse processo, utilizam-se valores comparados a um
“isolamento acústico de referência”.
MASSA - MOLA - MASSAAR
d (m)
M1
(kg/m2
) M2
(kg/m2
)
23
A partir dos índices de redução acústica (R) pode-se analisar e avaliar o
comportamento acústico dos ambientes construídos. Esta análise apresenta
importância fundamental para permitir a verificação e o atendimento dos
índices fixados pela legislação.
FIGURA 10 - Transmissão de sons pelos flancos
Planta baixa Corte
24
3. CONDICIONAMENTO ACÚSTICO
3.1 CONCEITOS
Não se deve confundir Absorção Acústica com Isolação Acústica. São
conceitostotalmentediferentesquemuitasvezessãotomadosporidênticos,
gerando interpretações distorcidas do comportamento dos materiais/
produtos/componentes, aplicados à construção civil.
3.1.1 Absorção Acústica
É a capacidade de um material/produto/componente construtivo
absorver total ou parcialmente a energia sonora incidente.
3.1.2 Isolação Acústica
É o conjunto de procedimentos praticados na construção civil para
inibir a transposição do som de um ambiente a outro.
3.2 ABSORÇÃO/ISOLAÇÃO
Quandoumaondasonoraencontraumelementoqueseparadoisambientes,
uma fração é transmitida ao ambiente contíguo, outra fração é absorvida
pelo elemento separador ou seu revestimento e uma terceira fração é
refletida, permanecendo no ambiente.
Seummaterialabsorventeacústicoforinterpostojuntoàparedeseparadora,
não é melhorada a isolação acústica entre os dois ambientes, mas sim o
comportamento acústico interno do ambiente, podendo transformá-lo de
“sonoro” (muito reverberante) para “surdo” (∗)
. É feita portanto uma
correção acústica do ambiente.
FIGURA 11 – Subdivisão de sons incidentes
A onda sonora (1)
subdivide-se em:
Reflexão (2),
Absorção (3) e
Transmissão (4)
O material absorvente
(A) aumenta a fração
absorvida (3) e diminui
a fração refletida (2).
A fração transmitida
não é alterada.
(A)
(*)
O conceito de ambiente “surdo” está ligado ao tempo de reverberação curto.
25
3.3 TERMINOLOGIAS E GRANDEZAS
A avaliação e simulação do comportamento dos materiais/produtos/
componentes da construção civil exigem a identificação de algumas
grandezas específicas, vinculadas aos conceitos de acústica, necessárias
paraquantificarecompararresultadosmedidosemcondiçõesdelaboratório
com aqueles encontrados no ambiente construído (“in situ”).
Sob o ponto de vista de utilização prática, a complexidade em identificar,
avaliar, medir e interpretar sons e ruídos exige simulações em laboratório,
que, após interpretações e ajustes por meio de tabelas e curvas
características,permitesuautilizaçãonasmediçõesnoambienteconstruído.
As grandezas, os índices, a nomenclatura e as siglas são listados a seguir,
acompanhados de uma breve definição. Trata-se especialmente do Índice
de Redução Acústica R, medido em dB, com seus desdobramentos.
3.3.1 Índice de Redução Acústica (R)
Identifica a absorção acústica de sons aéreos em materiais/produtos/
componentes; (a inclusão de nomenclaturas subscritas permite
diferenciar se o som é transmitido somente pela parede divisória de
ambientes ou também por caminhos secundários (flancos).
3.3.2 Índice de Redução Acústica de Laboratório (R)
Identifica a absorção acústica do material/produto/componente em
bancadadelaboratórioondesejapossívelexcluir todososcaminhos
secundários de propagação do som (flancos).
3.3.3 Índice de Redução Acústica do Ambiente Construído (R’)
Identifica a absorção do som em condições normais do ambiente
construído,ouseja,considerandotambémoscaminhossecundários,
pisos, paredes e tetos comuns (flancos). O apóstrofe (’), indica que
se trata de índice ponderado, especificamente ajustado e corrigido
para medições no ambiente construído (“in situ”).
O índice R’, por semelhança pode também representar simulações de
laboratório que contemplem os caminhos secundários existentes nos
ambientes construídos.
Os valores dos índices (R e R’) variam em função das freqüências dos
sons. Isto leva a um grande número de índices para o mesmo material/
produto/componente, tornando pouco prática sua utilização. A solução
encontrada foi unificar os índices em um único valor. Este valor é chamado
de Índice de Redução Acústica Ponderado Rw
(R’w
para o ambiente
construído).Esteíndiceédeterminadoemlaboratórioutilizandofiltrospara
26
absorver determinadas freqüências, possibilitando a construção de curvas
e tabelas para determinar os índices ponderados Rw
e R’w
.
Nas informações prestadas por fabricantes de materiais/produtos/
componentesdesistemasligadosaocomportamentoacústicodosambientes
construídos devem ser fornecidos os índices de laboratório RL
,RLw
, e RLwR
e os correspondentes R’L
, R’Lw
, e R’LwR.
Estes são os índices que permitem
calcularousimularascondiçõesnecessáriasparaavaliarocondicionamento
acústico dos ambientes construídos.
3.3.4 RL
Índice que referencia a absorção do som aéreo ao longo de uma
interfacepadrãodaáreadecontatodomaterial/produto/componente
com uma aresta padrão formada pelo material/produto/componente
e os flancos. Este índice é determinado em laboratório, e leva em
consideração a frequência dos sons; pressupõe ainda a área de
contato, material/produto/componente com pequena(pouca)
vinculação (fixação) com os flancos. A vinculação assim
caracterizada pretende simular aquela encontrada nos ambientes
construídos (“in situ”).
3.3.5 RLw
Índice ponderado de absorção de sons aéreos de materiais/produtos/
componentes determinados pelos índices RL
corrigidos pelo filtro
que simula a fisiologia do ouvido humano.
3.3.6 RLwR
Sufixo “R subscrito” indica o resultado, ou seja, o valor final com
um único número do índice RLw
, medido em dB.
3.3.7 R’L
- R’Lw
- R’LwR
Indicamíndiceponderadoparautilizaçãoemambientesconstruídos.
Assim identificamos nas nomenclaturas RwR
, R’wR,
RLwR
, e R’LwR
os valores
únicos a serem usados quando do cálculo do condicionamento acústico de
ambientes construídos.
NOTA - As normas DIN 52210 – partes 1 a 4 – abordam em profundidade
os índices acima e são indicadas para quem desejar informações mais
detalhadas.
27
Fonte: “Knauf Wände - Schallschutz” - extrato da tabela 3 - DIN 4109
Para paredes com
porta R’w
(parede) =
= R’w
(porta) + 15 dB
Tabela 5 – Índices ponderados de absorção acústica
4. TRANSMISSÃO DE SONS AÉREOS
4.1 ÍNDICES R’w
EXIGIDOS PARA PAREDES
SEPARADORAS ENTRE AMBIENTES CONSTRUÍDOS
AMBIENTE R’w
(dB) Observações
EDIFÍCIOS MULTIPISOS DE HABITAÇÕES
Paredes divisórias entre unidades distintas,
entre salas de unidades distintas 53
Paredes divisórias entre habitações e
áreas de uso comum. 52
Paredes divisórias entre habitações e passagem
de automóveis (garagens, etc..) 55
Paredes de salas de jogos ou salas multiuso 55
HOTÉIS E SIMILARES
Paredes entre quartos e:
Quartos contíguos, quartos e áreas de uso comum 47
HOSPITAIS, SANATÓRIOS, etc.
Paredes entre:
-Enfermarias contíguas,
-Corredores e enfermarias,
-Salas de exames e similares,
-Corredores e salas de exames,
-Enfermarias e salas de apoio 47
Paredes entre:
-Salas de cirurgia e salas de atendimento,
-Salas de cirurgia e corredores 42
Paredes entre:
Salas de tratamento intensivo,
corredores e salas de tratamento intensivo 37
ESCOLAS E SIMILARES
Paredes entre:
Salas de aula e salas similares 47
Paredes entre: Salas de aula e similares e
corredores de uso comum 47
Paredes entre: Salas de aula e similares
e escadarias 52
Paredes entre: Salas de aula e similares e salas
ruidosas (salas de esportes, música,oficinas) 55
28
AMBIENTE R’w
EM dB EXIGIDO PARA
AMBIENTES COM NÍVEL DE
INTENSIDADE SONORA:
75-80 dB(A) 81–85 dB(A)
Compartimentos com equipamentos ruidosos 57 62
Ambientes de comércio em geral 57 62
Cozinhas industriais de hotéis, hospitais,
restaurantes, bares e similares 55
Cozinhas industriais de hotéis, hospitais,
restaurantes, bares e similares com
atividades após às 22:00 horas 57
Restaurantes e similares até 22:00 horas 55
Restaurantes, casas noturnas com
atividades após às 22:00 horas 62
Ambientes de boliche, bolão e similares 67
Ambientes com utilização de equipamentos
de som (nível de intensidade máximo
entre 85 dB(A) e 95 dB(A) 72
Tabela 6 – Índices ponderados de absorção acústica
Fonte: “Knauf Wände - Schallschutz” - extrato da tabela 5 - DIN 4109
4.2 ÍNDICES R’w
EXIGIDOS PARA PAREDES
SEPARADORAS ENTRE AMBIENTES “RUIDOSOS”
4.3 RECOMENDAÇÕES PARA CONFORTO ACÚSTICO
Deve-se
atentar para
a não
redução por
caminhos
secundários,
portas, etc.
AMBIENTES R’w (dB) R’w (dB) Obs.:
Normal Superior
HABITAÇÕES
Paredes sem portas entre comparti-
mentos “silenciosos” e “ruidosos”.
Ex: entre sala de estar e dormitórios 40 ≥≥≥≥≥ 47
ESCRITÓRIOS E EDIFICAÇÕES COMERCIAIS
Paredes entre compartimentos
de atividades similares 37 ≥≥≥≥≥ 42
Paredes entre áreas de uso comum 37 ≥≥≥≥≥ 42
Paredes de aposentos específicos.
Ex: salas de diretoria e de reuniões 45 ≥≥≥≥≥ 52
Paredes entre compartimentos
específicos e corredores e
compartimentos de uso comum 45 ≥≥≥≥≥ 52
Tabela 7 – Índices ponderados de absorção acústica
Fonte: “Knauf Wände - Schallschutz” - extrato da tabela 3, Anexo 2 - DIN 4109
29
4.4 ELEMENTOS CONSTRUTIVOS CONFORMADORES
DOS FLANCOS
4.4.1 RLwR
- TETOS
TETO/FORRO SUSPENSO
EM CHAPAS PARA DRYWALL
Exemplos de
tetos/forros suspensos
com superfície fechada
Material
do teto -
chapa para
drywall
RLwR
(dB)
Sem lã
mineral
Com lã
mineral
≥100mm≥50mm
Chapa única
≥ 12,5mm
Chapa dupla
≥ 2 x 12,5mm
Chapa única
≥ 12,5mm
Chapa dupla
≥ 2 x 12,5mm
Chapa única
≥ 12,5mm
TETOS DE COMPONENTES MACIÇOS
PESO POR m2
RLwR
(dB)
100 41
200 51
300 56
350 58
400 60
500 63
Parede divisória até nível
do forro; chapa do forro
contínua. (Para
RLwR
≥ 55 dB é
necessária junta se-
paradora na chapa).
Parede divisória até o
nível do forro; chapa
de forro interrompida.
Estrutura da parede
divisória até o teto;
chapas de forro e da
parede divisória
interrompidas no
nível do forro.
Parede divisória até o
teto; o revestimento
da parede divisória
configura a comparti-
mentação do espaço
vazio do forro.
40 51 57
50 56 ≥≥≥≥≥57
43 58
50 63
≥≥≥≥≥60
30
Redução de RLwR
- forros suspensos > 400mm até o teto
LAJES MACIÇAS COM OU SEM
CONTRAPISOS INTEGRADOS
PESO POR m2
RLwR
(dB)
100 41
200 51
300 56
350 58
400 60
500 63
O material isolante
acústico deve ter a
espessura mínima de
50mm e abranger a
totalidade do forro.
Altura até Redução de
o teto (mm) RLwR
em dB
400 0
600 2
800 5
1000 6
4.4.2 RLwR
- PISOS
LAJES MACIÇAS - CONTRAPISO SOBRE CAMADA ISOLANTE
Observação
Exemplos de detalhes
construtivos (peso da laje
maciça ≥≥≥≥≥ 300 kg/m2)
RLwR
(dB)
Contrapiso flutuante interrom-
pido com juntas separadoras
Contrapiso sobre filme isolante
Contrapiso flutuante
Contrapiso flutuante com
junta separadora
42-46
38-44
Exemplos de detalhes
construtivos (peso da laje
maciça ≥≥≥≥≥ 300 kg/m2)
RLwR
(dB)
70
55
31
PAREDES DE ALVENARIA
PESO POR m2
RLwR
(dB)
100 43
200 53
300 58
350 60
400 62
500 65
4.4.3 RLwR
- PAREDES DOS FLANCOS
PAREDES DE ALVENARIA COM REVESTIMENTO
COM CHAPAS PARA DRYWALL
Exemplos de detalhes construtivos RLwR
(dB)
53
57
57
58
58
63
70
71
72
73
Peso da parede
kg/m2
100
200
250
300
400
100
200
250
300
400
Revestimento
com parede
autoportante
e colchão
de ar ≥30mm
Revestimento
contínuo
de parede
PAREDESDRYWALLCOMESTRUTURAMETÁLICA
Exemplos de detalhes construtivos
RLwR
(dB)
53
54
55
57
Revestimento do lado
interno do
compartimento(mm)
Sem junta
≥ 1 x 12,5
≥ 2 x 12,5
Com junta
≥ 1 x 12,5
≥ 1 x 12,5
≥ 1 x 12,5
≥ 2 x 12,5
Separação construtiva
da parede de flanco
W111, W112
Revestimento
contínuo de parede de
flanco. Junta no
revestimentoda
parede de flanco
73
≥75
32
4.5 PAREDES DRYWALL KNAUF
4.5.1 PAREDES COM ESTRUTURA METÁLICA
Índice de Redução Acústica Avaliada – RwR
Dados técnicos
Dimensões
(mm)
D h
Chapas
drywall
tipo/espessura
(mm)
Proteçãoacústica
Material
isolante
(mm)
RwR
dB
W111-Estruturasimples
Sistema
W112-Estruturasimples
W113-Estruturasimples
W116-Parededeinstalações
W118-Parededesegurança
W131-Paredecorta-fogo
1 chapa
de cada lado
2 chapas
de cada lado
3 chapas
de cada lado
Dupla
estrututura
travada, com
duas chapas de
cada lado
Estrutura
simples com três
chapas drywall
de cada lado
intercaladas com
duas chapas de
aço galvanizado
Estrutura
simples com três
chapas drywall
de cada lado
intercaladas com
uma chapa de
aço galvanizado
em um dos lados
73 48
95 70
105 90
98 48
120 70
140 90
123 48
145 70
165 90
≥≥≥≥≥220 ≥≥≥≥≥170
167 90
166 90
Standard ST
(GKB)
Res. ao Fogo
RF (GKF)
Esp = 12,5
Standard ST
(GKB)
Res. ao Fogo
RF (GKF)
Esp = 2 x 12,5
Standard ST
(GKB)
Res. ao Fogo
RF (GKF)
Esp = 3 x 12,5
Standard ST
(GKB)
Res. ao Fogo
RF (GKF)
Esp = 2 x 12,5
Res. ao Fogo
RF (GKF)
Esp = 3 x 12,5
+ 2 x 0,5 mm
Chapas de aço
galvanizado
Res. ao Fogo
RF (GKF)
Esp = 3 x 12,5
+ 0,5 mm
Chapa de aço
galvanizado
40 40
60 41
80 42
40 47
60 49
80 50
80 52
40 52
80 55
80 55
Distância entre perfis = 60 cm
Distância entre perfis = 60 cm
Distância entre perfis = 60 cm
Distância entre perfis = 60 cm
Distância entre perfis = 30 cm
Distância entre perfis = 30 cm
33
O comportamento acústico real do ambiente construído não pode ser avaliado
pela determinação dos índices de redução acústica dos materiais/produtos/
componentes. Somente uma avaliação global do ambiente é que pode fornecer
dados confiáveis. Aqueles que basearam suas avaliações somente nos índices
de redução acústica da parede divisória entre ambientes ficarão negativamente
surpresos.
Muitas vezes um ponto fraco em um dos flancos (alvenarias de tijolos furados,
contrapisos e/ou tetos contínuos ligando aos compartimentos vizinhos, etc.) se
reflete negativamente de tal maneira, que a parede divisória entre os ambientes,
por mais altos que sejam seus índices, muito pouco pode contribuir.
Oroteiroobrigatório,paraumaavaliaçãoresponsáveldocomportamentoacústico
de um ambiente construído começa com a determinação dos índices dos flancos.
A parede divisória entre os ambientes poderá então ter seus parâmetros
determinados para se alcançar os objetivos de conforto acústico pretendidos.
34
5. MÉTODO DE AVALIAÇÃO E SIMULAÇÃO DO
CONDICIONAMENTO ACÚSTICO VISANDO A
ALCANÇAR ÍNDICES PRÉ-FIXADOS DE CONFORTO
A reciprocidade entre os valores dos índices de redução acústica de laboratório
(RwR
) e do ambiente construído (R’wR
) e o gráfico publicado na página 35 (item
5.1.1) permitem determinar o índice R’w
(dB) da parede divisória entre
compartimentos contíguos para o condicionamento acústico pretendido.
Osdadosdográficovisamfacilitaradeterminaçãodaparededivisóriaadequada,
a partir dos coeficientes R’w
- RwR
– R’wR
.
5.1 Simulação
Quando, por exemplo, se pretender alcançar R’w
= 47 dB em um ambiente
construído (coluna azul), este valor só poderá ser alcançado se o somatório
do índice dos flancos alcançar 50 dB.
• Entrar na coluna azul de cima para baixo e encontrar 47.
• Correr horizontalmente pela faixa verde correspondente até o seu
fim (50).
• Subir verticalmente até encontrar a faixa branca que apresenta o resultado
final (50), que corresponde ao somatório dos índices (mínimos) dos 4
flancos.
• Portanto, o somatório dos índices dos flancos deve ser ≥≥≥≥≥ 50 dB.
Se não forem alcançados os 50 dB necessários relativos aos flancos,
será impossível alcançar os 47 dB pretendidos no ambiente
construído, por mais alto que sejam os índices da parede divisória.
Se o somatório dos flancos apresentar 45 dB (por exemplo),
alcança-se no máximo 42 dB, com uma parede divisória com o mais
alto dos índices.
Identificar 45 na faixa horizontal branca, descer verticalmente
até o fim da coluna amarela (45); correr horizontalmente pela
faixa amarela até a coluna azul onde se encontra 42. Este é o
máximo índice a ser alcançado com o somatório dos índices dos
flancos igual a 45 dB.
35
5.1.1 PAREDES DIVISÓRIAS ENTRE AMBIENTES
Índices RwR
da parede divisória para atender os valores de R’w
Tipo de parede DIN 4109
R’w
(dB)
Somatório de R’LwR
(dB) para os 4 flancos
65 60 57 55 53 52 50 47 45 42 40
Entresalasdetratamentointensivo(A)
Entrecorredoresesalasdetratamentointensivo(A)
Entresalasdeescritórios(En)
Entrecorredoresesalasdeescritórios(En)
Entresalas“silenciosas”e“ruidosas”dehabitações(En)
Entresalasdecirurgiaelaboratórios(A)
Idemcomcorredoresecirculações(A)
Entresalasdeescritórios(Ee)
Idemcomcorredoresecirculações(Ee)
Em ambientes com assuntos sigilosos ou trabalhos que
exigemaltaconcentração(En)
Entre salas de diretoria e salas de espera (En)
Idemcomcorredoresecirculações(En)
Entre salas de aula, quartos de hotéis e hospitais,
consultóriosmédicos(A)
Idemcomcorredoresecirculações(A)
Entreenfermariasesalasambulatoriais(A)
Entresalas“silenciosas”e“ruidosas”emhabitações(Ee)
Paredes de escadarias/áreas de uso comum e habitações (A)
Entresalasdeaulaeescadarias(A)
Entreenfermarias(V)
Em salas com assuntos sigilosos ou trabalhos que exigem
altaconcentraçãointelectual(En)
Entresalasdediretoriaesalasdeespera(Ee)
Idemcomcorredoresecirculações(Ee)
Paredesdivisóriasentrehabitaçõesesalascomerciais(A)
Entre salas de aula e salas de música (A)
Em salas de jogos ou salas de multiuso (A)
Emcozinhasindustriaisdehotéis,hospitais,restaurantes(A)
Emrestaurantesousimilarescomatividadesaté22:00horas(A)
Paredesdivisóriasentrehabitaçõesouentresalascomerciais(V)
Paredesdeescadarias/áreasdeusocomumehabitações(V)
Paredesexternasdecasasunifamiliares(A)
Compartimentoscomequipamentosmuito“ruidosos”(A)
Lojascomerciaisesimilares(A)
37
40
42
45
47
52
53
55
57
37 37 37 38 38 38 38 38 38 39 40
40 40 41 41 41 41 41 41 42 45
42 43 43 43 43 43 43 44 45
45 46 46 46 46 46 47 50
48 48 48 48 49 49 50
53 53 54 55 59
54 54 56 58
56 57 60
58 60
Proteção acústica baixa: R’w
até 42 dB RwR
necessário até 45 dB
Proteção acústica média: R’w
até 47 dB RwR
necessário até 50 dB
Proteção acústica elevada:R’w
até 57 dB RwR
necessário até 60 dB
Parede divisória
A = Exigido
V = Proposição
En =Recomendado
Ee = Recomendado
para proteção
acústica elevada
NOTA:índices mais altos só
podem ser alcançados com
R’LwR
mais elevados.
Fonte: “Knauf Wände - Schallschutz” - extrato da norma DIN 4109
36
5.2 ÁBACO PARA AVALIAR O ÍNDICE R’wR
DA
PAREDE DIVISÓRIA ENTRE AMBIENTES
Oábaco(vermodelonapágina37)fazainteraçãodosíndices Rdosflancos
(teto + piso + paredes) esclarecidos pelos exemplos a seguir.
A reciprocidade entre os índices dos flancos e da parede divisória são
apresentados nos exemplos. A partir dos índices dos flancos, iterativamente
se pode calcular o índice R’wR
da parede divisória. A precisão alcançada é
suficiente para a utilização como verificação preliminar para os ambientes
construídos mais significativos, permitindo ainda verificar e identificar os
elos fracos por ventura existentes.
5.2.1 Exemplo 1 (ver página 38):
Sejam conhecidos:
RLwR
Teto: 60 dB (veja possibilidades - item 4.4.1)
RLwR
Piso: 38 dB (item 4.4.2)
RLwR
Parede 1: 55 dB (item 4.4.3)
RLwR
Parede 2: 58 dB (item 4.4.3)
Pretende-se utilizar parede divisória com RwR
= 50 dB (item 4.5.1)
Verificação: Qual o índice final alcançado para a parede divisória
com este conjunto de intervenientes?
O resultado final da parede divisória (RwR
= 50 dB) com a redução
imposta pelos flancos (Teto. Piso, Paredes 1 e 2) é de 37 dB!
Interpretação: O interveniente com mais baixo desempenho é o
piso (RLwR
Piso = 38 dB) e portanto precisa ter seu índice muito
melhorado, para ser alcançado o índice de 50 dB pretendido para a
parede separadora entre os dois ambientes.
Se o índice RLwR
Piso, por medidas construtivas, for majorado de
38 dB para 70 dB, veremos que o resultado final de R’wR
passa
para 48 dB (veja exemplo 2, na página 39).
Estes exemplos evidenciam o papel preponderante dos flancos no
cômputo do índice final da parede divisória. Isto deixa muito claro
que aumentar o índice RLwR
da parede divisória entre ambientes só
éefetivoesejustificaquandooconjuntodosintervenientes(flancos)
apresentar índices compatíveis.
37
5.2.1 ÁBACO - MODELO
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0 10,5 11,0 11,5 12,0 12,5 13,0 13,5 14,0 14,5 15-19,5 ≥20
3,0 2,8 2,5 2,3 2,1 1,9 1,8 1,6 1,5 1,3 1,2 1,1 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,6 0,5 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,1 0,0
TETO
RLwR
... dB
PISO
RLwR
... dB
PAREDE 1
RLwR
... dB
PAREDE 2
RLwR
... dB
PAREDE
DIVISÓRIA
RLwR
... dB
PAREDE
DIVISÓRIA
R wR
... dB
PAREDE
1
RLwR
... dB
PAREDE
2
RLwR
... dB
TETO
RLwR
... dB
PISO
RLwR
... dB
FLANCOS
Diferença
Índice
... dB
DIFERENÇA
índice ...
... dB
DIFERENÇA
índice ...
... dB
DIFERENÇA
índice ...
... dB
DIFERENÇA
índice ...
Resultado final do índice
RLwR
para os flancos
Resultado final do índice
R’wR
da parede divisória
Menor valor de
1 e 2 menos
o índice
... dB
Menor valor de
3 e 4 menos
o índice
... dB
Menor valor de
5 e 6 menos
o índice
... dB
Menor valor de
7 e 8 menos
o índice
... dB
... dB
1 2
3 4
5 6
7 8
38
5.3 EXEMPLO 1
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0 10,5 11,0 11,5 12,0 12,5 13,0 13,5 14,0 14,5 15- 19,5 ≥20
3,0 2,8 2,5 2,3 2,1 1,9 1,8 1,6 1,5 1,3 1,2 1,1 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,6 0,5 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,1 0,0
TETO
RLwR
60 dB
PISO
RLwR
38 dB
PAREDE 1
RLwR
55 dB
PAREDE 2
RLwR
58 dB
PAREDE
DIVISÓRIA
RLwR
50 dB
PAREDE
DIVISÓRIA
R wR
50 dB
PAREDE
1
RLwR
55 dB
PAREDE
2
RLwR
58 dB
TETO
RLwR
60 dB
PISO
RLwR
38 dB
FLANCOS
Diferença
Índice
22 dB
DIFERENÇA
índice 0
17 dB
DIFERENÇA
índice 0,1
20,1 dB
DIFERENÇA
índice 0
12,1 dB
DIFERENÇA
índice 0,3
Resultado final do índice
RLwR
para os flancos
Resultado final do índice
R’wR
da parede divisória
Menor valor de
1 e 2 menos
o índice
38 dB
Menor valor de
3 e 4 menos
o índice
37,9 dB
Menor valor de
5 e 6 menos
o índice
37,9 dB
Menor valor de
7 e 8 menos
o índice
37,6 dB
37 dB
1 2
3 4
5 6
7 8
Arredondar para baixo
DIN 52210
39
5.4 EXEMPLO 2
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0 10,5 11,0 11,5 12,0 12,5 13,0 13,5 14,0 14,5 15- 19,5 ≥20
3,0 2,8 2,5 2,3 2,1 1,9 1,8 1,6 1,5 1,3 1,2 1,1 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,6 0,5 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,1 0,0
TETO
RLwR
60 dB
PISO
RLwR
70 dB
PAREDE 1
RLwR
55 dB
PAREDE 2
RLwR
58 dB
PAREDE
DIVISÓRIA
RwR
50 dB
PAREDE
DIVISÓRIA
R wR
50 dB
PAREDE
1
RLwR
55 dB
PAREDE
2
RLwR
58 dB
TETO
RLwR
60 dB
PISO
RLwR
70 dB
FLANCOS
Diferença
Índice
10 dB
DIFERENÇA
índice 0,4
4,6 dB
DIFERENÇA
índice 1,3
4,3 dB
DIFERENÇA
índice 1,3
2,4 dB
DIFERENÇA
índice 1,9
Resultado final do índice
RLwR
para os flancos
Resultado final do índice
R’wR
da parede divisória
Menor valor de
1 e 2 menos
o índice
59,6 dB
Menor valor de
3 e 4 menos
o índice
53,7 dB
Menor valor de
5 e 6 menos
o índice
52,4 dB
Menor valor de
7 e 8 menos
o índice
48,1dB
48 dB
1 2
3 4
5 6
7 8
Arredondar para baixo
DIN 52210
40
41
BIBLIOGRAFIA
BARING, J. G. Derrubando Decibéis. TÉCHNE, São Paulo, Pini, 1996.
DE MARCO, C. S. Elementos de acústica arquitetônica. São Paulo, Nobel, 1982.
HUGON, A. Técnicas de Construção II. São Paulo, Hemus, 1979.
LUCA, C. R. Acústica Arquitetônica. In: Seminário de Soluções Tecnológicas
Integradas. Paredes de gesso acartonado e sistemas complementares.
SãoPaulo,Astic,2000.
NEPOMUCENO, L. X. Acústica Técnica. São Paulo, Etegil, 1968.
SATTLER, M. Notas de Aula. UFRGS – PPGEC. Porto Alegre, 2000.
NORMAS
ABNT - Avaliação do ruído em áreas habitadas visando o conforto da
comunidade - Procedimento. NBR 10151 / 2000.
ABNT - Níveis de ruído para conforto acústico. NBR 10152/1987.
ABNT - Tratamento acústico em recintos fechados. NBR 12179/1992.
ABNT - Grandezas e unidades de acústica. NBR 12540/1992.
ABNT - Cálculo simplificado do nível de ruído equivalente contínuo - leq.
NBR 13369/1995
ABNT - Medição local e em laboratório de transmissão de sons aéreos e dos
ruídos de impacto. MB 432/1970
DIN - Deutsches Institut für Normung
DIN 4109 DIN 52210 DIN EN ISO 717
DIN EN 20140 DIN 52217 DIN 18180
DIN 18181 DIN 18182 DIN 18183
NF - Normes Françaises
NF S 31-051 NF S 31-054 NF S 31-055 NF S 31-057
Nota: Não estão listados e referenciados os materiais informativos do grupo Knauf
que, em forma de publicações, prospectos, CDs, vídeos, etc., em línguas alemã,
portuguesa, francesa e espanhola, constituíram a estrutura deste trabalho. Para
mais informações sobre esses trabalhos, entre em contato com o SAK - Serviço de
Atendimento Knauf, pelo telefone 0800-7049922 ou pelo e-mail
marketing@knauf.com.br
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Conforto acustico

  • 1. do conforto HHHHHÉLIOÉLIOÉLIOÉLIOÉLIOAAAAA.G.G.G.G.GREVENREVENREVENREVENREVEN •H•H•H•H•HILTONILTONILTONILTONILTON AAAAA.V.V.V.V.V.F.F.F.F.FAGUNDESAGUNDESAGUNDESAGUNDESAGUNDES •A•A•A•A•ALLLLLANANANANAN AAAAA.E.E.E.E.EINSFELDTINSFELDTINSFELDTINSFELDTINSFELDT A C acústico B
  • 2. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio sem permissão expressa e por escrito da Knauf do Brasil Ltda. Produção editorial: WORD ComunicAção Edição e revisão: Allen A. Dupré (MTb 9057) Arte e editoração: Manoel Donizeti 2ª edição - revista Impressa em junho de 2006 Gráfica ????? Estado, UF
  • 3. KnaufdoBrasilLtda. Praça Floriano, 19 - cj. 3001 21000-000-RiodeJaneiro,RJ Tel.(21)2195-1161 marketing@knauf.com.br www.knauf.com.br ServiçodeAtendimentoKnauf 0800-704-9922 sak@knauf.com.br
  • 4. ABC do Conforto Acústico é uma obra patrocinada e produzida pela Knauf do Brasil Ltda. Direitos reservados.
  • 5. 3 Hélio A. Greven Doutor-engenheiro pela Universidade de Hannover, Alemanha, e Professor Titular do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil - PPGEC - NORIE - Núcleo Orientado para a Inovação na Edificação - Depto. de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hilton A. V. Fagundes Arquiteto formado pela Universidade de Stuttgart, Alemanha e Mestrando do NORIE - UFRGS .Alan A. Einsfeldt Arquiteto formado pela Unisinos-Universidade do Rio dos Sinos São Leopoldo, RS ABC este trabalho tem o patrocínio de DO CONFORTO ACÚSTICO
  • 6. 4
  • 7. 5 PREFÁCIO O quotidiano nas cidades nos expõe continuamente a impactos de sons e ruídos que podemcomprometernossaqualidadedevida.Obinômiosom/ruídonosimpeleareavaliar osambientesconstruídos,buscandosoluçõesquepermitamreduzirconvenientemente esses intervenientes, que, além de provocar desconforto físico, são geradores de perturbaçõesnervosas,estresseepodematéocasionaraperdaparcialoutotaldaaudição. Os ruídos são caracterizados por um ou mais sons desagradáveis ao ouvido humano. A noção de ruído é subjetiva e depende de quem o percebe. Isso explica a diferença de percepção entre os que estão voluntariamente em ambientes de discotecas e similares, onde o som (ou ruído?) alcança níveis de intensidade sonora próximos do limiardador,eosparticipantes“involuntários”,que,porproximidadeouvizinhança, se sentem agredidos e têm seu ritmo biológico perturbado.Os problemas humanos físicosepsíquicosmaiscomunsdecorrentesdosruídossãoreduçãodeprodutividade, desconforto acústico e ausência de privacidade. As fontes de ruído são classificadas como “exteriores” e “interiores”. Os ruídos mais intensos no nosso dia-a-dia são os produzidos por turbinas de aviões, tráfego rodoviário e ferroviário e aparelhos sonoros. Existemtrêsaçõesbásicasque,implementadasisoladamenteouemconjunto,podem solucionar satisfatoriamente os inconvenientes causados por sons e ruídos “exteriores” ou “interiores”: • Tratamento da fonte de ruído • Tratamento acústico do caminho do som • Proteção acústica do compartimento do receptor Essasaçõespodemserconvenientementeidentificadasapartirdeíndicesecoeficientes determinados em laboratório e transpostos para utilização nos ambientes construídos. A KNAUF do Brasil, consciente das necessidades e interesses de arquitetos, enge- nheiros, designers de interiores e outros profissionais ligados à construção civil, elaborou o ABC DO CONFORTO ACÚSTICO com o objetivo de permitir a elabo- raçãodeprognósticosbásicosdocomportamentoacústicodosambientesconstruídos. Os Sistemas Drywall KNAUF, utilizados em paredes, revestimentos e tetos, apresentam soluções que, individualmente ou em conjunto, possibilitam tratamentos acústicos diferenciados, garantindo o conforto acústico dos ambientes construídos. ABC DO CONFORTO ACÚSTICO é uma abordagem prática de abrangência específica e não pretende esgotar um campo tão amplo como o da acústica.
  • 8. 6
  • 9. 7 SUMÁRIO 1. Conforto acústico – considerações gerais ........................................... 9 1.1 Som .................................................................................................. 9 1.2 Ruído ................................................................................................. 9 1.3 Caracterização do som ....................................................................... 9 1.3.1 Nível do som ........................................................................... 9 1.3.2 Freqüência do som .................................................................. 9 1.4 Campo audível ................................................................................... 10 1.5 Sensibilidade auditiva ......................................................................... 11 1.6 Decibel dB e decibel dB(A) .............................................................. 11 1.7 Adição de níveis sonoros .................................................................... 13 1.8 Medição de ruído ................................................................................ 13 2. Ruídos aéreos nos ambientes construídos ............................................ 17 2.1 Reflexão do som .................................................................................. 17 2.2 Reverberação do som .......................................................................... 17 2.3 Absorção do som/absorção acústica ..................................................... 18 2.4 Transmissão do som ............................................................................. 21 2.5 Isolamento acústico/isolamento sonoro ............................................... 21 2.6 Isolamento padronizado entre dois locais ........................................... 22 3. Condicionamento acústico ....................................................................... 24 3.1 Conceitos ............................................................................................. 24 3.1.1 Absorção acústica ...................................................................... 24 3.1.2 Isolação acústica ........................................................................ 24 3.2 Absorção/isolação ................................................................................ 24 3.3 Terminologia e grandezas .................................................................... 25 3.3.1 Índice de redução acústica R .................................................... 25 3.3.2 Índice de redução acústica de laboratório R ............................. 25 3.3.3 Índice de redução acústica do ambiente construído R’.............. 25 3.3.4 RL .............................................................................................. 26 3.3.5 RLw ........................................................................................... 26 3.3.6 RLwR ........................................................................................... 26 3.3.7 R’................................................................................................26 4. Transmissão de sons aéreos....................................................................... 27 4.1 Índices R’w exigidos para paredes separadoras entre ambientes construídos ........................................................................................... 27 4.2 Índices R’w exigidos para paredes separadoras entre ambientes “ruidosos” ............................................................................................ 28
  • 10. 8 4.3 Recomendações para conforto acústico – normal e superior ............... 28 4.4 Elementos construtivos conformadores dos flancos ............................ 29 4.4.1 RLwR – Tetos .............................................................................. 29 4.4.2 RLwR – Pisos ............................................................................. 30 4.4.3 RLwR – Paredes ......................................................................... 31 4.5 Paredes Knauf de gesso acartonado ..................................................... 32 4.5.1 Paredes com estrutura metálica ............................................... 32 5. Método de Avaliação e Simulação ........................................................... 34 5.1 Simulação ............................................................................................. 34 5.1.1 Paredes divisórias entre ambientes .......................................... 35 5.2 Ábaco para verificação das características acústicas ........................... 36 5.2.1 Ábaco - modelo ....................................................................... 37 5.3 Exemplo 1 ............................................................................................ 38 5.4 Exemplo 2 ............................................................................................ 39 Bibliografia ............................................................................................... 41
  • 11. 9 1. CONFORTO ACÚSTICO - CONSIDERAÇÕES GERAIS 1.1 SOM O som é uma sensação auditiva ocasionada pela vibração de partículas de ar transmitida ao aparelho auditivo humano. É uma transmissão aérea. A velocidade de transmissão do som é diretamente proporcional à distância entre as moléculas constituintes do meio. Quanto mais próximas entre si estiverem, mais rápida será a propagação do som; no ar a velocidade é de 340 m/s, sendo maior nos líquidos e maior ainda nos sólidos. Na ausência de ar (vácuo), o som não se propaga. A música é uma seqüência de sons agradáveis. A música é a “arte dos sons” . A noção de música depende da cultura do ouvinte. 1.2 RUÍDO Oruídopodesercaracterizadocomosendoasensaçãopsicológicaresultante de um ou mais sons desagradáveis ao ouvido humano. A noção de ruído é subjetiva e depende de quem o percebe. Neste trabalho, a conceituação de “som” e “ruído” fica a critério do leitor, uma vez que a subjetividade da sensação varia de indivíduo para indivíduo. 1.3 CARACTERIZAÇÃO DO SOM O som (puro) é caracterizado por seu nível e pela sua freqüência, sendo ainda diferenciado pelo tom e pelo timbre. 1.3.1 Nível do som O nível do som (nível sonoro) expresso em dB (decibel), é obtido pelo uso de equipamentos medidores, os quais determinam a intensidade sonora real por comparação a um nível de referência. As Normas Brasileiras e Internacionais o definem como Nível de Pressão Acústica, Lp . (∗) 1.3.2 Freqüência do Som A freqüência do som em Hz (Hertz) exprime o número de vibrações por segundo. É a freqüência que permite distinguir um som grave de um som agudo, determinando o tom do som percebido. (*) A NBR 12179/1992 utiliza os termos “pressão acústica”, “pressão sonora” e “intensidade sonora” para caracterizar o mesmo fenômeno.
  • 12. 10 O tom é a interpretação subjetiva da freqüência de um som. Isso fica claramente estabelecido para sons com tonalidade pura. Sons complexos são fisicamente determinados por seus espectros, cuja interpretação subjetiva é o timbre. A figura 1 mostra uma onda de som puro, e os espectros de um assobio e de um estrondo. FIGURA 1 - Sons puros e sons complexos 1.4 CAMPO AUDÍVEL O campo audível do ouvido humano está compreendido aproximadamente entre 20 e 20.000 Hz. A voz humana se situa entre 500 e 1.000 Hz. As normas específicas utilizam o campo de 100 a 5.000 Hz, e foi convencionado subdividi-lo em bandas de seis (6) oitavas, com terços médios centrados em 125, 250, 500, 1.000, 2.000 e 4.000 Hz. As duas primeiras oitavas, com terços médios em 125 e 250 Hz, correspondem aos sons graves; as duas oitavas seguintes, 500 e 1.000 Hz, correspondem aos sons médios; e as duas últimas , 2.000 e 4.000 Hz, aos sons agudos. FIGURA 2 - Bandas de oitavas e terços médios de oitavas ESTRONDO ASSOBIO SOMPURO
  • 13. 11 FIGURA 3 - Curvas de WEBER-FECHNER 1.5 SENSIBILIDADE AUDITIVA Estudos sobre a sensibilidade do aparelho auditivo humano de- monstraram que as nossas impressões sonoras obedecem à lei de WEBER-FECHNER, segundoaqualasensaçãoauditiva é proporcional ao logaritmo da excitação nas freqüências médias. O aparelho auditivo humano não percebe sons de freqüências diferentes com a mesma sensibilidade. Também, para uma frequência dada, a sensibilidade do aparelho auditivo humano varia com o nível sonoro (Nível de Pressão Acústica, Lp .). Afigura3apresentaascurvasdeigualsensaçãosonoradoaparelhoauditivo humano, na qual a parte colorida corresponde à voz humana. É importante ressaltar que o ouvido humano é mais sensível e mais preciso na identificaçãodefreqüênciasaltas(médiaseagudas).Nasfreqüênciasbaixas (graves), o ouvido humano é menos seletivo, o que explica a diferença de sensação auditiva entre dois ruídos de um mesmo nível sonoro. Um apito (agudo) será sempre mais “sentido” do que um trovão (grave), ambos apresentando o mesmo nível de intensidade. 1.6 DECIBEL dB e DECIBEL dB(A) Para medir o nível do som/intensidade sonora/nível de pressão acústica é normalmente utilizado um equipamento denominado decibelímetro, sendo o resultado apresentado em decibéis (dB). Uma diferença de 1 dB para mais ou para menos pode ser detectada pelo ouvido humano. Se o nível de pressão acústica for aumentado ou diminuído em 10 dB, o ouvido humano interpreta como se o mesmo tivesse sido duplicado ou reduzido à metade. O nível do som é uma grandeza logarítmica que traduz o aspecto fisiológico do fenômeno. A adição logarítmica dos níveis sonoros, por bandas de oitavas,permiteobteronívelglobaldeumruídoemdecibéis.Destamaneira um ruído é identificado por um único número, o qual por natureza não permite quantificar as freqüências graves, médias e agudas. Por este motivo o nível global em dB é pouco usado, dando lugar ao dB(A), um valor Nível sonoro (dB) 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
  • 14. 12 ponderado que leva em consideração os valores correspondentes de igual sensação sonora do aparelho auditivo humano. O decibelímetro, por meio de filtros (A, B e C), simula o comportamento do ouvido humano. O filtro A corresponde aos níveis baixos (40 dB), já os filtros B e C correspondem aos níveis médios (55 a 85 dB) e altos (mais de 85 dB). Atualmente, somente é utilizado o dB(A) para as avaliações de ruídos, porquanto este é o filtro mais abrangente para as bandas de oitavas. As tabelas a seguir apresentam exemplos de níveis de intensidade sonora e das impressões que normalmente provocam. Níveis de intensidade sonora - dB(A) 0 - 10 Laboratório acústico, à prova de ruídos 10 - 20 Estúdios muito isolados acusticamente 20 - 30 Interior de uma grande igreja 30 - 40 Conversa em voz moderada 40 - 50 Sala de escritório 50 - 60 Lojas/ruas residenciais 60 - 70 Rua de tráfego médio/fábrica média 70 - 80 Orquestra sinfônica 80 - 90 Rua muito barulhenta 90 -110 Passagem de um trem subterrâneo 110 -120 Trovão muito forte/turbina de avião a 100 m 130 Turbina de avião a 25 m/limiar da dor Níveis de intensidade sonora x impressões médias relativas - dB(A) 0 - 10 dB Silêncio anormal 10 - 30 dB Muito quieto 30 - 50 dB Calmo 50 - 70 dB Música e ruídos comuns 70 - 90 dB Barulhento 90 - 110 dB Desagradável, penoso 110 -130 dB Insuportável
  • 15. 13 A adição de dois níveis sonoros iguais (60 dB), porém de freqüências muito diferentesapresentaumresultadofinalamaiordeaproximadamente3a5dB. FIGURA 4 - Adição de níveis sonoros Um ruído preponderante pode mascarar outro ruído sempre que os níveis de pressão sonora forem muito diferentes. O ruído mais forte sobrepõe-se ao ruído mais fraco, ficando este último imperceptível ao ouvido humano. FIGURA 5 - Sobreposição de níveis sonoros 1.8 MEDIÇÃO DE RUÍDO Para definir o espectro de um determinado ruído, será necessário medi-lo em várias freqüências e corrigir a curva resultante, conforme as curvas fisiológicas do aparelho auditivo humano. A possibilidade de inserir filtros corretivos no aparelho de medida do som (decibelímetro) visa obter valores únicos para ruídos complexos, em vez de uma série de valores variando com as freqüências. Os filtros funcionam como atenuadores para determinadasfreqüências,usandocurvasdereferênciadenominadas curvas de avaliação de ruído (NC = Noise Criteria). A tabela 1, publicada na próxima página, apresenta os níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em ambientes construídos. 1.7 ADIÇÃO DE NÍVEIS SONOROS Os níveis sonoros são grandezas logarítmicas e, portanto, não podem ser adicionadas aritmeticamente: 60 dB + 60 dB 120 dB 70 dB + 60 dB 130dB ≠ ≠
  • 16. 14 Ambientes dB(A) NC Hospitais Apartamentos, enfermarias, berçários, centros cirúrgicos 35-45 30-40 Laboratórios, áreas de uso público 40-50 35-45 Serviços 45-55 40-50 Escolas Bibliotecas, salas de música, salas de desenho 35-45 30-40 Salas de aula, laboratórios 40-50 35-45 Circulação 45-55 40-50 Hotéis Apartamentos 35-45 30-40 Restaurantes, salas de estar 40-50 35-45 Portaria, recepção, circulação 45-55 40-50 Residências Dormitórios 35-45 30-40 Salas de estar 40-50 35-45 Auditórios Salas de concerto, teatros 30-40 25-30 Salas de conferência, cinemas, salas de uso múltiplo 35-45 30-35 Restaurantes 40-50 35-45 Escritórios Salas de reunião 30-40 25-35 Salas de gerência, salas de projetos, administração 35-45 30-40 Salas de computadores 45-65 40-60 Salas de mecanografia/digitação 50-60 45-55 Igrejas e templos Locais para cultos meditativos 40-50 35-45 Locais para esporte Pavilhões fechados p/espetáculos e atividades esportivas 45-60 40-55 a) O valor inferior da faixa representa o nível sonoro para conforto, enquanto que o valor superior significa o nível sonoro aceitável para a finalidade. b) Níveis superiores aos estabelecidos nesta tabela são considerados de desconforto, sem necessariamente implicar risco de dano à saúde. TABELA 1 - Valores de dB(A) e NC FONTE: Tabela 1 – NBR 10152/1987 Notas:
  • 17. 15 Curva 63 Hz 125 Hz 250 Hz 500 Hz 1 kHz 2 kHz 4 kHz 8 kHz dB dB dB dB dB dB dB dB 15 47 36 29 22 17 14 12 11 20 50 41 33 26 22 19 17 16 25 54 44 37 31 27 24 22 21 30 57 48 41 36 31 29 28 27 35 60 52 45 40 36 34 33 32 40 64 57 50 45 41 39 38 37 45 67 60 54 49 46 44 43 42 50 71 64 58 54 51 49 48 47 55 74 67 62 58 56 54 53 52 60 77 71 67 63 61 59 58 57 65 80 75 71 68 66 64 63 62 70 83 79 75 72 71 70 69 68 FONTE: NBR 10152/1987 FIGURA 6 - Curvas de Avaliação de Ruído (NC) Nota: na utilização dos valores encontrados nas curvas NC, admite-se uma tolerância de ± 1 dB. Tabela 2 - Níveis de pressão sonora correspondentes às curvas de avaliação de ruído (NC) FONTE: NBR 10152/1987 NC70 NC65 NC60 NC55 NC50 NC45 NC40 NC35 NC30 NC25 NC20 NC15 125 250 500 1000 2000 400063 8000 Freqüências centrais das bandas de oitava (Hz) 90 80 70 60 50 40 30 20 10 Níveldepressãosonora(dB)
  • 18. 16 TABELA 3 Interpretação das curvas NC Curva NC 20-30 30-35 35-40 40-50 50-55 Mais de 55 Comunicação ambiente Escritório muito silencioso. Uso satisfatório do telefone. Adequado para grandes reuniões. Escritório silencioso. Satisfatório para reuniões entre pessoas distantes até 4,5 m. Voz normal audível e inteligível até 9 m. Uso satisfatório do telefone. Satisfatório para reuniões entre pessoas distantes entre 1,8 m e 2,4 m. Uso satisfatório do telefone. Voz normal audível e inteligível até 3,6 m. Satisfatórioparareuniõesentre pessoasdistantesentre1,2me 1,5m.Dificuldadeocasionalpara usodotelefone.Voznormalaudível até 1,8 m. Voz elevada até 3,6 m. Insatisfatório para reuniões com mais de 2 ou 3 pessoas. Uso do telefone com dificuldade permanente. Voz normal audível até 0,6 m. Voz elevada e inteligível até 1,8 m. Ambiente muito barulhento, inadequado para escritórios. Uso difícil do telefone. Aplicações típicas Escritórios de executivos e salas de reuniões para até 50 pessoas. Escritórios individuais ou coletivos, salas de recepção e salas de reunião para 20 pessoas. Escritórios de dimensões médias e escritórios comerciais de indústrias. Grandes escritórios com equipamentos específicos: telefone, fax, micros, etc. Áreas onde se operam máquinas ruidosas ou impressoras matriciais. Contra-indicado para qualquer tipo de escritório. FONTE: Revista TÉCHNE No 20 – Jan/Fev 1996
  • 19. 17 2. RUÍDOS AÉREOS NOS AMBIENTES CONSTRUÍDOS As fontes de ruído são classificadas como “exteriores” e “interiores”. As fontes de ruído exteriores mais intensas no nosso dia-a-dia são principalmente as provenientes de turbinas de aviões, tráfego ferroviário, máquinas usadas na construção civil e indústrias quando não confinadas em zonas específicas. As fontes de ruídos interiores que maior influência têm em prédios de utilização coletiva são provenientes de aparelhos sonoros, máquinas e equipamentos específicos de uso doméstico e impactos contra pisos. 2.1 REFLEXÃO DO SOM As ondas sonoras incidentes numa parede, se esta for perfeita, ou seja, pesada, indeformável, plana e lisa, sofrem reflexão. Este fenômeno se caracteriza pela permanência da energia sonora no ambiente (bate e volta). 2.2 REVERBERAÇÃO DO SOM A existência de paredes de fechamento de um ambiente construído dá origem a sons refletidos que caracterizam o fenômeno chamado de reverberação. Existe uma unidade comparativa para medir a reverberação, definida como o tempo necessário para um som diminuir sua intensidade à milionésima parte a partir do momento em que cessa a fonte sonora. Esse decréscimo corresponde a uma redução de 60 dB. FIGURA 7 - Tempo de reverberação Nível sonoro (dB) Tempo de reverberação Tempo (s) 60dB Tr
  • 20. 18 A reverberação incide de três modos na distribuição do som no ambiente: • O espectro do som reverberante não coincide com o espectro do som direto em virtude da absorção nos diferentes materiais de construção ser seletiva com relação à freqüência; • Adistribuiçãoespacialdosomnãoéhomogêneaumavezqueosmateriais absorventes não estão distribuídos homogeneamente no ambiente (por exemplo, concentrados nas paredes); • Osomreverberantepersisteumcertotemponolocal,depoisdasupressão da fonte sonora. Esta terceira característica é talvez a mais significativa para o tratamento acústico do espaço arquitetônico. Se a reverberação persistir muito tempo depois da supressão do som direto, perturbará a clara percepção (a inteligibilidade de um discurso, por exemplo). Se, ao contrário, o som desaparecer imediatamente após a supressão da fonte acústica, além de dificultar a audição em pontos afastados da fonte, prejudicará a percepção dealgunstiposespeciaisdefontessonoras(porexemplo,grandesorquestras precisam de um certo tempo de reverberação para que ocorra a fusão dos sons dos vários instrumentos). 2.3 ABSORÇÃO DO SOM/ABSORÇÃO ACÚSTICA Nenhuma parede é perfeitamente refletora das ondas sonoras e, portanto, uma parcela da energia incidente é absorvida pelo material constituinte da parede. Essefenômenoreduzareflexãodasondassonorasemummesmoambiente, ou seja, reduz e/ou elimina o tempo de reverberação nesse ambiente. Os materiais de construção são seletivos quanto às freqüências de sons que absorvem. Conhecendo-se as características (freqüências) de emissão e absorção respectivamente da fonte sonora e dos materiais de construção, pode-se otimizar e/ou corrigir os tempos de reverberação de ambientes construídos. A energia sonora é absorvida e transformada em calor sempre que encontra ummaterialdeestruturaporosa(lãmineral,porexemplo),podendoabsorver de 30% a 100% da energia incidente, dependendo da espessura do material e da freqüência do som. Em uma edificação, com suficientes quantidades de material absorvente acústico, o som tende a se comportar como se não houvesse obstáculos, ou seja, à medida em que nos afastamos da fonte sonora, ocorre uma atenuação semelhante àquela que ocorreria ao ar livre. Osmateriaisparaabsorçãoacústicasãodebaixaemédiadensidade,fibrosos ou porosos. A partir disso, esses materiais podem ser classificados como:
  • 21. 19 • Materiais porosos, diretamente expostos: lã de vidro ou lã de rocha, feltro, espumas de poliestireno, poliuretano, etc; • Materiais porosos recobertos por chapas perfuradas: os anteriores, combinadoscomchapasdegesso,lâminasmetálicas,madeiraesimilares; • De aplicação direta com pistola sobre a parede ou teto: espumas de resinas específicas (poliuretano, fenol, etc.) com ou sem cargas (pérolas de poliestireno expandido, vermiculita, cortiça, etc.); • Chapas pré-fabricadas, perfuradas ou não: chapas de gesso, de fibras de madeira, de aglomerados de gesso, de cortiça, etc. A tabela 4 apresenta uma relação de materiais/produtos com os respectivos índicesdeabsorçãoacústicarelacionadosàsfreqüênciascentraisdasoitavas. A inclusão de materiais/produtos combinados adequadamente permite otimizar o comportamento acústico dos ambientes construídos. Freqüências (Hz) 125 250 500 1000 2000 4000 Materiais/Produtos/Componentes Materiais de construção usuais, densos Revestimento, pintura Reboco áspero Reboco liso Teto pesado suspenso (de gesso) Estuque Superfície de concreto Revestimentos de pedras Chapas de mármore Revestimento aderente de vidro Revestimento espaçado 5 cm da parede Vidraça de janela Assoalhados Tapetes de borracha Taco colado Carpete de 5 mm de espessura Carpete de veludo Carpete 5 mm sobre base de feltro de 5mm Materiais porosos e isolantes a) Fibras Naturais Feltro de fibra natural, 5mm, diretamente na parede Chapa acústica macia, de fibra perfurada ranhurada, com espaço de 5 cm da parede (esp. 12 mm de gesso) Chapa acústica macia, diretamente na parede 0,03 0,03 0,03 0,03 0,04 0,07 0,02 0,02 0,02 0,02 0,03 0,06 0,02 - 0,03 - 0,05 - 0,03 - 0,04 - 0,07 - 0,02 0,03 0,03 0,03 0,04 0,07 0,02 - 0,05 - 0,07 - 0,01 0,01 0,01 - 0,02 - 0,04 - 0,03 - 0,02 - 0,25 0,20 0,10 0,05 0,02 0,02 - 0,04 0,03 0,02 - - 0,04 0,04 0,08 0,12 0,03 0,10 0,04 0,04 0,06 0,12 0,10 0,17 0,04 0,04 0,15 0,29 0,52 0,59 0,05 0,06 0,10 0,24 0,42 0,60 0,07 0,21 0,57 0,68 0,81 0,72 0,09 0,12 0,18 0,30 0,55 0,59 0,20 0,36 0,31 0,34 0,46 0,62 0,03 0,14 0,27 0,40 0,52 0,63
  • 22. 20 Freqüências (Hz) 125 250 500 1000 2000 4000 Materiais/Produtos/Componentes b) Minerais Parede de pedra-pomes de 100 mm, sem revestimento c) Materiais sintéticos Espuma de uréia, 50 mm, 15 kg/m3 , diretamente em parede densa Chapa absorvente microporosa, espaçada da parede a 50 mm Folha absorvente fina, microporosa, a 50 mm da parede, espaço vazio Móveis/tecidos/humanos Uma pessoa com cadeira Público por pessoa, em fileiras fechadas Cadeira estofada, chata, com tecido Tecido de algodão, esticado liso Tecido de algodão, esticado liso, 50/150mm, na frente de parede lisa Cortina grossa, drapeada Público em ambientes muito grandes, por pessoa Portas/janelas/aberturas Janela aberta Portas de madeira, fechadas Co-vibradores (chapas densas e folhas) Madeira compensada de 3 mm, a 50 mm da parede, espaço vazio Madeira compensada de 3 mm, a 50 mm da parede, espaço preenchido com lã mineral Lã mineral de 50 mm, coberta de papelão denso Sistemas absorventes especiais Caixões de chapa perfurada, com chapas de feltro de lã de vidro de 30 mm, suspensos a 180 mm Chapa perfurada, forrada de lã de vidro na frente, com 40 a 50 mm de espaço vazio Chapa perfurada de 3 mm, proporção de furos cada 16%, forrada c/lã mineral de 0,5 mm na frente, com 45 a 50 mm de espaço vazio TABELA 4 - Índice de absorção acústica relacionados com as freqüências Extrato da Tabela 2 da NBR 12179/1992 0,03 0,17 0,26 0,50 0,56 0,68 0,12 0,20 0,45 0,65 0,70 0,75 0,37 0,70 0,59 0,54 0,59 0,62 0,04 0,15 0,52 0,95 0,93 0,58 0,33 - 0,44 - 0,46 - 0,28 - 0,40 - 0,44 - 0,13 - 0,20 - 0,25 - 0,04 - 0,13 - 0,32 - 0,20 - 0,38 - 0,45 - 0,25 - 0,40 - 0,60 - 0,13 0,31 0,45 0,51 0,51 0,43 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,14 - 0,06 - 0,10 - 0,25 0,34 0,18 0,10 0,10 0,06 0,61 0,65 0,24 0,12 0,10 0,06 0,74 0,54 0,36 0,32 0,30 0,17 0,30 0,43 0,61 0,62 0,85 0,66 0,01 0,03 0,10 0,16 0,17 0,20 0,01 0,10 0,19 0,25 0,46 0,21
  • 23. 21 FIGURA8–Incidênciaetransmissãodeondassonoras 2.4 TRANSMISSÃO DO SOM Na prática, nenhuma parede se comporta como obstáculo perfeito. Sob a ação de ondas sonoras que atingem uma parede, esta põe-se a vibrar. Evidentemente, essa vibração é invisível. A própria parede em vibração produz ondas sonoras nos ambientes que separa, ou seja, parte da energia incidente pela vibração da parede é transmitida ao ambiente contíguo ou adjacente. Cabe observar que, quando se substitui o revestimento de uma parede por um material cujo coeficiente de absorção é mais elevado que o do revestimento anterior, a parcela refletida do conjunto parede + revestimento é diminuída, mas a parcela transmitida não se altera. Isso nem sempre é fácil de admitir, mas são cometidos muitos erros quando se pretende, com um material absorvente acústico, diminuir a parcela de energia transmitida através de uma parede. 2.5 ISOLAMENTO ACÚSTICO/ISOLAMENTO SONORO O isolamento acústico/sonoro se refere à capacidade de certos materiais formaremumabarreira,impedindoqueaondasonorapassedeumambiente a outro. Nestes casos se deseja impedir que o som (ruído) alcance o homem. É importante relembrar que o som não atravessa as paredes e sim as faz vibrar. A energia mecânica de vibração da parede transmite movimento ao ar, gerando ondas sonoras. Quanto mais leve a parede, mais facilmente passa a vibrar. Isto deixa bem evidente que paredes leves não são recomendadas para impedir a transmissão do som, pois ao vibrar elas se tornam fontes secundárias de som. As paredes devem ser suficientemente pesadas, pois quanto maior for a MATERIAL ABSORVENTE ENERGIAREFLETIDA ENERGIA REFLETIDA ENERGIAREFLETIDA ENERGIA INCIDENTEENERGIA INCIDENTE ENERGIA TRANSMITIDA TRANSMITIDAENERGIA
  • 24. 22 FIGURA 9 – Princípio dos sistemas multicamadas massa, mais dificilmente entrarão em vibração. A contrapartida a paredes pesadas para isolamento sonoro é alcançada facilmente por sistemas de paredes leves multicamadas. Há um eficiente sistema acústico multicamadas, denominado massa-mola- massa, cuja resultante da descontinuidade de meios proporciona resultados superiores a sistemas pesados com um único tipo de material. Este fato é comprovado quando se comparam paredes de alvenaria convencional, ou até mesmo de concreto, com paredes multicamadas de gesso acartonado. As paredes de gesso acartonado formam o sistema massa(gesso)–mola(ar) – massa (gesso) e podem ainda ter aumentado seu isolamento acústico com a colocação de lã mineral no seu interior. A lã de rocha ou de vidro é um excelente absorvente acústico, fortalecendo assim a função mola. 2.6 ISOLAMENTO PADRONIZADO ENTRE DOIS LOCAIS Não se pode medir “in situ” o índice de redução acústica de uma parede divisória de ambientes, porquanto sempre existirão caminhos secundários para o som, os quais mascaram a medição. Por esses caminhos secundários (paredes laterais comuns, piso e teto, aos quais se convencionou chamar de “flancos”), sempre ocorrerão transmissões indiretas. As características acústicas dos ambientes se alteram em função da disposição e do mobiliário bem como do número de pessoas presentes, o que torna extremamente variável e complexa sua determinação precisa. Para simplificar esse processo, utilizam-se valores comparados a um “isolamento acústico de referência”. MASSA - MOLA - MASSAAR d (m) M1 (kg/m2 ) M2 (kg/m2 )
  • 25. 23 A partir dos índices de redução acústica (R) pode-se analisar e avaliar o comportamento acústico dos ambientes construídos. Esta análise apresenta importância fundamental para permitir a verificação e o atendimento dos índices fixados pela legislação. FIGURA 10 - Transmissão de sons pelos flancos Planta baixa Corte
  • 26. 24 3. CONDICIONAMENTO ACÚSTICO 3.1 CONCEITOS Não se deve confundir Absorção Acústica com Isolação Acústica. São conceitostotalmentediferentesquemuitasvezessãotomadosporidênticos, gerando interpretações distorcidas do comportamento dos materiais/ produtos/componentes, aplicados à construção civil. 3.1.1 Absorção Acústica É a capacidade de um material/produto/componente construtivo absorver total ou parcialmente a energia sonora incidente. 3.1.2 Isolação Acústica É o conjunto de procedimentos praticados na construção civil para inibir a transposição do som de um ambiente a outro. 3.2 ABSORÇÃO/ISOLAÇÃO Quandoumaondasonoraencontraumelementoqueseparadoisambientes, uma fração é transmitida ao ambiente contíguo, outra fração é absorvida pelo elemento separador ou seu revestimento e uma terceira fração é refletida, permanecendo no ambiente. Seummaterialabsorventeacústicoforinterpostojuntoàparedeseparadora, não é melhorada a isolação acústica entre os dois ambientes, mas sim o comportamento acústico interno do ambiente, podendo transformá-lo de “sonoro” (muito reverberante) para “surdo” (∗) . É feita portanto uma correção acústica do ambiente. FIGURA 11 – Subdivisão de sons incidentes A onda sonora (1) subdivide-se em: Reflexão (2), Absorção (3) e Transmissão (4) O material absorvente (A) aumenta a fração absorvida (3) e diminui a fração refletida (2). A fração transmitida não é alterada. (A) (*) O conceito de ambiente “surdo” está ligado ao tempo de reverberação curto.
  • 27. 25 3.3 TERMINOLOGIAS E GRANDEZAS A avaliação e simulação do comportamento dos materiais/produtos/ componentes da construção civil exigem a identificação de algumas grandezas específicas, vinculadas aos conceitos de acústica, necessárias paraquantificarecompararresultadosmedidosemcondiçõesdelaboratório com aqueles encontrados no ambiente construído (“in situ”). Sob o ponto de vista de utilização prática, a complexidade em identificar, avaliar, medir e interpretar sons e ruídos exige simulações em laboratório, que, após interpretações e ajustes por meio de tabelas e curvas características,permitesuautilizaçãonasmediçõesnoambienteconstruído. As grandezas, os índices, a nomenclatura e as siglas são listados a seguir, acompanhados de uma breve definição. Trata-se especialmente do Índice de Redução Acústica R, medido em dB, com seus desdobramentos. 3.3.1 Índice de Redução Acústica (R) Identifica a absorção acústica de sons aéreos em materiais/produtos/ componentes; (a inclusão de nomenclaturas subscritas permite diferenciar se o som é transmitido somente pela parede divisória de ambientes ou também por caminhos secundários (flancos). 3.3.2 Índice de Redução Acústica de Laboratório (R) Identifica a absorção acústica do material/produto/componente em bancadadelaboratórioondesejapossívelexcluir todososcaminhos secundários de propagação do som (flancos). 3.3.3 Índice de Redução Acústica do Ambiente Construído (R’) Identifica a absorção do som em condições normais do ambiente construído,ouseja,considerandotambémoscaminhossecundários, pisos, paredes e tetos comuns (flancos). O apóstrofe (’), indica que se trata de índice ponderado, especificamente ajustado e corrigido para medições no ambiente construído (“in situ”). O índice R’, por semelhança pode também representar simulações de laboratório que contemplem os caminhos secundários existentes nos ambientes construídos. Os valores dos índices (R e R’) variam em função das freqüências dos sons. Isto leva a um grande número de índices para o mesmo material/ produto/componente, tornando pouco prática sua utilização. A solução encontrada foi unificar os índices em um único valor. Este valor é chamado de Índice de Redução Acústica Ponderado Rw (R’w para o ambiente construído).Esteíndiceédeterminadoemlaboratórioutilizandofiltrospara
  • 28. 26 absorver determinadas freqüências, possibilitando a construção de curvas e tabelas para determinar os índices ponderados Rw e R’w . Nas informações prestadas por fabricantes de materiais/produtos/ componentesdesistemasligadosaocomportamentoacústicodosambientes construídos devem ser fornecidos os índices de laboratório RL ,RLw , e RLwR e os correspondentes R’L , R’Lw , e R’LwR. Estes são os índices que permitem calcularousimularascondiçõesnecessáriasparaavaliarocondicionamento acústico dos ambientes construídos. 3.3.4 RL Índice que referencia a absorção do som aéreo ao longo de uma interfacepadrãodaáreadecontatodomaterial/produto/componente com uma aresta padrão formada pelo material/produto/componente e os flancos. Este índice é determinado em laboratório, e leva em consideração a frequência dos sons; pressupõe ainda a área de contato, material/produto/componente com pequena(pouca) vinculação (fixação) com os flancos. A vinculação assim caracterizada pretende simular aquela encontrada nos ambientes construídos (“in situ”). 3.3.5 RLw Índice ponderado de absorção de sons aéreos de materiais/produtos/ componentes determinados pelos índices RL corrigidos pelo filtro que simula a fisiologia do ouvido humano. 3.3.6 RLwR Sufixo “R subscrito” indica o resultado, ou seja, o valor final com um único número do índice RLw , medido em dB. 3.3.7 R’L - R’Lw - R’LwR Indicamíndiceponderadoparautilizaçãoemambientesconstruídos. Assim identificamos nas nomenclaturas RwR , R’wR, RLwR , e R’LwR os valores únicos a serem usados quando do cálculo do condicionamento acústico de ambientes construídos. NOTA - As normas DIN 52210 – partes 1 a 4 – abordam em profundidade os índices acima e são indicadas para quem desejar informações mais detalhadas.
  • 29. 27 Fonte: “Knauf Wände - Schallschutz” - extrato da tabela 3 - DIN 4109 Para paredes com porta R’w (parede) = = R’w (porta) + 15 dB Tabela 5 – Índices ponderados de absorção acústica 4. TRANSMISSÃO DE SONS AÉREOS 4.1 ÍNDICES R’w EXIGIDOS PARA PAREDES SEPARADORAS ENTRE AMBIENTES CONSTRUÍDOS AMBIENTE R’w (dB) Observações EDIFÍCIOS MULTIPISOS DE HABITAÇÕES Paredes divisórias entre unidades distintas, entre salas de unidades distintas 53 Paredes divisórias entre habitações e áreas de uso comum. 52 Paredes divisórias entre habitações e passagem de automóveis (garagens, etc..) 55 Paredes de salas de jogos ou salas multiuso 55 HOTÉIS E SIMILARES Paredes entre quartos e: Quartos contíguos, quartos e áreas de uso comum 47 HOSPITAIS, SANATÓRIOS, etc. Paredes entre: -Enfermarias contíguas, -Corredores e enfermarias, -Salas de exames e similares, -Corredores e salas de exames, -Enfermarias e salas de apoio 47 Paredes entre: -Salas de cirurgia e salas de atendimento, -Salas de cirurgia e corredores 42 Paredes entre: Salas de tratamento intensivo, corredores e salas de tratamento intensivo 37 ESCOLAS E SIMILARES Paredes entre: Salas de aula e salas similares 47 Paredes entre: Salas de aula e similares e corredores de uso comum 47 Paredes entre: Salas de aula e similares e escadarias 52 Paredes entre: Salas de aula e similares e salas ruidosas (salas de esportes, música,oficinas) 55
  • 30. 28 AMBIENTE R’w EM dB EXIGIDO PARA AMBIENTES COM NÍVEL DE INTENSIDADE SONORA: 75-80 dB(A) 81–85 dB(A) Compartimentos com equipamentos ruidosos 57 62 Ambientes de comércio em geral 57 62 Cozinhas industriais de hotéis, hospitais, restaurantes, bares e similares 55 Cozinhas industriais de hotéis, hospitais, restaurantes, bares e similares com atividades após às 22:00 horas 57 Restaurantes e similares até 22:00 horas 55 Restaurantes, casas noturnas com atividades após às 22:00 horas 62 Ambientes de boliche, bolão e similares 67 Ambientes com utilização de equipamentos de som (nível de intensidade máximo entre 85 dB(A) e 95 dB(A) 72 Tabela 6 – Índices ponderados de absorção acústica Fonte: “Knauf Wände - Schallschutz” - extrato da tabela 5 - DIN 4109 4.2 ÍNDICES R’w EXIGIDOS PARA PAREDES SEPARADORAS ENTRE AMBIENTES “RUIDOSOS” 4.3 RECOMENDAÇÕES PARA CONFORTO ACÚSTICO Deve-se atentar para a não redução por caminhos secundários, portas, etc. AMBIENTES R’w (dB) R’w (dB) Obs.: Normal Superior HABITAÇÕES Paredes sem portas entre comparti- mentos “silenciosos” e “ruidosos”. Ex: entre sala de estar e dormitórios 40 ≥≥≥≥≥ 47 ESCRITÓRIOS E EDIFICAÇÕES COMERCIAIS Paredes entre compartimentos de atividades similares 37 ≥≥≥≥≥ 42 Paredes entre áreas de uso comum 37 ≥≥≥≥≥ 42 Paredes de aposentos específicos. Ex: salas de diretoria e de reuniões 45 ≥≥≥≥≥ 52 Paredes entre compartimentos específicos e corredores e compartimentos de uso comum 45 ≥≥≥≥≥ 52 Tabela 7 – Índices ponderados de absorção acústica Fonte: “Knauf Wände - Schallschutz” - extrato da tabela 3, Anexo 2 - DIN 4109
  • 31. 29 4.4 ELEMENTOS CONSTRUTIVOS CONFORMADORES DOS FLANCOS 4.4.1 RLwR - TETOS TETO/FORRO SUSPENSO EM CHAPAS PARA DRYWALL Exemplos de tetos/forros suspensos com superfície fechada Material do teto - chapa para drywall RLwR (dB) Sem lã mineral Com lã mineral ≥100mm≥50mm Chapa única ≥ 12,5mm Chapa dupla ≥ 2 x 12,5mm Chapa única ≥ 12,5mm Chapa dupla ≥ 2 x 12,5mm Chapa única ≥ 12,5mm TETOS DE COMPONENTES MACIÇOS PESO POR m2 RLwR (dB) 100 41 200 51 300 56 350 58 400 60 500 63 Parede divisória até nível do forro; chapa do forro contínua. (Para RLwR ≥ 55 dB é necessária junta se- paradora na chapa). Parede divisória até o nível do forro; chapa de forro interrompida. Estrutura da parede divisória até o teto; chapas de forro e da parede divisória interrompidas no nível do forro. Parede divisória até o teto; o revestimento da parede divisória configura a comparti- mentação do espaço vazio do forro. 40 51 57 50 56 ≥≥≥≥≥57 43 58 50 63 ≥≥≥≥≥60
  • 32. 30 Redução de RLwR - forros suspensos > 400mm até o teto LAJES MACIÇAS COM OU SEM CONTRAPISOS INTEGRADOS PESO POR m2 RLwR (dB) 100 41 200 51 300 56 350 58 400 60 500 63 O material isolante acústico deve ter a espessura mínima de 50mm e abranger a totalidade do forro. Altura até Redução de o teto (mm) RLwR em dB 400 0 600 2 800 5 1000 6 4.4.2 RLwR - PISOS LAJES MACIÇAS - CONTRAPISO SOBRE CAMADA ISOLANTE Observação Exemplos de detalhes construtivos (peso da laje maciça ≥≥≥≥≥ 300 kg/m2) RLwR (dB) Contrapiso flutuante interrom- pido com juntas separadoras Contrapiso sobre filme isolante Contrapiso flutuante Contrapiso flutuante com junta separadora 42-46 38-44 Exemplos de detalhes construtivos (peso da laje maciça ≥≥≥≥≥ 300 kg/m2) RLwR (dB) 70 55
  • 33. 31 PAREDES DE ALVENARIA PESO POR m2 RLwR (dB) 100 43 200 53 300 58 350 60 400 62 500 65 4.4.3 RLwR - PAREDES DOS FLANCOS PAREDES DE ALVENARIA COM REVESTIMENTO COM CHAPAS PARA DRYWALL Exemplos de detalhes construtivos RLwR (dB) 53 57 57 58 58 63 70 71 72 73 Peso da parede kg/m2 100 200 250 300 400 100 200 250 300 400 Revestimento com parede autoportante e colchão de ar ≥30mm Revestimento contínuo de parede PAREDESDRYWALLCOMESTRUTURAMETÁLICA Exemplos de detalhes construtivos RLwR (dB) 53 54 55 57 Revestimento do lado interno do compartimento(mm) Sem junta ≥ 1 x 12,5 ≥ 2 x 12,5 Com junta ≥ 1 x 12,5 ≥ 1 x 12,5 ≥ 1 x 12,5 ≥ 2 x 12,5 Separação construtiva da parede de flanco W111, W112 Revestimento contínuo de parede de flanco. Junta no revestimentoda parede de flanco 73 ≥75
  • 34. 32 4.5 PAREDES DRYWALL KNAUF 4.5.1 PAREDES COM ESTRUTURA METÁLICA Índice de Redução Acústica Avaliada – RwR Dados técnicos Dimensões (mm) D h Chapas drywall tipo/espessura (mm) Proteçãoacústica Material isolante (mm) RwR dB W111-Estruturasimples Sistema W112-Estruturasimples W113-Estruturasimples W116-Parededeinstalações W118-Parededesegurança W131-Paredecorta-fogo 1 chapa de cada lado 2 chapas de cada lado 3 chapas de cada lado Dupla estrututura travada, com duas chapas de cada lado Estrutura simples com três chapas drywall de cada lado intercaladas com duas chapas de aço galvanizado Estrutura simples com três chapas drywall de cada lado intercaladas com uma chapa de aço galvanizado em um dos lados 73 48 95 70 105 90 98 48 120 70 140 90 123 48 145 70 165 90 ≥≥≥≥≥220 ≥≥≥≥≥170 167 90 166 90 Standard ST (GKB) Res. ao Fogo RF (GKF) Esp = 12,5 Standard ST (GKB) Res. ao Fogo RF (GKF) Esp = 2 x 12,5 Standard ST (GKB) Res. ao Fogo RF (GKF) Esp = 3 x 12,5 Standard ST (GKB) Res. ao Fogo RF (GKF) Esp = 2 x 12,5 Res. ao Fogo RF (GKF) Esp = 3 x 12,5 + 2 x 0,5 mm Chapas de aço galvanizado Res. ao Fogo RF (GKF) Esp = 3 x 12,5 + 0,5 mm Chapa de aço galvanizado 40 40 60 41 80 42 40 47 60 49 80 50 80 52 40 52 80 55 80 55 Distância entre perfis = 60 cm Distância entre perfis = 60 cm Distância entre perfis = 60 cm Distância entre perfis = 60 cm Distância entre perfis = 30 cm Distância entre perfis = 30 cm
  • 35. 33 O comportamento acústico real do ambiente construído não pode ser avaliado pela determinação dos índices de redução acústica dos materiais/produtos/ componentes. Somente uma avaliação global do ambiente é que pode fornecer dados confiáveis. Aqueles que basearam suas avaliações somente nos índices de redução acústica da parede divisória entre ambientes ficarão negativamente surpresos. Muitas vezes um ponto fraco em um dos flancos (alvenarias de tijolos furados, contrapisos e/ou tetos contínuos ligando aos compartimentos vizinhos, etc.) se reflete negativamente de tal maneira, que a parede divisória entre os ambientes, por mais altos que sejam seus índices, muito pouco pode contribuir. Oroteiroobrigatório,paraumaavaliaçãoresponsáveldocomportamentoacústico de um ambiente construído começa com a determinação dos índices dos flancos. A parede divisória entre os ambientes poderá então ter seus parâmetros determinados para se alcançar os objetivos de conforto acústico pretendidos.
  • 36. 34 5. MÉTODO DE AVALIAÇÃO E SIMULAÇÃO DO CONDICIONAMENTO ACÚSTICO VISANDO A ALCANÇAR ÍNDICES PRÉ-FIXADOS DE CONFORTO A reciprocidade entre os valores dos índices de redução acústica de laboratório (RwR ) e do ambiente construído (R’wR ) e o gráfico publicado na página 35 (item 5.1.1) permitem determinar o índice R’w (dB) da parede divisória entre compartimentos contíguos para o condicionamento acústico pretendido. Osdadosdográficovisamfacilitaradeterminaçãodaparededivisóriaadequada, a partir dos coeficientes R’w - RwR – R’wR . 5.1 Simulação Quando, por exemplo, se pretender alcançar R’w = 47 dB em um ambiente construído (coluna azul), este valor só poderá ser alcançado se o somatório do índice dos flancos alcançar 50 dB. • Entrar na coluna azul de cima para baixo e encontrar 47. • Correr horizontalmente pela faixa verde correspondente até o seu fim (50). • Subir verticalmente até encontrar a faixa branca que apresenta o resultado final (50), que corresponde ao somatório dos índices (mínimos) dos 4 flancos. • Portanto, o somatório dos índices dos flancos deve ser ≥≥≥≥≥ 50 dB. Se não forem alcançados os 50 dB necessários relativos aos flancos, será impossível alcançar os 47 dB pretendidos no ambiente construído, por mais alto que sejam os índices da parede divisória. Se o somatório dos flancos apresentar 45 dB (por exemplo), alcança-se no máximo 42 dB, com uma parede divisória com o mais alto dos índices. Identificar 45 na faixa horizontal branca, descer verticalmente até o fim da coluna amarela (45); correr horizontalmente pela faixa amarela até a coluna azul onde se encontra 42. Este é o máximo índice a ser alcançado com o somatório dos índices dos flancos igual a 45 dB.
  • 37. 35 5.1.1 PAREDES DIVISÓRIAS ENTRE AMBIENTES Índices RwR da parede divisória para atender os valores de R’w Tipo de parede DIN 4109 R’w (dB) Somatório de R’LwR (dB) para os 4 flancos 65 60 57 55 53 52 50 47 45 42 40 Entresalasdetratamentointensivo(A) Entrecorredoresesalasdetratamentointensivo(A) Entresalasdeescritórios(En) Entrecorredoresesalasdeescritórios(En) Entresalas“silenciosas”e“ruidosas”dehabitações(En) Entresalasdecirurgiaelaboratórios(A) Idemcomcorredoresecirculações(A) Entresalasdeescritórios(Ee) Idemcomcorredoresecirculações(Ee) Em ambientes com assuntos sigilosos ou trabalhos que exigemaltaconcentração(En) Entre salas de diretoria e salas de espera (En) Idemcomcorredoresecirculações(En) Entre salas de aula, quartos de hotéis e hospitais, consultóriosmédicos(A) Idemcomcorredoresecirculações(A) Entreenfermariasesalasambulatoriais(A) Entresalas“silenciosas”e“ruidosas”emhabitações(Ee) Paredes de escadarias/áreas de uso comum e habitações (A) Entresalasdeaulaeescadarias(A) Entreenfermarias(V) Em salas com assuntos sigilosos ou trabalhos que exigem altaconcentraçãointelectual(En) Entresalasdediretoriaesalasdeespera(Ee) Idemcomcorredoresecirculações(Ee) Paredesdivisóriasentrehabitaçõesesalascomerciais(A) Entre salas de aula e salas de música (A) Em salas de jogos ou salas de multiuso (A) Emcozinhasindustriaisdehotéis,hospitais,restaurantes(A) Emrestaurantesousimilarescomatividadesaté22:00horas(A) Paredesdivisóriasentrehabitaçõesouentresalascomerciais(V) Paredesdeescadarias/áreasdeusocomumehabitações(V) Paredesexternasdecasasunifamiliares(A) Compartimentoscomequipamentosmuito“ruidosos”(A) Lojascomerciaisesimilares(A) 37 40 42 45 47 52 53 55 57 37 37 37 38 38 38 38 38 38 39 40 40 40 41 41 41 41 41 41 42 45 42 43 43 43 43 43 43 44 45 45 46 46 46 46 46 47 50 48 48 48 48 49 49 50 53 53 54 55 59 54 54 56 58 56 57 60 58 60 Proteção acústica baixa: R’w até 42 dB RwR necessário até 45 dB Proteção acústica média: R’w até 47 dB RwR necessário até 50 dB Proteção acústica elevada:R’w até 57 dB RwR necessário até 60 dB Parede divisória A = Exigido V = Proposição En =Recomendado Ee = Recomendado para proteção acústica elevada NOTA:índices mais altos só podem ser alcançados com R’LwR mais elevados. Fonte: “Knauf Wände - Schallschutz” - extrato da norma DIN 4109
  • 38. 36 5.2 ÁBACO PARA AVALIAR O ÍNDICE R’wR DA PAREDE DIVISÓRIA ENTRE AMBIENTES Oábaco(vermodelonapágina37)fazainteraçãodosíndices Rdosflancos (teto + piso + paredes) esclarecidos pelos exemplos a seguir. A reciprocidade entre os índices dos flancos e da parede divisória são apresentados nos exemplos. A partir dos índices dos flancos, iterativamente se pode calcular o índice R’wR da parede divisória. A precisão alcançada é suficiente para a utilização como verificação preliminar para os ambientes construídos mais significativos, permitindo ainda verificar e identificar os elos fracos por ventura existentes. 5.2.1 Exemplo 1 (ver página 38): Sejam conhecidos: RLwR Teto: 60 dB (veja possibilidades - item 4.4.1) RLwR Piso: 38 dB (item 4.4.2) RLwR Parede 1: 55 dB (item 4.4.3) RLwR Parede 2: 58 dB (item 4.4.3) Pretende-se utilizar parede divisória com RwR = 50 dB (item 4.5.1) Verificação: Qual o índice final alcançado para a parede divisória com este conjunto de intervenientes? O resultado final da parede divisória (RwR = 50 dB) com a redução imposta pelos flancos (Teto. Piso, Paredes 1 e 2) é de 37 dB! Interpretação: O interveniente com mais baixo desempenho é o piso (RLwR Piso = 38 dB) e portanto precisa ter seu índice muito melhorado, para ser alcançado o índice de 50 dB pretendido para a parede separadora entre os dois ambientes. Se o índice RLwR Piso, por medidas construtivas, for majorado de 38 dB para 70 dB, veremos que o resultado final de R’wR passa para 48 dB (veja exemplo 2, na página 39). Estes exemplos evidenciam o papel preponderante dos flancos no cômputo do índice final da parede divisória. Isto deixa muito claro que aumentar o índice RLwR da parede divisória entre ambientes só éefetivoesejustificaquandooconjuntodosintervenientes(flancos) apresentar índices compatíveis.
  • 39. 37 5.2.1 ÁBACO - MODELO 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0 10,5 11,0 11,5 12,0 12,5 13,0 13,5 14,0 14,5 15-19,5 ≥20 3,0 2,8 2,5 2,3 2,1 1,9 1,8 1,6 1,5 1,3 1,2 1,1 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,6 0,5 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,1 0,0 TETO RLwR ... dB PISO RLwR ... dB PAREDE 1 RLwR ... dB PAREDE 2 RLwR ... dB PAREDE DIVISÓRIA RLwR ... dB PAREDE DIVISÓRIA R wR ... dB PAREDE 1 RLwR ... dB PAREDE 2 RLwR ... dB TETO RLwR ... dB PISO RLwR ... dB FLANCOS Diferença Índice ... dB DIFERENÇA índice ... ... dB DIFERENÇA índice ... ... dB DIFERENÇA índice ... ... dB DIFERENÇA índice ... Resultado final do índice RLwR para os flancos Resultado final do índice R’wR da parede divisória Menor valor de 1 e 2 menos o índice ... dB Menor valor de 3 e 4 menos o índice ... dB Menor valor de 5 e 6 menos o índice ... dB Menor valor de 7 e 8 menos o índice ... dB ... dB 1 2 3 4 5 6 7 8
  • 40. 38 5.3 EXEMPLO 1 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0 10,5 11,0 11,5 12,0 12,5 13,0 13,5 14,0 14,5 15- 19,5 ≥20 3,0 2,8 2,5 2,3 2,1 1,9 1,8 1,6 1,5 1,3 1,2 1,1 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,6 0,5 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,1 0,0 TETO RLwR 60 dB PISO RLwR 38 dB PAREDE 1 RLwR 55 dB PAREDE 2 RLwR 58 dB PAREDE DIVISÓRIA RLwR 50 dB PAREDE DIVISÓRIA R wR 50 dB PAREDE 1 RLwR 55 dB PAREDE 2 RLwR 58 dB TETO RLwR 60 dB PISO RLwR 38 dB FLANCOS Diferença Índice 22 dB DIFERENÇA índice 0 17 dB DIFERENÇA índice 0,1 20,1 dB DIFERENÇA índice 0 12,1 dB DIFERENÇA índice 0,3 Resultado final do índice RLwR para os flancos Resultado final do índice R’wR da parede divisória Menor valor de 1 e 2 menos o índice 38 dB Menor valor de 3 e 4 menos o índice 37,9 dB Menor valor de 5 e 6 menos o índice 37,9 dB Menor valor de 7 e 8 menos o índice 37,6 dB 37 dB 1 2 3 4 5 6 7 8 Arredondar para baixo DIN 52210
  • 41. 39 5.4 EXEMPLO 2 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0 10,5 11,0 11,5 12,0 12,5 13,0 13,5 14,0 14,5 15- 19,5 ≥20 3,0 2,8 2,5 2,3 2,1 1,9 1,8 1,6 1,5 1,3 1,2 1,1 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,6 0,5 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,1 0,0 TETO RLwR 60 dB PISO RLwR 70 dB PAREDE 1 RLwR 55 dB PAREDE 2 RLwR 58 dB PAREDE DIVISÓRIA RwR 50 dB PAREDE DIVISÓRIA R wR 50 dB PAREDE 1 RLwR 55 dB PAREDE 2 RLwR 58 dB TETO RLwR 60 dB PISO RLwR 70 dB FLANCOS Diferença Índice 10 dB DIFERENÇA índice 0,4 4,6 dB DIFERENÇA índice 1,3 4,3 dB DIFERENÇA índice 1,3 2,4 dB DIFERENÇA índice 1,9 Resultado final do índice RLwR para os flancos Resultado final do índice R’wR da parede divisória Menor valor de 1 e 2 menos o índice 59,6 dB Menor valor de 3 e 4 menos o índice 53,7 dB Menor valor de 5 e 6 menos o índice 52,4 dB Menor valor de 7 e 8 menos o índice 48,1dB 48 dB 1 2 3 4 5 6 7 8 Arredondar para baixo DIN 52210
  • 42. 40
  • 43. 41 BIBLIOGRAFIA BARING, J. G. Derrubando Decibéis. TÉCHNE, São Paulo, Pini, 1996. DE MARCO, C. S. Elementos de acústica arquitetônica. São Paulo, Nobel, 1982. HUGON, A. Técnicas de Construção II. São Paulo, Hemus, 1979. LUCA, C. R. Acústica Arquitetônica. In: Seminário de Soluções Tecnológicas Integradas. Paredes de gesso acartonado e sistemas complementares. SãoPaulo,Astic,2000. NEPOMUCENO, L. X. Acústica Técnica. São Paulo, Etegil, 1968. SATTLER, M. Notas de Aula. UFRGS – PPGEC. Porto Alegre, 2000. NORMAS ABNT - Avaliação do ruído em áreas habitadas visando o conforto da comunidade - Procedimento. NBR 10151 / 2000. ABNT - Níveis de ruído para conforto acústico. NBR 10152/1987. ABNT - Tratamento acústico em recintos fechados. NBR 12179/1992. ABNT - Grandezas e unidades de acústica. NBR 12540/1992. ABNT - Cálculo simplificado do nível de ruído equivalente contínuo - leq. NBR 13369/1995 ABNT - Medição local e em laboratório de transmissão de sons aéreos e dos ruídos de impacto. MB 432/1970 DIN - Deutsches Institut für Normung DIN 4109 DIN 52210 DIN EN ISO 717 DIN EN 20140 DIN 52217 DIN 18180 DIN 18181 DIN 18182 DIN 18183 NF - Normes Françaises NF S 31-051 NF S 31-054 NF S 31-055 NF S 31-057 Nota: Não estão listados e referenciados os materiais informativos do grupo Knauf que, em forma de publicações, prospectos, CDs, vídeos, etc., em línguas alemã, portuguesa, francesa e espanhola, constituíram a estrutura deste trabalho. Para mais informações sobre esses trabalhos, entre em contato com o SAK - Serviço de Atendimento Knauf, pelo telefone 0800-7049922 ou pelo e-mail marketing@knauf.com.br
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