SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 45
Baixar para ler offline
TUBERCULOSE INFANTIL
Internato: Pediatria 10/2013
Faculdade: FACIMED
Acadêmicos: Juliana Aguiar Ledur
Priscilla Parreira
Preceptor: Dr. Flávio Ferrari
Objetivos da apresentação:
• DIFERENÇA ENTRE TB NO ADULTO E NA
CRIANÇA
• Formas de apresentação da TB infantil;
• Diagnóstico e tratamento da TB NAS
CRIANÇAS;
• Quimioprofilaxia primária e secundária da TB
(crianças)
• Vacinação (BCG) – Indicações e contra
indicações + reações adversas;
REVISÃO - TUBERCULOSE
• TB continua sendo mundialmente um importante
problema de saúde, exigindo o desenvolvimento de
estratégias para o seu controle, considerando aspectos
humanitários, econômicos e de saúde pública.
• Casos novos no mundo: 9,27 milhões;
• Casos novos HIV positivos: 1,37 milhões;
• Óbitos em casos novos HIV negativos: 1,3 milhões,
• TB multirresistente – TB-MDR e XDR: 500 mil casos.
• O Brasil é um dos 22 países priorizados pela OMS que
concentram 80% da carga mundial de TB.
• MICOBACTERIUM TUBERCULOSIS OU BACILO DE KOCH;
• É importante destacar que anualmente ainda
morrem 4,5 mil pessoas por tuberculose,
doença curável e evitável.
TRANSMISSÃO
• A tuberculose é transmitida por via aérea em
praticamente todos os casos. A infecção ocorre a partir da
inalação de núcleos secos de partículas contendo bacilos
expelidos pela tosse, fala ou espirro do doente com
tuberculose ativa de vias respiratórias (pulmonar ou
laríngea). Os doentes bacilíferos, isto e, aqueles cuja
baciloscopia de escarro é positiva, são a principal fonte
de infecção. Doentes de tuberculose pulmonar com
baciloscopia negativa, mesmo que tenham resultado
positivo a cultura, são muito menos eficientes como
fontes de transmissão, embora isso possa ocorrer. As
formas exclusivamente extrapulmonares não transmitem
a doença.
IMPORTANTE!
BACILÍFEROS *
TRANSMITEM A
DOENÇA!

ESTRATÉGIA:
DETECTAR
BACILÍFEROS!!

DIAGNOSTICAR
E CONTROLAR
A DOENÇA!

• DIAGNOSTICAR TB
Objetivo

Maneira de
diagnosticar
DIFERENTE!

Formas da Doença:
DIFERENTE!

• DIAGNÓSTICO NO ADULTO É DIFERENTE
DO DIAGNÓSTICO INFANTIL!!!!!

• APRESENTAÇÕES PREDOMINANTES DA TB
DIFERENTES NO ADULTO E NA CRIANÇA!

Por que essa
diferença?
TB Primária*

TB Pulmonar
(80% nas crianças)

TB Pós-primária

TB Miliar *
Diagnóstico ClínicoEpidemiológico e
Diag. Radiológico
Diagnóstico com
Prova Tuberculínica
(complem)*

TB ganglionar
periférica*

TB Extrapulmonar
(20% nas crianças)

TB
meningoencefálica*

Escore/ Sistema de
pontos***

TB óssea*
TB Pleural*
TB perinatal*

Diagnóstico
Histopatológico
Diagnóstico
Outros diagnósticos
ADA; Testes
imunológicos e
moleculares; etc...

Baciloscopia Direta
Diagnóstico
Bacteriológico
Cultura para
Micobactéria
TB Primária*

TB Pulmonar

TB Secundária

TB miliar*
Diagnóstico Clínico Epidemiológico

TB pleural

TB ganglionar
periférica*

Mais comum em Adultos;
(Soronegativos)
Mais comum em crianças;

TB Extra pulmonar
TB
meningoencefálica*

TB óssea *
TB PULMONAR (80%) : Primária, Pós-Primária e Miliar
TB Primária

TB Pós-Primária

TB Miliar

• Mais comum em
crianças;
• Insidiosa;
• O paciente
apresenta-se
irritadiço, com
febre baixa,
sudorese noturna,
inapetência e o
exame físico pode
ser inexpressivo.
• Diagnóstico na
criança pelo escore
de pontos;

• Mais comum no adolescente e no adulto
jovem;
• Característica principal a tosse, seca ou
produtiva;
• A expectoração pode ser purulenta ou
mucoide, com ou sem sangue;
• Febre vespertina sem calafrios, não
costuma ultrapassar 38,5 C;
• A sudorese noturna e a anorexia são
comuns. O exame físico geralmente mostra
fácies de doença crônica e emagrecimento;
• A ausculta pulmonar pode apresentar
diminuição do murmúrio vesicular, sopro
anfórico ou mesmo ser normal.
• Diagnóstico através da baciloscopia e
cultura (escarro) para adultos e crianças
maiores de 10 anos;

• Uma forma grave de
doença;
• Apresentação clínica
clássica é a aguda, mais
comum em crianças e em
adultos jovens;
• Sintomas são febre,
astenia e emagrecimento,
que, em associação com
tosse, ocorrem em 80%
dos casos.
• Exame físico mostra
hepatomegalia (35% dos
casos), alterações do
sistema nervoso central
(30% dos casos) e
alterações cutâneas do
tipo eritemato-máculopapulo-vesiculosas;
TB Pulmonar Infantil (Primária)
A forma primária pulmonar
isoladamente costuma ocorrer
pouco tempo depois da formação
do complexo primário (até 2 anos),
geralmente em crianças,
adolescentes ou adultos jovens. A
febre é um achado freqüente (cerca
de 70% dos casos), acompanhado
de tosse produtiva, perda ponderal
e dor pleurítica.

FEBRE!!
TB MILIAR
TB MILIAR
TB Extrapulmonar (20%): Tb Pleural, Tb ganglionar, Tb
meningoencefálica, Tb óssea, Tb pericárdica.
Tb Pleural
• Mais comum forma de TB extra
pulmonar em indivíduos HIV
soronegativos;
• Mais em jovens;
• Dor torácica do tipo pleurítica;
• A tríade astenia, emagrecimento e
anorexia;
• .A cultura, associada ao exame
histopatológico do fragmento
pleural, permite o diagnóstico em
até 90% casos;
• Baciloscopia e da cultura do
líquido pleural são
respectivamente menores que 5%
e 40%.

Tb Ganglionar periférica*
• É a forma mais freqüente de TB
extra pulmonar em pacientes HIV
soropositivos e crianças;
• Aumento subagudo , indolor e
assimétrico gânglios cervicais
anteriores, posteriores e supra
claviculares;
• Gânglios endurecidos ou
amolecidos, aderentes entre si ou
aos planos profundos, podendo
evoluir para fistulização
espontânea, com inflamação
adjacente.
• Diagnóstico por aspirado por
agulha ou biópsia ganglionar para
diagnóstico bacteriológicos e
histológicos;

Tb Meningoencefálica
• Ocorre doença pulmonar
concomitante em até 59% dos
casos.
• A meningite basal exsudativa é a
apresentação clínica mais comum
e é mais freqüente em crianças
abaixo dos 6 anos de idade.
• Pode ser subaguda ou crônica
(sintomas com duração superior a
quatro semanas);
• Forma subaguda cursa com
cefaléia holocraniana,
irritabilidade, sonolência,
fotofobia, vômitos, rigidez de nuca
e alterações em pares cranianos;
• Forma crônica: várias semanas de
cefaléia holocraniana evoluindo
com sinais focais;
• Outra forma de TB do sistema
nervoso central é a forma
localizada (tuberculomas),
evoluindo com processo expansivo
de crescimento lento, evoluindo
para hipertensão intracraniana. A
febre pode não estar presente;
TB óssea
• Mais comum em crianças
(10 a 20 % das formas
extrapulmonares);
• Em crianças, mais comum
em epífise de ossos
longos;
• Mais comum em adultos:
TB de coluna (mal de Pott)
é responsável por cerca de
1% de todos os casos de
TB e por até 50% de todos
os casos de TB óssea. O
quadro clínico é a tríade
dor lombar, dor à
palpação e sudorese
noturna. Afeta mais
comumente a coluna
torácica baixa e a lombar.;
O DIAGNÓSTICO DA TB NA CRIANÇA
• Forma pulmonar difere do adulto, pois criança
é PAUCIBACILAR, negativa ao exame
bacteriológico, pelo reduzido número de bacilos
nas lesões...
• Crianças, em geral, não são capazes de
expectorar (até 10 anos);
• Mais chama a atenção é a febre, habitualmente
moderada, persistente por 15 dias ou mais e
frequentemente vespertina. São comuns
irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese
noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara.
Forma Pulmonar em
crianças: 80%
• Achados radiográficos mais sugestivos da
tuberculose pulmonar em crianças são:
Adenomegalias hilares e/ou paratraqueais
(gânglios mediastínicos aumentados de volume);
• Clínica: São comuns irritabilidade, tosse, perda de
peso, sudorese noturna, às vezes profusa; a
hemoptise é rara;
• Diagnóstico da TB pulmonar na criança é o
Sistema de pontos/escore;
Afinal, o que é o
Escore de pontos?
Escore de Pontos
• 40 pontos – permite iniciar o tratamento do
paciente;
• 30 pontos – pode ser considerado como
indicativo de tuberculose e orienta o
• início de tratamento da criança a critério clínico;
e
• <30 pontos – A criança deverá ser
investigada.Podem ser utilizados métodos
complementares como lavado gástrico,
broncoscopia, escarro induzido, punções ou
testes rápidos;
Quadro clínico – radiológico

Contato

Teste
Tuberculínico

Nutrição

Febre ou sintomas
como: tosse,
adinamia,
expectoração,
emagrecimento,
sudorese > 2
semanas

Adenomegalia hilar ou
padrão miliar ou
condensação ou
infiltrado (com ou sem
escavação) > 2 semanas
sem melhora com uso
ATB germes comuns

Próximo,
nos
últimos 2
anos

≥ 5mm em não Desnutrição
vacinados com grave
BCG ou BCG ≥
2 anos;
Imunossup.ou
≥ 10mm em
vacinados
< 2 anos

Assintomático ou
com sintomas < 2
semanas

Condensação
ou infiltrado de
qualquer tipo < 2
semanas

Ocasional
ou
negativo

<5 mm

Inf. Resp.com melhora
após
-10!
uso de ATB

Radiografia normal

Igual ou inferior a 25 pontos Diagnóstico
pouco provável

Legenda:
15 ptos
10 ptos
5 ptos

-5!

0 ptos
30 a 35 pontos

Maior ou igual a 40 pontos

Diagnóstico possível

Diagnóstico muito provável
15

10

0

a)Febre ou sintomas como tosse, adinamia, perda de
peso ou sudorese por MAIS de 2 semanas;
b)Raio X : Adenomegalia hilar, padrão miliar ou
condensação por MAIS de 2 semanas; sem melhora
com ATB
c)PPD ≥ 5 mm EM NÃO vacinados BCG OU BCG ≥ 2
anos, ou ≥ 10 mm em vacinados < 2 anos;

Contactantes portadores de TB nos últimos 2 anos!

a)Assintomáticos ou com sintomas < 2 semanas;
b)PPD ocasional <5mm ou negativo;

DIMINUIR!
a)Infecção Respiratória melhora com ATB -10!
b)Radiografia normal; -5 ptos!

SOMAR!
*Criança com desnutrição grave: + 5 ptos
*Criança com condensação ou inflitrados < 2 sem : + 5 ptos
SOMAR!
*Criança com desnutrição grave: 5 ptos
*Criança com condensação ou inflitrados < 2 sem : 5 ptos

Sintoma?

sim

não

Solicitar Rx
tórax

Contactantes?

Raio X está
normal?

sim

Alterado

sim

Solicitar Rx
Tórax

Solicitar PPD

PPD alterado
Contactante?

Raio x
alterado?

Não!

Solicitar PPD
Sim!

Alterado!
Sim !
PPD alterado?
Não!

Não *
Sim! Tratar
TB PERINATAL
• E a forma de TB do recém-nascido, cuja transmissão pode ocorrer
durante a gravidez (TB congênita) ou no período neonatal. Na TB
congênita, a transmissão ocorre por disseminacão hematogênica da
TB materna, da tuberculose genital (endometrite, cervicite) e por
aspiração ou ingestão do liquido amniótico infectado ou das
secreções genitais ou do colostro. E uma forma rara.
• A letalidade e superior a 50%, mesmo com o tratamento adequado;
• TB perinatal pode ser suspeitada em recém–nascidos, cuja mãe
teve TB ativa grave durante a gravidez ou, após o parto, esteve em
contato com qualquer pessoa da família com TB. Justifica-se o
exame da placenta (histopatologia e cultura para M. tuberculosis)
no caso de recém-nascido, cuja mãe esta com TB em atividade no
momento do parto.
TRATAMENTO DA TB INFANTIL

• Para as crianças (abaixo de 10 anos)
permanece a recomendação do Esquema RHZ.
• Em crianças menores de 5 anos que
apresentem dificuldade para ingerir os
comprimidos, recomenda-se o uso dos
medicamentos em forma de xarope ou
suspensão.
Indicação:
a) Casos novos de crianças (< 10 anos), de todas as formas de tuberculose pulmonar e
extrapulmonar (exceto a forma meningoencefálica), infectados ou não pelo HIV; e
b) Retratamento: recidiva (independentemente do tempo decorrido do primeiro
episódio) ou retorno após abandono com doença ativa em crianças (< 10 anos),
exceto a forma meningoencefalica.
*Esquema para a forma meningoencefalica da tuberculose em criança:
Utilizar o esquema básico para crianças, prolongando-se a fase de manutenção.
(2RHZ/7RH)
Condições Especiais
• GESTANTES: A prevenção da tuberculose congênita é realizada pelo
diagnóstico precoce e a administração oportuna do tratamento da
TB na mãe grávida, para diminuir o risco de transmissão ao feto e
recém-nato, bem como aos adultos que coabitam a mesma
residência, diminuindo assim o risco de transmissão pós-natal.
• O esquema com RHZE pode ser administrado nas doses habituais
para gestantes e esta recomendado o uso de Piridoxina (50mg/dia)
durante a gestação pelo risco de toxicidade neurológica (devido a
isoniazida) no recém-nascido.
• Não há contraindicações a amamentação, desde que a mãe não
seja portadora de mastite tuberculosa. É recomendável, entretanto,
que faca uso de máscara cirúrgica ao amamentar e cuidar da
criança.
Segurança dos fármacos anti Tb em
gestantes e lactentes
Controle do Tratamento em Crianças
.

Similar a abordagem terapêutica do paciente adulto, nestes casos a adesão
deve ser de toda a família. Em muitos casos há mais de um individuo doente
em casa: a criança e o adulto que lhe transmitiu a doença;

• A avaliação deverá ser mensal. A criança responde clinicamente em cerca de
uma semana, com melhora da febre. Logo na consulta de primeiro mês de
tratamento nota-se o ganho de peso e a melhora da tosse nos casos
pulmonares.
• O controle do tratamento, além de clinico, é radiológico. A radiografia de tórax
deve ser realizada com um mês de tratamento ambulatorial, para confirmar a
melhora com diminuição dos achados anteriores ou até para afastar outras
doenças, caso a evolução não seja favorável. A segunda radiografia de controle
devera ser feita ao término do tratamento ou, quando da solicitação do
médico assistente, a qualquer tempo.
• Analisar criteriosamente os fatores de risco para o abandono: crianças
menores de 1 ano, com história prévia de abandono e aquelas cujo pai esta
ausente ou é usuário de drogas ilícitas;
Controle dos contatos
• Tendo em vista que crianças com TB em geral
desenvolvem a doença após transmissão por
um contato adulto bacilífero, preconiza-se a
investigação de todos os seus contatos,
independentemente da forma clinica da
criança, a fim de se identificar não somente os
casos de ILTB, mas, principalmente, o caso
índice, interrompendo assim a cadeia de
transmissão.
Tratamento preventivo da Tuberculose
• Fatores de risco: idade – menor do que 2 anos ou
maior do que 60 anos; e desnutrição.
• O maior risco de adoecimento se concentra nos
primeiros dois anos após a primo-infeccão, mas o
período de incubação pode se estender por
muitos anos e mesmo décadas;
PREVENÇÃO DA INFECÇÃO LATENTE
OU QUIMIOPROFILAXIA PRIMÁRIA
PREVENÇÃO DA INFECÇÃO LATENTE
OU QUIMIOPROFILAXIA PRIMÁRIA
• Recomenda-se a prevenção da infecção
tuberculosa em recém-nascidos coabitantes de
caso índice bacilífero. Nestes casos, o recémnascido não deverá ser vacinado ao nascer.
• A H e administrada por três meses e, após esse
período, faz-se a PT. Se o resultado da PT for ≥
5mm, a quimioprofilaxia – QP deve ser mantida
por mais três a seis meses, caso contrário
interrompe-se o uso da isoniazida e vacina-se
com BCG.
TRATAMENTO DA INFECÇÃO LATENTE
OU QUIMIOPROFILAXIA SECUNDÁRIA
• O tratamento da ILTB com H reduz em 60% a 90% o risco de
adoecimento ;
• Isoniazida – na dose de 5mg/kg a 10 mg/kg de peso até a
dose máxima de 300mg/dia.
• Indicações:
• Crianças contatos de casos bacilíferos:
• • PT igual ou superior a 5mm – em crianças não vacinadas
com BCG, crianças vacinadas há mais de dois anos ou
qualquer condição imunossupressora.
• • PT igual ou superior a 10mm em crianças vacinadas com
BCG há menos de dois anos.
• Crianças que adquiriram ILTB até os 5 anos – grupo
prioritário para tratamento de ILTB.
VACINA BCG
Indicações

Contra-Indicação

• Recém-nascidos
• Ao nascer, ainda na maternidade, recémnascidos com peso maior ou igual a 2kg
• Lactentes que foram vacinados e não
apresentem cicatriz vacinal após seis
meses devem ser revacinados apenas mais
uma vez.
• Crianças, incluindo as indígenas, de 0 a 4
anos de idade, preferencialmente em
menores de um ano de idade.
• Crianças HIV positivas – a vacina BCG-ID
deve ser administrada no nascimento ou o
mais precocemente possível. Para as
crianças que chegam aos serviços ainda
não vacinadas, a vacina está contraindicada se existirem sintomas ou sinais
de imunodeficiência.

• Relativas :
• Recém-nascidos com peso inferior
a 2kg.
• Afecções dermatológicas no local da
vacinação ou generalizadas.
• Uso de imunodepressores
(prednisona na dose de 2mg/kg/dia
ou mais;
• Vacina BCG deverá ser adiada até
três meses após o tratamento com
imunodepressores ou
corticosteróides em doses elevadas;
• Absolutas: Criança sintomática e
imunodeficiência congênita;

BCG : BACILO DE CALMETTE-GUERIN
CURIOSIDADE

Contatos com doentes de Hanseníase
• Está indicada a vacina BCG-ID para os contatos
intradomiciliares de portadores de hanseníase, sem
presença de sinais e sintomas da doença,
independentemente de serem contatos de casos PB
ou MB;
• Contatos Intradomiciliares com menos de um ano de
idade, comprovadamente vacinados, não necessitam
da administração de outra dose de BCG.
PROTEGE CONTRA A HANSENÍASE !
Evolução lesão vacinal BCG

BCG não

• A vacina
provoca reações
gerais, tais como febre ou mal-estar.
Normalmente, nos menores de um ano, grupo
prioritário, a reação local da vacina e de
evolução lenta e benigna, variando, de
indivíduo para indivíduo, de seis a 12 semana;
• Da 1 a 2 semana: mácula
avermelhada com
enduração cujas
dimensões variam de 5 a
15 mm;

• Da 3 a 4 semana:
pústula que se forma
com amolecimento do
centro da lesão, seguida
pelo aparecimento de
crosta;
• 6 a 12 semana: cicatriz
com 4 a 7 mm de
diâmetro, encontrada em
cerca de 95% dos
vacinados;

• A partir da 13 semana:
desaparecimento lento
da úlcera, deixando como
resultado uma cicatriz
plana, com diâmetro de 3
mm a 7 mm
Não se deve colocar qualquer
medicamento nem cobrir a
úlcera resultante da lesão
de evolução normal, apenas
mantê-la limpa, usando água e
sabão!!!! Não espremer!

O enfartamento ganglionar
axilar, não supurado, pode
ocorrer durante a evolução
normal da lesão vacinal (até 3
meses) desaparecendo
espontaneamente, sem
necessidade de tratamento!
Reação Adversa BCG
OBRIGADA!
Referências
•

Manual de recomendações para controle da Tuberculose 2011 – Ministério da Saúde
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_de_recomendacoes_tb.pdf

•

Linfadenopatia Regional Supurada reacional à vacina BCG – Revista de Medicina da UFC:
http://www.revistademedicina.ufc.br/v41/v4112.htm

•

Mudanças no tratamento e diagnóstico da Tuberculose Miliar 2012 – JORNAL INDIANO DE
PESQUISAS MÉDICAS : http://www.ijmr.org.in/article.asp?issn=09715916;year=2012;volume=135;issue=5;spage=703;epage=730;aulast=Sharma

•

Tuberculose congênita – Jornal de Pediatria do Rio 1998 : http://www.jped.com.br/conteudo/9874-03-239/port_print.htm

•

Tuberculoma cerebral – Acta Médica Minas Gerais 1999 :
http://www.actamedica.org.br/noticia.asp?codigo=140&COD_MENU=86

•

A vacina BCG e teste tuberculínico – Ministério da Saúde :
http://www.saude.mt.gov.br/upload/documento/100/apresentacao-da-vacina-bcg-e-testetuberculinico-[100-101209-SES-MT].pdf

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Doença Pulmonar Obstrutiva CrônicaDoença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Amanda Thomé
 
Doenças exantemáticas
 Doenças exantemáticas Doenças exantemáticas
Doenças exantemáticas
Karina Pereira
 
Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) e Síndrome do Desconforto Respiratóri...
Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) e Síndrome do Desconforto Respiratóri...Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) e Síndrome do Desconforto Respiratóri...
Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) e Síndrome do Desconforto Respiratóri...
José Alexandre Pires de Almeida
 
Aula de espirometria e revisão de fisiologia
Aula de espirometria e revisão de fisiologiaAula de espirometria e revisão de fisiologia
Aula de espirometria e revisão de fisiologia
Flávia Salame
 
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumoniaAssistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
Teresa Oliveira
 
Módulo Tuberculose- Aula 01
Módulo Tuberculose- Aula 01Módulo Tuberculose- Aula 01
Módulo Tuberculose- Aula 01
Flávia Salame
 

Mais procurados (20)

Doenças+exantemática
Doenças+exantemáticaDoenças+exantemática
Doenças+exantemática
 
Sinais meningorradiculares 18
Sinais meningorradiculares 18Sinais meningorradiculares 18
Sinais meningorradiculares 18
 
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU) Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
 
Hiper e hipotireoidismo
Hiper e hipotireoidismoHiper e hipotireoidismo
Hiper e hipotireoidismo
 
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Doença Pulmonar Obstrutiva CrônicaDoença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
 
Doenças exantemáticas
 Doenças exantemáticas Doenças exantemáticas
Doenças exantemáticas
 
Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) e Síndrome do Desconforto Respiratóri...
Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) e Síndrome do Desconforto Respiratóri...Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) e Síndrome do Desconforto Respiratóri...
Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) e Síndrome do Desconforto Respiratóri...
 
Aula de espirometria e revisão de fisiologia
Aula de espirometria e revisão de fisiologiaAula de espirometria e revisão de fisiologia
Aula de espirometria e revisão de fisiologia
 
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumoniaAssistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
 
Diagnóstico clínico
Diagnóstico clínicoDiagnóstico clínico
Diagnóstico clínico
 
Semiologia das arritmias 2019
Semiologia das arritmias 2019Semiologia das arritmias 2019
Semiologia das arritmias 2019
 
Febre reumatica
Febre reumaticaFebre reumatica
Febre reumatica
 
Incidencia E Epidemiologia
Incidencia E EpidemiologiaIncidencia E Epidemiologia
Incidencia E Epidemiologia
 
Pneumonia
PneumoniaPneumonia
Pneumonia
 
Gasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-base
Gasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-baseGasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-base
Gasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-base
 
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
 
Sepse
Sepse Sepse
Sepse
 
Bronquite
BronquiteBronquite
Bronquite
 
Módulo Tuberculose- Aula 01
Módulo Tuberculose- Aula 01Módulo Tuberculose- Aula 01
Módulo Tuberculose- Aula 01
 
58754491 tabela-antibioticos
58754491 tabela-antibioticos58754491 tabela-antibioticos
58754491 tabela-antibioticos
 

Semelhante a Tuberculose infantil pdf

Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e DiagnósticoTuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Flávia Salame
 
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e DiagnósticoTuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Flávia Salame
 
fisioterapia-em-neonatologia-e-pediatria_compress.pdf
fisioterapia-em-neonatologia-e-pediatria_compress.pdffisioterapia-em-neonatologia-e-pediatria_compress.pdf
fisioterapia-em-neonatologia-e-pediatria_compress.pdf
Raqueli Viecili
 
Diretrizes+brasileiras+em+pneumonia+adquirida+na+comunidade+em
Diretrizes+brasileiras+em+pneumonia+adquirida+na+comunidade+emDiretrizes+brasileiras+em+pneumonia+adquirida+na+comunidade+em
Diretrizes+brasileiras+em+pneumonia+adquirida+na+comunidade+em
Arquivo-FClinico
 

Semelhante a Tuberculose infantil pdf (20)

Tuberculose, Hanseníase, Meningites - 2016 - UNIRIO
Tuberculose, Hanseníase, Meningites - 2016 - UNIRIOTuberculose, Hanseníase, Meningites - 2016 - UNIRIO
Tuberculose, Hanseníase, Meningites - 2016 - UNIRIO
 
Aprim sp2e 3-ebserh
Aprim sp2e 3-ebserhAprim sp2e 3-ebserh
Aprim sp2e 3-ebserh
 
4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos
4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos
4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos
 
Aprimore sp3-unirio
Aprimore sp3-unirioAprimore sp3-unirio
Aprimore sp3-unirio
 
Meningite tuberculosa
Meningite tuberculosaMeningite tuberculosa
Meningite tuberculosa
 
Tuberculose extrapulmonar
Tuberculose extrapulmonarTuberculose extrapulmonar
Tuberculose extrapulmonar
 
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e DiagnósticoTuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
 
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e DiagnósticoTuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
 
Microbiologia doenças
Microbiologia doençasMicrobiologia doenças
Microbiologia doenças
 
10. Aula Tuberculose PDF.pdf
10. Aula Tuberculose PDF.pdf10. Aula Tuberculose PDF.pdf
10. Aula Tuberculose PDF.pdf
 
fisioterapia-em-neonatologia-e-pediatria_compress (1).pptx
fisioterapia-em-neonatologia-e-pediatria_compress (1).pptxfisioterapia-em-neonatologia-e-pediatria_compress (1).pptx
fisioterapia-em-neonatologia-e-pediatria_compress (1).pptx
 
Dengue na Infância
Dengue na InfânciaDengue na Infância
Dengue na Infância
 
fisioterapia-em-neonatologia-e-pediatria_compress.pptx
fisioterapia-em-neonatologia-e-pediatria_compress.pptxfisioterapia-em-neonatologia-e-pediatria_compress.pptx
fisioterapia-em-neonatologia-e-pediatria_compress.pptx
 
fisioterapia-em-neonatologia-e-pediatria_compress.pdf
fisioterapia-em-neonatologia-e-pediatria_compress.pdffisioterapia-em-neonatologia-e-pediatria_compress.pdf
fisioterapia-em-neonatologia-e-pediatria_compress.pdf
 
Formas de contágios de doenças infeciosas
Formas de contágios de doenças infeciosasFormas de contágios de doenças infeciosas
Formas de contágios de doenças infeciosas
 
Linfadenopatias cervicais na infância
Linfadenopatias cervicais na infânciaLinfadenopatias cervicais na infância
Linfadenopatias cervicais na infância
 
Infeções em creche e infantário 23.05.15
Infeções em creche e infantário 23.05.15Infeções em creche e infantário 23.05.15
Infeções em creche e infantário 23.05.15
 
Diretrizes+brasileiras+em+pneumonia+adquirida+na+comunidade+em
Diretrizes+brasileiras+em+pneumonia+adquirida+na+comunidade+emDiretrizes+brasileiras+em+pneumonia+adquirida+na+comunidade+em
Diretrizes+brasileiras+em+pneumonia+adquirida+na+comunidade+em
 
Tuberculose 1
Tuberculose 1Tuberculose 1
Tuberculose 1
 
Tuberculose pulmonar
Tuberculose pulmonarTuberculose pulmonar
Tuberculose pulmonar
 

Tuberculose infantil pdf

  • 1. TUBERCULOSE INFANTIL Internato: Pediatria 10/2013 Faculdade: FACIMED Acadêmicos: Juliana Aguiar Ledur Priscilla Parreira Preceptor: Dr. Flávio Ferrari
  • 2. Objetivos da apresentação: • DIFERENÇA ENTRE TB NO ADULTO E NA CRIANÇA • Formas de apresentação da TB infantil; • Diagnóstico e tratamento da TB NAS CRIANÇAS; • Quimioprofilaxia primária e secundária da TB (crianças) • Vacinação (BCG) – Indicações e contra indicações + reações adversas;
  • 3. REVISÃO - TUBERCULOSE • TB continua sendo mundialmente um importante problema de saúde, exigindo o desenvolvimento de estratégias para o seu controle, considerando aspectos humanitários, econômicos e de saúde pública. • Casos novos no mundo: 9,27 milhões; • Casos novos HIV positivos: 1,37 milhões; • Óbitos em casos novos HIV negativos: 1,3 milhões, • TB multirresistente – TB-MDR e XDR: 500 mil casos. • O Brasil é um dos 22 países priorizados pela OMS que concentram 80% da carga mundial de TB. • MICOBACTERIUM TUBERCULOSIS OU BACILO DE KOCH;
  • 4. • É importante destacar que anualmente ainda morrem 4,5 mil pessoas por tuberculose, doença curável e evitável.
  • 5. TRANSMISSÃO • A tuberculose é transmitida por via aérea em praticamente todos os casos. A infecção ocorre a partir da inalação de núcleos secos de partículas contendo bacilos expelidos pela tosse, fala ou espirro do doente com tuberculose ativa de vias respiratórias (pulmonar ou laríngea). Os doentes bacilíferos, isto e, aqueles cuja baciloscopia de escarro é positiva, são a principal fonte de infecção. Doentes de tuberculose pulmonar com baciloscopia negativa, mesmo que tenham resultado positivo a cultura, são muito menos eficientes como fontes de transmissão, embora isso possa ocorrer. As formas exclusivamente extrapulmonares não transmitem a doença.
  • 6. IMPORTANTE! BACILÍFEROS * TRANSMITEM A DOENÇA! ESTRATÉGIA: DETECTAR BACILÍFEROS!! DIAGNOSTICAR E CONTROLAR A DOENÇA! • DIAGNOSTICAR TB Objetivo Maneira de diagnosticar DIFERENTE! Formas da Doença: DIFERENTE! • DIAGNÓSTICO NO ADULTO É DIFERENTE DO DIAGNÓSTICO INFANTIL!!!!! • APRESENTAÇÕES PREDOMINANTES DA TB DIFERENTES NO ADULTO E NA CRIANÇA! Por que essa diferença?
  • 7. TB Primária* TB Pulmonar (80% nas crianças) TB Pós-primária TB Miliar * Diagnóstico ClínicoEpidemiológico e Diag. Radiológico Diagnóstico com Prova Tuberculínica (complem)* TB ganglionar periférica* TB Extrapulmonar (20% nas crianças) TB meningoencefálica* Escore/ Sistema de pontos*** TB óssea* TB Pleural* TB perinatal* Diagnóstico Histopatológico Diagnóstico Outros diagnósticos ADA; Testes imunológicos e moleculares; etc... Baciloscopia Direta Diagnóstico Bacteriológico Cultura para Micobactéria
  • 8. TB Primária* TB Pulmonar TB Secundária TB miliar* Diagnóstico Clínico Epidemiológico TB pleural TB ganglionar periférica* Mais comum em Adultos; (Soronegativos) Mais comum em crianças; TB Extra pulmonar TB meningoencefálica* TB óssea *
  • 9.
  • 10. TB PULMONAR (80%) : Primária, Pós-Primária e Miliar TB Primária TB Pós-Primária TB Miliar • Mais comum em crianças; • Insidiosa; • O paciente apresenta-se irritadiço, com febre baixa, sudorese noturna, inapetência e o exame físico pode ser inexpressivo. • Diagnóstico na criança pelo escore de pontos; • Mais comum no adolescente e no adulto jovem; • Característica principal a tosse, seca ou produtiva; • A expectoração pode ser purulenta ou mucoide, com ou sem sangue; • Febre vespertina sem calafrios, não costuma ultrapassar 38,5 C; • A sudorese noturna e a anorexia são comuns. O exame físico geralmente mostra fácies de doença crônica e emagrecimento; • A ausculta pulmonar pode apresentar diminuição do murmúrio vesicular, sopro anfórico ou mesmo ser normal. • Diagnóstico através da baciloscopia e cultura (escarro) para adultos e crianças maiores de 10 anos; • Uma forma grave de doença; • Apresentação clínica clássica é a aguda, mais comum em crianças e em adultos jovens; • Sintomas são febre, astenia e emagrecimento, que, em associação com tosse, ocorrem em 80% dos casos. • Exame físico mostra hepatomegalia (35% dos casos), alterações do sistema nervoso central (30% dos casos) e alterações cutâneas do tipo eritemato-máculopapulo-vesiculosas;
  • 11. TB Pulmonar Infantil (Primária) A forma primária pulmonar isoladamente costuma ocorrer pouco tempo depois da formação do complexo primário (até 2 anos), geralmente em crianças, adolescentes ou adultos jovens. A febre é um achado freqüente (cerca de 70% dos casos), acompanhado de tosse produtiva, perda ponderal e dor pleurítica. FEBRE!!
  • 14. TB Extrapulmonar (20%): Tb Pleural, Tb ganglionar, Tb meningoencefálica, Tb óssea, Tb pericárdica. Tb Pleural • Mais comum forma de TB extra pulmonar em indivíduos HIV soronegativos; • Mais em jovens; • Dor torácica do tipo pleurítica; • A tríade astenia, emagrecimento e anorexia; • .A cultura, associada ao exame histopatológico do fragmento pleural, permite o diagnóstico em até 90% casos; • Baciloscopia e da cultura do líquido pleural são respectivamente menores que 5% e 40%. Tb Ganglionar periférica* • É a forma mais freqüente de TB extra pulmonar em pacientes HIV soropositivos e crianças; • Aumento subagudo , indolor e assimétrico gânglios cervicais anteriores, posteriores e supra claviculares; • Gânglios endurecidos ou amolecidos, aderentes entre si ou aos planos profundos, podendo evoluir para fistulização espontânea, com inflamação adjacente. • Diagnóstico por aspirado por agulha ou biópsia ganglionar para diagnóstico bacteriológicos e histológicos; Tb Meningoencefálica • Ocorre doença pulmonar concomitante em até 59% dos casos. • A meningite basal exsudativa é a apresentação clínica mais comum e é mais freqüente em crianças abaixo dos 6 anos de idade. • Pode ser subaguda ou crônica (sintomas com duração superior a quatro semanas); • Forma subaguda cursa com cefaléia holocraniana, irritabilidade, sonolência, fotofobia, vômitos, rigidez de nuca e alterações em pares cranianos; • Forma crônica: várias semanas de cefaléia holocraniana evoluindo com sinais focais; • Outra forma de TB do sistema nervoso central é a forma localizada (tuberculomas), evoluindo com processo expansivo de crescimento lento, evoluindo para hipertensão intracraniana. A febre pode não estar presente;
  • 15.
  • 16. TB óssea • Mais comum em crianças (10 a 20 % das formas extrapulmonares); • Em crianças, mais comum em epífise de ossos longos; • Mais comum em adultos: TB de coluna (mal de Pott) é responsável por cerca de 1% de todos os casos de TB e por até 50% de todos os casos de TB óssea. O quadro clínico é a tríade dor lombar, dor à palpação e sudorese noturna. Afeta mais comumente a coluna torácica baixa e a lombar.;
  • 17. O DIAGNÓSTICO DA TB NA CRIANÇA • Forma pulmonar difere do adulto, pois criança é PAUCIBACILAR, negativa ao exame bacteriológico, pelo reduzido número de bacilos nas lesões... • Crianças, em geral, não são capazes de expectorar (até 10 anos); • Mais chama a atenção é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara. Forma Pulmonar em crianças: 80%
  • 18. • Achados radiográficos mais sugestivos da tuberculose pulmonar em crianças são: Adenomegalias hilares e/ou paratraqueais (gânglios mediastínicos aumentados de volume); • Clínica: São comuns irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna, às vezes profusa; a hemoptise é rara; • Diagnóstico da TB pulmonar na criança é o Sistema de pontos/escore; Afinal, o que é o Escore de pontos?
  • 19.
  • 20. Escore de Pontos • 40 pontos – permite iniciar o tratamento do paciente; • 30 pontos – pode ser considerado como indicativo de tuberculose e orienta o • início de tratamento da criança a critério clínico; e • <30 pontos – A criança deverá ser investigada.Podem ser utilizados métodos complementares como lavado gástrico, broncoscopia, escarro induzido, punções ou testes rápidos;
  • 21. Quadro clínico – radiológico Contato Teste Tuberculínico Nutrição Febre ou sintomas como: tosse, adinamia, expectoração, emagrecimento, sudorese > 2 semanas Adenomegalia hilar ou padrão miliar ou condensação ou infiltrado (com ou sem escavação) > 2 semanas sem melhora com uso ATB germes comuns Próximo, nos últimos 2 anos ≥ 5mm em não Desnutrição vacinados com grave BCG ou BCG ≥ 2 anos; Imunossup.ou ≥ 10mm em vacinados < 2 anos Assintomático ou com sintomas < 2 semanas Condensação ou infiltrado de qualquer tipo < 2 semanas Ocasional ou negativo <5 mm Inf. Resp.com melhora após -10! uso de ATB Radiografia normal Igual ou inferior a 25 pontos Diagnóstico pouco provável Legenda: 15 ptos 10 ptos 5 ptos -5! 0 ptos 30 a 35 pontos Maior ou igual a 40 pontos Diagnóstico possível Diagnóstico muito provável
  • 22. 15 10 0 a)Febre ou sintomas como tosse, adinamia, perda de peso ou sudorese por MAIS de 2 semanas; b)Raio X : Adenomegalia hilar, padrão miliar ou condensação por MAIS de 2 semanas; sem melhora com ATB c)PPD ≥ 5 mm EM NÃO vacinados BCG OU BCG ≥ 2 anos, ou ≥ 10 mm em vacinados < 2 anos; Contactantes portadores de TB nos últimos 2 anos! a)Assintomáticos ou com sintomas < 2 semanas; b)PPD ocasional <5mm ou negativo; DIMINUIR! a)Infecção Respiratória melhora com ATB -10! b)Radiografia normal; -5 ptos! SOMAR! *Criança com desnutrição grave: + 5 ptos *Criança com condensação ou inflitrados < 2 sem : + 5 ptos
  • 23. SOMAR! *Criança com desnutrição grave: 5 ptos *Criança com condensação ou inflitrados < 2 sem : 5 ptos Sintoma? sim não Solicitar Rx tórax Contactantes? Raio X está normal? sim Alterado sim Solicitar Rx Tórax Solicitar PPD PPD alterado Contactante? Raio x alterado? Não! Solicitar PPD Sim! Alterado! Sim ! PPD alterado? Não! Não * Sim! Tratar
  • 24. TB PERINATAL • E a forma de TB do recém-nascido, cuja transmissão pode ocorrer durante a gravidez (TB congênita) ou no período neonatal. Na TB congênita, a transmissão ocorre por disseminacão hematogênica da TB materna, da tuberculose genital (endometrite, cervicite) e por aspiração ou ingestão do liquido amniótico infectado ou das secreções genitais ou do colostro. E uma forma rara. • A letalidade e superior a 50%, mesmo com o tratamento adequado; • TB perinatal pode ser suspeitada em recém–nascidos, cuja mãe teve TB ativa grave durante a gravidez ou, após o parto, esteve em contato com qualquer pessoa da família com TB. Justifica-se o exame da placenta (histopatologia e cultura para M. tuberculosis) no caso de recém-nascido, cuja mãe esta com TB em atividade no momento do parto.
  • 25. TRATAMENTO DA TB INFANTIL • Para as crianças (abaixo de 10 anos) permanece a recomendação do Esquema RHZ. • Em crianças menores de 5 anos que apresentem dificuldade para ingerir os comprimidos, recomenda-se o uso dos medicamentos em forma de xarope ou suspensão.
  • 26. Indicação: a) Casos novos de crianças (< 10 anos), de todas as formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar (exceto a forma meningoencefálica), infectados ou não pelo HIV; e b) Retratamento: recidiva (independentemente do tempo decorrido do primeiro episódio) ou retorno após abandono com doença ativa em crianças (< 10 anos), exceto a forma meningoencefalica. *Esquema para a forma meningoencefalica da tuberculose em criança: Utilizar o esquema básico para crianças, prolongando-se a fase de manutenção. (2RHZ/7RH)
  • 27. Condições Especiais • GESTANTES: A prevenção da tuberculose congênita é realizada pelo diagnóstico precoce e a administração oportuna do tratamento da TB na mãe grávida, para diminuir o risco de transmissão ao feto e recém-nato, bem como aos adultos que coabitam a mesma residência, diminuindo assim o risco de transmissão pós-natal. • O esquema com RHZE pode ser administrado nas doses habituais para gestantes e esta recomendado o uso de Piridoxina (50mg/dia) durante a gestação pelo risco de toxicidade neurológica (devido a isoniazida) no recém-nascido. • Não há contraindicações a amamentação, desde que a mãe não seja portadora de mastite tuberculosa. É recomendável, entretanto, que faca uso de máscara cirúrgica ao amamentar e cuidar da criança.
  • 28. Segurança dos fármacos anti Tb em gestantes e lactentes
  • 29. Controle do Tratamento em Crianças . Similar a abordagem terapêutica do paciente adulto, nestes casos a adesão deve ser de toda a família. Em muitos casos há mais de um individuo doente em casa: a criança e o adulto que lhe transmitiu a doença; • A avaliação deverá ser mensal. A criança responde clinicamente em cerca de uma semana, com melhora da febre. Logo na consulta de primeiro mês de tratamento nota-se o ganho de peso e a melhora da tosse nos casos pulmonares. • O controle do tratamento, além de clinico, é radiológico. A radiografia de tórax deve ser realizada com um mês de tratamento ambulatorial, para confirmar a melhora com diminuição dos achados anteriores ou até para afastar outras doenças, caso a evolução não seja favorável. A segunda radiografia de controle devera ser feita ao término do tratamento ou, quando da solicitação do médico assistente, a qualquer tempo. • Analisar criteriosamente os fatores de risco para o abandono: crianças menores de 1 ano, com história prévia de abandono e aquelas cujo pai esta ausente ou é usuário de drogas ilícitas;
  • 30. Controle dos contatos • Tendo em vista que crianças com TB em geral desenvolvem a doença após transmissão por um contato adulto bacilífero, preconiza-se a investigação de todos os seus contatos, independentemente da forma clinica da criança, a fim de se identificar não somente os casos de ILTB, mas, principalmente, o caso índice, interrompendo assim a cadeia de transmissão.
  • 31.
  • 32. Tratamento preventivo da Tuberculose • Fatores de risco: idade – menor do que 2 anos ou maior do que 60 anos; e desnutrição. • O maior risco de adoecimento se concentra nos primeiros dois anos após a primo-infeccão, mas o período de incubação pode se estender por muitos anos e mesmo décadas;
  • 33.
  • 34. PREVENÇÃO DA INFECÇÃO LATENTE OU QUIMIOPROFILAXIA PRIMÁRIA
  • 35. PREVENÇÃO DA INFECÇÃO LATENTE OU QUIMIOPROFILAXIA PRIMÁRIA • Recomenda-se a prevenção da infecção tuberculosa em recém-nascidos coabitantes de caso índice bacilífero. Nestes casos, o recémnascido não deverá ser vacinado ao nascer. • A H e administrada por três meses e, após esse período, faz-se a PT. Se o resultado da PT for ≥ 5mm, a quimioprofilaxia – QP deve ser mantida por mais três a seis meses, caso contrário interrompe-se o uso da isoniazida e vacina-se com BCG.
  • 36. TRATAMENTO DA INFECÇÃO LATENTE OU QUIMIOPROFILAXIA SECUNDÁRIA • O tratamento da ILTB com H reduz em 60% a 90% o risco de adoecimento ; • Isoniazida – na dose de 5mg/kg a 10 mg/kg de peso até a dose máxima de 300mg/dia. • Indicações: • Crianças contatos de casos bacilíferos: • • PT igual ou superior a 5mm – em crianças não vacinadas com BCG, crianças vacinadas há mais de dois anos ou qualquer condição imunossupressora. • • PT igual ou superior a 10mm em crianças vacinadas com BCG há menos de dois anos. • Crianças que adquiriram ILTB até os 5 anos – grupo prioritário para tratamento de ILTB.
  • 37. VACINA BCG Indicações Contra-Indicação • Recém-nascidos • Ao nascer, ainda na maternidade, recémnascidos com peso maior ou igual a 2kg • Lactentes que foram vacinados e não apresentem cicatriz vacinal após seis meses devem ser revacinados apenas mais uma vez. • Crianças, incluindo as indígenas, de 0 a 4 anos de idade, preferencialmente em menores de um ano de idade. • Crianças HIV positivas – a vacina BCG-ID deve ser administrada no nascimento ou o mais precocemente possível. Para as crianças que chegam aos serviços ainda não vacinadas, a vacina está contraindicada se existirem sintomas ou sinais de imunodeficiência. • Relativas : • Recém-nascidos com peso inferior a 2kg. • Afecções dermatológicas no local da vacinação ou generalizadas. • Uso de imunodepressores (prednisona na dose de 2mg/kg/dia ou mais; • Vacina BCG deverá ser adiada até três meses após o tratamento com imunodepressores ou corticosteróides em doses elevadas; • Absolutas: Criança sintomática e imunodeficiência congênita; BCG : BACILO DE CALMETTE-GUERIN
  • 38. CURIOSIDADE Contatos com doentes de Hanseníase • Está indicada a vacina BCG-ID para os contatos intradomiciliares de portadores de hanseníase, sem presença de sinais e sintomas da doença, independentemente de serem contatos de casos PB ou MB; • Contatos Intradomiciliares com menos de um ano de idade, comprovadamente vacinados, não necessitam da administração de outra dose de BCG. PROTEGE CONTRA A HANSENÍASE !
  • 39. Evolução lesão vacinal BCG BCG não • A vacina provoca reações gerais, tais como febre ou mal-estar. Normalmente, nos menores de um ano, grupo prioritário, a reação local da vacina e de evolução lenta e benigna, variando, de indivíduo para indivíduo, de seis a 12 semana;
  • 40. • Da 1 a 2 semana: mácula avermelhada com enduração cujas dimensões variam de 5 a 15 mm; • Da 3 a 4 semana: pústula que se forma com amolecimento do centro da lesão, seguida pelo aparecimento de crosta;
  • 41. • 6 a 12 semana: cicatriz com 4 a 7 mm de diâmetro, encontrada em cerca de 95% dos vacinados; • A partir da 13 semana: desaparecimento lento da úlcera, deixando como resultado uma cicatriz plana, com diâmetro de 3 mm a 7 mm
  • 42. Não se deve colocar qualquer medicamento nem cobrir a úlcera resultante da lesão de evolução normal, apenas mantê-la limpa, usando água e sabão!!!! Não espremer! O enfartamento ganglionar axilar, não supurado, pode ocorrer durante a evolução normal da lesão vacinal (até 3 meses) desaparecendo espontaneamente, sem necessidade de tratamento!
  • 45. Referências • Manual de recomendações para controle da Tuberculose 2011 – Ministério da Saúde http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_de_recomendacoes_tb.pdf • Linfadenopatia Regional Supurada reacional à vacina BCG – Revista de Medicina da UFC: http://www.revistademedicina.ufc.br/v41/v4112.htm • Mudanças no tratamento e diagnóstico da Tuberculose Miliar 2012 – JORNAL INDIANO DE PESQUISAS MÉDICAS : http://www.ijmr.org.in/article.asp?issn=09715916;year=2012;volume=135;issue=5;spage=703;epage=730;aulast=Sharma • Tuberculose congênita – Jornal de Pediatria do Rio 1998 : http://www.jped.com.br/conteudo/9874-03-239/port_print.htm • Tuberculoma cerebral – Acta Médica Minas Gerais 1999 : http://www.actamedica.org.br/noticia.asp?codigo=140&COD_MENU=86 • A vacina BCG e teste tuberculínico – Ministério da Saúde : http://www.saude.mt.gov.br/upload/documento/100/apresentacao-da-vacina-bcg-e-testetuberculinico-[100-101209-SES-MT].pdf