SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 2
Baixar para ler offline
JESUS PROFETA ENSINA LIBERTANDO
BORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007
* LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL *
ANO: B – TEMPO LITÚRGICO: 4° DOM. COMUM - COR: VERDE
I. INTRODUÇÃO GERAL
1. Um povo de profetas se reúne para celebrar a fé no
Deus vivo e libertador. A Eucaristia é um espaço privi-
legiado para aprendermos quem é Jesus. É ele quem nos
abre os olhos para vermos que, no meio de nós e ao nos-
so redor, há uma multidão de gente despersonalizada e
oprimida pelos “espíritos maus” que alienam nosso po-
vo.
2. Na Eucaristia ouvimos a Palavra de Deus, que nos
ensina por meio de seu Filho. Seu ensinamento é uma
prática libertadora que decreta a destruição de tudo o que
não condiz com seu projeto de vida e liberdade. É a essa
prática que hoje queremos nos doar plenamente, “ocu-
pando-nos com as coisas do Senhor”.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1ª leitura (Dt 18,15-20): A serviço de quem está o
profeta?
3. Estes versículos pertencem a uma unidade maior,
chamada Código Deuteronômico (12,1-26,19), que apre-
senta o projeto de uma nova sociedade. A partir de
17,14-20 temos leis referentes à pessoa do rei (poder
político), e em 18,1-8 são apresentadas leis que regula-
mentam a vida dos levitas (poder religioso). É dentro
desse contexto que Deus promete um profeta cujas ca-
racterísticas principais são: não ter nenhum compromis-
so com o poder político (rei) e religioso (sacerdotes), e
ser para todo o povo porta-voz e intérprete do projeto de
Deus (v. 18), que visa à construção de história e socie-
dade novas.
4. As religiões vizinhas a Israel tinham seus profetas.
Mas a função deles era sustentar o sistema que concen-
trava a vida na mão de poucos em detrimento da maioria
sofrida. É por isso que os versículos que antecedem o
trecho de hoje proíbem em Israel a existência de adivi-
nhos, astrólogos e magos. Essas pessoas, tidas como
“profetas”, eram consultadas pelas autoridades quando
se tratava de questões que diziam respeito ao bem do
povo. E elas, naturalmente, se inclinavam para os inte-
resses da classe dominante.
5. O profeta do povo de Deus é diferente. Em primeiro
lugar, é suscitado por Javé, o Deus libertador e, em se-
gundo lugar, assemelha-se a Moisés (v. 15), líder que
organizou e conduziu o povo rumo à libertação e posse
da terra por Deus prometida. Daí decorrem duas respon-
sabilidades. A primeira diz respeito ao povo. A tarefa
deste é dar ouvidos ao que o profeta diz, pois o próprio
Deus vai pedir contas a quem não escutar as palavras que
o profeta pronuncia em nome de Javé (v. 19). A segunda
responsabilidade diz respeito ao próprio porta-voz de
Deus. Segundo Amós – profeta contemporâneo ao sur-
gimento do livro do Deuteronômio – “o Senhor Javé não
faz coisa alguma sem revelar seu segredo aos profetas,
seus servos” (Am 3,7). Por isso, o profeta que tiver a
ousadia de dizer em nome de Deus alguma coisa que
Javé não lhe ordenou, ou que falar em nome de outros
deuses, esse profeta deverá morrer (cf. v. 20). O profeta,
portanto, é aquele que mostra ao povo o que é e o que
não é o projeto de Deus, sem ter “rabo preso” com as
instâncias do poder político-religioso e sem se envolver
pela ideologia que conserva e sustenta uma sociedade
desigual.
Evangelho (Mc 1,21-28): Jesus profeta ensina liber-
tando
6. Marcos está preocupado em mostrar quem é Jesus.
Mas o evangelista não se preocupa com definições abs-
tratas. Ele apresenta Jesus agindo. E, a partir de seus
gestos, nós podemos descobrir quem ele é.
7. O trecho de hoje é de grande importância. Trata-se
do primeiro ato público de Jesus. Além disso, os vv. 21-
34 apresentam um dia típico da atividade de Jesus: o que
encontramos nesses versículos é uma amostra daquilo
que o Mestre faz constantemente. No evangelho de hoje
consideramos só um aspecto desse dia típico (que pros-
segue no evangelho do próximo domingo).
8. Marcos situa no tempo e no espaço o relato do pri-
meiro milagre: é um dia de sábado (tempo) e Jesus entra
na sinagoga (espaço), acompanhado pelos discípulos que
acabara de convocar (vv. 16-20). O sábado era uma das
instituições sagradas para as pessoas daquela época, dia
de celebrar a vida e a comunhão com Deus. A sinagoga
era lugar de estudo e aprendizagem. Mas o sábado e a
sinagoga não estavam favorecendo a vida.
9. Jesus começa a ensinar (v. 21). Marcos não fala do
conteúdo desse ensinamento. É que, neste evangelho,
ensino e prática são a mesma coisa. O povo se admira,
porque ele ensina como quem tem autoridade, e não
como os doutores da Lei (v. 22). Depois que o homem
possuído por um espírito mau foi libertado, o povo fica
espantado, e todos se perguntam: “O que é isto? Um
ensinamento novo, dado com autoridade” (v. 27a).
10. O ensinamento de Jesus é novo porque liberta ao
mesmo tempo que ensina. Aí se situa a diferença entre o
seu ensinamento e o dos doutores da Lei, cuja prática
não conduz à libertação. E isso tem muito a ver com
nossa prática pastoral, às vezes feita de teorias, sem im-
primir uma caminhada libertadora. Ao entrar na sinago-
ga, Jesus se volta para quem não recebia atenção (v. 23).
Ele faz com que o possuído pelo demônio se torne o
centro das atenções, e sua libertação é, ao mesmo tempo,
prática e ensino.
11. O homem possuído pelo espírito mau é símbolo de
todas as pessoas despersonalizadas às quais foi impedido
falar e agir como sujeitos da própria vida e história. Não
são donas de si próprias. Sua vida e destino dependem de
“outros” que pensam, falam e agem por elas. O que a-
contece nessas situações? Os espíritos maus que falam
em nome do povo jamais admitirão a possibilidade de o
povo vir a ser libertado. É assim que o espírito mau rea-
ge diante de Jesus: “O que queres de nós?” (v. 24a).
Notemos um detalhe importante: o espírito mau fala no
plural (nós), sinal de que representa de fato tudo o que
despersonaliza e aliena as pessoas. Nesse sentido, ele é o
princípio de todas as alienações da sociedade: discursos
políticos enganadores, planos econômicos que roubam
do povo o pouco que possui, entendimentos sociais que
não ajudam o povo a sair da miséria etc.
12. Marcos está preocupado em mostrar quem é Jesus.
E no episódio em questão, o espírito mau reconhece que
Jesus veio para destruir todas as raízes do mal e suas
manifestações: “Vieste para nos destruir?” (v. 24a). Este
é um dos momentos altos de ensino deste evangelho:
Jesus é aquele que veio destruir o mal que aliena e des-
personaliza as pessoas. Para Marcos, Jesus é “o forte”
anunciado por João Batista (cf. 1,7). Há mais um detalhe
importante neste versículo: o espírito mau já sabe quem
é Jesus: “Tu és o Santo de Deus” (v. 24b). O Mestre é a
pessoa escolhida pelo Pai para libertar as pessoas. Para o
povo da Bíblia, conhecer o nome de alguém é, de certa
forma, ter controle sobre a pessoa. Jesus é o forte. O
espírito da alienação não tem poder sobre ele.
13. Os espíritos maus sabem quem é Jesus. Mas ele
impõe-lhes silêncio: “Cale-se e saia dele!” (v. 25). Não
se trata simplesmente de abafar a alienação. Isso seria
pior. É preciso que as pessoas sejam de fato livres.
14. Ao tocar no tema do silêncio imposto aos espíritos
maus, abrimos uma porta importante no Evangelho de
Marcos. Jesus age dessa forma porque é tarefa de seus
seguidores proclamarem quem ele é. Pega muito mal o
fato de Jesus ser anunciado pelo espírito da alienação.
Mas, ao longo desse evangelho, os discípulos de Jesus
sofrem de ignorância crônica. São muitas as passagens
que comprovam esse detalhe. Por incrível que pareça,
quem revela Jesus como Filho de Deus é um pagão, aos
pés da cruz (15,39), depois de ter visto que o ensinamen-
to do Mestre passa pela entrega total da vida. O que fa-
zer, então? A resposta está nas primeiras palavras de
Jesus em Marcos: “Convertam-se e acreditem na Boa
Notícia” (1,15).
15. Marcos conclui o episódio com uma espécie de
sumário: “A fama de Jesus logo se espalhou por toda
parte, em toda a região da Galiléia” (v. 28). A Galiléia,
lugar dos marginalizados, vai descobrindo que chegou
para ela a Boa Notícia do Reino que é vida para os que
dela foram privados. Jesus, contudo, irá rejeitar a possi-
bilidade de se tornar famoso como tentação que não
constrói o Reino.
2ª leitura (1Cor 7,32-35): Doar-se totalmente
16. Paulo continua tentando responder a várias questões
levantadas pela comunidade de Corinto. Uma delas dizia
respeito à virgindade. Alguns líderes da comunidade
achavam melhor não casar. E querem saber o que o fun-
dador da comunidade pensa disso. Paulo sente que não
tem, a esse respeito, nenhum preceito do Senhor (v. 25).
Ele sabe que, para o povo do Antigo Testamento, casa-
mento e filhos eram importantes para o crescimento do
povo de Deus, pois este dependia de uma raça. Quanto
maior o número de nascimentos, mais numeroso se tor-
nava o povo de Deus. Para Paulo esse critério não vale
mais, pois o povo da nova aliança não é uma raça, mas a
união de muitos povos em torno do projeto de Deus a-
nunciado em Jesus. A virgindade, malvista no Antigo
Testamento, passa a ser dom de Deus (cf. 7,7) a partir de
novo ponto de referência, ou seja, Jesus, que se pôs intei-
ramente a serviço do projeto do Pai. A ênfase, portanto,
é posta agora na evangelização, mediante a qual o povo
de Deus vai crescendo em número e abrindo novas fron-
teiras. O próprio Paulo se considera pai das comunidades
que fundou, e as pessoas que ele evangelizou são filhos
“gerados” por ele.
17. Além disso, as primeiras comunidades viviam na
expectativa do fim do mundo. A urgência da evangeliza-
ção e a possibilidade do fim iminente do mundo levaram
alguns líderes de Corinto à decisão de não casar. Para
Paulo, virgindade/celibato só adquire sentido enquanto
doação plena e total ao Reino: “A mulher que não se
casa e a virgem se ocupam com as coisas do Senhor,
para serem santas no corpo e no espírito” (v. 34a).
18. Paulo se esforçou para ajudar os líderes da comuni-
dade a enfrentar os novos desafios da evangelização
dentro de tempo e realidades específicas. Contudo, a
leitura deste domingo deixa no ar algumas inquietações.
Prescindindo de alguns irmãos e irmãs, as pessoas que
trabalham nas comunidades são casadas. É lícito afirmar
que esses líderes “ficam divididos”? (cf. vv. 33-34a). O
fim do mundo é, hoje, preocupação de fundamentalistas
que procuram convencer e “converter” pessoas com base
no medo. É esse um critério válido para a evangelização?
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
19. A 1ª leitura (Dt 18,15-20) ajuda a refletir sobre a função profética do povo de Deus. Profe-
ta é aquele que procura interpretar para o povo o projeto de Deus, desmascarando as ideologias
político-religiosas que o deturpam.
20. Jesus ensina libertando (evangelho Mc 1,21-28). O que fazem os “espíritos maus” diante
da nossa prática: sentem que sua ruína chegou, ou riem à nossa custa? O que seria, para nós,
“um ensinamento novo, dado com autoridade”? Os “espíritos maus” sabem quem é Jesus. E nós,
sabemos? Quem é Jesus para nós? O domingo, nosso dia sagrado, é dia de libertação para a
multidão de pessoas despersonalizadas?
21. O texto de Paulo (1Cor 7,32-35) apresenta a virgindade como dom de Deus para que as
pessoas se doem plena e totalmente ao Reino. O que dizer de nossas lideranças leigas que, além
de manter a duras penas a família, dedicam tempo e vida à comunidade?

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Cristologia posição da iasd
Cristologia  posição da iasdCristologia  posição da iasd
Cristologia posição da iasdC. Soares
 
O reino de deus na pregação de jesus (correcao) (1)
O reino de deus na pregação de jesus (correcao) (1)O reino de deus na pregação de jesus (correcao) (1)
O reino de deus na pregação de jesus (correcao) (1)Cristobal Avalos Rojas
 
Colossenses - Cap. 02 parte 02
Colossenses - Cap. 02 parte 02Colossenses - Cap. 02 parte 02
Colossenses - Cap. 02 parte 02Daniel M Junior
 
Jesus no evangelho de marcos pe. bonifácio
Jesus no evangelho de marcos   pe. bonifácioJesus no evangelho de marcos   pe. bonifácio
Jesus no evangelho de marcos pe. bonifácioClarisse Kopp
 
Missões no Antigo Testamento
Missões no Antigo TestamentoMissões no Antigo Testamento
Missões no Antigo TestamentoAlberto Simonton
 
Lição 4 - Atributos do Ser Humano
Lição 4 - Atributos do Ser HumanoLição 4 - Atributos do Ser Humano
Lição 4 - Atributos do Ser HumanoHamilton Souza
 
Apostila teologia-biblica-de-missoes
Apostila teologia-biblica-de-missoesApostila teologia-biblica-de-missoes
Apostila teologia-biblica-de-missoesCaetan Capellan
 
LIÇÃO 1 - O evangelho de Mateus - Lições Bíblicas Jovens - 1 tri 2018
LIÇÃO 1 - O evangelho de Mateus - Lições Bíblicas Jovens - 1 tri 2018LIÇÃO 1 - O evangelho de Mateus - Lições Bíblicas Jovens - 1 tri 2018
LIÇÃO 1 - O evangelho de Mateus - Lições Bíblicas Jovens - 1 tri 2018Natalino das Neves Neves
 
Lição 12 - Jesus, o Homem Perfeito
Lição 12 - Jesus, o Homem PerfeitoLição 12 - Jesus, o Homem Perfeito
Lição 12 - Jesus, o Homem PerfeitoÉder Tomé
 
2022 1º trimestre adulto lição 01
2022 1º trimestre adulto lição 012022 1º trimestre adulto lição 01
2022 1º trimestre adulto lição 01JoelSilva477650
 
A historia da igreja parte 3
A historia da igreja parte 3A historia da igreja parte 3
A historia da igreja parte 3Mauricio Borges
 
Evangelho segundo Marcos
Evangelho segundo MarcosEvangelho segundo Marcos
Evangelho segundo MarcosRamon Gimenez
 
Poder sobre as doenças e morte
Poder sobre as doenças e mortePoder sobre as doenças e morte
Poder sobre as doenças e morteMoisés Sampaio
 
Lição 2 - A Humanidade de Jesus Cristo e a Sua Deidade
Lição 2 - A Humanidade de Jesus Cristo e a Sua DeidadeLição 2 - A Humanidade de Jesus Cristo e a Sua Deidade
Lição 2 - A Humanidade de Jesus Cristo e a Sua DeidadeÉder Tomé
 
Lição 10 - Só o Evangelho Muda a Cultura Humana
Lição 10 - Só o Evangelho Muda a Cultura HumanaLição 10 - Só o Evangelho Muda a Cultura Humana
Lição 10 - Só o Evangelho Muda a Cultura HumanaÉder Tomé
 
Lição 1 - Adão, o Primeiro Homem
Lição 1 - Adão, o Primeiro HomemLição 1 - Adão, o Primeiro Homem
Lição 1 - Adão, o Primeiro HomemÉder Tomé
 

Mais procurados (20)

O que é missão
O que é missãoO que é missão
O que é missão
 
A Doutrina de Cristo
A Doutrina de CristoA Doutrina de Cristo
A Doutrina de Cristo
 
Cristologia posição da iasd
Cristologia  posição da iasdCristologia  posição da iasd
Cristologia posição da iasd
 
O reino de deus na pregação de jesus (correcao) (1)
O reino de deus na pregação de jesus (correcao) (1)O reino de deus na pregação de jesus (correcao) (1)
O reino de deus na pregação de jesus (correcao) (1)
 
Colossenses - Cap. 02 parte 02
Colossenses - Cap. 02 parte 02Colossenses - Cap. 02 parte 02
Colossenses - Cap. 02 parte 02
 
Jesus no evangelho de marcos pe. bonifácio
Jesus no evangelho de marcos   pe. bonifácioJesus no evangelho de marcos   pe. bonifácio
Jesus no evangelho de marcos pe. bonifácio
 
Missões no Antigo Testamento
Missões no Antigo TestamentoMissões no Antigo Testamento
Missões no Antigo Testamento
 
Lição 4 - Atributos do Ser Humano
Lição 4 - Atributos do Ser HumanoLição 4 - Atributos do Ser Humano
Lição 4 - Atributos do Ser Humano
 
Apostila teologia-biblica-de-missoes
Apostila teologia-biblica-de-missoesApostila teologia-biblica-de-missoes
Apostila teologia-biblica-de-missoes
 
LIÇÃO 1 - O evangelho de Mateus - Lições Bíblicas Jovens - 1 tri 2018
LIÇÃO 1 - O evangelho de Mateus - Lições Bíblicas Jovens - 1 tri 2018LIÇÃO 1 - O evangelho de Mateus - Lições Bíblicas Jovens - 1 tri 2018
LIÇÃO 1 - O evangelho de Mateus - Lições Bíblicas Jovens - 1 tri 2018
 
Lição 12 - Jesus, o Homem Perfeito
Lição 12 - Jesus, o Homem PerfeitoLição 12 - Jesus, o Homem Perfeito
Lição 12 - Jesus, o Homem Perfeito
 
10 mobilização missionária
10 mobilização missionária10 mobilização missionária
10 mobilização missionária
 
2022 1º trimestre adulto lição 01
2022 1º trimestre adulto lição 012022 1º trimestre adulto lição 01
2022 1º trimestre adulto lição 01
 
A historia da igreja parte 3
A historia da igreja parte 3A historia da igreja parte 3
A historia da igreja parte 3
 
A infância de Jesus
A infância de JesusA infância de Jesus
A infância de Jesus
 
Evangelho segundo Marcos
Evangelho segundo MarcosEvangelho segundo Marcos
Evangelho segundo Marcos
 
Poder sobre as doenças e morte
Poder sobre as doenças e mortePoder sobre as doenças e morte
Poder sobre as doenças e morte
 
Lição 2 - A Humanidade de Jesus Cristo e a Sua Deidade
Lição 2 - A Humanidade de Jesus Cristo e a Sua DeidadeLição 2 - A Humanidade de Jesus Cristo e a Sua Deidade
Lição 2 - A Humanidade de Jesus Cristo e a Sua Deidade
 
Lição 10 - Só o Evangelho Muda a Cultura Humana
Lição 10 - Só o Evangelho Muda a Cultura HumanaLição 10 - Só o Evangelho Muda a Cultura Humana
Lição 10 - Só o Evangelho Muda a Cultura Humana
 
Lição 1 - Adão, o Primeiro Homem
Lição 1 - Adão, o Primeiro HomemLição 1 - Adão, o Primeiro Homem
Lição 1 - Adão, o Primeiro Homem
 

Destaque

Ata da assembleia
Ata da assembleiaAta da assembleia
Ata da assembleiasouzaprev
 
A raposa estava velha demais
A raposa estava velha demaisA raposa estava velha demais
A raposa estava velha demaisjosilene24
 
Resolucion suprema 217055 administrativa
Resolucion suprema 217055 administrativaResolucion suprema 217055 administrativa
Resolucion suprema 217055 administrativaWilly Mauricio
 
Calendarização Semana da Integração 1
Calendarização Semana da Integração 1 Calendarização Semana da Integração 1
Calendarização Semana da Integração 1 Sílvia Sousa
 
Taller de seguridad informatica lala
Taller de seguridad informatica lalaTaller de seguridad informatica lala
Taller de seguridad informatica lalaLaura Salazar
 
Presentación de imágenes editadas con gimp -Nuñez, Parrilla.
Presentación de imágenes editadas con gimp -Nuñez, Parrilla.Presentación de imágenes editadas con gimp -Nuñez, Parrilla.
Presentación de imágenes editadas con gimp -Nuñez, Parrilla.Nana Nuñez
 
Portafolio digital
Portafolio digitalPortafolio digital
Portafolio digitalkewhy
 
Ataquescontrahogar
AtaquescontrahogarAtaquescontrahogar
AtaquescontrahogarAngel Lagos
 
Indicadores escenciales de evaluación.
Indicadores escenciales de evaluación.Indicadores escenciales de evaluación.
Indicadores escenciales de evaluación.elisita peñafiel
 
Antonio martins e francimary sousa, representantes da secretaria municipal da...
Antonio martins e francimary sousa, representantes da secretaria municipal da...Antonio martins e francimary sousa, representantes da secretaria municipal da...
Antonio martins e francimary sousa, representantes da secretaria municipal da...Prof. Antônio Martins de Almeida Filho
 
Público - dormidas na hotelaria crescem 10% em janeiro - Miguel Guedes de Sousa
Público - dormidas na hotelaria crescem 10% em janeiro - Miguel Guedes de SousaPúblico - dormidas na hotelaria crescem 10% em janeiro - Miguel Guedes de Sousa
Público - dormidas na hotelaria crescem 10% em janeiro - Miguel Guedes de SousaMiguel Guedes de Sousa
 
Ángulos Dados
Ángulos DadosÁngulos Dados
Ángulos DadosJnffrSnchz
 
Top ficção 03122012
Top ficção 03122012Top ficção 03122012
Top ficção 03122012Andreia1987
 
Avaliação uso das ti cs
Avaliação uso das ti csAvaliação uso das ti cs
Avaliação uso das ti csZuma Castro
 
130 Citas Inspiradoras sobre la Felicidad, el Coraje, el Caracter, el Exito, ...
130 Citas Inspiradoras sobre la Felicidad, el Coraje, el Caracter, el Exito, ...130 Citas Inspiradoras sobre la Felicidad, el Coraje, el Caracter, el Exito, ...
130 Citas Inspiradoras sobre la Felicidad, el Coraje, el Caracter, el Exito, ...cozyncrati
 
Rueda Helicoidal
Rueda HelicoidalRueda Helicoidal
Rueda Helicoidal123123frv
 

Destaque (20)

Tecnicasdeestudio
TecnicasdeestudioTecnicasdeestudio
Tecnicasdeestudio
 
Ata da assembleia
Ata da assembleiaAta da assembleia
Ata da assembleia
 
A raposa estava velha demais
A raposa estava velha demaisA raposa estava velha demais
A raposa estava velha demais
 
Resolucion suprema 217055 administrativa
Resolucion suprema 217055 administrativaResolucion suprema 217055 administrativa
Resolucion suprema 217055 administrativa
 
Calendarização Semana da Integração 1
Calendarização Semana da Integração 1 Calendarização Semana da Integração 1
Calendarização Semana da Integração 1
 
Taller de seguridad informatica lala
Taller de seguridad informatica lalaTaller de seguridad informatica lala
Taller de seguridad informatica lala
 
Presentación de imágenes editadas con gimp -Nuñez, Parrilla.
Presentación de imágenes editadas con gimp -Nuñez, Parrilla.Presentación de imágenes editadas con gimp -Nuñez, Parrilla.
Presentación de imágenes editadas con gimp -Nuñez, Parrilla.
 
Portafolio digital
Portafolio digitalPortafolio digital
Portafolio digital
 
Ataquescontrahogar
AtaquescontrahogarAtaquescontrahogar
Ataquescontrahogar
 
Indicadores escenciales de evaluación.
Indicadores escenciales de evaluación.Indicadores escenciales de evaluación.
Indicadores escenciales de evaluación.
 
Negocios por intenet
Negocios por intenetNegocios por intenet
Negocios por intenet
 
Presentación1
Presentación1Presentación1
Presentación1
 
Antonio martins e francimary sousa, representantes da secretaria municipal da...
Antonio martins e francimary sousa, representantes da secretaria municipal da...Antonio martins e francimary sousa, representantes da secretaria municipal da...
Antonio martins e francimary sousa, representantes da secretaria municipal da...
 
Público - dormidas na hotelaria crescem 10% em janeiro - Miguel Guedes de Sousa
Público - dormidas na hotelaria crescem 10% em janeiro - Miguel Guedes de SousaPúblico - dormidas na hotelaria crescem 10% em janeiro - Miguel Guedes de Sousa
Público - dormidas na hotelaria crescem 10% em janeiro - Miguel Guedes de Sousa
 
Ángulos Dados
Ángulos DadosÁngulos Dados
Ángulos Dados
 
SECUREFILE
SECUREFILESECUREFILE
SECUREFILE
 
Top ficção 03122012
Top ficção 03122012Top ficção 03122012
Top ficção 03122012
 
Avaliação uso das ti cs
Avaliação uso das ti csAvaliação uso das ti cs
Avaliação uso das ti cs
 
130 Citas Inspiradoras sobre la Felicidad, el Coraje, el Caracter, el Exito, ...
130 Citas Inspiradoras sobre la Felicidad, el Coraje, el Caracter, el Exito, ...130 Citas Inspiradoras sobre la Felicidad, el Coraje, el Caracter, el Exito, ...
130 Citas Inspiradoras sobre la Felicidad, el Coraje, el Caracter, el Exito, ...
 
Rueda Helicoidal
Rueda HelicoidalRueda Helicoidal
Rueda Helicoidal
 

Semelhante a Jesus ensina libertando na sinagoga

Comentário: 3° Domingo do Tempo Comum - Ano C
Comentário: 3° Domingo do Tempo Comum - Ano CComentário: 3° Domingo do Tempo Comum - Ano C
Comentário: 3° Domingo do Tempo Comum - Ano CJosé Lima
 
Comentário: 3º Domingo do Advento - Ano B
Comentário: 3º Domingo do Advento - Ano BComentário: 3º Domingo do Advento - Ano B
Comentário: 3º Domingo do Advento - Ano BJosé Lima
 
Comentário: 31° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 31° Domingo do Tempo Comum - Ano AComentário: 31° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 31° Domingo do Tempo Comum - Ano AJosé Lima
 
Paradigmas missiologicos no novo testamento
Paradigmas missiologicos no novo testamentoParadigmas missiologicos no novo testamento
Paradigmas missiologicos no novo testamentoHebert Balieiro
 
Jesus, o grande comunicador
Jesus, o grande comunicadorJesus, o grande comunicador
Jesus, o grande comunicadorHelio Cruz
 
Jesus, o grande comunicador
Jesus, o grande comunicadorJesus, o grande comunicador
Jesus, o grande comunicadorHelio Cruz
 
O reino de deus na pregação de jesus (correcao)
O reino de deus na pregação de jesus (correcao)O reino de deus na pregação de jesus (correcao)
O reino de deus na pregação de jesus (correcao)Cristobal Avalos Rojas
 
Comentário: Batismo do Senhor - Ano B
Comentário: Batismo do Senhor - Ano BComentário: Batismo do Senhor - Ano B
Comentário: Batismo do Senhor - Ano BJosé Lima
 
Comentário: 15° domingo do tempo comum ano b - 2015
Comentário: 15° domingo do tempo comum   ano b - 2015Comentário: 15° domingo do tempo comum   ano b - 2015
Comentário: 15° domingo do tempo comum ano b - 2015José Lima
 
Comentário: 4° Domingo do Tempo Comum - Ano C
Comentário: 4° Domingo do Tempo Comum - Ano CComentário: 4° Domingo do Tempo Comum - Ano C
Comentário: 4° Domingo do Tempo Comum - Ano CJosé Lima
 
30964 compromisso prof 2 t12
30964 compromisso prof 2 t1230964 compromisso prof 2 t12
30964 compromisso prof 2 t12Sara Silva
 
Comentário: 5° Domingo do Tempo Comum - Ano B
Comentário: 5° Domingo do Tempo Comum - Ano BComentário: 5° Domingo do Tempo Comum - Ano B
Comentário: 5° Domingo do Tempo Comum - Ano BJosé Lima
 
Comentário: 24° Domingo do Tempo Comum - Ano 2015
Comentário: 24° Domingo do Tempo Comum - Ano 2015Comentário: 24° Domingo do Tempo Comum - Ano 2015
Comentário: 24° Domingo do Tempo Comum - Ano 2015José Lima
 
A nova religiosidade
A nova religiosidadeA nova religiosidade
A nova religiosidadeboasnovassena
 
Comentário: 26° Domingo do Tempo Comum - Ano B
Comentário: 26° Domingo do Tempo Comum - Ano BComentário: 26° Domingo do Tempo Comum - Ano B
Comentário: 26° Domingo do Tempo Comum - Ano BJosé Lima
 
Comentário: 12° Domingo Tempo Comum - Ano C
Comentário: 12° Domingo Tempo Comum - Ano C Comentário: 12° Domingo Tempo Comum - Ano C
Comentário: 12° Domingo Tempo Comum - Ano C José Lima
 

Semelhante a Jesus ensina libertando na sinagoga (20)

Comentário: 3° Domingo do Tempo Comum - Ano C
Comentário: 3° Domingo do Tempo Comum - Ano CComentário: 3° Domingo do Tempo Comum - Ano C
Comentário: 3° Domingo do Tempo Comum - Ano C
 
Comentário: 3º Domingo do Advento - Ano B
Comentário: 3º Domingo do Advento - Ano BComentário: 3º Domingo do Advento - Ano B
Comentário: 3º Domingo do Advento - Ano B
 
Comentário: 31° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 31° Domingo do Tempo Comum - Ano AComentário: 31° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 31° Domingo do Tempo Comum - Ano A
 
Paradigmas missiologicos no novo testamento
Paradigmas missiologicos no novo testamentoParadigmas missiologicos no novo testamento
Paradigmas missiologicos no novo testamento
 
Jesus, o grande comunicador
Jesus, o grande comunicadorJesus, o grande comunicador
Jesus, o grande comunicador
 
Jesus, o grande comunicador
Jesus, o grande comunicadorJesus, o grande comunicador
Jesus, o grande comunicador
 
O reino de deus na pregação de jesus (correcao)
O reino de deus na pregação de jesus (correcao)O reino de deus na pregação de jesus (correcao)
O reino de deus na pregação de jesus (correcao)
 
6 ministério
6 ministério6 ministério
6 ministério
 
O profeta
O profetaO profeta
O profeta
 
Comentário: Batismo do Senhor - Ano B
Comentário: Batismo do Senhor - Ano BComentário: Batismo do Senhor - Ano B
Comentário: Batismo do Senhor - Ano B
 
Comentário: 15° domingo do tempo comum ano b - 2015
Comentário: 15° domingo do tempo comum   ano b - 2015Comentário: 15° domingo do tempo comum   ano b - 2015
Comentário: 15° domingo do tempo comum ano b - 2015
 
1 introdução à missiologia
1 introdução à missiologia1 introdução à missiologia
1 introdução à missiologia
 
Comentário: 4° Domingo do Tempo Comum - Ano C
Comentário: 4° Domingo do Tempo Comum - Ano CComentário: 4° Domingo do Tempo Comum - Ano C
Comentário: 4° Domingo do Tempo Comum - Ano C
 
30964 compromisso prof 2 t12
30964 compromisso prof 2 t1230964 compromisso prof 2 t12
30964 compromisso prof 2 t12
 
Comentário: 5° Domingo do Tempo Comum - Ano B
Comentário: 5° Domingo do Tempo Comum - Ano BComentário: 5° Domingo do Tempo Comum - Ano B
Comentário: 5° Domingo do Tempo Comum - Ano B
 
Pessoa de jesus
Pessoa de jesusPessoa de jesus
Pessoa de jesus
 
Comentário: 24° Domingo do Tempo Comum - Ano 2015
Comentário: 24° Domingo do Tempo Comum - Ano 2015Comentário: 24° Domingo do Tempo Comum - Ano 2015
Comentário: 24° Domingo do Tempo Comum - Ano 2015
 
A nova religiosidade
A nova religiosidadeA nova religiosidade
A nova religiosidade
 
Comentário: 26° Domingo do Tempo Comum - Ano B
Comentário: 26° Domingo do Tempo Comum - Ano BComentário: 26° Domingo do Tempo Comum - Ano B
Comentário: 26° Domingo do Tempo Comum - Ano B
 
Comentário: 12° Domingo Tempo Comum - Ano C
Comentário: 12° Domingo Tempo Comum - Ano C Comentário: 12° Domingo Tempo Comum - Ano C
Comentário: 12° Domingo Tempo Comum - Ano C
 

Último

1.2 - Elementos Gerais do Universo.pptx
1.2 - Elementos Gerais do  Universo.pptx1.2 - Elementos Gerais do  Universo.pptx
1.2 - Elementos Gerais do Universo.pptxMarta Gomes
 
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxCelso Napoleon
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...PIB Penha
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)natzarimdonorte
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresNilson Almeida
 
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide SilvaVivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide SilvaSammis Reachers
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPIB Penha
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoRicardo Azevedo
 
Oração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo BrasileiroOração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo BrasileiroNilson Almeida
 
Cópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptx
Cópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptxCópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptx
Cópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptxLennySilva15
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealizaçãocorpusclinic
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxCelso Napoleon
 
o cristão e as finanças a luz da bíblia .
o cristão e as finanças a luz da bíblia .o cristão e as finanças a luz da bíblia .
o cristão e as finanças a luz da bíblia .Steffany69
 
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfO Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfmhribas
 

Último (15)

1.2 - Elementos Gerais do Universo.pptx
1.2 - Elementos Gerais do  Universo.pptx1.2 - Elementos Gerais do  Universo.pptx
1.2 - Elementos Gerais do Universo.pptx
 
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
 
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
 
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide SilvaVivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
 
Oração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo BrasileiroOração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo Brasileiro
 
Cópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptx
Cópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptxCópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptx
Cópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptx
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
 
o cristão e as finanças a luz da bíblia .
o cristão e as finanças a luz da bíblia .o cristão e as finanças a luz da bíblia .
o cristão e as finanças a luz da bíblia .
 
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfO Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
 

Jesus ensina libertando na sinagoga

  • 1. JESUS PROFETA ENSINA LIBERTANDO BORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007 * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * ANO: B – TEMPO LITÚRGICO: 4° DOM. COMUM - COR: VERDE I. INTRODUÇÃO GERAL 1. Um povo de profetas se reúne para celebrar a fé no Deus vivo e libertador. A Eucaristia é um espaço privi- legiado para aprendermos quem é Jesus. É ele quem nos abre os olhos para vermos que, no meio de nós e ao nos- so redor, há uma multidão de gente despersonalizada e oprimida pelos “espíritos maus” que alienam nosso po- vo. 2. Na Eucaristia ouvimos a Palavra de Deus, que nos ensina por meio de seu Filho. Seu ensinamento é uma prática libertadora que decreta a destruição de tudo o que não condiz com seu projeto de vida e liberdade. É a essa prática que hoje queremos nos doar plenamente, “ocu- pando-nos com as coisas do Senhor”. II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS 1ª leitura (Dt 18,15-20): A serviço de quem está o profeta? 3. Estes versículos pertencem a uma unidade maior, chamada Código Deuteronômico (12,1-26,19), que apre- senta o projeto de uma nova sociedade. A partir de 17,14-20 temos leis referentes à pessoa do rei (poder político), e em 18,1-8 são apresentadas leis que regula- mentam a vida dos levitas (poder religioso). É dentro desse contexto que Deus promete um profeta cujas ca- racterísticas principais são: não ter nenhum compromis- so com o poder político (rei) e religioso (sacerdotes), e ser para todo o povo porta-voz e intérprete do projeto de Deus (v. 18), que visa à construção de história e socie- dade novas. 4. As religiões vizinhas a Israel tinham seus profetas. Mas a função deles era sustentar o sistema que concen- trava a vida na mão de poucos em detrimento da maioria sofrida. É por isso que os versículos que antecedem o trecho de hoje proíbem em Israel a existência de adivi- nhos, astrólogos e magos. Essas pessoas, tidas como “profetas”, eram consultadas pelas autoridades quando se tratava de questões que diziam respeito ao bem do povo. E elas, naturalmente, se inclinavam para os inte- resses da classe dominante. 5. O profeta do povo de Deus é diferente. Em primeiro lugar, é suscitado por Javé, o Deus libertador e, em se- gundo lugar, assemelha-se a Moisés (v. 15), líder que organizou e conduziu o povo rumo à libertação e posse da terra por Deus prometida. Daí decorrem duas respon- sabilidades. A primeira diz respeito ao povo. A tarefa deste é dar ouvidos ao que o profeta diz, pois o próprio Deus vai pedir contas a quem não escutar as palavras que o profeta pronuncia em nome de Javé (v. 19). A segunda responsabilidade diz respeito ao próprio porta-voz de Deus. Segundo Amós – profeta contemporâneo ao sur- gimento do livro do Deuteronômio – “o Senhor Javé não faz coisa alguma sem revelar seu segredo aos profetas, seus servos” (Am 3,7). Por isso, o profeta que tiver a ousadia de dizer em nome de Deus alguma coisa que Javé não lhe ordenou, ou que falar em nome de outros deuses, esse profeta deverá morrer (cf. v. 20). O profeta, portanto, é aquele que mostra ao povo o que é e o que não é o projeto de Deus, sem ter “rabo preso” com as instâncias do poder político-religioso e sem se envolver pela ideologia que conserva e sustenta uma sociedade desigual. Evangelho (Mc 1,21-28): Jesus profeta ensina liber- tando 6. Marcos está preocupado em mostrar quem é Jesus. Mas o evangelista não se preocupa com definições abs- tratas. Ele apresenta Jesus agindo. E, a partir de seus gestos, nós podemos descobrir quem ele é. 7. O trecho de hoje é de grande importância. Trata-se do primeiro ato público de Jesus. Além disso, os vv. 21- 34 apresentam um dia típico da atividade de Jesus: o que encontramos nesses versículos é uma amostra daquilo que o Mestre faz constantemente. No evangelho de hoje consideramos só um aspecto desse dia típico (que pros- segue no evangelho do próximo domingo). 8. Marcos situa no tempo e no espaço o relato do pri- meiro milagre: é um dia de sábado (tempo) e Jesus entra na sinagoga (espaço), acompanhado pelos discípulos que acabara de convocar (vv. 16-20). O sábado era uma das instituições sagradas para as pessoas daquela época, dia de celebrar a vida e a comunhão com Deus. A sinagoga era lugar de estudo e aprendizagem. Mas o sábado e a sinagoga não estavam favorecendo a vida. 9. Jesus começa a ensinar (v. 21). Marcos não fala do conteúdo desse ensinamento. É que, neste evangelho, ensino e prática são a mesma coisa. O povo se admira, porque ele ensina como quem tem autoridade, e não como os doutores da Lei (v. 22). Depois que o homem possuído por um espírito mau foi libertado, o povo fica espantado, e todos se perguntam: “O que é isto? Um ensinamento novo, dado com autoridade” (v. 27a). 10. O ensinamento de Jesus é novo porque liberta ao mesmo tempo que ensina. Aí se situa a diferença entre o seu ensinamento e o dos doutores da Lei, cuja prática não conduz à libertação. E isso tem muito a ver com nossa prática pastoral, às vezes feita de teorias, sem im- primir uma caminhada libertadora. Ao entrar na sinago- ga, Jesus se volta para quem não recebia atenção (v. 23). Ele faz com que o possuído pelo demônio se torne o centro das atenções, e sua libertação é, ao mesmo tempo, prática e ensino. 11. O homem possuído pelo espírito mau é símbolo de todas as pessoas despersonalizadas às quais foi impedido falar e agir como sujeitos da própria vida e história. Não são donas de si próprias. Sua vida e destino dependem de “outros” que pensam, falam e agem por elas. O que a- contece nessas situações? Os espíritos maus que falam em nome do povo jamais admitirão a possibilidade de o povo vir a ser libertado. É assim que o espírito mau rea- ge diante de Jesus: “O que queres de nós?” (v. 24a). Notemos um detalhe importante: o espírito mau fala no
  • 2. plural (nós), sinal de que representa de fato tudo o que despersonaliza e aliena as pessoas. Nesse sentido, ele é o princípio de todas as alienações da sociedade: discursos políticos enganadores, planos econômicos que roubam do povo o pouco que possui, entendimentos sociais que não ajudam o povo a sair da miséria etc. 12. Marcos está preocupado em mostrar quem é Jesus. E no episódio em questão, o espírito mau reconhece que Jesus veio para destruir todas as raízes do mal e suas manifestações: “Vieste para nos destruir?” (v. 24a). Este é um dos momentos altos de ensino deste evangelho: Jesus é aquele que veio destruir o mal que aliena e des- personaliza as pessoas. Para Marcos, Jesus é “o forte” anunciado por João Batista (cf. 1,7). Há mais um detalhe importante neste versículo: o espírito mau já sabe quem é Jesus: “Tu és o Santo de Deus” (v. 24b). O Mestre é a pessoa escolhida pelo Pai para libertar as pessoas. Para o povo da Bíblia, conhecer o nome de alguém é, de certa forma, ter controle sobre a pessoa. Jesus é o forte. O espírito da alienação não tem poder sobre ele. 13. Os espíritos maus sabem quem é Jesus. Mas ele impõe-lhes silêncio: “Cale-se e saia dele!” (v. 25). Não se trata simplesmente de abafar a alienação. Isso seria pior. É preciso que as pessoas sejam de fato livres. 14. Ao tocar no tema do silêncio imposto aos espíritos maus, abrimos uma porta importante no Evangelho de Marcos. Jesus age dessa forma porque é tarefa de seus seguidores proclamarem quem ele é. Pega muito mal o fato de Jesus ser anunciado pelo espírito da alienação. Mas, ao longo desse evangelho, os discípulos de Jesus sofrem de ignorância crônica. São muitas as passagens que comprovam esse detalhe. Por incrível que pareça, quem revela Jesus como Filho de Deus é um pagão, aos pés da cruz (15,39), depois de ter visto que o ensinamen- to do Mestre passa pela entrega total da vida. O que fa- zer, então? A resposta está nas primeiras palavras de Jesus em Marcos: “Convertam-se e acreditem na Boa Notícia” (1,15). 15. Marcos conclui o episódio com uma espécie de sumário: “A fama de Jesus logo se espalhou por toda parte, em toda a região da Galiléia” (v. 28). A Galiléia, lugar dos marginalizados, vai descobrindo que chegou para ela a Boa Notícia do Reino que é vida para os que dela foram privados. Jesus, contudo, irá rejeitar a possi- bilidade de se tornar famoso como tentação que não constrói o Reino. 2ª leitura (1Cor 7,32-35): Doar-se totalmente 16. Paulo continua tentando responder a várias questões levantadas pela comunidade de Corinto. Uma delas dizia respeito à virgindade. Alguns líderes da comunidade achavam melhor não casar. E querem saber o que o fun- dador da comunidade pensa disso. Paulo sente que não tem, a esse respeito, nenhum preceito do Senhor (v. 25). Ele sabe que, para o povo do Antigo Testamento, casa- mento e filhos eram importantes para o crescimento do povo de Deus, pois este dependia de uma raça. Quanto maior o número de nascimentos, mais numeroso se tor- nava o povo de Deus. Para Paulo esse critério não vale mais, pois o povo da nova aliança não é uma raça, mas a união de muitos povos em torno do projeto de Deus a- nunciado em Jesus. A virgindade, malvista no Antigo Testamento, passa a ser dom de Deus (cf. 7,7) a partir de novo ponto de referência, ou seja, Jesus, que se pôs intei- ramente a serviço do projeto do Pai. A ênfase, portanto, é posta agora na evangelização, mediante a qual o povo de Deus vai crescendo em número e abrindo novas fron- teiras. O próprio Paulo se considera pai das comunidades que fundou, e as pessoas que ele evangelizou são filhos “gerados” por ele. 17. Além disso, as primeiras comunidades viviam na expectativa do fim do mundo. A urgência da evangeliza- ção e a possibilidade do fim iminente do mundo levaram alguns líderes de Corinto à decisão de não casar. Para Paulo, virgindade/celibato só adquire sentido enquanto doação plena e total ao Reino: “A mulher que não se casa e a virgem se ocupam com as coisas do Senhor, para serem santas no corpo e no espírito” (v. 34a). 18. Paulo se esforçou para ajudar os líderes da comuni- dade a enfrentar os novos desafios da evangelização dentro de tempo e realidades específicas. Contudo, a leitura deste domingo deixa no ar algumas inquietações. Prescindindo de alguns irmãos e irmãs, as pessoas que trabalham nas comunidades são casadas. É lícito afirmar que esses líderes “ficam divididos”? (cf. vv. 33-34a). O fim do mundo é, hoje, preocupação de fundamentalistas que procuram convencer e “converter” pessoas com base no medo. É esse um critério válido para a evangelização? III. PISTAS PARA REFLEXÃO 19. A 1ª leitura (Dt 18,15-20) ajuda a refletir sobre a função profética do povo de Deus. Profe- ta é aquele que procura interpretar para o povo o projeto de Deus, desmascarando as ideologias político-religiosas que o deturpam. 20. Jesus ensina libertando (evangelho Mc 1,21-28). O que fazem os “espíritos maus” diante da nossa prática: sentem que sua ruína chegou, ou riem à nossa custa? O que seria, para nós, “um ensinamento novo, dado com autoridade”? Os “espíritos maus” sabem quem é Jesus. E nós, sabemos? Quem é Jesus para nós? O domingo, nosso dia sagrado, é dia de libertação para a multidão de pessoas despersonalizadas? 21. O texto de Paulo (1Cor 7,32-35) apresenta a virgindade como dom de Deus para que as pessoas se doem plena e totalmente ao Reino. O que dizer de nossas lideranças leigas que, além de manter a duras penas a família, dedicam tempo e vida à comunidade?