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UNIDADE 7 –
ALFABETIZAÇÃO PARA TODOS:
DIFERENTES PERCURSOS,
DIREITOS IGUAIS
LEITURA DELEITE

http://iguinho.ig.com.br/livro-florisbelo.html
PLANEJANDO O ENSINO PARA TODOS:
DIVERSIFICAÇÃO NO TRABALHO DOCENTE
Esse é o tema do Texto 2 da Unidade 7, de autoria
de Leal, Albuquerque e Cruz (2012). Nesse texto,
as autoras reafirmam que a heterogeneidade é um
fenômeno intrínseco à sala de aula, defendendo
a ideia de que no momento de planejar o
professor precisa considerar as diferentes
necessidades de aprendizagem das crianças,
tendo como princípio a GARANTIA DOS
DIREITOS DE APRENDIZAGEM A TODAS AS
CRIANÇAS.
(LEAL; ALBURQUERQUE; CRUZ, 2012, p. 14)
Em pesquisas realizadas por Oliveira
(2012), foi constatado que ainda são
privilegiadas, nas práticas docentes,
atividades que contribuem para o avanço
das crianças que estão em mais
“vantagem” no aprendizado, favorecendo
muito pouco a participação das crianças
em níveis iniciais de apropriação da
leitura e da escrita.
Essa constatação da pesquisadora ocorreu em
situações em que as atividades:
- eram individuais e coletivas com intervenções
pedagógicas limitadas;
- favoreciam participação ativa das crianças que já
tinham autonomia na escrita em detrimento das
demais, que apenas se restringiam à atividades de
cópias ou esperavam a resolução coletiva, sem a
necessária reflexão sobre a natureza dos “erros”,
- não favoreciam a cooperação entre as crianças.
Essa abordagem, no entanto, não é a única
presente nas práticas alfabetizadoras, como
revelado em outros estudos. CoutinhoMonnier (2009), por exemplo, observa
práticas em que as professoras procuravam
atender as necessidades de aprendizagem
específicas das crianças, com estratégias de
ensino
e
de
avaliação
diferenciadas,
conduzindo nas atividades coletivas e
individuais
mediações
favoráveis
à
aprendizagem de todas.
Silveira e Aires (2008), também verificam a
existência de estratégias produtivas para
lidar com os diferentes percursos de
aprendizagem em uma turma de 4º ano,
com crianças que ainda não dominavam o
sistema de escrita, realidade que ainda se faz
presente nas escolas e bastante questionável:
(LEAL; ALBURQUERQUE; CRUZ, 2012, p. 15)
Defendendo que tanto a reprovação quanto a
progressão automática são prejudiciais para as
crianças, as autoras tomam como exemplo a ser
seguido a atitude da professora, que assumiu a
responsabilidade de promover aprendizagens,
instaurando as condições favoráveis de
aprendizagem, tais quais:
 atividades de reflexão sobre o SEA;
 estratégias variadas de participação das
crianças, inclusive nas práticas de produção de
textos, com formação de duplas mistas, na qual
a criança mais experiente na escrita realiza o
registro, conforme exemplo:
(LEAL; ALBURQUERQUE; CRUZ, 2012, p. 16-17)
• No caso observado, ainda foi constatado que
nas atividades de produção de textos coletiva,
a participação das crianças “não alfabéticas”
era muito significativa no processo de
planejamento e organização das ideias.
• As estratégias de produção utilizadas pela
professora são importantes para promover a
participação de todas as crianças e podem
potencializar
a
aprendizagem
de
conhecimentos fundamentais que abarcam
outras dimensões da alfabetização, para além
dos conhecimentos sobre o sistema de escrita.
Planejar e avaliar a prática são,
portanto, atividades fundamentais
para o alcance da apropriação do SEA.
No caderno da Unidade 7, temos um
exemplo de quadro de monitoramente
de atividades realizadas que têm como
propósito oferecer subsídios para o
planejamento e para autoavaliação.
Analisemos esse quadro:
O PAPEL DO DIAGNÓSTICO NO PLANEJAMENTO
DE ATIVIDADES QUE CONSIDEREM AS
DIFERENTES NECESSIDADES DE APRENDIZAGEM
Para planejar o processo de ensino, levando em
conta as diferentes aprendizagens na sala de
aula, é necessário investir no diagnóstico das
necessidades das crianças com atividades que
possibilitem ir além das relações entre o oral e
o escrito, como comumente ocorre nos
diagnósticos que se pautam nos níveis de
escrita.
Como já afirmamos, a produção de textos é
a dimensão da alfabetização que permite às
crianças colocarem em prática todos os
conhecimentos que já dominam sobre o
sistema de escrita. E é no processo de
produção que elas também evidenciam as
suas necessidades de aprendizagem.
Para mapear esses conhecimentos é
importante fazer uso de instrumentos de
registro que
permitem avaliar as
aprendizagens da turma como um todo e de
cada criança em particular.
REFERÊNCIAS
• LEAL, Telma Ferraz; ALBUQUERQUE,
Eliana Borges Correia de; CRUZ, Magna
do Carmo Silva. In: BRASIL, PACTO
NACIONAL
PARA
ALFABETIZAÇÃO
NA
IDADE
CERTA, UNIDADE 7, ANO 1, 2012.
• GONTIJO, Cláudia Maria Mendes;
SCHWARTZ,
Cleonara
Maria.
Alfabetização: teoria e prática.
Curitiba: Sol, 2009.

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ALFABETIZAÇÃO PARA TODOS: Diferentes percursos direitos iguais.

  • 1. UNIDADE 7 – ALFABETIZAÇÃO PARA TODOS: DIFERENTES PERCURSOS, DIREITOS IGUAIS
  • 3. PLANEJANDO O ENSINO PARA TODOS: DIVERSIFICAÇÃO NO TRABALHO DOCENTE Esse é o tema do Texto 2 da Unidade 7, de autoria de Leal, Albuquerque e Cruz (2012). Nesse texto, as autoras reafirmam que a heterogeneidade é um fenômeno intrínseco à sala de aula, defendendo a ideia de que no momento de planejar o professor precisa considerar as diferentes necessidades de aprendizagem das crianças, tendo como princípio a GARANTIA DOS DIREITOS DE APRENDIZAGEM A TODAS AS CRIANÇAS.
  • 5. Em pesquisas realizadas por Oliveira (2012), foi constatado que ainda são privilegiadas, nas práticas docentes, atividades que contribuem para o avanço das crianças que estão em mais “vantagem” no aprendizado, favorecendo muito pouco a participação das crianças em níveis iniciais de apropriação da leitura e da escrita.
  • 6. Essa constatação da pesquisadora ocorreu em situações em que as atividades: - eram individuais e coletivas com intervenções pedagógicas limitadas; - favoreciam participação ativa das crianças que já tinham autonomia na escrita em detrimento das demais, que apenas se restringiam à atividades de cópias ou esperavam a resolução coletiva, sem a necessária reflexão sobre a natureza dos “erros”, - não favoreciam a cooperação entre as crianças.
  • 7. Essa abordagem, no entanto, não é a única presente nas práticas alfabetizadoras, como revelado em outros estudos. CoutinhoMonnier (2009), por exemplo, observa práticas em que as professoras procuravam atender as necessidades de aprendizagem específicas das crianças, com estratégias de ensino e de avaliação diferenciadas, conduzindo nas atividades coletivas e individuais mediações favoráveis à aprendizagem de todas.
  • 8. Silveira e Aires (2008), também verificam a existência de estratégias produtivas para lidar com os diferentes percursos de aprendizagem em uma turma de 4º ano, com crianças que ainda não dominavam o sistema de escrita, realidade que ainda se faz presente nas escolas e bastante questionável:
  • 10. Defendendo que tanto a reprovação quanto a progressão automática são prejudiciais para as crianças, as autoras tomam como exemplo a ser seguido a atitude da professora, que assumiu a responsabilidade de promover aprendizagens, instaurando as condições favoráveis de aprendizagem, tais quais:  atividades de reflexão sobre o SEA;  estratégias variadas de participação das crianças, inclusive nas práticas de produção de textos, com formação de duplas mistas, na qual a criança mais experiente na escrita realiza o registro, conforme exemplo:
  • 11. (LEAL; ALBURQUERQUE; CRUZ, 2012, p. 16-17)
  • 12. • No caso observado, ainda foi constatado que nas atividades de produção de textos coletiva, a participação das crianças “não alfabéticas” era muito significativa no processo de planejamento e organização das ideias. • As estratégias de produção utilizadas pela professora são importantes para promover a participação de todas as crianças e podem potencializar a aprendizagem de conhecimentos fundamentais que abarcam outras dimensões da alfabetização, para além dos conhecimentos sobre o sistema de escrita.
  • 13. Planejar e avaliar a prática são, portanto, atividades fundamentais para o alcance da apropriação do SEA. No caderno da Unidade 7, temos um exemplo de quadro de monitoramente de atividades realizadas que têm como propósito oferecer subsídios para o planejamento e para autoavaliação. Analisemos esse quadro:
  • 14.
  • 15. O PAPEL DO DIAGNÓSTICO NO PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES QUE CONSIDEREM AS DIFERENTES NECESSIDADES DE APRENDIZAGEM Para planejar o processo de ensino, levando em conta as diferentes aprendizagens na sala de aula, é necessário investir no diagnóstico das necessidades das crianças com atividades que possibilitem ir além das relações entre o oral e o escrito, como comumente ocorre nos diagnósticos que se pautam nos níveis de escrita.
  • 16. Como já afirmamos, a produção de textos é a dimensão da alfabetização que permite às crianças colocarem em prática todos os conhecimentos que já dominam sobre o sistema de escrita. E é no processo de produção que elas também evidenciam as suas necessidades de aprendizagem. Para mapear esses conhecimentos é importante fazer uso de instrumentos de registro que permitem avaliar as aprendizagens da turma como um todo e de cada criança em particular.
  • 17. REFERÊNCIAS • LEAL, Telma Ferraz; ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia de; CRUZ, Magna do Carmo Silva. In: BRASIL, PACTO NACIONAL PARA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA, UNIDADE 7, ANO 1, 2012. • GONTIJO, Cláudia Maria Mendes; SCHWARTZ, Cleonara Maria. Alfabetização: teoria e prática. Curitiba: Sol, 2009.

Notas do Editor

  1. {"11":"Refletir sobre o modo como Yago é caracterizado: não era alfabético, que reforça a tendência construtivista no processo de avaliação das escritas infantis, provocando a classificação das crianças por níveis de aprendizagem. O que isso representa? O que Yago efetivamente precisa aprender? \n","9":"Deixar que as orientadoras reflitam sobre as questões propostas, analisando se essa realidade é recorrente na rede de ensino onde atuam.\n"}