SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 18
Jessica Korehiça
Marcos Vinicius
Juliana Gontijo
Jhonatan Oliveira
SÍNDROME DE EDWARDS
• Identificada em 1960 (trissomia 18) por John Edwards;
• É a segunda síndrome mais comum com malformações
múltiplas, acomete 1 em cada 8.000 nascidos;
• Predomínio de crianças do sexo feminino numa proporção de
3:1;
• Mais de 130 diferentes anormalidades já foram descritas nestas
crianças;
• Incidência aumenta com a crescente idade materna.
• 95% dos conceptos abortados espontaneamente.
• A maioria dos pacientes apresentam trissomia regular sem
mosaicismo, ou seja, cariótipo 47, XX ou XY, +18.
Reconhecimento da Síndrome
• Ainda dentro da barriga, já é possível detectar e presença de
anomalias nos fetos;
• O diagnóstico diferencial deve ser feito com a síndrome da
trissomia 13 (Síndrome de Patau);
Diversas malformações congênitas podem ser encontradas;
Malformações cardíacas mais frequentes:
I. Comunicação interventricular;
II. Persistência do ducto arterial.
Cerca de 30% dos portadores da Síndrome de Edwards
demonstram algum comprometimento do sistema nervoso
central.
Características
• Atraso mental;
• Atraso do crescimento;
• Malformação grave do coração;
• O crânio alongado na região occipital;
• Orelhas baixas e mal formadas;
• A boca é pequena;
• Pescoço geralmente muito curto;
• Grande distância entre os mamilos;
• Genitais externos são anômalos;
• O dedo indicador é maior que os
outros e flexionado sobre o dedo
médio;
• Hipotonia seguida de hipertonia baixa estatura;
• Orelhas de implantação baixa e malformadas;
• Esterno curto;
• Punhos cerrados;
• Micro e retrognatia;
• Cardiopatias congênitas graves;
• Retardo mental;
• Rugas presentes na palma da mão e do pé;
• Os pés têm as plantas arqueadas;
• As unhas costumam ser hipoplásicas.
Sobrevida: 50% morrem na primeira
semana; 90% até o quinto mês de vida.
Dados: Smith A, Field B, Learoyd
BM. Trisomy 18 at Age 21 Years. Am J
Med Gen (1989) 36:338-339.
Caso verídico
“Fui mãe aos 15 anos e tive uma ótima gravidez, mesmo não tendo o apoio do pai da criança na época,
minha família e principalmente meus pais me deram todo o apoio necessário para que a minha filha
nascesse com todo amor e conforto. Tive uma ótima gravidez, sem enjoos, tonturas e aqueles
sintomas horríveis de quem fica grávida, dancei muito sem se incomodar com a barriga, fazia longas
caminhadas e comia muitas coisas saudáveis. Ganhei minha filha de nove meses em um parto normal
super rápido e tranquilo. Já na primeira manhã na maternidade estranhei porque as outras mães que
tinham ganhado seus bebés depois de mim estavam com eles no quarto e eu não tinha mais visto a
minha filha. Foi quando veio uma psicóloga dizer que minha filha tinha uma síndrome genética e
várias outras mal formações. Foi quando vi meu mundo desmoronando, afinal de contas eu ainda era
praticamente uma criança que já tinha se preparado para ter uma outra criança e agora seria tudo
ainda mais difícil. Minha filha nasceu com 3,845kg. e além da síndrome ela ainda tinha nascido com o
ânus imperfurado, fistola palatina, cardiopatia congenita entre outras doenças. Já ao acabar de
nascer ela teve que passar por uma cirurgia, onde tiveram que fazer uma colostamia na barriguinha
dela para que pudesse fazer suas necessidades. Depois que ela foi para casa, as idas e vindas a
hospitais, especialistas e internações, as doenças como gripes e pneumonias eram a minha maior
rival, e vinham de repente e muito forte a ponto de fazer um simples espirro de manhã virar uma
pneumonia crónica à noite. As internações eram constantes e longas até que no dia 05/02/2000 ela
partiu. Se perguntarem hoje qual a lembrança mais nítida que tenho da Nicole (esse era o seu nome)
digo que é a do seu sorriso e sua gargalhada quando estava se despedindo de mim, cinco minutos
antes da médica diagnosticar o óbito. Sofri muito nos quatro meses de vida que minha filha teve, mas
também amadureci muito, e mesmo com toda a saudade que sinto hoje e todo sofrimento que tive,
nada se compara com a felicidade de vê-la nos meus braço, de sentir o seu cheirinho, de sentir como
ela se acalmava quando estava no meu colo.”
Michele
BomDia
Síndrome de edwards2

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Síndrome de patau
Síndrome de patauSíndrome de patau
Síndrome de patau
 
Síndrome de patau
Síndrome de patauSíndrome de patau
Síndrome de patau
 
[c7s] Síndrome de Down
[c7s] Síndrome de Down[c7s] Síndrome de Down
[c7s] Síndrome de Down
 
Slide -Sindrome de Down
Slide -Sindrome de DownSlide -Sindrome de Down
Slide -Sindrome de Down
 
Síndrome de Patau
Síndrome de PatauSíndrome de Patau
Síndrome de Patau
 
Sindrome de Down
Sindrome de DownSindrome de Down
Sindrome de Down
 
Trissomia 21
Trissomia 21Trissomia 21
Trissomia 21
 
Sindrome de Patau
Sindrome de PatauSindrome de Patau
Sindrome de Patau
 
Síndrome de down - Seminário de Biologia Celular e Molecular
Síndrome de down - Seminário de Biologia Celular e MolecularSíndrome de down - Seminário de Biologia Celular e Molecular
Síndrome de down - Seminário de Biologia Celular e Molecular
 
Síndrome de down
Síndrome de downSíndrome de down
Síndrome de down
 
Trissomia 21
Trissomia 21Trissomia 21
Trissomia 21
 
Doenças genéticas: Síndromes
Doenças genéticas: SíndromesDoenças genéticas: Síndromes
Doenças genéticas: Síndromes
 
Doencas Genéticas
Doencas Genéticas Doencas Genéticas
Doencas Genéticas
 
Síndromes gênicas
Síndromes gênicasSíndromes gênicas
Síndromes gênicas
 
Alterações cromossomiais meiose não disjunção cromossomial
Alterações cromossomiais meiose não disjunção cromossomialAlterações cromossomiais meiose não disjunção cromossomial
Alterações cromossomiais meiose não disjunção cromossomial
 
Síndrome de down
Síndrome de downSíndrome de down
Síndrome de down
 
Síndrome de Down
Síndrome de DownSíndrome de Down
Síndrome de Down
 
Sindrome de down
Sindrome de downSindrome de down
Sindrome de down
 
Doenças geneticas sindromes
Doenças geneticas sindromesDoenças geneticas sindromes
Doenças geneticas sindromes
 
Sindrome De Downn
Sindrome De DownnSindrome De Downn
Sindrome De Downn
 

Destaque

Mutaciones cromosómicas numéricas
Mutaciones cromosómicas numéricasMutaciones cromosómicas numéricas
Mutaciones cromosómicas numéricasJoshua Esquivel
 
Síndrome de Edwards
Síndrome de EdwardsSíndrome de Edwards
Síndrome de EdwardsMeli Sanchez
 
Síndrome de Asperger e Austismo de Alto Funcionamento
Síndrome de Asperger e Austismo de Alto FuncionamentoSíndrome de Asperger e Austismo de Alto Funcionamento
Síndrome de Asperger e Austismo de Alto FuncionamentoHebert Campos
 
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERAL
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERALNUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERAL
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERALElyda Santos
 
Mutações cromossômicas
Mutações cromossômicasMutações cromossômicas
Mutações cromossômicasThiago Faria
 

Destaque (11)

Síndrome de edwards
Síndrome de edwardsSíndrome de edwards
Síndrome de edwards
 
Trisomía 18 (síndrome de edwards)
Trisomía 18 (síndrome de edwards)Trisomía 18 (síndrome de edwards)
Trisomía 18 (síndrome de edwards)
 
Trisomía 18
Trisomía 18Trisomía 18
Trisomía 18
 
Mutaciones cromosómicas numéricas
Mutaciones cromosómicas numéricasMutaciones cromosómicas numéricas
Mutaciones cromosómicas numéricas
 
Exposición trisomía 18
Exposición trisomía 18 Exposición trisomía 18
Exposición trisomía 18
 
Síndrome de Edwards
Síndrome de EdwardsSíndrome de Edwards
Síndrome de Edwards
 
Síndrome de Edwards
Síndrome de EdwardsSíndrome de Edwards
Síndrome de Edwards
 
Síndrome de Asperger e Austismo de Alto Funcionamento
Síndrome de Asperger e Austismo de Alto FuncionamentoSíndrome de Asperger e Austismo de Alto Funcionamento
Síndrome de Asperger e Austismo de Alto Funcionamento
 
Síndrome de Edwards
Síndrome de Edwards Síndrome de Edwards
Síndrome de Edwards
 
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERAL
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERALNUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERAL
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERAL
 
Mutações cromossômicas
Mutações cromossômicasMutações cromossômicas
Mutações cromossômicas
 

Semelhante a Síndrome de edwards2

A gravidez na Adolescência X DNT X Ácido Fólico
A gravidez na Adolescência X DNT X Ácido FólicoA gravidez na Adolescência X DNT X Ácido Fólico
A gravidez na Adolescência X DNT X Ácido FólicoJoalmeida
 
Gravidez Na Adolescência X DNT X Ácido Fólico
Gravidez Na Adolescência X DNT X Ácido FólicoGravidez Na Adolescência X DNT X Ácido Fólico
Gravidez Na Adolescência X DNT X Ácido FólicoJoalmeida
 
Livro "Doenças Raras e Testemunhos Reais"
Livro "Doenças Raras e Testemunhos Reais"Livro "Doenças Raras e Testemunhos Reais"
Livro "Doenças Raras e Testemunhos Reais"Sandra Campos
 
Gravidez na adolescencia grupo c_9ºc
Gravidez na adolescencia grupo c_9ºcGravidez na adolescencia grupo c_9ºc
Gravidez na adolescencia grupo c_9ºcgabinetedossegredos
 
sline síndrome de Turner.pptx embriologia Humana
sline síndrome de Turner.pptx embriologia Humanasline síndrome de Turner.pptx embriologia Humana
sline síndrome de Turner.pptx embriologia Humanaamaroalmeida74
 
Gravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarinaGravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarinacatycatesmy
 
Gravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarinaGravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarinacatycatesmy
 
Gravidez Na AdolescêNcia Catarina
Gravidez Na AdolescêNcia CatarinaGravidez Na AdolescêNcia Catarina
Gravidez Na AdolescêNcia Catarinakatycatesmy
 
Gravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarinaGravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarinacatycatesmy
 
Gravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarinaGravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarinacatycatesmy
 
Gravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarinaGravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarinacatycatesmy
 
Gravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarinaGravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarinacatycatesmy
 
Gravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarinaGravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarinacatycatesmy
 

Semelhante a Síndrome de edwards2 (20)

A gravidez na Adolescência X DNT X Ácido Fólico
A gravidez na Adolescência X DNT X Ácido FólicoA gravidez na Adolescência X DNT X Ácido Fólico
A gravidez na Adolescência X DNT X Ácido Fólico
 
Gravidez Na Adolescência X DNT X Ácido Fólico
Gravidez Na Adolescência X DNT X Ácido FólicoGravidez Na Adolescência X DNT X Ácido Fólico
Gravidez Na Adolescência X DNT X Ácido Fólico
 
Livro "Doenças Raras e Testemunhos Reais"
Livro "Doenças Raras e Testemunhos Reais"Livro "Doenças Raras e Testemunhos Reais"
Livro "Doenças Raras e Testemunhos Reais"
 
Caso e
Caso eCaso e
Caso e
 
SAÚDE DA MULHER
SAÚDE DA MULHER SAÚDE DA MULHER
SAÚDE DA MULHER
 
Gravidez na adolescencia grupo c_9ºc
Gravidez na adolescencia grupo c_9ºcGravidez na adolescencia grupo c_9ºc
Gravidez na adolescencia grupo c_9ºc
 
CF179_p70a73
CF179_p70a73CF179_p70a73
CF179_p70a73
 
sexualidade
sexualidadesexualidade
sexualidade
 
sline síndrome de Turner.pptx embriologia Humana
sline síndrome de Turner.pptx embriologia Humanasline síndrome de Turner.pptx embriologia Humana
sline síndrome de Turner.pptx embriologia Humana
 
Seminário aborto
Seminário abortoSeminário aborto
Seminário aborto
 
Gravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarinaGravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarina
 
Gravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarinaGravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarina
 
Aborto
AbortoAborto
Aborto
 
Aborto
Aborto Aborto
Aborto
 
Gravidez Na AdolescêNcia Catarina
Gravidez Na AdolescêNcia CatarinaGravidez Na AdolescêNcia Catarina
Gravidez Na AdolescêNcia Catarina
 
Gravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarinaGravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarina
 
Gravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarinaGravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarina
 
Gravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarinaGravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarina
 
Gravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarinaGravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarina
 
Gravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarinaGravidez na adolescência catarina
Gravidez na adolescência catarina
 

Síndrome de edwards2

  • 1. Jessica Korehiça Marcos Vinicius Juliana Gontijo Jhonatan Oliveira
  • 2. SÍNDROME DE EDWARDS • Identificada em 1960 (trissomia 18) por John Edwards; • É a segunda síndrome mais comum com malformações múltiplas, acomete 1 em cada 8.000 nascidos; • Predomínio de crianças do sexo feminino numa proporção de 3:1; • Mais de 130 diferentes anormalidades já foram descritas nestas crianças; • Incidência aumenta com a crescente idade materna. • 95% dos conceptos abortados espontaneamente. • A maioria dos pacientes apresentam trissomia regular sem mosaicismo, ou seja, cariótipo 47, XX ou XY, +18.
  • 3.
  • 4. Reconhecimento da Síndrome • Ainda dentro da barriga, já é possível detectar e presença de anomalias nos fetos; • O diagnóstico diferencial deve ser feito com a síndrome da trissomia 13 (Síndrome de Patau);
  • 5. Diversas malformações congênitas podem ser encontradas; Malformações cardíacas mais frequentes: I. Comunicação interventricular; II. Persistência do ducto arterial. Cerca de 30% dos portadores da Síndrome de Edwards demonstram algum comprometimento do sistema nervoso central.
  • 6. Características • Atraso mental; • Atraso do crescimento; • Malformação grave do coração; • O crânio alongado na região occipital; • Orelhas baixas e mal formadas; • A boca é pequena; • Pescoço geralmente muito curto; • Grande distância entre os mamilos; • Genitais externos são anômalos; • O dedo indicador é maior que os outros e flexionado sobre o dedo médio;
  • 7. • Hipotonia seguida de hipertonia baixa estatura; • Orelhas de implantação baixa e malformadas; • Esterno curto; • Punhos cerrados; • Micro e retrognatia; • Cardiopatias congênitas graves; • Retardo mental; • Rugas presentes na palma da mão e do pé; • Os pés têm as plantas arqueadas; • As unhas costumam ser hipoplásicas.
  • 8. Sobrevida: 50% morrem na primeira semana; 90% até o quinto mês de vida. Dados: Smith A, Field B, Learoyd BM. Trisomy 18 at Age 21 Years. Am J Med Gen (1989) 36:338-339.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16. Caso verídico “Fui mãe aos 15 anos e tive uma ótima gravidez, mesmo não tendo o apoio do pai da criança na época, minha família e principalmente meus pais me deram todo o apoio necessário para que a minha filha nascesse com todo amor e conforto. Tive uma ótima gravidez, sem enjoos, tonturas e aqueles sintomas horríveis de quem fica grávida, dancei muito sem se incomodar com a barriga, fazia longas caminhadas e comia muitas coisas saudáveis. Ganhei minha filha de nove meses em um parto normal super rápido e tranquilo. Já na primeira manhã na maternidade estranhei porque as outras mães que tinham ganhado seus bebés depois de mim estavam com eles no quarto e eu não tinha mais visto a minha filha. Foi quando veio uma psicóloga dizer que minha filha tinha uma síndrome genética e várias outras mal formações. Foi quando vi meu mundo desmoronando, afinal de contas eu ainda era praticamente uma criança que já tinha se preparado para ter uma outra criança e agora seria tudo ainda mais difícil. Minha filha nasceu com 3,845kg. e além da síndrome ela ainda tinha nascido com o ânus imperfurado, fistola palatina, cardiopatia congenita entre outras doenças. Já ao acabar de nascer ela teve que passar por uma cirurgia, onde tiveram que fazer uma colostamia na barriguinha dela para que pudesse fazer suas necessidades. Depois que ela foi para casa, as idas e vindas a hospitais, especialistas e internações, as doenças como gripes e pneumonias eram a minha maior rival, e vinham de repente e muito forte a ponto de fazer um simples espirro de manhã virar uma pneumonia crónica à noite. As internações eram constantes e longas até que no dia 05/02/2000 ela partiu. Se perguntarem hoje qual a lembrança mais nítida que tenho da Nicole (esse era o seu nome) digo que é a do seu sorriso e sua gargalhada quando estava se despedindo de mim, cinco minutos antes da médica diagnosticar o óbito. Sofri muito nos quatro meses de vida que minha filha teve, mas também amadureci muito, e mesmo com toda a saudade que sinto hoje e todo sofrimento que tive, nada se compara com a felicidade de vê-la nos meus braço, de sentir o seu cheirinho, de sentir como ela se acalmava quando estava no meu colo.” Michele