7. Daniel teve o privilégio de desvendar e trazer ao monarca cal
deu, o conhecimento dos acontecimentos vindouros,
compreendidos desde o seu reino até a vinda gloriosa do
Reino Milenar Messiânico.
Deus confirma ao profeta tudo que havia mostrado a
Nabucodonosor e acrescenta um fato novo: o surgimento de
um poder que haveria de perseguir e tentar extinguir os santos
do Altíssimo.
Confirma também a passagem do reino, hoje nas mãos dos
governantes terrenos, para o domínio dos Seus santos.
8.
9. I - LEÃO – O PRIMEIRO
IMPÉRIO - Dn 7.1-8
O Império Babilônico, representado na grande
estátua pela cabeça de ouro (Daniel 2:32), é
apropriadamente representado aqui por um
leão, o primeiro desses quatro grandes animais
(Daniel 7:4). O profeta Jeremias se refere à
Babilônia como um leão (Jeremias 4:6 e 7). Os
símbolos de Babilônia são todos superlativos: O
ouro (uma representação de Babilônia,
conforme Daniel 2:38) é o mais precioso dentre
todos os metais; o leão é o rei dos animais; a
águia é o rei do ar. A Babilônia foi um reino rico
e poderoso. Exerceu o seu domínio de 606 a
538 a.C. Quanto às asas de águia sem dúvida
denotam a rapidez com que Babilônia estendeu
suas conquistas sob o reinado de
Nabucodonosor. Ao lhe serem arrancadas as
asas, lembre-se do que aconteceu com
Nabucodonosor (Daniel 4:33 e 34).
10.
11. II - URSO – O SEGUNDO IMPÉRIO - Dn 7.1-8
O Império Medo-Persa, simbolizado na grande estátua pelo peito e braços de prata (Daniel 2:32 e 39), é aqui representado
pelo segundo animal, semelhante a um urso. Dominou de 538 a 331 a.C. O animal tinha três costelas na boca,
simbolizando a conquista de três reinos: Babilônia, Egito e Lídia, que deram grande poder aos persas. A profecia indica que
o urso se “levantou de um lado”. A história confirma que, apesar de os Medos e Persas terem se unido nas batalhas, os
Persas eram mais fortes. Uma outra referência quanto a esta desigualdade de forças, nós encontramos registrado em
Daniel 8:3, onde diz que o carneiro tinha dois chifres. Eles eram altos, mas um era mais alto do que o outro. O carneiro
representava a Medo-Persa (Daniel 8:20).
12.
13. III - LEOPARDO – O TERCEIRO IMPÉRIO - Dn 7.1-8
A Grécia é simbolizada na grande estátua pelo ventre e coxas de bronze Daniel 2:32 e 39). Este poderoso
Império é aqui representado pelo terceiro animal, semelhante a um leopardo. A própria Bíblia confirma a
seqüência destes reinos. Grécia é também representada pelo bode (Daniel 8:21), o qual derrotou o
carneiro, uma representação da Medo-Persa (Daniel 8:20). Grécia governou o mundo de 331 a 168 a.C. O
animal tinha nas costas quatro asas de ave. As quatro asas representam a grande velocidade nas conquistas.
A Grécia, sob o comando de Alexandre, o Grande, literalmente voou em sua conquista de dominação do
mundo. A profecia relata que este animal tinha quatro cabeças, significando que, com a morte prematura
de seu maior comandante, Alexandre, o Grande, quatro generais o substituíram. Eram eles: Cassandro
(Macedônia), Lisímaco (Trácia), Ptolomeu (Egito) e Seleuco (Síria).
14.
15. IV - ANIMAL TERRÍVEL E ESPANTOSO – O QUARTO IMPÉRIO - Dn 7.1-8
O quarto animal (7.7,8,11,19-24) corresponde às pernas e pés da estátua do capítulo 2, ou seja,
ao Império Romano, e ainda à sua última forma de expressão, por ocasião da vinda de Jesus.
Tinha dez chifres. Entre esses dez surgiu um pequeno. Três dos outros foram derrubados pelo
chifre pequeno (vv. 8,24).
O quarto império mundial dos tempos dos gentios: Roma. Período: 146 a-C- a 476 d.C.quando
se deu a queda de Roma. Tinha dez chifres (Dn 7.7,8,19-24). O quarto animal (7.7,8,11,19-24)
corresponde às pernas e pés da estátua do capítulo 2, ou seja, ao Império Romano, e ainda à sua
última forma de expressão, por ocasião da vinda de Jesus. Tinha dez chifres. Entre esses dez
surgiu um pequeno. Três dos outros foram derrubados pelo chifre pequeno (vv. 8,24).
16. O chifre pequeno (7.8)
O Anticristo. Ele, ao emergir entre os dez reinos,
abaterá três reis. Essa expressão do Império
Romano em dez reinos ainda não ocorreu, pois
quando esse império deixou de existir tinha
apenas duas formas, correspondentes às duas
pernas da estátua do capítulo 2, isto é, o Império
Romano do Ocidente e o Império Romano do
Oriente. O primeiro caiu em 476 d.C. O segundo,
em 1453. A divisão do império em dois deu-se em
395 d.C. Portanto, os fatos proféticos do versículo
8 são ainda futuros, como bem mostra o livro de
Apocalipse. O versículo 8 em apreço revela
também que o Anticristo será muito inteligente
("olhos" - vv. 8,20), e também um orador
inflamado e magnetizador de massas ("boca que
falava com insolência" - vv. 8,20). Com isso
concorda Apocalipse 13.5,6. [3]
17.
18. INTERPRETAÇÃO
A décima primeira ponta, que se levantou entre as dez, representa o mandatário da Igreja de Roma.
Para se estabelecer, derribou três das dez tribos: Hérulos, Vândalos e Ostrogodos. O profeta Daniel
descreve as atividades desta ponta pequena, a sua arrogância, os seus desafios a Deus e como conseguiu
mover uma intensa perseguição aos santos do Altíssimo.
A profecia fornece vários elementos que ajudam a fazer uma identificação correta:
a) O chifre pequeno surge do quarto animal (7:8 e 24);
b) A ascensão do chifre pequeno tem-se consolidado depois do colapso e a divisão do império romano
em dez partes;
c) Ele era pequeno no início, mas com o passar do tempo veio a tornar-se maior do que os outros chifres
(7:20);
d) Diante desse chifre deveriam cair três outros, de modo que, a fim de ter espaço para exercer sua
grandeza, três poderes são eliminados (7:8 e 24);
e) Nesse chifre havia olhos como os de homem, e uma boca que falava com insolência, dirigindo suas
palavras contra o Altíssimo (7:8 e 25);
f) Ele haveria de destruir os santos do Altíssimo (7:25);
g) Uma de suas pretensões seria mudar os tempos e a lei (7:25);
h) Foi-lhe concedido poder especial durante um tempo, dois tempos e metade dum tempo (7:25).
19.
20. 1. Tronos, “ancião de dias” e juízo divino (vv.9-14).
A escatologia está sendo abandonada por muitas
igrejas e pregadores, porque entendem que a igreja
não deve se preocupar com Israel, nem com o seu
futuro. Algumas igrejas e pregadores preferem uma
teologia horizontalizada que se preocupa,
essencialmente, com “o aqui e agora”, com o “hoje”.
Ensinam alguns que as profecias de Daniel e
Apocalipse têm um caráter apenas alegórico e que
pode ser descartado por temas atuais. Entretanto,
não podemos descartar a importância dessas
profecias que apontam para o futuro.
21.
22. III - A VINDA DO FILHO DO HOMEM
A visão (vv.13, 14).
“e eis que vinha nas nuvens do céu
um como o filho do homem”
(7.13,14). Nestes dois versículos,
Daniel chega ao clímax das visões e
revelações. A Palavra de Deus nunca
se contradiz nem submerge com
contradição. Pelo contrário, ela se
complementa, se interpreta e se
aplica a si mesma conforme as
necessidades dos que servem a Deus.
23. 2. O “Filho do Homem” (VV.13,14)
Uma tradução do aramaico bar'enas e do grego huios tou
anthropou. A expressão tem vários significados nas Escrituras,
dependendo do contexto. Em Salmos 8.4, significa "homem"
em geral; em Ezequiel 2.1, enfatiza a diferença entre o profeta
humano e o Senhor que fala com ele e por meio dele; em
Daniel 7.13, a expressão refere-se a uma figura semelhante a
um ser humano, mas também sobrenatural, líder dos santos
do Altíssimo (Dn 7.18); enquanto no Novo Testamento a
expressão é normalmente usada como um título para o Senhor
Jesus (exceto em Apocalipse 1.13; 14.14).
24.
25. 3. A Grande Tribulação (vv.24,25).
“tempo, tempos e metade de um tempo” (7.25). Esse texto
aponta, literalmente, o período de tempo em que ocorrerá
um grande sofrimento no mundo, especialmente, contra
Israel. Será o período quando “o chifre pequeno”, e na
linguagem do Novo Testamento o “anticristo”, firmará o
concerto com Israel por “uma semana” (Dn 9.27). Esse
período ganha uma linguagem metafórica quando fala de
“um tempo, e tempos, e metade de um tempo”(v. 25). Esse
período equivale a “três anos e meio”, ou a “42 meses”, ou
“a 1260 dias” (Dn 12.7; 9.27; Mt 24.21,22; Ap 7.14).
26.
27. III - A VINDA DO FILHO DO HOMEM
A visão (vv.13, 14).
“e eis que vinha nas nuvens do céu
um como o filho do homem”
(7.13,14). Nestes dois versículos,
Daniel chega ao clímax das visões e
revelações. A Palavra de Deus nunca
se contradiz nem submerge com
contradição. Pelo contrário, ela se
complementa, se interpreta e se
aplica a si mesma conforme as
necessidades dos que servem a Deus.
28.
29. 2. “Os santos do Altíssimo”
(v.18).
“os santos do Altíssimo” (7.18). Quem são?
Os amilenistas que negam a literalidade do Milênio e o veem alegoricamente, isto é, não creem nesta realidade; “os
santos do Altíssimo” são os anjos. Na visão milenista e pré-tribulacionista, “os santos do Altíssimo” são,
indubitavelmente, os judeus (Dn 7.21; 9.24; Ap 13.7; 17.6). Jesus Cristo, “o filho do Homem” reinará literalmente na
terra por mil anos. Esses santos são, de fato, os judeus fiéis salvos quando o Messias voltar para reinar literalmente. O
reino milenar não é para a igreja de Cristo, mas é para os judeus e o mundo depois da Grande Tribulação. O milênio
não é mera alegoria. O milênio será real e literal, quando Jesus Cristo tomar posse do governo do mundo e desfazer o
poder da trindade satânica constituída pelo Diabo, o Anticristo e o Falso Profeta. Segundo o autor D. Pentecost, diz que
“o propósito original de Deus era o de manifestar sua absoluta autoridade, e este propósito se realizará quando Cristo
reunir a teocracia terrenal com o reino eterno de Deus.
30.
31. 3. Destruição do Anticristro
(vv.26,27).
Até chegar a esse ponto, Cristo descerá sobre a terra literal e
visivelmente sobre o Monte das Oliveiras (Zc 14.1-4). Cristo é
o Messias sonhado e desejado por Israel e virá para esse
povo. Na sua vinda gloriosa e visível, especialmente para
Israel promoverá espanto no mundo inteiro. O Diabo saberá
que o seu poder de destruição do povo de Israel estará
detido. O Messias, Jesus Cristo, então, destruirá esse rei
blasfemo e déspota, o Anticristo, e assumirá com autoridade
o governo do povo de Deus naqueles dias e iniciará seu
governo milenar na terra. “E o reino e o domínio, e a
majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao
povo dos santos do Altíssimo” (7.27). O Anticristo não
poderá resistir ao poder daquEle que é mais poderoso do
que ele, que é o Senhor Jesus Cristo o qual destruirá ao
Anticristo e tomará o seu domínio e o passará aos “santos do
Altíssimo” que são israelitas naqueles dias.
32.
33. CONCLUSÃO
Depois da visão do quarto animal e do chifre pequeno que perseguiu os santos, o profeta Daniel viu
que um tribunal foi instalado, presidido por nosso Deus Altíssimo (Daniel 7:9 e 10). O tribunal se
assentou em juízo para:
a) Tirar o domínio do animal e posteriormente destruí-lo, queimando-o no fogo (Daniel 7:11). Ver
também Apocalipse 19:19 e 20;
b) Enviar o Filho do Homem (Jesus Cristo) para tomar posse de Seu reino sobre os povos, nações e
línguas, quando os santos assumirão parte deste governo (Daniel 7:13, 14 e 27). Ver também
Apocalipse 11:15; 7:9 e 10; 20:6.
Estas cenas vistas pelo profeta Daniel são revelações do futuro, que atestam a vinda gloriosa do
Messias e a implantação de Seu Reino na Terra.
O fato de que em meio a um capítulo cheio de monstruosas bestas e chifres, esse mesmo Deus nos faz
recordar que Ele tem cuidado de nós, de que Ele realmente toma conhecimento de tudo o que ocorre
conosco. Ele é o nosso muito amante Pai Celestial que deu o Seu único Filho para nos salvar (João
3:16).