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A Era do Cyborg
            Homo Sapiens Bytes
            Apresentação:
            Ivonísio Mosca de C. Filho



O corpo enquanto ser híbrido. O cyberpunk.
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Ivonísio Mosca de C. Filho - Copyleft 2008
A cibercultura expressa o surgimento de um novo universal, diferente das formas
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                                           Cibercultura:
                                              Conjunto de técnicas, práticas, atitudes,
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                                              crescimento do ciberespaço

                                               Ciberespaço:
                                                  Novo meio de comunicação que surge da
                                                  interconexão mundial dos computadores.
                                                  O termo especifica não apenas a infra-
                                                  estrutura material da comunicação digital,
                                                  mas também o universo oceânico de
                                                  informações que ela abriga, assim como
                                                  os seres humanos que navegam e
                                                  alimentam esse universo.




                                Ivonísio Mosca de C. Filho
Ivonísio Mosca de C. Filho
Ivonísio Mosca de C. Filho - Copyleft 2008
Ivonísio Mosca de C. Filho - Copyleft 2008
Com as ferramentas que o homem cria, ele
transforma o mundo e as ferramentas acabam
          transformando o homem.
   O CIBERPUNK

   O cyberpunk é, antes de tudo, uma cultura tecnológica que vive e
    acredita no presente. Em relação ao termo definiríamos como sendo
    mais uma atitude, um comportamento de um grupo do que uma cultura
    em si. O cyberpunk é uma sub-cultura dentro do que podemos chamar
    de cibercultura. (Lemos)

   O cyberpunk é fruto da informatização da sociedade e domina as novas
    tecnologias e propõe uma utilização "político-anarquista" da tecnologia
    no mundo de hoje.

   A origem do prefixo cyber vem do termo cybernetics. O "punk" vem da
    atitude de apropriação do ciberespaço.

   Para o cyberpunk a tecnologia é instrumento de poder, de prazer,
    deleite, diversão e principalmente de comunicação livre.

   O cyberpunk não forma uma sub-cultura homogenea, formando vários
    grupos subdivididos em tribos com definições e atitudes distintas como
    os hackers, os crackers, os phreakers, os ravers, os cypherpunks.


                     Ivonísio Mosca de C. Filho
   Hacker (...)

   Phreaker (telecomunicações)

   Cracker (destruir a tecnologia – “Una Bomber”)

   Cypherpunks (tecno-anarquistas que lutam pela manutenção da
    privacidade no ciberespaço através da difusão de programas de
    criptografia de massa – proibidos em alguns países)

   Ravers e os zippies (neo-hippies - extensão da cultura hippie às
    novas tecnologias – a máxima do hedonismo. O movimento rave é ao
    mesmo tempo cultural, social e político. Os zippies são os neo-hippies
    ingleses)

   Extropians - potencializar os recursos da medicina avançada para
    aumentar as capacidades físicas do homem.

   «Cyberpunks são inventores, escritores inovadores, artistas hi-tech,
    diretores de cinema que correm riscos, compositores iconoclastas, [...]
    cientistas que trabalham por conta própria, [...] - todos aqueles que
    estão audaciosamente indo onde ninguém jamais levou o pensamento
    antes.»
                                                            Timonth Leary


                     Ivonísio Mosca de C. Filho
Ivonísio Mosca de C. Filho
-   «O homem não pode ser definido, antropológica e socialmente, sem a dimensão
    da técnica. Técnica é arte (tekhnè) de construção da vida. A técnica é então um
    caso específico e particular da zoologia, na medida em que o fenômeno tecnico
    aparece como uma solução para a relação entre a matéria viva (orgânica) e a
    matéria inerte (inorgânica), constituindo-se como "matéria inorgânica
    organizada".»

                                                           (André Lemos)

-   A questão do cyborg, dentro dos estudos da cultura ("cultural studies"), foi
    introduzida com o "Manifesto for Cyborgs" de Donna Haraway.


-   Haraway apresenta um novo campo do saber –        cyborgologia.
-   O cyborg seria um organismo, meio máquina meio biológico, que possui uma
    identidade parcial e contraditória, aceitando a indiferenciação. Assim, libertar-nos-
    ia das hierarquias sociais, do racismo e do sexismo que impera na civilização
    Ocidental.

-   Segundo Haraway, o cyborg surge a propósito da cultura contemporânea e a
    partir de três abalos de fronteira: a fronteira entre os animais e os seres humanos;
    a fronteira entre o orgânico e o inorgânico; e a fronteira entre o físico e o não-
    físico. (André Lemos)




                         Ivonísio Mosca de C. Filho
   Haraway pensa o mundo do cyborg como aquele em que as realidades social e
    corporal são vividas por uma sociedade que não tem medo de se juntar à matéria
    inorgânica, de perder permanentemente suas identidades, de experimentar a
    complexidade e a contradição. Todo o jogo político contemporâneo está no confronto
    entre essas duas perspectivas.

   No mundo do cyborg, trata-se muito mais de afinidade do que de identidade. Maffesoli
    fala da passagem de uma lógica da identidade (típica da modernidade) à uma lógica
    da identificação que estaria dando exemplos na vida quotidiana contemporânea. Essa
    lógica de identificação opera muito mais por afinidade que por identidade.

   A Cibercultura contemporânea subverte o dualismo Homem-Máquina ao ponto de não
    sabermos onde começa o homem e onde termina a máquina. (Lemos)

   "I would rather be a cyborg than a goddess" (Donna Haraway)




                         Ivonísio Mosca de C. Filho
O ciberespaço é um imenso "corpo sem órgãos", um "CorpoRede"


            O processo de "cyborgização" da personalidade - O netcyborg tem
             uma personalidade híbrida, constantemente construída e reconstruída
             no ciberespaço.

            Se na vida real, o corpo determina a identidade e as formas de
             sociabilidade daí emergentes (Goffman), no ciberespaço a identidade é
             ambígua, não existindo certezas (sexo, classe, raça) para a
             determinação das formas de interacção.

            “Com a metafora do cyborg, principalmente o interpretativo, o
             ciberespaço se constitui como um espaço para refazer as categorias
             identificatórias na cultura contemporânea. Assim, sem um corpo físico
             como receptáculo da construção da identidade, o sujeito fica livre para
             jogar com comportamentos e identidades. O ciberespaço produz uma
             nova forma de sociabilidade, criando um novo senso de identidade, ao
             mesmo tempo descentralizada e múltipla; uma sociabilidade eletrônica
             dos netcyborgs.”
                                                                    André Lemos



                             Ivonísio Mosca de C. Filho
O corpo enquanto ser híbrido – que se afasta
            das leis naturais.
                                        Premissas:

             -   Movimento de euforia ao desenvolvimento
                 tecnológico.
             -   A visão do corpo como algo mutante.
             -   As mudanças comportamentais e as adequações
                 corporais
             -   A tecnologia passa a ser identificada como sendo
                 um vector de expansão de possibilidades, de
                 ampliação dos canais de passagem entre o
                 imperfeito e o perfeito, de quebras de fronteiras entre
                 interior e o exterior, público e privado, real e virtual,
                 próximo e distante
             -   Momento de transição
             -   A cultura emergente é resultado de um processo de
                 artificialização da natureza.


                   Ivonísio Mosca de C. Filho
   No ciberespaço o corpo desaparece dando lugar a
    espectros (Guillaume) que circulam como informações.

   Rosanne Stone identifica os cidadãos do ciberespaço um
    "cyborg envy", ou um desejo do cyborg.

   O exemplo dos "hackers" que entram nos sistemas
    informatizados e que desejam superar a fronteira entre o
    corpo físico e a Rede, caracterizam esse "cyborg envy".

    Uma das características desse "cyborg envy" é a quebra
    de fronteiras .




                                                               Ivonísio Mosca de C. Filho
Ivonísio Mosca de C. Filho - Copyleft 2008
O ECOSSITEMA DIGITAL


O novo ambiente tecnológico que vivemos impõe a adoção de novos padrões
de comportamentos, uma nova ética (Ética Hacker). Sempre que há um salto
tecnológico, na História, há uma transformação nas regras e nos valores do
convívio social.
O ambiente tecnológico inédito à nossa volta deve nos levar para uma nova
sociabilidade, que negocie formas de convivência mais inteligentes.




             Inovação Tecnológica Significa
                    Inovação Moral



                              Ivonísio Mosca de C. Filho
A Cibercultura
                   no quotidiano




As cibercidades. Novos media e a emergência
dos self media.
Cibercidade
Ivonísio Mosca de C. Filho
Alessandro Auguri e Stephen Graham propõem:

Cidades digitais enraizadas (grounded) – veiculadas a espaços urbanos definidos, resultantes de iniciativas derivadas de
consórcios ou associações que têm no Estado o seu centro de gestão.

Cidades digitais não enraizadas (not grounded) – são aquelas que utilizam um interface familiar às cidades; são metáforas
urbanas que agrupam vários serviços de Internet pelo mundo, mas que não têm nenhuma relação com qualquer município
específico.
2 milhões de Kg...
É o peso sobre nossas cabeças o tempo todo, na forma de artefatos que giram
hoje em torno da terra, lançados pelo homem nos últimos cinquenta anos.
                                                                    Fonte:Nasa




                               Ivonísio Mosca de C. Filho
A cada segundo, acontece +

1 milhão de
clicks nas
páginas da
internet.
Se uma pessoa clicasse uma
vez a cada segundo,
demoraria 12 dias clicando
ininterruptamente até atingir
1 milhão de clicks.
Demoraria 12 dias para
repetir o que acontece no
mundo inteiro a cada
segundo!

                                                             Fonte: Kevin Kelly/Revista Wired. Agosto/2005



                                Ivonísio Mosca de C. Filho
6 mil espiões novos por hora...
          É a quantidade de máquinas fotográficas digitais
          produzidas em 2004, a cada 60 minutos.
          No total foram 74 milhões de unidades.



           2 mil novos
           cineastas a cada hora.
           Em 2005, a quantidade de câmeras de vídeo digital
           foi de 18,5 milhões de unidades.


                                           Fonte: Kodak e IDC/Revista Exame e Sony Corp




              Ivonísio Mosca de C. Filho
Uma estante de            50 mil Km...
Caso todas as páginas existentes na Internet fossem transformadas em páginas
de livros, esse é o tamanho que atingiriam os volumes enfileirados.

A rede mundial de computadores tem 600 bilhões de páginas, 100 para cada
habitante do planeta.




Fonte: Kevin Kelly/Revista Wired.
Agosto/2005                               Ivonísio Mosca de C. Filho
Ivonísio Mosca de C. Filho
Cibercidade é uma descrição/narração onde os olhos não
   vêm coisas, mas simulações de quase-objectos.

   Relações mais intelectuais que corporais
   O ciberespaço, tal como o espaço urbano, é um
    sistema de signos e de significações


Relações das cidades com a informática:
 Planear e simular as cidades em computadores
 Informatização das instituições
 Virtualização na forma de cibercidade




                                   Ivonísio Mosca de C. Filho
Ivonísio Mosca de C. Filho
Ivonísio Mosca de C. Filho
Ivonísio Mosca de C. Filho - Copyleft 2008
Globalização e sociedade da
                                            informação




           GLOBALIZAÇÃO

“Processo de transformações econômicas e suas consequências políticas à escala
    mundial desencadeado na década de 90 a partir da convergência tecnológica
       baseada na digitalização, na desregulação e privatização de importantes
    setores econômicos e no primado do mercado como núcleo do funcionamento
                                     econômico.”
                                                         Fernando Cascais
Globalização e sociedade da informação




Webster (1995) considera que vivemos numa nova sociedade, numa
  “sociedade da informação”, que se caracteriza por 5 critérios:
- Tecnológico (inovação)
- Econômico (o peso da informação na economia)
- Ocupacional (transformação ocupacional – a maioria dos empregos
  depende da informação e do conhecimento)
- Espacial (as fronteiras deixam de existir)
- Cultural (crescimento da informação que é acessível aos cidadãos)
Anthony Giddens vê a globalização como uma consequência da modernidade e fruto
         das transformações das relações sociais. Para Giddens, a globalização
   corresponde à intensificação das relações sociais globais que ligam comunidades
    locais, e é formatada por acontecimentos que têm lugar a uma grande distância.




                                 Ivonísio Mosca de C. Filho
Ivonísio Mosca de C. Filho
Não somente as técnicas são imaginadas, fabricadas e reinterpretadas durante seu
uso pelos homens, como também é o próprio uso intensivo de ferramentas que
constitui a humanidade enquanto tal.

A técnica é um ângulo de análise dos sistemas sócios-técnico globais, um ponto de
vista que enfatiza a parte material e artificial dos fenômenos humanos.

É impossível separar o humano de seu ambiente material e separar o mundo material
das idéias por meio das quais os objetos técnicos são concebidos e utilizados, nem
dos humanos que as inventam, produzem e utilizam.




                                 Ivonísio Mosca de C. Filho
Ivonísio Mosca de C. Filho
FIM
                             ivonisio@gmail.com




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O Corpo Híbrido na Era Digital

  • 1. A Era do Cyborg Homo Sapiens Bytes Apresentação: Ivonísio Mosca de C. Filho O corpo enquanto ser híbrido. O cyberpunk. O fenômeno dos hackers.
  • 2. Ivonísio Mosca de C. Filho - Copyleft 2008
  • 3. A cibercultura expressa o surgimento de um novo universal, diferente das formas culturais que vieram antes dele no sentido de que ele se constrói sobre a indeterminação de um sentido global qualquer. Cibercultura: Conjunto de técnicas, práticas, atitudes, modos de pensamento e valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço Ciberespaço: Novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores. O termo especifica não apenas a infra- estrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 5. Ivonísio Mosca de C. Filho - Copyleft 2008
  • 6. Ivonísio Mosca de C. Filho - Copyleft 2008
  • 7.
  • 8. Com as ferramentas que o homem cria, ele transforma o mundo e as ferramentas acabam transformando o homem.
  • 9. O CIBERPUNK  O cyberpunk é, antes de tudo, uma cultura tecnológica que vive e acredita no presente. Em relação ao termo definiríamos como sendo mais uma atitude, um comportamento de um grupo do que uma cultura em si. O cyberpunk é uma sub-cultura dentro do que podemos chamar de cibercultura. (Lemos)  O cyberpunk é fruto da informatização da sociedade e domina as novas tecnologias e propõe uma utilização "político-anarquista" da tecnologia no mundo de hoje.  A origem do prefixo cyber vem do termo cybernetics. O "punk" vem da atitude de apropriação do ciberespaço.  Para o cyberpunk a tecnologia é instrumento de poder, de prazer, deleite, diversão e principalmente de comunicação livre.  O cyberpunk não forma uma sub-cultura homogenea, formando vários grupos subdivididos em tribos com definições e atitudes distintas como os hackers, os crackers, os phreakers, os ravers, os cypherpunks. Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 10. Hacker (...)  Phreaker (telecomunicações)  Cracker (destruir a tecnologia – “Una Bomber”)  Cypherpunks (tecno-anarquistas que lutam pela manutenção da privacidade no ciberespaço através da difusão de programas de criptografia de massa – proibidos em alguns países)  Ravers e os zippies (neo-hippies - extensão da cultura hippie às novas tecnologias – a máxima do hedonismo. O movimento rave é ao mesmo tempo cultural, social e político. Os zippies são os neo-hippies ingleses)  Extropians - potencializar os recursos da medicina avançada para aumentar as capacidades físicas do homem.  «Cyberpunks são inventores, escritores inovadores, artistas hi-tech, diretores de cinema que correm riscos, compositores iconoclastas, [...] cientistas que trabalham por conta própria, [...] - todos aqueles que estão audaciosamente indo onde ninguém jamais levou o pensamento antes.» Timonth Leary Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 11. Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 12. - «O homem não pode ser definido, antropológica e socialmente, sem a dimensão da técnica. Técnica é arte (tekhnè) de construção da vida. A técnica é então um caso específico e particular da zoologia, na medida em que o fenômeno tecnico aparece como uma solução para a relação entre a matéria viva (orgânica) e a matéria inerte (inorgânica), constituindo-se como "matéria inorgânica organizada".» (André Lemos) - A questão do cyborg, dentro dos estudos da cultura ("cultural studies"), foi introduzida com o "Manifesto for Cyborgs" de Donna Haraway. - Haraway apresenta um novo campo do saber – cyborgologia. - O cyborg seria um organismo, meio máquina meio biológico, que possui uma identidade parcial e contraditória, aceitando a indiferenciação. Assim, libertar-nos- ia das hierarquias sociais, do racismo e do sexismo que impera na civilização Ocidental. - Segundo Haraway, o cyborg surge a propósito da cultura contemporânea e a partir de três abalos de fronteira: a fronteira entre os animais e os seres humanos; a fronteira entre o orgânico e o inorgânico; e a fronteira entre o físico e o não- físico. (André Lemos) Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 13. Haraway pensa o mundo do cyborg como aquele em que as realidades social e corporal são vividas por uma sociedade que não tem medo de se juntar à matéria inorgânica, de perder permanentemente suas identidades, de experimentar a complexidade e a contradição. Todo o jogo político contemporâneo está no confronto entre essas duas perspectivas.  No mundo do cyborg, trata-se muito mais de afinidade do que de identidade. Maffesoli fala da passagem de uma lógica da identidade (típica da modernidade) à uma lógica da identificação que estaria dando exemplos na vida quotidiana contemporânea. Essa lógica de identificação opera muito mais por afinidade que por identidade.  A Cibercultura contemporânea subverte o dualismo Homem-Máquina ao ponto de não sabermos onde começa o homem e onde termina a máquina. (Lemos)  "I would rather be a cyborg than a goddess" (Donna Haraway) Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 14. O ciberespaço é um imenso "corpo sem órgãos", um "CorpoRede"  O processo de "cyborgização" da personalidade - O netcyborg tem uma personalidade híbrida, constantemente construída e reconstruída no ciberespaço.  Se na vida real, o corpo determina a identidade e as formas de sociabilidade daí emergentes (Goffman), no ciberespaço a identidade é ambígua, não existindo certezas (sexo, classe, raça) para a determinação das formas de interacção.  “Com a metafora do cyborg, principalmente o interpretativo, o ciberespaço se constitui como um espaço para refazer as categorias identificatórias na cultura contemporânea. Assim, sem um corpo físico como receptáculo da construção da identidade, o sujeito fica livre para jogar com comportamentos e identidades. O ciberespaço produz uma nova forma de sociabilidade, criando um novo senso de identidade, ao mesmo tempo descentralizada e múltipla; uma sociabilidade eletrônica dos netcyborgs.” André Lemos Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 15. O corpo enquanto ser híbrido – que se afasta das leis naturais. Premissas: - Movimento de euforia ao desenvolvimento tecnológico. - A visão do corpo como algo mutante. - As mudanças comportamentais e as adequações corporais - A tecnologia passa a ser identificada como sendo um vector de expansão de possibilidades, de ampliação dos canais de passagem entre o imperfeito e o perfeito, de quebras de fronteiras entre interior e o exterior, público e privado, real e virtual, próximo e distante - Momento de transição - A cultura emergente é resultado de um processo de artificialização da natureza. Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 16.
  • 17.
  • 18. No ciberespaço o corpo desaparece dando lugar a espectros (Guillaume) que circulam como informações.  Rosanne Stone identifica os cidadãos do ciberespaço um "cyborg envy", ou um desejo do cyborg.  O exemplo dos "hackers" que entram nos sistemas informatizados e que desejam superar a fronteira entre o corpo físico e a Rede, caracterizam esse "cyborg envy".  Uma das características desse "cyborg envy" é a quebra de fronteiras . Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 19. Ivonísio Mosca de C. Filho - Copyleft 2008
  • 20. O ECOSSITEMA DIGITAL O novo ambiente tecnológico que vivemos impõe a adoção de novos padrões de comportamentos, uma nova ética (Ética Hacker). Sempre que há um salto tecnológico, na História, há uma transformação nas regras e nos valores do convívio social. O ambiente tecnológico inédito à nossa volta deve nos levar para uma nova sociabilidade, que negocie formas de convivência mais inteligentes. Inovação Tecnológica Significa Inovação Moral Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 21. A Cibercultura no quotidiano As cibercidades. Novos media e a emergência dos self media.
  • 23. Alessandro Auguri e Stephen Graham propõem: Cidades digitais enraizadas (grounded) – veiculadas a espaços urbanos definidos, resultantes de iniciativas derivadas de consórcios ou associações que têm no Estado o seu centro de gestão. Cidades digitais não enraizadas (not grounded) – são aquelas que utilizam um interface familiar às cidades; são metáforas urbanas que agrupam vários serviços de Internet pelo mundo, mas que não têm nenhuma relação com qualquer município específico.
  • 24. 2 milhões de Kg... É o peso sobre nossas cabeças o tempo todo, na forma de artefatos que giram hoje em torno da terra, lançados pelo homem nos últimos cinquenta anos. Fonte:Nasa Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 25. A cada segundo, acontece + 1 milhão de clicks nas páginas da internet. Se uma pessoa clicasse uma vez a cada segundo, demoraria 12 dias clicando ininterruptamente até atingir 1 milhão de clicks. Demoraria 12 dias para repetir o que acontece no mundo inteiro a cada segundo! Fonte: Kevin Kelly/Revista Wired. Agosto/2005 Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 26. 6 mil espiões novos por hora... É a quantidade de máquinas fotográficas digitais produzidas em 2004, a cada 60 minutos. No total foram 74 milhões de unidades. 2 mil novos cineastas a cada hora. Em 2005, a quantidade de câmeras de vídeo digital foi de 18,5 milhões de unidades. Fonte: Kodak e IDC/Revista Exame e Sony Corp Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 27. Uma estante de 50 mil Km... Caso todas as páginas existentes na Internet fossem transformadas em páginas de livros, esse é o tamanho que atingiriam os volumes enfileirados. A rede mundial de computadores tem 600 bilhões de páginas, 100 para cada habitante do planeta. Fonte: Kevin Kelly/Revista Wired. Agosto/2005 Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 28. Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 29. Cibercidade é uma descrição/narração onde os olhos não vêm coisas, mas simulações de quase-objectos.  Relações mais intelectuais que corporais  O ciberespaço, tal como o espaço urbano, é um sistema de signos e de significações Relações das cidades com a informática:  Planear e simular as cidades em computadores  Informatização das instituições  Virtualização na forma de cibercidade Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 30. Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 31. Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 32. Ivonísio Mosca de C. Filho - Copyleft 2008
  • 33. Globalização e sociedade da informação GLOBALIZAÇÃO “Processo de transformações econômicas e suas consequências políticas à escala mundial desencadeado na década de 90 a partir da convergência tecnológica baseada na digitalização, na desregulação e privatização de importantes setores econômicos e no primado do mercado como núcleo do funcionamento econômico.” Fernando Cascais
  • 34. Globalização e sociedade da informação Webster (1995) considera que vivemos numa nova sociedade, numa “sociedade da informação”, que se caracteriza por 5 critérios: - Tecnológico (inovação) - Econômico (o peso da informação na economia) - Ocupacional (transformação ocupacional – a maioria dos empregos depende da informação e do conhecimento) - Espacial (as fronteiras deixam de existir) - Cultural (crescimento da informação que é acessível aos cidadãos)
  • 35. Anthony Giddens vê a globalização como uma consequência da modernidade e fruto das transformações das relações sociais. Para Giddens, a globalização corresponde à intensificação das relações sociais globais que ligam comunidades locais, e é formatada por acontecimentos que têm lugar a uma grande distância. Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 36. Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 37. Não somente as técnicas são imaginadas, fabricadas e reinterpretadas durante seu uso pelos homens, como também é o próprio uso intensivo de ferramentas que constitui a humanidade enquanto tal. A técnica é um ângulo de análise dos sistemas sócios-técnico globais, um ponto de vista que enfatiza a parte material e artificial dos fenômenos humanos. É impossível separar o humano de seu ambiente material e separar o mundo material das idéias por meio das quais os objetos técnicos são concebidos e utilizados, nem dos humanos que as inventam, produzem e utilizam. Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 38. Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 39. FIM ivonisio@gmail.com Ivonísio Mosca de C. Filho
  • 40. Ivonísio Mosca de C. Filho - Copyleft 2008