2. A Antropologia do Ciborgue é a disciplina que estuda a
interação entre o ser humano e a tecnologia do ponto de
vista antropológico.
A disciplina é relativamente
nova comparada com o
campo da Antropologia, mas
oferece um novo olhar sobre
os avanços tecnológicos e
seu efeito sobre a cultura e
a sociedade.
3. O Manifesto Ciborgue de Donna Haraway, de 1985, pode ser
considerado o documento fundador da Antropologia do
Ciborgue por primeiro explorar as ramificações filosóficas e
sociológicas do termo.
“Nossas máquinas são
perturbadoramente vivas e
nós mesmos assustado-
ramente inertes.”
Donna Haraway
4. Mais recentemente, Amber Case tem sido responsável por
criar a Cyborg Anthropology Wiki e explicar o conceito da
Antropologia do Ciborgue para o público em geral.
“Somos todos ciborgues.”
Amber Case
5. Realidade social significa relações sociais vividas, significa
nossa construção política mais importante, significa uma
ficção capaz de mudar o mundo.
Um ciborgue é um
organismo cibernético, um
híbrido de máquina e
organismo, uma criatura de
realidade social e também
uma criatura de ficção.
6. A ficção científica contemporânea está cheia de ciborgues –
criaturas que são, de forma ambígua, tanto naturais como
fabricados.
Muito além de membros
mecânicos, temos celulares
e outros equipamentos que
ampliam nossa capacidade
de ouvir, pensar, interagir e
nos locomover.
7. A substituição de membros amputados por implantes
cibernéticos ou próteses já são uma realidade. E não
são o único tipo possível de ciborgue.
Atletas paralímpicos são o
melhor exemplo do
ciborgue na atualidade.
Com suas próteses são
capazes de superar atletas
que possuem todos os
membros.
8. Computadores, tablets, celulares se tornam parte de
nós mesmos. Muito mais que meros objetos se
tornaram elementos fundamentais da vida social no
Século XXI.
Nossos “cérebros
auxiliares” armazenam uma
quantidade gigantesca de
informação, ampliando
nossa capacidade mental
enquanto ciborgues.
9. Com os constantes upgrades de software e hardware,
nosso corpo também se torna alvo de nossa obsessão
incessante de melhoria e aprimoramento – a
Otimização do Corpo.
Sonhamos com máquinas
como a do filme “Capitão
América: O Primeiro
Vingador, onde um sujeito
magrelo e baixinho tem seu
corpo levado à perfeição.
10. Com nossa Consciência Ambiente ficamos cientes do
que está acontecendo com outras pessoas em outros
lugares, o que fazem, o que pensam, sem
precisarmos estar próximos.
Através das redes sociais
nos teleportamos a qualquer
lugar do planeta e entramos
em contato com qualquer
pessoa.
11. Quando colocamos algo dentro de uma sacola, ela fica
mais pesada. Mas quando agregamos informação em
um computador, ele permanece com o mesmo peso. É
a Produção Automática do Espaço.
Espaço é criado à cada
clique na rede. Cada
documento carregado na
nuvem se multiplica, sem
que exista no mundo real.
12. A celebridade é o ciborgue definitivo. Existe como um
ator das conexões tecnossociais preso a um sistema
de produção, reprodução e distribuição.
A celebridade consiste numa
série de momentos perfeitos
aprimorados por maquiagem,
iluminação e vídeo que é
expandida para nos tomar
espaço e tempo enquanto
consumidores.
13. Sentir-se obrigado a permanecer conectado é um
sentimento que afeta aqueles com conectividade com outros
através de dispositivos móveis. Agora que todos podem se
comunicar em qualquer lugar, surge a obrigação de
responder a mensagem ou o e-mail instantaneamente.
Adolescentes são mais
suscetíveis a desenvolver
este sentimento de obrigação
em relação à comunicação
instantânea, podendo
desenvolver nomofobia.
14. Quando as abelhas encontram mel em lugares distantes,
elas realizam uma dança para chamar a atenção das
demais. No mundo virtual, a dança das abelhas, se refere ao
compartilhamento de um link entre diversas pessoas em
diferentes redes sociais.
A dança das abelhas é a
metáfora perfeita. Os
indivíduos agem como uma
única mente conectada (como
na colmeia) que age
coletivamente em busca de
interesses comuns.
15. A página An Illustrated Dictionary of Cyborg Anthropology
(Dicionário Ilustrado da Antropologia do Ciborgue), criada
por Amber Case e Maggie Nichols para acompanhar o livro
homônimo, faz um apanhado dos principais termos para
facilitar a compreensão do novo mundo tecnossocial.
Em inglês, a página é
completamente interativa e
apresenta de forma simples e
eficiente muito do conteúdo
da Antropologia do Ciborgue.
http://cargocollective.com/
cyborg-anthropology