3. Monarquianismo dinamista
O primeiro representante desta corrente foi o curtidor
Teodoto que chegou a Roma de Bizâncio no ano de
190 como resultado de uma peregrinação.
Em geral negava a divindade de Cristo. Jesus era um
mero homem. Era superior aos demais homens
somente com respeito a sua justiça. O elemento divino
em Cristo era um poder outorgado a Jesus por
ocasião do batismo.
4. O mais destacado defensor do monarquianismo
dinamista foi Paulo de Samósata, bispo de Antioquia
por volta do ano 260.
Ensinou que Jesus era apenas uma homem dotado de
poderes divinos. Segundo ele a sabedoria de Deus
habitou no homem Jesus, mas apenas como poder
divino, não formando uma pessoa independente.
5. Monarquianismo Modalista
Surgiu na Ásia Menor e teve como principal expoente
Sabélio que ensinou em Roma por volta do ano 215.
Afirmava que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um;
são uma substância, isto é, podem ser diferenciados
um do outro apenas pelo nome. As três pessoas são
três diferentes modos em que o mesmo Deus se
revelou.
6. O Arianismo
O monarquianismo que havia sido condenado como
herético no século III, ressurge de forma diferenciada e
mais desafiador no século IV. Essa ameaça ficou
conhecida como arianismo. Foi a partir do combate ao
arianismo que sugiu a fórmula trinitária nos concílios
ecumênicos de Nicéia (325) e Constantinopla (381). O
nome arianismo deve-se ao principal defensor dessa
ideia, Ário, um presbítero de Alexandria por volta de
310.
7. Deus é uno e indivisível por isso não pode conferir sua
essência a qualquer outro.
Não se pode conceber que o Logos ou Filho pudesse ter
chegado a existir a não ser por um ato de criação. Portanto
Cristo não poderia ser Deus no sentido pleno do termo.
Cristo era um ser intermediário menos que Deus e mais que
o homem.
8. A Formação da Doutrina da Trindade
Atanásio
Bispo de Alexandria por volta de 328, foi o principal opositor do
arianismo.
Argumentos de Atanásio:
1. Se Ário está certo quando diz que Cristo é apenas um ser criado,
e não da mesma substância do Pai, a salvação não seria possível.
2. A doutrina de Ario implica no culto à criação e na fé em mais de
um Deus.
9. 3. O Filho é da mesma substância do Pai (homooúsios) do Pai.
4. O Logos não é outro Deus e não se situa abaixo do Pai. O
Pai e o Filho são uma deidade. O Pai é o que define a si
mesmo e gera; o Filho é aquele que assim é gerado. O Pai é
em si mesmo a essência divina; o Filho é Deus em atividade
externa, aparece nas obras de Deus.
5. Atanásio não falou de pessoas na Divindade. Articulava a
relação Pai-Filho de modo diferente. Falava da diferença
entre ambos como condicionada pela atividade de Deus. O
Pai é fonte e o Filho é Deus em sua atividade externa.
6. Há também o Espírito Santo que conduz a obra de Deus ao
indivíduo. O ES é também da mesma substância do Pai e do
Filho.
10. Os Três Capadócios
Basílio, o Grande, Gregório de Nissa e Gregório de Nazianzo
contribuiram de forma decisiva para para o triunfo da
doutrina trinitária frente ao arianismo.
Enquanto Atanásio salientava vigorosamente a ideia de uma
substância e partia deste ponto para sua descrição da
trindade, os capadócios partiam da ideia de três pessoas
distintas e desenvolvia uma terminologia que descreve tando
a unidade como a Trindade.
11. Foi nessa época que se fez uma distinção clara entre dois
conceitos expressos pelas palavras gregas ousia e hypóstasis.
Ousia – usada para indicar a natureza indivisível da essência
divina.
Hypóstasis – foi colocada em justaposição com a palavra
prosoopon (pessoa). É a forma especial de existência, as
características sui-gerenis pelas quais aquilo que é tido em
comum recebe expressão concreta.
12. Quando perguntados sobre o que distingue as três hypóstasis,
os capadócios respondiam referindo-se à relação que existe
entre elas.
O Pai é agénneetos (não gerado); o Filho é gerado pelo Pai; e o
Espírito Santo procede do Pai através do Filho
13. Agostinho
Agostinho mais que qualquer outro deu forma definitiva à
posição ocidental quanto a doutrina da Trindade. A teologia
de agostinho forneceu a base para a posição trinitária do
Credo Atanasiano.
Agostinho desenvolveu sua posição trinitária com base na
única essência divina. O que tentou esclarecer foi que a
unidade divina é constituida de tal modo que inclui as três
pessoas, e que o caráter trino de Deus está implicito nesta
unidade. Descreveu a triunidade como relação internamente
necessária entre as três facetas da única essência divina. Isto,
para Agostinho era mais inefável que o homem nesta vida
jamais pode compreender e muito menos descrever em
termos conceptual.
14. Agostinho empregou analogias tomadas das de realidades
humanas num esforço para demonstrar a relação
correspondente de três com um, na mesma entidade. Ceros
fenômenos humanos, em especial a estrutura da alma
humana, foram usados para simbolizar a realidade
intertrinitária.
Assim, Agostinho dizia que o amor implica na relação daquele
que ama com o objeto do amor. Isto sugere uma relação
entre os três seguintes: aquele que ama, o que é amado e o
próprio amor. Relação correspondente encontra-se na
divindade entre Pai, Filho e Espírito Santo. O que é peculiar
a esta relação é que tanto sujeito como objeto estão dentro da
mesma essência indivisível.