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ERNA 5ºANO 2013
PREVENÇÃO DOS RISCOS
1
 OBJECTIVOS
 Métodos de avaliação de riscos na segurança
do trabalho, que possam causar acidentes
2
 Os acidentes de trabalho acarretam custos directos e
indirectos.
 Em relação aos custos directos temos o prémio do seguro
(salários pagos, assistência médica e indemnizações).
 Por sua vez, os custos indirectos englobam outros aspectos
tais como: socorro das vítimas, quebra produtividade, custos
administrativos, reparação de equipamentos e colocação de
protecções adequadas, perda de competitividade (atraso de
encomendas, redução de capacidade de resposta), aquisição
produtos a outras empresas, degradação da imagem da
empresa, despesas com substitutos ou trabalho extra, etc.
3
 Os estudos efectuados demonstram
que os custos indirectos chegam a ser
8 a 9 vezes os custos directos.
4
Peritagem, advogados
Reintegração do acidentado
Sofrimento da família
Sofrimento do acidentado
Aumento prémio do seguro Prémio do seguro
salários pagos
assistência médica e medicamentos
Indemnizações
Socorro das vítimas
Quebra produtividade
Custos administrativos
Reparação de equipamentos e colocação de
protecções adequadas
Perda de competitividade
atraso de encomendas
redução de capacidade de resposta
Aquisição produtos a outras empresas
Degradação da imagem da empresa
Despesas com substitutos ou trabalho extra
 Conceitos de perigo, risco e dano
 O perigo relaciona-se com a propriedade ou capacidade intrínseca de um
componente do trabalho potencialmente causador de danos ou lesões
para a saúde das pessoas (por exemplo numa faca, o perigo é a lâmina).
 Antes da avaliação deve ser realizada a identificação de perigos e
tanto quanto possível deve proceder-se à sua eliminação.
 A situação de perigo, reporta-se, pois, a uma situação estática –
propriedade intrínseca ou situação inerente – de algo com potencial de
causar dano, designadamente substâncias e produtos, máquinas e
processos de trabalho, etc.
 O risco pressupõe a interacção pessoa/componente do trabalho e daí,
definir-se como a possibilidade de que um trabalhador sofra um dano
provocado pelo trabalho.
5
 Conceitos de perigo, risco e dano
 Deve entender-se o risco como uma combinação de probabilidade da
ocorrência de um fenómeno perigoso com a gravidade das lesões ou
danos para a saúde que tal fenómeno pode causar (Por exemplo numa
faca o risco é o corte).
 A noção de risco responde à necessidade de lidar com situações de
perigo futuro. Dito de outro modo, pretende possibilitar a antecipação
das situações em que o perigo possa manifestar-se atingir pessoas e
bens.
 Implica, por isso, um processo de valorização conjunta da probabilidade
da sua ocorrência (quantas vezes pode ocorrer?) e da estimativa da
gravidade dessa ocorrência (que dano pode resultar?).
 O dano é uma consequência negativa para a saúde e a segurança (por
exemplo, uma lesão ou uma doença).
6
 A avaliação de riscos é um exame sistemático de todos os
aspectos do trabalho, com o objectivo de colocar o
empregador em posição de tomar eficazmente as medidas
necessárias para proteger a segurança e saúde dos
trabalhadores.
 A partir deste processo que se determinam as abordagens
preventivas, tendo em conta:
– o grau de exposição e o número de trabalhadores expostos
aos riscos;
– as prioridades de intervenção;
– as necessidades de formação e informação;
– as medidas técnicas e organizativas;
– o controlo periódico das condições de trabalho;
– as necessidades da vigilância da saúde dos trabalhadores.
7
 Este processo deve ser dinâmico e cobrir o conjunto das actividades da
empresa, envolvendo todos os sectores e todos os domínios da actividade
produtiva acompanhando os seus momentos determinantes.
 Depende da avaliação pessoal, num dado momento e circunstâncias, função
de uma série de parâmetros subjectivos
 A avaliação dos riscos constitui o ponto de partida para o desenvolvimento
de acções preventivas, sendo prioritário actuar antes de surgirem as
consequências.
 Depois de efectuar uma avaliação de riscos deve-se estabelecer prioridades
preventivas, ou seja, definir uma ordem de actuação sobre os riscos em
função da gravidade e do número de trabalhadores afectados, tendo em
consideração os seguintes aspectos:
1. Combater os riscos na origem
2. Eliminar os riscos
3. Reduzir os riscos que não podem ser eliminados
4. Aplicar medidas de protecção colectiva, recorrendo por último às
medidas de protecção individual. 8
 Tipos de avaliação dos riscos
 Avaliação de riscos impostas por legislação específica.
 Avaliação de riscos em que não existe legislação específica, mas
existem normas europeias, internacionais, etc.
 Avaliação de riscos em que se utilizam métodos específicos (Fine,
matrizes,etc.)
 Avaliação geral dos riscos
 Objectivo da avaliação dos riscos
 Empregador em posição de tomar medidas eficazes, de forma a proteger
a segurança e saúde dos trabalhadores:
 Prevenção dos riscos profissionais
 Informar os trabalhadores
 Facultar formação aos trabalhadores
 Organização e criação dos meios para aplicar as medidas necessárias
9
 ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS RISCOS
10
Uma avaliação de
riscos, enquanto
processo de suporte
da gestão dos riscos
profissionais, engloba
duas fases
fundamentais : a
análise de riscos e a
sua valoração
 ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS RISCOS
 A identificação dos perigos realiza-se mediante a reunião da informação
pertinente. Importa, fundamentalmente listar os agentes causais e
caracterizar as respectivas condições de exposição.
 A identificação de todos os trabalhadores potencialmente expostos a
riscos derivados destes perigos deve ter em conta não só os
trabalhadores directamente ligados a actividades causadoras de danos,
mas também,outras pessoas potencialmente expostas
11
 ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS RISCOS
1. Classificação das actividades de trabalho
Para cada actividade pode ser necessário obter informação sobre vários
aspectos, nomeadamente:
 Tarefas a realizar – duração e frequência
 Locais onde se realiza o trabalho
 Quem realiza o trabalho, tanto permanentemente como ocasionalmente
 Outras pessoas que podem ser afectadas pelas actividades (visitantes,
subcontratados, etc.)
 Formação recebida por parte dos trabalhadores
 Procedimentos escritos de trabalho
 Instalações, máquinas e equipamentos utilizados
 Instruções dos fabricantes para o funcionamento e manutenção de
máquinas e equipamentos
 Organização do trabalho
12
 ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS RISCOS
1. Classificação das actividades de trabalho (CONT.)
 Tamanho, forma e peso das materiais a movimentar, assim como distância
e altura do manuseamento.
 Energias utilizadas (por exemplo ar comprimido)
 Substâncias e produtos utilizados e gerados no local de trabalho
 Estado físico das substâncias utilizadas (fumos, gases, vapores, líquidos,
poeiras, sólidos)
 Recomendações das fichas de segurança e etiquetagem
 Requisitos da legislação vigente sobre a forma de fazer o trabalho,
instalações, máquinas e substâncias utilizadas.
 Medidas de controlo existentes
 Informação sobre incidentes, acidentes de trabalho, doenças profissionais,
absentismo, etc.
 Registo de avaliações de riscos efectuadas
13
 ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS RISCOS
 A estimativa do risco (qualificação e/ou quantificação do risco) pode ser
feita em função da conjugação dos seguintes factores:
 i. Dos danos resultantes: (1) incidentes que não lesam, (2) pequenas
lesões (contusões, cortes), (3) lesões graves (fracturas, amputações,
doenças crónicas), (4) morte ou várias mortes;
 ii. Do grau de probabilidade de ocorrência desse dano: (1) improvável, (2)
remoto, (3) ocasional, (4) provável.
 Da conjugação destes dois factores – danos resultantes e probabilidade
de ocorrência – associada, ainda, com o número de trabalhadores
expostos, podem permitir a determinação das prioridades de
intervenção e servir de suporte aos processos de decisão/acção.
14
 ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS RISCOS
2. Análise dos riscos
 Decomposição detalhada do objecto seleccionado como alvo
de estudo (uma tarefa, um local, ou um equipamento de
trabalho, uma situação de trabalho, etc.),
 alcançar uma compreensão da caracterização dos riscos, em
relação à sua fonte (de onde pode surgir o perigo?), ao seu
modo de desenvolvimento (qual é o seu processo de
materialização e qual o seu meio de propagação?), à
probabilidade da ocorrência (quantas vezes pode emergir?),
à sua extensão (quem pode atingir?) e ao seu potencial
danoso (que pode dano pode produzir?).
15
 ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS RISCOS
2. Análise dos riscos
1º ponto: Identificação dos perigos.
 Existe fonte de dano?
 O quê ou quem pode ser danificado?
 Como pode ocorrer o dano?
2º Ponto: Estimação do risco,
Para cada perigo detectado deve-se estimar o risco.
Resulta da conjugação dos indicadores obtidos de probabilidade de ocorrência e
da sua gravidade ou severidade (consequências provocadas pela ocorrência).
R = P x G R = risco P = probabilidade E = severidade ou gravidade
Quanto maior for a probabilidade e a severidade, maior é o risco.
Quanto menores forem a probabilidade e a severidade, menor é o risco.
16
2 principios numa avaliação:
-Estruturar a operação de modo a
que sejam abordados todos os
perigos e riscos relevantes;
– Começar sempre por questionar,
se o risco pode ser eliminado
 Na etapa final importa valorar para decidir o que fazer,
procurando estudar a possibilidade de eliminar o risco e, se
tal não for possível, propor novas medidas para prevenir
ou minimizar o risco.
 Em qualquer caso, o processo de decisão terá em atenção
que as medidas de controlo do risco devem melhorar o nível
de protecção dos trabalhadores relativamente à sua
segurança e saúde, tendo por referência a hierarquia dos
princípios gerais de prevenção.
17
 Os resultados da avaliação dos riscos devem ser objecto de
registo, susceptível de controlo, designadamente:
 – Registos dos resultados das avaliações (mapas globais
relacionados com os trabalhadores expostos);
 – Relatórios de inspecções internas de segurança;
 – Relatórios de avaliação de riscos específicos (por exemplo,
ruído, contaminantes químicos ...);
 – Notificações obrigatórias de determinados riscos (por
exemplo, amianto, riscos de acidente industrial grave ...);
 – Relatórios de exames médicos;
 – Relatórios de acidentes de trabalho;
 – Estatística da sinistralidade laboral.
18
 Resultados da avaliação dos riscos
19
20
 Os riscos que necessitamos avaliar podem ter diferentes
enquadramentos:
 a) Riscos para os quais existe uma legislação específica.
 b) Riscos que precisam de métodos de avaliação especiais.
 Baseiam-se na análise probabilística de riscos e podem utilizar-se
também para a análise dos sistemas de segurança em máquinas e outros
processos industriais.
Exemplos são os métodos HAZOP, DOW e Árvores de Falhas.
 c) Riscos de carácter geral.
▪ Exemplos são o Método de Avaliação Geral de Riscos, o método de
William Fine, o Sistema Simplificado de Avaliação de Riscos de Acidentes
 Métodos simplificados:
Empregam-se quando não é razoável esperar
consequências catastróficas da concretização do
risco.
Permitem obter uma primeira aproximação, suficiente
para estabelecer uma hierarquização do risco e
estabelecer prioridades de actuação.
Não é costume que permitam calcular o valor absoluto
do risco.
No sentido da facilitar o trabalho e mesmo em função
das suas características, quantificam o risco usando
escalas numéricas relativas.
21
 Método das Matrizes Simples
 Modelo a presentado por Somerville, com 3 niveis de
probabilidade e de gravidade e igualmente 3 niveis de risco
ou de prioridade de intervenção
A- baixo B- médio C-Alto
22
 Alternativa às Matrizes Simples
 Propõe-se uma matriz de 4x4 com 4 niveis de probabilidade e gravidade.
 Os niveis de risco passam a ser 5.
 Nivel 1 – atuação não prioritária
 Nivel 2 – intervenção a medio prazo
 Nivel 3 – intervenção a curto prazo
 Nivel 4 – actuação urgente
 Nivel 5 – actuação muito urgente, requerendo medidas imediatas
23
PROBABILIDADE
Improvavel Raro Ocasional Frequente
GRAVIDADE
Sem Incapacidade 1 2 2 3
incapacidade
temporária absoluta
(=< 30 dias)
2 2 3 4
incapacidade
temporária absoluta
(> 30 dias)
2 3 4 5
Incapacidade
permanente ou
morte
3 4 5 5
 Método de MARAT
 método de análise semi-quantitativo de matriz composta
 Este método permita a quantificação dos riscos existentes e
consequentemente definir prioridades para a sua eliminação
ou correcção, sendo a informação resultante deste método
apenas para orientação.
 Neste processo temos a necessidade de determinar a
probabilidade de ocorrência do dano bem como as suas
consequências.
 Assim sendo, podemos considerar o nível de risco em função
do nível de probabilidade (NProb) e do nível de consequência
(NCons).
24
 Método de MARAT
25
Nível de
Exposição
Nível de
Deficiências
Nível de
Probabilidade
Nível de
Severidade
Nível de
Risco
Nível de
Intervenção
 Método deWilliam Fine
 Este método tem como objectivo estabelecer prioridade,
integrando o grau de risco com a limitação económica. Por
meio dele, o departamento de higiene e segurança no
trabalho pode projectar o "time" de implementação, o
esforço e a previsão de verba, de acordo com o nível de
perigosidade de cada risco.
 Tal sistema de prioridade está alicerçado em uma fórmula
simples, que calcula o perigo de cada situação, e tem como
resultado o Grau de Perigosidade - GP. Este grau determina
a urgência da tomada de decisão, ou seja, se o risco deve ser
tratado com maior ou menor brevidade. 26
 O grau de risco segundo o método de William Fine é calculado da seguinte
forma:
Grau de
perigosidade (GP) = Probabilidade (P) x Exposição (E) x Consequências (C)
 P – probabilidade – (iniciada a sequência, é a probabilidade de que
conduza ao acidente e respectivas consequências)
 E – Exposição (frequência da ocorrência do facto iniciador da sequência
que conduz ao acidente)
 C – Consequências (grau de severidade do dano)
27
28
29
 Realizado este estudo de priorização de riscos e perigos da
empresa, parte-se para o indice de justificação:
30
A justificação económica faz-se com recurso aos conceitos
Factor de Custo ( Fc ) e Grau de Correcção ( Gc ) e por
aplicação da seguinte fórmula:
Justificação J = GP / Fc x Gc
J > 10  Correcção justificada
J < 10  Correcção não justificada
31
 Passos a dar na análise de um posto de
trabalho:
1. Elaborar uma lista inicial de tarefas a partir de
documentos existentes
2. Identificação de tarefas específicas através da
observação e entrevistas
3. Descrição escrita das tarefas, feita pelo analista e a
ser apresentada aos trabalhadores
4. Elaboração da versão final da lista de tarefas
 Passos a dar na análise de um posto de trabalho:
1. Elaborar uma lista inicial de tarefas a partir de
documentos existentes:
a) Descrição geral das tarefas
b) Condições em que se desenvolve o trabalho
c) Tipo de equipamentos, ferramentas e materiais utilizados
d) Requisitos necessários em termos de formação e treino
32
 Passos a dar na análise de um posto de trabalho
2. Identificação de tarefas específicas através da observação
e entrevistas
a) Observação
1) Feitas em diferentes horas do dia
2) Contemplando todos os aspectos do trabalho
3) Feitas em todos os locais onde se desenvolve
33
 Passos a dar na análise de um posto de trabalho
b) Entrevistas
1) Com chefias directas e trabalhadores experientes
2) Discutindo as listas previamente elaboradas, solicitando que
sejam completadas ou alteradas no sentido de mais claramente
descreverem as tarefas em causa ou,
alternativamente,
solicitar que eles mesmos as elaborem e estabelecer a
comparação com o trabalho feito antes.
Sempre fazendo, no momento ou com antecedência, as perguntas
necessárias para um completo esclarecimento.
34
 Passos a dar na análise de um posto de trabalho
3. Descrição escrita das tarefas, feita pelo analista e a ser apresentada
aos trabalhadores, deve ser elaborada:
a) Em termos simples e claros com os quais os trabalhadores estejam
familiarizados
b) Frases curtas mas completas
c) Com significado inequívoco para todos
d) Cada frase deve começar por um verbo de acção (Soldar os
componentes, unir as peças,...)
e) Evitar o uso de diversos verbos de acção numa mesma frase a menos
que essas acções tenham que ser desenvolvidas simultaneamente
quando da execução da tarefa
35
 Passos a dar na análise de um posto de trabalho
4. Elaboração da versão final da lista de tarefas
Elaboram-se quadros resumo e é solicitada aos trabalhadores a sua
colaboração para confirmação e avaliação em termos de tempo de
exposição e riscos envolvidos.
5. Distribuição a todos os trabalhadores, em grupo ou individualmente,
das listas de tarefas e posterior recolha após preenchimento. As
instruções de preenchimento devem ser claras e os fins a atingir
perfeitamente explicados.
6. Os resultados são convenientemente analisados. O resultado final
deve ponderar as opiniões recolhidas corrigidas em função de
elementos com a diferente formação, sexo, idade, experiência dos
inquiridos 36
37
FASES DA AVALIAÇÃO DOS RISCOS
PREPARAÇÃO
Recolha da
informação
Eleição do
Método
Planificação
das visitas
Execução
Observação do
desempenho da
actividade
(procedimentos,
hábitos, formação,
adestramento)
Análise do ambiente
físico e das
condições materiais
Medições
necessárias
Registo e recolha documental das observações feitas e
aplicação dos critérios de avaliação
38
1. CLASSIFICAÇÃO DAS ACTIVIDADES DETRABALHO
 Lista de actividades de trabalho agrupadas de forma racional
e utilizável
• áreas externas às instalações da empresa
• etapas do processo de produção ou prestação de um serviço
• trabalhos de manutenção
• tarefas específicas
39
2. PARA CADA ACTIVIDADE, INFORMAÇÃO SOBRE:
• Tarefas a realizar, duração, frequência
• Locais onde se realiza o trabalho
• Quem realiza o trabalho, ocasional ou permanentemente
• Outras pessoas que podem ser afectadas, visitas, subempreiteiros
• Formação dos trabalhadores na execução das tarefas
• Procedimentos escritos
• Instalações, máquinas e equipamentos utilizados
• Ferramentas manuais com accionamento eléctrico ou mecânico
• Instruções de fabricantes e fornecedores
40
• Tamanho, forma, peso, etc., dos materiais a utilizar.
• Distância e altura às quais devem ser transportadas manualmente
materiais e produtos
• Energias que se utilizam
• Substâncias e produtos utilizados e produzidos
• Rotulagem
• Requisitos da legislação vigente
• Medidas de controlo existentes.
• Dados recolhidos sobre acidentes, incidentes, doenças profissionais
• Dados sobre avaliações de riscos que se tenham efectuado anteriormente.
• Organização do trabalho.
41
3. QUANTIFICAÇÃO DO RISCO
Para cada um dos perigos identificados dever-se-á determinar a
severidade do dano e a probabilidade de que se materialize.
Para determinar a severidade do dano, terá que considerar-se o
seguinte:
- Partes do corpo que seriam afectadas.
- Natureza do dano, graduando-o em função da sua intensidade.
 Dever-se-á tomar em consideração:
- as medidas de controlo já implantadas, o cumprimento
dos requisitos legais, etc.
- a presença de trabalhadores especialmente sensíveis a
determinados riscos.
- a frequência da exposição ao perigo.
- as falhas nos componentes das instalações e das
máquinas, assim como nos dispositivos de protecção.
- a protecção por EPI´s e a sua efectiva utilização.
- actos inseguros, tanto erros involuntários como
violações intencionais.
42
 Os principais aspectos a levar em conta num diagnóstico das condições de
segurança (ou de risco)de um posto de trabalho
 01. O local de trabalho
 Tem acesso fácil e rápido?
 É bem iluminado?
 O piso é aderente e sem irregularidades?
 É suficientemente afastado dos outros postos de trabalho?
 As escadas têm corrimão ou protecção lateral?
 02. Movimentação de cargas
 As cargas a movimentar são grandes ou pesadas?
 Existem e estão disponíveis equipamentos de transporte auxiliar?
 A cadência de transporte é elevada?
 Existem passagens e corredores com largura compatível?
 Existem marcações no solo delimitando zonas de movimentação?
 Existe carga exclusivamente manual? 43
 03. Posições de trabalho
 O operador trabalha de pé muito tempo?
 O operador gira ou baixa-se frequentemente?
 O operador tem que se afastar para dar passagem a máquinas ou
 outros operadores?
 A altura e a posição da máquina é a adequada?
 A distância entre a vista e o trabalho é correcta?
 04. Condições psicológicas do trabalho
 O trabalho é em turnos ou normal?
 O operador realiza muitas horas extras?
 A tarefa é de alta cadência de produção?
 É exigida muita concentração, dados os riscos da operação?
 05. Máquina
 As engrenagens e partes móveis estão protegidas?
 Estão devidamente identificados os dispositivos de segurança?
 A formação do operador é suficiente?
 A operação é rotineira e repetitiva? 44
 06. Ruídos e vibrações
 Sentem-se vibrações ou ruído intenso?
 A máquina a operar oferece trepidação?
 Existem dispositivos que minimizem vibrações e ruído?
 07. Iluminação
 A iluminação é natural?
 Está bem orientada?
 Existe alguma iluminação intermitente?
 08. Riscos químicos
 O ar circundante tem poeiras ou fumos?
 Existe algum cheiro persistente?
 Existem ventilação ou exaustão de ar do local?
 Os produtos químicos estão bem embalados?
 Os produtos químicos estão bem identificados?
 Existem resíduos de produtos no chão?
 09. Riscos biológicos
 Há contacto directo com animais?
 Há contacto com sangue ou resíduos animais?
 Existem meios de desinfecção? 45
 https://osha.europa.eu/pt/topics/riskassessm
ent/carry_out
46
 Pedir a colaboração dos alunos e aos que
usam EPI’s, trazer para a aula seguinte para
poderem explicar um pouco sobre aqueles
que usam
47

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3. hst avaliação de riscos

  • 2.  OBJECTIVOS  Métodos de avaliação de riscos na segurança do trabalho, que possam causar acidentes 2
  • 3.  Os acidentes de trabalho acarretam custos directos e indirectos.  Em relação aos custos directos temos o prémio do seguro (salários pagos, assistência médica e indemnizações).  Por sua vez, os custos indirectos englobam outros aspectos tais como: socorro das vítimas, quebra produtividade, custos administrativos, reparação de equipamentos e colocação de protecções adequadas, perda de competitividade (atraso de encomendas, redução de capacidade de resposta), aquisição produtos a outras empresas, degradação da imagem da empresa, despesas com substitutos ou trabalho extra, etc. 3
  • 4.  Os estudos efectuados demonstram que os custos indirectos chegam a ser 8 a 9 vezes os custos directos. 4 Peritagem, advogados Reintegração do acidentado Sofrimento da família Sofrimento do acidentado Aumento prémio do seguro Prémio do seguro salários pagos assistência médica e medicamentos Indemnizações Socorro das vítimas Quebra produtividade Custos administrativos Reparação de equipamentos e colocação de protecções adequadas Perda de competitividade atraso de encomendas redução de capacidade de resposta Aquisição produtos a outras empresas Degradação da imagem da empresa Despesas com substitutos ou trabalho extra
  • 5.  Conceitos de perigo, risco e dano  O perigo relaciona-se com a propriedade ou capacidade intrínseca de um componente do trabalho potencialmente causador de danos ou lesões para a saúde das pessoas (por exemplo numa faca, o perigo é a lâmina).  Antes da avaliação deve ser realizada a identificação de perigos e tanto quanto possível deve proceder-se à sua eliminação.  A situação de perigo, reporta-se, pois, a uma situação estática – propriedade intrínseca ou situação inerente – de algo com potencial de causar dano, designadamente substâncias e produtos, máquinas e processos de trabalho, etc.  O risco pressupõe a interacção pessoa/componente do trabalho e daí, definir-se como a possibilidade de que um trabalhador sofra um dano provocado pelo trabalho. 5
  • 6.  Conceitos de perigo, risco e dano  Deve entender-se o risco como uma combinação de probabilidade da ocorrência de um fenómeno perigoso com a gravidade das lesões ou danos para a saúde que tal fenómeno pode causar (Por exemplo numa faca o risco é o corte).  A noção de risco responde à necessidade de lidar com situações de perigo futuro. Dito de outro modo, pretende possibilitar a antecipação das situações em que o perigo possa manifestar-se atingir pessoas e bens.  Implica, por isso, um processo de valorização conjunta da probabilidade da sua ocorrência (quantas vezes pode ocorrer?) e da estimativa da gravidade dessa ocorrência (que dano pode resultar?).  O dano é uma consequência negativa para a saúde e a segurança (por exemplo, uma lesão ou uma doença). 6
  • 7.  A avaliação de riscos é um exame sistemático de todos os aspectos do trabalho, com o objectivo de colocar o empregador em posição de tomar eficazmente as medidas necessárias para proteger a segurança e saúde dos trabalhadores.  A partir deste processo que se determinam as abordagens preventivas, tendo em conta: – o grau de exposição e o número de trabalhadores expostos aos riscos; – as prioridades de intervenção; – as necessidades de formação e informação; – as medidas técnicas e organizativas; – o controlo periódico das condições de trabalho; – as necessidades da vigilância da saúde dos trabalhadores. 7
  • 8.  Este processo deve ser dinâmico e cobrir o conjunto das actividades da empresa, envolvendo todos os sectores e todos os domínios da actividade produtiva acompanhando os seus momentos determinantes.  Depende da avaliação pessoal, num dado momento e circunstâncias, função de uma série de parâmetros subjectivos  A avaliação dos riscos constitui o ponto de partida para o desenvolvimento de acções preventivas, sendo prioritário actuar antes de surgirem as consequências.  Depois de efectuar uma avaliação de riscos deve-se estabelecer prioridades preventivas, ou seja, definir uma ordem de actuação sobre os riscos em função da gravidade e do número de trabalhadores afectados, tendo em consideração os seguintes aspectos: 1. Combater os riscos na origem 2. Eliminar os riscos 3. Reduzir os riscos que não podem ser eliminados 4. Aplicar medidas de protecção colectiva, recorrendo por último às medidas de protecção individual. 8
  • 9.  Tipos de avaliação dos riscos  Avaliação de riscos impostas por legislação específica.  Avaliação de riscos em que não existe legislação específica, mas existem normas europeias, internacionais, etc.  Avaliação de riscos em que se utilizam métodos específicos (Fine, matrizes,etc.)  Avaliação geral dos riscos  Objectivo da avaliação dos riscos  Empregador em posição de tomar medidas eficazes, de forma a proteger a segurança e saúde dos trabalhadores:  Prevenção dos riscos profissionais  Informar os trabalhadores  Facultar formação aos trabalhadores  Organização e criação dos meios para aplicar as medidas necessárias 9
  • 10.  ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS RISCOS 10 Uma avaliação de riscos, enquanto processo de suporte da gestão dos riscos profissionais, engloba duas fases fundamentais : a análise de riscos e a sua valoração
  • 11.  ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS RISCOS  A identificação dos perigos realiza-se mediante a reunião da informação pertinente. Importa, fundamentalmente listar os agentes causais e caracterizar as respectivas condições de exposição.  A identificação de todos os trabalhadores potencialmente expostos a riscos derivados destes perigos deve ter em conta não só os trabalhadores directamente ligados a actividades causadoras de danos, mas também,outras pessoas potencialmente expostas 11
  • 12.  ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS RISCOS 1. Classificação das actividades de trabalho Para cada actividade pode ser necessário obter informação sobre vários aspectos, nomeadamente:  Tarefas a realizar – duração e frequência  Locais onde se realiza o trabalho  Quem realiza o trabalho, tanto permanentemente como ocasionalmente  Outras pessoas que podem ser afectadas pelas actividades (visitantes, subcontratados, etc.)  Formação recebida por parte dos trabalhadores  Procedimentos escritos de trabalho  Instalações, máquinas e equipamentos utilizados  Instruções dos fabricantes para o funcionamento e manutenção de máquinas e equipamentos  Organização do trabalho 12
  • 13.  ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS RISCOS 1. Classificação das actividades de trabalho (CONT.)  Tamanho, forma e peso das materiais a movimentar, assim como distância e altura do manuseamento.  Energias utilizadas (por exemplo ar comprimido)  Substâncias e produtos utilizados e gerados no local de trabalho  Estado físico das substâncias utilizadas (fumos, gases, vapores, líquidos, poeiras, sólidos)  Recomendações das fichas de segurança e etiquetagem  Requisitos da legislação vigente sobre a forma de fazer o trabalho, instalações, máquinas e substâncias utilizadas.  Medidas de controlo existentes  Informação sobre incidentes, acidentes de trabalho, doenças profissionais, absentismo, etc.  Registo de avaliações de riscos efectuadas 13
  • 14.  ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS RISCOS  A estimativa do risco (qualificação e/ou quantificação do risco) pode ser feita em função da conjugação dos seguintes factores:  i. Dos danos resultantes: (1) incidentes que não lesam, (2) pequenas lesões (contusões, cortes), (3) lesões graves (fracturas, amputações, doenças crónicas), (4) morte ou várias mortes;  ii. Do grau de probabilidade de ocorrência desse dano: (1) improvável, (2) remoto, (3) ocasional, (4) provável.  Da conjugação destes dois factores – danos resultantes e probabilidade de ocorrência – associada, ainda, com o número de trabalhadores expostos, podem permitir a determinação das prioridades de intervenção e servir de suporte aos processos de decisão/acção. 14
  • 15.  ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS RISCOS 2. Análise dos riscos  Decomposição detalhada do objecto seleccionado como alvo de estudo (uma tarefa, um local, ou um equipamento de trabalho, uma situação de trabalho, etc.),  alcançar uma compreensão da caracterização dos riscos, em relação à sua fonte (de onde pode surgir o perigo?), ao seu modo de desenvolvimento (qual é o seu processo de materialização e qual o seu meio de propagação?), à probabilidade da ocorrência (quantas vezes pode emergir?), à sua extensão (quem pode atingir?) e ao seu potencial danoso (que pode dano pode produzir?). 15
  • 16.  ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS RISCOS 2. Análise dos riscos 1º ponto: Identificação dos perigos.  Existe fonte de dano?  O quê ou quem pode ser danificado?  Como pode ocorrer o dano? 2º Ponto: Estimação do risco, Para cada perigo detectado deve-se estimar o risco. Resulta da conjugação dos indicadores obtidos de probabilidade de ocorrência e da sua gravidade ou severidade (consequências provocadas pela ocorrência). R = P x G R = risco P = probabilidade E = severidade ou gravidade Quanto maior for a probabilidade e a severidade, maior é o risco. Quanto menores forem a probabilidade e a severidade, menor é o risco. 16 2 principios numa avaliação: -Estruturar a operação de modo a que sejam abordados todos os perigos e riscos relevantes; – Começar sempre por questionar, se o risco pode ser eliminado
  • 17.  Na etapa final importa valorar para decidir o que fazer, procurando estudar a possibilidade de eliminar o risco e, se tal não for possível, propor novas medidas para prevenir ou minimizar o risco.  Em qualquer caso, o processo de decisão terá em atenção que as medidas de controlo do risco devem melhorar o nível de protecção dos trabalhadores relativamente à sua segurança e saúde, tendo por referência a hierarquia dos princípios gerais de prevenção. 17
  • 18.  Os resultados da avaliação dos riscos devem ser objecto de registo, susceptível de controlo, designadamente:  – Registos dos resultados das avaliações (mapas globais relacionados com os trabalhadores expostos);  – Relatórios de inspecções internas de segurança;  – Relatórios de avaliação de riscos específicos (por exemplo, ruído, contaminantes químicos ...);  – Notificações obrigatórias de determinados riscos (por exemplo, amianto, riscos de acidente industrial grave ...);  – Relatórios de exames médicos;  – Relatórios de acidentes de trabalho;  – Estatística da sinistralidade laboral. 18
  • 19.  Resultados da avaliação dos riscos 19
  • 20. 20  Os riscos que necessitamos avaliar podem ter diferentes enquadramentos:  a) Riscos para os quais existe uma legislação específica.  b) Riscos que precisam de métodos de avaliação especiais.  Baseiam-se na análise probabilística de riscos e podem utilizar-se também para a análise dos sistemas de segurança em máquinas e outros processos industriais. Exemplos são os métodos HAZOP, DOW e Árvores de Falhas.  c) Riscos de carácter geral. ▪ Exemplos são o Método de Avaliação Geral de Riscos, o método de William Fine, o Sistema Simplificado de Avaliação de Riscos de Acidentes
  • 21.  Métodos simplificados: Empregam-se quando não é razoável esperar consequências catastróficas da concretização do risco. Permitem obter uma primeira aproximação, suficiente para estabelecer uma hierarquização do risco e estabelecer prioridades de actuação. Não é costume que permitam calcular o valor absoluto do risco. No sentido da facilitar o trabalho e mesmo em função das suas características, quantificam o risco usando escalas numéricas relativas. 21
  • 22.  Método das Matrizes Simples  Modelo a presentado por Somerville, com 3 niveis de probabilidade e de gravidade e igualmente 3 niveis de risco ou de prioridade de intervenção A- baixo B- médio C-Alto 22
  • 23.  Alternativa às Matrizes Simples  Propõe-se uma matriz de 4x4 com 4 niveis de probabilidade e gravidade.  Os niveis de risco passam a ser 5.  Nivel 1 – atuação não prioritária  Nivel 2 – intervenção a medio prazo  Nivel 3 – intervenção a curto prazo  Nivel 4 – actuação urgente  Nivel 5 – actuação muito urgente, requerendo medidas imediatas 23 PROBABILIDADE Improvavel Raro Ocasional Frequente GRAVIDADE Sem Incapacidade 1 2 2 3 incapacidade temporária absoluta (=< 30 dias) 2 2 3 4 incapacidade temporária absoluta (> 30 dias) 2 3 4 5 Incapacidade permanente ou morte 3 4 5 5
  • 24.  Método de MARAT  método de análise semi-quantitativo de matriz composta  Este método permita a quantificação dos riscos existentes e consequentemente definir prioridades para a sua eliminação ou correcção, sendo a informação resultante deste método apenas para orientação.  Neste processo temos a necessidade de determinar a probabilidade de ocorrência do dano bem como as suas consequências.  Assim sendo, podemos considerar o nível de risco em função do nível de probabilidade (NProb) e do nível de consequência (NCons). 24
  • 25.  Método de MARAT 25 Nível de Exposição Nível de Deficiências Nível de Probabilidade Nível de Severidade Nível de Risco Nível de Intervenção
  • 26.  Método deWilliam Fine  Este método tem como objectivo estabelecer prioridade, integrando o grau de risco com a limitação económica. Por meio dele, o departamento de higiene e segurança no trabalho pode projectar o "time" de implementação, o esforço e a previsão de verba, de acordo com o nível de perigosidade de cada risco.  Tal sistema de prioridade está alicerçado em uma fórmula simples, que calcula o perigo de cada situação, e tem como resultado o Grau de Perigosidade - GP. Este grau determina a urgência da tomada de decisão, ou seja, se o risco deve ser tratado com maior ou menor brevidade. 26
  • 27.  O grau de risco segundo o método de William Fine é calculado da seguinte forma: Grau de perigosidade (GP) = Probabilidade (P) x Exposição (E) x Consequências (C)  P – probabilidade – (iniciada a sequência, é a probabilidade de que conduza ao acidente e respectivas consequências)  E – Exposição (frequência da ocorrência do facto iniciador da sequência que conduz ao acidente)  C – Consequências (grau de severidade do dano) 27
  • 28. 28
  • 29. 29
  • 30.  Realizado este estudo de priorização de riscos e perigos da empresa, parte-se para o indice de justificação: 30 A justificação económica faz-se com recurso aos conceitos Factor de Custo ( Fc ) e Grau de Correcção ( Gc ) e por aplicação da seguinte fórmula: Justificação J = GP / Fc x Gc J > 10  Correcção justificada J < 10  Correcção não justificada
  • 31. 31  Passos a dar na análise de um posto de trabalho: 1. Elaborar uma lista inicial de tarefas a partir de documentos existentes 2. Identificação de tarefas específicas através da observação e entrevistas 3. Descrição escrita das tarefas, feita pelo analista e a ser apresentada aos trabalhadores 4. Elaboração da versão final da lista de tarefas
  • 32.  Passos a dar na análise de um posto de trabalho: 1. Elaborar uma lista inicial de tarefas a partir de documentos existentes: a) Descrição geral das tarefas b) Condições em que se desenvolve o trabalho c) Tipo de equipamentos, ferramentas e materiais utilizados d) Requisitos necessários em termos de formação e treino 32
  • 33.  Passos a dar na análise de um posto de trabalho 2. Identificação de tarefas específicas através da observação e entrevistas a) Observação 1) Feitas em diferentes horas do dia 2) Contemplando todos os aspectos do trabalho 3) Feitas em todos os locais onde se desenvolve 33
  • 34.  Passos a dar na análise de um posto de trabalho b) Entrevistas 1) Com chefias directas e trabalhadores experientes 2) Discutindo as listas previamente elaboradas, solicitando que sejam completadas ou alteradas no sentido de mais claramente descreverem as tarefas em causa ou, alternativamente, solicitar que eles mesmos as elaborem e estabelecer a comparação com o trabalho feito antes. Sempre fazendo, no momento ou com antecedência, as perguntas necessárias para um completo esclarecimento. 34
  • 35.  Passos a dar na análise de um posto de trabalho 3. Descrição escrita das tarefas, feita pelo analista e a ser apresentada aos trabalhadores, deve ser elaborada: a) Em termos simples e claros com os quais os trabalhadores estejam familiarizados b) Frases curtas mas completas c) Com significado inequívoco para todos d) Cada frase deve começar por um verbo de acção (Soldar os componentes, unir as peças,...) e) Evitar o uso de diversos verbos de acção numa mesma frase a menos que essas acções tenham que ser desenvolvidas simultaneamente quando da execução da tarefa 35
  • 36.  Passos a dar na análise de um posto de trabalho 4. Elaboração da versão final da lista de tarefas Elaboram-se quadros resumo e é solicitada aos trabalhadores a sua colaboração para confirmação e avaliação em termos de tempo de exposição e riscos envolvidos. 5. Distribuição a todos os trabalhadores, em grupo ou individualmente, das listas de tarefas e posterior recolha após preenchimento. As instruções de preenchimento devem ser claras e os fins a atingir perfeitamente explicados. 6. Os resultados são convenientemente analisados. O resultado final deve ponderar as opiniões recolhidas corrigidas em função de elementos com a diferente formação, sexo, idade, experiência dos inquiridos 36
  • 37. 37 FASES DA AVALIAÇÃO DOS RISCOS PREPARAÇÃO Recolha da informação Eleição do Método Planificação das visitas Execução Observação do desempenho da actividade (procedimentos, hábitos, formação, adestramento) Análise do ambiente físico e das condições materiais Medições necessárias Registo e recolha documental das observações feitas e aplicação dos critérios de avaliação
  • 38. 38 1. CLASSIFICAÇÃO DAS ACTIVIDADES DETRABALHO  Lista de actividades de trabalho agrupadas de forma racional e utilizável • áreas externas às instalações da empresa • etapas do processo de produção ou prestação de um serviço • trabalhos de manutenção • tarefas específicas
  • 39. 39 2. PARA CADA ACTIVIDADE, INFORMAÇÃO SOBRE: • Tarefas a realizar, duração, frequência • Locais onde se realiza o trabalho • Quem realiza o trabalho, ocasional ou permanentemente • Outras pessoas que podem ser afectadas, visitas, subempreiteiros • Formação dos trabalhadores na execução das tarefas • Procedimentos escritos • Instalações, máquinas e equipamentos utilizados • Ferramentas manuais com accionamento eléctrico ou mecânico • Instruções de fabricantes e fornecedores
  • 40. 40 • Tamanho, forma, peso, etc., dos materiais a utilizar. • Distância e altura às quais devem ser transportadas manualmente materiais e produtos • Energias que se utilizam • Substâncias e produtos utilizados e produzidos • Rotulagem • Requisitos da legislação vigente • Medidas de controlo existentes. • Dados recolhidos sobre acidentes, incidentes, doenças profissionais • Dados sobre avaliações de riscos que se tenham efectuado anteriormente. • Organização do trabalho.
  • 41. 41 3. QUANTIFICAÇÃO DO RISCO Para cada um dos perigos identificados dever-se-á determinar a severidade do dano e a probabilidade de que se materialize. Para determinar a severidade do dano, terá que considerar-se o seguinte: - Partes do corpo que seriam afectadas. - Natureza do dano, graduando-o em função da sua intensidade.
  • 42.  Dever-se-á tomar em consideração: - as medidas de controlo já implantadas, o cumprimento dos requisitos legais, etc. - a presença de trabalhadores especialmente sensíveis a determinados riscos. - a frequência da exposição ao perigo. - as falhas nos componentes das instalações e das máquinas, assim como nos dispositivos de protecção. - a protecção por EPI´s e a sua efectiva utilização. - actos inseguros, tanto erros involuntários como violações intencionais. 42
  • 43.  Os principais aspectos a levar em conta num diagnóstico das condições de segurança (ou de risco)de um posto de trabalho  01. O local de trabalho  Tem acesso fácil e rápido?  É bem iluminado?  O piso é aderente e sem irregularidades?  É suficientemente afastado dos outros postos de trabalho?  As escadas têm corrimão ou protecção lateral?  02. Movimentação de cargas  As cargas a movimentar são grandes ou pesadas?  Existem e estão disponíveis equipamentos de transporte auxiliar?  A cadência de transporte é elevada?  Existem passagens e corredores com largura compatível?  Existem marcações no solo delimitando zonas de movimentação?  Existe carga exclusivamente manual? 43
  • 44.  03. Posições de trabalho  O operador trabalha de pé muito tempo?  O operador gira ou baixa-se frequentemente?  O operador tem que se afastar para dar passagem a máquinas ou  outros operadores?  A altura e a posição da máquina é a adequada?  A distância entre a vista e o trabalho é correcta?  04. Condições psicológicas do trabalho  O trabalho é em turnos ou normal?  O operador realiza muitas horas extras?  A tarefa é de alta cadência de produção?  É exigida muita concentração, dados os riscos da operação?  05. Máquina  As engrenagens e partes móveis estão protegidas?  Estão devidamente identificados os dispositivos de segurança?  A formação do operador é suficiente?  A operação é rotineira e repetitiva? 44
  • 45.  06. Ruídos e vibrações  Sentem-se vibrações ou ruído intenso?  A máquina a operar oferece trepidação?  Existem dispositivos que minimizem vibrações e ruído?  07. Iluminação  A iluminação é natural?  Está bem orientada?  Existe alguma iluminação intermitente?  08. Riscos químicos  O ar circundante tem poeiras ou fumos?  Existe algum cheiro persistente?  Existem ventilação ou exaustão de ar do local?  Os produtos químicos estão bem embalados?  Os produtos químicos estão bem identificados?  Existem resíduos de produtos no chão?  09. Riscos biológicos  Há contacto directo com animais?  Há contacto com sangue ou resíduos animais?  Existem meios de desinfecção? 45
  • 47.  Pedir a colaboração dos alunos e aos que usam EPI’s, trazer para a aula seguinte para poderem explicar um pouco sobre aqueles que usam 47