1. A Santa Inquisição teve início no século XII na Itália como uma estratégia da Igreja Católica para eliminar hereges e impor o catolicismo.
2. Ao longo dos séculos, a Inquisição se fortaleceu e usou métodos cruéis de tortura e execução pública para coagir a população, como a caça às bruxas e o uso de instrumentos de tortura e morte.
3. A Inquisição também atuou no Brasil colonial entre os séculos XVIII e XIX,
1. UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE – UNIVILLE
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
SANTA INQUISIÇÃO
GIOVANE GASPAR BENEDET
LUCAS MALACARNE
ANA CLÁUDIA SCHMIDT
PROFESSOR MARCO AURÉLIO
Instituições de Direito
Joinville – SC
2007
2. 2
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................................03
1 O INÍCIO....................................................................................................................................05
1.1 Estratégia que deu errado.........................................................................................................05
1.2 A caça as bruxas.......................................................................................................................05
1.3 O fortalecimento.......................................................................................................................06
2 TORTURA E MORTE.............................................................................................................08
2.1 Os métodos ..............................................................................................................................08
2.2 As ferramentas utilizadas ........................................................................................................08
2.2.1 Instrumentos de execução......................................................................................................08
2.2.2 Instrumentos letais de tortura................................................................................................12
2.2.3 Instrumentos de interrogação.................................................................................................14
2.2.4 Instrumentos de contenção e mutilação.................................................................................16
3 A INQUISIÇÃO NO BRASIL..................................................................................................18
CONCLUSÃO...............................................................................................................................19
REFERÊNCIAS............................................................................................................................20
ANEXOS........................................................................................................................................21
3. 3
INTRODUÇÃO
Este trabalho aborda uma descrição resumida sobre a “Santa Inquisição”,uma abordagem
com assuntos ligados ao tema em âmbito mundial e no Brasil transmitindo o significado e fatos
curiosos deste assunto tão polêmico.
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1 O INÍCIO
Iniciada no século IV em 1184, na cidade de Verona, Itália, com o Papa Lúcio III, época em
que a Igreja Católica se tornava popular, através da tomada de santuários e templos sagrados de
povos pagãos, a fim de implantar a sua religiosidade.Ainda há estudiosos que dizem que a
Inquisição teve seu inicio entre 642 e 649 com o Papa Teodoro I.O catolicismo definia como
herege todas as pessoas que não aceitassem ou proferissem os dogmas da Igreja Católica
Apostólica Romana, tais como: Cristo é o salvador, Deus é onisciente, o Papa é o senhor absoluto,
o homem foi criado do barro, a Terra é o centro do universo, o dízimo é uma indulgência. Assim,
todas as outras religiões e culturas eram satânicas (islamismo, judaísmo, hinduísmo), então, seria
objetivo do catolicismo implantar em todo, o mundo ou terra conhecida a sua “metodologia”.Porém
a Igreja Católica falhava em alguns casos ao tentar disseminar os hereges, pois se acreditava que
estes pagãos continuavam a freqüentar estes seus sagrados para reverenciarem seus Deuses.
1 Estratégia que deu errado
Então, estratégia da Igreja Católica não funcionou, e através da Inquisição, de uma forma cruel
o Catolicismo tentava dizimar todos aqueles que não aceitavam o pensamento da Igreja.
Inquisição é o ato de inquirir, isto é, indagar, investigar, interrogar judicialmente. No caso da
Santa Inquisição, significa quot;questionar judicialmente aqueles que, de uma forma ou de outra, se
opõem aos preceitos da Igreja Católicaquot;. Dessa forma, a Santa Inquisição, também conhecida como
Santo Ofício, foi um tribunal eclesiástico a fim de investigar e punir os crimes contra a Igreja
Católica ou a fé católica .Para a igreja católica os pagãos representavam perigo à existência do
catolicismo, sendo assim a Igreja Católica decidiu exterminar todos que não aceitavam o
cristianismo nos padrões impostos pela Igreja. Posteriormente, a Santa Inquisição passou a ser
utilizada também como um meio de coação, de forma a manipular as autoridades como meio de
obter vantagens políticas.
5. 5
1.2 A caça as bruxas
A Santa inquisição foi oficialmente criada em 1229, sob a liderança do Papa Gregório IX, no
Concílio de Toulouse, França, somente em 1525, o Papa Inocêncio IV criou o documento intitulado
Ad Exstirpanda, que foi fundamental na execução do plano de exterminar os hereges.Em 1320 o
Papa João XXII disse oficialmente que as antigas religiões pagãs e a bruxaria eram uma ameaça
hostil ao catolicismo.
Então se criou o inquisidor, pessoa responsável por investigar e denunciar os hereges hostis ao
catolicismo, estes eram, doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil.Deveriam ter como perfil
mais de 40 anos de idade.Recebiam como recompensa por denunciar e julgar alguém terras e
dinheiro.
Os camponeses eram induzidos a colaborar com a barbárie a modo que rebecerem, conforme
dito pelo Catolicismo um lugar ao céu quando se fossem. As vítimas não conheciam seus
acusadores, que podiam ser homens, mulheres e até crianças. O processo de acusação, julgamento e
execução eram rápidos, sem direito à defesa. Ao réu, a única alternativa era confessar e retratar-se,
renunciar sua fé e aceitar o domínio e a autoridade da Igreja Católica. Os direitos de liberdade e de
livre escolha não eram respeitados. Os acusados eram feitos prisioneiros e, sob tortura, obrigados a
confessarem sua condição herética. As mulheres, que eram a maioria, comumente eram vítimas de
estupro. A execução era realizada, geralmente, em praça pública sob os olhos de todos os
moradores. Punir publicamente era uma forma de coagir e intimidar a população. A vítima podia
ser enforcada, decapitada, ou, na maioria das vezes, queimada, como veremos mais à
frente.Manuais foram criados para ajudar os inquisidores a descobrir os hereges.
1.3 O fortalecimento
O fortalecimento do Santo Ofício ficou forte e concretizado em 1211 quando iniciaram-se as
principais disseminações com inicio a um governador foi enforcado junto a sua esposa e depois.Os
mais conhecidas massacres da época:
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o Europa
Merindol, quinhentas mulheres foram trancadas em um celeiro ao qual atearam fogo.
Toulouse, em 1335, levaram diversas pessoas a fogueira.
Treves, sete feiticeiros queimados.
Bamberg, quinhentas mulheres queimadas.
Há registros também de execuções na América, em Cuba – 1516, EUA – 1692 e no Brasil no
século XVIII entre 1721 e 1777, cerca de centro e trinta pessoas foram queimadas vivas.
2 TORTURA E MORTE
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Praticamente todas execuções eram realizadas publicamente, porém para obter as confissões, o
questionamento era realizado em lugares secretos como em calabouços e igrejas.Eram utilizados
nos interrogatórios instrumentos não-fatais a modo de machucar a vitima, mas não matar.
Estudiosos afirmam que as mulheres que não fizessem sexo com os Sacerdotes eram ameaçadas de
serem acusadas e punidas pelo Santo Ofício.
2.1 Métodos
Muitas das vítimas eram simplesmente queimadas na estaca.Normalmente, essas execuções na
fogueira eram realizadas em público, para que a população visse o que acontecia com aqueles que
enfrentavam Roma. Entretanto, na maioria das vezes, as pessoas que eram queimadas em público,
primeiras eram torturadas privadamente. Em toda a Europa, os reis e seus súditos sabiam que os
torturadores do papa eram absolutamente os melhores; eles podiam forçar quot;confissõesquot; por meio de
técnicas de tortura hábeis e os reis sabiam que podiam contar com eles, caso seus homens não
pudessem extrair as confissões.
2.2 Ferramentas utilizadas
As ferramentas utilizadas para tortura e punição ao hereges eram muitas, como citadas a seguir,
desde simples ao mais complexos e assustadores, alguns deles ainda espalhados por museus em
diversas partes do mundo.
2.2.1 Instrumentos de execução
Espada, Machado e Cepo
A decapitação com a espada, entretenimento público, desde o início da Idade Média, é, ainda
hoje, utilizada em alguns países do terceiro Mundo (anexo A).
O Garrote
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Consistia o garrote(anexo B) em um poste de madeira provido de um colar de ferro ou, menos
comum e eficientemente, de couro duro, e que se apertava progressivamente por meio de um
parafuso. Havia duas versões essenciais deste instrumento:
a) a versão tipicamente espanhola, na qual apertando se o parafuso, fazia-se apertar a argola de
ferro, matando a vítima por asfixia;
b) a versão catalã, no qual havia, na nuca do condenado, um punção de ferro, que, ao apertar-se o
colar, penetrava e quebrava as vértebras cervicais, ao mesmo tempo que empurrava o pescoço para
a frente, provocando o esmagamento da traquéia contra a argola, matando tanto por asfixia como
pela destruição da medula espinhal ou do bulbo cerebral. A presença deste aguilhão não garante
uma morte rápida; antes, pelo contrário. A agonia podia ser mais ou menos prolongada,
dependendo do humor do carrasco.O primeiro tipo foi usado na Espanha até a morte de Franco, em
1975, altura em que o rei Juan Carlos aboliu a pena capital. O segundo tipo, usado até princípio
deste século na Catalunha e na América Central, ainda é utilizado, em alguns países do Terceiro
Mundo, como instrumento de tortura e execução.
Emparedamento
O emparedamento, utilizado já no tempo dos romanos, para punir as mulheres que perdiam sua
virtude, dispensa qualquer explicação. A vítima era sepultada viva, morrendo, dependendo do local
de confinamento, de sede e fome, ou simplesmente asfixiada.
As gaiolas suspensas
Desde a Alta Idade Média até finais do séc. XVIII, as paisagens urbanas e suburbanas da
Europa abundavam de gaiolas de ferro e madeira, no exterior de edifícios municipais, palácios de
justiça, catedrais e muralhas de cidades, assim como penduradas em postes situados nas
encruzilhadas de diversos caminhos; freqüentemente havia várias gaiolas em fila, umas ao lado das
outras.
Em Florença, Itália, havia dois locais reservados às gaiolas: um na esquina do Bargello, na Via
Aguillara com a praça San Firenze, e o outro num poste fixado na colina de San Gaggio, passada a
9. 9
Porta Romana, junto à estrada para Siena. Em Veneza, tida como um dos prováveis locais de
origem da gaiola celular, estas se erguiam na Ponte dos Suspiros e nos muros do Arsenal.
As vítimas, nuas ou quase nuas, eram fechadas nas gaiolas suspensas, que não eram muito
maiores que seus corpos; morriam de fome e sede, de mau tempo e frio no Inverno, de queimaduras
e insolação no verão e era muitas vezes torturado e mutilado para melhor servir de exemplo.
Roda para despedaçar
A roda para despedaçar(Anexo C) era, depois da forca, a forma mais comum de execução na
Europa germânica, desde a Baixa Idade Média até princípios do séc. XVIII; na Europa latina e
gálica, o despedaçamento era feito por meio de barras maciças de ferro e maças, em lugar da roda.
A vítima, nua, era esticada de barriga para cima na roda (ou no chão ou no patíbulo), com os
membros estendidos ao máximo e atados a estacas ou anilhas de ferro. Por baixo dos pulsos,
cotovelos, joelhos e quadris, colocavam-se atravessados suportes de madeira. O verdugo aplicava
violentos golpes com a barra, destroçando todas as articulações e partindo os ossos, evitando dar
golpes que pudessem ser mortais. Isso provocava, como é fácil imaginar-se, um verdadeiro
paroxismo de dor, o que muito divertia a platéia.
Submersão em óleo
A submersão em azeite podia ser tanto uma forma de execução como de interrogatório,
tanto judicial como extrajudicial. O prisioneiro, suspenso pelos braços no teto, era baixado, por
meio de um sistema de corda e roldana, dentro de um caldeirão cheio de azeite em ebulição.
A serra
A serra (Anexo E)era outro meio de execução extremamente cruel, no qual a vítima, suspensa
pelos pés, era serrada ao meio, de cima para baixo, a partir de entre as pernas. Esse tipo de
execução podia ser levado a cabo com qualquer tipo de serra de lenhador utilizada a quatro mãos e
de dentes grandes.
Empalamento
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Esta era uma forma particularmente cruel de execução(Anexo E), visto que a vítima agonizava
por vários dias antes de morrer, demorando muito a ficar inconsciente. Era, ao que se tem notícia,
usada desde a Antigüidade; no séc. XVI, foi amplamente empregada pelos exércitos turcos que
invadiam o leste da Europa. O método era simples: deitava-se a vítima de bruços e enfiava-se no
ânus, no umbigo - ou, talvez, tratando-se de uma mulher, na vagina - uma estaca suficientemente
longa para transfixar o corpo no sentido longitudinal. Para que a estaca ficasse firme, era
introduzida no corpo do condenado a golpes de marreta. Em seguida, simplesmente plantava-se a
estaca no chão; a força da gravidade fazia o resto. O corpo simplesmente era puxado em direção ao
solo, enquanto a estaca rasgava lentamente as entranhas, num processo que podia durar -
dependendo da espessura da estaca e da capacidade de resistência da vítima - várias horas ou até
dias.
Cremação
A cremação é conhecida como a forma de execução utilizada em casos de bruxaria ou
feitiçaria; na verdade, os romanos já a utilizavam para os parricidas e os traidores.
Na suas formas medievais, utilizadas pela Inquisição, o condenado só era queimado vivo se se
recusasse a abjurar, ou seja, renunciar aos erros que o haviam arrastado àquela situação; nesse caso,
era estrangulado.
Para garantir que a vítima morresse verdadeiramente nas chamas, e não asfixiada com a
fumaça, vestiam-na com uma camisola encharcada com enxofre.
Mesa de Evisceramento
Este terrível suplício era levado a cabo em um aparelho especial, constante de uma mesa ou
tábua sobre a qual havia uma roldana e um sistema de cordas e pequenos ganchos. O verdugo abria
o ventre da vítima amarrada sobre a tábua, de maneira a não poder debater-se; em seguida,
introduzia-lhe o gancho na abertura, prendendo-os firmemente às entranhas do condenado. Ao
manipular a roldana, as entranhas eram puxadas para fora, com a vítima ainda viva; esta era então
abandonada e deixada para morrer neste estado. A morte demorava por horas ou até dias. Quanto
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mais tardasse - isto é, quanto mais o condenado sofresse, maior era considerada a habilidade do
carrasco.
2.2.1 Instrumentos letais de tortura
As Esmaga-Cabeças
As esmaga-cabeças(Anexo F) instrumentos tipicamente medievais, compunham-se de um
capacete e de uma barra na qual se colocava o queixo do torturado. Em seguida, por meio de um
parafuso, ia-se apertando o capacete, comprimindo a cabeça do indivíduo de encontro à base, no
sentido vertical. O resultado era arrasador: primeiro destroçavam-se os alvéolos dentários; depois,
as mandíbulas; e finalmente, caso a tortura não cessasse, os olhos saltavam das órbitas e o cérebro
vazava pelo crânio fraturado.
A Dama de Ferro
A história da tortura registra muitos instrumentos em forma de sarcófago antropomorfo com
pregos em seu interior, que, ao fechar-se a porta, penetravam no corpo da vítima. O exemplo mais
conhecido foi a chamada quot;donzela de ferroquot; de Nuremberg, exemplar do final do século XV,
reprodução aperfeiçoada de exemplares mais antigos. O aparelho foi destruído quando Nuremberg
foi bombardeada, em 1944(anexo G).
A roda vertical
Na roda vertical, que, como diz o nome, era erguida perpendicularmente em relação ao chão, o
corpo da vítima era amarrado ao instrumento, o mais esticado possível. Em seguida a roda era
girada, expondo o torturado, a cada volta, a pregos ou brasas ardentes colocados no chão, sob a
máquina. O resultado final era o retalhamento lento ou queimaduras expostas por toda a superfície
do corpo, que, conforme sua gravidade, poderiam levar à morte do torturado.
Gaiola de cravos
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Atribui-se geralmente a invenção desse engenhoso instrumento à condessa húngara Elizabeth
Báthory, que viveu no século XVI; todavia, existem registros de seu uso já no tempo dos romanos.
Frise-se, porém, que não era um modo de interrogatório ou punição judicial, sendo utilizado apenas
por certos indivíduos, isoladamente.
Basicamente, o engenho era uma gaiola cilíndrica de lâminas de ferro afiadas, cujo interior era
guarnecido de pontas aguçadas de ferro. A vítima era trancada na gaiola e o torturador, armado de
um archote, um ferro em brasa ou ainda de um ferro pontiagudo, começava a espetar ou atiçar o
prisioneiro, que, em seus movimentos de recuo, ia chocar-se contra as pontas e lâminas da gaiola.
O resultado final é fácil de imaginar-se.
Embora a maioria das gaiolas de cravos de que se tem notícia fossem colocadas diretamente
sobre a terra, diz-se que a gaiola de Elizabeth Báthory (aperfeiçoada para que ela tomasse os
famosos banhos de sangue que, segundo supunha, a manteriam sempre jovem e bela) era suspensa
no teto; a condessa sentava-se abaixo dela e o sangue corria diretamente sobre seu corpo.
Cavalo de estiramento
O estiramento(Anexo H), ou desmembramento causado por meio de tensão exercida
longitudinalmente, já era usado no Antigo Egito e na Babilônia. Na Europa medieval - e após - o
cavalo de estiramento constituía instrumento fundamental de qualquer masmorra respeitável, e isso
até o desaparecimento da tortura, por volta do séc. XVII. A vítima era deitada no aparelho, seus
membros firmemente presos às extremidades e esticados pela força do cabrestante, existindo
testemunhos antigos que falam de até 30 cm de distensão, o que é inconcebível; a distensão
originada pelo deslocar e torcer de cada articulação dos braços e das pernas, do desmembramento
da coluna vertebral e da destruição dos músculos das extremidades do tórax e do abdômen
provocava um efeito mortal.
2.2.3 Instrumentos de interrogação
Esmagador de testas
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O esmagador era uma faixa de ferro, algumas vezes com aguilhões no seu interior, que se
colocava ao redor da testa da vítima, sendo então, progressivamente apertado, pelos parafusos
situados em roscas laterais, provocando cortes e lacerações e podendo provocar fraturas cranianas
fatais.
Este era um instrumento usado sobretudo em mulheres e quase nunca em homens.
Cadeira de interrogatório
Era uma cadeira de ferro (Anexo I) com o assento e o encosto totalmente cobertos de pontas
afiadas. Era um instrumento básico no arsenal dos inquisidores. A vítima, sempre nua, era colocada
e amarrada na cadeira, cujas pontas produziam um efeito óbvio sobre sua força de vontade, que
dispensa qualquer comentário. O tormento podia ser intensificado com sacudidelas e golpes nos
braços e no tronco.
Esmagador de polegares
Simples e muito eficaz. O esmagamento dos nós e falanges dos dedos e o arrancamento das
unhas estão entre as torturas mais antigas. Os resultados, em termos de relação entre a dor infligida,
o esforço realizado e o tempo consumido são altamente satisfatórios do ponto de vista do
torturador, sobretudo quando se carece de instrumentos complicados e dispendiosos.
A extensão
A extensão é uma variante do cavalo de estiramento. Ao invés da distensão ser aplicada ao
corpo no sentido longitudinal, é aplicada apenas aos braços do condenado, enquanto a corrente,
enlaçando e esmagando o tórax, exerce uma pressão extra. A extensão é uma variante do cavalo de
estiramento.
Potro
Este aparelho(Anexo L), muito engenhoso, era composto por uma prancha, sobre a qual era
deitada a vítima. Esta prancha apresentava orifícios pelo quais se passavam cordas de cânhamo que
arrochavam os antebraços, os braços as coxas, as panturrilhas, em suma, as partes mais carnudas
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dos membros da vítima. No decorrer da tortura, essas cordas eram progressivamente apertadas, por
meio de manivelas nas laterais do aparelho. O efeito era o de um torniquete.
Pêra Oral, Retal e Vaginal
Esses instrumentos em forma de pêra - daí o nome - eram colocados na boca, no reto ou na
vagina da vítima, e ali eram abertos, por meio de um parafuso, até atingir sua total abertura. O
interior da cavidade afetada ficava, invariavelmente, danificado, com efeitos muitas vezes
irreversíveis. Por vezes, além da abertura exagerada, a pêra era dotada, na extremidade mais
interna, de pontas em gancho, que destroçavam a garganta, o reto ou a raiz do útero, pois
penetravam bastante fundo.
A pêra oral aplicava-se aos casos de predicadores hereges ou a criminosos laicos de tendências
antiortodoxas. A pêra vaginal estava destinada a mulheres consideradas culpadas de conluios e
acordos com Satanás ou quaisquer outras forças sobrenaturais (o processo das feiticeiras bascas, no
qual foi utilizada, falava dos quot;espíritos dos mortosquot;), a adúlteras, homossexuais ou suspeitas de ter
mantido relações com familiares; e por último, a retal destinava-se a homossexuais masculinos
passivos.
Tortura na água
Havia duas maneiras de aplicar-se a tortura da água. A primeira delas consistia simplesmente
em enfiar um trapo na boca da vítima amarrada e ir deitando água aos poucos no trapo, fazendo-o
inchar, provocando sufocação; um bocado além da conta e o torturado afogava-se em terra seca.
A segunda versão, mais conhecida, é também chamada de quot;tortura das bilhasquot;. A bilha era um
recipiente de argila que continha cerca de um litro e meio de água. O carrasco introduzia na boca da
vítima um funil de couro ou de chifre e despejava o conteúdo da bilha nesse funil.
Em ambas as versões, para que a tortura fosse eficiente, tapava-se o nariz do condenado,
provocando-lhe asfixia.
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2.2.4 Instrumentos de contenção e mutilação
Ferros de marcar quente
Usavam-se para marcar alguns condenados, normalmente no ombro, mas outras vezes na face
ou na testa. O delito cometido era expressado na marca, através de um código de letras facilmente
reconhecível.
Destroçador de seios
Tratava-se de tenazes com quatro garras convergentes, capazes de transformar em massas
disformes os seios de mulheres condenadas por heresias, blasfêmias, adultério, magia branca
erótica, homossexualismo, aborto provocado, entre outros delitos. Para tal efeito, às vezes era
utilizado apenas um gancho, aquecido.
A Cegonha ou A Filha do Varredor
A cegonha(Anexo M )consistia numa espécie de algema ou grilhão que quase unia os pés e as
mãos do torturado, impedindo qualquer movimento. Ainda que pareça, à primeira vista, mais um
meio de imobilização que de tortura, não mais terrível que milhares de outros artefatos
semelhantes, a Cegonha provoca, depois de poucos minutos, fortes cãibras, primeiro nos músculos
retais e abdominais, depois nos peitorais, cervicais e nas extremidades do corpo; cãibras que, com o
passar das horas, transformam-se em uma contínua e atroz agonia, sobretudo no abdome e no reto.
Cinturão da castidade
A função deste instrumento foi sempre mistificada, não só pelo povo, mas também pelos
círculos acadêmicos. A opinião tradicional é que o cinturão de castidade se usava para garantir a
fidelidade das esposas durante as ausências do marido, e, sobretudo - uma convicção que em nada
se aproxima da verdade, não havendo evidências que suportem tal idéia - para as mulheres dos
cruzados que partiam para a Terra Santa.
Cinturão de contenção
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Aplicava-se este cinturão á cintura da vítima, cujos pulsos eram presos pelas braçadeiras
laterais. A pessoa assim imobilizada podia ser submetida a quaisquer outras torturas ou abandonada
à morte por fome, frio, sede ou infecções.
A quot;Cadeira das Bruxasquot;
Este aparelho, com a forma de uma cadeira com o assento inclinado era usada durante os
interrogatórios, principalmente pelos inquisidores, o que justifica seu nome. Nele, a vítima era
pendurada pelos tornozelos, podendo então ser submetida a outras espécies de tormentos mais
dolorosos. A posição invertida, além de impossibilitar os movimentos, provocava desorientação, e,
caso fosse muito prolongada, poderia fazer o prisioneiro perder os sentidos.
3 A INQUISIÇÃO NO BRASIL
Tem-se registros que em 1618 ocorreu a segunda vista da cúpula do Santo Ofício no Brasil , na
Bahia.Um dos componentes alegou que vinha acusar-se ele próprio por temer que seus
denunciantes o viessem acusar, poderiam trocar as palavras e mentir sobre o caso da acusação.
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CONCLUSÃO
Verificamos um pouco da história desta que foi uma das mais douradoras instituições que se
teve registro. Cruel e destruidora para os tempos de hoje, porém, talvez digamos que aceitável
pelos existentes na época em que ela se fez presente.
Tomamos uma comparação aos tempos do século passado onde o nazismo chegou a realizar
a mesma façanha de maneira muito mais brilhante do que a Igreja , em menos tempo(12 anos),
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conseguiu eliminar 6 milhões de indivíduos acusados de pertencerem a um grupo chamado
“Judeus” definido como não seguidor da tradição nazista.
Independente das fogueiras do Santo Ofício ou da câmara de gás nazista todas as formas de
punir o homem sobre a forma de tortura e sem defesa deve ser tratada como crime.
REFERÊNCIAS
LIPINER.Santa Inquisição: terror e linguagem.Rio de Janeiro: Documentário, 1977.
SANTA Inquisição.Disponível em:<
http://www.spectrumgothic.com.br/ocultismo/inquisicao.htm>. Acesso em :25 mar. 2007.