SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
Baixar para ler offline
Cultura Religiosa:
Os lugares sagrados
Professor Fábio Faturi
Escola de Ensino Médio Vinícius de Morais
O lugar é sagrado?
Lugar pode ser um espaço que se torna familiar para o sujeito, é o local onde ocorrem
as relações do dia a dia. Construímos nosso entendimento de lugar na relação de
afetividade, identidade, onde o particular e histórico acontece. Por outro lado, espaço
pode ser qualquer local, independente de identificação ou familiaridade, é qualquer
porção da superfície terrestre. No espaço estamos vulneráveis, no lugar no sentimos
acolhidos e sentimos que podemos fazer parte.
O que torna um lugar sagrado?
O que torna um lugar sagrado é a identificação e o valor atribuído a ele. Muitas vezes
é entendido como sagrado o local em que nasceu ou morreu um determinado líder
religioso, onde foram construídos templos de adoração, igrejas, cemitérios,
catacumbas, criptas ou mausoléus, ou seja, o espaço no qual enterramos os mortos,
onde se fazem os cultos e rituais em reverência ao divino.
Cidades Sagradas (Hieropólis)
As cidades sagradas têm, por alguma razão, em sua vida cotidiana, uma forte ligação
com o sagrado.
Meca Jerusalém
Cidades Sagradas (Hieropólis)
MECA - ISLAMISMO
JERUSALÉM – ISLAMISMO,
CRISTIANISMO E JUDAÍSMO.
Os rios também são lugares sagrados
Em vários períodos da História, as fontes de água, assim como os rios, foram
considerados sagrados e dignos de reverência e respeito. Na Índia, todo rio é sagrado.
Os rios são considerados extensões das divindades. A possibilidade de vida no planeta
está ligada às águas, devemos lembrar que dois terços do planeta são formados de
água e que o corpo humano é feito de mais ou menos 70% de água.
Segundo o hinduísmo, o rio Ganges se origina nos céus. A Kumbh Mela, o grande
festival que ocorre ao redor do Ganges, é uma celebração em homenagem à
Criação. Segundo uma história, os Deuses e os demônios lutavam pela kumbh
(jarra, pote), onde se encontrava o amrit (néctar), criado pelo Sagar Manthan (o
escumar dos oceanos). Jayant, filho da Deusa Indra, escapou com a kumbh e por
12 dias consecutivos os demônios lutaram contra os Deuses pela posse da jarra.
Finalmente, venceram os Deuses, beberam o Amrit e alcançaram a imortalidade.
Durante a batalha pela posse da kumbh, cinco gotas do nectar de Amrit caíram
na terra, formando o rio que passa nas cidades onde o festival da Kumbh Mela
acontecem. Cerca de 30 milhões de pessoas se reúnem em cidades sagradas as
margens do irio, para se banharem no rio Ganges.
O hinduísmo e o Rio Ganges
Lugar sagrado para os indígenas Guarani
Nãndewa
Para a nação indígena do povo Guarani Nãndewa, o lugar considerado sagrado é o
Tekowa, ou seja, o território onde vive-se a maneira de ser Guarani em plenitude, ou
como se diz em Guarani: Ñande reko. O coração do lugar sagrado é a casa de
meditação/dança, onde se acende o Petyngua, um tipo de cachimbo ritual. Mas
existe também o lugar onde se planta o milho sagrado e as plantas que alimentam e
curam. Nestes lugares sagrados os Guarani nativos, ou seja, indígenas nascidos na
aldeia, e os não nativos, que escolheram o modo de ser Guarani, entoam (cantam) os
cantos sagrados, que são chamados de Mborai, e que recordam o espírito dos
ancestrais e o grande espírito que os unem, tornando aquele espaço e tempo
sagrados, como podemos perceber na canção a seguir:
Lugar sagrado para os indígenas Guarani
Nãndewa
Xe aendu mborayu
Ñamandu mbo’rendy
Ñande ñeem porã’ete
Xe amombeu ñemi’ guaxu
Ha’ewete opa’wa’erã
Kowae iporã Ñande Reko.
(Xamã Awajupoty - João José Felix)
Sinto o espírito que une meu ser à
natureza de todos os mundos.
Celebro o encontro com a polaridade
que propicia surgir a luz da manhã.
Canto contemplando o grande
mistério:
Agradecido pela incompletude que nos
impulsiona para buscar o que nos falta,
desfrutando esta maravilha que é a
vida em movimento (dessa maneira).
(Tradução)
Espaços construídos para o encontro
com o sagrado
O que faz com que o lugar se torne sagrado é a hierofania, ou seja, a manifestação do
divino naquele lugar. A palavra em sua origem grega pode ser dividida em duas
partes: hiero e fania, hiero significa sagrado e fania significa manifestação. Portanto,
nos lugres onde o sagrado se manifesta, ali acontece o que chamamos de hierofania.
Um lugar profano transforma-se em sagrado quando a presença do divino se torna
permanente naquele local e também quando as pessoas declaram que naquele lugar
existe uma energia capaz de transformá-los, levando-os a uma comunicação e relação
com o sagrado.
Construção do espaço sagrado: altar,
santuário, templo, mesquita, sinagoga e
terreiro
Lugar sagrado construído é qualquer estrutura
arquitetônica construída pelas pessoas, que se destina a
ser visitada com fins devocionais, religiosos, espirituais -
por exemplo: uma igreja, um terreiro, uma mesquita,
entre outros.
Alguns povos antigos dirigiam suas orações aos seus
Deuses no alto das montanhas, pois acreditavam que
quanto mais alto fosse o lugar, mais facilmente entrariam
em contato com seus Deuses. Outros encontravam nas
grutas os melhores lugares para realizar o encontro com
o mundo espiritual.
Você sabia?
Que os lugares sagrados podem variar
entre naturais e construídos? Lugares na
natureza: rios,
lagos, montanhas, grutas, cachoeiras etc.;
e lugares construídos: templo, igrejas,
casas de orações,
cemitérios, etc.
Templos sagrados
Os templos são construídos para abrigar e reunir os seguidores da tradição religiosa.
Para adentrar ao templo é necessário conhecer certas regras, como as purificações,
tirar ou não os sapatos, colocar ou não o véu (mulheres), colocar ou não algo sobre a
cabeça (homens), etc.
O que torna uma construção arquitetônica
sagrada?
O conhecimento do significado da arquitetura religiosa das diferentes tradições
religiosas, presente nas diferentes culturas, nos permite compreender as
manifestações do sagrado por meio desta fascinante arte.
Casa de Adoração da Fé Bahá’í, em forma
de flor de lótus, na cidade de Nova Delhi,
Índia. Esse templo simboliza a unidade de
Deus e da humanidade. A arquitetura em
forma de flor de lótus simboliza também a
sabedoria e a elevação espiritual que todo
ser humano deve buscar atingir em sua
vida.
O significado da arquitetura sagrada
A arquitetura religiosa é uma das expressões do sagrado presente em diversas
culturas. Nas tradições religiosas a arquitetura possui significados religiosos e
místicos. Esses significados se vinculam às suas concepções de mundo, de
transcendente ou imanente, conforme os ensinamentos de cada tradição.
Basicamente o templo, a sinagoga, a catedral, a igreja, o santuário, a mesquita, a casa
de adoração, a casa de reza, o terreiro, o cenáculo, o salão do reino, entre outros, é o
território do sagrado, o espaço destinado às práticas ritualísticas ou devocionais.
As diferentes tradições privilegiam uma forma ou outra na construção de seus
espaços sagrados.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

7 ano atividades complementares 4 semana
7 ano atividades complementares 4 semana7 ano atividades complementares 4 semana
7 ano atividades complementares 4 semanaWashington Rocha
 
Apostila Para as 40 aulas de Educação Religiosa
Apostila Para as 40 aulas de Educação ReligiosaApostila Para as 40 aulas de Educação Religiosa
Apostila Para as 40 aulas de Educação Religiosaelias pereira
 
Festas religiosas no Brasil
Festas religiosas no BrasilFestas religiosas no Brasil
Festas religiosas no BrasilLeonaldo Brandao
 
Apostila do 1° ano 5° ano 2011
Apostila do 1° ano 5° ano 2011Apostila do 1° ano 5° ano 2011
Apostila do 1° ano 5° ano 2011Adriana Mello
 
Avaliação de Ciências Escola Edite Porto 2013
Avaliação de Ciências Escola Edite Porto 2013Avaliação de Ciências Escola Edite Porto 2013
Avaliação de Ciências Escola Edite Porto 2013Angela Maria
 
III Atividade Avaliativa de História 4º e 5º ano pdf
III Atividade Avaliativa de História 4º e 5º ano pdfIII Atividade Avaliativa de História 4º e 5º ano pdf
III Atividade Avaliativa de História 4º e 5º ano pdfAndré Moraes
 
Avaliação de Português 5º Ano 2º bimestre
Avaliação de Português 5º Ano 2º bimestreAvaliação de Português 5º Ano 2º bimestre
Avaliação de Português 5º Ano 2º bimestreKelry Carvalho
 
I atividade de geografia 5º ano andré
I atividade de geografia 5º ano   andréI atividade de geografia 5º ano   andré
I atividade de geografia 5º ano andréAndré Moraes
 
Atividade de-matematica-composicao-e-decomposicao-numerica-3ºou-4º-ano
Atividade de-matematica-composicao-e-decomposicao-numerica-3ºou-4º-anoAtividade de-matematica-composicao-e-decomposicao-numerica-3ºou-4º-ano
Atividade de-matematica-composicao-e-decomposicao-numerica-3ºou-4º-anoDOLORES I. COMCEIÇÃO CHIROSA RICCI
 
Brincadeiras e brinquedos do folclore brasileiro.
Brincadeiras e brinquedos do folclore brasileiro.Brincadeiras e brinquedos do folclore brasileiro.
Brincadeiras e brinquedos do folclore brasileiro.Mary Alvarenga
 
Slides 6 ano ensino religioso.pptx
Slides 6 ano ensino religioso.pptxSlides 6 ano ensino religioso.pptx
Slides 6 ano ensino religioso.pptxViviSimoni
 
Apostila de ensino religioso 3º ao 5ºano pdf
Apostila de ensino religioso 3º ao 5ºano pdfApostila de ensino religioso 3º ao 5ºano pdf
Apostila de ensino religioso 3º ao 5ºano pdfAndrea Rodrigues
 
Plano de aula diversidade religiosa
Plano de aula diversidade religiosaPlano de aula diversidade religiosa
Plano de aula diversidade religiosaRoseane Ribeiro
 
Atividade avaliativa de ensino religioso 8° ano
Atividade avaliativa de ensino religioso 8° anoAtividade avaliativa de ensino religioso 8° ano
Atividade avaliativa de ensino religioso 8° anoLuciano Mendes
 
Atividades ensino religioso respeito e igualdade racial
Atividades ensino religioso respeito e igualdade racialAtividades ensino religioso respeito e igualdade racial
Atividades ensino religioso respeito e igualdade racialAtividades Diversas Cláudia
 

Mais procurados (20)

7 ano atividades complementares 4 semana
7 ano atividades complementares 4 semana7 ano atividades complementares 4 semana
7 ano atividades complementares 4 semana
 
Apostila Para as 40 aulas de Educação Religiosa
Apostila Para as 40 aulas de Educação ReligiosaApostila Para as 40 aulas de Educação Religiosa
Apostila Para as 40 aulas de Educação Religiosa
 
Festas religiosas no Brasil
Festas religiosas no BrasilFestas religiosas no Brasil
Festas religiosas no Brasil
 
Apostila do 1° ano 5° ano 2011
Apostila do 1° ano 5° ano 2011Apostila do 1° ano 5° ano 2011
Apostila do 1° ano 5° ano 2011
 
Aula de religião 4
Aula de religião 4Aula de religião 4
Aula de religião 4
 
Avaliação de Ciências Escola Edite Porto 2013
Avaliação de Ciências Escola Edite Porto 2013Avaliação de Ciências Escola Edite Porto 2013
Avaliação de Ciências Escola Edite Porto 2013
 
AVALIAÇÃO DE GEOGRAFIA: 4º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 1 - II CICLO - 2º BIMEST...
AVALIAÇÃO DE GEOGRAFIA: 4º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 1 - II CICLO - 2º BIMEST...AVALIAÇÃO DE GEOGRAFIA: 4º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 1 - II CICLO - 2º BIMEST...
AVALIAÇÃO DE GEOGRAFIA: 4º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 1 - II CICLO - 2º BIMEST...
 
Atividade Avaliativa de Ciências
Atividade Avaliativa de CiênciasAtividade Avaliativa de Ciências
Atividade Avaliativa de Ciências
 
III Atividade Avaliativa de História 4º e 5º ano pdf
III Atividade Avaliativa de História 4º e 5º ano pdfIII Atividade Avaliativa de História 4º e 5º ano pdf
III Atividade Avaliativa de História 4º e 5º ano pdf
 
Avaliação de Português 5º Ano 2º bimestre
Avaliação de Português 5º Ano 2º bimestreAvaliação de Português 5º Ano 2º bimestre
Avaliação de Português 5º Ano 2º bimestre
 
I atividade de geografia 5º ano andré
I atividade de geografia 5º ano   andréI atividade de geografia 5º ano   andré
I atividade de geografia 5º ano andré
 
Atividade de-matematica-composicao-e-decomposicao-numerica-3ºou-4º-ano
Atividade de-matematica-composicao-e-decomposicao-numerica-3ºou-4º-anoAtividade de-matematica-composicao-e-decomposicao-numerica-3ºou-4º-ano
Atividade de-matematica-composicao-e-decomposicao-numerica-3ºou-4º-ano
 
Brincadeiras e brinquedos do folclore brasileiro.
Brincadeiras e brinquedos do folclore brasileiro.Brincadeiras e brinquedos do folclore brasileiro.
Brincadeiras e brinquedos do folclore brasileiro.
 
Slides 6 ano ensino religioso.pptx
Slides 6 ano ensino religioso.pptxSlides 6 ano ensino religioso.pptx
Slides 6 ano ensino religioso.pptx
 
Apostila de ensino religioso 3º ao 5ºano pdf
Apostila de ensino religioso 3º ao 5ºano pdfApostila de ensino religioso 3º ao 5ºano pdf
Apostila de ensino religioso 3º ao 5ºano pdf
 
Atividades de ensino religioso responsabilidade
Atividades de ensino religioso responsabilidadeAtividades de ensino religioso responsabilidade
Atividades de ensino religioso responsabilidade
 
Plano de aula diversidade religiosa
Plano de aula diversidade religiosaPlano de aula diversidade religiosa
Plano de aula diversidade religiosa
 
Atividade avaliativa de ensino religioso 8° ano
Atividade avaliativa de ensino religioso 8° anoAtividade avaliativa de ensino religioso 8° ano
Atividade avaliativa de ensino religioso 8° ano
 
Atividades ensino religioso respeito e igualdade racial
Atividades ensino religioso respeito e igualdade racialAtividades ensino religioso respeito e igualdade racial
Atividades ensino religioso respeito e igualdade racial
 
Pena religião 5 ano
Pena religião 5 anoPena religião 5 ano
Pena religião 5 ano
 

Semelhante a Cultura Religiosa - Espaços Sagrados

3ª série 2º bimestre Filosofia e Religião
3ª série 2º bimestre   Filosofia e Religião3ª série 2º bimestre   Filosofia e Religião
3ª série 2º bimestre Filosofia e ReligiãoManoelito Filho Soares
 
A Arte da Invocação
A Arte da InvocaçãoA Arte da Invocação
A Arte da InvocaçãoRODRIGO ORION
 
Trabalho sobre a Diversidade Prof. João Francisco Costa - Oficina Afrocentr...
Trabalho sobre a Diversidade   Prof. João Francisco Costa - Oficina Afrocentr...Trabalho sobre a Diversidade   Prof. João Francisco Costa - Oficina Afrocentr...
Trabalho sobre a Diversidade Prof. João Francisco Costa - Oficina Afrocentr...Alexandre da Rosa
 
LivroLucia_RelOrientais.pdf
LivroLucia_RelOrientais.pdfLivroLucia_RelOrientais.pdf
LivroLucia_RelOrientais.pdfHarryNeto1
 
Símbolos religiosos diversos.ppt
Símbolos religiosos diversos.pptSímbolos religiosos diversos.ppt
Símbolos religiosos diversos.pptGIEZEKARNOSKI1
 
Asa de anjo, corpo de homen e rosto de criança yossef akiva
Asa de anjo, corpo de homen e rosto de criança   yossef akivaAsa de anjo, corpo de homen e rosto de criança   yossef akiva
Asa de anjo, corpo de homen e rosto de criança yossef akivaIgrejacrista
 
Mitologia celta e a psicologia
Mitologia celta e a psicologiaMitologia celta e a psicologia
Mitologia celta e a psicologiaDiego Nascimento
 
Sacralidade dos textos
Sacralidade dos textosSacralidade dos textos
Sacralidade dos textosAna Campana
 
Cartilha de Festas Religiosas
Cartilha de Festas ReligiosasCartilha de Festas Religiosas
Cartilha de Festas Religiosasfortimmjguedes
 
7ºano religiões introdução
7ºano religiões introdução7ºano religiões introdução
7ºano religiões introduçãoCarla Ribeiro
 
Lugares sagrados - caderno pedagógico de ensino religioso Estado do Paraná.pdf
Lugares sagrados - caderno pedagógico de ensino religioso Estado do Paraná.pdfLugares sagrados - caderno pedagógico de ensino religioso Estado do Paraná.pdf
Lugares sagrados - caderno pedagógico de ensino religioso Estado do Paraná.pdfmagborga
 
Chico xavier a luz da oração - diversos
Chico xavier   a luz da oração - diversosChico xavier   a luz da oração - diversos
Chico xavier a luz da oração - diversosSerginho Lopes Ator
 
A religiao.pptx
A religiao.pptxA religiao.pptx
A religiao.pptxBillyRibas
 
O Arquétipo da Criança Sagrada
O Arquétipo da Criança SagradaO Arquétipo da Criança Sagrada
O Arquétipo da Criança SagradaProjeto Crisálida
 
Boletim informativo dez2013
Boletim informativo   dez2013Boletim informativo   dez2013
Boletim informativo dez2013fespiritacrista
 

Semelhante a Cultura Religiosa - Espaços Sagrados (20)

3ª série 2º bimestre Filosofia e Religião
3ª série 2º bimestre   Filosofia e Religião3ª série 2º bimestre   Filosofia e Religião
3ª série 2º bimestre Filosofia e Religião
 
A Arte da Invocação
A Arte da InvocaçãoA Arte da Invocação
A Arte da Invocação
 
A árvore como símbolo e a dimensão vertical da existência
A árvore como símbolo e a dimensão vertical da existênciaA árvore como símbolo e a dimensão vertical da existência
A árvore como símbolo e a dimensão vertical da existência
 
Trabalho sobre a Diversidade Prof. João Francisco Costa - Oficina Afrocentr...
Trabalho sobre a Diversidade   Prof. João Francisco Costa - Oficina Afrocentr...Trabalho sobre a Diversidade   Prof. João Francisco Costa - Oficina Afrocentr...
Trabalho sobre a Diversidade Prof. João Francisco Costa - Oficina Afrocentr...
 
LivroLucia_RelOrientais.pdf
LivroLucia_RelOrientais.pdfLivroLucia_RelOrientais.pdf
LivroLucia_RelOrientais.pdf
 
Projeto 2º bimestre
Projeto 2º bimestreProjeto 2º bimestre
Projeto 2º bimestre
 
Símbolos religiosos diversos.ppt
Símbolos religiosos diversos.pptSímbolos religiosos diversos.ppt
Símbolos religiosos diversos.ppt
 
Pentagrama 5
Pentagrama 5Pentagrama 5
Pentagrama 5
 
Asa de anjo, corpo de homen e rosto de criança yossef akiva
Asa de anjo, corpo de homen e rosto de criança   yossef akivaAsa de anjo, corpo de homen e rosto de criança   yossef akiva
Asa de anjo, corpo de homen e rosto de criança yossef akiva
 
Mitologia celta e a psicologia
Mitologia celta e a psicologiaMitologia celta e a psicologia
Mitologia celta e a psicologia
 
Sacralidade dos textos
Sacralidade dos textosSacralidade dos textos
Sacralidade dos textos
 
Cartilha de Festas Religiosas
Cartilha de Festas ReligiosasCartilha de Festas Religiosas
Cartilha de Festas Religiosas
 
7ºano religiões introdução
7ºano religiões introdução7ºano religiões introdução
7ºano religiões introdução
 
Mitologia celta
Mitologia celtaMitologia celta
Mitologia celta
 
Judaísmo
JudaísmoJudaísmo
Judaísmo
 
Lugares sagrados - caderno pedagógico de ensino religioso Estado do Paraná.pdf
Lugares sagrados - caderno pedagógico de ensino religioso Estado do Paraná.pdfLugares sagrados - caderno pedagógico de ensino religioso Estado do Paraná.pdf
Lugares sagrados - caderno pedagógico de ensino religioso Estado do Paraná.pdf
 
Chico xavier a luz da oração - diversos
Chico xavier   a luz da oração - diversosChico xavier   a luz da oração - diversos
Chico xavier a luz da oração - diversos
 
A religiao.pptx
A religiao.pptxA religiao.pptx
A religiao.pptx
 
O Arquétipo da Criança Sagrada
O Arquétipo da Criança SagradaO Arquétipo da Criança Sagrada
O Arquétipo da Criança Sagrada
 
Boletim informativo dez2013
Boletim informativo   dez2013Boletim informativo   dez2013
Boletim informativo dez2013
 

Mais de Fábio Faturi

Turma 61 e 62 - Revisão de Egito
Turma 61 e 62 - Revisão de EgitoTurma 61 e 62 - Revisão de Egito
Turma 61 e 62 - Revisão de EgitoFábio Faturi
 
Turma 81 - Historia - Independência dos EUA
Turma 81 - Historia - Independência dos EUA Turma 81 - Historia - Independência dos EUA
Turma 81 - Historia - Independência dos EUA Fábio Faturi
 
Turma 81 material para revisão da Prova Trimestral
Turma 81   material para revisão da Prova TrimestralTurma 81   material para revisão da Prova Trimestral
Turma 81 material para revisão da Prova TrimestralFábio Faturi
 
Sociologia – turma 101
Sociologia – turma 101Sociologia – turma 101
Sociologia – turma 101Fábio Faturi
 
T201 Colonização do brasil - Capitanias Hereditárias
T201   Colonização do brasil - Capitanias HereditáriasT201   Colonização do brasil - Capitanias Hereditárias
T201 Colonização do brasil - Capitanias HereditáriasFábio Faturi
 
Sociologia no ENEM - Escola de Ensino Médio Vinícius de Morais
Sociologia no ENEM - Escola de Ensino Médio Vinícius de MoraisSociologia no ENEM - Escola de Ensino Médio Vinícius de Morais
Sociologia no ENEM - Escola de Ensino Médio Vinícius de MoraisFábio Faturi
 

Mais de Fábio Faturi (7)

Turma 61 e 62 - Revisão de Egito
Turma 61 e 62 - Revisão de EgitoTurma 61 e 62 - Revisão de Egito
Turma 61 e 62 - Revisão de Egito
 
Turma 81 - Historia - Independência dos EUA
Turma 81 - Historia - Independência dos EUA Turma 81 - Historia - Independência dos EUA
Turma 81 - Historia - Independência dos EUA
 
Turma 81 material para revisão da Prova Trimestral
Turma 81   material para revisão da Prova TrimestralTurma 81   material para revisão da Prova Trimestral
Turma 81 material para revisão da Prova Trimestral
 
Sociologia – turma 101
Sociologia – turma 101Sociologia – turma 101
Sociologia – turma 101
 
Feudalismo
FeudalismoFeudalismo
Feudalismo
 
T201 Colonização do brasil - Capitanias Hereditárias
T201   Colonização do brasil - Capitanias HereditáriasT201   Colonização do brasil - Capitanias Hereditárias
T201 Colonização do brasil - Capitanias Hereditárias
 
Sociologia no ENEM - Escola de Ensino Médio Vinícius de Morais
Sociologia no ENEM - Escola de Ensino Médio Vinícius de MoraisSociologia no ENEM - Escola de Ensino Médio Vinícius de Morais
Sociologia no ENEM - Escola de Ensino Médio Vinícius de Morais
 

Último

1) De posse do conhecimento da sequência molde do DNA (gene), necessária para...
1) De posse do conhecimento da sequência molde do DNA (gene), necessária para...1) De posse do conhecimento da sequência molde do DNA (gene), necessária para...
1) De posse do conhecimento da sequência molde do DNA (gene), necessária para...excellenceeducaciona
 
Lição 10 - A Ceia do Senhor - A Segunda Ordenança da Igreja(COM ANIMAÇÃO).pptx
Lição 10 - A Ceia do Senhor  - A Segunda Ordenança da Igreja(COM ANIMAÇÃO).pptxLição 10 - A Ceia do Senhor  - A Segunda Ordenança da Igreja(COM ANIMAÇÃO).pptx
Lição 10 - A Ceia do Senhor - A Segunda Ordenança da Igreja(COM ANIMAÇÃO).pptxTiagoCarpesDoNascime
 
Farmacologia: interação fármaco receptor. Conceitos básicos em farmacologia
Farmacologia: interação fármaco receptor. Conceitos básicos em farmacologiaFarmacologia: interação fármaco receptor. Conceitos básicos em farmacologia
Farmacologia: interação fármaco receptor. Conceitos básicos em farmacologiajosemarquesfranco
 
Antologia Literária NATAL em Versos 2023
Antologia Literária NATAL em Versos 2023Antologia Literária NATAL em Versos 2023
Antologia Literária NATAL em Versos 2023Nome Sobrenome
 
Aula 2 - Beauty standards (Part 1) ula de inglês
Aula 2 - Beauty standards (Part 1) ula de inglêsAula 2 - Beauty standards (Part 1) ula de inglês
Aula 2 - Beauty standards (Part 1) ula de inglêsAldoBlfia1
 
4) Por fim, discorra sobre como a inovação pode representar uma estratégia co...
4) Por fim, discorra sobre como a inovação pode representar uma estratégia co...4) Por fim, discorra sobre como a inovação pode representar uma estratégia co...
4) Por fim, discorra sobre como a inovação pode representar uma estratégia co...excellenceeducaciona
 
Introducao-sobre-Libâneo.pptx_20240308_212613_0000.pptx
Introducao-sobre-Libâneo.pptx_20240308_212613_0000.pptxIntroducao-sobre-Libâneo.pptx_20240308_212613_0000.pptx
Introducao-sobre-Libâneo.pptx_20240308_212613_0000.pptxgabrieladesousa54
 
Ensino Religioso Ensino Religioso Ensino Religioso
Ensino Religioso Ensino Religioso Ensino ReligiosoEnsino Religioso Ensino Religioso Ensino Religioso
Ensino Religioso Ensino Religioso Ensino ReligiosoLUZIATRAVASSO1
 
3. Como será feita a apresentação do conteúdo destas abordagens? Serão debate...
3. Como será feita a apresentação do conteúdo destas abordagens? Serão debate...3. Como será feita a apresentação do conteúdo destas abordagens? Serão debate...
3. Como será feita a apresentação do conteúdo destas abordagens? Serão debate...azulassessoriaacadem3
 
Regimento da ADUFC-Seção Sindical do ANDES-SN
Regimento da ADUFC-Seção Sindical do ANDES-SNRegimento da ADUFC-Seção Sindical do ANDES-SN
Regimento da ADUFC-Seção Sindical do ANDES-SNADUFC S.Sind
 
Jean Piaget - Trajetória, teoria e contribuições para educação.
Jean Piaget - Trajetória, teoria e contribuições para educação.Jean Piaget - Trajetória, teoria e contribuições para educação.
Jean Piaget - Trajetória, teoria e contribuições para educação.marianedesouzapadua
 
Trabalho Faculdade AD1 Didática - 2024 P
Trabalho Faculdade AD1 Didática - 2024 PTrabalho Faculdade AD1 Didática - 2024 P
Trabalho Faculdade AD1 Didática - 2024 PWallasTmara
 
Densidade e solubilidade 5 ano, aula 1 - 1° bimestre
Densidade e solubilidade 5 ano, aula 1 - 1° bimestreDensidade e solubilidade 5 ano, aula 1 - 1° bimestre
Densidade e solubilidade 5 ano, aula 1 - 1° bimestreAnaPaulaAmaral44
 
Slides Lição 12, BETEL, O verdadeiro sentido de serem dois em um, 1Tr24.pptx
Slides Lição 12, BETEL, O verdadeiro sentido de serem dois em um, 1Tr24.pptxSlides Lição 12, BETEL, O verdadeiro sentido de serem dois em um, 1Tr24.pptx
Slides Lição 12, BETEL, O verdadeiro sentido de serem dois em um, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
AULA-05---TRANSITIVIDADE-VERBAL-I_bc6ac78f0ec049a9bf66e829ce05ac19.pptx
AULA-05---TRANSITIVIDADE-VERBAL-I_bc6ac78f0ec049a9bf66e829ce05ac19.pptxAULA-05---TRANSITIVIDADE-VERBAL-I_bc6ac78f0ec049a9bf66e829ce05ac19.pptx
AULA-05---TRANSITIVIDADE-VERBAL-I_bc6ac78f0ec049a9bf66e829ce05ac19.pptxJosé Roberto Pinto
 
Explique o modelo de determinação social da saúde proposto por Dahlgren e Whi...
Explique o modelo de determinação social da saúde proposto por Dahlgren e Whi...Explique o modelo de determinação social da saúde proposto por Dahlgren e Whi...
Explique o modelo de determinação social da saúde proposto por Dahlgren e Whi...excellenceeducaciona
 
8_704__8o_ano_aula_N1_2024.pptx para aulas de artes
8_704__8o_ano_aula_N1_2024.pptx para aulas de artes8_704__8o_ano_aula_N1_2024.pptx para aulas de artes
8_704__8o_ano_aula_N1_2024.pptx para aulas de artesdouglasfronja07
 

Último (20)

1) De posse do conhecimento da sequência molde do DNA (gene), necessária para...
1) De posse do conhecimento da sequência molde do DNA (gene), necessária para...1) De posse do conhecimento da sequência molde do DNA (gene), necessária para...
1) De posse do conhecimento da sequência molde do DNA (gene), necessária para...
 
Os textos contemporâneos na construção da opinião.
Os textos contemporâneos na construção  da opinião.Os textos contemporâneos na construção  da opinião.
Os textos contemporâneos na construção da opinião.
 
Lição 10 - A Ceia do Senhor - A Segunda Ordenança da Igreja(COM ANIMAÇÃO).pptx
Lição 10 - A Ceia do Senhor  - A Segunda Ordenança da Igreja(COM ANIMAÇÃO).pptxLição 10 - A Ceia do Senhor  - A Segunda Ordenança da Igreja(COM ANIMAÇÃO).pptx
Lição 10 - A Ceia do Senhor - A Segunda Ordenança da Igreja(COM ANIMAÇÃO).pptx
 
Farmacologia: interação fármaco receptor. Conceitos básicos em farmacologia
Farmacologia: interação fármaco receptor. Conceitos básicos em farmacologiaFarmacologia: interação fármaco receptor. Conceitos básicos em farmacologia
Farmacologia: interação fármaco receptor. Conceitos básicos em farmacologia
 
Antologia Literária NATAL em Versos 2023
Antologia Literária NATAL em Versos 2023Antologia Literária NATAL em Versos 2023
Antologia Literária NATAL em Versos 2023
 
Aula 2 - Beauty standards (Part 1) ula de inglês
Aula 2 - Beauty standards (Part 1) ula de inglêsAula 2 - Beauty standards (Part 1) ula de inglês
Aula 2 - Beauty standards (Part 1) ula de inglês
 
4) Por fim, discorra sobre como a inovação pode representar uma estratégia co...
4) Por fim, discorra sobre como a inovação pode representar uma estratégia co...4) Por fim, discorra sobre como a inovação pode representar uma estratégia co...
4) Por fim, discorra sobre como a inovação pode representar uma estratégia co...
 
Complementação: Aplicando as Normas da ABNT. 1s24.pdf
Complementação: Aplicando as Normas da ABNT. 1s24.pdfComplementação: Aplicando as Normas da ABNT. 1s24.pdf
Complementação: Aplicando as Normas da ABNT. 1s24.pdf
 
Sugestões para a montagem e desenvolvimento de slides.pdf
Sugestões para a montagem e desenvolvimento de slides.pdfSugestões para a montagem e desenvolvimento de slides.pdf
Sugestões para a montagem e desenvolvimento de slides.pdf
 
Introducao-sobre-Libâneo.pptx_20240308_212613_0000.pptx
Introducao-sobre-Libâneo.pptx_20240308_212613_0000.pptxIntroducao-sobre-Libâneo.pptx_20240308_212613_0000.pptx
Introducao-sobre-Libâneo.pptx_20240308_212613_0000.pptx
 
Ensino Religioso Ensino Religioso Ensino Religioso
Ensino Religioso Ensino Religioso Ensino ReligiosoEnsino Religioso Ensino Religioso Ensino Religioso
Ensino Religioso Ensino Religioso Ensino Religioso
 
3. Como será feita a apresentação do conteúdo destas abordagens? Serão debate...
3. Como será feita a apresentação do conteúdo destas abordagens? Serão debate...3. Como será feita a apresentação do conteúdo destas abordagens? Serão debate...
3. Como será feita a apresentação do conteúdo destas abordagens? Serão debate...
 
Regimento da ADUFC-Seção Sindical do ANDES-SN
Regimento da ADUFC-Seção Sindical do ANDES-SNRegimento da ADUFC-Seção Sindical do ANDES-SN
Regimento da ADUFC-Seção Sindical do ANDES-SN
 
Jean Piaget - Trajetória, teoria e contribuições para educação.
Jean Piaget - Trajetória, teoria e contribuições para educação.Jean Piaget - Trajetória, teoria e contribuições para educação.
Jean Piaget - Trajetória, teoria e contribuições para educação.
 
Trabalho Faculdade AD1 Didática - 2024 P
Trabalho Faculdade AD1 Didática - 2024 PTrabalho Faculdade AD1 Didática - 2024 P
Trabalho Faculdade AD1 Didática - 2024 P
 
Densidade e solubilidade 5 ano, aula 1 - 1° bimestre
Densidade e solubilidade 5 ano, aula 1 - 1° bimestreDensidade e solubilidade 5 ano, aula 1 - 1° bimestre
Densidade e solubilidade 5 ano, aula 1 - 1° bimestre
 
Slides Lição 12, BETEL, O verdadeiro sentido de serem dois em um, 1Tr24.pptx
Slides Lição 12, BETEL, O verdadeiro sentido de serem dois em um, 1Tr24.pptxSlides Lição 12, BETEL, O verdadeiro sentido de serem dois em um, 1Tr24.pptx
Slides Lição 12, BETEL, O verdadeiro sentido de serem dois em um, 1Tr24.pptx
 
AULA-05---TRANSITIVIDADE-VERBAL-I_bc6ac78f0ec049a9bf66e829ce05ac19.pptx
AULA-05---TRANSITIVIDADE-VERBAL-I_bc6ac78f0ec049a9bf66e829ce05ac19.pptxAULA-05---TRANSITIVIDADE-VERBAL-I_bc6ac78f0ec049a9bf66e829ce05ac19.pptx
AULA-05---TRANSITIVIDADE-VERBAL-I_bc6ac78f0ec049a9bf66e829ce05ac19.pptx
 
Explique o modelo de determinação social da saúde proposto por Dahlgren e Whi...
Explique o modelo de determinação social da saúde proposto por Dahlgren e Whi...Explique o modelo de determinação social da saúde proposto por Dahlgren e Whi...
Explique o modelo de determinação social da saúde proposto por Dahlgren e Whi...
 
8_704__8o_ano_aula_N1_2024.pptx para aulas de artes
8_704__8o_ano_aula_N1_2024.pptx para aulas de artes8_704__8o_ano_aula_N1_2024.pptx para aulas de artes
8_704__8o_ano_aula_N1_2024.pptx para aulas de artes
 

Cultura Religiosa - Espaços Sagrados

  • 1. Cultura Religiosa: Os lugares sagrados Professor Fábio Faturi Escola de Ensino Médio Vinícius de Morais
  • 2. O lugar é sagrado? Lugar pode ser um espaço que se torna familiar para o sujeito, é o local onde ocorrem as relações do dia a dia. Construímos nosso entendimento de lugar na relação de afetividade, identidade, onde o particular e histórico acontece. Por outro lado, espaço pode ser qualquer local, independente de identificação ou familiaridade, é qualquer porção da superfície terrestre. No espaço estamos vulneráveis, no lugar no sentimos acolhidos e sentimos que podemos fazer parte.
  • 3. O que torna um lugar sagrado? O que torna um lugar sagrado é a identificação e o valor atribuído a ele. Muitas vezes é entendido como sagrado o local em que nasceu ou morreu um determinado líder religioso, onde foram construídos templos de adoração, igrejas, cemitérios, catacumbas, criptas ou mausoléus, ou seja, o espaço no qual enterramos os mortos, onde se fazem os cultos e rituais em reverência ao divino.
  • 4. Cidades Sagradas (Hieropólis) As cidades sagradas têm, por alguma razão, em sua vida cotidiana, uma forte ligação com o sagrado. Meca Jerusalém
  • 5. Cidades Sagradas (Hieropólis) MECA - ISLAMISMO JERUSALÉM – ISLAMISMO, CRISTIANISMO E JUDAÍSMO.
  • 6. Os rios também são lugares sagrados Em vários períodos da História, as fontes de água, assim como os rios, foram considerados sagrados e dignos de reverência e respeito. Na Índia, todo rio é sagrado. Os rios são considerados extensões das divindades. A possibilidade de vida no planeta está ligada às águas, devemos lembrar que dois terços do planeta são formados de água e que o corpo humano é feito de mais ou menos 70% de água.
  • 7. Segundo o hinduísmo, o rio Ganges se origina nos céus. A Kumbh Mela, o grande festival que ocorre ao redor do Ganges, é uma celebração em homenagem à Criação. Segundo uma história, os Deuses e os demônios lutavam pela kumbh (jarra, pote), onde se encontrava o amrit (néctar), criado pelo Sagar Manthan (o escumar dos oceanos). Jayant, filho da Deusa Indra, escapou com a kumbh e por 12 dias consecutivos os demônios lutaram contra os Deuses pela posse da jarra. Finalmente, venceram os Deuses, beberam o Amrit e alcançaram a imortalidade. Durante a batalha pela posse da kumbh, cinco gotas do nectar de Amrit caíram na terra, formando o rio que passa nas cidades onde o festival da Kumbh Mela acontecem. Cerca de 30 milhões de pessoas se reúnem em cidades sagradas as margens do irio, para se banharem no rio Ganges. O hinduísmo e o Rio Ganges
  • 8. Lugar sagrado para os indígenas Guarani Nãndewa Para a nação indígena do povo Guarani Nãndewa, o lugar considerado sagrado é o Tekowa, ou seja, o território onde vive-se a maneira de ser Guarani em plenitude, ou como se diz em Guarani: Ñande reko. O coração do lugar sagrado é a casa de meditação/dança, onde se acende o Petyngua, um tipo de cachimbo ritual. Mas existe também o lugar onde se planta o milho sagrado e as plantas que alimentam e curam. Nestes lugares sagrados os Guarani nativos, ou seja, indígenas nascidos na aldeia, e os não nativos, que escolheram o modo de ser Guarani, entoam (cantam) os cantos sagrados, que são chamados de Mborai, e que recordam o espírito dos ancestrais e o grande espírito que os unem, tornando aquele espaço e tempo sagrados, como podemos perceber na canção a seguir:
  • 9. Lugar sagrado para os indígenas Guarani Nãndewa Xe aendu mborayu Ñamandu mbo’rendy Ñande ñeem porã’ete Xe amombeu ñemi’ guaxu Ha’ewete opa’wa’erã Kowae iporã Ñande Reko. (Xamã Awajupoty - João José Felix) Sinto o espírito que une meu ser à natureza de todos os mundos. Celebro o encontro com a polaridade que propicia surgir a luz da manhã. Canto contemplando o grande mistério: Agradecido pela incompletude que nos impulsiona para buscar o que nos falta, desfrutando esta maravilha que é a vida em movimento (dessa maneira). (Tradução)
  • 10. Espaços construídos para o encontro com o sagrado O que faz com que o lugar se torne sagrado é a hierofania, ou seja, a manifestação do divino naquele lugar. A palavra em sua origem grega pode ser dividida em duas partes: hiero e fania, hiero significa sagrado e fania significa manifestação. Portanto, nos lugres onde o sagrado se manifesta, ali acontece o que chamamos de hierofania. Um lugar profano transforma-se em sagrado quando a presença do divino se torna permanente naquele local e também quando as pessoas declaram que naquele lugar existe uma energia capaz de transformá-los, levando-os a uma comunicação e relação com o sagrado.
  • 11. Construção do espaço sagrado: altar, santuário, templo, mesquita, sinagoga e terreiro Lugar sagrado construído é qualquer estrutura arquitetônica construída pelas pessoas, que se destina a ser visitada com fins devocionais, religiosos, espirituais - por exemplo: uma igreja, um terreiro, uma mesquita, entre outros. Alguns povos antigos dirigiam suas orações aos seus Deuses no alto das montanhas, pois acreditavam que quanto mais alto fosse o lugar, mais facilmente entrariam em contato com seus Deuses. Outros encontravam nas grutas os melhores lugares para realizar o encontro com o mundo espiritual. Você sabia? Que os lugares sagrados podem variar entre naturais e construídos? Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras etc.; e lugares construídos: templo, igrejas, casas de orações, cemitérios, etc.
  • 12. Templos sagrados Os templos são construídos para abrigar e reunir os seguidores da tradição religiosa. Para adentrar ao templo é necessário conhecer certas regras, como as purificações, tirar ou não os sapatos, colocar ou não o véu (mulheres), colocar ou não algo sobre a cabeça (homens), etc.
  • 13. O que torna uma construção arquitetônica sagrada? O conhecimento do significado da arquitetura religiosa das diferentes tradições religiosas, presente nas diferentes culturas, nos permite compreender as manifestações do sagrado por meio desta fascinante arte. Casa de Adoração da Fé Bahá’í, em forma de flor de lótus, na cidade de Nova Delhi, Índia. Esse templo simboliza a unidade de Deus e da humanidade. A arquitetura em forma de flor de lótus simboliza também a sabedoria e a elevação espiritual que todo ser humano deve buscar atingir em sua vida.
  • 14. O significado da arquitetura sagrada A arquitetura religiosa é uma das expressões do sagrado presente em diversas culturas. Nas tradições religiosas a arquitetura possui significados religiosos e místicos. Esses significados se vinculam às suas concepções de mundo, de transcendente ou imanente, conforme os ensinamentos de cada tradição. Basicamente o templo, a sinagoga, a catedral, a igreja, o santuário, a mesquita, a casa de adoração, a casa de reza, o terreiro, o cenáculo, o salão do reino, entre outros, é o território do sagrado, o espaço destinado às práticas ritualísticas ou devocionais. As diferentes tradições privilegiam uma forma ou outra na construção de seus espaços sagrados.