O documento resume o sistema nervoso autônomo em três divisões: simpático, parassimpático e entérico. Descreve suas funções de regular atividades viscerais, anatomia com dois neurônios e sinapses ganglionares, e principais neurotransmissores como acetilcolina e norepinefrina. Ainda aborda regulação central, fisiologia, afecções como síndrome de Bernard-Horner e neuropatia autonômica diabética.
2. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
FUNÇÃO DO SNA
Tem por finalidade regular a atividade visceral do
corpo (músculos involuntários e glândulas).
Langley (1903): Podemos considerar “como fibras
autonômicas aquelas que dão origem aos reflexos em
tecidos autonômicos, e que são incapazes de originar
diretamente a sensação”.
3. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO:
ANATOMIA
É composto por três divisões anatômicas:
1- Sistema Nervoso Autônomo SIMPÁTICO;
2- Sistema Nervoso Autônomo PARASSIMPÁTICO;
3- Sistema Nervoso ENTÉRICO.
4. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO:
ANATOMIA
Sistema Nervoso Autônomo SIMPÁTICO
Cadeia simpática paravertebral localizada entre T1 a L2
Vínculo com S.N.C e órgãos periféricos;
Via eferente com dois neurônios;
Sinapses nos gânglios autônomos;
Corpos celulares no corno lateral da medula espinal.
6. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO:
ANATOMIA
Sistema Nervoso Autônomo PARASSIMPÁTICO
Localização no tronco encefálico [emergência dos nervos cranianos
III(oculomotor), VII (facial), IX(Glossofaríngeo) e X (Vago)] e S2 a S4.
Vínculo com S.N.C e órgãos periféricos;
Via eferente com dois neurônios;
Sinapses nos gânglios autônomos;
Corpos celulares no corno lateral da medula espinal.
9. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Sistema Nervoso Autônomo ENTÉRICO
Corpos dos neurônios localizados nos plexos intramurais
da parede do intestino;
Alguns neurônios atuam como quimiorreceptores e
mecanorreceptores;
Os nervos do simpático e parassimpático terminam em
neurônios entéricos.
10. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Princípios da Regulação
Não são somente oponentes fisiológicos;
Em alguns lugares tem produção de efeitos opostos;
Ex: mm. Liso do intestino, bexiga e no coração.
Outros predomina só um sistema;
Ex: vasos sanguíneos, glândulas sudoríparas(simpático)
e músculo ciliar do olho(parassimpático);
No dia a dia agem do modo continuo.
11. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Regulação Central da função visceral
Ocorre em dois pontos: cérebro e tronco cerebral.
As respostas produzidas no hemisfério cerebral
tendem a ser canalizadas pelo hipotálamo.
Diversos grupos neuronais em diferentes níveis
influenciam a atividade autonômica.
12. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Fisiologia do SNA
Controle da musculatura lisa (visceral e vascular);
As secreções exócrinas (e algumas endócrinas);
Frequência e a força de contração cardíaca;
Certos processos metabólicos;
Atividade simpática aumenta em situações de estresse;
A parassimpática predomina durante a saciedade e repouso;
Em normalidade, ambos exercem o controle fisiológico continuo
sobre órgãos específicos.
13. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Transmissores no Sistema Nervoso Autônomo
Os principais neurotransmissores do SNA são:
1 – Acetilcolina.
- Age nos receptores nicotínicos e muscarínicos.
2 – Norepinefrina.
- Age nos receptores muscarínicos.
16. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Transmissores no Sistema Nervoso Autônomo
Os neurônios pré-ganglionares são colinérgicos, e a
transmissão ocorre através de receptores nicotínicos de
Ach.
Todas as fibras simpáticas pós-ganglionares (menos da
glândula sudorípara - muscarínicos) liberam noradrenalina
que pode agir em receptores α e β.
Fibras do parassimpático pós-sináptico são colinergicos,
atuando em receptores muscarínicos de órgãos-alvo.
17. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Principios Gerais da Transmissão Química
PRINCÍPIO DE DALE
“Um neurônio maduro libera o mesmo transmissor
(ou transmissores) em todas as suas sinapses.”
M.M. DALE
PROFESSOR SENIOR DO DEPARTAMENTO DE FARMACOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE OXFORD, OXFORD, REINO
UNIDO
18. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Principios Gerais da Transmissão Química
SUPERSENSIBILIDADE POR DESNERVAÇÃO
Nervo seccionado torna-se supersensível.
Mecanismos responsáveis pela supersensibilização:
1 – Proliferação de receptores;
2 – Perda de mecanismos de remoção de transmissor;
- Perda parcial da colinesterase.
3 – Aumento da responsividade juncional.
- células da musculatura lisa parcialmente despolarizada e
hiperexcitaveis.
19. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Principios Gerais da Transmissão Química
SUPERSENSIBILIDADE POR DESNERVAÇÃO
A supersensibilidade pode ocorrer de modo menos
acentuado mesmo sem secção do nervo, em casos de
bloqueio farmacológico.
Cuidados com os efeitos rebotes.
20. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Principios Gerais da Transmissão Química
MODULAÇÃO PRÉ-SINAPTICA
Interações heterotrópicas.
- Um neurotransmissor afeta a liberação do outro.
Interações homotrópicas.
- Retroalimentação (feedback) autoinibitória.
Inibição dos canais de cálcio e abertura dos canais de
potássio.
21. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Principios Gerais da Transmissão Química
MODULAÇÃO PÓS-SINAPTICA
Mediadores químicos que agem aumentando ou
inibindo alguns canais iônicos ou receptores específicos
nos neurônios pós sinápticos.
Ex: substância p, opióides, benzodiazepínicos.
22. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Principios Gerais da Transmissão Química
COTRANSMISSÃO
Mais de um neurotransmissor é liberado do neurônio.
Autorregulação.
Mais de um alvo.
Essa liberação tem como vantagem a permanência
mais prolongada de transmissão sináptica.
23. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Principios Gerais da Transmissão Química
TÉRMINO DA AÇÃO DOS TRANSMISSORES
Mecanismo para o rápido processamento do
neurotransmissor.(ex: enzima acetilcolinesterase)
Captura ativa do neurotransmissor por proteínas
transportadoras. (ex: NET, SERT, DAT)
Esse transportadores são importantes alvos para fármacos
psicoativos. (antidepressivos, ansiolíticos e estimulantes)
26. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Afecções do SNA
Incontinência urinária por Destruição do cone medular
Caracteriza-se por paralisia da atividade reflexa e
voluntária.
Não há consciência sobre a repleção da bexiga.
Iniciação da micção é impossível
Tônus do detrusor abolido: incontinência por
transbordamento
Anestesia em sela.
28. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Afecções do SNA
Síndrome de Bernard-Horner
Enoftalmia unilateral
Miose
Ptose palpebral
Anidrose
Causas:
Lesão do gânglio cervical estrelado;
Interrupção das fibras pré-ganglionares na coluna
intermediolateral
Trauma cervical
30. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Afecções do SNA
Pupila de Adie
Degeneração do gânglio ciliar e fibras
parassimpáticas.
Pupila afetada é discretamente dilatada em ambiente
luminoso.
Pouca reação a luz.
Reação à proximidade preservada.
Pupila de Adil + anidrose segmentar síndrome de
Ross
32. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Afecções do SNA
Paralisia autonômica aguda
Acometimento do parassimpático e simpático
Anidrose, hipotensão ortostática, paralisia dos
reflexos pupilares, perda do lacrimejamento e da
salivação, impotência, disfunção vesical e intestinal e
perda da resposta pilomotora e vasomotora.
Fadiga, aumento de proteínas do líquor.
Idiopático, pós-infecciosa ou paraneoplásica (raro).
33. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Afecções do SNA
Neuropatia Sensorial e Autônoma Hereditária Tipo III ou
Síndrome de Riley-Day
Mutação em proteína relacionada a IkappaB
Condição congênita com falência da formação de
neurônios simpáticos de primeira e segunda ordem.
Preservação do parassimpático, com exceção do gânglio
esfenopalatino.
* Hipotensão; Labilidade da pressão arterial; Distúrbio de
regulação da temperatura; vômitos cíclicos; desnervação
pupilar, ausência de lacrimação.
* Hipoacusia; labilidade emocional; insensibilidade a dor;
ausência de papilas fungiformes na língua
35. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Afecções do SNA
Neuropatia autonômica diabética
Afeta indivíduos com Diabetes tipos 1 e 2 de longa
evolução.
Manifestações em todos os sistemas com inervação
autonômica.
Reduz a percepção da hipoglicemia