SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 15
Sistema Nervoso
autônomo
Atrofia de múltiplos sistemas
Sistema nervoso autônomo
 Regula os processos fisiológicos. Essa regulação ocorre sem controle consciente,
e, autonomamente. Ele é dividido em :
• Sistema simpático
• Sistema parassimpático
 Os distúrbios do sistema nervoso autônomo podem causar insuficiência
autonômica e podem afetar qualquer sistema do corpo.
 O sistema nervoso autônomo recebe informações de partes do sistema nervoso
central, o qual processa e integra estímulos do corpo e do ambiente externo.
Essas partes incluem o hipotálamo, núcleos do trato solitário, formação reticular,
tonsilas, hipocampo e córtex olfatório.
 Os sistemas simpático e parassimpático consistem, cada um, em 2 conjuntos de
corpos neuronais:
• Pré-ganglionar: esse conjunto está situado no sistema nervoso central e tem
conexões com o outro conjunto situado nos gânglios fora do sistema nervoso
central.
• Pós-ganglionar: esse conjunto tem fibras eferentes que vão dos gânglios aos
órgãos efetores .
Simpático
Os corpos celulares pré-ganglionares do sistema simpático estão localizados no
corno lateral da medula espinal entre T1 e L2 ou L3.
Os gânglios simpáticos são adjacentes à medula espinal e compreendem gânglios
vertebrais (tronco simpático) e pré-vertebrais, que incluem os gânglios cervical
superior, celíacos, mesentérico superior e aorticorrenais.
Inervação simpática
Fibras longas vão desses gânglios aos órgãos efetores, como:
•Músculo liso dos vasos sanguíneos, vísceras, pulmões, couro cabeludo (músculos
piloeretores) e pupilas
•Coração
•Glândulas (sudoríparas, salivares e digestivas)
Parassimpático
Os corpos celulares pré-ganglionares do sistema parassimpático estão localizados no
tronco encefálico e na parte sacral da medula espinal. Fibras pré-ganglionares emergem
do tronco encefálico com o III, VII, IX e X pares cranianos (vago) e emergem da medula
espinal em S2 e S3; o nervo vago (X) contém aproximadamente 75% de todas as fibras
parassimpáticas.
Inervação parassimpática
Os gânglios parassimpáticos (p. ex., ciliares, esplenopalatinos, ópticos, pélvicos e vagais)
estão localizados no interior dos órgãos efetores e as fibras pós-ganglionares possuem
somente 1 a 2 mm de comprimento. Assim, o sistema parassimpático pode produzir
respostas específicas e localizadas nos órgãos efectores, como a seguir:
•Os vasos sanguíneos da cabeça, pescoço e vísceras toracoabdominais
•Glândulas lacrimais e salivares
•O músculo liso das glândulas e vísceras (p. ex., fígado, baço, cólon, rins, bexiga, órgãos
genitais)
•Músculos da pupila
Fisiologia do SNA
O sistema nervoso autônomo controla pressão arterial, frequência
cardíaca, temperatura corporal, peso, digestão, metabolismo,
equilíbrio hidroeletrolítico, sudorese, micção, evacuação, resposta
sexual e outros processos. Muitos órgãos são controlados
basicamente pelo sistema simpático ou pelo parassimpático,
embora possam receber aferências de ambos; às vezes, as
funções são antagônicas (p. ex., as aferências simpáticas
aumentam a frequência cardíaca e as parassimpáticas a
diminuem).
O sistema nervoso simpático é catabólico e ativa as respostas de
luta ou fuga.
O sistema nervoso parassimpático é anabólico; ele conserva e
restaura.
Os dois principais neurotransmissores do sistema nervoso autônomo são:
•Acetilcolina: as fibras que secretam acetilcolina (fibras colinérgicas)
incluem todas as fibras pré-ganglionares e todas as fibras parassimpáticas
pós-ganglionares e algumas fibras simpáticas pós-ganglionares (as que
inervam os músculos pilo eretores, glândulas sudoríparas e vasos
sanguíneos).
•Norepinefrina: as fibras que secretam norepinefrina (fibras adrenérgicas)
incluem a maioria das fibras pós-ganglionares simpáticas. As glândulas
sudoríparas das palmas e plantas também respondem em algum grau a
estímulo adrenérgico.
Etiologia da insuficiência autonômica
As doenças que causam insuficiência autonômica podem se originar no
sistema nervoso periférico ou sistema nervoso central e podem ser primárias
ou secundárias a outras doenças.
As causas mais comuns de insuficiência autonômica são :
•Diabetes (mais comum)
•Neuropatias periféricas
•Envelhecimento
•Doença de Parkinson
Caso Clínico
 Paciente 53 anos, previamente hígido não usava medicações.
 HDA: Paciente iniciou quadro de tontura a 30 dias, e relatava que apresentava
visão escurecida ao levantar-se da cama mesmo com dificuldades relatou há um
ano tremor da mão direita e o lado esquerdo ficou mais lento. Apresentava
noctúria, ia ao banheiro 4x a noite, sem incontinência e frequência miccional .
Apresentava hipersalivação, apresentava a um ano um ritmo intestinal constipado,
fezes endurecidas e frequência de 1x por semana.
 Ao exame físico apresentava consciência de tempo e espaço. PA deitado: 16x11,
PA em pé 14x9.Apresentava rigidez parkinsoniana com bradicinesia.
Sinais x sintomas
 Bradicinesia (lentidão anormal de movimento voluntário)
 Tontura
 Noctúria – estimulado pelo SNA parassimpático
 Tremor
 Lentidão
 Hipersalivação – pela estimulação do sistema parassimpático.
 Constipação – pela inibição da digestão pelo sistema simpático.
Como fazer diagnóstico ?
 Quando os pacientes apresentam sinais e sintomas sugerindo disfunção autonômica, geralmente são
realizados testes sudomotor, cardiovagal e adrenérgico para ajudar a determinar a gravidade e a
distribuição da insuficiência.
 O teste sudomotor é feito da seguinte forma:
• Teste de reflexo do axônio sudomotor quantitativo: esse teste avalia a integridade das fibras pós-
ganglionares. As fibras são ativadas por iontoforese utilizando acetilcolina. São testados os locais
padrão no membro inferior e no punho, e o volume de suor é então medido. O teste pode detectar
diminuição ou ausência da produção de suor.
• O teste do suor termorregulador avalia as vias pré e pós-ganglionares. Após a aplicação de uma tinta
sobre a pele, o paciente entra em um compartimento fechado que é aquecido para provocar máxima
transpiração. A sudorese promove alteração de cor da tinta, de forma que as áreas de anidrose e
hipoidrose tornam-se evidentes e podem ser calculadas como porcentagem da superfície corporal.
 O teste cardiovagal avalia a resposta da frequência cardíaca (em uma fita de ritmo de
eletrocardiograma) à respiração profunda e à manobra de Valsalva. Se o sistema nervoso autônomo
está íntegro, a frequência cardíaca varia com essas manobras; as respostas normais à respiração
profunda e a relação de Valsalva variam com a idade.
 O teste adrenérgico avalia a resposta da pressão arterial batimento a batimento ao seguinte:
• Teste de inclinação da cabeça: o sangue é deslocado para partes dependentes, causando
respostas reflexas na PA e frequência cardíaca. Este teste ajuda a diferenciar as neuropatias
autonômicas de síndrome de taquicardia ortostática postural.
• Manobra de Valsalva: essa manobra aumenta a pressão intratorácica e reduz o retorno
venoso, causando alteração da pressão arterial e frequência cardíaca que refletem a função
barorreflexa vagal e adrenérgica.
 Em ambos os testes, o padrão de respostas é um indicador de função adrenérgica.
 As concentrações de noradrenalina plasmática podem ser medidas com pacientes em
supinação e depois após eles ficarem em pé por > 5 minutos. Normalmente, as concentrações
aumentam após ficar em pé. Se o paciente apresentar insuficiência autonômica, as
concentrações podem não se elevar ao ficar em pé e podem ser baixas na posição supina,
particularmente nas doenças pós-ganglionares (p. ex., neuropatia autonômica, insuficiência
autonômica pura).
Atrofia de múltiplos sistemas (AMS)
 O que é ?
A Atrofia de Múltiplos Sistemas é uma doença neurológica, degenerativa e
progressiva. Pode se apresentar sobre a forma de rigidez semelhante ao Parkinson
ou como quadro de desequilíbrio denominado ataxia.
Questão : SNA
 Associe a ação de acordo com o sistema nervoso autônomo correspondente (1)
Simpático, (2) Parassimpático :
( )Inibe a salivação
( )Estimula a produção lacrimal e salivação
( ) Estimula a micção
( ) Acelera frequência cardíaca
( )Contrai vasos sanguíneos
( )Inibe a digestão
Questão : SNA
 Associe a ação de acordo com o sistema nervoso autônomo correspondente (1)
Simpático, (2) Parassimpático :
( 1 )Inibe a salivação
( 2 )Estimula a produção lacrimal e salivação
( 2 ) Estimula a micção
( 1 ) Acelera frequência cardíaca
( 1 )Contrai vasos sanguíneos
( 1 )Inibe a digestão

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Fisiologia SNA.pptx

Sistema Neuroendócrino e o Estresse
Sistema Neuroendócrino e o EstresseSistema Neuroendócrino e o Estresse
Sistema Neuroendócrino e o EstresseMaíra Cerqueira
 
Sistema nervoso autônomo
Sistema nervoso autônomo Sistema nervoso autônomo
Sistema nervoso autônomo Talina Carla
 
Sistema nervoso autnomo aula
Sistema nervoso autnomo aulaSistema nervoso autnomo aula
Sistema nervoso autnomo aulabymau90
 
Lesão nervosa periferica
Lesão nervosa perifericaLesão nervosa periferica
Lesão nervosa perifericajapaforozero
 
Sistema Neuro-hormonal
Sistema Neuro-hormonalSistema Neuro-hormonal
Sistema Neuro-hormonalCláudia Moura
 
Farmacologia do sistema_nervoso_autonomo_parassimpatico
Farmacologia do sistema_nervoso_autonomo_parassimpaticoFarmacologia do sistema_nervoso_autonomo_parassimpatico
Farmacologia do sistema_nervoso_autonomo_parassimpaticoRhayan Boaventura
 
Farmacologia do sistema nervoso autonomo parassimpatico
Farmacologia do sistema nervoso autonomo parassimpaticoFarmacologia do sistema nervoso autonomo parassimpatico
Farmacologia do sistema nervoso autonomo parassimpaticoalklafke
 
SISTEMA NERVOSO - SEQUÊNCIA 04 (1).ppt
SISTEMA NERVOSO - SEQUÊNCIA 04 (1).pptSISTEMA NERVOSO - SEQUÊNCIA 04 (1).ppt
SISTEMA NERVOSO - SEQUÊNCIA 04 (1).pptGiovannaDaSilvaMende1
 
Sistema nervoso.pdf jiujijijijijijijijii
Sistema nervoso.pdf jiujijijijijijijijiiSistema nervoso.pdf jiujijijijijijijijii
Sistema nervoso.pdf jiujijijijijijijijiissuser385557
 
Aula 06 sistema nervoso - anatomia e fisiologia
Aula 06   sistema nervoso - anatomia e fisiologiaAula 06   sistema nervoso - anatomia e fisiologia
Aula 06 sistema nervoso - anatomia e fisiologiaHamilton Nobrega
 
Aula 20 sistema nervoso
Aula 20   sistema nervosoAula 20   sistema nervoso
Aula 20 sistema nervosoJonatas Carlos
 

Semelhante a Fisiologia SNA.pptx (20)

Sistema Neuroendócrino e o Estresse
Sistema Neuroendócrino e o EstresseSistema Neuroendócrino e o Estresse
Sistema Neuroendócrino e o Estresse
 
Sistema nervoso autônomo
Sistema nervoso autônomo Sistema nervoso autônomo
Sistema nervoso autônomo
 
Sistema nervoso autnomo aula
Sistema nervoso autnomo aulaSistema nervoso autnomo aula
Sistema nervoso autnomo aula
 
Sistemaneurohormonal
SistemaneurohormonalSistemaneurohormonal
Sistemaneurohormonal
 
Sistema Nervoso
Sistema NervosoSistema Nervoso
Sistema Nervoso
 
Lesão nervosa periferica
Lesão nervosa perifericaLesão nervosa periferica
Lesão nervosa periferica
 
Sistema Neuro-hormonal
Sistema Neuro-hormonalSistema Neuro-hormonal
Sistema Neuro-hormonal
 
Sistema neuro hormonal (aulas)
Sistema neuro   hormonal (aulas)Sistema neuro   hormonal (aulas)
Sistema neuro hormonal (aulas)
 
Aula 3 Cf1
Aula 3 Cf1Aula 3 Cf1
Aula 3 Cf1
 
Farmacologia do sistema_nervoso_autonomo_parassimpatico
Farmacologia do sistema_nervoso_autonomo_parassimpaticoFarmacologia do sistema_nervoso_autonomo_parassimpatico
Farmacologia do sistema_nervoso_autonomo_parassimpatico
 
Farmacologia do sistema nervoso autonomo parassimpatico
Farmacologia do sistema nervoso autonomo parassimpaticoFarmacologia do sistema nervoso autonomo parassimpatico
Farmacologia do sistema nervoso autonomo parassimpatico
 
Farmacologia do sistema nervoso autonomo parassimpatico
Farmacologia do sistema nervoso autonomo parassimpaticoFarmacologia do sistema nervoso autonomo parassimpatico
Farmacologia do sistema nervoso autonomo parassimpatico
 
Sistema nervoso visceral
Sistema nervoso visceralSistema nervoso visceral
Sistema nervoso visceral
 
5 sistema neuro-hormonal
5 sistema neuro-hormonal5 sistema neuro-hormonal
5 sistema neuro-hormonal
 
CoordenaçãO Nos Animais
CoordenaçãO Nos AnimaisCoordenaçãO Nos Animais
CoordenaçãO Nos Animais
 
SISTEMA NERVOSO - SEQUÊNCIA 04 (1).ppt
SISTEMA NERVOSO - SEQUÊNCIA 04 (1).pptSISTEMA NERVOSO - SEQUÊNCIA 04 (1).ppt
SISTEMA NERVOSO - SEQUÊNCIA 04 (1).ppt
 
Sistema nervoso.pdf jiujijijijijijijijii
Sistema nervoso.pdf jiujijijijijijijijiiSistema nervoso.pdf jiujijijijijijijijii
Sistema nervoso.pdf jiujijijijijijijijii
 
Aula 06 sistema nervoso - anatomia e fisiologia
Aula 06   sistema nervoso - anatomia e fisiologiaAula 06   sistema nervoso - anatomia e fisiologia
Aula 06 sistema nervoso - anatomia e fisiologia
 
Aula 20 sistema nervoso
Aula 20   sistema nervosoAula 20   sistema nervoso
Aula 20 sistema nervoso
 
Snh
SnhSnh
Snh
 

Último

Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 

Último (6)

Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 

Fisiologia SNA.pptx

  • 2. Sistema nervoso autônomo  Regula os processos fisiológicos. Essa regulação ocorre sem controle consciente, e, autonomamente. Ele é dividido em : • Sistema simpático • Sistema parassimpático  Os distúrbios do sistema nervoso autônomo podem causar insuficiência autonômica e podem afetar qualquer sistema do corpo.
  • 3.  O sistema nervoso autônomo recebe informações de partes do sistema nervoso central, o qual processa e integra estímulos do corpo e do ambiente externo. Essas partes incluem o hipotálamo, núcleos do trato solitário, formação reticular, tonsilas, hipocampo e córtex olfatório.  Os sistemas simpático e parassimpático consistem, cada um, em 2 conjuntos de corpos neuronais: • Pré-ganglionar: esse conjunto está situado no sistema nervoso central e tem conexões com o outro conjunto situado nos gânglios fora do sistema nervoso central. • Pós-ganglionar: esse conjunto tem fibras eferentes que vão dos gânglios aos órgãos efetores .
  • 4. Simpático Os corpos celulares pré-ganglionares do sistema simpático estão localizados no corno lateral da medula espinal entre T1 e L2 ou L3. Os gânglios simpáticos são adjacentes à medula espinal e compreendem gânglios vertebrais (tronco simpático) e pré-vertebrais, que incluem os gânglios cervical superior, celíacos, mesentérico superior e aorticorrenais. Inervação simpática Fibras longas vão desses gânglios aos órgãos efetores, como: •Músculo liso dos vasos sanguíneos, vísceras, pulmões, couro cabeludo (músculos piloeretores) e pupilas •Coração •Glândulas (sudoríparas, salivares e digestivas)
  • 5. Parassimpático Os corpos celulares pré-ganglionares do sistema parassimpático estão localizados no tronco encefálico e na parte sacral da medula espinal. Fibras pré-ganglionares emergem do tronco encefálico com o III, VII, IX e X pares cranianos (vago) e emergem da medula espinal em S2 e S3; o nervo vago (X) contém aproximadamente 75% de todas as fibras parassimpáticas. Inervação parassimpática Os gânglios parassimpáticos (p. ex., ciliares, esplenopalatinos, ópticos, pélvicos e vagais) estão localizados no interior dos órgãos efetores e as fibras pós-ganglionares possuem somente 1 a 2 mm de comprimento. Assim, o sistema parassimpático pode produzir respostas específicas e localizadas nos órgãos efectores, como a seguir: •Os vasos sanguíneos da cabeça, pescoço e vísceras toracoabdominais •Glândulas lacrimais e salivares •O músculo liso das glândulas e vísceras (p. ex., fígado, baço, cólon, rins, bexiga, órgãos genitais) •Músculos da pupila
  • 6.
  • 7. Fisiologia do SNA O sistema nervoso autônomo controla pressão arterial, frequência cardíaca, temperatura corporal, peso, digestão, metabolismo, equilíbrio hidroeletrolítico, sudorese, micção, evacuação, resposta sexual e outros processos. Muitos órgãos são controlados basicamente pelo sistema simpático ou pelo parassimpático, embora possam receber aferências de ambos; às vezes, as funções são antagônicas (p. ex., as aferências simpáticas aumentam a frequência cardíaca e as parassimpáticas a diminuem). O sistema nervoso simpático é catabólico e ativa as respostas de luta ou fuga. O sistema nervoso parassimpático é anabólico; ele conserva e restaura.
  • 8. Os dois principais neurotransmissores do sistema nervoso autônomo são: •Acetilcolina: as fibras que secretam acetilcolina (fibras colinérgicas) incluem todas as fibras pré-ganglionares e todas as fibras parassimpáticas pós-ganglionares e algumas fibras simpáticas pós-ganglionares (as que inervam os músculos pilo eretores, glândulas sudoríparas e vasos sanguíneos). •Norepinefrina: as fibras que secretam norepinefrina (fibras adrenérgicas) incluem a maioria das fibras pós-ganglionares simpáticas. As glândulas sudoríparas das palmas e plantas também respondem em algum grau a estímulo adrenérgico. Etiologia da insuficiência autonômica As doenças que causam insuficiência autonômica podem se originar no sistema nervoso periférico ou sistema nervoso central e podem ser primárias ou secundárias a outras doenças. As causas mais comuns de insuficiência autonômica são : •Diabetes (mais comum) •Neuropatias periféricas •Envelhecimento •Doença de Parkinson
  • 9. Caso Clínico  Paciente 53 anos, previamente hígido não usava medicações.  HDA: Paciente iniciou quadro de tontura a 30 dias, e relatava que apresentava visão escurecida ao levantar-se da cama mesmo com dificuldades relatou há um ano tremor da mão direita e o lado esquerdo ficou mais lento. Apresentava noctúria, ia ao banheiro 4x a noite, sem incontinência e frequência miccional . Apresentava hipersalivação, apresentava a um ano um ritmo intestinal constipado, fezes endurecidas e frequência de 1x por semana.  Ao exame físico apresentava consciência de tempo e espaço. PA deitado: 16x11, PA em pé 14x9.Apresentava rigidez parkinsoniana com bradicinesia.
  • 10. Sinais x sintomas  Bradicinesia (lentidão anormal de movimento voluntário)  Tontura  Noctúria – estimulado pelo SNA parassimpático  Tremor  Lentidão  Hipersalivação – pela estimulação do sistema parassimpático.  Constipação – pela inibição da digestão pelo sistema simpático.
  • 11. Como fazer diagnóstico ?  Quando os pacientes apresentam sinais e sintomas sugerindo disfunção autonômica, geralmente são realizados testes sudomotor, cardiovagal e adrenérgico para ajudar a determinar a gravidade e a distribuição da insuficiência.  O teste sudomotor é feito da seguinte forma: • Teste de reflexo do axônio sudomotor quantitativo: esse teste avalia a integridade das fibras pós- ganglionares. As fibras são ativadas por iontoforese utilizando acetilcolina. São testados os locais padrão no membro inferior e no punho, e o volume de suor é então medido. O teste pode detectar diminuição ou ausência da produção de suor. • O teste do suor termorregulador avalia as vias pré e pós-ganglionares. Após a aplicação de uma tinta sobre a pele, o paciente entra em um compartimento fechado que é aquecido para provocar máxima transpiração. A sudorese promove alteração de cor da tinta, de forma que as áreas de anidrose e hipoidrose tornam-se evidentes e podem ser calculadas como porcentagem da superfície corporal.  O teste cardiovagal avalia a resposta da frequência cardíaca (em uma fita de ritmo de eletrocardiograma) à respiração profunda e à manobra de Valsalva. Se o sistema nervoso autônomo está íntegro, a frequência cardíaca varia com essas manobras; as respostas normais à respiração profunda e a relação de Valsalva variam com a idade.
  • 12.  O teste adrenérgico avalia a resposta da pressão arterial batimento a batimento ao seguinte: • Teste de inclinação da cabeça: o sangue é deslocado para partes dependentes, causando respostas reflexas na PA e frequência cardíaca. Este teste ajuda a diferenciar as neuropatias autonômicas de síndrome de taquicardia ortostática postural. • Manobra de Valsalva: essa manobra aumenta a pressão intratorácica e reduz o retorno venoso, causando alteração da pressão arterial e frequência cardíaca que refletem a função barorreflexa vagal e adrenérgica.  Em ambos os testes, o padrão de respostas é um indicador de função adrenérgica.  As concentrações de noradrenalina plasmática podem ser medidas com pacientes em supinação e depois após eles ficarem em pé por > 5 minutos. Normalmente, as concentrações aumentam após ficar em pé. Se o paciente apresentar insuficiência autonômica, as concentrações podem não se elevar ao ficar em pé e podem ser baixas na posição supina, particularmente nas doenças pós-ganglionares (p. ex., neuropatia autonômica, insuficiência autonômica pura).
  • 13. Atrofia de múltiplos sistemas (AMS)  O que é ? A Atrofia de Múltiplos Sistemas é uma doença neurológica, degenerativa e progressiva. Pode se apresentar sobre a forma de rigidez semelhante ao Parkinson ou como quadro de desequilíbrio denominado ataxia.
  • 14. Questão : SNA  Associe a ação de acordo com o sistema nervoso autônomo correspondente (1) Simpático, (2) Parassimpático : ( )Inibe a salivação ( )Estimula a produção lacrimal e salivação ( ) Estimula a micção ( ) Acelera frequência cardíaca ( )Contrai vasos sanguíneos ( )Inibe a digestão
  • 15. Questão : SNA  Associe a ação de acordo com o sistema nervoso autônomo correspondente (1) Simpático, (2) Parassimpático : ( 1 )Inibe a salivação ( 2 )Estimula a produção lacrimal e salivação ( 2 ) Estimula a micção ( 1 ) Acelera frequência cardíaca ( 1 )Contrai vasos sanguíneos ( 1 )Inibe a digestão