1. Planejamento e Estudo Preliminar
Habitação de interesse social vertical
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE ARQUITETURA URBANISMO E DESIGN - FAUeD
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
ATELIÊ DE PROJETO INTEGRADO V
RITA SARAMAGO E SIMONE VILLA
ELLEN VANESSA SOARES PEREIRA 11411ARQ007
ERIC ÓTAVIO MOREIRA 11411ARQ021
UBERLÂNDIA - MG
ABRIL 2016
2. O terreno localiza-se entre as ruas Natal e Belém, com maior fachada
voltada para a Avenida Cesário Alvim, no bairro Nossa Senhora
Aparecida em Uberlândia, MG.
O bairro é predominante de classe média, e os comércios aglomeram
nas Avenidas Cesário Alvim e Afonso Pena, mas as ruas laterais ao
terreno, são predominantes residenciais, com verticalização moderada.
Urbanisticamente, o terreno é bem localizado, por ser uma área
relativamente central, próximo a avenidas de grande fluxo, bem servida
de comércio , serviços e transporte público.
LOCALIZAÇÃO
45m
80m
área = 3600 m²
CONDICIONANTES FÍSICAS
Uberlândia MG
Número de habitantes: 662.362
Área da cidade: 4.115,206 km²
Densidade demográfica: 146,78 hab/km²
Bairro Nossa Senhora Aparecida
Setor Central
3. SITUAÇÃO
E.E. PROF.
JOSÉ INÁCIO
DE SOUZA
BRETAS
CONDICIONANTES FÍSICAS
PRAÇA
SÉRGIO PACHECO
TERMINAL
CENTRAL
TEATRO
MUNICIPAL
CORPO DE
BOMBEIROS
CAPELA
N. SENHORA
DA PIEDADE
PARQUE
DO SABIÁ
CENTER SHOPPING
CARREFOUR
PREFEITURA
UFU
6. ESTUDOS DO ENTORNO
CONDICIONANTES FÍSICAS
Levantamento Fotográfico
Av. Cesário Alvim em frente ao terreno
Rua Belém, lateral do terreno
Av. Cesário Alvim em frente ao terreno
Av. Cesário Alvim com Rua Belém, esquina do terreno
Av. Cesário Alvim com Rua Natal, esquina do terreno
8. ESTUDOS DO ENTORNO
CONDICIONANTES FÍSICAS
Gabarito
Galpão
Térreo
2 Pavimentos
3 Pavimentos
4 ou mais pavimentos
Através do estudo do
gabarito, nota-se que há
predominância de
edificações de 2
pavimentos.
9. RESTRIÇÕES NORMATIVAS
CONDICIONANTES FÍSICAS
Restrições Municipais
De acordo com a legislação vigente em Uberlândia, a
área de estudo situa-se em uma Zona Mista (ZM),
conforme anexo I da Lei Complementar nº 525 de
2011.
❏ Coeficiente de aproveitamento: 3,0
(equivalente a 10.800 m² de área do terreno)
❏ Taxa de ocupação: 60% até 4 pav. e 40% para
acima de 5. (2.160m² ou 1.440m² de área
total)
❏ Uso pretendido: H3
❏ Especificação do Uso: H2V Multi familiar
vertical
10. RESTRIÇÕES NORMATIVAS
CONDICIONANTES FÍSICAS
❏ Afastamento Frontal: H/10+2,10, para > 2 pav.
❏ Afastamento Lateral e fundos: H/10 + 1,5, para > 2 pav
❏ Afastamentos entre blocos: H/5 + 1,20 (no mínimo 3m)
❏ Área permeável: 20% (720m² considerando a área total do terreno, que é de 3.600m²)
❏ Estacionamentos:
Hv2- 1 por unidade, sendo que no mínimo 10% do nº de vagas deverá ter dimensões de 2,4m x 5,00m = 12,00m² e
demais vagas deverá ter dimensões mínimas de 2,4 x 4,5m= 10,8m².
H3- horizontal e vertical o mínimo será 50% do nº. de unidades autônomas.
Restrições Municipais
11. RESTRIÇÕES NORMATIVAS
CONDICIONANTES FÍSICAS
❏ Áreas mínimas:
. salas: 7,00m²
. dormitórios: 7,00m²
. cozinhas: 5,00m²
. banheiro: 1,80m²
. área de serviço:1,50m²
. recreação infantil: 2m² por unidade
. depósito de material de limpeza e instalação sanitária, acessível, com chuveiro para uso do pessoal de serviço.
. abrigo de lixo: acima de 8 unidades residenciais ou acima de 600 m² de área privativa por pavimento 2 contêineres
de 240 L ou 4 de 120 L. Portão de acesso para via de no mínimo 1,5M.
❏ Pé direito: 2,60 m nos cômodos de permanência prolongada e 2,40 m nos demais
❏ Iluminação mínima:
1/6 da área, se de permanência prolongada;
1/8 da área, se de permanência transitória.
. Ventilação: 50% da área de iluminação exigida
Código de Obras
12. RESTRIÇÕES NORMATIVAS
CONDICIONANTES FÍSICAS
Norma Específica Bombeiros
❏ Objetivos:
I- Proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco, em caso de incêndio;
II- Dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio ambiente e ao patrimônio;
III- Proporcionar meios de controle e extinção do incêndio; e
IV- Dar condições de acesso para as operações do Corpo de Bombeiros
❏ Medidas de seguranças exigidas:
. separação entre edificações
. acesso de viatura na edificação e áreas de risco
. controle de materiais de acabamento
. controle de fumaça
. saídas de emergência
. alarme de incêndio
. iluminação de emergência
. extintores
. sinalização de emergência
. hidrante e mangotilhos
. chuveiros automáticos
. resfriamento
. sistema de proteção contra descargas atmosféricas
13. RESTRIÇÕES NORMATIVAS
CONDICIONANTES FÍSICAS
Normas de Acessibilidade
NBR 9050
❏ É importante que o projeto atenda as NBR's:
NBR 9050 - Adequação das edificações e do
mobiliário
urbano à pessoa deficiente
NBR 9441 - Execução de sistemas de detecção e
alarme de incêndio
NBR 10897 - Proteção contra incêndio por
chuveiro
automático
NBR 10898 - Sistema de iluminação de
emergência
15. RESTRIÇÕES NORMATIVAS
CONDICIONANTES FÍSICAS
Normas de Acessibilidade NBR 9050
❏ Rampas
Deve-se evitar as barreiras arquitetônicas, tais come desníveis,
dimensões de áreas e circulações que impedem a utilização de
pessoas com mobilidade condicionada, seja elas deficientes
físicos, acidentados ou idosos.
18. CONFORTO AMBIENTAL
CONDICIONANTES FÍSICAS
Estudos de Insolação e Ventilação
❏ A fachada noroeste deve ser protegida do sol, pois recebe insolação
durante toda a tarde em todas as épocas do ano, porém isso também pode
ser explorado para aquecer no inverno(em pequenas proporções já que o
clima não é muito frio)
❏ A fachada nordeste é a mais favorável para a entrada de ventos e aberturas
de insolação. É importante uma proteção da insolação que é presente em
toda a manhã e que se estende durante a tarde em algumas épocas do ano.
Mas assim como a fachada nordeste, pode ser explorado para aquecer no
inverno
❏ Na fachada sudoeste será indispensável uma proteção do sol da tarde.
Ela também é boa como fachada negativa de ventilação (de saída, pois
permite circulação cruzada dos ventos que vêm do sentido oposto - NE)
❏ A fachada sudeste é boa para aberturas para iluminação, pois recebe
menos insolação, e a que recebe, é da parte da manhã; porém é importante
alguma proteção solar para a insolação mais próxima ao meio dia
Ventos
predominantes
19. CUSTOS GERAIS ESTIMADOS
CONDICIONANTES ECONÔMICAS E MATERIAIS
Segundo o Sinduscon-MG, os Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²) desonerado de Março de 2016 para Padrão Baixo:
PIS (Projeto de Interesse Social) R$795,55
"Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o
estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e
instalações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e
serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos
arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador."
Os valores referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT) e são correspondentes ao mês de Março/2016. "Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos
memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006".
20. METRAGENS E DENSIDADES APROXIMADAS
CONDICIONANTES ECONÔMICAS E MATERIAIS
❏ Área do terreno 3600m²
❏ Medidas do terreno 80x45 m
❏ 1 Bloco em formato L
5 andares com 14 unidades cada
70 unidades habitacionais - 3950m²
15 de 70m² (apartamentos para até 4 pessoas)
15 de 60m² (apartamentos para até 3 pessoas)
40 de 50m² (apartamentos para 1 a 2 pessoas)
❏ Térreo com:
36 vagas da estacionamento sendo 8 acessíveis;
145 m² de área comercial
1840 m² de área livre que podem ser destinadas à lazer, ciculaçao de pedestres,, paisagismo,
❏ Taxa de ocupação total: 31,6% que equivale a 1140 m²
21. MATERIALIDADE
CONDICIONANTES ECONÔMICAS E MATERIAIS
Estrutura e Vedações
❏ A construção seca é um sistema construtivo que utiliza um conjunto de
estruturas delgadas que podem desempenhar o papel estrutural e de vedação de
uma construção, ou apenas de vedação, quando associado a outros sistemas
estruturais, tais como o de barras de de aço e o de concreto armado.
❏ As estruturas de construção seca recebem esse nome por não utilizar água na
obra, reduzindo a sujeira, além do fato de que se descarta muito menos material
do que em construções convencionais. Têm bom desempenho térmico e acústico,
dá maior flexibilidade à construção, pela facilidade de receber reformas,
acompanhar o processo dinâmico do habitar, instalar tubulação e instalações
elétricas. Além disso, tem-se maior controle de qualidade, por se tratar de
processos mais industrializados. Sua espessura é menor que a de alvenaria
cerâmica e o tempo de execução é também, contrabalanceando o menor gasto
com mão de obra com o custo mais elevado do material.
Steel frame
Estrutura de perfis leves de
aço galvanizado que podem
ser utilizados como
vedações e telhados
Wood frame
Estrutura de peças de
madeira maciça serrada
contraventada com chapas
delgadas
22. MATERIALIDADE
CONDICIONANTES ECONÔMICAS E MATERIAIS
Vedações - fechamento
❏ Para o fechamento dessas estruturas de vedação pode-se utilizar diversos materiais:
placa cimentícia, OSB, placas de gesso acartonado (com variações para suportarem umidade, fogo, impacto, ruído, as flexíveis),
podendo haver uma combinação deles.
Além disso há os materiais como: de isolamento acústico e térmico, colocado entre as estruturas (comumente lã de vidro); a
membrana hidrífuga (barreira de umidade e calor) e o acabamento, podendo ser igual ao de construções convencionais.
CAMADAS PAINÉIS DE PAREDE
1- Composição de materiais
2- Isolamento térmico-acústico
3- OSB
4- Membrana hidrífuga
5- Placa cimentícia
6- Placa de gesso acartonado
7- Acabamento
Gesso acartonado fixados tanto vertical, quanto horizontalmente
23. Piso do espaço externo:
Concreto permeável - permite o nivelamento do concreto para
superfícies planas de caminhos no lote entre os blocos, entrada e os
outros espaços de convivência, entretanto é permeável,
diferentemente do concreto convencional. Assim a água infiltra no
solo e pode ir para lençóis freáticos ao invés de ser todo captado
pelas ruas e pela tubulação pluvial até os rios.
Piso-Grama - é bom para áreas das vagas de estacionamento por
permitir a infiltração da água no solo e também permite o
crescimento de grama nos espaços vazios da estrutura.
Piso interno:
Para o interior dos apartamentos ou outros espaços públicos podem
ser utilizadas cerâmicas, por possuir a possibilidade de baixo custo e
bom desempenho.
MATERIALIDADE
CONDICIONANTES ECONÔMICAS E MATERIAIS
Pisos
24. MATERIALIDADE
CONDICIONANTES ECONÔMICAS E MATERIAIS
Proteção Solar
Para proteção da incidência direta do sol podem ser utilizados brises
de diversas formas. Os fixos têm o valor reduzido tanto por não ter
estruturas para articulação, quanto por não precisar de manutenção
para elas, fator bem importante para uma habitação de interesse social
com custos de condomínio reduzido.
Já os brises móveis têm a vantagem de se adaptar à insolação que
varia de acordo com o dia.
De ambos os tipos podem ser utilizados brises horizontais ou verticais
ou mesmo uma combinação dos dois.
Também podem ser utilizadas marquises e planos, até prolongamentos
de paredes, vigas ou pilares que também sombream aberturas ou áreas
onde seja necessário.
25. MATERIALIDADE
CONDICIONANTES ECONÔMICAS E MATERIAIS
Laje
A laje Steel deck é interessante pois a chapa inferior é soldada e parafusada
nas estruturas metálicas. Ela mesma desempenha o papel de ferragem positiva
da laje, mas junto há a concretagem por cima com uma malha de aço que ajuda
na distribuição de cargas. É fácil de ser executada e os espaços formados pela
curvatura dessa placa de aço galvanizado pode ser usado para colocação de
tubulação hidráulica ou de eletricidade.
Já a laje pré-moldada tem vantagem de menor custo e conseguem lidar bem
com os vãos dentro do apartamento por não serem muito grandes. Uma das
vantagens é que não há necessidade de escoramento e pode ser usado
imediatamente após instalada.
Steel deck
26. MATERIALIDADE
CONDICIONANTES ECONÔMICAS E MATERIAIS
Cobertura
As telhas em placas possuem a vantagem de ter menos problemas de quebra e com manutenção
que as cerâmicas ou cimentícias, além de reduzir o peso, logo com menor gasto para a estrutura
que sustenta a cobertura.
A melhor opção quanto à qualidade e desempenho é a telha termoacústica (telha sanduíche,
composta de duas placas metálicas e um material isolante entre elas. É vantajoso por ser
isolante térmico (ajudando que o último andar do edifício não esquente por conta da insolação
que incide sobre a cobertura, além de amenizar o barulho de chuva sobre o telhado). Entretanto
seu valor é elevado.
Como alternativa à esse elevado existem placas de telha de fibrocimento ou poliméricas, ambas
ainda com a vantagem de menor peso diante de telhas cerâmicas e de cimento. Estas também
podem ser utilizadas considerando seu menor valor, que pode ser compensado pela estrutura
mais reforçada.
Fibrocimento
Polimérica Telha cimentícia Telha cerâmica
Telha sanduíche
27. Fonte: ECKER, Taienne W. P.; MARTINS, Valdemar. Comparativo dos Sistemas Construtivos Steel Frame e
Wood Frame para Habitações de Interesse Social. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em
Engenharia Civil) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco, 2014
MATERIALIDADE
CONDICIONANTES ECONÔMICAS E MATERIAIS
Gráficos comparativos de tipos de construção
28. PÚBLICO ALVO
CONDICIONANTES SOCIOCULTURAIS
Estudo dos Aspectos Socioculturais
❏ O projeto em questão é de habitação social
caracterizada como tipo 2 (até 5 salários mínimos),
subsidiada pelo programa "Minha casa, Minha vida"
do governo federal, destinado à classe média-baixa e
baixa, que não possuem moradia própria ou habitam
em condições precárias e de risco.
❏ O projeto buscará atender não só aos moradores mas
à comunidade em geral, proporcionando espaço
público de qualidade para cultura, lazer e melhor
integração projeto/entorno.
Família Nuclear
Casal + filho(s)
Dink
Casal sem filhos
Pessoa só
Família Monoparental
Pai/Mãe + filho(s)
Casal de idosos
Família Nuclear Expandida
Casal + filho(s) + parente
Família Monoparental Expandida
Pai/Mãe + filho + parente
Coabitação
Moradores sem vínculo familiar entre si
29. PERFIL SOCIOCULTURAL DO ENTORNO DE IMPLANTAÇÃO
CONDICIONANTES SOCIOCULTURAIS
O bairro Nossa Senhora da Aparecida é
bem servido de equipamentos públicos,
se localiza na região central, onde há
estabelecimentos comerciais diversos. É
próximo a 4 escolas no total. São elas:
EMEI Bairro Aparecida, Escola Estadual de
Educação Especial Novo Horizonte, Escola
Estadual Amador Naves e Escola Estadual
Antônio Luís.
Além disso, o bairro é servido de UBS
(Unidade Básica de Saúde) a chamada
UBS Brasil, e fica próximo ao Arquivo
Público de Uberlândia, ao CEDOC (Centro
de Documentação), ao SESC (Serviço
Social do Comércio) que é um centro de
esporte, cultura e lazer e ao Núcleo de
Operações de Tráfico. O bairro carece no
entanto de áreas verdades de qualidade,
possuindo apenas 2 praças na
proximidade.
30. ABRANGÊNCIA DO ESTUDO SOCIOCULTURAL
CONDICIONANTES SOCIOCULTURAIS
Bairro, Município, Região, Estado e Nação
População em núcleos urbanos
População em zona rural
4
0%
900
100
%
Casal sem filhos
Casal com filhos
Mulher sem cônjuge com filhos
325
35,9
%
323
36%
256
29%
Dados da população em Uberândia
❏ Pelos gráficos abaixo, se conclui que a população
uberlandense é predominantemente urbana, e os
tipos familiares são bem distribuídos.
Classe A: Acima de R$9.745,00
Classe B: de R$7.475,00 a R$9.745,00
Classe C: de R$1.734,00 a R$7.475,00
Classe D: de R$1.085,00 a R$1.734,00
Classe E: de R$0,00 a R$1.085,00
Classificação social de Uberlandia-MG
Critério Brasil: 2009 a 2013 (%)
Temos ainda dados sobre a região central de uberlandia, onde
77,76% dos lotes são residenciais, 10,73% são vagos, 7,43% são
comerciais e 4,07% outros tipos.
31. ABRANGÊNCIA DO ESTUDO SOCIOCULTURAL
CONDICIONANTES SOCIOCULTURAIS
Bairro, Município, Região, Estado e Nação
Renda Mensal de Assalariados no Brasil
(Nov-2013)
❏ No Brasil, é comum visitar parentes e
amigos em suas residências, não é atoa que
o povo brasileiro tem fama de ser acolhedor
e possuir laços familiares bem sólidos e
fortalecidos. E por isso, os projetos
residenciais devem levar em consideração e
estarem preparados para essa realidade.
Outro fato marcante no Brasil, é como seus
habitantes tratam a higiene. Os banhos são
diários, por se tratar de um país quente, o
que estimula as glândulas sudoríparas.
❏ Além disso, tem-se o gosto por animais de
estimação, festas aos finais de semana e a
valorização dos esportes.
❏ As classes C e D no Brasil possuem
aproximadamente 53 milhões de pessoas, das
quais 73% são negras e 55% são jovens de 18 a
30 anos.
32. LISTA DE ATIVIDADES
CONDICIONANTES SOCIOCULTURAIS
Programa de Necessidades
RECEBER VISITAS
COMER
ASSISTIR TV
CONVERSAR
COZINHAR
PRATICAR EXERCICÍOSLER
LIMPAR CASA
TRABALHAR
DANÇAR
TOMAR BANHO
ESTUDAR
OUVIR MÚSICA
ORAR
PASSAR ROUPALAVAR ROUPA
PENTEAR CABELO
ESCOVAR DENTES
DORMIR
VESTIR-SE
INTERAGIR
BRINCAR
DIVERTIR-SE
CONVIVER
EXERCITAR
HIGIENIZAR
CHORAR
33. REFERÊNCIAS PROJETUAIS
CONDICIONANTES CONCEITUAIS
Bairro Spangeon, Michael Brinkman, 1921, Roterdã,
Países Baixos
Britz Hufeisensiedlung, Bruno Taut e Matin Wagner, 1927,
Berlim, Alemanha
Edifícios
Highpoint I e
II, Berthold
Lubertkin,
1935,
Londes,
Reino Unido
Edifício Kensal
House,
Atkinson, Fry,
James e
Wornum,1936,
Londres, Reino
Unido
O que chama atenção nesses edifícios é a implantação. A disposição dos
blocos em torno de uma área coletiva central e a valorização dela, favorece
a integração entre os moradores e o sentimento de pertencimento do
local.
Conjunto Residencial Schits 1 + 2, S333 Architecture +
Urbanism, 2002, Groningen, Países Baixos
34. REFERÊNCIAS PROJETUAIS
CONDICIONANTES CONCEITUAIS
Britz
Hufeisensiedlung,
Bruno Taut e
Matin Wagner,
1927, Berlim,
Alemanha.
Edifício de caráter
social, que tem como
solução torres de
ventilação interna
para ventilação dos
banheiros.
Edifícios de Apartamentos na Weissenhofsiedlung, Ludwig Mies
Van der Rohe, 1927, Stuttgart, Alemanha
Edifício com grandes janelas, mas que não dão pistas do que se passa no
interior. O ponto máximo desse projeto é a flexibilidade, exceto pela
cozinha e o banheiro, não há usos designados para os outros ambientes,
assim os usuários podem escolher como ocupar os diferentes cômodos.
Unidade de Habitação,
Le Corbusier, 1952,
Marselha, França
O edifício possui 337
apartamentos de 23 tipos e
reduziu áreas privadas,
oferecendo locais de estar
de uso comum. Além disso,
possui aberturas recuadas
das fachadas, o que
possibilita maior abrigo do
sol.
Santa Madrona, Pich-Aguilera
Architects,2013, Barcelona,
Espanha
Os edifícios foram construídos com
sistemas de construção
industrializados, garantindo qualidade,
prazos e bons preços.As habitações
foram projetadas e construídas com
parâmetros da arquitetura
bioclimáatica, fazendo um primeiro
esforço para reduzir a demanda de
energia, seguido por um estudo preciso
e dimensionado de suas instalações,
introduzindo sistemas de produção de
enrgia renovável.
35. TEXTOS DE REFERÊNCIA
CONDICIONANTES CONCEITUAIS
FRENCH, H.;Conjuntos Habitacionais do Século XX: Plantas, Cortes e Elevações; Tradução Alexandre Salvaterra. - Ed
Bookman. Porto Alegre, 2009.
ABREU, R. e HEITOR, T.Estratégias de flexibilidade na arquitectura doméstica Holandesa. In: blog INFOHABITAR,
2007
VILLA, S. B.; et al. A ineficiência de um modelo de morar mínimo – análise pós-ocupacional em habitação de
interesse social em Uberlândia. OBSERVATORIUM: Revista Eletrônica de Geografia, v.5, n.14, p.121
FONSECA JORGE, Pedro António. A dinâmica do espaço na habitação mínima. Arquitextos, São Paulo, 14.157,
Vitruvius, jun 2013 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/14.157/4804>
BUENO, L. M. M. Reflexões sobre o futuro da sustentabilidade urbana com base em um enfoque socioambiental,
Cadernos Metrópole, n. 19, 2008. p.99-121
SILVA, V. G.; SILVA, M. G.; AGOPYAN, V. Avaliação de edifícios no Brasil: da avaliação ambiental para avaliação de
sustentabilidade. Ambiente Construído, v.3, n.3, p.8-18, 2003.
36. RESULTADOS APO
CONDICIONANTES CONCEITUAIS
Avaliação Pós-Ocupação
❏ Pela Avaliação Pós-Ocupação, que é uma ferramenta pela qual se busca avaliar o ambiente construído após certo
tempo de uso, realizada no conjunto habitacional Palmeira Real, através de questionários aplicados, percepções
sensoriais dos entrevistadores e opiniões dos moradores, nota-se que no geral, os moradores estão satisfeitos com a
aquisição do seu apartamento próprio, mas vários problemas foram detectados, como por exemplo a falta de
arborização e áreas verdes de qualidade. Não há como de abrigar-se do sol fora dos apartamentos e as poucas áreas de
lazer do condomínio não são utilizadas por esse motivo. Falta acessibilidade, e flexibilidade no projeto. A má qualidade
dos materiais de construção e acabamento incomoda os moradores e gera um péssimo desempenho térmico, acústico
e problemas de estanqueidade. A manutenção é precária e os espaços reduzidos, o que propicia problemas de
estocagem, adaptação dos móveis, privacidade , circulação e problemas ao receber visitas. O número de vagas por
apartamento não atende às necessidades dos moradores, pois na maioria dos casos há 2 carros por família, e o
condomínio só fornece 1 vaga.
❏ Com isso, reconhecemos as principais falhas em projetos de habitação e os fatores essenciais para a qualidade de vida
dos usuários e entendemos que esses pontos devem receber maior atenção no projetar, para que futuramente esses
erros não sejam repetidas.
37. PARTIDO A SER ADOTADO
CONDICIONANTES CONCEITUAIS
Síntese do Partido
Flexibilidade
Coletividade
SustentabilidadeLazer
Público/Privado
Eficiência energética
Possibilidade de Expansão
Comunidade
Pertencimento
Convivência
Habitar
Qualificar
Integração Qualidade visual
Apropriação do espaço
Acessibilidade
Privacidade
Diversidade tipológica
Racionalidade
Qualidade construtivaDiversidade tipológica
❏ O projeto oferecerá habitação de qualidade, e áreas públicas de lazer para toda a comunidade. Para isso, a harmonia e integração do entorno é
fundamental. A diversidade tipológica e a flexibilidade também estarão presentes, afinal, cada família possui uma necessidade diferente. A
possibilidade de expansão dará mais tranquilidade aos moradores e pela disposição dos blocos de habitação entorno de uma área central, o sentimento
de pertencimento e vizinhança serão fortalecidos. O que prolonga a vida funcional de um edifício e permite o desempenho de estratégias de
flexibilidade para Brand (1994) é a autonomia construtiva entre as várias camadas da habitação e por isso todas elas devem receber os devidos
cuidados. E dentre as estratégias auxiliares de flexibilidade a serem utilizadas, estão o agrupamento dos serviços em blocos ou bandas; instalação
estratégica de redes em paredes de steel frame, com fácil acesso e possibilidade de alteração, localização estratégica de condutas verticais; ausência de
redes técnicas nas paredes ou elementos que podem ser alterados.