SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
Baixar para ler offline
Os Mitos do Pecado Sujo
       Poesias, Prosas e Demências
Primeira Edição




              Por Julio Cezar Dosan
Apresentação
Por favor,eu sei que vocês estão se divertindo, mas me parem
agora! Me parem porque não quero ir mais alem! Não sei
distinguir o falso do real!
A fronteira e os preceitos me são totalmente desconhecidos, me
parem, pois quero ficar só para ver o sol nascer... Não sou
decadente e nem comum, e esta desgraça de olhar maldades e
devaneios me assusta!

 Eu me encolho nas cobertas. Penso em delírios risonho e faceiro,
esperando insano pelo jantar. Arrependimentos? Talvez eu até os
tenha.
 Há, sim, eu lhe furei a burca do olho esquerdo com uma colher.
Foi tão fascinante aparar o sangue quente com a boca! Ele
gritava e eu me deliciava em gargalhadas com seu desespero...
Éramos apenas crianças. Apanhei muito de meu pai por conta
deste feito. O menino cresceu e hoje carrega uma burca de vidro
no olho esquerdo. Soube que ele tem pesadelos comigo, o insano
que devorou seu olho enquanto ria banhado em sangue. Acho que
neste momento eu toquei o inferno.
 Mas por favor, eu lhes imploro que me parem agora... Não posso
ir mais longe que isto! Não quero ir mais longe porque sei que o
próximo passo é um abismo, e diferente de Aristeu, eu não sei
despencar...
 E ontem eu sonhei que era livre. Sonhei que um anjo branco me
soprou a face e o macabro despencou de mim.
 Eu sou só um cara comum de pensamentos estranhos. A febre diz
por mim, e por Deus, ela mente. Eu só preciso mesmo de uma
xícara de café e do por do sol.
A Queda Do Herói




    Sou um herói solto no vazio do tempo
Sou seguro de minhas proezas mas pouco sei
       Pouco sei das intenções alheias
    Do inimigo que cobiça minha queda
        Sou só o herói que despenca
            O pesadelo amargo
Que atormenta o alheio na escuridão da noite

           Eu sou morto o caído
                  Eu sou

            Sou o cara derrotado
           Que insiste em respirar
                   Eu sou
     Sou o atrevido, severo em audácias
                   Eu sou

     Nada importa quando se tem o céu
      Quando tudo a sua volta explode
     Quando você não pode voltar atrás
Nada importa
       Sou apenas o morto caído
       O herói abatido pela gana
              O derrotado
       O herói finalmente vencido
                  Eu sou
 Eu sou apenas a esperança que brilhou
     Que se acendeu o quanto pode
  A esperança que de súbito se apagou
              Eu sou e fui
                  Eu fui

          Fui e ninguém viu
     Tombei sem capa e sem glórias
            Sem os poderes
             Sem ninguém
              Derrotado
  Fatalmente vencido pela gana alheia

Eu resgatei a princesa das garras do vilão
         Mas agora fui abatido
             Do que importa?
            Não mais importa
            Sou o morto caído
 O esquecido na memória dos cultuados
        Dos que me apedrejaram
          Dos que me venceram
                  Eu fui
            Simplesmente fui
                  Eu sou
             E agora entendo


              Eu agora sou
              O morto caído

             Um morto caído
Bons Frutos




       É sempre assim
    Dias de sol e de chuva
    Pessoas que vem e vão
      Arvores que caem
    Arvores que dão frutos
    Pessoas que as colhem
       Pessoas comuns
   Com problemas e planos
       Desejos secretos
      Distantes e firmes
    Nos braços do Divino
   Na ânsia do desenvolver

      É tão sempre assim
    Tudo comum e pacato
       Os carros na rua
   As pessoas nas calçadas
     Os frutos das arvores
       Alguns vingam
Outros apodrecem antes de cair
  Vivemos um dia pelo outro
Nascemos, crescemos e amamos
Somos cobertos com nossas razões
       Nossas convicções
            Nossa fé
       Comemos do fruto
   Nos lembramos do sagrado
       Cortamos a arvore
 Palitamos com ela nossos dentes
   E caminhamos nas calçadas

       Sempre será assim
         A vida imposta
        A vida planejada
        A vida mal vivida
     A nova arvore plantada
        Os frutos podres
       Uma nova colheita
     Outro homem comum
      Nossos filhos e netos
   Outros carros nas avenidas
  Outras pessoas nas calçadas
    Nossos nomes esquecidos
    Ecoando em uma lapide
     Nunca mais serão lidos
     E os olhos de passagem
  Irão simplesmente ignora-los

    Somos tal qual os frutos
       Vigorosos e fortes
Apodrecemos às vezes ainda na arvore
     E despencamos, no esquecimento
       Nossas lembranças apagadas
 Nossos nomes como os de nossos ancestrais
         Outras arvores crescendo
               Outros frutos
            Podres ou saldáveis
             Dizem ser o ciclo
                  Não é
  É apenas o fim que insiste em recomeçar
    Documentado em uma lapide velha
               Do pó ao pó

         E os carros ainda passam
        As calçadas são restauradas
                E as arvores
         Elas ainda dão bons frutos
        Tudo em nome do recomeço
           Tudo em nome da fé
              Tem que ter fé
          Fé, certeza e bom animo
             Sempre em frente
     Lapidando nossas próprias lapides
         Comendo dos frutos bons
Torcendo para não cairmos no esquecimento
Inconveniente Pesar




      Essa noite eu vou viver a vida
    Vou mostrar ao mundo á que vim
Subirei no palco da vida e gritarei bem alto
        “Eu nasci pra te fazer feliz”

      Eu sou o sujeito meticuloso
          Que mente e engana
      Eu sou a verdade da serpente
    Sou a maldade trajada em desafio
           Eu sou o pó do pó
           Eu renasci e voltei
          Eu voltei para gritar
       Grito que esta tudo errado
      E que nada é melhor que eu
Eu sou a mentira escarrada
           Eu sou o sujeito faceiro
          Eu sou a morte anunciada
          A verdade enfim revelada
     Eu sou apenas o que você sonha ser
                 Sim eu sou!
         Eu sou a mais pura verdade
Sou o mito e a lenda contorcidos em palavras
            Sou o sujeito atrevido
        Que subiu num palco escuro
       Que brilhou para o mundo ver
                Eu sou do céu
     Mas estive de passagem nas trevas
                   Eu sou
Eu sou o bem e o mal reencarnados em um só

   Ei, eles não fizeram tudo isto sozinhos
               Eu estive lá e vi
             Os Maias e os Incas
Nós bebemos juntos e erguemos monumentos
              Eu estive lá e sei
                    Eu sei
              Simplesmente sei

               Sim, sim, sim
       Eu sou a mentira mal contada
     A verdade que você nunca saberá
            Eu sou e agora vou
       Vou com a certeza que brilhei
        Vou com a certeza que sei
             Eu sei, e como sei
   Eu bem sei que você quer que eu volte
       Pois deixe a porta entreaberta
      Sim, deixe a porta entre aberta
           Caso eu decida voltar
Vencendo o Invencível




     A sabedoria que me cobre
  A divindade que me trás conforto
         Que me faz ter fé
   Que me faz crer no impossível
        Nesses dias de luta
      De vitórias e conquistas
      Brindarei ao derrotado
       Ao caos que se desfaz
        Ao vilão humilhado
         A minha vitória
              Vitória!
       Brindarei a nova vida
      Aos planos maquinados
      Aos batalhões vencidos
      Ao doce sabor da vitória
             Vitória!
Somos tão únicos
   Tão corretos e disciplinados
Tão cheios de boas e más intenções
         E acima de tudo
  Trazemos a coragem no peito
   Ela floresce em nossa alma
      E grita em nosso nome
              Vitória!
E se algum dia as forças me faltarem
Se a árdua jornada calejar meus pés
 Mesmo assim de joelhos irei sorrir
E diante da foice escura do inimigo
 Brindarei com meu sangue o hoje
       Eu me lembrarei do dia
 Do dia em que me tornei campeão
 Do dia em que venci o invencível
     Do de dia de minha vitória!
              Vitória!
Viva o Rei!
Embora bebesse água na latrina dos Fariseus, decidiu de imediato afiar sua espada e tomar o castelo. O sangue derramado não foi em vão, ele
                              lambeu a lamina que lhe conduziu até a coroa e ouviu o hino dos vencedores...
                                Esta é apenas as desventuras de um rei, mas bem poderia ser as nossas...




                                             O inimigo agora esta no chão
                                                      Morto caído
                                              Agora você é um vencedor
                                             Empunhe sua espada e grite
                                                 Grite selvagemmente
                                                A conquista é toda sua
                                             E esse mundo vasto é pouco

                                                       Você é rei!
                                                     Rei de sua vida
                                                   De seus costumes
                                                    De suas decisões
                                               E de todas suas conquistas
                                                   Você é nobre rei!

                                       Então empunhe mais alto sua espada
                                              E rosne como um leão
                                            Pois você não tem limites
                                                  O mundo é sujo
                                                Sua mente é vasta
                                       E agora você não é só um vencedor
                                                 Agora você é rei!
                                          O inimigo é só um morto caído
                                                Deixe-o para trás
                                             No rastro de sua vitoria
                                           Onde estão todos os outros
                                                    Viva o rei!
                                                    Viva o rei!
Testemunhos do Algoz




   Quando o céu se abrir
  Quando o tudo acontecer
     Quando ele voltar
Pra cumprir com o seu dever
Trazendo todos os seus filhos
     De um lance astral
  Malditos aliens escrotos
   Com poder fenomenal

   Será que Deus permite
    Eu só vim pra olhar
   Sentado aqui de cima
    Vendo o fim começar

       Cabeças rolando
    Pecados esclarecidos
       O céu clareando
  E a revolta dos oprimidos
       O pecado e a fé
  Cruzando o limite da vida
Padres pedófilos e criancinhas
    Se tornando suicidas
   A peste negra cobrindo
   Toda a pele bronzeada
 Índios pacíficos e inocentes
Comendo nossa carne sagrada
     No limite do tempo
Do tempo que não mais existe
 Doenças e pragas dominam
   E a carnificina persiste

   Será que Deus permite
Eu só vim pra olhar
     Sentado aqui de cima
     Vendo o fim começar

      O inferno borbulha
 Sobre nossa terra abençoada
 Demônios vagam decadentes
Em meio à fogueira organizada
   Religiões desfavorecidas
       Se unindo a Jesus
     E o messias caminha
    Já despregado da cruz
     As imagens de santos
Sangram clamando por atenção
      E os fiéis indecentes
  Decadentes em beatificação
        E o papa chora
 Por todas as crianças mortas
 São lagrimas puras e sinceras
    De uma vida tão torta
   A bíblia sagrada explica
Tudo que não conseguimos dizer
 Enquanto o mundo complica
   Se entregando ao prazer

   Adolf Hitler podre lidera
  O exercito de amaldiçoados
   Enquanto a gente espera
  Os quatro cavaleiros alados
       Da lama a gloria
  E toda a gloria manchada
  Com sangue impuro e sujo
  De uma raça amaldiçoada

    Será que Deus permite
     Eu só vim pra olhar
    Sentado aqui de cima
     Vendo o fim começar
Tempo o tempo todo sem tempo para o todo
              Meu tempo é curto
              Meu braço é forte
                De peito aberto
             A sustentar sua sorte
             Com pouco dinheiro
              E muita coragem

              Com plano de fuga
              Pra lugar nenhum
                 Espírito livre
            E o pensamento preso
               Com meu delírio
                Em ser imortal
         Eu me atrevendo a ser padrão
       Em mais um dia no seu plano banal
              Sou seu progresso
             Você a minha ordem
           Meu tempo é seu relógio
             E nunca posso parar
            Compre minhas ideias
            Ignore o meu conceito
            Me pague o que quiser
          Eu sou seu trouxa perfeito
        De boca cheia se diga Cidadão
            Me sugue e se sustente
           Pra manter o seu padrão
                O seu padrão
            O seu maldito padrão
                O seu padrão
Os textos aqui publicados são da autoria de
             Julio Cezar Dosan
A fonte das imagens é do bom e velho Google

                 Leia mais
              Vomite menos
            Erga-se e conquiste
               Beije a moça
               Vai por mim
            Ela é tão bonitinha
            Você é tão... Você!




Julio Cezar Dosan
 Março de 2013

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (15)

Olhos estranhos1
Olhos estranhos1Olhos estranhos1
Olhos estranhos1
 
Convite a coragem
Convite a coragemConvite a coragem
Convite a coragem
 
Anseiospdf
AnseiospdfAnseiospdf
Anseiospdf
 
O que não se pode explicar aos normais
O que não se pode explicar aos normaisO que não se pode explicar aos normais
O que não se pode explicar aos normais
 
Hipótese de um mundo perdido
Hipótese de um mundo perdidoHipótese de um mundo perdido
Hipótese de um mundo perdido
 
Floral de Phoenix
Floral de PhoenixFloral de Phoenix
Floral de Phoenix
 
Carlos henrique pereira_livro_voxifera_o_sonho_sem_dos_mortais
Carlos henrique pereira_livro_voxifera_o_sonho_sem_dos_mortaisCarlos henrique pereira_livro_voxifera_o_sonho_sem_dos_mortais
Carlos henrique pereira_livro_voxifera_o_sonho_sem_dos_mortais
 
Decidi triunfar
Decidi triunfarDecidi triunfar
Decidi triunfar
 
ESCRITOS
ESCRITOSESCRITOS
ESCRITOS
 
Um Tombo
Um TomboUm Tombo
Um Tombo
 
Arabian prayer
Arabian prayerArabian prayer
Arabian prayer
 
Arabian Prayer
Arabian PrayerArabian Prayer
Arabian Prayer
 
Umtombo
UmtomboUmtombo
Umtombo
 
Naquele dia tomei um tombo
Naquele dia tomei um tomboNaquele dia tomei um tombo
Naquele dia tomei um tombo
 
Um tombo
Um tombo Um tombo
Um tombo
 

Destaque

CONOCE EL HOTEL EUROSTARS LA TOJA
CONOCE EL HOTEL EUROSTARS LA TOJACONOCE EL HOTEL EUROSTARS LA TOJA
CONOCE EL HOTEL EUROSTARS LA TOJAASPM
 
CONOCE AL HOLIDAY INN MADRID BERNABEU
CONOCE AL HOLIDAY INN MADRID BERNABEUCONOCE AL HOLIDAY INN MADRID BERNABEU
CONOCE AL HOLIDAY INN MADRID BERNABEUASPM
 
Presentacion p.jose moreno
Presentacion p.jose morenoPresentacion p.jose moreno
Presentacion p.jose morenopedrojosemoreno
 
Cena de verano 2012 organizada por ASPM
Cena de verano 2012 organizada por ASPMCena de verano 2012 organizada por ASPM
Cena de verano 2012 organizada por ASPMASPM
 
Presentación1 dropbox con video dennise
Presentación1 dropbox con video dennisePresentación1 dropbox con video dennise
Presentación1 dropbox con video dennisedennissee_3
 
Presentación codelco
Presentación codelcoPresentación codelco
Presentación codelcojose layseca
 
Aspm corporativa 2011
Aspm corporativa 2011 Aspm corporativa 2011
Aspm corporativa 2011 ASPM
 
Work experience letter
Work experience letterWork experience letter
Work experience letterSeher Abbas
 
Tp chino
Tp chinoTp chino
Tp chinobypipi
 
Apresentação
ApresentaçãoApresentação
Apresentação92560375
 

Destaque (20)

CONOCE EL HOTEL EUROSTARS LA TOJA
CONOCE EL HOTEL EUROSTARS LA TOJACONOCE EL HOTEL EUROSTARS LA TOJA
CONOCE EL HOTEL EUROSTARS LA TOJA
 
CONOCE AL HOLIDAY INN MADRID BERNABEU
CONOCE AL HOLIDAY INN MADRID BERNABEUCONOCE AL HOLIDAY INN MADRID BERNABEU
CONOCE AL HOLIDAY INN MADRID BERNABEU
 
Presentacion p.jose moreno
Presentacion p.jose morenoPresentacion p.jose moreno
Presentacion p.jose moreno
 
Cena de verano 2012 organizada por ASPM
Cena de verano 2012 organizada por ASPMCena de verano 2012 organizada por ASPM
Cena de verano 2012 organizada por ASPM
 
Valentina y ozcar
Valentina y ozcarValentina y ozcar
Valentina y ozcar
 
Lpi+102
Lpi+102Lpi+102
Lpi+102
 
Presentación1 dropbox con video dennise
Presentación1 dropbox con video dennisePresentación1 dropbox con video dennise
Presentación1 dropbox con video dennise
 
Presentación codelco
Presentación codelcoPresentación codelco
Presentación codelco
 
Qué es sexualidad
Qué es sexualidadQué es sexualidad
Qué es sexualidad
 
Aspm corporativa 2011
Aspm corporativa 2011 Aspm corporativa 2011
Aspm corporativa 2011
 
Virus y antivirus..presentacion
Virus y antivirus..presentacionVirus y antivirus..presentacion
Virus y antivirus..presentacion
 
Work experience letter
Work experience letterWork experience letter
Work experience letter
 
Ejercicio p209[1]
Ejercicio p209[1]Ejercicio p209[1]
Ejercicio p209[1]
 
Presentación 3
Presentación 3Presentación 3
Presentación 3
 
Mapa conceptual desarrollo sustentable
Mapa conceptual desarrollo sustentableMapa conceptual desarrollo sustentable
Mapa conceptual desarrollo sustentable
 
As cinco maravilhas
As cinco maravilhasAs cinco maravilhas
As cinco maravilhas
 
Tp chino
Tp chinoTp chino
Tp chino
 
Apresentação
ApresentaçãoApresentação
Apresentação
 
Aedv2011f
Aedv2011fAedv2011f
Aedv2011f
 
Zoo sibiu
Zoo sibiuZoo sibiu
Zoo sibiu
 

Semelhante a Os Mitos do Pecado Sujo

Semelhante a Os Mitos do Pecado Sujo (20)

Sala do educador 002
Sala do educador 002Sala do educador 002
Sala do educador 002
 
LIVRO NUNCA DESISTA DE SONHAR 2022.pdf
LIVRO  NUNCA DESISTA DE SONHAR 2022.pdfLIVRO  NUNCA DESISTA DE SONHAR 2022.pdf
LIVRO NUNCA DESISTA DE SONHAR 2022.pdf
 
Pe sanches
Pe sanchesPe sanches
Pe sanches
 
Bertolt brecht antologia poética
Bertolt brecht   antologia poéticaBertolt brecht   antologia poética
Bertolt brecht antologia poética
 
Convite a coragem
Convite a coragemConvite a coragem
Convite a coragem
 
Niver De Lb Anovo
Niver De Lb AnovoNiver De Lb Anovo
Niver De Lb Anovo
 
Labirintos
Labirintos Labirintos
Labirintos
 
Não desista
Não desistaNão desista
Não desista
 
Poemas Ilustrados
Poemas IlustradosPoemas Ilustrados
Poemas Ilustrados
 
Louvores Rocha Eterna.pdf
Louvores Rocha Eterna.pdfLouvores Rocha Eterna.pdf
Louvores Rocha Eterna.pdf
 
Ultimos sonetos
Ultimos sonetosUltimos sonetos
Ultimos sonetos
 
Orações
OraçõesOrações
Orações
 
20120803 caderno poemas_ciclo_3
20120803 caderno poemas_ciclo_320120803 caderno poemas_ciclo_3
20120803 caderno poemas_ciclo_3
 
Lavras Ce
Lavras CeLavras Ce
Lavras Ce
 
Poemas de vários autores
Poemas de vários autoresPoemas de vários autores
Poemas de vários autores
 
Coragem
CoragemCoragem
Coragem
 
Renove se
Renove seRenove se
Renove se
 
65
6565
65
 
Às vezes temo a metamorfose
Às vezes temo a metamorfose  Às vezes temo a metamorfose
Às vezes temo a metamorfose
 
9c2ba ano-catequese-1-viver-para-quc3aa-1c2ba-encontro
9c2ba ano-catequese-1-viver-para-quc3aa-1c2ba-encontro9c2ba ano-catequese-1-viver-para-quc3aa-1c2ba-encontro
9c2ba ano-catequese-1-viver-para-quc3aa-1c2ba-encontro
 

Mais de Luiz Eduardo

Os mitos do pecado sujo
Os mitos do pecado sujoOs mitos do pecado sujo
Os mitos do pecado sujoLuiz Eduardo
 
é Tempo de amar é tempo de viver
é Tempo de amar é tempo de viveré Tempo de amar é tempo de viver
é Tempo de amar é tempo de viverLuiz Eduardo
 
é Tempo de amar é tempo de viver
é Tempo de amar é tempo de viveré Tempo de amar é tempo de viver
é Tempo de amar é tempo de viverLuiz Eduardo
 

Mais de Luiz Eduardo (6)

Os mitos do pecado sujo
Os mitos do pecado sujoOs mitos do pecado sujo
Os mitos do pecado sujo
 
Papafigo
PapafigoPapafigo
Papafigo
 
Papafigo
PapafigoPapafigo
Papafigo
 
A praga
A pragaA praga
A praga
 
é Tempo de amar é tempo de viver
é Tempo de amar é tempo de viveré Tempo de amar é tempo de viver
é Tempo de amar é tempo de viver
 
é Tempo de amar é tempo de viver
é Tempo de amar é tempo de viveré Tempo de amar é tempo de viver
é Tempo de amar é tempo de viver
 

Último

"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 

Último (20)

"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 

Os Mitos do Pecado Sujo

  • 1. Os Mitos do Pecado Sujo Poesias, Prosas e Demências Primeira Edição Por Julio Cezar Dosan
  • 2. Apresentação Por favor,eu sei que vocês estão se divertindo, mas me parem agora! Me parem porque não quero ir mais alem! Não sei distinguir o falso do real! A fronteira e os preceitos me são totalmente desconhecidos, me parem, pois quero ficar só para ver o sol nascer... Não sou decadente e nem comum, e esta desgraça de olhar maldades e devaneios me assusta! Eu me encolho nas cobertas. Penso em delírios risonho e faceiro, esperando insano pelo jantar. Arrependimentos? Talvez eu até os tenha. Há, sim, eu lhe furei a burca do olho esquerdo com uma colher. Foi tão fascinante aparar o sangue quente com a boca! Ele gritava e eu me deliciava em gargalhadas com seu desespero... Éramos apenas crianças. Apanhei muito de meu pai por conta deste feito. O menino cresceu e hoje carrega uma burca de vidro no olho esquerdo. Soube que ele tem pesadelos comigo, o insano que devorou seu olho enquanto ria banhado em sangue. Acho que neste momento eu toquei o inferno. Mas por favor, eu lhes imploro que me parem agora... Não posso ir mais longe que isto! Não quero ir mais longe porque sei que o próximo passo é um abismo, e diferente de Aristeu, eu não sei despencar... E ontem eu sonhei que era livre. Sonhei que um anjo branco me soprou a face e o macabro despencou de mim. Eu sou só um cara comum de pensamentos estranhos. A febre diz por mim, e por Deus, ela mente. Eu só preciso mesmo de uma xícara de café e do por do sol.
  • 3. A Queda Do Herói Sou um herói solto no vazio do tempo Sou seguro de minhas proezas mas pouco sei Pouco sei das intenções alheias Do inimigo que cobiça minha queda Sou só o herói que despenca O pesadelo amargo Que atormenta o alheio na escuridão da noite Eu sou morto o caído Eu sou Sou o cara derrotado Que insiste em respirar Eu sou Sou o atrevido, severo em audácias Eu sou Nada importa quando se tem o céu Quando tudo a sua volta explode Quando você não pode voltar atrás
  • 4. Nada importa Sou apenas o morto caído O herói abatido pela gana O derrotado O herói finalmente vencido Eu sou Eu sou apenas a esperança que brilhou Que se acendeu o quanto pode A esperança que de súbito se apagou Eu sou e fui Eu fui Fui e ninguém viu Tombei sem capa e sem glórias Sem os poderes Sem ninguém Derrotado Fatalmente vencido pela gana alheia Eu resgatei a princesa das garras do vilão Mas agora fui abatido Do que importa? Não mais importa Sou o morto caído O esquecido na memória dos cultuados Dos que me apedrejaram Dos que me venceram Eu fui Simplesmente fui Eu sou E agora entendo Eu agora sou O morto caído Um morto caído
  • 5. Bons Frutos É sempre assim Dias de sol e de chuva Pessoas que vem e vão Arvores que caem Arvores que dão frutos Pessoas que as colhem Pessoas comuns Com problemas e planos Desejos secretos Distantes e firmes Nos braços do Divino Na ânsia do desenvolver É tão sempre assim Tudo comum e pacato Os carros na rua As pessoas nas calçadas Os frutos das arvores Alguns vingam Outros apodrecem antes de cair Vivemos um dia pelo outro
  • 6. Nascemos, crescemos e amamos Somos cobertos com nossas razões Nossas convicções Nossa fé Comemos do fruto Nos lembramos do sagrado Cortamos a arvore Palitamos com ela nossos dentes E caminhamos nas calçadas Sempre será assim A vida imposta A vida planejada A vida mal vivida A nova arvore plantada Os frutos podres Uma nova colheita Outro homem comum Nossos filhos e netos Outros carros nas avenidas Outras pessoas nas calçadas Nossos nomes esquecidos Ecoando em uma lapide Nunca mais serão lidos E os olhos de passagem Irão simplesmente ignora-los Somos tal qual os frutos Vigorosos e fortes
  • 7. Apodrecemos às vezes ainda na arvore E despencamos, no esquecimento Nossas lembranças apagadas Nossos nomes como os de nossos ancestrais Outras arvores crescendo Outros frutos Podres ou saldáveis Dizem ser o ciclo Não é É apenas o fim que insiste em recomeçar Documentado em uma lapide velha Do pó ao pó E os carros ainda passam As calçadas são restauradas E as arvores Elas ainda dão bons frutos Tudo em nome do recomeço Tudo em nome da fé Tem que ter fé Fé, certeza e bom animo Sempre em frente Lapidando nossas próprias lapides Comendo dos frutos bons Torcendo para não cairmos no esquecimento
  • 8. Inconveniente Pesar Essa noite eu vou viver a vida Vou mostrar ao mundo á que vim Subirei no palco da vida e gritarei bem alto “Eu nasci pra te fazer feliz” Eu sou o sujeito meticuloso Que mente e engana Eu sou a verdade da serpente Sou a maldade trajada em desafio Eu sou o pó do pó Eu renasci e voltei Eu voltei para gritar Grito que esta tudo errado E que nada é melhor que eu
  • 9. Eu sou a mentira escarrada Eu sou o sujeito faceiro Eu sou a morte anunciada A verdade enfim revelada Eu sou apenas o que você sonha ser Sim eu sou! Eu sou a mais pura verdade Sou o mito e a lenda contorcidos em palavras Sou o sujeito atrevido Que subiu num palco escuro Que brilhou para o mundo ver Eu sou do céu Mas estive de passagem nas trevas Eu sou Eu sou o bem e o mal reencarnados em um só Ei, eles não fizeram tudo isto sozinhos Eu estive lá e vi Os Maias e os Incas Nós bebemos juntos e erguemos monumentos Eu estive lá e sei Eu sei Simplesmente sei Sim, sim, sim Eu sou a mentira mal contada A verdade que você nunca saberá Eu sou e agora vou Vou com a certeza que brilhei Vou com a certeza que sei Eu sei, e como sei Eu bem sei que você quer que eu volte Pois deixe a porta entreaberta Sim, deixe a porta entre aberta Caso eu decida voltar
  • 10. Vencendo o Invencível A sabedoria que me cobre A divindade que me trás conforto Que me faz ter fé Que me faz crer no impossível Nesses dias de luta De vitórias e conquistas Brindarei ao derrotado Ao caos que se desfaz Ao vilão humilhado A minha vitória Vitória! Brindarei a nova vida Aos planos maquinados Aos batalhões vencidos Ao doce sabor da vitória Vitória!
  • 11. Somos tão únicos Tão corretos e disciplinados Tão cheios de boas e más intenções E acima de tudo Trazemos a coragem no peito Ela floresce em nossa alma E grita em nosso nome Vitória! E se algum dia as forças me faltarem Se a árdua jornada calejar meus pés Mesmo assim de joelhos irei sorrir E diante da foice escura do inimigo Brindarei com meu sangue o hoje Eu me lembrarei do dia Do dia em que me tornei campeão Do dia em que venci o invencível Do de dia de minha vitória! Vitória!
  • 12. Viva o Rei! Embora bebesse água na latrina dos Fariseus, decidiu de imediato afiar sua espada e tomar o castelo. O sangue derramado não foi em vão, ele lambeu a lamina que lhe conduziu até a coroa e ouviu o hino dos vencedores... Esta é apenas as desventuras de um rei, mas bem poderia ser as nossas... O inimigo agora esta no chão Morto caído Agora você é um vencedor Empunhe sua espada e grite Grite selvagemmente A conquista é toda sua E esse mundo vasto é pouco Você é rei! Rei de sua vida De seus costumes De suas decisões E de todas suas conquistas Você é nobre rei! Então empunhe mais alto sua espada E rosne como um leão Pois você não tem limites O mundo é sujo Sua mente é vasta E agora você não é só um vencedor Agora você é rei! O inimigo é só um morto caído Deixe-o para trás No rastro de sua vitoria Onde estão todos os outros Viva o rei! Viva o rei!
  • 13. Testemunhos do Algoz Quando o céu se abrir Quando o tudo acontecer Quando ele voltar Pra cumprir com o seu dever Trazendo todos os seus filhos De um lance astral Malditos aliens escrotos Com poder fenomenal Será que Deus permite Eu só vim pra olhar Sentado aqui de cima Vendo o fim começar Cabeças rolando Pecados esclarecidos O céu clareando E a revolta dos oprimidos O pecado e a fé Cruzando o limite da vida Padres pedófilos e criancinhas Se tornando suicidas A peste negra cobrindo Toda a pele bronzeada Índios pacíficos e inocentes Comendo nossa carne sagrada No limite do tempo Do tempo que não mais existe Doenças e pragas dominam E a carnificina persiste Será que Deus permite
  • 14. Eu só vim pra olhar Sentado aqui de cima Vendo o fim começar O inferno borbulha Sobre nossa terra abençoada Demônios vagam decadentes Em meio à fogueira organizada Religiões desfavorecidas Se unindo a Jesus E o messias caminha Já despregado da cruz As imagens de santos Sangram clamando por atenção E os fiéis indecentes Decadentes em beatificação E o papa chora Por todas as crianças mortas São lagrimas puras e sinceras De uma vida tão torta A bíblia sagrada explica Tudo que não conseguimos dizer Enquanto o mundo complica Se entregando ao prazer Adolf Hitler podre lidera O exercito de amaldiçoados Enquanto a gente espera Os quatro cavaleiros alados Da lama a gloria E toda a gloria manchada Com sangue impuro e sujo De uma raça amaldiçoada Será que Deus permite Eu só vim pra olhar Sentado aqui de cima Vendo o fim começar
  • 15. Tempo o tempo todo sem tempo para o todo Meu tempo é curto Meu braço é forte De peito aberto A sustentar sua sorte Com pouco dinheiro E muita coragem Com plano de fuga Pra lugar nenhum Espírito livre E o pensamento preso Com meu delírio Em ser imortal Eu me atrevendo a ser padrão Em mais um dia no seu plano banal Sou seu progresso Você a minha ordem Meu tempo é seu relógio E nunca posso parar Compre minhas ideias Ignore o meu conceito Me pague o que quiser Eu sou seu trouxa perfeito De boca cheia se diga Cidadão Me sugue e se sustente Pra manter o seu padrão O seu padrão O seu maldito padrão O seu padrão
  • 16. Os textos aqui publicados são da autoria de Julio Cezar Dosan A fonte das imagens é do bom e velho Google Leia mais Vomite menos Erga-se e conquiste Beije a moça Vai por mim Ela é tão bonitinha Você é tão... Você! Julio Cezar Dosan Março de 2013