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CARACTERIZAÇÃO DE AMOSTRA METALOGRÁFICA



Lucasab.........; Michel SoratoAC,RafaelJoão FrassonAd



aSATC – Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina, Rua Pascoal
Meller, 73 – Bairro Universitário - CEP 88845-000 – Criciúma - SC, Brasil.

be-mail: lucass_bn@yahoo.com

ce-mail: michelsorato@hotmail.com

ce-mail: rafaeljfrasson@gmail.com



Resumo: O objetivo principal deste trabalho é analisar metalograficamente e
microscopicamente uma amostra metálica onde a sua composição é desconhecida. A
metalografia pode ser definida como o estudo das características estruturais ou da
constituição dos metais e suas ligas, para relacioná-los com suas propriedades físicas, químicas
e mecânicas. O conhecimento das propriedades de um metal se caracteriza pela determinação
das fases que o compõe e estudo da natureza, forma, distribuição e quantificação das mesmas.
Neste trabalho será relatado o exame metalográfico de uma amostra, onde esta passa pelos
processos de preparação da amostra (corte, lixamento, polimento), ataque químico e análise
metalográfica. Após se ter a imagem metalografica da amostra a ser analisada, se faz
comparações com bibliografias, para se chegar ao % de carbono, constituição do material,
tratamento térmico realizado, etc.) que permitirão saber aproximadamente qual o tipo de
material compõem a amostra analisada.



Palavras-chave: metalografia, análise metalográfica, micrografia, aço.



1. Introdução



  A obtenção das propriedades que compõem um material passa pela determinação das fases
e estudo da natureza, forma, distribuição e quantificação das mesmas. A definição de uma
estrutura é dependente da escala à qual é observada. Portanto, é essencial diferenciar quando
se está analisando uma estrutura macroscópica ou microscópica.

  O termo metalografia pode ser definido como o estudo das características estruturais ou da
constituição dos metais e suas ligas, para relacioná-los com suas propriedades físicas, químicas
e mecânicas.
O exame metalográfico é um conjunto de atividades que procura relacionar a estrutura
íntima do material com as suas propriedades físicas, com o processo de fabricação, com o
desempenho de suas funções e outros. Pode ser: Macrográfico e Micrográfico.

  Macrográfico: Examina o aspecto de uma superfície após devidamente polida e atacada por
um reagente adequado. Por seu intermédio tem-se uma idéia do conjunto, referente à
homogeneidade do material, a distribuição e natureza das falhas, impureza e ao processo de
fabricação.

  Micrográfico: Consiste no estudo dos produtos metalúrgicos, com o auxílio do microscópio,
onde se pode observar e identificar a granulação do material, a natureza, a forma, a
quantidade, e a distribuição dos diversos constituintes ou de certas inclusões.



2. Procedimentos Experimentais



  Para a realização do exame metalográfico são necessários os seguintes materiais e
equipamentos:

  - equipamento para corte com discos abrasivos (Cut-Off);

  - disco abrasivo adequado (SiC);

  - equipamento para apoio de lixas;

  - lixas de malha: #80, #120, #220, #320#, #400, #600 e #1200.

  - secador (ventilado de ar quente);

  - algodão;

  - álcool etílico;

  - máquina politriz;

  - disco de polimento (disco de feltro);

  - óxido de alumina;

  - ácido nital 2%;

  - microscópio com lentes de aumento: 50, 100 e 400 vezes;

  - câmera fotográfica digital.



Etapas de preparação do ensaio / da Amostra:
A) Corte: A amostra a ser analisada deve ser cortada de forma a não sofrer alterações pelo
método de corte (uma elevação da temperatura no local do corte na peça pode
danificar/alterar a sua estrutura cristalina). Usa-se método a frio, em geral serras, para o corte
primário, ou seja, para se separar a porção aproximada que será analisada. Na sequência, usa-
se um equipamento denominado "Cut-Off" que faz um corte mais preciso, utilizando-se de um
disco abrasivo e refrigeração com água, a fim de não provocar alterações por calor na amostra.



              Figura 01 – Cortadora Metalográfica



  B) Lixamento: Esta operação tem como objetivo extinguir riscos e marcas mais profundas da
superfície a ser analisada dando um acabamento a esta superfície e deixando a amostra pronta
para o polimento.

   O processo se inicia com a lixa de granulometria #80, sendo, as lixas, gradualmente trocadas
até a mais fina (#1200). Deve-se prender a lixa no equipamento e arrastar a amostra sobre a
mesma, sempre no mesmo sentido, até se obter a superfície desejada para aquela
classificação da lixa (devem desaparecer os riscos deixados pela lixa anterior). Ao ser trocada a
lixa, deve-se alternar em 90º o sentido de lixamento.

  Quando a amostra a ser analisada é pequena o suficiente para dificultar o lixamento, realiza-
se o embutimento da mesma (antes desta etapa). Consiste em embutir a amostra em um tipo
de polímero termorrígido (baquelite, resina acrílica) com o auxílio de uma prensa para
embutimento de amostras de maneira que, devido ao aumento de tamanho, o lixamento é
facilitado. Dessa maneira apenas a face a ser analisada fica exposta. É importante ressaltar
que, neste trabalho, não foi preciso embutimento.



  Figura 02 – Processo de lixamento manual.



  C) Polimento: Operação pós lixamento que visa um acabamento superficial polido e isento
de marcas.

   Na máquina politriz com o disco de polimento e auxílio do óxido de alumina, deve-se efetuar
o polimento de forma cuidadosa. A amostra é passada em todos os sentidos, diminuindo a
pressão no estágio final, durante o tempo necessário para que todos os riscos de lixa sejam
eliminados e a superfície comece a se tornar espelhada.

  Após esta etapa deve-se limpar a amostra com álcool etílico e algodão, em seguida faz-se o
processo de secagem da mesma com o secador. A peça não deve ficar com manchas de
secagem.
Figura 03 – Politriz com disco de feltro.



  D) Análise das Inclusões: Com o auxílio do microscópio, foi analisado a quantidade e
característica das inclusões do material.

  Estas inclusões exercem influência considerável sobre as características do material, visto
que podem gerar tensões excessivas, impedir o crescimento do reticulado cristalino e o
movimento dos átomos.

  As inclusões serão comparadas com dados obtidos em bibliografias.

  E) Ataque Químico: Ataque feito por imersão da amostra em ácido nital 2%. Esta etapa
revela a microestrutura através da corrosão superfície da amostra.

  Deve-se atacar o material de maneira progressiva, ou seja, deixa-se o mesmo por um
pequeno tempo submerso (algo em torno de 4s), e analisa-se no microscópio se a estrutura do
material foi ou não revelada. Se a estrutura foi revelada deve-se partir para a próxima etapa,
caso contrário ataca-se novamente até obter o resultado desejado.

 Para esta etapa é preciso contar com a experiência humana, já que se deve conhecer como é
uma estrutura corretamente revelada. Existem casos que, devido ao excesso de ataque, o
material é queimado, nestes casos deve-se voltar a etapa de polimento da amostra.

  F) Análise Metalográfica: Neste estudo, a análise é microscópica (com auxílio do
microscópio) e qualitativa, analisando, através da comparação com bibliografias, os
constituintes da estrutura da amostra, e demais análises citadas no objetivo deste trabalho.



3. Resultados e Discussões



  A amostra analisada neste ensaio é em formado cilíndrico com aproximadamente 2cm de
diâmetro inferior, 1cm de diâmetro superior e 2cm de altura.



3.1. Análise Pré-Ataque



Após o processo de polimento, a amostra foi levada ao microscópio com uma lente de 100x de
aumento para a visualização da formação de inclusões. Ao analisar a imagem obtida, pode-se
notar a presença de riscos, provenientes de falhas no processo de lixamento, e principalmente
pode-se notar que a amostra possui incrusões do tipo do D (oxido globular), de serie grossa e
fina e com concentração 4, isto pode ser visto na figura 04 e 05.
[pic]

Figura 04 – Análise das Inclusões e Riscos – Pré-Ataque – Aumento 100x.

[pic]

   Figura 5 – Avaliação da quantidade e tipo de inclusões.



3.2 – Análise Pós-Ataque



  O tempo necessário de permanência da amostra submersa em ácido nital 2%, para uma boa
revelação da microestrutura da amostra foi de 4s.

  A figura 06 mostra a estrutura da amostra aumentada em 50 vezes e a figura 07 mostra a
estrutura da amostra aumentada em 100 vezes , após o ataque, onde pode-se perceber uma
rede de ferrita com saliências acirculares.

  [pic]

Figura 06 – Superfície atacada com ácido nital 2%. Aumento 50x.



  [pic]

Figura 07 – Superfície atacada com ácido nital 2%. Aumento 100x.



    Na figura 08 (amostra atacada com aumento de 400 vezes) percebe-se a existência de
umarede de grãos de ferrita (grãos brancos com finos contornos pretos) com grãos de perlita
(coloração mais ou menos escura). Na análise também percebemos a formação de agulhas de
ferrita+perlita, o que caracteriza um super aquecido. Para uma afirmação mais precisa deve
ser feito um ensaio mais complexo, como por exemplo, difração de raios-x.

 Ferrita é a solução sólida de carbono no ferro alfa e origina-se na zona crítica, durante o
resfriamento, por transformação alotrópica de ferro gama (relativamente pouco dura e
resistente).

 A perlita é formada por lamelas moles de ferrita e outras duras de cementita (dura e
quebradiça), com dureza intermediária entre as duas. Nos aços com um pouco abaixo de 0,8%
de carbono, os grãos de perlita são envolvidos por redes de ferrita.

   O aço que apresenta granulação grosseira em virtude de um tratamento térmico a
temperaturas demasiadamente altas ou excessivamente demorado, chama-se superaquecido
e pode ser regenerado, isto é, pode retomar sua granulação normal, mediante tratamentos
térmicos adequados. Quando o superaquecido se dá a temperaturas vizinhas da linha
“sólidus”, o aço torna-se mais quebradiço ainda, apresentado ás vezes oxidação nos contornos
dos grãos , o aço, então, se diz queimado.



 [pic]

Figura 08 – Superfície atacada com ácido nital 2%. Aumento 400x.



4. Conclusão



   • Quanto às inclusões, comparando-se com a bibliografia, nota-se uma semelhança com as
inclusões do tipo D4 (tipo óxido globular) e de série fina e grossa mescladas, onde se encontra
uma quantidade considerável de inclusões.

  • Os riscos existentes são provenientes de um lixamento e polimento um pouco defeituoso.

A característica de agulhas do material representa um aço super aquecido, sendo que um aço
super aquecido apresenta granulação grosseira em virtude de um tratamento térmico a
temperaturas demasiadamente altas ou excessivamente demorada. A sua granulação grosseira
deixa o aço menos dúctil, mais quebradiço.

  •

   • As presenças claras de perlita envolvida por redes de ferrita levam a crer que o material
tem teor de carbono abaixo de 0,8%, sendo que quando as imagens foram comparadas com
fotos disponíveis na bibliografia 03 (figuras 283 e 284, pág 159), percebeu-se que o material
muito se aproxima de um aço com 0,5% de carbono.

  • Em resumo, pode-se entender que a amostra analisada tende a ser: fabricada pelo
processo de fundição, passando por processo de resfriamento lento e muito se aproxima de
um aço SAE 1050 (0,5% de carbono) super aquecido.



5. Referências Bibliográficas



(1)DEMARIA, Carlos A. S; MARINHO, Paulo L. S. Prática da análise microestrutural
metalográfica. Jul. 2004. 29p.



(2)ROHDE, Regis Almir. Laboratório de Ensaios Mecânicos e Materiais – URI. Metalografia –
Preparação de Amostras. Set. 2008. 23 p.
(3)COLPAERT, Hubertus; Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo.
Metalografia dos produtos siderúrgicos comuns. 3. ed São Paulo: Edgard Blücher, 2000. 412 p.



(4)PERUCH, Fábio. Faculdade SATC. Preparação de Amostras e Exame Metalográfico. Criciúma.

-----------------------

incrusões



riscos



ferrita



perlita



Formação de agulhas

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  • 1. CARACTERIZAÇÃO DE AMOSTRA METALOGRÁFICA Lucasab.........; Michel SoratoAC,RafaelJoão FrassonAd aSATC – Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina, Rua Pascoal Meller, 73 – Bairro Universitário - CEP 88845-000 – Criciúma - SC, Brasil. be-mail: lucass_bn@yahoo.com ce-mail: michelsorato@hotmail.com ce-mail: rafaeljfrasson@gmail.com Resumo: O objetivo principal deste trabalho é analisar metalograficamente e microscopicamente uma amostra metálica onde a sua composição é desconhecida. A metalografia pode ser definida como o estudo das características estruturais ou da constituição dos metais e suas ligas, para relacioná-los com suas propriedades físicas, químicas e mecânicas. O conhecimento das propriedades de um metal se caracteriza pela determinação das fases que o compõe e estudo da natureza, forma, distribuição e quantificação das mesmas. Neste trabalho será relatado o exame metalográfico de uma amostra, onde esta passa pelos processos de preparação da amostra (corte, lixamento, polimento), ataque químico e análise metalográfica. Após se ter a imagem metalografica da amostra a ser analisada, se faz comparações com bibliografias, para se chegar ao % de carbono, constituição do material, tratamento térmico realizado, etc.) que permitirão saber aproximadamente qual o tipo de material compõem a amostra analisada. Palavras-chave: metalografia, análise metalográfica, micrografia, aço. 1. Introdução A obtenção das propriedades que compõem um material passa pela determinação das fases e estudo da natureza, forma, distribuição e quantificação das mesmas. A definição de uma estrutura é dependente da escala à qual é observada. Portanto, é essencial diferenciar quando se está analisando uma estrutura macroscópica ou microscópica. O termo metalografia pode ser definido como o estudo das características estruturais ou da constituição dos metais e suas ligas, para relacioná-los com suas propriedades físicas, químicas e mecânicas.
  • 2. O exame metalográfico é um conjunto de atividades que procura relacionar a estrutura íntima do material com as suas propriedades físicas, com o processo de fabricação, com o desempenho de suas funções e outros. Pode ser: Macrográfico e Micrográfico. Macrográfico: Examina o aspecto de uma superfície após devidamente polida e atacada por um reagente adequado. Por seu intermédio tem-se uma idéia do conjunto, referente à homogeneidade do material, a distribuição e natureza das falhas, impureza e ao processo de fabricação. Micrográfico: Consiste no estudo dos produtos metalúrgicos, com o auxílio do microscópio, onde se pode observar e identificar a granulação do material, a natureza, a forma, a quantidade, e a distribuição dos diversos constituintes ou de certas inclusões. 2. Procedimentos Experimentais Para a realização do exame metalográfico são necessários os seguintes materiais e equipamentos: - equipamento para corte com discos abrasivos (Cut-Off); - disco abrasivo adequado (SiC); - equipamento para apoio de lixas; - lixas de malha: #80, #120, #220, #320#, #400, #600 e #1200. - secador (ventilado de ar quente); - algodão; - álcool etílico; - máquina politriz; - disco de polimento (disco de feltro); - óxido de alumina; - ácido nital 2%; - microscópio com lentes de aumento: 50, 100 e 400 vezes; - câmera fotográfica digital. Etapas de preparação do ensaio / da Amostra:
  • 3. A) Corte: A amostra a ser analisada deve ser cortada de forma a não sofrer alterações pelo método de corte (uma elevação da temperatura no local do corte na peça pode danificar/alterar a sua estrutura cristalina). Usa-se método a frio, em geral serras, para o corte primário, ou seja, para se separar a porção aproximada que será analisada. Na sequência, usa- se um equipamento denominado "Cut-Off" que faz um corte mais preciso, utilizando-se de um disco abrasivo e refrigeração com água, a fim de não provocar alterações por calor na amostra. Figura 01 – Cortadora Metalográfica B) Lixamento: Esta operação tem como objetivo extinguir riscos e marcas mais profundas da superfície a ser analisada dando um acabamento a esta superfície e deixando a amostra pronta para o polimento. O processo se inicia com a lixa de granulometria #80, sendo, as lixas, gradualmente trocadas até a mais fina (#1200). Deve-se prender a lixa no equipamento e arrastar a amostra sobre a mesma, sempre no mesmo sentido, até se obter a superfície desejada para aquela classificação da lixa (devem desaparecer os riscos deixados pela lixa anterior). Ao ser trocada a lixa, deve-se alternar em 90º o sentido de lixamento. Quando a amostra a ser analisada é pequena o suficiente para dificultar o lixamento, realiza- se o embutimento da mesma (antes desta etapa). Consiste em embutir a amostra em um tipo de polímero termorrígido (baquelite, resina acrílica) com o auxílio de uma prensa para embutimento de amostras de maneira que, devido ao aumento de tamanho, o lixamento é facilitado. Dessa maneira apenas a face a ser analisada fica exposta. É importante ressaltar que, neste trabalho, não foi preciso embutimento. Figura 02 – Processo de lixamento manual. C) Polimento: Operação pós lixamento que visa um acabamento superficial polido e isento de marcas. Na máquina politriz com o disco de polimento e auxílio do óxido de alumina, deve-se efetuar o polimento de forma cuidadosa. A amostra é passada em todos os sentidos, diminuindo a pressão no estágio final, durante o tempo necessário para que todos os riscos de lixa sejam eliminados e a superfície comece a se tornar espelhada. Após esta etapa deve-se limpar a amostra com álcool etílico e algodão, em seguida faz-se o processo de secagem da mesma com o secador. A peça não deve ficar com manchas de secagem.
  • 4. Figura 03 – Politriz com disco de feltro. D) Análise das Inclusões: Com o auxílio do microscópio, foi analisado a quantidade e característica das inclusões do material. Estas inclusões exercem influência considerável sobre as características do material, visto que podem gerar tensões excessivas, impedir o crescimento do reticulado cristalino e o movimento dos átomos. As inclusões serão comparadas com dados obtidos em bibliografias. E) Ataque Químico: Ataque feito por imersão da amostra em ácido nital 2%. Esta etapa revela a microestrutura através da corrosão superfície da amostra. Deve-se atacar o material de maneira progressiva, ou seja, deixa-se o mesmo por um pequeno tempo submerso (algo em torno de 4s), e analisa-se no microscópio se a estrutura do material foi ou não revelada. Se a estrutura foi revelada deve-se partir para a próxima etapa, caso contrário ataca-se novamente até obter o resultado desejado. Para esta etapa é preciso contar com a experiência humana, já que se deve conhecer como é uma estrutura corretamente revelada. Existem casos que, devido ao excesso de ataque, o material é queimado, nestes casos deve-se voltar a etapa de polimento da amostra. F) Análise Metalográfica: Neste estudo, a análise é microscópica (com auxílio do microscópio) e qualitativa, analisando, através da comparação com bibliografias, os constituintes da estrutura da amostra, e demais análises citadas no objetivo deste trabalho. 3. Resultados e Discussões A amostra analisada neste ensaio é em formado cilíndrico com aproximadamente 2cm de diâmetro inferior, 1cm de diâmetro superior e 2cm de altura. 3.1. Análise Pré-Ataque Após o processo de polimento, a amostra foi levada ao microscópio com uma lente de 100x de aumento para a visualização da formação de inclusões. Ao analisar a imagem obtida, pode-se notar a presença de riscos, provenientes de falhas no processo de lixamento, e principalmente pode-se notar que a amostra possui incrusões do tipo do D (oxido globular), de serie grossa e fina e com concentração 4, isto pode ser visto na figura 04 e 05.
  • 5. [pic] Figura 04 – Análise das Inclusões e Riscos – Pré-Ataque – Aumento 100x. [pic] Figura 5 – Avaliação da quantidade e tipo de inclusões. 3.2 – Análise Pós-Ataque O tempo necessário de permanência da amostra submersa em ácido nital 2%, para uma boa revelação da microestrutura da amostra foi de 4s. A figura 06 mostra a estrutura da amostra aumentada em 50 vezes e a figura 07 mostra a estrutura da amostra aumentada em 100 vezes , após o ataque, onde pode-se perceber uma rede de ferrita com saliências acirculares. [pic] Figura 06 – Superfície atacada com ácido nital 2%. Aumento 50x. [pic] Figura 07 – Superfície atacada com ácido nital 2%. Aumento 100x. Na figura 08 (amostra atacada com aumento de 400 vezes) percebe-se a existência de umarede de grãos de ferrita (grãos brancos com finos contornos pretos) com grãos de perlita (coloração mais ou menos escura). Na análise também percebemos a formação de agulhas de ferrita+perlita, o que caracteriza um super aquecido. Para uma afirmação mais precisa deve ser feito um ensaio mais complexo, como por exemplo, difração de raios-x. Ferrita é a solução sólida de carbono no ferro alfa e origina-se na zona crítica, durante o resfriamento, por transformação alotrópica de ferro gama (relativamente pouco dura e resistente). A perlita é formada por lamelas moles de ferrita e outras duras de cementita (dura e quebradiça), com dureza intermediária entre as duas. Nos aços com um pouco abaixo de 0,8% de carbono, os grãos de perlita são envolvidos por redes de ferrita. O aço que apresenta granulação grosseira em virtude de um tratamento térmico a temperaturas demasiadamente altas ou excessivamente demorado, chama-se superaquecido e pode ser regenerado, isto é, pode retomar sua granulação normal, mediante tratamentos térmicos adequados. Quando o superaquecido se dá a temperaturas vizinhas da linha
  • 6. “sólidus”, o aço torna-se mais quebradiço ainda, apresentado ás vezes oxidação nos contornos dos grãos , o aço, então, se diz queimado. [pic] Figura 08 – Superfície atacada com ácido nital 2%. Aumento 400x. 4. Conclusão • Quanto às inclusões, comparando-se com a bibliografia, nota-se uma semelhança com as inclusões do tipo D4 (tipo óxido globular) e de série fina e grossa mescladas, onde se encontra uma quantidade considerável de inclusões. • Os riscos existentes são provenientes de um lixamento e polimento um pouco defeituoso. A característica de agulhas do material representa um aço super aquecido, sendo que um aço super aquecido apresenta granulação grosseira em virtude de um tratamento térmico a temperaturas demasiadamente altas ou excessivamente demorada. A sua granulação grosseira deixa o aço menos dúctil, mais quebradiço. • • As presenças claras de perlita envolvida por redes de ferrita levam a crer que o material tem teor de carbono abaixo de 0,8%, sendo que quando as imagens foram comparadas com fotos disponíveis na bibliografia 03 (figuras 283 e 284, pág 159), percebeu-se que o material muito se aproxima de um aço com 0,5% de carbono. • Em resumo, pode-se entender que a amostra analisada tende a ser: fabricada pelo processo de fundição, passando por processo de resfriamento lento e muito se aproxima de um aço SAE 1050 (0,5% de carbono) super aquecido. 5. Referências Bibliográficas (1)DEMARIA, Carlos A. S; MARINHO, Paulo L. S. Prática da análise microestrutural metalográfica. Jul. 2004. 29p. (2)ROHDE, Regis Almir. Laboratório de Ensaios Mecânicos e Materiais – URI. Metalografia – Preparação de Amostras. Set. 2008. 23 p.
  • 7. (3)COLPAERT, Hubertus; Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Metalografia dos produtos siderúrgicos comuns. 3. ed São Paulo: Edgard Blücher, 2000. 412 p. (4)PERUCH, Fábio. Faculdade SATC. Preparação de Amostras e Exame Metalográfico. Criciúma. ----------------------- incrusões riscos ferrita perlita Formação de agulhas