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SUMÁRIO
CONCEITO DE CORROSÃO ........................................................................................................................................................................ 1
MEIOS CORROSIVOS................................................................................................................................................................................. 2
PRINCIPAIS MEIOS CORROSIVOS E RESPECTIVOS ELETRÓLITOS................................................................................................................ 2
SOLOS................................................................................................................................................................................................... 2
ÁGUAS NATURAIS............................................................................................................................................................................. 2
ÁGUA DO MAR ................................................................................................................................................................................. 2
REAÇÕES NO PROCESSO CORROSIVO - PRODUTOS DE CORROSÃO .......................................................................................................... 3
CONCLUSÕES IMPORTANTES.................................................................................................................................................................... 4
POLARIZAÇÃO - PASSIVAÇÃO - VELOCIDADE DE CORROSÃO.................................................................................................................... 5
1 - POLARIZAÇÃO POR CONCENTRAÇÃO .................................................................................................................................................. 5
2 - POLARIZAÇÃO POR ATIVAÇÃO......................................................................................................................................................... 5
3 - POLARIZAÇÃO ÔHMICA ............................................................................................................................................................... 7
PASSIVAÇÃO............................................................................................................................................................................................. 7
CURVAS DE POLARIZAÇÃO ....................................................................................................................................................................... 7
1. MÉTODO GALVANOSTÁTICO ................................................................................................................................................................ 8
2. MÉTODO POTENCIOSTÁTICO............................................................................................................................................................ 8
VELOCIDADE DE CORROSÃO..................................................................................................................................................................... 9
INFLUÊNCIA DE OUTROS FATORES NA VELOCIDADE DA CORROSÃO ...................................................................................................... 10
FORMAS E TAXAS DE CORROSÃO........................................................................................................................................................... 11
TAXAS DE CORROSÃO ............................................................................................................................................................................ 11
FORMAS DE CORROSÃO – DESENHO ESQUEMÁTICO.............................................................................................................................. 13
TIPOS DE CORROSÃO.............................................................................................................................................................................. 13
CORROSÃO UNIFORME .......................................................................................................................................................................... 13
CORROSÃO POR PITES............................................................................................................................................................................ 14
CORROSÃO POR CONCENTRAÇÃO DIFERENCIAL..................................................................................................................................... 14
CORROSÃO POR CONCENTRAÇÃO IÔNICA DIFERENCIAL ........................................................................................................................ 15
CORROSÃO POR AERAÇÃO DIFERENCIAL................................................................................................................................................ 15
CORROSÃO EM FRESTAS ........................................................................................................................................................................ 15
CORROSÃO FILIFORME........................................................................................................................................................................... 15
CORROSÃO GALVÂNICA ......................................................................................................................................................................... 15
CORROSÃO SELETIVA ............................................................................................................................................................................. 16
CORROSÃO GRAFÍTICA........................................................................................................................................................................... 16
CORROSÃO POR DEZINCIFICAÇÃO.......................................................................................................................................................... 16
CORROSÃO ASSOCIADA AO ESCOAMENTO DE FLUIDOS......................................................................................................................... 17
CORROSÃO-EROSÃO .............................................................................................................................................................................. 17
CORROSÃO COM CAVITAÇÃO................................................................................................................................................................. 17
CORROSÃO POR TURBULÊNCIA.............................................................................................................................................................. 18
MONITORAÇÃO DA CORROSÃO ............................................................................................................................................................. 18
MÉTODOS DE MONITORAÇÃO ............................................................................................................................................................... 19
NÃO-DESTRUTIVOS............................................................................................................................................................................. 19
ANALÍTICOS .................................................................................................................................................................................... 19
Referências Bibliográficas....................................................................................................................................................................... 20
RESPONSABILIDADE TÉCNICA....................................................................................................................................................... 21
1
CONCEITO DE CORROSÃO
A corrosão consiste na deterioração dos materiais pela ação química ou eletroquímica do meio, podendo estar ou
não associado a esforços mecânicos. Ao se considerar o emprego de materiais na construção de equipamentos ou
instalações é necessário que estes resistam à ação do meio corrosivo, além de apresentar propriedades mecânicas
suficientes e características de fabricação adequadas. A corrosão pode incidir sobre diversos tipos de materiais,
sejam metálicos como os aços ou as ligas de cobre, por exemplo, ou não metálicos, como plásticos, cerâmicas ou
concreto. A ênfase aqui descrita será sobre a corrosão dos materiais metálicos. Esta corrosão é denominada
corrosão metálica. Dependendo do tipo de ação do meio corrosivo sobre o material, os processos corrosivos
podem ser classificados em dois grandes grupos, abrangendo todos os casos deterioração por corrosão:
- Corrosão Eletroquímica
- Corrosão Química.
Os processos de corrosão eletroquímica são mais frequentes na natureza e se caracterizam basicamente por:
• Necessariamente na presença de água no estado líquido;
• Temperaturas abaixo do ponto de orvalho da água, sendo a grande maioria na temperatura ambiente;
• Formação de uma pilha ou célula de corrosão, com a circulação de elétrons na superfície metálica.
Em face da necessidade do eletrólito conter água líquida, a corrosão eletroquímica é também denominada
corrosão em meio aquoso. Nos processos de corrosão, os metais reagem com os elementos não metálicos
presentes no meio, O2, S, H2S, CO2 entre outros, produzindo compostos semelhantes aos encontrados na
natureza, dos quais foram extraídos. Conclui-se, portanto, que nestes casos a corrosão corresponde ao inverso dos
processos metalúrgicos, vide figura 1.
FIGURA 1
Os processos de corrosão química são, por vezes, denominados corrosão ou oxidação em altas temperaturas.
Estes processos são menos frequentes na natureza, envolvendo operações onde as temperaturas são elevadas.
Tais processos corrosivos se caracterizam basicamente por:
- ausência da água líquida;
- temperaturas, em geral, elevadas, sempre acima do ponto de orvalho da água;
- interação direta entre o metal e o meio corrosivo.
Como na corrosão química não se necessita de água líquida, ela também é denominada em meio não aquoso ou
corrosão seca. Existem processos de deterioração de materiais que ocorrem durante a sua vida em serviço, que
não se enquadram na definição de corrosão. Um deles é o desgaste devido à erosão, que remove mecanicamente
partículas do material. Embora esta perda de material seja gradual e decorrente da ação do meio, tem-se um
processo eminentemente físico e não químico ou eletroquímico. Pode-se entretanto ocorrer, em certos casos,
ação simultânea da corrosão, constituindo o fenômeno da corrosão-erosão. Outro tipo de alteração no material
que ocorre em serviço, são as transformações metalúrgicas que podem acontecer em alguns materiais,
particularmente em serviço com temperaturas elevadas. Em função destas transformações as propriedades
mecânicas podem sofrer grandes variações, por exemplo apresentando excessiva fragilidade na temperatura
ambiente. A alteração na estrutura metalúrgica em si não é corrosão embora possa modificar profundamente a
resistência à corrosão do material, tornando-o, por exemplo, susceptível à corrosão Inter granular. Durante o
serviço em alta temperatura pode ocorrer também o fenômeno da fluência, que é uma deformação plástica do
material crescente ao longo do tempo, em função da tensão atuante e da temperatura.
MEIOS CORROSIVOS
Os meios corrosivos em corrosão eletroquímica são responsáveis pelo aparecimento do eletrólito. O eletrólito é
uma solução eletricamente condutora constituída de água contendo sais, ácidos ou bases.
PRINCIPAIS MEIOS CORROSIVOS E RESPECTIVOS ELETRÓLITOS
- atmosfera: o ar contém umidade, sais em suspensão, gases industriais, poeira, etc. O eletrólito constitui-se da
água que condensa na superfície metálica, na presença de sais ou gases presentes no ambiente. Outros
constituintes como poeira e poluentes diversos podem acelerar o processo corrosivo;
SOLOS: os solos contêm umidade, sais minerais e bactérias. Alguns solos apresentam também, características
ácidas ou básicas. O eletrólito constitui-se principalmente da água com sais dissolvidos;
ÁGUAS NATURAIS (rios, lagos e do subsolo): estas águas podem conter sais minerais, eventualmente ácidos ou
bases, resíduos industriais, bactérias, poluentes diversos e gases dissolvidos. O eletrólito constitui-se
principalmente da água com sais dissolvidos. Os outros constituintes podem acelerar o processo corrosivo;
ÁGUA DO MAR: estas águas contêm uma quantidade apreciável de sais. Uma análise da água do mar apresenta
em média os seguintes constituintes em gramas por litro de água:
3
A água do mar em virtude da presença acentuada de sais, é um eletrólito por excelência. Outros constituintes
como gases dissolvidos, podem acelerar os processos corrosivos;
- produtos químicos: os produtos químicos, desde que em contato com água ou com umidade e formem um
eletrólito, podem provocar corrosão eletroquímica
REAÇÕES NO PROCESSO CORROSIVO - PRODUTOS DE CORROSÃO
As reações que ocorrem nos processos de corrosão eletroquímica são reações de oxidação e redução.
As reações na área anódica (anodo da pilha de corrosão) são reações de oxidação.
A reação mais importante e responsável pelo desgaste do material é a de passagem do metal da forma reduzida
para a iônica (combinada).
(Responsável pelo desgaste do metal) As reações na área catódica (cátodo da pilha de corrosão) são
reações de redução.
As reações de redução são realizadas com íons do meio corrosivo ou, eventualmente, com íons metálicos da
solução.
As principais reações na área catódica são:
As reações catódicas mais comuns nos processos corrosivos são "a", "b" e "c" as reações "d" e "e" são menos
frequentes, a última aparece apenas em processos de redução química ou eletrolítica.
Serão detalhados a seguir as reações catódicas apresentadas anteriormente e que ocorrem em meios neutros ou
aerados e não aerados. Reações catódicas em meio neutro aerado:
CONCLUSÕES IMPORTANTES:
Das reações catódicas acima pode-se tirar algumas importantes conclusões:
• A região catódica torna-se básica (há uma elevação do pH no entorno da área catódica).
• Em meios não aerados há liberação de H2, o qual é absorvido na superfície e responsável pela sobre tensão
ou sobre voltagem do hidrogênio. Este fenômeno provoca o retardamento do processo corrosivo e chama-
se polarização catódica.
• Em meios aerados há o consumo do H2 pelo O2, não havendo a sobre voltagem do hidrogênio. Neste caso
não há, portanto, a polarização catódica e haverá, consequentemente, a aceleração do processo corrosivo.
A composição do eletrólito na vizinhança do catodo é dependente de difusão do oxigênio no meio e da velocidade
de renovação do eletrólito. Deste modo é possível a ocorrência da reação "a" em meios aerados, caso o fluxo de
elétrons chegando ao catodo seja muito elevado. Um exemplo é o caso da superproteção catódica em água do
mar onde a reação "c", que normalmente ocorre, pode ser sobrepujada pela reação "a". Um sério inconveniente é
a possibilidade de ocorrência do fenômeno de fragilização pelo hidrogênio produzindo trincas e/ou a diminuição
da vida à fadiga.
Observação:
Em meios ácidos haverá um decréscimo da acidez no entorno da área catódica e em meios básicos haverá um
acréscimo da alcalinidade no entorno da área catódica.
Os produtos de corrosão nos processos eletroquímicos são, em geral, resultantes da formação de compostos
insolúveis entre o íon do metal e o íon hidroxila. O produto de corrosão é portanto, na grande maioria dos casos
hidróxido do metal corroído, ou óxido hidrato do metal.
Quando o meio corrosivo contiver outros íons poderá haver a formação de outros componentes insolúveis e o
produto de corrosão pode ser constituído de sulfetos, sulfatos, cloretos, dentre outras.
5
POLARIZAÇÃO - PASSIVAÇÃO - VELOCIDADE DE CORROSÃO
POLARIZAÇÃO
Polarização é a modificação do potencial de um eletrodo devido a variações de concentração, sobre voltagem de
um gás ou variação de resistência ôhmica.
Caso não houvesse o efeito do fenômeno da polarização a corrente entre anodos e catodos seria muito mais
elevada, à semelhança de um quase curto circuito. Isto se daria porque as resistências elétricas do metal e do
eletrólito são muito baixas, restando apenas as resistências de contato dos eletrodos.
Os fenômenos de polarização promovem a aproximação dos potenciais das áreas anódica e catódicas e produzem
aumento na resistência ôhmica do circuito, limitando a velocidade do processo corrosivo.
Graças a existência destes fenômenos as taxas de corrosão observadas na prática são substancialmente inferiores
àquelas que ocorreriam caso as pilhas de corrosão funcionassem ativamente em todas as condições dos processos
corrosivos.
Quando as reações de corrosão são controladas predominantemente por polarização nas áreas anódicas: diz-se
que a reação de corrosão é controlada anodicamente e que o eletrodo está sob o efeito de uma polarização
anódica.
Quando as reações de corrosão são controladas predominantemente por polarização nas áreas catódicas: diz-se
que a reação é controlada catodicamentee e que o eletrodo está sob o efeito de uma polarização catódica.
Quando é controlada pelo aumento de resistência de contato das áreas anódicas e catódicas: diz-se que a reação
é controlada ohmicamente.
De modo geral tem-se um controle misto das reações de corrosão.
São basicamente três as causas de polarização:
1 - POLARIZAÇÃO POR CONCENTRAÇÃO
Este tipo de polarização ocorre frequentemente em eletrólitos parados ou com pouco movimento.
O efeito de polarização resulta do aumento de concentração de íons do metal em torno da área anódica (baixando
o seu potencial na tabela de potenciais) e a rarefação de íons H+ no entorno da área catódica.
Caso o eletrólito possua movimento ambas as situações não devem acontecer.
2 - POLARIZAÇÃO POR ATIVAÇÃO
Este tipo de polarização ocorre devido à sobre voltagem de gases no entorno dos eletrodos.
Os casos mais importantes no estudo da corrosão, são aqueles em que há liberação de H2 no entorno do catodo
ou do O2 no entorno do anodo. A liberação de H2 no entorno do catodo é denominada polarização catódica e
assume particular importância como fator de controle dos processos corrosivos.
Em eletrólitos pouco aerados o H2 liberado e absorvido na área catódica provoca uma sobre tensão ou sobre
voltagem do hidrogênio capaz de reduzir sensivelmente a agressividade do meio. Podendo-se considerar por este
fato a corrosão do aço desprezível na presença de água doce ou salgada, totalmente desareada.
A sobre voltagem do hidrogênio foi estudada por Tafel estabelecendo a seguinte equação:
7
3 - POLARIZAÇÃO ÔHMICA
A polarização ôhmica ocorre devido a precipitação de compostos que se tornam insolúveis com a elevação do pH
no entorno da área catódica.
Estes compostos são principalmente carbonatos e hidróxidos que formam um revestimento natural sobre as áreas
catódicas, principalmente carbonato de cálcio e hidróxido de magnésio.
PASSIVAÇÃO
Passivação é a modificação do potencial de um eletrodo no sentido de menor atividade (mais catódico ou mais
nobre) devido a formação de uma película de produto de corrosão. Esta película é denominada película
passivante.
Os metais e ligas metálicas que se passivam são os formadores de películas protetoras.
Como exemplo podem ser citados:
• Cromo, níquel, titânio, aço inoxidável, monel que se passivam na grande maioria dos meios corrosivos,
especialmente na atmosfera;
• Chumbo que se passiva na presença de ácido sulfúrico;
• Ferro que se passiva na presença de ácido nítrico concentrado e não se passiva na presença de ácido nítrico
diluído;
• A maioria dos metais e ligas passivam-se na presença de meios básicos, com exceção dos metais anfóteros (Al,
Zn, Pb, Sn e Sb).
CURVAS DE POLARIZAÇÃO
As modificações no potencial de eletrodo resultante da polarização provocam mudança no valor deste potencial
alterando o ponto de equilíbrio, fazendo com que o potencial anódico desloque no sentido catódico e vice-versa.
A determinação experimental da curva de polarização de um certo material, num dado eletrólito, pode ser feita
por dois métodos distintos.
1. MÉTODO GALVANOSTÁTICO
O método mais simples, e também o mais antigo, é o galvanostático, que é caracterizado pelo fato de ter como
variável de controle a intensidade da corrente que circula no sistema, a qual é variada por meio de uma
resistência.
2. MÉTODO POTENCIOSTÁTICO
O outro método, de que se dispõe para a realização e ensaio de polarização, é o método potenciostático, o qual
apresenta como variante o método potenciocinético. Este método é caracterizado pelo fato de ter como variável
de controle o potencial e não a intensidade da corrente, como no modo galvanostático. A célula de polarização é
semelhante à anterior, porém a aparelhagem requerida é diferente. Para variar o potencial aplicado ao corpo de
prova em estudo é necessário um potenciostato, que é um aparelho bem mais complexo. Por meio do
potenciostato varia, no sentido anódico ou no catódico, o potencial do metal em relação ao eletrodo de
referência.
Para cada valor do potencial imposto, o sistema demanda uma certa corrente que é suprida pelo próprio
potenciostato.
A curva de polarização catódica que se obtém por este método é semelhante à obtida pelo método
galvanostático, porém a curva anódica para metais que apresentam a transição ativo/passivo, tem aspecto
completamente diferente. Curvas deste tipo não poderiam ser obtidas pelo método galvanostático.
9
VELOCIDADE DE CORROSÃO
A velocidade com que se processa a corrosão é dada pela massa de material desgastado, em uma certa área,
durante um certo tempo, ou seja, pela taxa de corrosão. A taxa de corrosão pode ser representada pela massa
desgastada por unidade de área na unidade de tempo.
A massa deteriorada pode ser calculada pela equação de Faraday:
m = e.i.t
Onde:
I
m = massa desgastada, em g;
e = equivalente eletroquímico do metal;
i = corrente de corrosão, em A;
t = tempo em que se observou o processo, em s.
A corrente l de corrosão é, portanto, um fator fundamental na maior ou menor intensidade do processo corrosivo
e o seu valor pode ser variável ao longo do processo corrosivo.
A corrente de corrosão depende fundamentalmente de dois fatores:
• Diferença de potencial das pilhas (diferença de potencial entre áreas anódicas e catódicas) - DV;
• Resistência de contato dos eletrodos das pilhas (resistência de contato das áreas anódicas e catódicas) - R;
A diferença de potencial - DV - pode ser influenciada pela resistividade do eletrólito, pela superfície de contato das
áreas anódicas e catódicas e também pelos fenômenos de polarização e passivação.
A velocidade de corrosão pode ser, ainda, alterada por outros fatores que serão tratados no item seguinte e que
influenciam de modo direto ou indireto na polarização ou na passivação.
O controle da velocidade de corrosão pode se processar na área anódica ou na área catódica, no primeiro caso diz-
se que a reação de corrosão é controlada anodicamente e no segundo caso catodicamente. Quando o controle se
dá anódica e catodicamente diz-se que o controle é misto.
INFLUÊNCIA DE OUTROS FATORES NA VELOCIDADE DA CORROSÃO
Alguns outros fatores influem na velocidade de corrosão, principalmente porque atuam nos fenômenos de
polarização e passivação.
Tais fatores que também influenciam a velocidade de corrosão são:
• Geração do meio corrosivo: como foi dito anteriormente oxigênio funciona como controlado dos
processos corrosivos. Portanto, na pressão atmosférica a velocidade de corrosão aumenta com o
acréscimo da taxa de oxigênio dissolvido. Isto ocorre por ser o oxigênio um elemento despolarizante e que
desloca a curva de polarização catódica no sentido de maior corrente de corrosão;
• PH de eletrólito: a maioria dos metais passivam-se em meios básicos (exceção para os m
• Temperatura: o aumento de temperatura acelera, de modo geral, as reações químicas. Da mesma forma
também em corrosão as taxas de desgaste aumentam com o aumento da temperatura. Com a elevação da
temperatura diminui-se a resistividade d eletrólito e consequentemente aumenta-se a velocidade de
corrosão;
• Efeito da velocidade: a velocidade relativa, superfície metálica-eletrólito, atua na taxa de desgaste de três
formas: para velocidades baixas há uma ação despolarizante intensa que se reduz à medida que a
velocidade se aproxima de 8 m/s (para o aço em contato com água do mar). A partir desta velocidade as
taxas praticamente se estabilizam voltando a crescer para altas velocidades quando diante de um
movimento turbulento tem-se, inclusive, uma ação erosiva.
11
FORMAS E TAXAS DE CORROSÃO
As formas segundo as quais a corrosão pode manifestar-se são definidas principalmente pela aparência da
superfície corroída, sendo as principais:
Corrosão uniforme: quando a corrosão se processa de modo aproximadamente uniforme em toda a superfície
atacada. Esta forma é comum em metais que não formam películas protetoras, como resultado do ataque;
• Corrosão por placas: quando os produtos de corrosão formam-se em placas que se desprendem
progressivamente. É comum em metais que formam película inicialmente protetora mas que, ao se
tornarem espessas, fraturam e perdem aderência, expondo o metal a novo ataque;
• Corrosão alveolar: quando o desgaste provocado pela corrosão se dá sob forma localizada, com o aspecto
de crateras. É frequente em metais formadores de películas semi protetoras ou quando se tem corrosão
sob depósito, como no caso da corrosão por aeração diferencial;
• Corrosão por pite: quando o desgaste se dá de forma muito localizada e de alta intensidade, geralmente
com profundidade maior que o diâmetro e bordos angulosos. A corrosão por pite é frequente em metais
formadores de películas protetoras, em geral passivas, que, sob a ação de certos agentes agressivos, são
destruídas em pontos localizados, os quais tornam-se ativos, possibilitando corrosão muito intensa.
Exemplo comum é representado pelos aços inoxidáveis austeníticos em meios que contêm cloretos;
• Corrosão intergranular ou intercristalina: quando o ataque se manifesta no contorno dos grãos, como no
caso dos aços inoxidáveis austeníticos sensitizados, expostos a meios corrosivos;
• Corrosão transgranular ou transcristalina: quando o fenômeno se manifesta sob a forma de trincas que se
propagam pelo interior dos grãos do material, como no caso da corrosão sob tensão de aços inoxidáveis
austeníticos.
TAXAS DE CORROSÃO
As taxas de corrosão expressam a velocidade do desgaste verificado na superfície metálica. A avaliação correta das
taxas de corrosão é, de modo geral, de grande importância para a determinação da vida útil provável de
equipamentos e instalações industriais. Os valores das taxas de corrosão podem ser expressos por meio da
redução de espessura do material por unidades de tempo, em mm/ano ou em perda de massa por unidade de
área, por unidade de tempo, por exemplo mg/dm2/dia (mdd). Pode ser expressa ainda em milésimos de polegada
por ano (mpy).
Cálculo das taxas de corrosão em mm/ano e mpy: quando se conhece a perda de massa pode ser dada pelas
seguintes expressões:
13
FORMAS DE CORROSÃO – DESENHO ESQUEMÁTICO
TIPOS DE CORROSÃO
Os processos corrosivos de natureza eletroquímica apresentam mecanismos idênticos porque sempre serão
constituídos por áreas anódicas e catódicas, entre as quais circula uma corrente de elétron e uma corrente de
íons. Entretanto a perda de massa e modo de ataque sobre o material dá-se de formas diferentes.
Serão abordados neste capítulo alguns tipos de corrosão, e os seus mecanismos específicos, dentro desta
abordagem das características do ataque corrosivo e das formas de desgaste.
CORROSÃO UNIFORME
A corrosão uniforme consiste no ataque de toda a superfície metálica em contato com o meio corrosivo com a
consequente diminuição da espessura.
Este tipo de corrosão ocorre em geral devido a micro pilhas de ação local e é, provavelmente, o mais comum dos
tipos de corrosão principalmente nos processos corrosivos de estruturas expostas à atmosfera e outros meios que
ensejam uma ação uniforme sobre a superfície metálica.
A corrosão uniforme é uma forma de desgaste de mais fácil acompanhamento, em especial quando se trata de
corrosão interna em equipamentos ou instalações, tendo em vista que a perda de espessura é aproximadamente a
mesma em toda a superfície metálica.
É entretanto um tipo de corrosão importante do ponto de vista de desgaste, podendo levar o equipamento ou
instalação a falhas significativas, limitando a sua vida útil.
Os outros tipos de ataque corrosivo onde há um local preferencial para a ocorrência da corrosão, resultando numa
perda localizada de espessura são denominadas corrosão localizada.
CORROSÃO POR PITES
A corrosão por pites é uma forma de corrosão localizada que consiste na formação de cavidades de pequena
extensão e razoável profundidade. Ocorre em determinados pontos da superfície enquanto que o restante pode
permanecer praticamente sem ataque.
É um tipo de corrosão muito característica dos materiais metálicos formadores de películas protetoras
(passiváveis) e resulta, de modo geral, da atuação da ilha ativa-passiva nos pontos nos quais a camada passiva é
rompida.
É um tipo de corrosão de mais difícil acompanhamento quando ocorre no interior de equipamentos e instalações
já que o controle da perda de espessura não caracteriza o desgaste verificado.
Nos materiais passiváveis a quebra da passividade ocorre em geral pela ação dos chamados íons halogenetos (Cl-,
Br-, I-, F-) e esta dissolução localizada da película gera uma área ativa que diante do restante passivado provoca
uma corrosão muito intensa e localizada. Uma grandeza importante neste caso é o potencial em que haja a quebra
de passividade. Na verdade o que ocorre é a alteração na curva de polarização anódica.
A presença dos íons halogenetos provoca alteração nas curvas de polarização anódica, tornando a quebra da
passividade mais provável.
Outro aspecto importante é o mecanismo de formação dos pites já que a falha se inicia em pontos de fragilidade
da película passivante (defeitos de formação) e o pH no interior do pite se altera substancialmente no sentido
ácido o que dificulta a restituição da passivação inicial. Resulta daí que a pequena área ativa formada diante de
uma grande área catódica provoca a corrosão intensa e localizada.
CORROSÃO POR CONCENTRAÇÃO DIFERENCIAL
Os processos corrosivos ocasionados por variação na concentração de determinados agentes no meio provocam
também, de um modo geral corrosão localizada. São resultantes da ação de pilhas de concentração iônica
diferencial e pilhas de aeração diferencial.
Os principais processos corrosivos por concentração diferencial são: a corrosão por concentração iônica
diferencial, a corrosão por aeração diferencial, a corrosão em frestas e a corrosão filiforme.
15
CORROSÃO POR CONCENTRAÇÃO IÔNICA DIFERENCIAL
Este tipo de corrosão ocorre toda vez que se tem variações na concentração de íons do metal no eletrólito. Como
resultado ter-se-á potenciais eletroquímicos diferentes e consequentemente uma pilha onde a área em contato
com menor concentração funcionará como anodo e a área em contato com maior concentração como catodo.
CORROSÃO POR AERAÇÃO DIFERENCIAL
Este tipo de corrosão ocorre toda vez que se tem variações na concentração de oxigênio no eletrólito.
Como o potencial eletroquímico de um material metálico torna-se cada vez mais catódico quanto maior for a
concentração de oxigênio no meio ao seu redor, as áreas com contato com maior concentração de oxigênio serão
catódicas, enquanto que aquelas com contato com menor concentração serão anódicas.
A corrosão por aeração diferencial ocorre com muita frequência na interface de saída de uma estrutura do solo ou
da água para a atmosfera.
CORROSÃO EM FRESTAS
As frestas estão sujeitas a formação de pilhas de aeração diferencial e de concentração iônica diferencial. Quando
o meio é líquido ocorre preferencialmente as pilhas de concentração iônica diferencial e quando o meio é gasoso
tende a ocorrer as pilhas de aeração diferencial.
Frestas ocorrem normalmente em juntas soldadas com chapas sobrepostas, em juntas rebitadas, em ligações
flangeadas, em ligações roscadas, em revestimentos com chapas aparafusadas, dentre outras situações geradores
de frestas. De qualquer forma as frestas deverão ser evitadas ou eliminadas por serem regiões preferenciais de
corrosão.
CORROSÃO FILIFORME
Designa-se corrosão filiforme a um tipo de corrosão que se processa sob filmes de revestimentos, especialmente
de pintura.
Acredita-se que a corrosão filiforme tenha um mecanismo semelhante à corrosão em frestas, devido a aeração
diferencial provocada por defeito no filme de pintura, embora o mecanismo real não seja ainda bem conhecido.
De modo geral o processo corrosivo começa nas bordas, progride unifilarmente apresentando a interessante
característica de refletir com o mesmo ângulo de incidência em obstáculos.
CORROSÃO GALVÂNICA
Denomina-se corrosão galvânica o processo corrosivo resultante do contato elétrico de materiais diferentes ou
dissimilares. Este tipo de corrosão será tão mais intenso quanto mais distantes forem os materiais na tabela de
potenciais eletroquímicos, ou seja, em termos de nobreza no meio considerado.
Terá também grande influência a relação entre as áreas catódica e anódica. A relação deverá ser a menor possível
a fim de se obter um desgaste menor e mais uniforme na área anódica.
Outro aspecto importante é a presença de íons metálicos no eletrólito, quando estes íons forem de materiais mais
catódicos que outros materiais onde venham haver contato, poderá ocorrer corrosão devido a redução dos íons
do meio com a consequente oxidação do metal do equipamento ou instalação.
Por exemplo, a presença de íons Cu++ em um eletrólito em contato com aço tenderá ocorrer a seguinte reação:
Fe + Cu++ Fe2+ + Cu
Havendo portanto a corrosão do ferro e a redução (deposição) de Cu.
CORROSÃO SELETIVA
Os processos corrosivos denominados de corrosão seletiva são aqueles em que se tenha a formação de um par
galvânico devido a grande diferença de nobreza entre dois elementos de uma liga metálica. Os dois principais
tipos de corrosão seletiva são a grafítica e a dezincificação.
CORROSÃO GRAFÍTICA
Designa-se corrosão grafítica ao processo corrosivo que ocorre nos ferros fundidos cinzentos e no ferro fundido
nodular.
O ferro fundido é normalmente usado para tubulações de água, de esgotos, drenagem, dentre outras.
Sendo o grafite um material muito mais catódico que o ferro, os veios ou nódulos de grafite do ferro fundido agem
como área catódica enquanto o ferro age como área anódica transformando-se em produto de corrosão.
Observa-se então em tubos velhos de ferro fundido, que se pode com uma faca ou canivete desagregar com
facilidade a parede do tubo à semelhança de um bloco de grafite.
A corrosão grafítica, em geral, não contraindica a utilização dos tubos de ferro fundido para os usos normais,
porque as exigências de pressões pequenas e o tubo suporta bem, mesmo quando corroído. Para minimizar os
problemas de corrosão grafítica é prática usual revestir os tubos, internamente com argamassa de cimento e
externamente com um revestimento adequado por tubulações enterradas.
CORROSÃO POR DEZINCIFICAÇÃO
Designa-se por dezincificação ao processo corrosivo que se observa nas ligas de zinco, especialmente latões,
utilizados em trocadores de calor (resfriadores, condensadores, etc.), tubulações para água salgada, dentre outras.
Do processo de corrosão resulta a destruição do zinco (material mais anódico) restando o cobre e produtos de
corrosão.
Observa-se maior tendência a dezincificação nos latões com alto teor de zinco, como por exemplo: latão alumínio
(76% Cu, 22% Zn e 2% Al), latão amarelo (67% Cu e 33% Zn).
17
O processo corrosivo pode se apresentar mesmo em ligas mais resistentes como o latão vermelho (85% Cu e 15%
Zn), caso a liga não seja bem homogênea.
A dezincificação pode ser evitada com tratamento térmico de solubilização da liga e com uso das ligas que
contenha elementos inibidores como As e o Sb.
CORROSÃO ASSOCIADA AO ESCOAMENTO DE FLUIDOS
No escoamento de fluidos pode-se ter a aceleração dos processos corrosivos em virtude da associação do efeito
mecânico com a ação corrosiva.
Os principais tipos de corrosão associada com escoamento são a corrosão-erosão, a corrosão com cavitação e a
corrosão por turbulência.
CORROSÃO-EROSÃO
Erosão de um material metálico é o desgaste mecânico provocado pela abrasão superficial de uma substância
sólida, líquida ou gasosa.
A ação erosiva sobre um material metálico é mais frequente nos seguintes casos:
• Quando se desloca um material sólido;
• Quando se desloca um líquido contendo partículas sólidas;
• Quando se desloca um gás contendo partículas líquidas ou sólidas.
No caso de líquidos e gases a ação erosiva ocorre normalmente, em tubulações, em permutadores, em pás de
turbinas.
A erosão provoca o desgaste superficial capaz de remover as películas protetoras constituídas de produtos de
corrosão.
Desta forma, um processo corrosivo torna-se mais intenso quando combinado com erosão.
A corrosão produz a película de produto de corrosão, o processo erosivo remove expondo a superfície a novo
desgaste corrosivo.
O resultado final será de um desgaste muito maior do que se apenas o processo corrosivo ou erosivo agisse
isoladamente.
CORROSÃO COM CAVITAÇÃO
Cavitação é o desgaste provocado em uma superfície metálica devido a ondas de choque do líquido, oriundas do
colapso de bolhas gasosas.
A cavitação surge em zonas de baixa pressão onde o líquido entra em ebulição formando bolhas, as quais ao
tomarem em contato com zonas de pressão mais alta são destruídas instantaneamente criando ondas de choque
no líquido.
A cavitação da mesma forma que a erosão destrói as películas de produtos de corrosão expondo o material a novo
desgaste corrosivo, além de provocar a deformação plástica com encruamento em face da incidência de ondas de
choque de alta pressão e portanto a criação de áreas anódicas.
Deste modo, o desgaste resultante será maior no caso de conjugar os dois fenômenos do que aquele observado
pela ação de cada um isoladamente.
CORROSÃO POR TURBULÊNCIA
É um processo corrosivo associado ao fluxo turbulento de um líquido. Ocorre particularmente quando há redução
na área de fluxo.
Se o movimento turbulento propiciar o aparecimento de bolhas gasosas, poderá ocorrer o choque destas bolhas
com a superfície metálica e o processo erosivo resultante é denominado de impingi mento. O ataque difere da
cavitação quanto a forma do desgaste, sendo no caso do impingi mento comum alvéolo sob a forma de ferradura
e as bolhas causadoras são em geral de ar, enquanto que na cavitação são bolhas de vapor do produto.
MONITORAÇÃO DA CORROSÃO
A monitoração da corrosão é uma forma sistemática de medição da corrosão ou da degradação de um
determinado componente de um equipamento, com o objetivo de auxiliar a compreensão do processo corrosivo
e/ou obter informações úteis para o controle da corrosão e das suas consequências. O monitoramento tem o seu
emprego mais nobre e de forma mais avançada em instalações e equipamentos de grande responsabilidade, que
requerem um nível de controle elevado. Neste caso, o monitoramento é visto como uma ferramenta fundamental
integrante do programa de controle de corrosão, e, portanto, capaz de fornecer informações relevantes sobre a
evolução do processo corrosivo, bem como identificar e monitorar, regularmente, os parâmetros operacionais
(composição química da carga ou do meio corrosivo, temperatura do processo, teor de contaminantes, etc.)
responsáveis pela elevação significativa da atividade corrosiva. Sistemas de monitoramento online são
implantados para acompanhar tanto a cinética do processo corrosivo (por 22 Química Aplicada exemplo, através
de sondas de corrosão), quanto as principais variáveis operacionais de controle desse processo, como, por
exemplo, através de medidores online de pH. Determina-se que alterações nestes parâmetros são passíveis de
19
promover reduções significativas na intensidade do processo corrosivo, de forma a mantê-lo sob controle efetivo
de redes informatizadas de transmissão e tratamento de dados e de meios computacionais. Um programa de
monitoramento de corrosão pode ser empregado com vários objetivos, dentre os quais se destacam:
• caracterização da natureza do ataque corrosivo;
• determinação da taxa de corrosão;
• avaliação dos procedimentos de prevenção e controle da corrosão e, eventualmente, adotados, como, por
exemplo, a seleção de tratamentos químicos mais adequados, a caracterização da eficiência e da dosagem ótima
de inibidores;
• análise de falhas decorrentes de problemas de corrosão e diagnóstico online sobre o “estado” da superfície em
contato com o meio corrosivo;
• auxílio no desenvolvimento de novas formas de controle da corrosão e de pesquisa de natureza tecnológica na
área de corrosão e proteção;
• execução de testes e ensaios de avaliação do comportamento de materiais, inibidores, revestimentos, etc., tanto
em campo como em bancada de laboratório.
MÉTODOS DE MONITORAÇÃO
Os métodos de monitoramento podem ser classificados em:
NÃO-DESTRUTIVOS – ultrassom, correntes parasitas (Eddy currentes), emissão acústica, radiografia, partícula
magnética, líquido penetrante, exame visual, termo grafia, etc.;
ANALÍTICOS – análise química, medidas de pH, do teor de oxigênio e da atividade microbiológica;
MÉTODOS DE ENGENHARIA DE CORROSÃO – abrangem os não-eletroquímicos, que são os cupons de
corrosão, a resistência elétrica e os provadores de hidrogênio, bem como os eletroquímicos, ou seja, a resistência
à polarização ou polarização linear, potencial de corrosão, amperimetria de resistência nula, impedância
eletroquímica e ruído eletroquímico. Como as técnicas de monitoração da corrosão são muito diversificadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Sites Pesquisados:
https://www.scribd.com/fullscreen/143772821?access_key=key-
1lnds6iin3iaxdmnbihz&allow_share=false&escape=false&show_recommendations=false&view_mode=scroll
http://www.abnt.org.br/
http://www.inmetro.gov.br/
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe_PsAE/apostila-petrobras-corosao
http://www.iope.com.br/3i_corrosao.htm
http://www.iecengenharia.com/noticias/livros
21
RESPONSABILIDADE TÉCNICA
TODAS AS NORMAS DEVEM SER SEMPRE VERIFICADOS POR MOTIVO DE ADEQUAÇÃO OU
ATUALIZAÇÃO VIGENTES.
Curso: Inspetor de Equipamentos
Disciplina: Módulo 13-MONITORAMENTO DA CORROSÃO
Inspetor Mário Sérgio de Oliveira Mello
Estudante - Usuário: 201411005 - CETEPIS

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MONITORAMENTO DA CORROSÃO

  • 1.
  • 2. SUMÁRIO CONCEITO DE CORROSÃO ........................................................................................................................................................................ 1 MEIOS CORROSIVOS................................................................................................................................................................................. 2 PRINCIPAIS MEIOS CORROSIVOS E RESPECTIVOS ELETRÓLITOS................................................................................................................ 2 SOLOS................................................................................................................................................................................................... 2 ÁGUAS NATURAIS............................................................................................................................................................................. 2 ÁGUA DO MAR ................................................................................................................................................................................. 2 REAÇÕES NO PROCESSO CORROSIVO - PRODUTOS DE CORROSÃO .......................................................................................................... 3 CONCLUSÕES IMPORTANTES.................................................................................................................................................................... 4 POLARIZAÇÃO - PASSIVAÇÃO - VELOCIDADE DE CORROSÃO.................................................................................................................... 5 1 - POLARIZAÇÃO POR CONCENTRAÇÃO .................................................................................................................................................. 5 2 - POLARIZAÇÃO POR ATIVAÇÃO......................................................................................................................................................... 5 3 - POLARIZAÇÃO ÔHMICA ............................................................................................................................................................... 7 PASSIVAÇÃO............................................................................................................................................................................................. 7 CURVAS DE POLARIZAÇÃO ....................................................................................................................................................................... 7 1. MÉTODO GALVANOSTÁTICO ................................................................................................................................................................ 8 2. MÉTODO POTENCIOSTÁTICO............................................................................................................................................................ 8 VELOCIDADE DE CORROSÃO..................................................................................................................................................................... 9 INFLUÊNCIA DE OUTROS FATORES NA VELOCIDADE DA CORROSÃO ...................................................................................................... 10 FORMAS E TAXAS DE CORROSÃO........................................................................................................................................................... 11 TAXAS DE CORROSÃO ............................................................................................................................................................................ 11 FORMAS DE CORROSÃO – DESENHO ESQUEMÁTICO.............................................................................................................................. 13 TIPOS DE CORROSÃO.............................................................................................................................................................................. 13 CORROSÃO UNIFORME .......................................................................................................................................................................... 13 CORROSÃO POR PITES............................................................................................................................................................................ 14 CORROSÃO POR CONCENTRAÇÃO DIFERENCIAL..................................................................................................................................... 14 CORROSÃO POR CONCENTRAÇÃO IÔNICA DIFERENCIAL ........................................................................................................................ 15 CORROSÃO POR AERAÇÃO DIFERENCIAL................................................................................................................................................ 15 CORROSÃO EM FRESTAS ........................................................................................................................................................................ 15 CORROSÃO FILIFORME........................................................................................................................................................................... 15 CORROSÃO GALVÂNICA ......................................................................................................................................................................... 15 CORROSÃO SELETIVA ............................................................................................................................................................................. 16 CORROSÃO GRAFÍTICA........................................................................................................................................................................... 16 CORROSÃO POR DEZINCIFICAÇÃO.......................................................................................................................................................... 16 CORROSÃO ASSOCIADA AO ESCOAMENTO DE FLUIDOS......................................................................................................................... 17 CORROSÃO-EROSÃO .............................................................................................................................................................................. 17
  • 3. CORROSÃO COM CAVITAÇÃO................................................................................................................................................................. 17 CORROSÃO POR TURBULÊNCIA.............................................................................................................................................................. 18 MONITORAÇÃO DA CORROSÃO ............................................................................................................................................................. 18 MÉTODOS DE MONITORAÇÃO ............................................................................................................................................................... 19 NÃO-DESTRUTIVOS............................................................................................................................................................................. 19 ANALÍTICOS .................................................................................................................................................................................... 19 Referências Bibliográficas....................................................................................................................................................................... 20 RESPONSABILIDADE TÉCNICA....................................................................................................................................................... 21
  • 4. 1 CONCEITO DE CORROSÃO A corrosão consiste na deterioração dos materiais pela ação química ou eletroquímica do meio, podendo estar ou não associado a esforços mecânicos. Ao se considerar o emprego de materiais na construção de equipamentos ou instalações é necessário que estes resistam à ação do meio corrosivo, além de apresentar propriedades mecânicas suficientes e características de fabricação adequadas. A corrosão pode incidir sobre diversos tipos de materiais, sejam metálicos como os aços ou as ligas de cobre, por exemplo, ou não metálicos, como plásticos, cerâmicas ou concreto. A ênfase aqui descrita será sobre a corrosão dos materiais metálicos. Esta corrosão é denominada corrosão metálica. Dependendo do tipo de ação do meio corrosivo sobre o material, os processos corrosivos podem ser classificados em dois grandes grupos, abrangendo todos os casos deterioração por corrosão: - Corrosão Eletroquímica - Corrosão Química. Os processos de corrosão eletroquímica são mais frequentes na natureza e se caracterizam basicamente por: • Necessariamente na presença de água no estado líquido; • Temperaturas abaixo do ponto de orvalho da água, sendo a grande maioria na temperatura ambiente; • Formação de uma pilha ou célula de corrosão, com a circulação de elétrons na superfície metálica. Em face da necessidade do eletrólito conter água líquida, a corrosão eletroquímica é também denominada corrosão em meio aquoso. Nos processos de corrosão, os metais reagem com os elementos não metálicos presentes no meio, O2, S, H2S, CO2 entre outros, produzindo compostos semelhantes aos encontrados na natureza, dos quais foram extraídos. Conclui-se, portanto, que nestes casos a corrosão corresponde ao inverso dos processos metalúrgicos, vide figura 1. FIGURA 1
  • 5. Os processos de corrosão química são, por vezes, denominados corrosão ou oxidação em altas temperaturas. Estes processos são menos frequentes na natureza, envolvendo operações onde as temperaturas são elevadas. Tais processos corrosivos se caracterizam basicamente por: - ausência da água líquida; - temperaturas, em geral, elevadas, sempre acima do ponto de orvalho da água; - interação direta entre o metal e o meio corrosivo. Como na corrosão química não se necessita de água líquida, ela também é denominada em meio não aquoso ou corrosão seca. Existem processos de deterioração de materiais que ocorrem durante a sua vida em serviço, que não se enquadram na definição de corrosão. Um deles é o desgaste devido à erosão, que remove mecanicamente partículas do material. Embora esta perda de material seja gradual e decorrente da ação do meio, tem-se um processo eminentemente físico e não químico ou eletroquímico. Pode-se entretanto ocorrer, em certos casos, ação simultânea da corrosão, constituindo o fenômeno da corrosão-erosão. Outro tipo de alteração no material que ocorre em serviço, são as transformações metalúrgicas que podem acontecer em alguns materiais, particularmente em serviço com temperaturas elevadas. Em função destas transformações as propriedades mecânicas podem sofrer grandes variações, por exemplo apresentando excessiva fragilidade na temperatura ambiente. A alteração na estrutura metalúrgica em si não é corrosão embora possa modificar profundamente a resistência à corrosão do material, tornando-o, por exemplo, susceptível à corrosão Inter granular. Durante o serviço em alta temperatura pode ocorrer também o fenômeno da fluência, que é uma deformação plástica do material crescente ao longo do tempo, em função da tensão atuante e da temperatura. MEIOS CORROSIVOS Os meios corrosivos em corrosão eletroquímica são responsáveis pelo aparecimento do eletrólito. O eletrólito é uma solução eletricamente condutora constituída de água contendo sais, ácidos ou bases. PRINCIPAIS MEIOS CORROSIVOS E RESPECTIVOS ELETRÓLITOS - atmosfera: o ar contém umidade, sais em suspensão, gases industriais, poeira, etc. O eletrólito constitui-se da água que condensa na superfície metálica, na presença de sais ou gases presentes no ambiente. Outros constituintes como poeira e poluentes diversos podem acelerar o processo corrosivo; SOLOS: os solos contêm umidade, sais minerais e bactérias. Alguns solos apresentam também, características ácidas ou básicas. O eletrólito constitui-se principalmente da água com sais dissolvidos; ÁGUAS NATURAIS (rios, lagos e do subsolo): estas águas podem conter sais minerais, eventualmente ácidos ou bases, resíduos industriais, bactérias, poluentes diversos e gases dissolvidos. O eletrólito constitui-se principalmente da água com sais dissolvidos. Os outros constituintes podem acelerar o processo corrosivo; ÁGUA DO MAR: estas águas contêm uma quantidade apreciável de sais. Uma análise da água do mar apresenta em média os seguintes constituintes em gramas por litro de água:
  • 6. 3 A água do mar em virtude da presença acentuada de sais, é um eletrólito por excelência. Outros constituintes como gases dissolvidos, podem acelerar os processos corrosivos; - produtos químicos: os produtos químicos, desde que em contato com água ou com umidade e formem um eletrólito, podem provocar corrosão eletroquímica REAÇÕES NO PROCESSO CORROSIVO - PRODUTOS DE CORROSÃO As reações que ocorrem nos processos de corrosão eletroquímica são reações de oxidação e redução. As reações na área anódica (anodo da pilha de corrosão) são reações de oxidação. A reação mais importante e responsável pelo desgaste do material é a de passagem do metal da forma reduzida para a iônica (combinada). (Responsável pelo desgaste do metal) As reações na área catódica (cátodo da pilha de corrosão) são reações de redução. As reações de redução são realizadas com íons do meio corrosivo ou, eventualmente, com íons metálicos da solução. As principais reações na área catódica são: As reações catódicas mais comuns nos processos corrosivos são "a", "b" e "c" as reações "d" e "e" são menos frequentes, a última aparece apenas em processos de redução química ou eletrolítica. Serão detalhados a seguir as reações catódicas apresentadas anteriormente e que ocorrem em meios neutros ou aerados e não aerados. Reações catódicas em meio neutro aerado:
  • 7. CONCLUSÕES IMPORTANTES: Das reações catódicas acima pode-se tirar algumas importantes conclusões: • A região catódica torna-se básica (há uma elevação do pH no entorno da área catódica). • Em meios não aerados há liberação de H2, o qual é absorvido na superfície e responsável pela sobre tensão ou sobre voltagem do hidrogênio. Este fenômeno provoca o retardamento do processo corrosivo e chama- se polarização catódica. • Em meios aerados há o consumo do H2 pelo O2, não havendo a sobre voltagem do hidrogênio. Neste caso não há, portanto, a polarização catódica e haverá, consequentemente, a aceleração do processo corrosivo. A composição do eletrólito na vizinhança do catodo é dependente de difusão do oxigênio no meio e da velocidade de renovação do eletrólito. Deste modo é possível a ocorrência da reação "a" em meios aerados, caso o fluxo de elétrons chegando ao catodo seja muito elevado. Um exemplo é o caso da superproteção catódica em água do mar onde a reação "c", que normalmente ocorre, pode ser sobrepujada pela reação "a". Um sério inconveniente é a possibilidade de ocorrência do fenômeno de fragilização pelo hidrogênio produzindo trincas e/ou a diminuição da vida à fadiga. Observação: Em meios ácidos haverá um decréscimo da acidez no entorno da área catódica e em meios básicos haverá um acréscimo da alcalinidade no entorno da área catódica. Os produtos de corrosão nos processos eletroquímicos são, em geral, resultantes da formação de compostos insolúveis entre o íon do metal e o íon hidroxila. O produto de corrosão é portanto, na grande maioria dos casos hidróxido do metal corroído, ou óxido hidrato do metal. Quando o meio corrosivo contiver outros íons poderá haver a formação de outros componentes insolúveis e o produto de corrosão pode ser constituído de sulfetos, sulfatos, cloretos, dentre outras.
  • 8. 5 POLARIZAÇÃO - PASSIVAÇÃO - VELOCIDADE DE CORROSÃO POLARIZAÇÃO Polarização é a modificação do potencial de um eletrodo devido a variações de concentração, sobre voltagem de um gás ou variação de resistência ôhmica. Caso não houvesse o efeito do fenômeno da polarização a corrente entre anodos e catodos seria muito mais elevada, à semelhança de um quase curto circuito. Isto se daria porque as resistências elétricas do metal e do eletrólito são muito baixas, restando apenas as resistências de contato dos eletrodos. Os fenômenos de polarização promovem a aproximação dos potenciais das áreas anódica e catódicas e produzem aumento na resistência ôhmica do circuito, limitando a velocidade do processo corrosivo. Graças a existência destes fenômenos as taxas de corrosão observadas na prática são substancialmente inferiores àquelas que ocorreriam caso as pilhas de corrosão funcionassem ativamente em todas as condições dos processos corrosivos. Quando as reações de corrosão são controladas predominantemente por polarização nas áreas anódicas: diz-se que a reação de corrosão é controlada anodicamente e que o eletrodo está sob o efeito de uma polarização anódica. Quando as reações de corrosão são controladas predominantemente por polarização nas áreas catódicas: diz-se que a reação é controlada catodicamentee e que o eletrodo está sob o efeito de uma polarização catódica. Quando é controlada pelo aumento de resistência de contato das áreas anódicas e catódicas: diz-se que a reação é controlada ohmicamente. De modo geral tem-se um controle misto das reações de corrosão. São basicamente três as causas de polarização: 1 - POLARIZAÇÃO POR CONCENTRAÇÃO Este tipo de polarização ocorre frequentemente em eletrólitos parados ou com pouco movimento. O efeito de polarização resulta do aumento de concentração de íons do metal em torno da área anódica (baixando o seu potencial na tabela de potenciais) e a rarefação de íons H+ no entorno da área catódica. Caso o eletrólito possua movimento ambas as situações não devem acontecer. 2 - POLARIZAÇÃO POR ATIVAÇÃO Este tipo de polarização ocorre devido à sobre voltagem de gases no entorno dos eletrodos.
  • 9. Os casos mais importantes no estudo da corrosão, são aqueles em que há liberação de H2 no entorno do catodo ou do O2 no entorno do anodo. A liberação de H2 no entorno do catodo é denominada polarização catódica e assume particular importância como fator de controle dos processos corrosivos. Em eletrólitos pouco aerados o H2 liberado e absorvido na área catódica provoca uma sobre tensão ou sobre voltagem do hidrogênio capaz de reduzir sensivelmente a agressividade do meio. Podendo-se considerar por este fato a corrosão do aço desprezível na presença de água doce ou salgada, totalmente desareada. A sobre voltagem do hidrogênio foi estudada por Tafel estabelecendo a seguinte equação:
  • 10. 7 3 - POLARIZAÇÃO ÔHMICA A polarização ôhmica ocorre devido a precipitação de compostos que se tornam insolúveis com a elevação do pH no entorno da área catódica. Estes compostos são principalmente carbonatos e hidróxidos que formam um revestimento natural sobre as áreas catódicas, principalmente carbonato de cálcio e hidróxido de magnésio. PASSIVAÇÃO Passivação é a modificação do potencial de um eletrodo no sentido de menor atividade (mais catódico ou mais nobre) devido a formação de uma película de produto de corrosão. Esta película é denominada película passivante. Os metais e ligas metálicas que se passivam são os formadores de películas protetoras. Como exemplo podem ser citados: • Cromo, níquel, titânio, aço inoxidável, monel que se passivam na grande maioria dos meios corrosivos, especialmente na atmosfera; • Chumbo que se passiva na presença de ácido sulfúrico; • Ferro que se passiva na presença de ácido nítrico concentrado e não se passiva na presença de ácido nítrico diluído; • A maioria dos metais e ligas passivam-se na presença de meios básicos, com exceção dos metais anfóteros (Al, Zn, Pb, Sn e Sb). CURVAS DE POLARIZAÇÃO As modificações no potencial de eletrodo resultante da polarização provocam mudança no valor deste potencial alterando o ponto de equilíbrio, fazendo com que o potencial anódico desloque no sentido catódico e vice-versa.
  • 11. A determinação experimental da curva de polarização de um certo material, num dado eletrólito, pode ser feita por dois métodos distintos. 1. MÉTODO GALVANOSTÁTICO O método mais simples, e também o mais antigo, é o galvanostático, que é caracterizado pelo fato de ter como variável de controle a intensidade da corrente que circula no sistema, a qual é variada por meio de uma resistência. 2. MÉTODO POTENCIOSTÁTICO O outro método, de que se dispõe para a realização e ensaio de polarização, é o método potenciostático, o qual apresenta como variante o método potenciocinético. Este método é caracterizado pelo fato de ter como variável de controle o potencial e não a intensidade da corrente, como no modo galvanostático. A célula de polarização é semelhante à anterior, porém a aparelhagem requerida é diferente. Para variar o potencial aplicado ao corpo de prova em estudo é necessário um potenciostato, que é um aparelho bem mais complexo. Por meio do potenciostato varia, no sentido anódico ou no catódico, o potencial do metal em relação ao eletrodo de referência. Para cada valor do potencial imposto, o sistema demanda uma certa corrente que é suprida pelo próprio potenciostato. A curva de polarização catódica que se obtém por este método é semelhante à obtida pelo método galvanostático, porém a curva anódica para metais que apresentam a transição ativo/passivo, tem aspecto completamente diferente. Curvas deste tipo não poderiam ser obtidas pelo método galvanostático.
  • 12. 9 VELOCIDADE DE CORROSÃO A velocidade com que se processa a corrosão é dada pela massa de material desgastado, em uma certa área, durante um certo tempo, ou seja, pela taxa de corrosão. A taxa de corrosão pode ser representada pela massa desgastada por unidade de área na unidade de tempo. A massa deteriorada pode ser calculada pela equação de Faraday: m = e.i.t Onde: I m = massa desgastada, em g; e = equivalente eletroquímico do metal; i = corrente de corrosão, em A; t = tempo em que se observou o processo, em s. A corrente l de corrosão é, portanto, um fator fundamental na maior ou menor intensidade do processo corrosivo e o seu valor pode ser variável ao longo do processo corrosivo. A corrente de corrosão depende fundamentalmente de dois fatores: • Diferença de potencial das pilhas (diferença de potencial entre áreas anódicas e catódicas) - DV; • Resistência de contato dos eletrodos das pilhas (resistência de contato das áreas anódicas e catódicas) - R;
  • 13. A diferença de potencial - DV - pode ser influenciada pela resistividade do eletrólito, pela superfície de contato das áreas anódicas e catódicas e também pelos fenômenos de polarização e passivação. A velocidade de corrosão pode ser, ainda, alterada por outros fatores que serão tratados no item seguinte e que influenciam de modo direto ou indireto na polarização ou na passivação. O controle da velocidade de corrosão pode se processar na área anódica ou na área catódica, no primeiro caso diz- se que a reação de corrosão é controlada anodicamente e no segundo caso catodicamente. Quando o controle se dá anódica e catodicamente diz-se que o controle é misto. INFLUÊNCIA DE OUTROS FATORES NA VELOCIDADE DA CORROSÃO Alguns outros fatores influem na velocidade de corrosão, principalmente porque atuam nos fenômenos de polarização e passivação. Tais fatores que também influenciam a velocidade de corrosão são: • Geração do meio corrosivo: como foi dito anteriormente oxigênio funciona como controlado dos processos corrosivos. Portanto, na pressão atmosférica a velocidade de corrosão aumenta com o acréscimo da taxa de oxigênio dissolvido. Isto ocorre por ser o oxigênio um elemento despolarizante e que desloca a curva de polarização catódica no sentido de maior corrente de corrosão; • PH de eletrólito: a maioria dos metais passivam-se em meios básicos (exceção para os m • Temperatura: o aumento de temperatura acelera, de modo geral, as reações químicas. Da mesma forma também em corrosão as taxas de desgaste aumentam com o aumento da temperatura. Com a elevação da temperatura diminui-se a resistividade d eletrólito e consequentemente aumenta-se a velocidade de corrosão; • Efeito da velocidade: a velocidade relativa, superfície metálica-eletrólito, atua na taxa de desgaste de três formas: para velocidades baixas há uma ação despolarizante intensa que se reduz à medida que a velocidade se aproxima de 8 m/s (para o aço em contato com água do mar). A partir desta velocidade as taxas praticamente se estabilizam voltando a crescer para altas velocidades quando diante de um movimento turbulento tem-se, inclusive, uma ação erosiva.
  • 14. 11 FORMAS E TAXAS DE CORROSÃO As formas segundo as quais a corrosão pode manifestar-se são definidas principalmente pela aparência da superfície corroída, sendo as principais: Corrosão uniforme: quando a corrosão se processa de modo aproximadamente uniforme em toda a superfície atacada. Esta forma é comum em metais que não formam películas protetoras, como resultado do ataque; • Corrosão por placas: quando os produtos de corrosão formam-se em placas que se desprendem progressivamente. É comum em metais que formam película inicialmente protetora mas que, ao se tornarem espessas, fraturam e perdem aderência, expondo o metal a novo ataque; • Corrosão alveolar: quando o desgaste provocado pela corrosão se dá sob forma localizada, com o aspecto de crateras. É frequente em metais formadores de películas semi protetoras ou quando se tem corrosão sob depósito, como no caso da corrosão por aeração diferencial; • Corrosão por pite: quando o desgaste se dá de forma muito localizada e de alta intensidade, geralmente com profundidade maior que o diâmetro e bordos angulosos. A corrosão por pite é frequente em metais formadores de películas protetoras, em geral passivas, que, sob a ação de certos agentes agressivos, são destruídas em pontos localizados, os quais tornam-se ativos, possibilitando corrosão muito intensa. Exemplo comum é representado pelos aços inoxidáveis austeníticos em meios que contêm cloretos; • Corrosão intergranular ou intercristalina: quando o ataque se manifesta no contorno dos grãos, como no caso dos aços inoxidáveis austeníticos sensitizados, expostos a meios corrosivos; • Corrosão transgranular ou transcristalina: quando o fenômeno se manifesta sob a forma de trincas que se propagam pelo interior dos grãos do material, como no caso da corrosão sob tensão de aços inoxidáveis austeníticos. TAXAS DE CORROSÃO As taxas de corrosão expressam a velocidade do desgaste verificado na superfície metálica. A avaliação correta das taxas de corrosão é, de modo geral, de grande importância para a determinação da vida útil provável de equipamentos e instalações industriais. Os valores das taxas de corrosão podem ser expressos por meio da redução de espessura do material por unidades de tempo, em mm/ano ou em perda de massa por unidade de área, por unidade de tempo, por exemplo mg/dm2/dia (mdd). Pode ser expressa ainda em milésimos de polegada por ano (mpy).
  • 15. Cálculo das taxas de corrosão em mm/ano e mpy: quando se conhece a perda de massa pode ser dada pelas seguintes expressões:
  • 16. 13 FORMAS DE CORROSÃO – DESENHO ESQUEMÁTICO TIPOS DE CORROSÃO Os processos corrosivos de natureza eletroquímica apresentam mecanismos idênticos porque sempre serão constituídos por áreas anódicas e catódicas, entre as quais circula uma corrente de elétron e uma corrente de íons. Entretanto a perda de massa e modo de ataque sobre o material dá-se de formas diferentes. Serão abordados neste capítulo alguns tipos de corrosão, e os seus mecanismos específicos, dentro desta abordagem das características do ataque corrosivo e das formas de desgaste. CORROSÃO UNIFORME A corrosão uniforme consiste no ataque de toda a superfície metálica em contato com o meio corrosivo com a consequente diminuição da espessura.
  • 17. Este tipo de corrosão ocorre em geral devido a micro pilhas de ação local e é, provavelmente, o mais comum dos tipos de corrosão principalmente nos processos corrosivos de estruturas expostas à atmosfera e outros meios que ensejam uma ação uniforme sobre a superfície metálica. A corrosão uniforme é uma forma de desgaste de mais fácil acompanhamento, em especial quando se trata de corrosão interna em equipamentos ou instalações, tendo em vista que a perda de espessura é aproximadamente a mesma em toda a superfície metálica. É entretanto um tipo de corrosão importante do ponto de vista de desgaste, podendo levar o equipamento ou instalação a falhas significativas, limitando a sua vida útil. Os outros tipos de ataque corrosivo onde há um local preferencial para a ocorrência da corrosão, resultando numa perda localizada de espessura são denominadas corrosão localizada. CORROSÃO POR PITES A corrosão por pites é uma forma de corrosão localizada que consiste na formação de cavidades de pequena extensão e razoável profundidade. Ocorre em determinados pontos da superfície enquanto que o restante pode permanecer praticamente sem ataque. É um tipo de corrosão muito característica dos materiais metálicos formadores de películas protetoras (passiváveis) e resulta, de modo geral, da atuação da ilha ativa-passiva nos pontos nos quais a camada passiva é rompida. É um tipo de corrosão de mais difícil acompanhamento quando ocorre no interior de equipamentos e instalações já que o controle da perda de espessura não caracteriza o desgaste verificado. Nos materiais passiváveis a quebra da passividade ocorre em geral pela ação dos chamados íons halogenetos (Cl-, Br-, I-, F-) e esta dissolução localizada da película gera uma área ativa que diante do restante passivado provoca uma corrosão muito intensa e localizada. Uma grandeza importante neste caso é o potencial em que haja a quebra de passividade. Na verdade o que ocorre é a alteração na curva de polarização anódica. A presença dos íons halogenetos provoca alteração nas curvas de polarização anódica, tornando a quebra da passividade mais provável. Outro aspecto importante é o mecanismo de formação dos pites já que a falha se inicia em pontos de fragilidade da película passivante (defeitos de formação) e o pH no interior do pite se altera substancialmente no sentido ácido o que dificulta a restituição da passivação inicial. Resulta daí que a pequena área ativa formada diante de uma grande área catódica provoca a corrosão intensa e localizada. CORROSÃO POR CONCENTRAÇÃO DIFERENCIAL Os processos corrosivos ocasionados por variação na concentração de determinados agentes no meio provocam também, de um modo geral corrosão localizada. São resultantes da ação de pilhas de concentração iônica diferencial e pilhas de aeração diferencial. Os principais processos corrosivos por concentração diferencial são: a corrosão por concentração iônica diferencial, a corrosão por aeração diferencial, a corrosão em frestas e a corrosão filiforme.
  • 18. 15 CORROSÃO POR CONCENTRAÇÃO IÔNICA DIFERENCIAL Este tipo de corrosão ocorre toda vez que se tem variações na concentração de íons do metal no eletrólito. Como resultado ter-se-á potenciais eletroquímicos diferentes e consequentemente uma pilha onde a área em contato com menor concentração funcionará como anodo e a área em contato com maior concentração como catodo. CORROSÃO POR AERAÇÃO DIFERENCIAL Este tipo de corrosão ocorre toda vez que se tem variações na concentração de oxigênio no eletrólito. Como o potencial eletroquímico de um material metálico torna-se cada vez mais catódico quanto maior for a concentração de oxigênio no meio ao seu redor, as áreas com contato com maior concentração de oxigênio serão catódicas, enquanto que aquelas com contato com menor concentração serão anódicas. A corrosão por aeração diferencial ocorre com muita frequência na interface de saída de uma estrutura do solo ou da água para a atmosfera. CORROSÃO EM FRESTAS As frestas estão sujeitas a formação de pilhas de aeração diferencial e de concentração iônica diferencial. Quando o meio é líquido ocorre preferencialmente as pilhas de concentração iônica diferencial e quando o meio é gasoso tende a ocorrer as pilhas de aeração diferencial. Frestas ocorrem normalmente em juntas soldadas com chapas sobrepostas, em juntas rebitadas, em ligações flangeadas, em ligações roscadas, em revestimentos com chapas aparafusadas, dentre outras situações geradores de frestas. De qualquer forma as frestas deverão ser evitadas ou eliminadas por serem regiões preferenciais de corrosão. CORROSÃO FILIFORME Designa-se corrosão filiforme a um tipo de corrosão que se processa sob filmes de revestimentos, especialmente de pintura. Acredita-se que a corrosão filiforme tenha um mecanismo semelhante à corrosão em frestas, devido a aeração diferencial provocada por defeito no filme de pintura, embora o mecanismo real não seja ainda bem conhecido. De modo geral o processo corrosivo começa nas bordas, progride unifilarmente apresentando a interessante característica de refletir com o mesmo ângulo de incidência em obstáculos. CORROSÃO GALVÂNICA Denomina-se corrosão galvânica o processo corrosivo resultante do contato elétrico de materiais diferentes ou dissimilares. Este tipo de corrosão será tão mais intenso quanto mais distantes forem os materiais na tabela de potenciais eletroquímicos, ou seja, em termos de nobreza no meio considerado.
  • 19. Terá também grande influência a relação entre as áreas catódica e anódica. A relação deverá ser a menor possível a fim de se obter um desgaste menor e mais uniforme na área anódica. Outro aspecto importante é a presença de íons metálicos no eletrólito, quando estes íons forem de materiais mais catódicos que outros materiais onde venham haver contato, poderá ocorrer corrosão devido a redução dos íons do meio com a consequente oxidação do metal do equipamento ou instalação. Por exemplo, a presença de íons Cu++ em um eletrólito em contato com aço tenderá ocorrer a seguinte reação: Fe + Cu++ Fe2+ + Cu Havendo portanto a corrosão do ferro e a redução (deposição) de Cu. CORROSÃO SELETIVA Os processos corrosivos denominados de corrosão seletiva são aqueles em que se tenha a formação de um par galvânico devido a grande diferença de nobreza entre dois elementos de uma liga metálica. Os dois principais tipos de corrosão seletiva são a grafítica e a dezincificação. CORROSÃO GRAFÍTICA Designa-se corrosão grafítica ao processo corrosivo que ocorre nos ferros fundidos cinzentos e no ferro fundido nodular. O ferro fundido é normalmente usado para tubulações de água, de esgotos, drenagem, dentre outras. Sendo o grafite um material muito mais catódico que o ferro, os veios ou nódulos de grafite do ferro fundido agem como área catódica enquanto o ferro age como área anódica transformando-se em produto de corrosão. Observa-se então em tubos velhos de ferro fundido, que se pode com uma faca ou canivete desagregar com facilidade a parede do tubo à semelhança de um bloco de grafite. A corrosão grafítica, em geral, não contraindica a utilização dos tubos de ferro fundido para os usos normais, porque as exigências de pressões pequenas e o tubo suporta bem, mesmo quando corroído. Para minimizar os problemas de corrosão grafítica é prática usual revestir os tubos, internamente com argamassa de cimento e externamente com um revestimento adequado por tubulações enterradas. CORROSÃO POR DEZINCIFICAÇÃO Designa-se por dezincificação ao processo corrosivo que se observa nas ligas de zinco, especialmente latões, utilizados em trocadores de calor (resfriadores, condensadores, etc.), tubulações para água salgada, dentre outras. Do processo de corrosão resulta a destruição do zinco (material mais anódico) restando o cobre e produtos de corrosão. Observa-se maior tendência a dezincificação nos latões com alto teor de zinco, como por exemplo: latão alumínio (76% Cu, 22% Zn e 2% Al), latão amarelo (67% Cu e 33% Zn).
  • 20. 17 O processo corrosivo pode se apresentar mesmo em ligas mais resistentes como o latão vermelho (85% Cu e 15% Zn), caso a liga não seja bem homogênea. A dezincificação pode ser evitada com tratamento térmico de solubilização da liga e com uso das ligas que contenha elementos inibidores como As e o Sb. CORROSÃO ASSOCIADA AO ESCOAMENTO DE FLUIDOS No escoamento de fluidos pode-se ter a aceleração dos processos corrosivos em virtude da associação do efeito mecânico com a ação corrosiva. Os principais tipos de corrosão associada com escoamento são a corrosão-erosão, a corrosão com cavitação e a corrosão por turbulência. CORROSÃO-EROSÃO Erosão de um material metálico é o desgaste mecânico provocado pela abrasão superficial de uma substância sólida, líquida ou gasosa. A ação erosiva sobre um material metálico é mais frequente nos seguintes casos: • Quando se desloca um material sólido; • Quando se desloca um líquido contendo partículas sólidas; • Quando se desloca um gás contendo partículas líquidas ou sólidas. No caso de líquidos e gases a ação erosiva ocorre normalmente, em tubulações, em permutadores, em pás de turbinas. A erosão provoca o desgaste superficial capaz de remover as películas protetoras constituídas de produtos de corrosão. Desta forma, um processo corrosivo torna-se mais intenso quando combinado com erosão. A corrosão produz a película de produto de corrosão, o processo erosivo remove expondo a superfície a novo desgaste corrosivo. O resultado final será de um desgaste muito maior do que se apenas o processo corrosivo ou erosivo agisse isoladamente. CORROSÃO COM CAVITAÇÃO Cavitação é o desgaste provocado em uma superfície metálica devido a ondas de choque do líquido, oriundas do colapso de bolhas gasosas. A cavitação surge em zonas de baixa pressão onde o líquido entra em ebulição formando bolhas, as quais ao tomarem em contato com zonas de pressão mais alta são destruídas instantaneamente criando ondas de choque no líquido. A cavitação da mesma forma que a erosão destrói as películas de produtos de corrosão expondo o material a novo desgaste corrosivo, além de provocar a deformação plástica com encruamento em face da incidência de ondas de choque de alta pressão e portanto a criação de áreas anódicas.
  • 21. Deste modo, o desgaste resultante será maior no caso de conjugar os dois fenômenos do que aquele observado pela ação de cada um isoladamente. CORROSÃO POR TURBULÊNCIA É um processo corrosivo associado ao fluxo turbulento de um líquido. Ocorre particularmente quando há redução na área de fluxo. Se o movimento turbulento propiciar o aparecimento de bolhas gasosas, poderá ocorrer o choque destas bolhas com a superfície metálica e o processo erosivo resultante é denominado de impingi mento. O ataque difere da cavitação quanto a forma do desgaste, sendo no caso do impingi mento comum alvéolo sob a forma de ferradura e as bolhas causadoras são em geral de ar, enquanto que na cavitação são bolhas de vapor do produto. MONITORAÇÃO DA CORROSÃO A monitoração da corrosão é uma forma sistemática de medição da corrosão ou da degradação de um determinado componente de um equipamento, com o objetivo de auxiliar a compreensão do processo corrosivo e/ou obter informações úteis para o controle da corrosão e das suas consequências. O monitoramento tem o seu emprego mais nobre e de forma mais avançada em instalações e equipamentos de grande responsabilidade, que requerem um nível de controle elevado. Neste caso, o monitoramento é visto como uma ferramenta fundamental integrante do programa de controle de corrosão, e, portanto, capaz de fornecer informações relevantes sobre a evolução do processo corrosivo, bem como identificar e monitorar, regularmente, os parâmetros operacionais (composição química da carga ou do meio corrosivo, temperatura do processo, teor de contaminantes, etc.) responsáveis pela elevação significativa da atividade corrosiva. Sistemas de monitoramento online são implantados para acompanhar tanto a cinética do processo corrosivo (por 22 Química Aplicada exemplo, através de sondas de corrosão), quanto as principais variáveis operacionais de controle desse processo, como, por exemplo, através de medidores online de pH. Determina-se que alterações nestes parâmetros são passíveis de
  • 22. 19 promover reduções significativas na intensidade do processo corrosivo, de forma a mantê-lo sob controle efetivo de redes informatizadas de transmissão e tratamento de dados e de meios computacionais. Um programa de monitoramento de corrosão pode ser empregado com vários objetivos, dentre os quais se destacam: • caracterização da natureza do ataque corrosivo; • determinação da taxa de corrosão; • avaliação dos procedimentos de prevenção e controle da corrosão e, eventualmente, adotados, como, por exemplo, a seleção de tratamentos químicos mais adequados, a caracterização da eficiência e da dosagem ótima de inibidores; • análise de falhas decorrentes de problemas de corrosão e diagnóstico online sobre o “estado” da superfície em contato com o meio corrosivo; • auxílio no desenvolvimento de novas formas de controle da corrosão e de pesquisa de natureza tecnológica na área de corrosão e proteção; • execução de testes e ensaios de avaliação do comportamento de materiais, inibidores, revestimentos, etc., tanto em campo como em bancada de laboratório. MÉTODOS DE MONITORAÇÃO Os métodos de monitoramento podem ser classificados em: NÃO-DESTRUTIVOS – ultrassom, correntes parasitas (Eddy currentes), emissão acústica, radiografia, partícula magnética, líquido penetrante, exame visual, termo grafia, etc.; ANALÍTICOS – análise química, medidas de pH, do teor de oxigênio e da atividade microbiológica; MÉTODOS DE ENGENHARIA DE CORROSÃO – abrangem os não-eletroquímicos, que são os cupons de corrosão, a resistência elétrica e os provadores de hidrogênio, bem como os eletroquímicos, ou seja, a resistência à polarização ou polarização linear, potencial de corrosão, amperimetria de resistência nula, impedância eletroquímica e ruído eletroquímico. Como as técnicas de monitoração da corrosão são muito diversificadas.
  • 24. 21 RESPONSABILIDADE TÉCNICA TODAS AS NORMAS DEVEM SER SEMPRE VERIFICADOS POR MOTIVO DE ADEQUAÇÃO OU ATUALIZAÇÃO VIGENTES. Curso: Inspetor de Equipamentos Disciplina: Módulo 13-MONITORAMENTO DA CORROSÃO Inspetor Mário Sérgio de Oliveira Mello Estudante - Usuário: 201411005 - CETEPIS