O documento descreve a origem e a experiência dos escravos africanos trazidos ao Brasil entre os séculos XVI e XIX. Os principais locais de origem foram a Guiné-Bissau, Serra Leoa, Costa do Marfim, Nigéria, Angola e Moçambique. Os escravos sofreram crueldades e foram tratados como objetos pelos colonizadores europeus. Apesar da repressão, eles mantiveram aspectos de suas culturas por meio da religião, da música e da culinária.
Questões de vestibular - África e tráfico de escravos
Ancestrais Africanos
1. ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ NERY CONSTANT
DISCIPLINA: HISTÓRIA DATA: ____/_____/_____
PROFESSOR: DANIEL BRITO
Os nossos ancestrais africanos
Os negros africanos foram trazidos, principalmente, da costa ocidental da África. Os nossos
colonizadores trouxeram, aproximadamente, 5 milhões de pessoas que foram utilizadas como mão
de obra escrava em diversas atividades como agricultura, mineração, serviços domésticos, etc. Os
principais locais de origem dos escravos africanos trazidos para o Brasil foram: Guiné-
Bissau, Serra Leoa, Costa do Marfim, Nigéria, Angola e Moçambique.
Havia os bantos de áreas hoje conhecidas com o nome de Angola e Moçambique. Também
vieram grupos africanos de formação religiosa islâmica, como os mandinga, haussa e, do
norte da Nigéria, negros male. E alguns grupos menores da Serra Leoa e da Costa do Marfim.
A escravidão africana foi praticada durante mais de três séculos. No Brasil, do século XVI ao
final do século XIX. Os sofrimentos pelos quais os africanos passaram foram inúmeros e cruéis.
Para os europeus, todos os povos diferentes deles eram considerados inferiores. Aqui, os
portugueses entendiam que os africanos, que vieram obrigados, eram animais irracionais e não
tinham alma, religião e cultura. Enfim, para os europeus, os escravos não passavam de objetos,
mercadorias e, quando chegavam à América, eram registrados e marcados para a venda. Eram
obrigados, por meio de horríveis torturas físicas, a executar os piores tipos de tarefas.
A Classe dominante, na época, fazia uso de algumas práticas para impedir a organização
dos negros africanos escravizados contra eles. Por exemplo, evitavam deixar juntos escravos de
mesma origem porque sabiam que a diversidade lingüística, étnica e cultural entre diferentes grupos
aumentava a dificuldade para que se organizassem.
Dessa forma, sem referência de identidade e de cultura, isolados, os escravos africanos,
depois de muito tempo no Brasil, passaram a se comunicar falando o português que aprenderam
através dos gritos dos feitores. Esse aprendizado levou à disseminação da língua portuguesa nas
áreas onde trabalhavam: o nordeste açucareiro e as zonas de mineração no centro do país.
Isolado de seu berço africano e longe dos olhos de seus senhores, o negro obteve consolo
nas crenças religiosas, nas danças, na música e nas criações culinárias. Apesar das dificuldades
imposta pela classe dominante, nessa fase existia uma certa união entre os escravos.
Questões
Q1. Em sua opinião, qual o significado do título do texto: “Os nossos ancestrais africanos”?
Q2. Cite os principais locais de origem dos escravos africanos trazidos para o Brasil?
Q3. Retire do texto lido uma frase que demonstre os sofrimentos pelos quais os africanos
passaram.
Q4. Qual a visão que o europeu tinha de todos os povos diferentes de si? Você concorda?
Q5. Quais práticas a classe dominante fazia uso para impedir a organização dos negros
africanos escravizados?
Q6. Quais fatores influenciaram os escravos africanos, depois de muito tempo no Brasil, a se
comunicar falando o português