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Filosofia AO e Evolução
Filosofia AO 
• AO 
– (Arbeitsgemeinschaft fur Osteosynthesefragen/ 
Associação para o estudo da fixação interna). 
• Foco 
– Nos pacientes com lesões musculoesqueléticas e 
distúrbios relacionados 
• Objetivo 
– Prover cuidados que permitam um retorno precoce à 
função e à mobilidade 
•
Papel da AO 
• Problema: 
– Nos anos de 1940 e 1950 o fundo de 
compensação do trabalho suíço questionaram por 
que algumas fraturas levavam de 6 a 12 semanas 
para consolidar, mas os pacientes só retornavam 
ao trabalho com 6 a 12meses. 
• Solução 
– Observação de Robert Denis 
– Maurice Muller e Grupo AO inicial (Martin 
Allgower, Robert Sheneider e Hans Willenegger
Princípios Originais da AO 
• Objetivos originais do tratamento 
– Restauração da anatomia 
– Fixação estável da fratura 
– Preservação do suprimento sanguíneo 
– Mobilização precoce do membro e do paciente 
• As fraturas articulares e as diafisárias têm 
necessidades biológicas diferentes 
• O tipo e o momento da intervenção cirúrgica 
devem ser guiados 
– pelo grau de lesão no envelope de partes moles, 
– pelas demandas fisiológicas do paciente
Progresso e Desenvolvimento 
• Busca da estabilidade absoluta  fraturas 
articulares 
• Fraturas da diáfise  Manter o alinhamento, 
comprimento e a rotação, redução anatômica 
não é necessária 
– Uso de placa – estabilidade absoluta 
– Fraturas multifragmentares  haste,fixação 
externa,placa ponte
Progresso e Desenvolvimento 
• Princípio do fixador interno 
– PC – Fix evoluiu para placa de compressão 
bloqueada (LCP) 
• Cuidado com as partes moles é fundamental
Biologia e Biomecânica na 
consolidação óssea
Introdução 
• Procedimento cirurgico  Altera o ambiente 
biológico 
• Procedimento de fixação  Altera o ambiente 
mecânico 
• Importância do conhecimento da biomecânica 
das fraturas
Características do osso 
• Características importantes 
– Rigidez 
• Deforma apenas um pouco sob carga 
– Resistência 
• Tolera grandes cargas sem falhar
Fratura do Osso 
• Resultado de uma sobrecarga única e 
repetitiva 
• Perda da continuidade com deformação 
patológica, perda da função de suporte e dor 
• Estabilização cirúrgica  recupera a 
mobilidade indolor e evita sequelas
Fratura do Osso 
• A fratura desencadeia a formação de osso e a 
reabsorção óssea que dependem de aporte 
sanguíneo adequado 
• Fatores que influenciam o aporte sanguíneo 
– Mecanismo de lesão 
– Manejo inicial do paciente 
– Ressuscitação do paciente 
– Abordagem cirúrgica 
– Implante 
• LC-DCP x DCP 
• Raio de curvatura da placa
Fratura do Osso 
• Após a fratura temos uma redução na circulação. 
• Durante o reparo da fratura existe uma hiperemia 
crescente na circulação adjacente intra óssea e 
extra óssea 
• A resposta angiogênica depende do método de 
tratamento e das condições mecânicas induzidas 
• O dano ao aporte sanguíneo é minimizado ao 
evitar a manipulação direta dos fragmentos,pela 
cirurgia minimamente invasiva e pelo uso de 
fixadores externos e internos
Biologia das consolidações 
• Primária (direta)  Remodelação Interna 
– Estabilidade absoluta e remodelação osteonal 
• Secundária ( indireta)  Formação de Calo 
– Estabilidade relativa, inclui formação óssea 
intramembranosa e endocondral 
• Fases da consolidação 
– Inflamação (1-7 dias) 
– Calo Mole (2 a 3 semanas) 
– Calo Duro (3 a 4 meses) –Ossificação endocondral 
– Remodelação –Osso reticulado substituído por osso 
lamelar
Biologia das consolidações 
• Diferenças na consolidação do osso cortical e 
esponjoso 
– Ocorre sem a formação de um calo ósseo 
– Inflamação Formação de osso por ossificação 
intramenbrenosa
Biomecânica e Consolidação óssea 
• O grau de estabilidade determina o tipo de 
consolidação da fratura. 
• A fixação com estabilidade absoluta 
– Fornece um ambiente mecanicamente neutro 
para a consolidação da fratura. Não existeestímulo 
para a formação de calo 
• A fixação com estabilidade relativa 
– Mantém a redução e há o estímulo para o reparo 
da fratura com a formação de calo ósseo
Biomecânica e Consolidação Óssea 
• Manejo não operatório 
– Consolidação sem tratamento 
– Tratamento conservador 
• Fixação cirúrgica com estabilidade relativa 
– Implantes 
• Fixadores Externos 
• Hastes Intramedulares 
• Fixadores internos e placa emponte 
• Fixação Cirúrgica com estabilidade absoluta 
– Implantes 
• Parafuso de tração 
• Placas 
• Fixadores externos
Mecanobiologia da Consolidação 
Indireta ou Secundárias das Fraturas 
• A maneira pela qual os fatores mecânicos 
influenciam a consolidação da fratura é 
explicada pela teoria da tensão de Perren 
– A quantidade que um tecido pode deformar e 
ainda funcionar
Mecânica das técnicas de estabilidade 
absoluta 
• A estabilidade absoluta é alcançada pela pré 
carga compressiva e fricção
Seqüência Histológica da Consolidação 
sob Condições de Estabilidade 
Absoluta 
• Hematoma é reabsorvido e/ou transformado 
em tecido de reparo 
• Após algumas semanas o sistema haversiano 
começa a remodelar o osso internamente 
• As cabeças cortadoras do ósteon alcançam a 
fratura e a cruzam sempre que existir contato 
ou só uma diminuta fenda 
• Os ósteons que cruzam a fenda fornecem uma 
espécie de microsustentação ou interdigitação
Implantes e Materiais na Fixação 
de Fraturas
Requisitos Gerais 
• Os materiais para implantes devem se conformar 
a certos requisitos básicos 
• O material de escolha continua sendo o metal, 
que oferece alta rigidez e resistência, boa 
ductibilidade 
• Implantes de Metal 
– Aço inoxidável 
– Titânio puro 
– Ligas 
• Titânio-alumínio-nióbio 
• Titânio molibdênio
Propriedades dos Materiais 
• Rigidez 
– Capacidade de uma material em resistir a 
deformação 
– Módulo da elasticidade 
– Medido: Carga aplicada e a deformação elástica 
resultante 
– Exemplo: o módulo da elasticidade do titãnio é a 
metade do aço inoxidável
Propriedades dos Materiais 
• Resistência 
– Capacidade de um material em resistir à aplicação 
de uma força sem sedeformar 
– Determina o nível de carga que um implante pode 
resistir 
– Exemplo: O titânio é tem resistência 10% menor 
que a do aço 
– Deformação plastica  antes de quebrar pode se 
deformar irreversivelmente
Propriedades dos Materiais 
• Ductibilidade 
– Grau de deformação permanete tolerado antes de 
quebrar 
– Determina o grau no qual um implante pode ser 
moldado 
– Materiais de resistência alta como o titânio 
oferece menos ductibilidade que o aço
Compatibilidade com RNM 
• Os materiais feitos de titânio ou ligas de 
titânio são completamente não magnéticos
Biocompatibilidade 
• O titânio pode proporcionar melhor 
resistência local para a infecção que o 
açoinoxidável
Reações Alérgicas 
• Observadas em 1 a 2 % doas casos nos 
implantes de aço que contenham níquel

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Evolução da Filosofia AO e Princípios da Fixação Óssea

  • 1. Filosofia AO e Evolução
  • 2. Filosofia AO • AO – (Arbeitsgemeinschaft fur Osteosynthesefragen/ Associação para o estudo da fixação interna). • Foco – Nos pacientes com lesões musculoesqueléticas e distúrbios relacionados • Objetivo – Prover cuidados que permitam um retorno precoce à função e à mobilidade •
  • 3. Papel da AO • Problema: – Nos anos de 1940 e 1950 o fundo de compensação do trabalho suíço questionaram por que algumas fraturas levavam de 6 a 12 semanas para consolidar, mas os pacientes só retornavam ao trabalho com 6 a 12meses. • Solução – Observação de Robert Denis – Maurice Muller e Grupo AO inicial (Martin Allgower, Robert Sheneider e Hans Willenegger
  • 4. Princípios Originais da AO • Objetivos originais do tratamento – Restauração da anatomia – Fixação estável da fratura – Preservação do suprimento sanguíneo – Mobilização precoce do membro e do paciente • As fraturas articulares e as diafisárias têm necessidades biológicas diferentes • O tipo e o momento da intervenção cirúrgica devem ser guiados – pelo grau de lesão no envelope de partes moles, – pelas demandas fisiológicas do paciente
  • 5. Progresso e Desenvolvimento • Busca da estabilidade absoluta  fraturas articulares • Fraturas da diáfise  Manter o alinhamento, comprimento e a rotação, redução anatômica não é necessária – Uso de placa – estabilidade absoluta – Fraturas multifragmentares  haste,fixação externa,placa ponte
  • 6. Progresso e Desenvolvimento • Princípio do fixador interno – PC – Fix evoluiu para placa de compressão bloqueada (LCP) • Cuidado com as partes moles é fundamental
  • 7. Biologia e Biomecânica na consolidação óssea
  • 8. Introdução • Procedimento cirurgico  Altera o ambiente biológico • Procedimento de fixação  Altera o ambiente mecânico • Importância do conhecimento da biomecânica das fraturas
  • 9. Características do osso • Características importantes – Rigidez • Deforma apenas um pouco sob carga – Resistência • Tolera grandes cargas sem falhar
  • 10. Fratura do Osso • Resultado de uma sobrecarga única e repetitiva • Perda da continuidade com deformação patológica, perda da função de suporte e dor • Estabilização cirúrgica  recupera a mobilidade indolor e evita sequelas
  • 11. Fratura do Osso • A fratura desencadeia a formação de osso e a reabsorção óssea que dependem de aporte sanguíneo adequado • Fatores que influenciam o aporte sanguíneo – Mecanismo de lesão – Manejo inicial do paciente – Ressuscitação do paciente – Abordagem cirúrgica – Implante • LC-DCP x DCP • Raio de curvatura da placa
  • 12. Fratura do Osso • Após a fratura temos uma redução na circulação. • Durante o reparo da fratura existe uma hiperemia crescente na circulação adjacente intra óssea e extra óssea • A resposta angiogênica depende do método de tratamento e das condições mecânicas induzidas • O dano ao aporte sanguíneo é minimizado ao evitar a manipulação direta dos fragmentos,pela cirurgia minimamente invasiva e pelo uso de fixadores externos e internos
  • 13. Biologia das consolidações • Primária (direta)  Remodelação Interna – Estabilidade absoluta e remodelação osteonal • Secundária ( indireta)  Formação de Calo – Estabilidade relativa, inclui formação óssea intramembranosa e endocondral • Fases da consolidação – Inflamação (1-7 dias) – Calo Mole (2 a 3 semanas) – Calo Duro (3 a 4 meses) –Ossificação endocondral – Remodelação –Osso reticulado substituído por osso lamelar
  • 14. Biologia das consolidações • Diferenças na consolidação do osso cortical e esponjoso – Ocorre sem a formação de um calo ósseo – Inflamação Formação de osso por ossificação intramenbrenosa
  • 15. Biomecânica e Consolidação óssea • O grau de estabilidade determina o tipo de consolidação da fratura. • A fixação com estabilidade absoluta – Fornece um ambiente mecanicamente neutro para a consolidação da fratura. Não existeestímulo para a formação de calo • A fixação com estabilidade relativa – Mantém a redução e há o estímulo para o reparo da fratura com a formação de calo ósseo
  • 16. Biomecânica e Consolidação Óssea • Manejo não operatório – Consolidação sem tratamento – Tratamento conservador • Fixação cirúrgica com estabilidade relativa – Implantes • Fixadores Externos • Hastes Intramedulares • Fixadores internos e placa emponte • Fixação Cirúrgica com estabilidade absoluta – Implantes • Parafuso de tração • Placas • Fixadores externos
  • 17. Mecanobiologia da Consolidação Indireta ou Secundárias das Fraturas • A maneira pela qual os fatores mecânicos influenciam a consolidação da fratura é explicada pela teoria da tensão de Perren – A quantidade que um tecido pode deformar e ainda funcionar
  • 18. Mecânica das técnicas de estabilidade absoluta • A estabilidade absoluta é alcançada pela pré carga compressiva e fricção
  • 19. Seqüência Histológica da Consolidação sob Condições de Estabilidade Absoluta • Hematoma é reabsorvido e/ou transformado em tecido de reparo • Após algumas semanas o sistema haversiano começa a remodelar o osso internamente • As cabeças cortadoras do ósteon alcançam a fratura e a cruzam sempre que existir contato ou só uma diminuta fenda • Os ósteons que cruzam a fenda fornecem uma espécie de microsustentação ou interdigitação
  • 20. Implantes e Materiais na Fixação de Fraturas
  • 21. Requisitos Gerais • Os materiais para implantes devem se conformar a certos requisitos básicos • O material de escolha continua sendo o metal, que oferece alta rigidez e resistência, boa ductibilidade • Implantes de Metal – Aço inoxidável – Titânio puro – Ligas • Titânio-alumínio-nióbio • Titânio molibdênio
  • 22. Propriedades dos Materiais • Rigidez – Capacidade de uma material em resistir a deformação – Módulo da elasticidade – Medido: Carga aplicada e a deformação elástica resultante – Exemplo: o módulo da elasticidade do titãnio é a metade do aço inoxidável
  • 23. Propriedades dos Materiais • Resistência – Capacidade de um material em resistir à aplicação de uma força sem sedeformar – Determina o nível de carga que um implante pode resistir – Exemplo: O titânio é tem resistência 10% menor que a do aço – Deformação plastica  antes de quebrar pode se deformar irreversivelmente
  • 24. Propriedades dos Materiais • Ductibilidade – Grau de deformação permanete tolerado antes de quebrar – Determina o grau no qual um implante pode ser moldado – Materiais de resistência alta como o titânio oferece menos ductibilidade que o aço
  • 25. Compatibilidade com RNM • Os materiais feitos de titânio ou ligas de titânio são completamente não magnéticos
  • 26. Biocompatibilidade • O titânio pode proporcionar melhor resistência local para a infecção que o açoinoxidável
  • 27. Reações Alérgicas • Observadas em 1 a 2 % doas casos nos implantes de aço que contenham níquel