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                UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA – CCAA – CAMPUS II
                              CURSO DE AGROECOLOGIA
                        MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA E MEIO AMBIENTE
Prof. Cláudio S. Soares


1. Introdução
1.1. Conceituação e normalização das máquinas agrícolas

Abaixo segue algumas terminologias segundo a ABNT-NB-66:
Operação Agrícola: Toda atividade direta e permanentemente relacionada com a execução do
trabalho de produção agropecuária.
Máquinas Agrícolas: Máquina projetada especificamente para realizar integralmente ou coadjuvar
a execução da operação agrícola.
Implemento Agrícola: Implemento ou sistema mecânico, com movimento próprio ou induzido, em
sua forma mais simples, cujos órgãos componentes não apresentam movimentos relativos.
Ferramenta Agrícola: Implemento, em sua forma mais simples, o qual entra em contato direto com
o material trabalhado, acionado por uma fonte de potência qualquer.
Máquina Combinada ou Conjugada: É uma máquina que possui, em sua estrutura básica, órgãos
ativos que permitem realizar, simultaneamente ou não, várias operações agrícolas.
Acessórios: Órgãos mecânicos ou ativos que, acoplados à máquina agrícola ou implemento,
permite tanto aprimoramento do desempenho como execução de operações diferentes para o
qual foi projetado.

1.2. Classificação das máquinas agrícolas
As máquinas agrícolas são divididas em grupos, especificados na seqüência.

Grupo 1 - Máquinas para o preparo do solo
a.1) Máquinas para o preparo inicial do solo
São responsáveis pela limpeza do solo, ou seja, pela remoção de árvores, cipós e etc.
Constituem-se de destocadores, serras, lâminas empurradoras, lâminas niveladoras, escavadeiras
e perfuradoras.
a.2) Máquinas para o preparo periódico do solo
São responsáveis pela movimentação ou mobilização do solo (inversão de leiva).
Constituem-se de arados de aivecas, arados de discos, subsoladores, enxadas rotativas,
sulcadores, etc.

Grupo 2 - Máquinas para a semeadura, plantio e transplante
b.1) Semeadoras, plantadoras e transplantadoras
b.2) Cultivo mínimo ou plantio direto

Grupo 3 - Máquinas para a aplicação, carregamento e transporte de adubos e corretivos
c.1) Adubadoras e carretas

Grupo 4 - Máquinas para o cultivo, desbaste e poda
d.1) Cultivadores de enxadas rotativas, ceifadeiras e roçadoras

Grupo 5 - Máquinas aplicadoras de defensivos
e.1) Pulverizadores, polvilhadoras, microatomizadoras, atomizadoras e fumigadores

Grupo 6 - Máquinas para a colheita
f.1) Colhedoras ou colheitadoras

Grupo 7 - Máquinas para transporte, elevação e manuseio
g.1) Carroças, carretas e caminhões

Grupo 8 - Máquinas para o processamento
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h.1) Máquinas beneficiadoras de café, milho, arroz, algodão e cana
h.2) Máquinas para o tratamento e polimento: secadoras, classificadoras e polidoras

Grupo 9 - Máquinas para a conservação do solo, água e irrigação e drenagem
i.1) Irrigação: motobombas e aspersores
i.2) Drenagem: retroescavadeiras e valetadeiras

Grupo 10 - Máquinas especiais
j.1) Reflorestamento: tratores florestais e filler bush (processador de madeira)

Grupo 11 - Máquinas motoras e tratoras
k.1) Tratores agrícolas, tratores industriais e tratores florestais


2. Tratores agrícolas
Importância: Aumentar a produtividade aliado à maior eficiência das atividades agrícolas,
tornando-o menos árduo e mais atraente. Condicionam e exigem avanços tecnológicos
constantes.

2.1 Funções básicas
a) Tracionar máquinas e implementos de arrasto tais como arados, grades, adubadoras e
carretas, utilizando a barra de tração;
b) Acionar máquinas estacionárias, tais como batedoras de cereais e bombas de recalque d’água,
através de polia e correia ou da árvore de tomada de potência;
c) Tracionar máquinas, simultaneamente com o acionamento de seus mecanismos, tais como
colhedoras, pulverizadores, através da barra de tração ou do engate de três pontos e da árvore de
tomada de potência;

2.2 Constituição do trator




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2.3 Identificaçao dos principais controles e comandos
É muito importante que se conheça bem todos os instrumentos e controles de um trator. Na figura
abaixo identifica-se o painel de comandos.




Outro ponto trata-se do painel de instrumentos como visto abaixo:




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5

2.4 Partida do motor e painel de instrumentos
Para ativar as funções do interruptor gire a
chave de partida (1) nas posições: A) não há
corrente nos circuitos; B) funcionamento das
luzes do painel; C) acionamento do motor de
partida.




2.5 Comandos operacionais
Alguns comandos são de extrema importância na operação do trator, como alavancas e pedais,
que selecionam algumas funções do mesmo.
a) Comandos do lado direito da plataforma do trator




b) Comandos do lado direito do pára-lama




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c) Comandos do lado esquerdo




d) Comando dos pedais




CUIDADO: Quando dirigir em via pública, ligue sempre os dois pedais de freio com o pino 5.


e) Comando com pedais do diferencial




2.6 Cuidados durante a operação do trator
  Nunca fique com o pé sobre o pedal de embreagem quando estiver operando normalmente (isto
ocasiona desgaste prematuro do disco e da embreagem).
   Em tratores que possuem transmissão do tipo não sincronizada, nunca faça troca de marchas
com o trator em movimento sob pena de danificar a transmissão.
   Mantenha os pedais de freio sempre unidos pela trava de união, quando estiver se deslocando
em estradas.

2.7 Transmissão mecânica
a) 12x4 velocidades
A caixa é controlada por duas alavancas: a) A alavanca principal das mudanças (1) seleciona as 4
velocidades que são totalmente sincronizadas. b) A alavanca das gamas de velocidades (2) que
proporciona 3 gamas distintas (I-gama baixa,II-gama média e III-gama alta) e outra R-marcha-ré para
cada uma das 4 velocidades, não sendo sincronizada. Neste caso existem 12 velocidades para
frente e 4 em marcha-ré.


                    Mecanização agrícola e meio ambiente - Prof. Cláudio Silva Soares
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Para mudar de velocidade dentro da mesma gama, deslocar a alavanca principal para a
velocidade pretendida após ter apertado o pedal da embreagem (o trator não precisa ser
imobilizado, pois as velocidades são sincronizadas).




b) 12x12 velocidades (com inversor)
A caixa é controlada por três alavancas: a) A alavanca principal das mudanças (1) seleciona as 4
velocidades que são totalmente sincronizadas; b) A alavanca das gamas de velocidades (2) que
proporciona 3 gamas distintas (I-gama baixa,II-gama média e III-gama alta); c) a alavanca do inversor
(3) que proporciona o deslocamento do trator para a frente (B) ou para trás (A).




c) 20x12 velocidades (com inversor e super-redutor)
As alavancas de velocidade, das gamas e a do
inversor     são   idênticas  no    modo    de
funcionamento à transmissão com inversor.A
alavanca 1 para frente (D) engrena as
velocidades extra-lentas nas gamas baixa e
média. A alavanca 1 para trás (C) desengata as
velocidades extra-lentas.
Esse super-redutor apenas trabalha nas gamas
baixa (I) ou média (II).



2.8 Tração dianteira
A tração dianteira auxilia o trator a ter um
melhor      desempenho     e     produtividade,
particularmente quando se trabalha com
implementos pesados em terrenos irregulares,
lamacentos ou escorregadios. A tração
dianteira é engatada colocando-se o interruptor
1 na posição B.
OBS:       A     tração    dianteira     liga-se
automaticamente, mesmo com o interruptor na
posição B, quando se acionam os pedais de
freio simultaneamente.


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Para que a tração dianteira de seu trator possa ter uma excelente durabilidade, observe as
seguintes recomendações:
   Nunca tente engatar a tração dianteira com o trator em movimento, devido a diferença entre a
relação de transmissão dianteira e traseira (poderão ocorrer danos no sistema);
   Use a tração dianteira somente em serviços de campo. Quando estiver trafegando em estradas
e rebocando cargas elevadas, use-a semente se for indispensável;
   Nunca use a tração dianteira acima de 15 km h-1;
   Nunca use pneus com desgastes diferentes entre si;
   Ao trocar os pneus, use pneus do mesmo tipo e medidas dos anteriores, caso contrário consulte
o seu distribuidor autorizado.

2.9 Bloqueio do diferencial
a) Comando mecânico
O diferencial permite que as rodas girem a
diferentes velocidades quando o trator está
fazendo uma curva. Ele possui um dispositivo
de bloqueio controlado pelo pedal (1).

É aconselhável bloquear o diferencial nas
seguintes situações:
    Em terrenos lavrados, para evitar que a
roda que está do lado de fora patine;
   Se uma das rodas se encontra em terrenos
irregulares, lamacentos ou escorregadios e
tende a patinar.

b) Comando eletro-hidráulico (opcional em alguns modelos)
O interruptor de bloqueio tem três posições:
A – bloqueio do diferencial desligado
B – bloqueio do diferencial ligado: desliga quando se acionam os freios, ligando automaticamente
após soltá-los.
C – bloqueio do diferencial ligado: desliga
quando se acionam os freios ou se levanta o
hidráulico com o interruptor LIFT-O-MATIC (2).




2.10 Uso da barra de tração
A barra de tração é utilizada para operar
implementos de arrasto (grades de arrasto,
semeadeiras de grande porte, etc.).
É importante salientar que o engate da barra de
tração deve estar numa altura adequada, de
modo que o cabeçalho esteja bem paralelo ao
solo e na mesma linha de tração do trator.


2.11 Tomada de potência (TDP) ou de força (TDF)
A tomada de potência é utilizada para operar implementos de trabalho rotativo (roçadeiras,
valetadeiras, enxadas rotativas, etc.).
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a) TDP acionada pelo motor: coloca-se a alavanca seletora (2) na posição B; engatar lentamente
a embreagem com a alavanca (1) na posição D.
b) TDP sincronizada com a velocidade de deslocamento:com o trator parado, fixar a alavanca
(1) na posição A; coloca-se a alavanca seletora (2) na posição C.




2.12 Sistema hidráulico de 3 pontos
O sistema leva esse nome porque o implemento é acoplado em 3 pontos de engate no trator.
O sistema hidráulico utiliza o óleo da transmissão, o qual é alimentado através de uma bomba de
engrenagem montada do lado direito do motor e acionada pelas engrenagens da distribuição.
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1-Viga "c" do terceiro ponto                         5-Barra de tração
2-Cilindro auxiliar                                  6-Braço inferior esquerdo
3-Estabilizadores laterais                           7-Braço superior ou tirante de levante esquerdo
4-Braços do terceiro ponto                           8-Tomada de potência

O hidráulico que é sensibilizado através dos             abaixo do solo com a alavanca de posição
braços inferiores por meio de uma barra de               (1).
flexão permite que sejam executadas as                   b) Controle de esforço (tração constante – 2):
seguintes operações:                                     Deslocar a alavanca de controle de posição
a) Controle de posição (profundidade                     (1) totalmente para frente, tornando-a
constante ou posição controlada-1): Deslocar             inoperante.
a alavanca de controle de esforço (2)                    c) Sistema de flutuação (braços c/
totalmente para frente tornando-o inoperante;            deslocamento livre): Deslocar ambas as
Regular a posição do implemento acima ou                 alavancas (1 e 2) para totalmente p/ frente.

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d) Controle misto de posição e esforço:                 mas evita que o implemento afunde
Quando o implemento estiver ajustado à                  demasiado em solos de pouca resistência.
profundidade deseja, deslocar gradualmente              O interruptor de comando (fig. 23789) é
a alavanca de controle de posição (1) até que           usado apenas para baixar (1) ou subir (2) o
os braços comecem a subir. Neste caso o                 implemento.
hidráulico trabalha em esforço controlado,




2.12.1 Alavanca de profundidade de outro tipo de trator
A alavanca de posição somente é usada quando o trator está equipado com implementos que
trabalham sobre a superfície do solo. Ex: plataformas transportadoras, roçadeiras ou qualquer
outro implemento de superfície.

  Desloque a alavanca de posição no                           A alavanca de profundidade deve estar
  quadrante conforme a altura desejada.                       totalmente para trás e travada pelo
                                                              batente limitador.




Utilize esta alavanca quando estiver operando com implementos de penetração (arados,
subsoladores, cultivadores, plantadeiras, etc.)
Coloque o trator em movimento na marcha adequada ao trabalho e desloque a alavanca de
profundidade para frente abaixando o implemento.




A alavanca de posição C deve estar em transporte e travada pelo batente limitador.
Ao atingir a profundidade desejada coloque o batente ajustável B enconstado na alavanca de
profundidade, travando-a.

2.12.2 Utilizaçao da alavanca de reação rápida e lenta
Esta alavanca controla a velocidade de descida do implemento conforme a posição em que está.



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   Estando na posição "            " o implemento irá baixar
   lentamente.

   Com a alavanca na posição "                  " o implemento
   baixará rapidamente.


Utilizada nas operações em solos acidentados e onde a velocidade de trabalho for maior. Serve
para todos os implementos de profundidade.

2.13 Adequação do sistema ao tipo de solo
Para possibilitar a adequação da sensibilidade do sistema com o solo a ser trabalhado, alguns
tratores possuem uma viga C com 3 furos para o braço do terceiro ponto.
     Furo superior para solos leves ou macios;

     Furo intermediário, para solos médios;

       Furo    inferior   para   solos    pesados      ou    bastante
   compactados e também para transportar implementos em
   estradas.




2.14 Acoplamento de implementos ao sistema de engate 3 pontos
Procedimento para o correto acoplamento dos implementos:
1 – com o trator em marcha-à-ré vá de encontro ao implemento até alinhar os braços inferiores 1 e
2 com os pinos de engate do implemento;
2 – Utilize a alavanca de posição para controlar a altura dos braços;
3 – engate o implemento na seguinte ordem:
   a) braço esquerdo

   b) braço do terceiro ponto

   c) braço direito




4 – Se o ponto de engate do implemento ficou afastado do braço direito, faça a sua aproximação
rosqueando o braço do terceiro ponto;
Se o braço direito estiver mais baixo ou mais alto que o ponto de engate, utilize a manivela
niveladora para efetuar o alinhamento. Alguns modelos de tratores não possuem a manivela
niveladora, porém são equipados com um fuso que permite a regulagem independente de cada
braço, facilitando o acoplamento.


2.15 Posição dos furos dos braços inferiores


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Os braços inferiores do hidráulico dos tratores possuem vários furos que são usados conforme a
necessidade:
  Os braços baixam mais próximo do solo. Porém, diminui a força de levante;
  Posição intermediária;
   Posição em que o implemento atinge maior altura e capacidade de levante. Utilize-a para
implementos longos e pesados;
   Furo oblongo. Utilize-o para operar em terrenos bastante acidentados para facilitar as
ondulações, evitando a sobrecarga dos braços superiores do hidráulico.




2.16 Ajuste da bitola das rodas
2.16.1 Bitola dianteira 2 RM
Para ajustar a bitola dianteira, proceder da seguinte forma:
a) Levantar a frente do trator, colocando um macaco no meio do eixo dianteiro;
b) Ajustar as pontas do eixo, retirando os parafusos de retenção (1e 2), dois de cada lado;
c) Ajustar o comprimento dos tirantes da direção que ligam as duas rodas, retirando os parafusos
(3);
d) Utilizar a largura da bitola máxima, apenas quando for absolutamente necessário.




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2.16.2 Bitola dianteira 4RM e das bitolas traseiras nas versões 2RM e 4RM
As rodas dianteiras podem ser montadas com a superfície côncava voltada para dentro ou para
fora.




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2.16.3 Ajuste do ângulo da direção
Quando utilizar as larguras das bitolas mais estreitas, os pneus podem tocar no capô. Para evitar
isto, o eixo possui um parafuso batente para a direção, que pode ser ajustado de forma a obter-se
o ângulo de giro ótimo para cada bitola, procedendo da seguinte forma: a) Virar as rodas; b)
Ajustar a proteção do parafuso de ajuste (1) de acordo com a tabela abaixo; c)Travar o parafuso
(1) com a contra-porca (2).




2.17 Lastro do trator
Se o trator necessitar de elevada capacidade de tração, as rodas podem patinar por não se
fixarem ao solo, provocando perdas de potência e de velocidade, maior consumo de combustível e
desgaste prematuro dos pneus. Na tabela abaixo verificam-se os índices de patinagem para o
máximo rendimento de tração do trator.
               CONDIÇÕES DE SOLO                               ÍNDICES DE PATINAGEM (%)
    Solo agrícola                                                             7 a 15
    Solo duro e não revolvido                                                 7 a 12
    Solo solto, revolvido ou bastante arenoso                                10 a 15


Para determinar o indice de patinagem do trator em uma determinada operação procede-se da
seguinte forma:
Faz-se um marcação no pneu, utilizando giz ou torrão. Coloca-se o conjunto em operação e
marca-se no solo a referencia inicial com uma estaca no solo, a partir da qual será feita a
contagem do numero de voltas da roda do trator. Com o deslocamento normal de trabalho, conta-
se o numero de voltas até chegar a dez voltas da roda, cravando-se uma estaca no final da
mesma. Esse é, portanto, o percurso (comprimento) equivalente a dez voltas com carga. Agora
levanta-se o implemento, marca-se novamente o pneu e retorna em marcha-ré para a primeira
estaca, contando novamente o numero de voltas do pneu. Desta forma determina-se o índice
através da seguinte fórmula:
                                                     NVT = numero de voltas com o trator
                                                     tracionando o implemento;
                                                     NVR = numero de voltas com o trator em
                                                     marcha-ré.
2.17.1 Pesos em ferro fundido
Recomenda-se a montagem de rodas de ferro fundido (50kg cada) para aumentar o peso nas
rodas de tração ou lastrar com água. Quando utilizar implementos muito compridos e pesados que
podem afetar a estabilidade longitudinal do trator, instalar pesos no eixo dianteiro (40kg cada) para
contrabalanço apropriado.




                     Mecanização agrícola e meio ambiente - Prof. Cláudio Silva Soares
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2.17.2 Lastro em líquido
Pode ser utilizada água nas rodas traseiras
se não houver o perigo de congelamento.
1. Engate para introduzir água
2. Tubo de drenagem de água
3. Ligação para o ar comprimido
4. Tubo de drenagem da água


2.17.3 Processo de enchimento dos pneus com água




2.18 Regras de segurança na operação do trator
As instruções a seguir são            de    vital         Quando tracionar carretas ou implementos
importância para sua segurança:                         de arrasto, verifique o correto acoplamento;
  Não ande próximo a barrancos para evitar                 Quando verificar o nível da solução da
desmoronamentos;                                        bateria, não use chamas ou faíscas próximo,
                                                        evitando explosões a partir dos gases
   Nunca deixe o trator ligado em recintos
                                                        produzidos;
fechados de o CO2;


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     Nunca utilize o terceiro ponto do trator para              Antes de iniciar o trabalho, verifique o
   serviços de tração;                                      perfeito funcionamento de todos os
                                                            instrumentos e mecanismos de controle;
      Quando utilizar o eixo de tomada de
   potencia ligado a correias ou carda, evite a               Em decidas utilize a de subida (primeira
   proximidade de pessoas nesse mecanismo;                  marcha);
     Sempre que parar o trator aplique o freio                 Jamais freie apenas uma roda quando
   de estacionamento;                                       estiver em estradas;
      Nunca deixe outras pessoas subirem no                    Ao operar próximo a curvas ou tocos,
   trator ou nos implementos;                               pedras, etc., observe a largura do
                                                            implemento;
     Cuidado ao retirar a tampa do radiador
   quando estiver quente;

2.19 Bibliografia consultada
A BIBLIA DO TRATOR. Iochpe-Maxion S.A. Centro de treinamento da divisão de maquinas agrícolas
e industriais da Iochpe Maxion. Canoas-RS. 1999.
MEWES, W.L.C. et al. Treinamento de tratorista – regulagem de implementos. Ed. CPT. Viçosa-MG.
1999, 74p.
NEW HOLLAND. Manual do operador. 2a edição. 2009.
SILVEIRA, G.M. Os cuidados com o trator. Ed. Aprenda fácil. Viçosa-MG. 2001. 312p.




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  • 1. 1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA – CCAA – CAMPUS II CURSO DE AGROECOLOGIA MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA E MEIO AMBIENTE Prof. Cláudio S. Soares 1. Introdução 1.1. Conceituação e normalização das máquinas agrícolas Abaixo segue algumas terminologias segundo a ABNT-NB-66: Operação Agrícola: Toda atividade direta e permanentemente relacionada com a execução do trabalho de produção agropecuária. Máquinas Agrícolas: Máquina projetada especificamente para realizar integralmente ou coadjuvar a execução da operação agrícola. Implemento Agrícola: Implemento ou sistema mecânico, com movimento próprio ou induzido, em sua forma mais simples, cujos órgãos componentes não apresentam movimentos relativos. Ferramenta Agrícola: Implemento, em sua forma mais simples, o qual entra em contato direto com o material trabalhado, acionado por uma fonte de potência qualquer. Máquina Combinada ou Conjugada: É uma máquina que possui, em sua estrutura básica, órgãos ativos que permitem realizar, simultaneamente ou não, várias operações agrícolas. Acessórios: Órgãos mecânicos ou ativos que, acoplados à máquina agrícola ou implemento, permite tanto aprimoramento do desempenho como execução de operações diferentes para o qual foi projetado. 1.2. Classificação das máquinas agrícolas As máquinas agrícolas são divididas em grupos, especificados na seqüência. Grupo 1 - Máquinas para o preparo do solo a.1) Máquinas para o preparo inicial do solo São responsáveis pela limpeza do solo, ou seja, pela remoção de árvores, cipós e etc. Constituem-se de destocadores, serras, lâminas empurradoras, lâminas niveladoras, escavadeiras e perfuradoras. a.2) Máquinas para o preparo periódico do solo São responsáveis pela movimentação ou mobilização do solo (inversão de leiva). Constituem-se de arados de aivecas, arados de discos, subsoladores, enxadas rotativas, sulcadores, etc. Grupo 2 - Máquinas para a semeadura, plantio e transplante b.1) Semeadoras, plantadoras e transplantadoras b.2) Cultivo mínimo ou plantio direto Grupo 3 - Máquinas para a aplicação, carregamento e transporte de adubos e corretivos c.1) Adubadoras e carretas Grupo 4 - Máquinas para o cultivo, desbaste e poda d.1) Cultivadores de enxadas rotativas, ceifadeiras e roçadoras Grupo 5 - Máquinas aplicadoras de defensivos e.1) Pulverizadores, polvilhadoras, microatomizadoras, atomizadoras e fumigadores Grupo 6 - Máquinas para a colheita f.1) Colhedoras ou colheitadoras Grupo 7 - Máquinas para transporte, elevação e manuseio g.1) Carroças, carretas e caminhões Grupo 8 - Máquinas para o processamento Mecanização agrícola e meio ambiente - Prof. Cláudio Silva Soares
  • 2. 2 h.1) Máquinas beneficiadoras de café, milho, arroz, algodão e cana h.2) Máquinas para o tratamento e polimento: secadoras, classificadoras e polidoras Grupo 9 - Máquinas para a conservação do solo, água e irrigação e drenagem i.1) Irrigação: motobombas e aspersores i.2) Drenagem: retroescavadeiras e valetadeiras Grupo 10 - Máquinas especiais j.1) Reflorestamento: tratores florestais e filler bush (processador de madeira) Grupo 11 - Máquinas motoras e tratoras k.1) Tratores agrícolas, tratores industriais e tratores florestais 2. Tratores agrícolas Importância: Aumentar a produtividade aliado à maior eficiência das atividades agrícolas, tornando-o menos árduo e mais atraente. Condicionam e exigem avanços tecnológicos constantes. 2.1 Funções básicas a) Tracionar máquinas e implementos de arrasto tais como arados, grades, adubadoras e carretas, utilizando a barra de tração; b) Acionar máquinas estacionárias, tais como batedoras de cereais e bombas de recalque d’água, através de polia e correia ou da árvore de tomada de potência; c) Tracionar máquinas, simultaneamente com o acionamento de seus mecanismos, tais como colhedoras, pulverizadores, através da barra de tração ou do engate de três pontos e da árvore de tomada de potência; 2.2 Constituição do trator Mecanização agrícola e meio ambiente - Prof. Cláudio Silva Soares
  • 3. 3 2.3 Identificaçao dos principais controles e comandos É muito importante que se conheça bem todos os instrumentos e controles de um trator. Na figura abaixo identifica-se o painel de comandos. Outro ponto trata-se do painel de instrumentos como visto abaixo: Mecanização agrícola e meio ambiente - Prof. Cláudio Silva Soares
  • 4. 4 Mecanização agrícola e meio ambiente - Prof. Cláudio Silva Soares
  • 5. 5 2.4 Partida do motor e painel de instrumentos Para ativar as funções do interruptor gire a chave de partida (1) nas posições: A) não há corrente nos circuitos; B) funcionamento das luzes do painel; C) acionamento do motor de partida. 2.5 Comandos operacionais Alguns comandos são de extrema importância na operação do trator, como alavancas e pedais, que selecionam algumas funções do mesmo. a) Comandos do lado direito da plataforma do trator b) Comandos do lado direito do pára-lama Mecanização agrícola e meio ambiente - Prof. Cláudio Silva Soares
  • 6. 6 c) Comandos do lado esquerdo d) Comando dos pedais CUIDADO: Quando dirigir em via pública, ligue sempre os dois pedais de freio com o pino 5. e) Comando com pedais do diferencial 2.6 Cuidados durante a operação do trator Nunca fique com o pé sobre o pedal de embreagem quando estiver operando normalmente (isto ocasiona desgaste prematuro do disco e da embreagem). Em tratores que possuem transmissão do tipo não sincronizada, nunca faça troca de marchas com o trator em movimento sob pena de danificar a transmissão. Mantenha os pedais de freio sempre unidos pela trava de união, quando estiver se deslocando em estradas. 2.7 Transmissão mecânica a) 12x4 velocidades A caixa é controlada por duas alavancas: a) A alavanca principal das mudanças (1) seleciona as 4 velocidades que são totalmente sincronizadas. b) A alavanca das gamas de velocidades (2) que proporciona 3 gamas distintas (I-gama baixa,II-gama média e III-gama alta) e outra R-marcha-ré para cada uma das 4 velocidades, não sendo sincronizada. Neste caso existem 12 velocidades para frente e 4 em marcha-ré. Mecanização agrícola e meio ambiente - Prof. Cláudio Silva Soares
  • 7. 7 Para mudar de velocidade dentro da mesma gama, deslocar a alavanca principal para a velocidade pretendida após ter apertado o pedal da embreagem (o trator não precisa ser imobilizado, pois as velocidades são sincronizadas). b) 12x12 velocidades (com inversor) A caixa é controlada por três alavancas: a) A alavanca principal das mudanças (1) seleciona as 4 velocidades que são totalmente sincronizadas; b) A alavanca das gamas de velocidades (2) que proporciona 3 gamas distintas (I-gama baixa,II-gama média e III-gama alta); c) a alavanca do inversor (3) que proporciona o deslocamento do trator para a frente (B) ou para trás (A). c) 20x12 velocidades (com inversor e super-redutor) As alavancas de velocidade, das gamas e a do inversor são idênticas no modo de funcionamento à transmissão com inversor.A alavanca 1 para frente (D) engrena as velocidades extra-lentas nas gamas baixa e média. A alavanca 1 para trás (C) desengata as velocidades extra-lentas. Esse super-redutor apenas trabalha nas gamas baixa (I) ou média (II). 2.8 Tração dianteira A tração dianteira auxilia o trator a ter um melhor desempenho e produtividade, particularmente quando se trabalha com implementos pesados em terrenos irregulares, lamacentos ou escorregadios. A tração dianteira é engatada colocando-se o interruptor 1 na posição B. OBS: A tração dianteira liga-se automaticamente, mesmo com o interruptor na posição B, quando se acionam os pedais de freio simultaneamente. Mecanização agrícola e meio ambiente - Prof. Cláudio Silva Soares
  • 8. 8 Para que a tração dianteira de seu trator possa ter uma excelente durabilidade, observe as seguintes recomendações: Nunca tente engatar a tração dianteira com o trator em movimento, devido a diferença entre a relação de transmissão dianteira e traseira (poderão ocorrer danos no sistema); Use a tração dianteira somente em serviços de campo. Quando estiver trafegando em estradas e rebocando cargas elevadas, use-a semente se for indispensável; Nunca use a tração dianteira acima de 15 km h-1; Nunca use pneus com desgastes diferentes entre si; Ao trocar os pneus, use pneus do mesmo tipo e medidas dos anteriores, caso contrário consulte o seu distribuidor autorizado. 2.9 Bloqueio do diferencial a) Comando mecânico O diferencial permite que as rodas girem a diferentes velocidades quando o trator está fazendo uma curva. Ele possui um dispositivo de bloqueio controlado pelo pedal (1). É aconselhável bloquear o diferencial nas seguintes situações: Em terrenos lavrados, para evitar que a roda que está do lado de fora patine; Se uma das rodas se encontra em terrenos irregulares, lamacentos ou escorregadios e tende a patinar. b) Comando eletro-hidráulico (opcional em alguns modelos) O interruptor de bloqueio tem três posições: A – bloqueio do diferencial desligado B – bloqueio do diferencial ligado: desliga quando se acionam os freios, ligando automaticamente após soltá-los. C – bloqueio do diferencial ligado: desliga quando se acionam os freios ou se levanta o hidráulico com o interruptor LIFT-O-MATIC (2). 2.10 Uso da barra de tração A barra de tração é utilizada para operar implementos de arrasto (grades de arrasto, semeadeiras de grande porte, etc.). É importante salientar que o engate da barra de tração deve estar numa altura adequada, de modo que o cabeçalho esteja bem paralelo ao solo e na mesma linha de tração do trator. 2.11 Tomada de potência (TDP) ou de força (TDF) A tomada de potência é utilizada para operar implementos de trabalho rotativo (roçadeiras, valetadeiras, enxadas rotativas, etc.). Mecanização agrícola e meio ambiente - Prof. Cláudio Silva Soares
  • 9. 9 a) TDP acionada pelo motor: coloca-se a alavanca seletora (2) na posição B; engatar lentamente a embreagem com a alavanca (1) na posição D. b) TDP sincronizada com a velocidade de deslocamento:com o trator parado, fixar a alavanca (1) na posição A; coloca-se a alavanca seletora (2) na posição C. 2.12 Sistema hidráulico de 3 pontos O sistema leva esse nome porque o implemento é acoplado em 3 pontos de engate no trator. O sistema hidráulico utiliza o óleo da transmissão, o qual é alimentado através de uma bomba de engrenagem montada do lado direito do motor e acionada pelas engrenagens da distribuição. 1 2 8 7 3 6 5 4 1-Viga "c" do terceiro ponto 5-Barra de tração 2-Cilindro auxiliar 6-Braço inferior esquerdo 3-Estabilizadores laterais 7-Braço superior ou tirante de levante esquerdo 4-Braços do terceiro ponto 8-Tomada de potência O hidráulico que é sensibilizado através dos abaixo do solo com a alavanca de posição braços inferiores por meio de uma barra de (1). flexão permite que sejam executadas as b) Controle de esforço (tração constante – 2): seguintes operações: Deslocar a alavanca de controle de posição a) Controle de posição (profundidade (1) totalmente para frente, tornando-a constante ou posição controlada-1): Deslocar inoperante. a alavanca de controle de esforço (2) c) Sistema de flutuação (braços c/ totalmente para frente tornando-o inoperante; deslocamento livre): Deslocar ambas as Regular a posição do implemento acima ou alavancas (1 e 2) para totalmente p/ frente. Mecanização agrícola e meio ambiente - Prof. Cláudio Silva Soares
  • 10. 10 d) Controle misto de posição e esforço: mas evita que o implemento afunde Quando o implemento estiver ajustado à demasiado em solos de pouca resistência. profundidade deseja, deslocar gradualmente O interruptor de comando (fig. 23789) é a alavanca de controle de posição (1) até que usado apenas para baixar (1) ou subir (2) o os braços comecem a subir. Neste caso o implemento. hidráulico trabalha em esforço controlado, 2.12.1 Alavanca de profundidade de outro tipo de trator A alavanca de posição somente é usada quando o trator está equipado com implementos que trabalham sobre a superfície do solo. Ex: plataformas transportadoras, roçadeiras ou qualquer outro implemento de superfície. Desloque a alavanca de posição no A alavanca de profundidade deve estar quadrante conforme a altura desejada. totalmente para trás e travada pelo batente limitador. Utilize esta alavanca quando estiver operando com implementos de penetração (arados, subsoladores, cultivadores, plantadeiras, etc.) Coloque o trator em movimento na marcha adequada ao trabalho e desloque a alavanca de profundidade para frente abaixando o implemento. A alavanca de posição C deve estar em transporte e travada pelo batente limitador. Ao atingir a profundidade desejada coloque o batente ajustável B enconstado na alavanca de profundidade, travando-a. 2.12.2 Utilizaçao da alavanca de reação rápida e lenta Esta alavanca controla a velocidade de descida do implemento conforme a posição em que está. Mecanização agrícola e meio ambiente - Prof. Cláudio Silva Soares
  • 11. 11 Estando na posição " " o implemento irá baixar lentamente. Com a alavanca na posição " " o implemento baixará rapidamente. Utilizada nas operações em solos acidentados e onde a velocidade de trabalho for maior. Serve para todos os implementos de profundidade. 2.13 Adequação do sistema ao tipo de solo Para possibilitar a adequação da sensibilidade do sistema com o solo a ser trabalhado, alguns tratores possuem uma viga C com 3 furos para o braço do terceiro ponto. Furo superior para solos leves ou macios; Furo intermediário, para solos médios; Furo inferior para solos pesados ou bastante compactados e também para transportar implementos em estradas. 2.14 Acoplamento de implementos ao sistema de engate 3 pontos Procedimento para o correto acoplamento dos implementos: 1 – com o trator em marcha-à-ré vá de encontro ao implemento até alinhar os braços inferiores 1 e 2 com os pinos de engate do implemento; 2 – Utilize a alavanca de posição para controlar a altura dos braços; 3 – engate o implemento na seguinte ordem: a) braço esquerdo b) braço do terceiro ponto c) braço direito 4 – Se o ponto de engate do implemento ficou afastado do braço direito, faça a sua aproximação rosqueando o braço do terceiro ponto; Se o braço direito estiver mais baixo ou mais alto que o ponto de engate, utilize a manivela niveladora para efetuar o alinhamento. Alguns modelos de tratores não possuem a manivela niveladora, porém são equipados com um fuso que permite a regulagem independente de cada braço, facilitando o acoplamento. 2.15 Posição dos furos dos braços inferiores Mecanização agrícola e meio ambiente - Prof. Cláudio Silva Soares
  • 12. 12 Os braços inferiores do hidráulico dos tratores possuem vários furos que são usados conforme a necessidade: Os braços baixam mais próximo do solo. Porém, diminui a força de levante; Posição intermediária; Posição em que o implemento atinge maior altura e capacidade de levante. Utilize-a para implementos longos e pesados; Furo oblongo. Utilize-o para operar em terrenos bastante acidentados para facilitar as ondulações, evitando a sobrecarga dos braços superiores do hidráulico. 2.16 Ajuste da bitola das rodas 2.16.1 Bitola dianteira 2 RM Para ajustar a bitola dianteira, proceder da seguinte forma: a) Levantar a frente do trator, colocando um macaco no meio do eixo dianteiro; b) Ajustar as pontas do eixo, retirando os parafusos de retenção (1e 2), dois de cada lado; c) Ajustar o comprimento dos tirantes da direção que ligam as duas rodas, retirando os parafusos (3); d) Utilizar a largura da bitola máxima, apenas quando for absolutamente necessário. Mecanização agrícola e meio ambiente - Prof. Cláudio Silva Soares
  • 13. 13 2.16.2 Bitola dianteira 4RM e das bitolas traseiras nas versões 2RM e 4RM As rodas dianteiras podem ser montadas com a superfície côncava voltada para dentro ou para fora. Mecanização agrícola e meio ambiente - Prof. Cláudio Silva Soares
  • 14. 14 2.16.3 Ajuste do ângulo da direção Quando utilizar as larguras das bitolas mais estreitas, os pneus podem tocar no capô. Para evitar isto, o eixo possui um parafuso batente para a direção, que pode ser ajustado de forma a obter-se o ângulo de giro ótimo para cada bitola, procedendo da seguinte forma: a) Virar as rodas; b) Ajustar a proteção do parafuso de ajuste (1) de acordo com a tabela abaixo; c)Travar o parafuso (1) com a contra-porca (2). 2.17 Lastro do trator Se o trator necessitar de elevada capacidade de tração, as rodas podem patinar por não se fixarem ao solo, provocando perdas de potência e de velocidade, maior consumo de combustível e desgaste prematuro dos pneus. Na tabela abaixo verificam-se os índices de patinagem para o máximo rendimento de tração do trator. CONDIÇÕES DE SOLO ÍNDICES DE PATINAGEM (%) Solo agrícola 7 a 15 Solo duro e não revolvido 7 a 12 Solo solto, revolvido ou bastante arenoso 10 a 15 Para determinar o indice de patinagem do trator em uma determinada operação procede-se da seguinte forma: Faz-se um marcação no pneu, utilizando giz ou torrão. Coloca-se o conjunto em operação e marca-se no solo a referencia inicial com uma estaca no solo, a partir da qual será feita a contagem do numero de voltas da roda do trator. Com o deslocamento normal de trabalho, conta- se o numero de voltas até chegar a dez voltas da roda, cravando-se uma estaca no final da mesma. Esse é, portanto, o percurso (comprimento) equivalente a dez voltas com carga. Agora levanta-se o implemento, marca-se novamente o pneu e retorna em marcha-ré para a primeira estaca, contando novamente o numero de voltas do pneu. Desta forma determina-se o índice através da seguinte fórmula: NVT = numero de voltas com o trator tracionando o implemento; NVR = numero de voltas com o trator em marcha-ré. 2.17.1 Pesos em ferro fundido Recomenda-se a montagem de rodas de ferro fundido (50kg cada) para aumentar o peso nas rodas de tração ou lastrar com água. Quando utilizar implementos muito compridos e pesados que podem afetar a estabilidade longitudinal do trator, instalar pesos no eixo dianteiro (40kg cada) para contrabalanço apropriado. Mecanização agrícola e meio ambiente - Prof. Cláudio Silva Soares
  • 15. 15 2.17.2 Lastro em líquido Pode ser utilizada água nas rodas traseiras se não houver o perigo de congelamento. 1. Engate para introduzir água 2. Tubo de drenagem de água 3. Ligação para o ar comprimido 4. Tubo de drenagem da água 2.17.3 Processo de enchimento dos pneus com água 2.18 Regras de segurança na operação do trator As instruções a seguir são de vital Quando tracionar carretas ou implementos importância para sua segurança: de arrasto, verifique o correto acoplamento; Não ande próximo a barrancos para evitar Quando verificar o nível da solução da desmoronamentos; bateria, não use chamas ou faíscas próximo, evitando explosões a partir dos gases Nunca deixe o trator ligado em recintos produzidos; fechados de o CO2; Mecanização agrícola e meio ambiente - Prof. Cláudio Silva Soares
  • 16. 16 Nunca utilize o terceiro ponto do trator para Antes de iniciar o trabalho, verifique o serviços de tração; perfeito funcionamento de todos os instrumentos e mecanismos de controle; Quando utilizar o eixo de tomada de potencia ligado a correias ou carda, evite a Em decidas utilize a de subida (primeira proximidade de pessoas nesse mecanismo; marcha); Sempre que parar o trator aplique o freio Jamais freie apenas uma roda quando de estacionamento; estiver em estradas; Nunca deixe outras pessoas subirem no Ao operar próximo a curvas ou tocos, trator ou nos implementos; pedras, etc., observe a largura do implemento; Cuidado ao retirar a tampa do radiador quando estiver quente; 2.19 Bibliografia consultada A BIBLIA DO TRATOR. Iochpe-Maxion S.A. Centro de treinamento da divisão de maquinas agrícolas e industriais da Iochpe Maxion. Canoas-RS. 1999. MEWES, W.L.C. et al. Treinamento de tratorista – regulagem de implementos. Ed. CPT. Viçosa-MG. 1999, 74p. NEW HOLLAND. Manual do operador. 2a edição. 2009. SILVEIRA, G.M. Os cuidados com o trator. Ed. Aprenda fácil. Viçosa-MG. 2001. 312p. Mecanização agrícola e meio ambiente - Prof. Cláudio Silva Soares