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A Montanha da Água Lilás Fábula para Todas as Idades Pepetela Vanda Teixeira, 17 Vera Barbosa, 18 12ºH
Pepetela Pepetela nasceu em Benguela, Angola, em 1941. Licenciou-se em Sociologia, em Argel, durante o exílio. Foi guerrilheiro pelo MPLA, político e governante. Desde 1984 é professor na Universidade Agostinho Neto, em Luanda, e tem sido dirigente de associações culturais, com destaque para a União dos Escritores Angolanos e a Associação Cultural e Recreativa Chá de Caxinde. A atribuição do Prémio Camões (1997) confirmou o seu lugar de destaque na literatura lusófona.
Fábula 	A fábula é um género narrativo que surgiu no Oriente, mas foi particularmente desenvolvido por um escravo chamado Esopo, que viveu no século 6º. a.C., na Grécia antiga. Esopo inventava histórias em que os animais eram os personagens. Por meio dos diálogos entre os bichos e das situações que os envolviam, ele procurava transmitir sabedoria de carácter moral ao homem. Assim, os animais, nas fábulas, tornam-se exemplos para o ser humano. Cada bicho simboliza algum aspecto ou qualidade do homem como, por exemplo, o leão representa a força; a raposa, a astúcia; a formiga, o trabalho. É uma narrativa inverosímil, com fundo didáctico.
O Livro
As personagens
Lupis 	Os lupis são seres cor-de-laranja que se distinguem em três qualidades. Todos eles são “peludinhos” excepto na cara, com um nariz bem gordo, batatudo, e com orelhas e bochechas redondas. Idênticos aos humanos, os lupis tinham duas pernas e dois braços, andando de pé como eles. O nome tem origem no modo como eles comunicam, fazendo lupi-lupi-lupi (lupilarem) sempre que estão contentes ou muito zangados. São também seres muito curiosos.
Cambutas A primeira qualidade dos lupis são os cambutas, sendo estes do tamanho de coelhos, e os mais ágeis e rápidos de todos. Estas qualidades permitiam aos cambutas subir facilmente às arvores para se alimentarem de frutas e recolhe-las para toda a comunidade, especialmente para os jacalupis.
Lupões 	Os lupões são a segunda qualidade dos lupis, distinguindo-se dos cambutas pelo facto de serem maiores, “do tamanho de um chimpanzé pequeno” e mais gordos e redondos. 	Apesar de também subirem às arvores, tinham mais dificuldades, devido ao seu tamanho.
Jacalupis 	Mais tarde, apareceu uma nova qualidade entre os lupis. À medida que os lupizinhos foram crescendo, alguns deles tomavam proporções maiores do que os próprios lupões. Os jacalupis acabavam de nascer, tendo o seu nome origem no facto de ao invés de lupilarem, gritarem constantemente jac-jac-jac (jacarejarem). 	Estes seres distinguem-se em muitos aspectos dos outros lupis, tinham por exemplo um apetite devorador e eram ainda mais redondos do que os lupões. Muito preguiçosos, nem conseguiam sequer aprender a subir às arvores, preferindo ficar o dia todo deitados a jacarejar, sendo incapazes de arranjarem comida para si próprios, deixando-se servir pelos outros.
Jacalupis 	Apesar de todos os lupis serem dotados de grande inteligência, esta qualidade diferencia-se também por ter uma capacidade de raciocínio muito inferior aos outros, sendo a sua aptidão de aprendizagem quase inexistente, tendo fraca memória.  	Os jacalupis tinham um carácter muito difícil, pois eram muito agressivos, rudes e malcriados.
Lupi-professora Lupi-kimbanba Tinha dois filhos cambutinhas e um jacalupi, sofrendo muito por estes se darem mal. Cautelosa, solidária, sensata, fiel. Muito sábio em termos de raízes e ervas, para tratar as doenças.
Lupi-sábio O mais inteligente e experiente dos lupis. Gostava muito de estudar e inventar coisas no laboratório, pois as experiências eram as coisas mais importantes para ele, logo não gosta de desperdiçar tempo com coisas inúteis quando pode aproveitar aquilo que já tem. Lupi-cobaia Devido a um desgosto amoroso, perdeu o gosto pela vida e passou a oferecer-se para todas as experiencias dos sábios, não por procurar a morte, mas por ser generoso e querer ajudar os outros, arriscando nas experiencias e encontrando no risco um gosto e felicidade.
Lupi-pensador Lupi-poeta É justo e a favor da igualdade entre todos.  Sensato como é, gosta de ponderar tudo antes de tomar um partido. Não é influenciável, pensando sempre por ele próprio. É orgulhoso, mas tem um bom coração, o que faz dele um lupi altruísta. É um ser muito irritável, quando os resultados não lhe agradam. Gosta muito do luar e inspira-se na paisagem e beleza da natureza. Tem uma intuição apurada, e precisa de sossego para se concentrar São fiéis aos seus ideais
Lupi-comerciante Lupi-contabilista Tem muito sentido prático e não gosta de desperdiçar nada, o que faz dele um génio para os negócios. É muito orgulhoso, autoritário, interesseiro, egoísta, tornando-se manhoso e prudente. Era o mais forte dos lupis em contas de cabeça. Era uma espécie de adjunto do lupi-comerciante, sendo muito influenciado por ele.
Lupi-diplomata É bom a argumentar, nunca dá uma opinião precisa e é muito hábil perante discussões difíceis. Perante um fracasso fica triste e envergonhado, pois é raro falhar uma negociação, tendo a necessidade de arranjar desculpas para esse fracasso. Pondera sempre tudo antes de tomar alguma decisão, gostando de civilização e boas maneiras. Lupi-advogado É um bom argumentador e bom orador. Justo e gosta de regras. Sempre que quer iniciar um discurso puxa o braço para trás das costas e levanta a cabeça.
Lupi-armazenista Jacalupi-capitão Tem a mania de guardar sempre comida numa gruta só conhecida dele, onde está tudo muito bem organizado É agressivo e impaciente, e gosta de ameaçar toda a gente. Tem a mania das altezas e acha-se superior aos outros por ser o mais inteligente entre os jacalupis. É também muito vaidoso e materialista. É influenciável e gosta de comer.
Os animais Os animais que viviam na planicie têm um papel relevante para o desenvolvimento da história, pois representam as diferentes sociedades e culturas, tipicamente imperfeitas e consumistas, levando a desordem à harmonia dos lupis.
Os animais Os leões e as onças, por exemplo, inimigos desde sempre, são rivais, e ambos querem-se apoderar da montanha e da água lilás dos lupis (o bem material deles). Assim podemos comparar esses animais aos colonozadores de diversos países, que disputam o território africano e as suas riquezas entre si.
Simbologia
Introdução    Pepetela oferece-nos uma deliciosa metáfora social ao dotar o texto de uma sonoridade e de um ritmo tropical que lhe conferem um estilo com um encanto singular.Mais ainda, o livro está povoado de lindíssimas ilustrações que contém em si o essencial de cada capítulo ajudando o leitor a decifrar a estória e a visualizar os lupis, lupões e jacalupis. http://hasempreumlivro.blogspot.com/2006/03/montanha-da-gua-lils-de-pepetela-dom.html
Cambutas Em termos gerais podemos associar os cambutas à população africana, explorada pelos colonizadores estrangeiros, que se achavam mais fortes e superiores. A maioria dos africanos sujeitava-se às ordens dos ‘brancos’, pois não tinham coragem e força suficiente para enfrentá-los. Os cambutas simbolizam principalmente a ingenuidade e fragilidade emocional dos explorados, não só dos africanos na altura das colonizações, mas também dos operários de hoje.
Lupões Os Lupões surgem nesta obra como os representantes dos Africanos mais poderosos, inteligentes e manhosos, que se aproveitavam das oportunidades que surgiam para tirar os seus prórpios lucros.  	Exemplificado pelo Comerciante, o Advogado ou o diplomata, os Lupões tinham habilidades suficientes para conseguirem atingir os seus objectivos.
Jacalupis Os colonizadores vindos da Europa, os brancos, que iam para África explorar a terra e os seus habitantes, são encarnados pelos jacalupis. Estes, com a mania das grandezas, exploravam os africanos mais pobres, aproveitando-se do trabalho deles pela força, pois sabiam que estes eram ingénuos. Basicamente os jacalupis representam os parasitas da sociedade, e simbolizam o sucesso e a vitória dos medíocres, que deixam os outros trabalhar para alimentarem os seus próprios vícios.
O Narrador
Participação Focalização Heterodiegético: o narrador não é uma personagem da história. Focalização omnisciente: colocado numa posição de transcendência, o narrador mostra a conhecer toda a história.
Conclusão “Considero a obra algo muito inteligente, não só pela sua crítica à sociedade, mas pela forma como é feita, através de uma fábula, como se também os adultos fossem eles algo crianças em relação a este assunto que precisassem de que lhes explicassem como se fossem tal, porque na verdade, toda a vida aprendemos. Neste caso dá-se o efeito de ainda haverem lições a aprender, especialmente sobre algo para o qual as pessoas aceitam pacificamente. Tem igualmente efeito este distanciamento, não utilizando pessoas mas animais, o que leva também de certo modo às pessoas reflectirem através da identificação com estes “estranhos” animais. Não seremos nós “estranhos” animais?” http://pergaminhos.blogspot.com/2007/02/montanha-de-gua-lils-comentrio-da-obra.html
Trabalho realizado por... Vanda Teixeira, Nº17 Vera Barbosa, Nº 18

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A Montanha Da áGua LiláS, Pepetela (2)

  • 1. A Montanha da Água Lilás Fábula para Todas as Idades Pepetela Vanda Teixeira, 17 Vera Barbosa, 18 12ºH
  • 2. Pepetela Pepetela nasceu em Benguela, Angola, em 1941. Licenciou-se em Sociologia, em Argel, durante o exílio. Foi guerrilheiro pelo MPLA, político e governante. Desde 1984 é professor na Universidade Agostinho Neto, em Luanda, e tem sido dirigente de associações culturais, com destaque para a União dos Escritores Angolanos e a Associação Cultural e Recreativa Chá de Caxinde. A atribuição do Prémio Camões (1997) confirmou o seu lugar de destaque na literatura lusófona.
  • 3. Fábula A fábula é um género narrativo que surgiu no Oriente, mas foi particularmente desenvolvido por um escravo chamado Esopo, que viveu no século 6º. a.C., na Grécia antiga. Esopo inventava histórias em que os animais eram os personagens. Por meio dos diálogos entre os bichos e das situações que os envolviam, ele procurava transmitir sabedoria de carácter moral ao homem. Assim, os animais, nas fábulas, tornam-se exemplos para o ser humano. Cada bicho simboliza algum aspecto ou qualidade do homem como, por exemplo, o leão representa a força; a raposa, a astúcia; a formiga, o trabalho. É uma narrativa inverosímil, com fundo didáctico.
  • 6. Lupis Os lupis são seres cor-de-laranja que se distinguem em três qualidades. Todos eles são “peludinhos” excepto na cara, com um nariz bem gordo, batatudo, e com orelhas e bochechas redondas. Idênticos aos humanos, os lupis tinham duas pernas e dois braços, andando de pé como eles. O nome tem origem no modo como eles comunicam, fazendo lupi-lupi-lupi (lupilarem) sempre que estão contentes ou muito zangados. São também seres muito curiosos.
  • 7. Cambutas A primeira qualidade dos lupis são os cambutas, sendo estes do tamanho de coelhos, e os mais ágeis e rápidos de todos. Estas qualidades permitiam aos cambutas subir facilmente às arvores para se alimentarem de frutas e recolhe-las para toda a comunidade, especialmente para os jacalupis.
  • 8. Lupões Os lupões são a segunda qualidade dos lupis, distinguindo-se dos cambutas pelo facto de serem maiores, “do tamanho de um chimpanzé pequeno” e mais gordos e redondos. Apesar de também subirem às arvores, tinham mais dificuldades, devido ao seu tamanho.
  • 9. Jacalupis Mais tarde, apareceu uma nova qualidade entre os lupis. À medida que os lupizinhos foram crescendo, alguns deles tomavam proporções maiores do que os próprios lupões. Os jacalupis acabavam de nascer, tendo o seu nome origem no facto de ao invés de lupilarem, gritarem constantemente jac-jac-jac (jacarejarem). Estes seres distinguem-se em muitos aspectos dos outros lupis, tinham por exemplo um apetite devorador e eram ainda mais redondos do que os lupões. Muito preguiçosos, nem conseguiam sequer aprender a subir às arvores, preferindo ficar o dia todo deitados a jacarejar, sendo incapazes de arranjarem comida para si próprios, deixando-se servir pelos outros.
  • 10. Jacalupis Apesar de todos os lupis serem dotados de grande inteligência, esta qualidade diferencia-se também por ter uma capacidade de raciocínio muito inferior aos outros, sendo a sua aptidão de aprendizagem quase inexistente, tendo fraca memória. Os jacalupis tinham um carácter muito difícil, pois eram muito agressivos, rudes e malcriados.
  • 11. Lupi-professora Lupi-kimbanba Tinha dois filhos cambutinhas e um jacalupi, sofrendo muito por estes se darem mal. Cautelosa, solidária, sensata, fiel. Muito sábio em termos de raízes e ervas, para tratar as doenças.
  • 12. Lupi-sábio O mais inteligente e experiente dos lupis. Gostava muito de estudar e inventar coisas no laboratório, pois as experiências eram as coisas mais importantes para ele, logo não gosta de desperdiçar tempo com coisas inúteis quando pode aproveitar aquilo que já tem. Lupi-cobaia Devido a um desgosto amoroso, perdeu o gosto pela vida e passou a oferecer-se para todas as experiencias dos sábios, não por procurar a morte, mas por ser generoso e querer ajudar os outros, arriscando nas experiencias e encontrando no risco um gosto e felicidade.
  • 13. Lupi-pensador Lupi-poeta É justo e a favor da igualdade entre todos. Sensato como é, gosta de ponderar tudo antes de tomar um partido. Não é influenciável, pensando sempre por ele próprio. É orgulhoso, mas tem um bom coração, o que faz dele um lupi altruísta. É um ser muito irritável, quando os resultados não lhe agradam. Gosta muito do luar e inspira-se na paisagem e beleza da natureza. Tem uma intuição apurada, e precisa de sossego para se concentrar São fiéis aos seus ideais
  • 14. Lupi-comerciante Lupi-contabilista Tem muito sentido prático e não gosta de desperdiçar nada, o que faz dele um génio para os negócios. É muito orgulhoso, autoritário, interesseiro, egoísta, tornando-se manhoso e prudente. Era o mais forte dos lupis em contas de cabeça. Era uma espécie de adjunto do lupi-comerciante, sendo muito influenciado por ele.
  • 15. Lupi-diplomata É bom a argumentar, nunca dá uma opinião precisa e é muito hábil perante discussões difíceis. Perante um fracasso fica triste e envergonhado, pois é raro falhar uma negociação, tendo a necessidade de arranjar desculpas para esse fracasso. Pondera sempre tudo antes de tomar alguma decisão, gostando de civilização e boas maneiras. Lupi-advogado É um bom argumentador e bom orador. Justo e gosta de regras. Sempre que quer iniciar um discurso puxa o braço para trás das costas e levanta a cabeça.
  • 16. Lupi-armazenista Jacalupi-capitão Tem a mania de guardar sempre comida numa gruta só conhecida dele, onde está tudo muito bem organizado É agressivo e impaciente, e gosta de ameaçar toda a gente. Tem a mania das altezas e acha-se superior aos outros por ser o mais inteligente entre os jacalupis. É também muito vaidoso e materialista. É influenciável e gosta de comer.
  • 17. Os animais Os animais que viviam na planicie têm um papel relevante para o desenvolvimento da história, pois representam as diferentes sociedades e culturas, tipicamente imperfeitas e consumistas, levando a desordem à harmonia dos lupis.
  • 18. Os animais Os leões e as onças, por exemplo, inimigos desde sempre, são rivais, e ambos querem-se apoderar da montanha e da água lilás dos lupis (o bem material deles). Assim podemos comparar esses animais aos colonozadores de diversos países, que disputam o território africano e as suas riquezas entre si.
  • 20. Introdução Pepetela oferece-nos uma deliciosa metáfora social ao dotar o texto de uma sonoridade e de um ritmo tropical que lhe conferem um estilo com um encanto singular.Mais ainda, o livro está povoado de lindíssimas ilustrações que contém em si o essencial de cada capítulo ajudando o leitor a decifrar a estória e a visualizar os lupis, lupões e jacalupis. http://hasempreumlivro.blogspot.com/2006/03/montanha-da-gua-lils-de-pepetela-dom.html
  • 21. Cambutas Em termos gerais podemos associar os cambutas à população africana, explorada pelos colonizadores estrangeiros, que se achavam mais fortes e superiores. A maioria dos africanos sujeitava-se às ordens dos ‘brancos’, pois não tinham coragem e força suficiente para enfrentá-los. Os cambutas simbolizam principalmente a ingenuidade e fragilidade emocional dos explorados, não só dos africanos na altura das colonizações, mas também dos operários de hoje.
  • 22. Lupões Os Lupões surgem nesta obra como os representantes dos Africanos mais poderosos, inteligentes e manhosos, que se aproveitavam das oportunidades que surgiam para tirar os seus prórpios lucros. Exemplificado pelo Comerciante, o Advogado ou o diplomata, os Lupões tinham habilidades suficientes para conseguirem atingir os seus objectivos.
  • 23. Jacalupis Os colonizadores vindos da Europa, os brancos, que iam para África explorar a terra e os seus habitantes, são encarnados pelos jacalupis. Estes, com a mania das grandezas, exploravam os africanos mais pobres, aproveitando-se do trabalho deles pela força, pois sabiam que estes eram ingénuos. Basicamente os jacalupis representam os parasitas da sociedade, e simbolizam o sucesso e a vitória dos medíocres, que deixam os outros trabalhar para alimentarem os seus próprios vícios.
  • 25. Participação Focalização Heterodiegético: o narrador não é uma personagem da história. Focalização omnisciente: colocado numa posição de transcendência, o narrador mostra a conhecer toda a história.
  • 26. Conclusão “Considero a obra algo muito inteligente, não só pela sua crítica à sociedade, mas pela forma como é feita, através de uma fábula, como se também os adultos fossem eles algo crianças em relação a este assunto que precisassem de que lhes explicassem como se fossem tal, porque na verdade, toda a vida aprendemos. Neste caso dá-se o efeito de ainda haverem lições a aprender, especialmente sobre algo para o qual as pessoas aceitam pacificamente. Tem igualmente efeito este distanciamento, não utilizando pessoas mas animais, o que leva também de certo modo às pessoas reflectirem através da identificação com estes “estranhos” animais. Não seremos nós “estranhos” animais?” http://pergaminhos.blogspot.com/2007/02/montanha-de-gua-lils-comentrio-da-obra.html
  • 27. Trabalho realizado por... Vanda Teixeira, Nº17 Vera Barbosa, Nº 18