O documento descreve o protocolo de coqueluche, definindo casos suspeitos e confirmados da doença, o tratamento com eritromicina e a quimioprofilaxia de comunicantes, principalmente crianças menores de 1 ano.
1. Protocolo de Coqueluche
Definição de caso:
Suspeito: Todo indivíduo, independente da idade e do estado vacinal, que apresente tosse seca há 14 dias ou mais, associada a um ou mais dos seguintes
sintomas: tosse paroxística, guincho inspiratório, vômitos pós-tosse. Ou que tenha entrado em contato com caso confirmado pelo critério clínico.
Confirmado:
o Critério laboratorial: Todo caso suspeito com isolamento de B. pertussis.
o Critério clínico-epidemiológico: Caso suspeito que teve contato com caso confirmado pelo critério laboratorial, entre o início do período catarral até
3 semanas após o início do período paroxístico.
o Critério clínico: Caso suspeito com alteração do leucograma caracterizado por leucocitose (acima de 20 mil leucócitos/mm³) e linfocitose absoluta
(acima de 10 mil linfócitos por mm³), desde que não exista outro diagnóstico.
Tratamento: Estolato de Eritromicina 40 a 50 mg/kg/dia (máxima de 2 gramas/dia), por via oral, dividida em 4 doses iguais, durante 14 dias.
Controle dos Comunicantes:
o Vacinação: Comunicantes íntimos menores de 7 anos não vacinados, inadequadamente vacinados ou com situação vacinal desconhecida.
o Quimioprofilaxia:
Comunicantes íntimos menores de 1 ano, independente da situação vacinal e de apresentar quadro de tosse.
Comunicantes íntimos menores de 7 anos não vacinados, com situação vacinal desconhecida ou que tenham tomado menos de 4 doses da
DTP.
Comunicantes adultos que trabalhem em profissões que envolvem contato direto e frequente com menores de 1 ano ou imunodeprimidos
devem ser afastados do contato com crianças por 05 dias após o início da profilaxia.
Comunicantes adultos que residam com menores de 1 anos.
Comunicantes íntimos imunodeprimidos.
Notificação Compulsória
Caso Suspeito
(Tosse Paroxística, dispneia, cianose, seguido de
vômito e/ou guincho)
Abordagem Inicial: Monitorar
Sat O2 e Sinais Vitais
Como confirmar?
Coleta de secreção nasofaríngea Leucograma (Leucocitose Radiografia de Tórax (coração felpudo)
do caso para realizar cultura com linfocitose)
Confirmado Não Confirmado
Quadro Clínico Exuberante Quadro Clínico Duvidoso
Opções
Pensar em diagnósticos diferenciais:
Terapêuticas Traqueobronquites, bronquiolites,
adenoviroses, laringites e outros
ANTIMICROBIANO agentes da Síndrome Coqueluchoide
Estolato de Eritromicina (1ª escolha): CUIDADOS NA CRISE (M. pneumoniae, C. trachomatis,
40-50mg/Kg/dia de 6/6h, VO, por 14 dias. C. pneumoniae e Adenovirus)
Em caso de Intolerância a eritromicina: Decúbito lateral ou decúbito de drenagem,
SMZ + TMP (12/12h, durante 7 a 10 dias): O2 Suplementar (6 a 8L/min)
Criança: 40mg +8mg/Kg/dia; Massagem diafragmática
Adultos e Crianças > 40Kg: 800mg+160mg/dia de
12/12h
UFRN
QUIMIOPROFILAXIA OUTROS CUIDADOS Centro de Ciências da Saúde
Estolato de Eritromicina 40 a 50 Sonda nasogástrica Departamento de Pediatria
mg/kg/dia (máxima de 2 gramas/dia), Aspiração oro-nasal Internato em Pediatria I
por via oral, dividida em 4 doses iguais, Isolamento de Contato
por 7 a 14 dias. Componentes:
Ana Nataly
Damião Julião
Critérios de Internação Hospitalar:
Giovanni Galeno
Desconforto Respiratório
Jaaziel Medeiros
Incapacidade de se alimentar
João Augusto
Cianose ou apneia com ou sem tosse
Marina Rêgo
Convulsão
Orientadora:
Idade < 3 meses
Vanessa Pache
BIBLIOGRAFIA: Ago/2012
Guia de Vigilância Epidemiológica - Ministério da Saúde - 7º Edição
http://www.uptodate.com/contents/treatment-and-prevention-of-bordetella-
pertussis-infection-in-infants-and-children?source=searchresult&search=B+per
tusis&selectedTitle=3~150, (Visitado em 29/08/2012 às 9h)