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Ligação e mapeamento 
genético em eucariotos 
INTRODUÇÃO 
 Depois que Sutton sugeriu a teoria cromossômica da 
hereditariedade em 1903, várias evidências foram acumuladas 
de que os genes estavam nos cromossomos 
 Como existem muito mais genes do que cromossomos espera-se 
que vários genes possam estar no mesmo cromossomo 
 Como os cromossomos tem forma linear é esperado que os 
genes também estejam alinhados ao longo dos cromossomos 
como "contas de um colar"(isto foi demonstrado por Surtevant 
em 1913)
A SEGREGAÇÃO 
INDEPENDENTE SEMPRE É 
VÁLIDA ? 
 Qual seria a relação que os genes tem uns com os outros 
quando no mesmo cromossomo ? (animação) 
 Podemos determinar que um gene está no mesmo 
cromossomo pela quebra da 2a Lei de Mendel (a da segregação 
independente) Ex. Drosófilas (figura) 
 A explicação seria que os locus bn e det estão tão próximos 
uns dos outros e no mesmo cromossomo. Como conseqüência 
estão associados e movem-se juntos durante a meiose
NOMENCLATURA 
 Os locus carregados em um mesmo cromossomo são ditos "ligados" 
 Grupos de ligação n. haplóide de autossomos + os cromossomos 
sexuais 
Ex.1 Drosófila tem 5 grupos de ligação (2N = 8; 3 autossomos + X + Y) 
Ex.2 Humano tem 24 grupos de ligação (2N = 46; 22 autossomos + X + Y) 
Obs. Quando não há cromossomos sexuais, considera-se "grupo de 
ligação" o número haplóide. Ex. Tomateiro (2N = 24 ou seja possui 12 
grupos de ligação) 
 Quando o fenótipo da progênie combina características de ambos os 
parentais, é chamado de “recombinante” ou “não parental” 
 Quanto ao arranjo dos alelos em dihíbridos pode ser Cis ou Trans ( 
figura)
Os genes estão na configuração Cis quando ambos os 
selvagens ou ambos os recessivos se encontram em um 
mesmo cromossomo. Trans quando se tem um selvagem e 
um recessivo no mesmo cromossomo.
Quanto ao modo de representação 
dos alelos nos cromossomos 
bb pr pr cc Usado quando não é sabido o sistema 
de ligação 
b/b pr/pr c/c 
ou 
b pr c 
b pr c 
Quando os 3 locus estão em 
cromossomos diferentes 
b pr c / b pr c 
ou 
b pr c 
b pr c 
ou 
(b pr c) / (b pr c) 
Quando estão no mesmo cromossomo
Recombinantes são o produto da 
meiose possuidores de combinações 
alélicas diferentes das células 
haplóides que formaram o diplóide 
meiótico 
Os produtos Recombinantes de 
uma meiose diplóide são mais 
prontamente detectados em um 
cruzamento de um heterozigoto e um 
testador recessivo
Cruzamento teste em Drosófila para 2 locus 
Observado 
Esperado 
1: 1: 1: 1
CRUZAMENTO DE "DOIS PONTOS“ 
É a análise de 2 locus. É útil para evidenciar associação ou não de 
locus de um mesmo cromossomo 
 A freq. de recombinantes pode ser usada como indicadora da distância entre 
os genes. Um % de recombinantes = 1 centimorgan. 
 No exemplo, os locus bn e det estão distanciados de 0,5 centimorgans 
(figura) 
 A relação centimorgan / pares de base é variável entre espécies, sexo, 
regiões do cromossomo. 
Humanos de 105 a 107 pares de base 
Schizosacharomyces pombe 6.000
CRUZAMENTO DE “TRÊS PONTOS“ 
É a análise de 3 locus, cada um segregando 2 alelos. É útil para 
verificar a posição relativa de cada um dos locus 
 A análise de 3 locus, cada um segregando 2 alelos controlando a 
cor do corpo (preto b); cor do olho (púrpura pr) e a morfologia da 
asa (curvada c) (figura) 
 Os dados são posicionados em "classes recíprocas" colocando-se 
as parentais como primeiras e as duplo recombinantes como as 
últimas
POSSÍVEIS RESULTADOS DE UM 
CRUZAMENTO TESTE DA PROGÊNIE DE UM 
TRIHÍBRIDO b pr c 
? Preto, púrpura, curvada x ? Selvagem 
P1 bb prpr cc b+b+ pr+ pr +c+c+ 
Selvagem x Preto, púrpura, curvada 
Cruzamento teste do trihíbrido b+ b pr+ pr c+ c bb prpr cc 
Possibilidades 
Sem ligação Com ligação completa 
1/8 b/b pr/pr c/c (Parental) 1/2 b pr c / b pr c 
1/8 b/b pr/pr c+/c 1/2 b+ pr+ c+ / b pr c 
1/8 b/b pr+ /pr c/c 
1/8 b/b pr+ /pr c+/c (Recombinantes) 
1/8 b+ /b pr/pr c/c 
1/8 b+ /b pr/pr c+/c 
1/8 b+ /b pr+ /pr c/c 
1/8 b+ /b pr+ /pr c+/c (Parental)
RESULTADOS DE UM CROSSING OVER 
ENTRE OS LOCUS PRETOS E PÚRPURA 
EM CROMOSSOMOS DROSÓFILA 
RESULTADOS DE UM CROSSING OVER DUPLO 
NAS REGIÕES b - pr - c 
EM CROMOSSOMOS DE DROSÓFILA
RESULTADOS DO CRUZAMENTO TESTE ENTRE UMA FÊMEA DE 
DROSÓFILA PARA CORPO PRETO, OLHOS PÚRPURA E ASAS 
CURVADAS E UM MACHO SELVAGEM (b+b pr+pr c+c x bb prpr cc )
Distâncias de mapa 
25,4 
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b pr c 
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Cálculos 
 Número observado de Duplo Recombinantes (NODR) 
 = 60+72= 132; a freq. é 132/15.000 = 0,88% 
 Freqüência esperada de Duplo Recombinantes (dois eventos independentes ocorrendo 
simultaneamente regra de multiplicação) 
 (prob. de b pr) x (prob. de pr c) = 0,059 x 0,195 = 0,0115 = 1,15%. Esta percentagem de 
15.000 da 172 que é o Número esperado de Duplo recombinantes (NEDR) 
 Coeficiente de Coincidência (CC) = NODR /NEDR = 132/172 = 0,77 = 77%. Isto significa 
que somente 77% dos Crossing Over esperados realmente ocorreram 
 Coeficiente de Interferência (CI)= 1 - CC = 1- 0,77 = 0,23 = 23%. Isto significa que 23% 
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 A interferência é positiva quando a ocorrência do primeiro Crossing Over reduz a chance 
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  • 1. Ligação e mapeamento genético em eucariotos INTRODUÇÃO  Depois que Sutton sugeriu a teoria cromossômica da hereditariedade em 1903, várias evidências foram acumuladas de que os genes estavam nos cromossomos  Como existem muito mais genes do que cromossomos espera-se que vários genes possam estar no mesmo cromossomo  Como os cromossomos tem forma linear é esperado que os genes também estejam alinhados ao longo dos cromossomos como "contas de um colar"(isto foi demonstrado por Surtevant em 1913)
  • 2. A SEGREGAÇÃO INDEPENDENTE SEMPRE É VÁLIDA ?  Qual seria a relação que os genes tem uns com os outros quando no mesmo cromossomo ? (animação)  Podemos determinar que um gene está no mesmo cromossomo pela quebra da 2a Lei de Mendel (a da segregação independente) Ex. Drosófilas (figura)  A explicação seria que os locus bn e det estão tão próximos uns dos outros e no mesmo cromossomo. Como conseqüência estão associados e movem-se juntos durante a meiose
  • 3. NOMENCLATURA  Os locus carregados em um mesmo cromossomo são ditos "ligados"  Grupos de ligação n. haplóide de autossomos + os cromossomos sexuais Ex.1 Drosófila tem 5 grupos de ligação (2N = 8; 3 autossomos + X + Y) Ex.2 Humano tem 24 grupos de ligação (2N = 46; 22 autossomos + X + Y) Obs. Quando não há cromossomos sexuais, considera-se "grupo de ligação" o número haplóide. Ex. Tomateiro (2N = 24 ou seja possui 12 grupos de ligação)  Quando o fenótipo da progênie combina características de ambos os parentais, é chamado de “recombinante” ou “não parental”  Quanto ao arranjo dos alelos em dihíbridos pode ser Cis ou Trans ( figura)
  • 4. Os genes estão na configuração Cis quando ambos os selvagens ou ambos os recessivos se encontram em um mesmo cromossomo. Trans quando se tem um selvagem e um recessivo no mesmo cromossomo.
  • 5. Quanto ao modo de representação dos alelos nos cromossomos bb pr pr cc Usado quando não é sabido o sistema de ligação b/b pr/pr c/c ou b pr c b pr c Quando os 3 locus estão em cromossomos diferentes b pr c / b pr c ou b pr c b pr c ou (b pr c) / (b pr c) Quando estão no mesmo cromossomo
  • 6. Recombinantes são o produto da meiose possuidores de combinações alélicas diferentes das células haplóides que formaram o diplóide meiótico Os produtos Recombinantes de uma meiose diplóide são mais prontamente detectados em um cruzamento de um heterozigoto e um testador recessivo
  • 7. Cruzamento teste em Drosófila para 2 locus Observado Esperado 1: 1: 1: 1
  • 8.
  • 9. CRUZAMENTO DE "DOIS PONTOS“ É a análise de 2 locus. É útil para evidenciar associação ou não de locus de um mesmo cromossomo  A freq. de recombinantes pode ser usada como indicadora da distância entre os genes. Um % de recombinantes = 1 centimorgan.  No exemplo, os locus bn e det estão distanciados de 0,5 centimorgans (figura)  A relação centimorgan / pares de base é variável entre espécies, sexo, regiões do cromossomo. Humanos de 105 a 107 pares de base Schizosacharomyces pombe 6.000
  • 10. CRUZAMENTO DE “TRÊS PONTOS“ É a análise de 3 locus, cada um segregando 2 alelos. É útil para verificar a posição relativa de cada um dos locus  A análise de 3 locus, cada um segregando 2 alelos controlando a cor do corpo (preto b); cor do olho (púrpura pr) e a morfologia da asa (curvada c) (figura)  Os dados são posicionados em "classes recíprocas" colocando-se as parentais como primeiras e as duplo recombinantes como as últimas
  • 11. POSSÍVEIS RESULTADOS DE UM CRUZAMENTO TESTE DA PROGÊNIE DE UM TRIHÍBRIDO b pr c ? Preto, púrpura, curvada x ? Selvagem P1 bb prpr cc b+b+ pr+ pr +c+c+ Selvagem x Preto, púrpura, curvada Cruzamento teste do trihíbrido b+ b pr+ pr c+ c bb prpr cc Possibilidades Sem ligação Com ligação completa 1/8 b/b pr/pr c/c (Parental) 1/2 b pr c / b pr c 1/8 b/b pr/pr c+/c 1/2 b+ pr+ c+ / b pr c 1/8 b/b pr+ /pr c/c 1/8 b/b pr+ /pr c+/c (Recombinantes) 1/8 b+ /b pr/pr c/c 1/8 b+ /b pr/pr c+/c 1/8 b+ /b pr+ /pr c/c 1/8 b+ /b pr+ /pr c+/c (Parental)
  • 12. RESULTADOS DE UM CROSSING OVER ENTRE OS LOCUS PRETOS E PÚRPURA EM CROMOSSOMOS DROSÓFILA RESULTADOS DE UM CROSSING OVER DUPLO NAS REGIÕES b - pr - c EM CROMOSSOMOS DE DROSÓFILA
  • 13. RESULTADOS DO CRUZAMENTO TESTE ENTRE UMA FÊMEA DE DROSÓFILA PARA CORPO PRETO, OLHOS PÚRPURA E ASAS CURVADAS E UM MACHO SELVAGEM (b+b pr+pr c+c x bb prpr cc )
  • 14. Distâncias de mapa 25,4 (a distância mais longa é + correta) 5,9 19,5 b pr c 23,7 (% de recombinantes de b e c)
  • 15. Mapa cromossômico de Drosófila
  • 16. Cálculos  Número observado de Duplo Recombinantes (NODR)  = 60+72= 132; a freq. é 132/15.000 = 0,88%  Freqüência esperada de Duplo Recombinantes (dois eventos independentes ocorrendo simultaneamente regra de multiplicação)  (prob. de b pr) x (prob. de pr c) = 0,059 x 0,195 = 0,0115 = 1,15%. Esta percentagem de 15.000 da 172 que é o Número esperado de Duplo recombinantes (NEDR)  Coeficiente de Coincidência (CC) = NODR /NEDR = 132/172 = 0,77 = 77%. Isto significa que somente 77% dos Crossing Over esperados realmente ocorreram  Coeficiente de Interferência (CI)= 1 - CC = 1- 0,77 = 0,23 = 23%. Isto significa que 23% dos Crossing Over esperados não ocorreram  A interferência é positiva quando a ocorrência do primeiro Crossing Over reduz a chance de ocorrência do segundo
  • 17. A demonstração citológica do Crossing Over em milho (experimento de H. Creighton e B. McClintock)