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LIGAÇÃO GÊNICA
(3ª LEI DA GENÉTICA)
Introdução:
.2ª Lei: Mendel estudou 7 caracteres em ervilha que quando analisados 2
a 2 segregavam independentemente; da autofecundação de duplo-
heterozigotos ou do cruzamento teste com os mesmos resultavam
descendências que se distribuíam em classes fenotípicas bem definidas
(9 : 3 : 3 : 1 ou 1 : 1 : 1 : 1)
.Porém, quando se estudou um 8º caráter em ervilha obtiveram-se em F2
proporções diferentes das esperadas:
P: Lisa com gavinha x Rugosa sem gavinha
(RRGG) (rrgg)
F1: Lisa com gavinha
(RrGg) ⊗
F2: Lisa com gavinha 448
Lisa sem gavinha 7
Rugosa com gavinha 5
Rugosa sem gavinha 140
recombinantes Parentais
LIGAÇÃO GÊNICA
.Os resultados de F2 não se ajustam a qualquer das relações fenotípicas
estudadas até agora; há um excesso dos tipos parentais e uma escassez
de recombinantes, sugerindo não estar havendo segregação
independente.
.Se tais genes não estão em cromossomos diferentes (não segregam
independente/) admite-se que estejam localizados no mesmo
cromossomo: desta forma, os mesmos transmitiram-se juntos, já que o
cromossomo é a unidade que se transmite.
. Este fenômeno nada tem de surpreendente. Os organismos têm milhares
de genes e apenas alguns pares de cromossomos. É lógico se admitir
então, que muitos genes estejam localizados num mesmo cromossomo
LIGAÇÃO GÊNICA
. Essa tendência de genes que estão no mesmo cromossomo
permanecerem juntos foi denominada por MORGAN (1910) de
LIGAÇÃO (linkage). Ela pode ser completa (absoluta) ou incompleta
(parcial). No primeiro caso os genes estão muito próximos no
cromossomo e sempre aparecem juntos, nunca apresentando
recombinações (crossing-over). No segundo, eles se separam algumas
vezes, mostrando novas combinações (recombinantes).
. A maneira usada pelos geneticistas para indicar que ocorre ligação é a
notação fracionária. colocando no numerador os genes que estão num
mesmo cromossomo e no denominador os que estão no homólogo:
LIGAÇÃO GÊNICA
-Exemplo : Cruzamento Teste com F1 duplo heterozigoto
F1 Lisa com gavinha RG x Rugosa sem gavinha rg
rg rg
Lisa com gavinha RG 494
rg
Rugosa sem gavinha rg 486
rg
Lisa sem gavinha Rg 8
rg
Rugosa com gavinha rG 12
rg
Parentais (98%)
Recombinantes (2%)
LIGAÇÃO GÊNICA
. Dois pares de genes que se apresentam ligados podem estar
arranjados em 2 formas distintas : (1) os dois alelos dominantes e os 2
recessivos, dos 2 pares, apresentam-se juntos em um membro do par
de cromossomos = fase de ASSOCIAÇÃO (ou arranjo CIS) ou, (2) o
alelo dominante de um par e o recessivo do outro ( ou vice-versa)
apresentam-se juntos num mesmo cromossomo = fase de REPULSÃO
(ou arranjo TRANS).
Exemplo
ASSOCIAÇÂO
P AB x ab
AB ab
F1 AB
ab
REPULSÃO
P Ab x aB
Ab aB
F1 Ab
aB
LIGAÇÃO GÊNICA
2 – COMPARAÇÃO ENTRE A 2ª E A 3ª LEI
. Resultados de cruzamentos envolvendo 2 pares de genes localizados
em cromossomos diferentes (2ª Lei) e, 2 pares de genes localizados no
mesmo cromossomo (3ª Lei) Ver Quadro 1
3 – ENUNCIADO DA 3ª LEI
. Cruzando-se 2 indivíduos de raças puras que se distinguem em 2 ou
mais pares de genes localizados no mesmo cromossomo, vamos
obter:
a) Uma geração F1 homogênea e heterozigota
b) Uma segregação gônica onde as combinações parentais são mais
frequentes que as combinações novas (recombinações), sendo que
a frequência de recombinantes “ c “ varia de 0 a 0,5.
LIGAÇÃO GÊNICA
Quando c = 0 temos a chamada ligação absoluta, isto é, os genes estão
tão próximos no cromossomo que não há probabilidade de aparecerem
recombinantes. Quando c = 0,5 os genes estão muito distanciados no
cromossomo ou estão em cromossomos diferentes e portanto, se
recombinam livremente. Exemplo:
P : AB x ab
AB ab
F1 : AB
ab
Gametas:
Se c = 0 : ½ AB ; ½ ab
Se c = 0,5 : ¼ AB ; ¼ Ab ; ¼ aB ; ¼ ab
Se 0<c<0,5 : 1-c AB ; c Ab; c aB ; 1-c ab
2 2 2 2
recombinantes
parentais
LIGAÇÃO GÊNICA
(3ª LEI DA GENÉTICA)
4 – Provas da 3ª Lei
As provas da 3ª Lei são de natureza estatística; tem-se então que fazer
uma análise estatística da seguinte forma:
a)Análise das segregações monofatoriais
- Analisar cada caráter individualmente.
b) Teste de independência
- Mostrará que os genes não são independentes mas sim ligados,
caso X² seja significativo.
c) Cálculo do valor c (% de recombinação)
- c = Σ recombinantes x 100
nº total de indivíduos
c pode ser expresso em % ou em “centimorgan”
LIGAÇÃO EM CRUZAMENTO TESTE
Interpretação cromossômica de ligação e permuta, ilustrada pelo
comportamento dos genes para aleurona colorida (A) e incolor (a) e para
endosperma liso (B) e enrugado (b), em milho.
LIGAÇÃO GÊNICA
Mapeamento Cromossômico
2 genes localizados no mesmo cromossomo  distância?
% recombinação = medida indireta da distância
Mapa Genético : genes arranjados linearmente
1 % RECOMBINANTES = 1 unidade de mapa
(1 centimorgan)
Exemplo:
Na progênie do cruzamento: AB x ab
ab ab identificaram-se 8% de
recombinantes.
Mapa A B
8u
(8 centimorgan)
MAPA ILUSTRADO
Mapa do cromossomo sexual (à esquerda) e 5 grupos de ligação
autossômicos da galinha.
HERANÇA LIGADA AO SEXO
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XW Xw

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LIGAÇÃO GÊNICA E MAPAS GENÉTICOS

  • 1. LIGAÇÃO GÊNICA (3ª LEI DA GENÉTICA) Introdução: .2ª Lei: Mendel estudou 7 caracteres em ervilha que quando analisados 2 a 2 segregavam independentemente; da autofecundação de duplo- heterozigotos ou do cruzamento teste com os mesmos resultavam descendências que se distribuíam em classes fenotípicas bem definidas (9 : 3 : 3 : 1 ou 1 : 1 : 1 : 1) .Porém, quando se estudou um 8º caráter em ervilha obtiveram-se em F2 proporções diferentes das esperadas: P: Lisa com gavinha x Rugosa sem gavinha (RRGG) (rrgg) F1: Lisa com gavinha (RrGg) ⊗ F2: Lisa com gavinha 448 Lisa sem gavinha 7 Rugosa com gavinha 5 Rugosa sem gavinha 140 recombinantes Parentais
  • 2. LIGAÇÃO GÊNICA .Os resultados de F2 não se ajustam a qualquer das relações fenotípicas estudadas até agora; há um excesso dos tipos parentais e uma escassez de recombinantes, sugerindo não estar havendo segregação independente. .Se tais genes não estão em cromossomos diferentes (não segregam independente/) admite-se que estejam localizados no mesmo cromossomo: desta forma, os mesmos transmitiram-se juntos, já que o cromossomo é a unidade que se transmite. . Este fenômeno nada tem de surpreendente. Os organismos têm milhares de genes e apenas alguns pares de cromossomos. É lógico se admitir então, que muitos genes estejam localizados num mesmo cromossomo
  • 3. LIGAÇÃO GÊNICA . Essa tendência de genes que estão no mesmo cromossomo permanecerem juntos foi denominada por MORGAN (1910) de LIGAÇÃO (linkage). Ela pode ser completa (absoluta) ou incompleta (parcial). No primeiro caso os genes estão muito próximos no cromossomo e sempre aparecem juntos, nunca apresentando recombinações (crossing-over). No segundo, eles se separam algumas vezes, mostrando novas combinações (recombinantes). . A maneira usada pelos geneticistas para indicar que ocorre ligação é a notação fracionária. colocando no numerador os genes que estão num mesmo cromossomo e no denominador os que estão no homólogo:
  • 4. LIGAÇÃO GÊNICA -Exemplo : Cruzamento Teste com F1 duplo heterozigoto F1 Lisa com gavinha RG x Rugosa sem gavinha rg rg rg Lisa com gavinha RG 494 rg Rugosa sem gavinha rg 486 rg Lisa sem gavinha Rg 8 rg Rugosa com gavinha rG 12 rg Parentais (98%) Recombinantes (2%)
  • 5. LIGAÇÃO GÊNICA . Dois pares de genes que se apresentam ligados podem estar arranjados em 2 formas distintas : (1) os dois alelos dominantes e os 2 recessivos, dos 2 pares, apresentam-se juntos em um membro do par de cromossomos = fase de ASSOCIAÇÃO (ou arranjo CIS) ou, (2) o alelo dominante de um par e o recessivo do outro ( ou vice-versa) apresentam-se juntos num mesmo cromossomo = fase de REPULSÃO (ou arranjo TRANS). Exemplo ASSOCIAÇÂO P AB x ab AB ab F1 AB ab REPULSÃO P Ab x aB Ab aB F1 Ab aB
  • 6. LIGAÇÃO GÊNICA 2 – COMPARAÇÃO ENTRE A 2ª E A 3ª LEI . Resultados de cruzamentos envolvendo 2 pares de genes localizados em cromossomos diferentes (2ª Lei) e, 2 pares de genes localizados no mesmo cromossomo (3ª Lei) Ver Quadro 1 3 – ENUNCIADO DA 3ª LEI . Cruzando-se 2 indivíduos de raças puras que se distinguem em 2 ou mais pares de genes localizados no mesmo cromossomo, vamos obter: a) Uma geração F1 homogênea e heterozigota b) Uma segregação gônica onde as combinações parentais são mais frequentes que as combinações novas (recombinações), sendo que a frequência de recombinantes “ c “ varia de 0 a 0,5.
  • 7. LIGAÇÃO GÊNICA Quando c = 0 temos a chamada ligação absoluta, isto é, os genes estão tão próximos no cromossomo que não há probabilidade de aparecerem recombinantes. Quando c = 0,5 os genes estão muito distanciados no cromossomo ou estão em cromossomos diferentes e portanto, se recombinam livremente. Exemplo: P : AB x ab AB ab F1 : AB ab Gametas: Se c = 0 : ½ AB ; ½ ab Se c = 0,5 : ¼ AB ; ¼ Ab ; ¼ aB ; ¼ ab Se 0<c<0,5 : 1-c AB ; c Ab; c aB ; 1-c ab 2 2 2 2 recombinantes parentais
  • 8.
  • 9. LIGAÇÃO GÊNICA (3ª LEI DA GENÉTICA) 4 – Provas da 3ª Lei As provas da 3ª Lei são de natureza estatística; tem-se então que fazer uma análise estatística da seguinte forma: a)Análise das segregações monofatoriais - Analisar cada caráter individualmente. b) Teste de independência - Mostrará que os genes não são independentes mas sim ligados, caso X² seja significativo. c) Cálculo do valor c (% de recombinação) - c = Σ recombinantes x 100 nº total de indivíduos c pode ser expresso em % ou em “centimorgan”
  • 10. LIGAÇÃO EM CRUZAMENTO TESTE Interpretação cromossômica de ligação e permuta, ilustrada pelo comportamento dos genes para aleurona colorida (A) e incolor (a) e para endosperma liso (B) e enrugado (b), em milho.
  • 11. LIGAÇÃO GÊNICA Mapeamento Cromossômico 2 genes localizados no mesmo cromossomo distância? % recombinação = medida indireta da distância Mapa Genético : genes arranjados linearmente 1 % RECOMBINANTES = 1 unidade de mapa (1 centimorgan) Exemplo: Na progênie do cruzamento: AB x ab ab ab identificaram-se 8% de recombinantes. Mapa A B 8u (8 centimorgan)
  • 12. MAPA ILUSTRADO Mapa do cromossomo sexual (à esquerda) e 5 grupos de ligação autossômicos da galinha.
  • 13. HERANÇA LIGADA AO SEXO XW XW Xw