O documento descreve a evolução do pensamento ao longo dos tempos, desde os gregos até a pós-modernidade, dividida em quatro fases: cosmológica, teológica, mecânica e histórica. Critica Foucault por deixar lacunas em sua análise arqueológica. Destaca como os gregos viam a alma e o autoconhecimento como chave para o progresso do pensamento.
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
Resumo de espitemologia
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL
RESUMO EXPANDIDO SOBRE O TEXTO “O GRAU ZERO DO
CONHECIMENTO”
Ana Célia Costa
Aluna especial do Mestrado
Professor: Dr. Walmir de Albuquerque Barbosa
Manaus
2009
2. A raiz de todos os pensamentos
A análise da fundamentação das ciências humanas se tornou tão
importante que não é possível fazer um estudo sem que se saiba a
origem do mesmo. A problemática está no fato que todas as formas
de pensamento tiveram um elo em comum, que é a lógica, mas todas
as suas ramificações na atualidade possuem particulares.
Há a Episteme Moderna, mas que foi fundada a partir de outros
pensamentos de diferentes origens. A obra “O grau zero do
conhecimento” apresenta também uma crítica ao filósofo Michel
Foucault. Segundo as argumentações do autor Ivan Domingues,
Foucault deixou sua análise arqueológica com muitas lacunas e por
isso não era completa.
A rapidez do conhecimento é extrema, mas é preciso destacar que os
seus tipos tiveram a mesma fundação. É a raiz de toda a arqueologia,
apesar de, hoje, alguns tipos conhecimento estarem em lados
opostos. O mecanicismo e o racionalismo são exemplos dessa
condição. Ivan Domingues apresenta diversos de tipos de
pensamento de autores gregos à autores modernos.
O autor vai apresentar todas as contradições e fatos em comuns das
diversas épocas nas quais o pensamento foi sendo “construído”.
Domingues, por exemplo, relembra o pensamento do filósofo e
matemático Blaise Pascal, que explica todas as limitações para a
organização das ciências.
A obra apresenta as quatro divisões da ciência: cosmológica,
teológica, mecânica e histórica. Nestas, a primeira começou com os
pensadores gregos e terminou na época da expansão do império
macedônico, de Alexandre Magno. A idade teológica foi consolidada
até o período colonial. Apesar disso, não o estudo que comprove a
inexistência de pessoas adeptas de ambos os pensamentos até hoje.
No início de análise, é posta a indagação do filósofo Kant. Ele
pergunta “que é o homem?” e com esta dúvida o homem se coloca
como objeto e se torna alvo das especulações sobre “aquilo que ele é
e aquilo que ele pretende ser”.
O pioneirismo grego tentou esclarecer como o auto-conhecimento era
a chave para a progressão do pensamento. Ivan Domingues explica
como foi a criação dos homens, segundo trechos da obra do poeta
3. grego Hesíodo. Nela é explica a moral do trabalho, que é descoberta
a partir da consciência sobre a responsabilidade do homem ter uma
parte divina (alma). Dessa forma o trabalho e o “conhece-te a ti
mesmo”
estão
intrinsecamente
ligados,
assim
como
o
reconhecimento de que ainda há muito para se entender.
Entender o homem se torna algo tão complexo e ao mesmo tempo
tão objetivo. O questionamento socrático tem como base a
necessidade da compreensão do interior do homem pelos valores que
possui. É neste momento que ocorre a junção da Filosofia com a
Antropologia tal a abrangência da discussão.
O termo “cosmológica” é caracterizado pela importância que os
gregos deram à alma. Ela esta no homem, mas também é universal e
por isso todos fazem parte de elo único.
Ainda sobre a discussão sobre o que é o homem, o pensamento
grego destacou a autonomia dada ao próprio homem quando percebe
o que poder fazer com a sua alma. A política é dos exemplos do que
se pode fazer com esse conhecimento. É o agir, julgar e decidir.
A Idade Média é a era das mudanças no sentindo do pensamento. A
principal característica deste passa a ser a teologia, em que tira a
liberdade do ser que antes podia tomar suas próprias decisões em
virtude do auto-conhecimento e, agora, sente o medo de estar em
pecado.
O contexto histórico é repleto de conflitos mundiais, pois há a
imposição da Igreja Católica sobre todas as questões, principalmente,
políticas. O homem perde o seu eixo e passa a cultuar o divino como
seu “novo” eixo.
Ivan Domingues apresenta uma frase de Santo Agostinho sobre essa
nova idéia de pensamento: “ É verdade que o homem é a mais divina
das criaturas, não por causa da razão, mas pela vontade de Deus
que, em sua onipotência absoluta e infinita bondade, assim o quis e
assim o fez”. É a era teológica impondo-se em todas as áreas.
Já neste momento é fundamentada a ciência escolástica. Este ensino
foi difundido nas escolas de conventos e catedrais. É um método de
dedução porque buscava interpretar as sagradas escrituras, visto que
eram dogmas e não podiam ser contestados.
Na Modernidade, há o rompimento com antes havia sido imposto. O
pensamento teológico não é mais absoluto. As idéias gregas são
4. retomadas, mas com uma reformulação. O homem volta ao centro de
tudo com a autonomia de antes, mas com a ciência, especialmente,
em pleno avanço.
É na modernidade que se estabelecem com mais destaque as ciências
da indução. É o ato de descobrir que se transforma em combustível
para os homens, que antes só analisam seus objetos de curiosidade
por dedução.
São estabelecidos sistemas para possibilitar descobertas. O
pensamento teológico é contestado pela Reforma Protestante. O
conceito grego de trabalho também é retomado, pois não há mais
pecado para aqueles que tiverem lucro. É o início também do
capitalismo.
A Idade Histórica também surge nesse momento, visto que o homem
entende que é preciso “voltar no tempo” por entender “as leis do seu
ser e o princípio do seu devir”.
Como exemplo, o autor Ivan
Domingues cita a descoberta do naturalista inglês Charles Robert
Darwin, que estudou a origem dos seres desde quando era uma
proteína até a geração humana.
A nova era, pós-modernidade, quer o aprofundamento das pesquisas.
Não são aceitos simples conceitos ou dogmas. É preciso haver
investigação do objeto de pesquisa até que se possa chegar a um
conceito exato. É, entre outras, a época do experimentalismo.