O documento descreve as funções e estruturas do omento maior, vasos e nervos do estômago. O omento maior protege os órgãos abdominais e impede aderências. As artérias e veias gástricas irrigam e drenam o estômago. Os nervos vago e simpático controlam a secreção gástrica e peristaltismo. Vagotomia pode reduzir produção de ácido em úlceras pelo controle vagal.
2. O que é omento maior?
É uma prega peritonial proeminente que se
projeta para baixo como um avental a partir da
curvatura maior do estômago e da parte proximal
do duodeno. Após descer ela dobra-se para trás
e prende-se à face anterior do colo transverso e
seu mesentério.
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5. FUNCÕES
Impede o peritôneo visceral de aderir ao
peritôneo parietal que reveste a parede
abdominal ântero-lateral. Ele move-se em torno
cavidade peritoneal com os movimentos
peristálticos das vísceras;
Ele próprio enrola-se em torno de um órgão
inflamado, como o apêndice, protegendo outras
vísceras;
Protege os órgãos abdominais contra lesão e
forma um isolamento contra perda de calor do
corpo.
6. Graças a sua capacidade de bloquear os
processos inflamatórios intra-abdominais, devido
à riqueza de suas células mesoteliais, de sua
mobilidade e de sua propriedade absortiva, o
omento ficou conhecido como o "guardião
abdominal”.
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8. VASOS DO ESTÔMAGO
As artérias gástricas se originam do tronco
celíaco e seus ramos.
Artéria gástrica esquerda: origina-se do tronco
celíaco, corre no omento menor em direção à
cárdia e depois curva-se para seguir ao longo da
curvatura menor e anastomosar-se com a artéria
gástrica direita.
Artéria gástrica direita: origina-se da artéria
hepática própria, às vezes da hepática comum ou
da gastroduodenal. Corre para a esquerda ao
longo da curvatura menor para anastomosar-se
com a artéria gástrica esquerda. Irriga a parte
distal da pequena curvatura.
9. Artéria gastromental direita: artéria hepática comum
vai dar a artéria hepática própria que sobe para o fígado,
e a artéria gastroduodenal, que desce passando atrás do
duodeno e vai dar a artéria gastromental direita (ou
gastroepiplóica direita) que irriga a parte lateral direita
(distal) da grande curvatura. Corre pela esquerda ao
longo da curvatura maior para anastomosar-se com a
artéria gastromental esquerda.
Artéria gastromental esquerda: origina-se da artéria
esplênica. Segue ao longo da curvatura maior para
anastomosar com a artéria gastromental direita.
Artérias gástricas curtas: originam-se da extremidade
distal da artéria esplênica ou de seus ramos esplênicos e
passam para o fundo do estômago.
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11. As veias gástricas são paralelas às artérias em
posição e trajeto, e desembocam na veia porta
hepática.
As veias gástricas esquerda e direita drenam para a
veia porta do fígado.
As veias gástricas curtas e a veia gastromental
esquerda: drenam para a veia esplênica, que se une
à mesentérica superior para formar a veia porta do
fígado.
A veia gastromental direita esvazia-se na veia
mesentérica direita.
Veia pré-pilórica sobe acima do piloro em direção à
veia gástrica direita (cirurgiões a usam para
identificar o piloro).
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13. Os linfonodos geralmente acompanham as artérias.
Temos linfonodos gástricos esquerdos e
paragástricos, gástrico direito, gastroepiplóico e
esplênicos. E toda a drenagem linfática do
estômago vai para os linfonodos do tronco
celíaco.
Todos convergem para o Gânglio Celíaco (o principal)
e depois para o ducto torácico.
Quando se opera um tumor gástrico, ressecar todos
os linfonodos é difícil O sistema linfático anastomosase entre si, e a disseminação de tumores é grande.
14. Linfa dos dois terços superiores: drena ao longo
dos vasos gástricos direito e esquerdo para os
linfonodos gástricos.
Linfa do fundo e parte superior do corpo: também
drenam ao longo das artérias gástricas curtas e
vasos gastromentais esquerdos para os linfonodos
pancreáticos e esplênicos.
Linfa do terço inferior, dois terços direitos: drena
ao longo dos vasos gastromentais direitos para os
linfonodos pilóricos.
Linfa do terço esquerdo da curvatura menor drena
ao longo dos vasos gástricos curtos e esplênicos
para os linfonodos pancreático-duodenais.
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17. NERVOS
O nervo vago faz toda a inervação
parassimpática das vísceras abdominais. O vago
direito é também chamado de vago posterior, e o
vago esquerdo é o vago anterior, são dois
troncos vagais.
Ao nível de junção esôfago-gástrica é possível
palpar o nervo vago. A importância do nervo vago
é, através da acetilcolina, aumentar a secreção
de ácido.
O nervo vago também aumenta o peristaltismo e
abre o piloro.
18. Suprimento nervoso parassimpático do
estômago: troncos vagais anterior e posterior e
seus ramos, que entram no abdome através do
hiato esofágico.
19. Tronco vagal anterior: derivado do nervo vago
esquerdo. Entra no abdome como um único ramo
que se localiza na face anterior do esôfago. Corre
em direção à curvatura menor, onde emite ramos
hepáticos e duodenais que saem do estômago pelo
ligamento hepatoduodenal. O resto continua ao
longo da curvatura menor, dando origem aos ramos
gástricos anteriores.
Tronco vagal posterior: é o maior, derivado do
nervo vago direito. Entra no abdome na face
posterior do esôfago e passa em direção à curvatura
menor do estômago.
Fornece ramos para as faces anterior e posterior do
estômago.
Emite um ramo celíaco que corre pelo plexo celíaco
20. Suprimento nervoso simpático do estômago:
segmentos T6 até T9 da medula espinhal. Passa
para o plexo celíaco através do nervo
esplâncnico maior e é distribuído através dos
plexos em torno das artérias gástricas e
gastromental.
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22. ÚLCERAS GÁSTRICAS
A secreção de ácidos pelas células parietais do
estômago é amplamente controlada pelos nervos
vagos, por esta razão, a vagotomia (secção dos
troncos vagais no hiato esofágico), é realizada
em algumas pessoas com úlceras peptídicas
(lesões da túnica mucosa do estômago
comumente associados à presença de
Helicobacter pylori, para reduzir a produção de
ácido.
Existe muco revestindo a túnica mucosa,
separando as células do ácido. Mas, algumas
vezes essa proteção é inadequada e o suco
gástrico corrói a túnica, formando a úlcera. Se a
23. Na vagotomia seletiva, retira-se parte nervosa do
estômago, mas os ramos vagais para o piloro,
trato biliar, intestinos e plexo celíaco são
preservados. Uma vagotomia das células
parietais tenta desnervar ainda mais
especificamente a área na qual as células
parietais estão localizadas, esperando afetar as
células produtoras de ácido enquanto poupa
outras estruturas abdominais supridas pelo nervo
vago.
24. Uma úlcera gástrica posterior pode erodir o
pâncreas através da parede do estômago,
resultando em dor referida no dorso. Em tais
casos, a erosão da a. esplênica resulta em
hemorragia severa na cavidade peritoneal.
Impulsos de dor provenientes do estômago são
conduzidos pelas fibras aferentes viscerais que
acompanham os nervos simpáticos. Este fato é
evidente porque a dor de uma úlcera peptídica
recorrente pode persistir mesmo após uma
vagotomia total, enquanto pacientes que tiveram
uma simpatectomia bilateral podem ter uma
úlcera peptídica perfurada e não sentirem dor.