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Princípios Reguladores da Interação Discursiva

Todo o ato comunicativo é regulado por
princípios que contribuem para uma
comunicação eficaz e de qualidade…

© Edições ASA II, SA
1. Princípio da cooperação

-

Os interlocutores desenvolvem esforços
no sentido de a comunicação seguir o
mesmo objetivo.

-

Promove-se, assim, a boa-formação
conversacional.

© Edições ASA II, SA
1. Princípio da cooperação
Máximas conversacionais

Máxima da Quantidade
Máxima da Qualidade
Máxima da Relação
Máxima do Modo

© Edições ASA II, SA
1. Princípio da cooperação
Máxima da Quantidade

 Que a informação
transmitida seja a
estritamente necessária.

Exemplo

- Que livro estás a ler?
- Campo de Lágrimas de
Jorge Letria.

© Edições ASA II, SA
1. Princípio da cooperação
Resposta que não obedece à máxima da quantidade

- Que livro estás a ler?
- Um livro de Jorge
Letria que é
espetacular!

Não há identificação precisa do livro, que é o pretendido na
questão, e há informação acrescida – a opinião sobre o livro.
© Edições ASA II, SA
1. Princípio da cooperação
Máxima da Qualidade

 Que o que se afirma seja
verdadeiro.
 Que não se diga o que se
pensa ser falso.
 Que não se façam
afirmações que não se
possam provar.

Resposta que não obedece à máxima da quantidade

- Foi o António que mexeu
no cacifo da Joana.
- Tens a certeza? Viste-o?
- Não, mas toda a gente
sabe como é o António!...

© Edições ASA II, SA
1. Princípio da cooperação
Máxima da Relevância

Ser relevante no sentido
de cooperar com o outro,
evitando situações
comunicativas como a do
exemplo

Resposta que não obedece à máxima da relevância

© Edições ASA II, SA

- Achas que o António já
fez as pazes com a Joana?
- Acho que, hoje, ainda
vai chover!…
1. Princípio da cooperação
Máxima do Modo

 A mensagem deve passar
de uma forma ordenada
e clara

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Exemplo

O António e a Joana
casaram e já partiram
em lua de mel.
e não
Já partiram em lua de
mel e o António e a
Joana casaram.
1. Princípio da cortesia

-

Aplicação das regras sociais e culturais,
recorrendo a estratégias verbais e não
verbais (gestos, expressões, tom de voz),
de modo a evitar conflitos e a não pôr em
causa a imagem pública do interlocutor.

© Edições ASA II, SA
1. Princípio da cooperação
Mecanismos linguísticos que minimizam efeitos negativos inerentes a certos
atos de fala

Expressões do tipo “por favor”
Frases interrogativas
Uso do condicional / imperfeito
Verbos modais

© Edições ASA II, SA
1. Princípio da cooperação
Expressões do tipo “por favor”

Desculpe, pode dar-me uma pequena informação?

Lamento , mas não consegui chegar a horas!

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1. Princípio da cooperação
Frases interrogativas

Importas-te de fechar a porta?

Podes atender o telefone?

Não estamos perante questões cuja resposta implique acréscimo
de informação, mas sim perante ato ilocutório diretivo indireto

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1. Princípio da cooperação
Uso do condicional / imperfeito

Seria possível dar-me uma informação?

Queria um bilhete para a sessão das 21:30!

Poderia acompanhar-me à esquadra?

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1. Princípio da cooperação
Verbos modais

Posso entrar?

Pode (Poderia) sair?

Poderias (Podes) dar-me uma ajuda?

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Atividades

As frases seguintes evidenciam desvios
aos princípios reguladores da interação
discursiva
Assinale a opção que revela esse desvio.

© Edições ASA II, SA
1. Dois amigos conversam:

- Onde fica a tua casa nova?
- Num local extraordinário, cheio de sol e aconchegado por
frondosas árvores! É cá uma paz!...

A) Princípio da cooperação, máxima da qualidade.
B) Princípio da cortesia linguística.
C) Princípio da cooperação, máxima da relevância

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2. Dois amigos conversam:

- Vais já para casa?
- Primeiramente, vou à escola, depois à piscina. Ainda vou ao
supermercado e à farmácia. Só depois é que vou para casa.

A) Princípio da cortesia linguística.
B) Princípio da cooperação, máxima da quantidade.
C) Princípio da cooperação, máxima do modo.

© Edições ASA II, SA
3. Num autocarro, diz o passageiro:

- Dê-me um bilhete para a Foz.

A) Princípio da cortesia linguística.
B) Princípio da cooperação, máxima da qualidade.
C) Princípio da cooperação, máxima do modo.

© Edições ASA II, SA
4. Entre amigos, um comenta:

- Chovia muito! Pendurei no bengaleiro a gabardine toda
molhada e entrei em casa.
- Ah?

A) Princípio da cooperação, máxima da relevância.
B) Princípio da cooperação, máxima da qualidade.
C) Princípio da cooperação, máxima do modo.

© Edições ASA II, SA
5. Duas vizinhas conversam:

- Sabes que o João do 5º esq. foi preso?
- Não me digas! Porquê?!
- Não sei, nem tenho a certeza que seja verdade. Mas, é o que
se comenta no prédio.

A) Princípio da cortesia linguística.
B) Princípio da cooperação, máxima da quantidade.
C) Princípio da cooperação, máxima da qualidade.

© Edições ASA II, SA
6. Pergunta o chefe ao funcionário:

- Ainda não percebeu as ordens?

A) Princípio da cortesia linguística.
B) Princípio da cooperação, máxima da quantidade.
C) Princípio da cooperação, máxima do modo.

© Edições ASA II, SA
7. Na frutaria…

- Ó Senhora, não mexa na fruta!

A) Princípio da cooperação, máxima da qualidade.
B) Princípio da cortesia linguística.
C) Princípio da cooperação, máxima do modo.

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Bibliografia
Gramática de Língua Portuguesa, Clara
Amorim e Catarina Sousa, Areal Editores

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Princípios da comunicação eficaz

  • 1. Princípios Reguladores da Interação Discursiva Todo o ato comunicativo é regulado por princípios que contribuem para uma comunicação eficaz e de qualidade… © Edições ASA II, SA
  • 2. 1. Princípio da cooperação - Os interlocutores desenvolvem esforços no sentido de a comunicação seguir o mesmo objetivo. - Promove-se, assim, a boa-formação conversacional. © Edições ASA II, SA
  • 3. 1. Princípio da cooperação Máximas conversacionais Máxima da Quantidade Máxima da Qualidade Máxima da Relação Máxima do Modo © Edições ASA II, SA
  • 4. 1. Princípio da cooperação Máxima da Quantidade  Que a informação transmitida seja a estritamente necessária. Exemplo - Que livro estás a ler? - Campo de Lágrimas de Jorge Letria. © Edições ASA II, SA
  • 5. 1. Princípio da cooperação Resposta que não obedece à máxima da quantidade - Que livro estás a ler? - Um livro de Jorge Letria que é espetacular! Não há identificação precisa do livro, que é o pretendido na questão, e há informação acrescida – a opinião sobre o livro. © Edições ASA II, SA
  • 6. 1. Princípio da cooperação Máxima da Qualidade  Que o que se afirma seja verdadeiro.  Que não se diga o que se pensa ser falso.  Que não se façam afirmações que não se possam provar. Resposta que não obedece à máxima da quantidade - Foi o António que mexeu no cacifo da Joana. - Tens a certeza? Viste-o? - Não, mas toda a gente sabe como é o António!... © Edições ASA II, SA
  • 7. 1. Princípio da cooperação Máxima da Relevância Ser relevante no sentido de cooperar com o outro, evitando situações comunicativas como a do exemplo Resposta que não obedece à máxima da relevância © Edições ASA II, SA - Achas que o António já fez as pazes com a Joana? - Acho que, hoje, ainda vai chover!…
  • 8. 1. Princípio da cooperação Máxima do Modo  A mensagem deve passar de uma forma ordenada e clara © Edições ASA II, SA Exemplo O António e a Joana casaram e já partiram em lua de mel. e não Já partiram em lua de mel e o António e a Joana casaram.
  • 9. 1. Princípio da cortesia - Aplicação das regras sociais e culturais, recorrendo a estratégias verbais e não verbais (gestos, expressões, tom de voz), de modo a evitar conflitos e a não pôr em causa a imagem pública do interlocutor. © Edições ASA II, SA
  • 10. 1. Princípio da cooperação Mecanismos linguísticos que minimizam efeitos negativos inerentes a certos atos de fala Expressões do tipo “por favor” Frases interrogativas Uso do condicional / imperfeito Verbos modais © Edições ASA II, SA
  • 11. 1. Princípio da cooperação Expressões do tipo “por favor” Desculpe, pode dar-me uma pequena informação? Lamento , mas não consegui chegar a horas! © Edições ASA II, SA
  • 12. 1. Princípio da cooperação Frases interrogativas Importas-te de fechar a porta? Podes atender o telefone? Não estamos perante questões cuja resposta implique acréscimo de informação, mas sim perante ato ilocutório diretivo indireto © Edições ASA II, SA
  • 13. 1. Princípio da cooperação Uso do condicional / imperfeito Seria possível dar-me uma informação? Queria um bilhete para a sessão das 21:30! Poderia acompanhar-me à esquadra? © Edições ASA II, SA
  • 14. 1. Princípio da cooperação Verbos modais Posso entrar? Pode (Poderia) sair? Poderias (Podes) dar-me uma ajuda? © Edições ASA II, SA
  • 15. Atividades As frases seguintes evidenciam desvios aos princípios reguladores da interação discursiva Assinale a opção que revela esse desvio. © Edições ASA II, SA
  • 16. 1. Dois amigos conversam: - Onde fica a tua casa nova? - Num local extraordinário, cheio de sol e aconchegado por frondosas árvores! É cá uma paz!... A) Princípio da cooperação, máxima da qualidade. B) Princípio da cortesia linguística. C) Princípio da cooperação, máxima da relevância © Edições ASA II, SA
  • 17. 2. Dois amigos conversam: - Vais já para casa? - Primeiramente, vou à escola, depois à piscina. Ainda vou ao supermercado e à farmácia. Só depois é que vou para casa. A) Princípio da cortesia linguística. B) Princípio da cooperação, máxima da quantidade. C) Princípio da cooperação, máxima do modo. © Edições ASA II, SA
  • 18. 3. Num autocarro, diz o passageiro: - Dê-me um bilhete para a Foz. A) Princípio da cortesia linguística. B) Princípio da cooperação, máxima da qualidade. C) Princípio da cooperação, máxima do modo. © Edições ASA II, SA
  • 19. 4. Entre amigos, um comenta: - Chovia muito! Pendurei no bengaleiro a gabardine toda molhada e entrei em casa. - Ah? A) Princípio da cooperação, máxima da relevância. B) Princípio da cooperação, máxima da qualidade. C) Princípio da cooperação, máxima do modo. © Edições ASA II, SA
  • 20. 5. Duas vizinhas conversam: - Sabes que o João do 5º esq. foi preso? - Não me digas! Porquê?! - Não sei, nem tenho a certeza que seja verdade. Mas, é o que se comenta no prédio. A) Princípio da cortesia linguística. B) Princípio da cooperação, máxima da quantidade. C) Princípio da cooperação, máxima da qualidade. © Edições ASA II, SA
  • 21. 6. Pergunta o chefe ao funcionário: - Ainda não percebeu as ordens? A) Princípio da cortesia linguística. B) Princípio da cooperação, máxima da quantidade. C) Princípio da cooperação, máxima do modo. © Edições ASA II, SA
  • 22. 7. Na frutaria… - Ó Senhora, não mexa na fruta! A) Princípio da cooperação, máxima da qualidade. B) Princípio da cortesia linguística. C) Princípio da cooperação, máxima do modo. © Edições ASA II, SA
  • 23. Bibliografia Gramática de Língua Portuguesa, Clara Amorim e Catarina Sousa, Areal Editores © Edições ASA II, SA