O documento descreve o laboratório de biossegurança NB-3 da Faculdade Literatus, abordando os procedimentos de segurança adotados e tópicos sobre a doença tuberculose. O laboratório realiza pesquisas com agentes de alto risco como HIV e hantavírus, exigindo equipamentos e práticas de proteção individual e coletiva. A tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis e pode afetar pulmões e outros órgãos, sendo transmitida por via aérea e tendo sintomas como tosse e emag
8. Apresentar o Laboratório de biossegurança NB-3, bem como os procedimentos adotados nesse ambiente. Abordar tópicos relativos a doença Tuberculose. OBJETIVO:
9. Refere-se à aplicação do conhecimento, de técnicas e equipamentos, com a finalidade de prevenir a exposição dos trabalhadores, laboratório e meio ambiente a agentes potencialmente infecciosos. Biossegurança define as condições as quais os agentes infecciosos podem ser manipulados e contidos de forma segura. Basicamente, existem três mecanismos de contenção, que incluem técnicas e práticas de laboratório, equipamentosde segurança e design do laboratório. Desta forma cada doença é tratada em um laboratório específico. Biossegurança
10. O laboratório de nível de Biossegurança 3, ou de contenção, destina-se ao trabalho com agentes de risco biológico da classe 3, ou seja, com microrganismos que acarretam elevado risco individual e baixo risco para a comunidade. NB-3
11. É aplicável para laboratórios clínicos, de diagnóstico, ensino e pesquisa ou de produção onde o trabalho com agentes exóticos possa causar doenças sérias ou potencialmente fatais como resultado de exposição por inalação. NB-3
12. Além das práticas padrões e especiais estabelecidas para os laboratórios NB-1 e NB-2, devem ser adotadas as recomendações que se aplicam à manipulação de agentes classificados como sendo da classe de risco 3. Esse nível de contenção exige a intensificação dos programas de boas práticas laboratoriais e de segurança, além da existência obrigatória de dispositivos de segurança e do uso igualmente obrigatório, de cabine de segurança biológica. NB-3
13. Somente as pessoas necessárias para que os trabalhos sejam executados ou o pessoal de apoio devem ser admitidos no local. As pessoas que apresentarem risco aumentado de contraírem infecções não são permitidas dentro do laboratório; PRÁTICAS ESPECIAIS PARA O NB-3
14. A equipe do laboratório deverá freqüentar cursos periódicos de atualização ou treinamento adicional quando necessário e também em caso de mudanças de normas e procedimentos. Jamais uma pessoa deve trabalhar sozinha dentro do laboratório NB-3. PRÁTICAS ESPECIAIS PARA O NB-3
15. O profissional responsável deve estabelecer normas e procedimentos pelos quais só serão admitidos para o trabalho no laboratório pessoas que já tiverem recebido informações sobre o potencial de risco, que atendam a todos os requisitos para a entrada no laboratório, demonstrem estar aptos para as práticas e técnicas-padrão de microbiologia, demonstrem habilidade também nas práticas e operações específicas do laboratório e obedeçam a todas as regras para entrada e saída no laboratório PRÁTICAS ESPECIAIS PARA O NB-3
16. PRÁTICAS PADRÕES O acesso ao laboratório é rigorosamente limitado; Lavar as mãos antes e após a manuseio de materiais viáveis; É proibido comer, beber, fumar, manusear lentes de contato e aplicar cosméticos dentro da área de trabalho. O símbolo de "Risco Biológico" deve ser colocado na entrada do laboratório onde agentes etiológicos estiverem sendo utilizados. Este sinal de alerta deverá conter informações como o(s) nome(s) o(s) agente(s) manipulado(s), o nível de biossegurança, as imunizações necessárias, o nome e número do telefone do pesquisador responsável, o tipo de equipamento de proteção individual que deve ser usado no laboratório e os procedimentos necessários para sair do laboratório.
17. PRÁTICAS PADRÕES É obrigatório o uso de roupas de proteção específicas (macacões, uniformes que possuam menor solução de descontinuidade, não se admitindo roupas abotoadas na frente), uso de máscaras, gorros, luvas, pró-pés ou sapatilhas. Os EPI devem ser autoclavados antes de serem lavados ou descartados. Os trajes do laboratório não serão utilizados fora da área de biocontenção. É proibido a pipetagem com a boca, devem ser utilizados dispositivos mecânicos. As superfícies de trabalho devem ser descontaminadascom desinfetantes que sejam eficazes contra os agentes manipulados, ao final do trabalho ou no final do dia e após qualquer vazamento ou borrifada de material viável.
18. PRÁTICAS PADRÕES Todas as culturas, colônias e outros resíduos relacionados devem ser obrigatoriamente descontaminados antes de serem descartados, através da esterilização por calor úmido, ou seja, autoclavação. Os procedimentos de biossegurança devem ser incorporados aos procedimentos operacionais padrões ou a um manual de biossegurança específico do laboratório, adotado ou preparado pelo diretor do laboratório. Deve ser providenciado um programa rotineiro de controle de insetos e roedores.
28. Lava olhos. Laboratório desse porte deve ter uma arquitetura que proteja áreas contíguas (próximas), a comunidade e o meio ambiente contra exposição a aerossóis. Proteção Individual e Coletiva
31. O laboratório deve estar separado das áreas de trânsito irrestrito do prédio e possuir acesso restrito. A entrada e a saída dos técnicos deve ser feita através de câmara pressurizada ou vestiário de barreira adjacente à área de contenção do laboratório, com pressão diferenciada, para colocação e/ou retirada de EPIs, dotados de sistema de bloqueio de dupla porta, providos de dispositivos de fechamento automático e de intertravamento. A entrada de materiais de consumo, amostras biológicas (humanas e animais) deve ser feita através de câmara pressurizada ou outro sistema de barreira equivalente. INSTALAÇÕES LABORATORIAIS NB-3
32. Instalação de uma autoclave na área de biocontenção para a saída de resíduos.Quando as tubulações das instalações prediais atravessarem pisos, paredes ou tetos da área de contenção, os orifícios de entrada e saída devem ser vedados com materiais que garantam o isolamento. O piso deve ser revestido de materiais contínuos, tais como resinas monolíticas ou similares. Recomenda-se que o mobiliário seja modulado, com uso flexível e com mobilidade. Deve haver pelo menos um lavatório para lavagem das mãos, com acionamento automático, ou acionado com o cotovelo ou pé, próximo à porta de saída de cada laboratório; INSTALAÇÕES LABORATORIAIS NB-3
33. Dentre as principais doenças trabalhadas no laboratório NB-3 destacam-se: HIV, Hantavírus, Mycobacterium tuberculosis. Neste tópico abordaremos os conceitos, os sintomas, as patologias, prevenções e tratamento da Tuberculose.
35. A tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch em homenagem ao seu descobridor, o bacteriologista alemão Robert Koch, em 1882. Outras espécies de micobactérias, como as Mycobacterium bovis,M. africanum e M.microti também podem causar esta doença que afeta, principalmente, os pulmões, rins, órgãos genitais, intestino delgado e ossos. No Brasil cerca 85 mil novos casos por ano, onde aproximadamente 4,7 mil pessoas morrem vítimas da Tuberculose, ou seja 5,52% dos infectados.
36. A transmissão é direta: ocorre de pessoa para pessoa via gotículas de saliva contendo o agente infeccioso, sendo maior o risco de transmissão durante contatos prolongados em ambientes fechados e com pouca ventilação. A resposta imunológica é capaz de impedir o desenvolvimento da doença e, por tal motivo, pessoas com sistema imune menos resistente ou comprometido estão mais propensas a adquirir esta doença, de evolução geralmente lenta. Transmissão
37. Após a transmissão do bacilo de Koch pela via inalatória, quatro situações podem ocorrer: O indivíduo, através de suas defesas, elimina o bacilo; A bactéria se desenvolve, mas não causa a doença; A tuberculose se desenvolve, causando a doença chamada de tuberculose primária; A ativação da doença vários anos depois, chamada de tuberculose pós-primária (por reativação endógena).
47. Uso crônico de medicações como os que transplantados de órgãos usam, como corticóides ou outras que também diminuam a defesa do organismo;
48. Doenças como SIDA, diabete, insuficiência crônica dos rins, silicose (doença crônica pulmonar) ou tumores.fatores que facilitam o surgimento da doença, entre eles.
49. Tosse seca e contínua se apresentando posteriormente com secreção e com duração de mais de tês semanas; sudorese (suor) noturna, cansaço excessivo, palidez, falta de apetite, perda de peso, fraqueza e rouquidão; Dificuldade na respiração, eliminação de sangue e acúmulo de pus na pleura pulmonar são característicos em casos mais graves. Alguns pacientes podem não apresentar os sintomas ou estes podem ser ignorados por serem parecidos com os de uma gripe. SINTOMAS
50. O bacilo Mycobacterium Tuberculosis, faz parte de um grande número de bacilos gram-positivo ácido resistente, apresenta forma de bastonete delgado e encurvado medindo até 10µm de comprimento (média de 4µm) e menos de 1µm de diâmetro, são aeróbicos se multiplicando bem em temperaturas de 35 a 41°C e onde tenha boa fonte de oxigenação, mas, também produzindo de forma mais reduzida onde esta fonte não seja tão abundante. Razão de sua maior incidência no pulmão. PATOLOGIA
51. Para uma boa prevenção, o mais importante é detectar e tratar todos os pacientes bacilíferos, ou seja, todos aqueles com o bacilo de Koch nos pulmões. Para isso, é muito importante um bom sistema público de controle da doença, para identificar precocemente os doentes, evitando que novos casos apareçam. PREVENÇÃO
52. O doente durante as duas primeiras semanas de tratamento pode contagiar ainda outros indivíduos. Portanto, deve proteger a boca com a mão ao tossir ou espirrar. Também deverá procurar não ficar próximo, principalmente em lugares fechados, às pessoas sadias. Estes são cuidados simples para que a doença não contamine outros indivíduos. Outra conduta importante é o controle dos comunicantes. Comunicantes são aquelas pessoas que têm contato íntimo com o doente (vivem na mesma casa, por exemplo). Estes devem ser investigados pelo médico assistente através de exames solicitados na consulta médica. PREVENÇÃO
53. Se for indicado, os comunicantes devem iniciar a quimioprofilaxia, um tratamento feito com isoniazida com o intuito de prevenir a doença nos comunicantes. Ela é realizada durante seis meses. Em alguns casos especiais, podem durar mais tempo. PREVENÇÃO
54. PREVENÇÃO Vacinação com BCG no recém-nascido, protege as crianças, os jovens e adultos contra as formas graves de tuberculose primária. A vacina BCG deve ser administrada em todos os recém-nascidos. A eficácia da vacina está entre 75 e 85%. Melhoras nas condições de vida da população, além de tratamento e orientação aos enfermos são formas de evitar sua contaminação em maior escala.
55. É feito à base de antibióticos, com duração de aproximadamente seis meses. É imprescindível que este não seja interrompido – fato que pode ocorrer, principalmente, devido aos efeitos colaterais, tais como enjôos, vômitos, indisposição e mal-estar geral. As medicações são distribuídas gratuitamente pelo sistema de saúde, através de seus postos municipais de atendimento. TRATAMENTO