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Quem faz 
o GIL hoje 
Estes alunos representam 
todos os já formados pelo 
curso em seus dez anos! E 
quem serão os próximos? 
GIL EM REVISTA 
PUBLICAÇÃO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO: GESTÃO 
PARA INOVAÇÃO E LIDERANÇA (GIL) DA UNISINOS 
SÃO LEOPOLDO - RS - NOVEMBRO/2013
EDITORIAL / SUMÁRIO 
Garrafa ao mar ENTREVISTAS 
Dono do próprio nariz ...........................4 
Conversa com os coordenadores ..........5 
O que diz um empregador 
de aluno do GIL .....................................6 
Inovação e liderança 
no mercado atual ..................................8 
Crossing international borders ............10 
REPORTAGENS 
Uma experiência na Coreia do Sul .......11 
GIL Alumni............................................12 
Mas, afinal, por que 
escolhemos o GIL? ...............................13 
Intercâmbio ao Chile: inesquecível ......14 
Por dentro do GIL ................................16 
Dez anos do GIL! 
E rumo aos próximos dez! ...................18 
E o GIL daqui a dez anos? ....................20 
NOTÍCIAS..............................................22 
GIL em Revista - Novembro/2013 3 
O que poderia ser melhor para 
um curso na comemoração 
de seus dez anos do que en-tregar 
à comunidade interna e à co-munidade 
externa a segunda edição 
de uma revista planejada e produzi-da 
por seus alunos em seu primeiro 
ano de formação? Esta segunda edi-ção 
da GIL em Revista é o resultado 
do trabalho de sete alunos do cam-pus 
de Porto Alegre e de dezessete 
alunos do campus de São Leopoldo. 
Sua produção, desenvolvida na ofici-na 
de Comunicação e Expressão, ini-ciou 
no Programa de Aprendizagem 
1 (PA1) e foi concluída no Programa 
de Aprendizagem 2 (PA2). 
Neste ano, à diferença da pri-meira 
edição, entrevistas e reporta-gens 
são alusivas aos dez anos do 
curso. Assim, uma das reportagens 
aborda os diferenciais consolidados 
do GIL em sua trajetória enquan-to 
outra audaciosamente faz proje-ções 
sobre os próximos dez anos do 
curso na perspectiva de professores. 
Além disso, uma entrevista com to-dos 
os coordenadores do GIL lhes 
dá voz sobre a idealização e a histó-ria 
do curso, sobre o perfil dos alu-nos 
e sobre as principais caracterís-ticas 
do GIL. 
Idealizado por um grupo de pro-fessores 
que examinaram a área da 
administração ao longo de duzentos 
anos, o GIL foi concebido em função 
das competências e das habilidades 
necessárias ao gestor da atualidade. 
E, para dar conta da inovação e da 
liderança, o GIL não poderia se fur-tar 
de ser inovador em sua essên-cia 
e de garantir a formação de líde-res 
ao longo de todo o processo. E os 
próximos dez anos? Não há certezas 
sobre um dos cursos mais inovado-res 
do Brasil. A não ser que ele con-tinuará 
se adaptando ao mercado e 
ao mundo, cuja realidade comple-xa 
é constituída pela transformação 
constante. 
GIL em Revista é uma publicação experimental direcionada aos alunos e aos professores do curso de Administração: Gestão para Inovação e Liderança 
(GIL) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Esta edição foi produzida por alunos das duas turmas – São Leopoldo e Porto Alegre – do ano de 
2013 do GIL. Coordenação do Curso: Janaína Pimenta Lemos Becker e Marcelo Jacques Fonseca. REDAÇÃO – Professora orientadora: Janaína Pimenta Le-mos 
Becker. Alunos: Arthur Chini Pogere, Carlos Alberto Spinelli, Daniel Aliatti Mayer, Eduardo Rabaioli Ghisleni, Emilliano Ribeiro Pontes Scalon Santos, Fe-lipe 
da Rocha Stumpf, Felipe Estrada Scozziero, Felipe Picolli Morsch, Fellipe Riffel, Frederico Henrique Bücker Conterato, Guilherme de Souza Fetter, Guilher-me 
Hobold Roeben, Isadora Soria Galvarro Zanini, Júlia Grala Nogueira, Mariana Lyra de Almeida, Moacir Bilhar Costa Junior, Patrícia Machado Garcia, Pedro 
Bergamaschi de Oliveira, Rafael Fischborn Bohrer, Rubem Carlos Dal Santo Klein Júnior, Taís Barreto Nunes, Vinícius Rocha Morellato, Willian Henzel Gossler 
e Yana Tomasoni de Bastos. Colaboração: Alexandre Pereira, Alfredo Fedrizzi, Aline Jaeger, Augusto Fontanelli Loureiro, Cristiane Carbonell Rabello, Danie-la 
Pontes, Fernando Bitencourt Patias, Gustavo Severo de Borba, Marcello Quintieri, Rodrigo Picolli Morsch. ARTE: Agência Experimental de Comunicação 
da Unisinos (Agexcom). Projeto gráfico: jornalista Marcelo Garcia. Diagramação: estagiário Leonardo Rampon Patikowski. AGRADECIMENTOS: agradeci-mentos 
especiais aos coordenadores do primeiro e do segundo programas de aprendizagem de 2013 (professores Ana Karina Marimon da Cunha e Márcio 
Schweig) e aos patrocinadores desta edição da GIL em Revista (Flytour, Magento / E-Smart, UNISINOS / MBAs e Especializações, IPM, IsoService e Makena). 
GIL EM REVISTA 
ARQUIVO PESSOAL 
ARQUIVO PESSOAL 
Janaína 
Pimenta Lemos Becker 
Marcelo 
Jacques Fonseca 
Professores coordenadores
ENTREVISTA 
Dono do próprio nariz 
Em entrevista, egresso do GIL conta a experiência de abrir o próprio negócio após a conclusão do curso 
Texto: 
Arthur Chini 
Felipe Stumpf 
Rodrigo Morsch, egresso do GIL, é um 
exemplo dos ex-alunos que abriram seu 
próprio negócio. Ao se formar em 2011, 
Rodrigo, junto ao seu colega Bruno Henkel, for-mado 
em 2010, teve a ideia de abrir uma em-presa, 
enfrentando, segundo ele, diversos de-safios 
pela falta de experiência no que diz 
respeito a empreender. 
“Ser dono de seu próprio nariz” era algo 
que Rodrigo prezava muito. Surgia então, no ano 
de 2011, a Contemplato, empresa que começou 
com a ideia de fornecer presentes empresariais. 
Com o passar do tempo, mudou seu foco, tornan-do- 
se uma empresa especializada em Marketing 
de Incentivo. Atualmente, atua a partir de uma 
análise da demanda da empresa, criando uma sé-rie 
de incentivos com o propósito de criar e de 
gerir toda uma campanha de marketing para ela. 
A Contemplato, até o começo deste ano, era 
encubada no polo tecnológico da UNISINOS. Se-gundo 
Rodrigo, a incubadora foi algo essencial 
para que a empresa conseguisse se estabelecer 
no mercado. O fato de ter apenas 22 anos e pou-ca 
experiência em relação ao conhecimento de 
economia e de gestão era algo que poderia preju-dicar 
Rodrigo e seu sócio. Por isso, a empresa es-tar 
encubada na Unitec foi algo essencial para sua 
sobrevivência, pois, segundo Rodrigo, foi uma 
forma de melhorar a imagem dela. 
Rodrigo afirma que criar seu próprio negó-cio 
foi como voltar a estudar, pois teve que tratar 
de assuntos que, na prática, são mais complexos 
daqueles que havia estudado no curso. Ainda as-sim, 
as bases teórica e prática adquiridas no GIL o 
4 GIL em Revista - Novembro/2013 
ajudaram bastante, mas ressalta que só a experi-ência 
poderá dar a alguém o sucesso que se pro-cura. 
Se seu objetivo for empreender, persistên-cia, 
motivação e empenho deverão ser atitudes 
presentes em seu dia a dia. 
Quando questionado sobre o tema empre-endedorismo, 
Rodrigo afirma que antigamen-te 
abrir seu próprio negócio era, de fato, algo fá-cil, 
pois a demanda por qualquer bem era maior 
do que a oferta. Para ele, atualmente inserir-se 
no mercado é algo complicado devido à grande 
solidificação e à concorrência que permeia qual-quer 
setor. Ele procura dar ênfase à questão de 
saber identificar as oportunidades que estão ao 
seu redor. “O mercado cresce cada vez mais; as-sim, 
centenas de oportunidades surgem a todo 
o momento. Cabe às pessoas identificarem tais 
oportunidades para, então, começarem tal ação 
empreendedora”, afirma o egresso do GIL. 
A Contemplato, empresa de Rodrigo Morsch 
e de Bruno Henkel, ambos egressos do GIL, 
estava encubada no polo tecnológico da 
UNISINOS até o começo deste ano 
Rodrigo W. Blum
ENTREVISTA 
Conversa com os coordenadores 
Confira o que os coordenadores atuais e os ex-coordenadores falam sobre o GIL 
GIL em Revista - Novembro/2013 5 
Texto: 
Isadora Zanini 
Os idealizadores do curso relembram... 
Gustavo Severo de Borba: “O primeiro fato marcante foi o lançamento do 
GIL, em que a Reitoria trazia um conceito diferente para os cursos da nova 
graduação. Outro fato importante ocorreu quando a comissão do MEC, em 
2005, no final do terceiro ano do curso, avaliou o curso com nota máxima em 
todos os critérios no processo de reconhecimento”. 
Marcelo Jacques Fonseca: “Um fato marcante da história do curso que me 
vem logo à mente ocorreu um ano antes de o curso acontecer. Pessoas de to-das 
as áreas em uma sala com um quadro branco, em São Leopoldo, dese-nharam 
uma linha do tempo de 200 anos atrás até os dias de hoje, construin-do 
vários fatos importantes da história e tentando ver o que isso tinha a ver 
com a administração e como a administração foi se moldando ao longo do 
tempo nesses contextos”. 
Diferenciais do GIL 
Gustavo Severo de Borba: “O curso tem um coordenador de PA que conse-gue 
ver se os alunos estão indo bem ou mal, que dá feedback constante aos 
alunos. No GIL, antes de o aluno ser reprovado, os professores procuram to-das 
as formas possíveis de buscar o aluno.” 
Janaína Pimenta Lemos Becker: “O professor do GIL busca a informação mais 
atualizada de sua área de conhecimento e procura ‘interfaceá-la’ ao conjun-to 
de conhecimentos e de competências do administrador inovador e líder”. 
Cristiane Carbonell Rabello: “Esse curso tem uma cara nova, uma proposta 
muito inovadora. A expansão para quatro anos possibilitou que o intercâm-bio 
tenha uma duração maior do que as atuais três semanas dos dois inter-câmbios. 
Os alunos do currículo novo ficarão um semestre em universidades 
estrangeiras, o que vai oportunizar que, de fato, vivenciem uma experiência 
internacional”. 
OS alunos do GIL 
Marcelo Jacques Fonseca: “Uma aluna formada da primeira turma foi fazer 
um programa de trainee no grupo Gerdau. Havia mais de três mil candidatos, 
e ela foi uma das três melhores. Além disso, uma gerente de RH de uma em-presa 
me disse: ‘Os alunos de vocês parecem umas formiguinhas: eles caem 
e saem correndo. Eles não esperam. Eles são proativos’.” 
Janaína Pimenta Lemos Becker: “O aluno do GIL, que estuda de segunda a 
sexta, tem aulas, na maioria dos semestres, de manhã e de tarde, o que lhe 
possibilita a imersão na universidade e favorece não apenas a apropriação 
dos conhecimentos especializados mas também o aprimoramento das habi-lidades 
de relacionamento interpessoal. Os discentes se destacam por suas 
habilidades de autonomia, iniciativa, protagonismo e responsabilidade”. 
Cristiane Carbonell Rabello: “Eu acho que o aluno do GIL é um aluno diferen-te, 
é um aluno que tem um tempo maior para se dedicar aos estudos, é um 
aluno que tem essa oportunidade de viver mais intensamente a vida acadê-mica 
e de se dedicar mais às atividades. A entrega desse aluno acaba sendo 
muito mais qualificada, e esse é o grande diferencial”. 
fotos ARQUIVO PESSOAL
ENTREVISTA 
Texto: 
Mariana Lyra de Almeida 
O que diz um empregador Diretora de Marketing de hospital de Porto Alegre Daniela Pontes, Diretora 
Taís Barreto Nunes 
Os alunos do GIL possuem um des-taque 
maior no mercado? Uma en-trevista 
com Daniela Pontes, Dire-tora 
de Marketing do Hospital Moinhos de 
Vento, que teve como estagiário um ex- 
-aluno do GIL formado em 2012 que hoje 
está efetivado, revela um pouco dessa ex-periência 
e responde a essa pergunta. 
GIL em Revista: Quais as diferenças que 
você notou entre o Thomas Andres Troian, 
aluno do GIL, com relação a outros esta-giários? 
Daniela Pontes: A primeira diferença do 
Thomas que percebi foi em relação a sua 
postura. Ele apresentava comprometi-mento 
e maturidade. Interagia com os 
demais colegas de equipe como se fosse 
funcionário contratado. Assumia respon-sabilidades 
e se colocava “ao lado” dos 
desafios. Outro ponto muito importante 
foi a sua base de conhecimento. Mesmo 
sem experiência no marketing, conhecia e 
lia autores tradicionais e contemporâne-os. 
No marketing, trabalhamos com o tra-dicional 
e com o inovador ao mesmo tem-po. 
Sua base de técnicas de pesquisa nos 
auxiliou muito em vários trabalhos. 
GIL em Revista: O que o estagiário / aluno 
do GIL fez para ser efetivado? 
Daniela Pontes: Apresentou resultados e 
fez diferença na equipe. Também estava 
na hora certa e no lugar certo. 
GIL em Revista: Como chegou o contato 
até ele? 
Daniela Pontes: Fui mestranda em Design 
Estratégico na UNISINOS. Meu orientador, 
Filipe Campelo, me apresentou o Thomas, 
que me auxiliou em meu projeto de pes-quisa. 
GIL em Revista: Como conheceu e o que 
acha do GIL? 
Daniela Pontes: Conheci o GIL por inter-médio 
do Filipe Campelo e do Thomas. 
Tive a oportunidade de fazer meu estágio 
de proficiência no GIL. Acho um curso di-ferenciado. 
Tira o aluno do lugar comum. 
Incentiva o pensamento “fora da caixa” e 
exige mais do que os demais cursos de Ad- 
de Marketing do Hospital 
Moinhos de Vento 
6 GIL em Revista - Novembro/2013 
Arquivo pessoal
de aluno do GIL 
comenta sobre o perfil de aluno do GIL 
GIL em Revista - Novembro/2013 7 
ministração. É um curso que se propõe a 
formar verdadeiros líderes. 
GIL em Revista: Tu acreditas que os alu-nos 
do GIL tendem a ter uma maior credi-bilidade 
com os e mpregadores? Por quê? 
Daniela Pontes: Acredito que depende 
muito do perfil de cada aluno, mas, sem 
dúvida, uma faculdade de turno integral 
e com a proposta do GIL prepara um estu-dante 
de forma mais adequada. Para mim, 
um estagiário que tenha o GIL no seu cur-rículo 
já sai na frente. Mas vale lembrar 
que eu conheço o GIL. Torná-lo mais co-nhecido 
entre os profissionais de recursos 
humanos nas empresas é muito importan-te 
para que o curso se torne, de fato, um 
diferencial competitivo nos currículos. 
GIL em Revista: Você costuma empregar 
pessoas sem experiência? Se sim, por quê? 
Daniela Pontes: Sim. Para alguns cargos, 
o perfil é mais importante do que expe-riência. 
GIL em Revista: Quais são os requisitos 
básicos que você julga na hora de esco-lher 
um empregado ou um estagiário? 
Daniela Pontes: Na minha equipe (13 no 
marketing, 60 no call center e 1 no espa-ço 
memória), tenho desde estagiário até 
analista sênior, portanto os pesos dos re-quisitos 
variam muito. Por exemplo, faci-lidade 
para trabalhar em equipe é impor-tante, 
mas existem funções cujo trabalho 
a ser realizado é mais individual, então 
não considero tanto essa habilidade. Para 
as vagas mais iniciantes (estagiário, assis-tente 
e analista I), pesa muito ter um per-fil 
mais “maleável”, ou seja, uma pessoa 
cujas atribuições eu possa trocar, confor-me 
a necessidade da equipe e o desen-volvimento 
individual do novo colabora-dor. 
Agora mesmo, estamos iniciando um 
núcleo digital. Em um primeiro momento, 
duas pessoas da equipe serão redirecio-nadas 
para ele. Outro requisito que con-sidero 
muito é a vontade de aprender. Em 
muitas entrevistas, os candidatos dizem 
que estão procurando novas oportunida-des 
porque querem crescer. Pergunto-me 
como alguém que ainda sabe muito pouco 
está em busca de crescimento. Crescer é 
uma consequência do aprendizado, e não 
o contrário.
ENTREVISTA 
Inovação e liderança no mercado atual 
Sócio-Diretor da Agência Escala aborda características do profissional de hoje 
Texto: 
Isadora Soria Galvarro Zanini 
Emilliano Ribeiro Pontes Scalon Santos 
Patrícia Machado Garcia 
Em setembro deste ano, foi realizada uma 
entrevista com um dos sócios da Agência 
Escala, Alfredo Fedrizzi, vencedor do prê-mio 
Publicitário do Ano de 2011, na qual fo-ram 
abordados temas como o perfil de um 
novo líder, bem como as características es-peradas 
pelo empresário na contratação de 
novos funcionários. Comparando experiên-cias 
de vida, tanto profissionais 
quanto pessoais, o executivo 
“construiu” o perfil de um líder. 
Para ele, nos dias de hoje, a vida 
cotidiana do líder tem que ser 
bastante dinâmica e cheia de no-vos 
aprendizados, para que ele 
construa uma bagagem cultural 
que o capacite a lidar com pesso-as 
e acrescente experiências de 
vida em seu trabalho. 
Algumas características, 
como “estar disposto a desa-prender”, 
“estar antenado a 
aprender”, “farejar talentos” e 
“ter desprendimento”, foram 
apontadas por Fedrizzi como es-senciais 
a um líder que, nos dias 
de hoje, se encontra em constan-te 
formação. Além disso, o exe-cutivo 
sinalizou que o líder mo-derno 
tem que incentivar o erro 
aos seus subordinados, pois, se-gundo 
ele, só assim os liderados 
serão capazes de realizar criati-vamente 
as tarefas do dia a dia. 
GIL em Revista: O que a Escala faz 
para identificar um bom líder? 
Alfredo Fedrizzi: O profissional 
precisa ser cada vez mais multi-facetado, 
deve entender de tudo 
um pouco. Alguns definem que 
deve haver dentro da empresa 
profissionais “I” e profissionais 
“T”. O profissional “I” é aquele 
que conhece uma área profun-damente, 
e o profissional “T” é 
quem tem uma boa noção de di-versas 
áreas, mas em uma área 
possui um grau maior de co-nhecimento. 
Precisamos ter es-ses 
dois tipos de funcionário. Eu 
acho muito difícil identificar um líder só por 
entrevista. Acredito que uma das coisas é 
ver de onde ele vem e que história tem para 
poder identificar seu perfil de líder. Quando 
eu entrevisto pessoas, eu quero saber mui-to 
da vida pessoal. Nós somos uma empre-sa 
que trabalha com criatividade. Se a pes-soa 
não tem uma vida pessoal criativa, por 
que vai ter uma vida profissional criativa? 
Por que ela vai ser um profissional de des-taque? 
Muito difícil. Motivar pessoas, es-tar 
muito aberto para o erro, dar muita in-formação, 
acompanhar as necessidades de 
8 GIL em Revista - Novembro/2013 
cada profissional, saber delegar, incentivar 
o erro, agir rapidamente e, caso tenha er-rado, 
saber corrigir rapidamente: são essas 
as características que identificam um líder 
moderno. Se tu tens medo de errar, tu não 
crias nada, fazes tudo absolutamente igual. 
GIL em Revista: Qual é a importância que a 
agência dá para um líder inovador? 
Alfredo Fedrizzi: Se ele não for inovador, 
não tiver o perfil inovador, não tem moti-vo 
para estar aqui dentro. Afinal, nossa re-alidade 
é um pouco diferente de outras. Há 
duas expressões de que eu gos-to: 
ter um estilo de repórter (eu 
já fui repórter de jornal; nessa 
função, tu tens que estar com-pletamente 
aberto para saber 
o que vem hoje, que história tu 
vais contar hoje) e ser muito fa-rejador 
(a gente tem que dizer 
assim: “Aqui tem uma coisa di-ferente. 
O que está acontecen-do?”). 
Ter um espírito de des-prendimento, 
de desaprender 
para poder aprender algo novo, é 
um perfil de liderança que a gen-te 
precisa ter aqui. É necessário 
estar constantemente desapren-dendo 
verdades prontas para di-zer 
coisas novas, mas, para isso, 
não existe receita pronta, já que 
cada um faz do seu jeito. 
GIL em Revista: Quais são as ca-racterísticas 
que tu procuras na 
hora de contratar alguém e o que 
acreditas estar faltando no mer-cado 
nos dias de hoje? 
Alfredo Fedrizzi: Falta qualidade 
de pessoas, pessoas mais exigen-tes. 
A mediocridade é um ponto 
importante, a gente se conten-ta 
com pouco, a gente não exi-ge 
dos outros, a gente não faz as 
Alfredo Fedrizzi, 
sócio-diretor da 
Agência Escala 
ARQUIVO PESSOAL
“ Porque eu gosto de me 
Eu tenho que 
qual eu sou apaixonado!” “cabeça o tempo todo” GIL em Revista - Novembro/2013 9 
coisas bem feitas, é tudo mais ou menos. E, 
com isso, onde estão os profissionais? Fal-tam 
pessoas dedicadas que queiram fazer 
a diferença. O profissional de hoje em dia 
tem que ser inquieto, buscar outras reali-dades, 
desapegar, desaprender, sair do seu 
mundinho e estar antenado a aprender coi-sas 
novas. As pessoas precisam se prepa-rar 
para responder a perguntas que ainda 
não foram feitas e ter a cabeça aberta para 
conectar coisas que ainda ninguém nun-ca 
relacionou. Buscamos pessoas inteiras e 
queremos pessoas inquietas, que não este-jam 
satisfeitas com o básico e que queiram 
crescer sempre. 
GIL em Revista: Do seu ponto de vista, exis-te 
alguma profissão ideal? 
Alfredo Fedrizzi: A melhor profissão que 
existe é aquela pela qual tu és apaixonado! 
Tens que trabalhar em algo de que tu gos-tes; 
dinheiro é uma consequência. O indi-víduo 
que não gosta de trabalhar fica pre-so 
em seu horário e nas suas limitações, 
portanto vai ser, a não ser que seja um gê-nio 
(e não existe genialidade sem trabalho), 
um profissional mediano, um profissional 
comum. Há estudos que dizem que tu não 
és ninguém em uma atividade antes de se 
dedicar dez mil horas a ela. Então, preci-sas 
trabalhar muito e, para isso, tu tens que 
gostar do que fazes. 
“Qual o melhor 
trabalho? Aquele pelo 
reciclar a minha 
sentir ignorante, de 
provocar meus neurônios.” 
Na 30ª edição do Prêmio Top 
de Marketing da ADVB/RS, 
Alfredo Fedrizzi recebe o troféu 
Agência Top de Marketing, 
conquistado pela Escala 
Vinicius Reis / assembleia legislativa do rs
Interview 
Crossing international borders 
As one of the highlights of the course, the exchange program counts with Marcello Quinteri to make it even better 
Text: 
Felipe Estrada Scozziero 
Felipe Picolli Morsch 
Having Taught GIL students in Canada since 
2006, Marcello Quintieri is a HEC Montre-al 
professor. He has been lecturing English 
and business communication at the university sin-ce 
2003. Being the most involved and beloved te-acher 
in the management for innovation and lea-dership 
exchange program, Mr. Quintieri, is a very 
special person in GIL history. 
GIL em Revista: What was your first though when 
asked to teach Brazilian students? 
Marcello Quintieri: I was asked if I would be inte-rested 
in teaching courses for GIL, the program was 
called management for innovation and leadership, 
right away I thought “sure, of course” the students 
are from Brazil and I didn´t know much about the 
country. I have had some Brazilian friends in the 
past, and I thought this would be a great opportu-nity 
to get to know more of a new culture and espe-cially 
making new friends and meeting new people. 
GIL em Revista: Have you designed a special class 
for GIL students? Where did you focus on when 
preparing the classes? 
Marcello Quintieri: At the lower levels it´s En-glish 
as a second language, at the higher levels 
it´s more like a practical communication course, 
where you learn how to get effective presenta-tions, 
how to write in an effective way, whate-ver 
the format is. That´s what I do. Of course, I 
definitely designed my classes for GIL students. 
When I first started out it was very similar to the 
type of classes that I give at HEC, but as I kept te-aching 
GIL I got to know some professors in the 
program and from that moment on I became in-terested 
in the things the students were interes-ted 
in. Now I´m incorporating more notions of 
social business, social enterprise and many other 
subjects. As I got to know more of people, I star-ted 
thinking more about this new idea of social 
business and social entrepreneur. My major con-cern 
is to understand which characteristics and 
skills are important, to the students going throu-gh 
the course, be successful, but most of all, how 
I should teach that, what´s the best way of tea-ching 
that. That´s where my focus is. 
GIL em Revista: Do you see any difference betwe-en 
GIL students, and a regular Canadian student? 
Marcello Quintieri: I have always said that tea-ching 
Brazilian students, I can´t generalize, but GIL 
students are like candy, it´s very easy, usually they 
10 GIL em Revista - Novembro/2013 
are very open to trying new things and that´s a be-autiful 
thing for teachers. I think that what you are 
doing in the GIL is very interesting. The Jesuit mo-del 
is very interesting I can see some similarities 
with some of the HEC courses. 
GIL em Revista: What is your opinion about how 
GIL students get adapted to the Canadian market? 
Marcello Quintieri: My impression is that, leaving 
aside my limited experience, GIL students have an 
advantage, being able to adapt very well. That´s, 
actually a characteristic of many Brazilians. I have 
other Brazilians students in other courses in the 
university and I notice that they are very good 
students, very creative and very sociable which 
makes a huge difference in the business. 
GIL em Revista: Can you talk a little bit about the 
Gil exchange program in Canada? 
Marcello Quintieri: They have a full day class. Of-ten 
they have intensive seminaries, classes with 
undergraduates. I am the teacher who sees the 
students the most, I’m happy they are not tired of 
me. The time in the year when GIL students come 
is the busiest time in the year for me, but I take my 
time to give class for them, especially because I en-joy 
lecturing them. I get a lot of positive feedback 
so it becomes a positive experience for me. 
DIVULGAÇÃO
Uma experiência na Coreia do Sul 
Aluno do GIL relata sua viagem ao país asiático e as lições aprendidas 
GIL em Revista - Novembro/2013 11 
Texto: 
Augusto Fontanelli Loureiro 
Tudo começou com uma ligação inespe-rada 
e um convite carregado de respon-sabilidade: 
representar a UNISINOS e o 
país em uma missão pela Coreia do Sul. Mes-mo 
sem saber ao certo do que se tratava, re-solvi 
abraçar a oportunidade e, quando per-cebi, 
lá estava eu em Seul, há cerca de 20.000 
km de casa. 
O Programa Cultural de que participei foi 
elaborado pela Chung-Ang University em par-ceria 
com o National Institute of International 
Education (NIIED), órgão do governo sul-core-ano, 
e era destinado a estudantes de gradua-ção 
dos principais países parceiros da Coreia 
do Sul. Consistiu principalmente de visitas a 
empresas, a universidades e a instituições do 
governo, dentre outras atividades culturais. Ao 
todo, éramos sessenta alunos de aproximada-mente 
trinta países de todo o mundo, dentre 
eles Congo, Cazaquistão, Guatemala e Taiwan. 
O grupo era fortemente marcado pela rique-za 
cultural e pela diversidade, que garantiram 
uma experiência única de troca de conheci-mentos 
e de opiniões. 
Durante os quinze dias, tive algumas das 
experiências mais valiosas de toda a minha 
vida: fui recebido por uma família coreana na 
experiência de home-stay; comi algumas das 
coisas mais estranhas das quais já ouvi falar, 
como o kimchi, bibimbap e a pimenta goshu; 
participei da cerimônia de um casamento tra-dicional 
coreano; visitei a zona DMZ entre os 
limites territoriais das duas Coreias; visitei o 
Ministério de Relações Internacionais e en-trei 
em contato com diplomatas coreanos; 
assisti a um desfile de samba do outro lado 
do mundo; comemorei meu aniversário de 20 
anos e tive o “parabéns a você” cantado em 
oito línguas diferentes; convivi com algumas 
das pessoas mais inteligentes e interessantes 
que já conheci. 
Acredito que a viagem foi, sobretudo, 
uma experiência de mundo. Não apenas pude 
conhecer mais a cultura coreana, mas tam-bém 
pude aprender um pouco mais sobre as 
várias outras culturas que havia no grupo, o 
que me possibilitou ampliar meus horizon-tes, 
dar fim a alguns estereótipos e preconcei-tos 
e abrir os olhos para outras realidades. Fiz 
grandes amigos do mundo afora e hoje posso 
dizer que carrego comigo um pouco de tudo 
que aprendi com eles e com a minha experi-ência 
na Coreia do Sul. 
REPORTAGEM 
Acima: Visita 
ao palácio de 
Gyeongbonkgung, 
em Seul. À 
esquerda: os 
“carregadores” do 
noivo em cerimônia 
de casamento 
tradicional coreano 
A caminho do 
Estádio Olímpico 
de Seul, para 
assistir a uma 
partida de beisebol 
profissional 
FOTOS ARQUIVO PESSOAL
REPORTAGEM 
Texto: 
Guilherme Fetter 
O GIL Alumni busca inspira-ção 
nos alunos do curso e 
tem como principal obje-tivo 
gerar valor para os ex-alunos 
do GIL mediante a criação de um 
grupo. O projeto surgiu após a ob-servação 
de vários grupos e movi-mentos 
criativos que extrapolam 
as empresas e as universidades. 
Notou-se a ausência dos alunos 
do GIL nesses movimentos, que 
são, muitas vezes, voluntários. 
Observou-se, ainda, que, em 
consagradas universidades in-ternacionais, 
há um diretório de 
ex-alunos extremamente ativo 
que promove atividades entre os 
egressos e gera benefícios espe-ciais 
para eles, que, em contra-partida, 
apoiam financeiramente 
as instituições de ensino. 
Então, para começar, Cami-la 
Luconi Viana entrou em conta-to 
com Gustavo Severo de Borba, 
Diretor de Graduação da UNISI-NOS 
e primeiro coordenador do 
GIL. Após lhe apresentar o proje-to, 
a ideia começou a ser posta 
em prática. O passo a passo para 
a execução do projeto foi o se-guinte: 
1. Entrar em contato com a UNI-SINOS 
2. Reunir, no mínimo, um egres-so 
de cada turma 
3. Formar uma equipe de traba-lho 
para definir como come-çar 
o grupo 
4. Localizar os ex-alunos 
12 GIL em Revista - Novembro/2013 
5. Realizar pesquisa com os 
egressos 
6. Divulgar o grupo para todos 
os egressos e para todos os 
alunos 
7. Começar! 
O primeiro encontro do gru-po 
ocorreu em abril deste ano. 
O palestrante foi Tomás de Lara, 
administrador de empresas e co-fundador 
da Engage (empresa de 
estratégia e tecnologia para pro-jetos 
de cidadania e inovação so-cial) 
e do catarse.me (primeira 
plataforma de crowdfunding do 
Brasil e a primeira open source 
do mundo). Tanto os palestrantes 
quanto os demais envolvidos par-ticipam 
voluntariamente das ati-vidades. 
GIL em Revista: O que a equi-pe 
pensa para o futuro do GIL 
Alumni? 
Camila: No futuro, o grupo gos-taria 
de promover alguns encon-tros 
também para trocas entre os 
egressos, sem palestras, mas em 
torno de um assunto para a dis-cussão. 
Pensa-se, também, em 
formas de perpetuar o curso e de 
atrair novos alunos, a partir do 
depoimento dos ex-alunos nos 
meios de comunicação, o que, ali-ás, 
já aconteceu. Outra potencia-lidade 
do grupo é o fornecimento 
de contato de egressos para opor-tunidades 
de emprego. 
GIL em Revista: O que o GIL 
Alumni pensa para os atuais alunos? 
Camila: Queremos nos envolver 
com o curso e com os atuais alu-nos, 
propondo práticas comuns. 
Pensamos, por exemplo, em ofe-recer 
coaching para os graduan-dos, 
em que os egressos pode-riam 
auxiliar os alunos a planejar 
seu futuro. 
GIL Alumni 
Em entrevista, 
Camila Luconi Viana, 
idealizadora do GIL 
Alumni, conta como 
surgiu esse projeto 
Lançamento do GIL 
Alumni em 23 de 
abril com a palestra 
de Tomás de Lara. 
Camila Luconi Viana 
(acima) é ex-aluna do 
GIL e Coordenadora 
de Sustentabilidade 
na ThyssenKrupp 
Elevadores 
FOTOS ARQUIVO PESSOAL
REPORTAGEM 
GIL em Revista - Novembro/2013 13 
Texto: 
Daniel Aliatti Mayer 
Guilherme Hobold Roeben 
Moacir Bilhar Costa Junior 
Imagine a seguinte situação: um adolescente 
está prestes a terminar o ensino médio e de-cide 
optar por um curso de ensino superior. 
Por isso, avaliará as áreas em 
que gostaria de atuar. Ao ana-lisar 
suas alternativas, alguns 
cursos aparecem como opção 
prioritária porque estão arrai-gados 
na mente das pessoas 
como possibilidades de suces-so, 
desconsiderando-se, mui-tas 
vezes, que a contempora-neidade 
valoriza a inovação e 
a mudança. Para o verdadeiro 
sucesso na vida profissional, é 
necessário descobrir o que de 
fato cada curso pode nos ofe-recer, 
pois, durante a gradua-ção, 
desenvolvem-se compe-tências 
necessárias para nossa 
realização profissional. 
Com projeto pedagógico 
inovador, o curso de Adminis-tração: 
Gestão para Inovação e 
Liderança (GIL) tem propostas 
que fazem a diferença na for-mação 
profissional de seus alu-nos 
e possui corpo docente de 
excelência. Prova disso é que 
alcançou nota máxima no pro-cesso 
de reconhecimento do 
MEC. Seus professores utilizam 
um método de avaliação dis-tinto 
do modelo convencional: 
mediante a avaliação por pare-ceres 
descritivos e por concei-to, 
são avaliados, além dos sa-beres 
específicos de cada área 
do conhecimento, habilidades 
e competências fundamentais 
ao gestor da atualidade. Isso 
contribui para a formação de 
um verdadeiro líder, que, no 
âmbito profissional, não será 
avaliado periódica mas cons-tantemente 
pelo conjunto de 
suas competências. 
O GIL conta com um modelo de estudos 
de turno integral, variando a quantidade de 
oficinas em função do Programa de Apren-dizagem 
(PA) em que o aluno está matricula-do. 
Para alcançar a qualidade e a excelência, o 
aluno deve se comprometer e se dedicar inin-terruptamente. 
E o curso facilita isso, a come-çar 
pelos colegas de turma, que são os mes-mos 
do início ao fim do curso, o que favorece 
o desenvolvimento das relações interpesso-ais. 
As mesas possuem formatos diferenciados 
e são distribuídas dinamicamente, de forma 
que proporcionam uma maior interação entre 
os colegas para discussões sobre os temas. Há 
também um grande número de trabalhos em 
grupo e de apresentações orais, o que desen-volve 
a habilidade de comuni-cação 
oral, fundamental a um 
bom administrador. 
A capacidade de visão 
sistêmica adquirida durante 
o curso resulta em um profis-sional 
capaz de adequar es-tratégias 
eficazes a situações 
reais. Para isso, o curso se or-ganiza 
a partir da relação en-tre 
as oficinas, proporcionan-do 
ao aluno a capacidade de 
conectar os conhecimentos 
desenvolvidos. Os constan-tes 
trabalhos de campo que 
o discente realiza lhe opor-tunizam 
conhecer empresas 
na prática e compreender o 
mercado através de seus di-ferentes 
pontos de vista. E, 
como se tudo isso não bas-tasse, 
o graduando se forma 
com uma forte formação em 
inglês e dois intercâmbios no 
currículo. 
Fica claro o comprome-timento 
do curso em formar 
um profissional diferenciado, 
focando na qualificação extre-ma 
do formando. Após conhe-cer 
o curso, muitos alunos na 
mesma situação do adolescen-te 
que imaginamos no começo 
do texto abdicam das opções 
mais convencionais porque se 
encantam com a proposta do 
GIL. É o que, na prática, vemos 
acontecer todos os anos. Se 
esse jovem assim optasse, con-taria 
com total apoio dos alu-nos 
já matriculados no curso, 
tornando-se, assim, membro 
do grupo que hoje chamamos 
de “Família GIL”. 
Mas, afinal, por que 
escolhemos o GIL? 
Conheça os diferenciais de um dos cursos mais inovadores do Brasil 
andy naylor / stock.xchng
REPORTAGEM 
Intercâmbio ao Chile: inesquecível 
Aluno do PA4 conta como transcorreu o primeiro intercâmbio curricular em setembro deste ano 
Texto: 
Fernando Bitencourt Patias 
No quarto semestre do curso de Gestão 
para Inovação e Liderança (GIL), reali-zamos 
o primeiro dos nossos dois inter-câmbios, 
com destino a Santiago, Chile. A via-gem 
deste ano ocorreu no mês de setembro 
e durou três semanas. Teve como objetivo a 
imersão na cultura local mediante visitas a em-presas 
e a pontos turísticos e aulas de espanhol 
em universidade. As duas turmas do PA4 (Pro-grama 
de Aprendizagem 4) – a de Porto Alegre 
e a de São Leopoldo – ficaram juntas em um 
hostel durante todo o período. 
No mundo corporativo, toda experiência 
cultural é válida, todo aprendizado é produ-tivo, 
e uma história que se tenha para contar 
pode favorecer uma negociação. O Chile é um 
ótimo lugar para descobrir quanto geografica-mente 
estamos pertos e quanto culturalmen-te 
estamos longes de outras pessoas. A capi-tal 
chilena tem uma economia estável, muitas 
belezas naturais e vida noturna agitada e é um 
belo local para viver muitas experiências fan-tásticas. 
A cidade é bastante organizada e se-gura, 
a polícia chilena está sempre nas ruas, e 
a linha metroviária funciona muito bem. Além 
disso, o povo chileno é muito solícito e recepti-vo, 
tanto na ajuda com informações quanto na 
compreensão do nosso portunhol – que, diga- 
-se de passagem, foi-nos muito útil. 
O programa de aulas e de visitas é bastan-te 
rico: diariamente tivemos aulas padrão GIL 
com didáticas diferentes focadas na língua es-panhola 
e na economia do país. Visitamos em-presas 
de diversos setores, como inovação, in-dústria, 
serviços e tecnologia, e conhecemos 
sua estrutura e seu negócio. Em alguns mo-mentos 
livres, visitamos lugares em que pude-mos 
ter contato com os chilenos e com pesso-as 
de outros países, como as vinícolas Concha y 
Toro e Emiliana, que produzem os melhores vi-nhos 
da América, o Zoológico BuinZoo, os cer-ros 
Santa Lucia e San Cristóban, com vistas par-ticulares 
da capital, as cidades de Viña del Mar 
e Valparaíso. Também participamos das festas 
mais populares: Miercoles Po, voltada para es-trangeiros, 
14 GIL em Revista - Novembro/2013 
e ClubMatta, com sua bebida típica 
(o “terremoto”). 
A experiência de ficar em um hostel com 
todos os colegas é incrível; afinal, sentimo- 
-nos parte de uma família que precisa apren-der 
a compartilhar e a se unir para conhecer lo-cais 
novos, jantar em novos lugares ou até “dar 
uma geral no quarto”. O interessante disso é 
fortalecer nossos laços, transformando os anti-gos 
colegas em novos amigos. 
Acredito que o principal objetivo da nos-sa 
vida é encontrar a nossa “praia”. Descobrir 
nosso lugar no mundo é uma tarefa difícil, mas, 
quando encontramos, estamos prontos para 
seguir em frente. No meu caso, é explorar o 
mundo e conhecer novas pessoas. E no seu? 
Alunos do Programa de Aprendizagem 
4 das turmas de São Leopoldo e de 
Porto Alegre acompanhados do 
coordenador de PA Márcio Schweig 
Arquivo pessoal
Santiago, Chile 
GIL em Revista - Novembro/2013 15 
FOTOS DIVULGAÇÃO
REPORTAGEM 
Texto: 
Eduardo Rabaioli 
Felipe Morsch 
Felipe Stumpf 
Pedro Oliveira 
Rubem Klein Júnior 
Formato do curso: O curso de Gestão 
para Inovação e Liderança (GIL) é di-vidido 
em oito programas de aprendi-zagem 
(PAs). Cada PA, que tem a duração 
de um semestre, focaliza uma área diferen-te 
da Administração e visa ao desenvolvi-mento 
de competências e de habilidades 
específicas. Além disso, há dois intercâm-bios 
curriculares no curso: o primeiro, de 
três semanas, ocorre em um país da Améri-ca 
Latina, enquanto, no segundo, que dura 
um semestre, os alunos se destinam a dife-rentes 
universidades. 
Avaliações: O modelo pedagógico do 
GIL procede à avaliação processual do alu-no 
e formaliza essa avaliação em parece-res 
descritivos e em conceitos. O foco da 
avaliação é o desenvolvimento de compe-tências 
e de habilidades fundamentais ao 
gestor da atualidade. Vale ressaltar que os 
professores avaliam os alunos em suas ofi-cinas 
não apenas a partir de competências 
específicas de sua área de conhecimento 
mas também a partir de competências e 
de habilidades transversais a todas as ofi-cinas. 
Além disso, compõem a avaliação do 
aluno tanto seu resultado em instrumen-tos 
de avaliação quanto seu envolvimento, 
seu interesse, sua postura e sua responsa-bilidade 
na realização de todas as ativida-des 
propostas. 
16 GIL em Revista - Novembro/2013 
Aulas: Discussões, interação e colabora-ção: 
estas são as principais ferramentas uti-lizadas 
pelos professores do GIL. Os alunos 
têm aulas interativas e conectadas com o 
mundo, pois podem, a qualquer momento, 
buscar informações atualizadas através de 
seus notebooks (fornecidos, aliás, pelo cur-so 
no primeiro semestre), complementando 
as informações discutidas em sala de aula. 
Os professores sempre dão espaço para que 
os discentes opinem em sua aula, possibili-tando, 
assim, discussões muito construtivas 
e configurando um modelo de aula mais di-nâmico 
e interessante. 
Professores: Com um corpo docen-te 
composto, em sua maioria, por doutores, 
o colegiado do GIL possui uma relação mui-to 
próxima aos alunos. O feedback é um dos 
mais importantes instrumentos do proces- 
Por dentro do GIL 
Aulas interativas, turmas pequenas, intercâmbios curriculares e 
professores mais próximos dos alunos. Conheça mais sobre o GIL! 
Uma das salas 
de aula do GIL no 
campus Porto Alegre 
ARQUIVO PESSOAL
GIL em Revista - Novembro/2013 17 
so de aprendizagem. E, 
para que funcione, é vi-tal 
que a relação entre o 
aluno e o professor seja 
de confiança, visto que 
o graduando deve consi-derar 
as constantes ava-liações 
dos professores 
ferramentas para apri-morarem 
seu desempe-nho 
dentro – e fora – da 
sala de aula. 
Integração entre alunos: Depois de 
apenas poucas semanas de aula, o calou-ro 
do GIL consegue perceber uma diferença 
no relacionamento entre os alunos e entre 
os alunos e os professores. Um dos pontos 
característicos do curso é a INTEGRAÇÃO, 
desenvolvida através de turmas pequenas, 
trabalhos em grupo, projetos integradores 
entre diferentes PAs, saídas de campo e o 
convívio diário. A sensação que se tem é de 
uma segunda família, com a qual você pode 
contar não só para pedir livros emprestados 
e auxílio nos trabalhos, como também para 
dividir experiências do dia a dia. Não impor-ta 
onde você estiver: sempre que encontrar 
alguém que passou pelo GIL, pode ter certe-za 
de que será bem acolhido. 
Espaço físico: O GIL está presente em 
duas sedes: no campus de São Leopoldo, 
com natureza exuberante e muito bem con-servada 
por sua comu-nidade, 
e no campus 
de Porto Alegre, em um 
prédio bem estrutura-do 
e com característi-cas 
mais inovadoras. O 
conforto do ambiente 
universitário é essen-cial 
para o bom rendi-mento 
das aulas, ainda 
mais para alunos que 
passam a maior par-te 
do dia nele: “passa-mos 
o dia inteiro, das 
8h30min até às 17 ho-ras, 
na Universidade. 
Por isso, é importante 
que o ambiente seja o mais aconchegante 
possível”, destaca um aluno do PA2. A confi-guração 
das salas de aula se alinha ao perfil 
inovador do curso: as mesas de trabalho dos 
alunos em ilhas, por exemplo, proporcionam 
a possibilidade de abrigar os discentes em 
grupos de modo que façam trabalhos coleti-vos. 
E há, ainda, uma aconchegante “sala do 
café”, utilizada pelos alunos como mais um 
local de convivência. 
Sala de aula em ilhas 
no espaço do GIL no 
campus São Leopoldo 
ARQUIVO PESSOAL
REPORTAGEM 
Dez anos do GIL! E rumo 
Conheça, em linha do tempo, os principais Ingresso da primeira turma, que tinha 
dezenove alunos matriculados 
O embrião de um curso inovador: 
Professores se reuniram e analisaram as 
principais mudanças dos últimos duzentos 
anos na administração 
2002 
2011 
18 GIL em Revista - Novembro/2013 
Ingressa a segunda turma do curso, a 
qual idealizou o projeto dos produtos 
2003 2004 
Oitava turma 
Ingressam a nona turma em São 
Leopoldo e a primeira em Porto Alegre 
Revitalização do corpo docente 
Ingressam a décima turma em São Leopoldo e a 
segunda em Porto Alegre 
Lançamento da primeira edição da GIL em Revista 
Criação do GIL Alumni 
O presidente do Conselho Nacional de Educação 
convida Gustavo Severo de Borba, Diretor de 
Graduação da UNISINOS e primeiro coordenador do 
curso, a apresentar o GIL para as pró-reitorias das 
universidades públicas e privadas brasileiras, em 
Brasília, como um case de curso inovador 
Empresas reconhecem o curso como de excelência 
e solicitam estagiários que cursam o GIL 
“Você pensa 
fora da caixa? 
Então, você é GIL” 
Janaína Pimenta 
Lemos Becker 
Coordenadora de curso 
“Temos tanta 
preocupação 
com a chegada 
quanto com o 
caminho.” 
Marcelo Jacques 
Fonseca 
Coordenador de curso 
2010 
2012
aos próximos dez! 
fatos do curso e todas as suas turmas 
Terceira turma 
No processo de reconhecimento do curso, o MEC 
avaliou o GIL com nota máxima em todos os critérios 
Quarta turma 
Quinta turma 
Sexta turma 
GIL em Revista - Novembro/2013 19 
Sétima turma 
Ingressam a décima primeira 
turma em São Leopoldo e a 
terceira em Porto Alegre 
O terceiro currículo em São 
Leopoldo e o segundo em Porto 
Alegre entram em vigor 
Primeiro encontro do GIL Alumni 
“GIL: formar para 
inovar, instruir 
para construir, 
orientar para liderar 
e sonhar para 
realizar!” 
Alexandre Pereira 
Coordenador de PA 
“GIL: o curso 
para quem 
quer mudar 
o mundo dos 
negócios.” 
Aline Jaeger 
Coordenadora de PA 
“A inovação 
move o mundo. 
O GIL promove 
a inovação. A 
inovação é o GIL.” 
Márcio Schweig 
Coordenador de PA 
2005 
2006 
2007 
2008 
2009 
2013
REPORTAGEM 
Texto: 
Rafael Fischborn Bohrer 
Taís Barreto Nunes 
Neste ano, o GIL completa 
DEZ ANOS. Sem dúvida, ain-da 
que se trate de um cur-so 
novo, vem ganhando cada vez 
mais representatividade dentro 
e fora da UNISINOS. Para os atu-ais 
alunos, com certeza, é motivo 
de orgulho poder fazer parte des-te 
momento memorável, em que 
podemos afirmar que o curso já se 
firmou e só tende a surpreender 
os que com ele se envolvem. São 
dez anos de crescimento, de expe-riências, 
de tentativas, de mudan-ças 
e, principalmente, de extremo 
conhecimento. E, neste momen-to 
marcante, gostaríamos de pre-ver 
um pouco do futuro dessa his-tória. 
Fomos ousados e decidimos 
imaginar o curso daqui a mais dez 
20 GIL em Revista - Novembro/2013 
anos. Para isso, conversamos com 
alguns dos professores e com os 
coordenadores do curso, que nos 
ajudaram a imaginá-lo com vinte 
anos de história. Confira nas cai-xas 
abaixo e ao lado as previsões a 
que chegamos sobre algumas di-mensões. 
Janaína Pimenta Lemos Be-cker, 
coordenadora do curso, nos 
desafia: “gostaria que nós guar-dássemos 
estas páginas da revista 
e que, daqui a 10 anos, pegásse-mos 
essa reportagem e lêssemos 
o quanto das nossas previsões es-tão 
certas”. Pode ficar tranqui-la, 
professora! Guardaremos uma 
edição dessa revista intacta, sob a 
segurança de sete chaves, e com-pararemos 
essas “previsões” à si-tuação 
do nosso querido GIL em 
2023! Sucesso a esse curso mara-vilhoso! 
E o GIL daqui a dez anos? 
Coordenadores e professores do curso fazem previsões sobre o curso 
Pelo que tudo indica, daqui 
a 10 anos, teremos o curso 
ainda mais alinhado às 
novas tecnologias. “As aulas 
serão interativas, com mais 
uso da tecnologia e ainda 
mais online, buscando uma 
aproximação maior com os 
alunos dessa nova geração”, 
disse a coordenadora 
de PA e professora Aline 
Jaeger. O Diretor de 
Graduação da UNISINOS, 
Gustavo Severo de Borba, 
bem como os professores 
Cristiane Carbonel Rabello, 
Diego Alberton e Isamara 
Allegretti, os dois últimos 
também idealizadores do 
curso, ratificam a forte 
relação entre o GIL e as 
novas tecnologias. 
O professor Francisco 
Avatar revela: “Vejo 
o GIL no mercado de 
trabalho muito valorizado 
e reconhecido, a partir 
de dois movimentos: 
o primeiro é o sucesso 
profissional dos egressos do 
curso, que leva um tempo 
para acontecer; o segundo 
é o papel da universidade 
de acompanhar essas 
pessoas, visando a 
aprimorar o curso”. Ainda 
sob a mesma perspectiva, 
Alexandre Pereira espera 
que “o curso seja percebido 
como um diferencial para a 
construção do indivíduo de 
uma maneira competente, 
intensa e entusiasta”. 
Outra forte possibilidade 
futura é o curso se tornar 
ainda mais internacional. 
“O curso estará mais 
internacionalizado, com 
uma sinergia maior da 
UNISINOS e do curso com 
universidades do exterior, 
mas especialmente a partir 
da construção de redes 
ao redor do mundo para 
sua evolução”, salienta 
o coordenador de PA 
e professor Alexandre 
Pereira. Assim como ele, 
a professora Isamara 
Alegretti afirma: “O curso 
também será muito 
beneficiado pelo processo 
de internacionalização da 
UNISINOS e deve oferecer 
oportunidades muito 
interessantes aos alunos 
de entrarem em contato 
com universidades em 
diversas partes do mundo 
e, em consequência, com 
diferentes culturas”. 
TECNOLOGIA 
VALORIZAÇÃO E RECONHECIMENTO 
INTERNACIONALIZAÇÃO
Para o professor José 
Freitas, o curso será 
”cada vez mais integrado 
com o mercado e 
com as preocupações 
sustentáveis da sociedade 
(sustentabilidade no seu 
sentido mais amplo: o 
econômico, o social e o 
ambiental). Imagino, ainda, 
alunos sendo cada vez mais 
protagonistas nesse campo 
da sustentabilidade e no 
lado social”. Além dele, o 
professor Diego Alberton 
espera que o curso “inspire 
jovens para um novo jeito 
de administrar empresas, 
tão necessário ao século 
XXI. E, especialmente, que 
os jovens se transformem 
em sujeitos sociais”. 
GIL em Revista - Novembro/2013 21 
“Um monte de cabeças 
pensando faz com 
que a gente tenha a 
capacidade de melhorar 
cada vez mais” 
Marcelo Jacques Fonseca, 
coordenador do curso 
Ex-aluno do GIL volta 
ao GIL? É isso mesmo! 
“Os professores, daqui a 
alguns anos, serão os ex-alunos; 
então, acho que 
essa cara de voltar a casa 
como professores vai ser 
a grande diferença, pois 
vão se colocar em outro 
lugar e vão trazer para o 
curso aquelas coisas que 
gostariam quando eram 
alunos”, afirma a professora 
Lívia D’Ávilla. 
GIL SOCIAL E SUSTENTÁVEL 
A VOLTA DOS QUE JÁ FORAM 
“Se o curso surgiu 
de uma necessidade 
do mercado de que 
houvesse um gestor 
com o perfil de inovação 
e de liderança, outros 
perfis importantes desse 
gestor também estarão 
abarcados pelo nosso 
curso daqui a 10 anos.” 
Janaína Pimenta 
Lemos Becker, 
coordenadora do curso 
“O perfil do professor do 
GIL será cada vez mais de 
um professor colaborativo e 
disposto a interagir com os 
alunos fora de sala de aula.” 
Aline Jaeger, 
coordenadora de PA 
“O curso vai acompanhar as tendências de mercado e 
as relacionadas à inovação na área de educação.” 
Cristiane Rabello, professora do curso 
“Como formação de 
lideranças, espero 
que os aspectos 
comportamentais 
sejam cada vez mais 
valorizados no curso, 
bem como haja 
um espaço ainda 
maior para a prática 
profissional.” 
Franscisco Avatar, 
professor do curso
NOTÍCIAS 
Marketing one to one 
Relacionamento com o cliente: interagir e personalizar 
As facilidades relacionadas à 
comunicação que há na in-ternet 
permitem maior inte-ração 
entre consumidor e vende-dor. 
Estar sempre a par do que seu 
cliente deseja e utilizar dessa rela-ção 
para suprir suas necessidades 
são novas maneiras de relaciona-mento 
estratégico. 
Segundo Don Rogers e Mar-tha 
Peppers, especialistas da área 
de marketing de relacionamento, 
o uso do marketing individualiza-do 
e da gestão de relacionamento 
é o princípio básico para se desta-car 
dentro do mercado, seguindo 
o pretexto na ênfase no cliente. Tal 
contexto se intensificou com o sur-gimento 
das ferramentas de co-municação 
dentro da web, possi-bilitando, 
então, uma nova visão 
de mercado. 
Em 2006, Pin Luarn, I. Jen 
Leia mais: 
LUARN, Pin, CHEN, I. Jen, LO, 
Kai Yang. An Exploratory 
Study of the Critical 
Success Factors of One-to- 
One Web-Marketing: User 
Perspectives. Journal of 
Internet Commerce, vol. 5 
(3) 2006. 
ROGERS, Don, PEPPERS, 
Martha. The One to One 
Future. 1st edition. New 
York, 1993. 
Empresas familiares no mundo 
As empresas familiares têm uma grande importância mundial 
22 GIL em Revista - Novembro/2013 
Chen e Kai Yang 
Lo buscaram, atra-vés 
de uma pes-quisa 
exploratória 
e descritiva, apon-tar 
como era essa 
nova relação clien-te/ 
vendedor; tal relação é conhe-cida 
como marketing one to one. 
Um dos objetivos da pesquisa era 
identificar quais eram os fatores 
críticos para se obter sucesso na 
aplicação do one to one no web- 
-marketing. Para tal coleta de da-dos, 
foram entrevistados usuários 
de e-commerce (comércio eletrô-nico) 
e pessoas que atuavam em 
alguma função relacionada a esse 
tipo de marketing. 
A pesquisa indica que o one 
to one tem como principais fatores 
de sucesso a satisfação das neces-sidades 
do cliente, a identificação 
a partir da dife-renciação 
de clien-tes, 
uma interface 
de qualidade para 
os usuários, o re-conhecimento 
do 
cliente quando este 
visita seu e-commerce e a presta-ção 
de serviços personalizados. 
Por fim, os pesquisadores 
apontaram quais são os aspectos 
primordiais do marketing one to 
one: conhecer seus clientes (iden-tificar), 
entender as característi-cas 
desses (diferenciar), fornecer 
mecanismos e canais destinados a 
clientes diferenciados pelo maior 
nível de valor para a empresa (inte-ragir) 
e fornecer produtos e servi-ços 
personalizados/customizados 
para satisfazer as diferentes neces-sidades 
de seus clientes (personali-zar/ 
customizar). 
Em artigo realizado em 
1997, Eric Lethbridge afirmou 
que as empresas familiares têm 
grande influência na economia 
mundial. A presença de algu-mas 
como líderes mundiais em 
seus setores mostram que es-sas 
empresas podem ser mo-dernas 
e competitivas, mesmo 
tendo uma forte presença da fa-mília 
em sua propriedade e em 
sua gestão. 
Existem diferentes defini-ções 
para esse tipo de empresa. 
Porém, na sua essência, a em-presa 
familiar é uma organiza-ção 
que tem sua origem e sua 
história vinculadas a um mes-mo 
parentesco há pelo menos 
duas gerações ou que mantêm 
os membros desses na adminis-tração 
dos negócios. Algumas 
características das empresas fa-miliares, 
em diferentes setores 
da economia, estão apresenta-das 
no quadro ao lado, de Sér-gio 
de Castro Gonçalves: 
Texto: 
Arthur Chini Pégere 
Texto: 
Daniel Aliatti Mayer 
Leia mais: 
GONÇALVES, Sérgio de Castro. 
Patrimônio, família, 
empresa: um estudo sobre a 
transformação no mundo da 
economia empresarial. São 
Paulo: Negócio Editora, 2000. 
LETHBRIDGE, Eric. Tendências da 
empresa familiar no mundo. 
Revista do BNDES, n. 7, 
Brasília, 1997. 
GRZYBOVSKI, Denize et. all. 
Análise do Processo 
de Crescimento e 
Desenvolvimento de 
Empresas Familiares pelo 
Modelo de Sustentabilidade: 
um Estudo Brasil-Argentina. 
Salvador, 2006. 
Setor Características Objetivos 
• Aproveitamento das 
oportunidades de momento 
• Ocupação gradativa dos 
espaços por corporações 
• Usufruto de reservas de 
mercado 
• Uso de instituições de classe 
para prática de lobby 
• Associação com 
multinacionais 
• Busca de novos “nichos” 
• Promoção da mudança de 
hábitos do usuário 
• Obtenção de ganhos de escala 
• Diferenciação por meio da 
propaganda 
• Informalidade 
• Imediatismo 
• Pragmatismo 
• Omissão política 
• Valorização da 
tecnologia 
• Novas relações de 
trabalho 
• Cooptação de 
tecnocracia 
• Patrimonialismo 
• Diversificação 
• Serviços 
personalizados 
• Profissionais 
liberais 
• Informalidade 
Comércio 
Indústria 
Moderna 
Serviços
Você já pensou em trabalhar em casa? 
GIL em Revista - Novembro/2013 23 
Livro de Alvaro Mello busca esclarecer o que é teletrabalho 
O teletrabalho está se tornan-do 
cada vez mais comum no 
Brasil e no mundo, porém, 
segundo o livro de Alvaro Mello, 
muitos potenciais usuários do home 
office desconhecem esse instru-mento 
ou, então, deixam de utilizá- 
-lo por imaginarem tratar-se de uma 
metodologia norte-americana sofis-ticada. 
A partir dessa problemática, 
o autor busca desmistificar a aplica-ção 
dos processos de teletrabalho 
nas organizações brasileiras. 
Ao contrário do que muitos 
pensam, o uso de telecomunica-ções 
no trabalho não é invenção do 
século XXI. Em 1857, a companhia 
norte- americana Pensylvannia Rail 
Road já utilizava um sistema pri-vado 
de telégrafo para gerenciar o 
pessoal que estava distante do es-critório 
central. Obviamente, para 
os padrões atuais, era um sistema 
arcaico de telecomunicação, mas 
representou uma grande inovação 
na época. 
Alvaro Mello afirma que, de-vido 
à alta capacidade tecnológi-ca 
das comunicações existentes, 
trabalhar em regime home offi-ce 
já é possível em quase todas 
as atividades. Além disso, favore-ce 
o surgimento, nas empresas, 
de transformações que trazem no-vas 
oportunidades de negócios e 
de trabalho. Desse modo, o home 
office se apresenta como uma for-ma 
alternativa para transformar e 
incentivar o mercado de trabalho. 
O artigo “Envolvimento do 
consumidor em proces-sos 
de desenvolvimen-to 
de produtos: um estudo qua-litativo 
junto a empresas de bens 
de consumo”, de autoria de Caro-lina 
Rosado dos Santos e Vinícius 
Sittoni Brasil, apresenta uma ma-neira 
diferenciada de empresas 
coletarem informações a serem 
implantadas no processo de de-senvolvimento 
de produtos (PDP). 
A pesquisa descreve a técnica de 
coprodução (ou cocriação), utili-zada 
pelas empresas que visam 
inovar em mercados competitivos 
e, dessa forma, se destacar. Essa 
técnica baseia-se no envolvimen-to 
do consumidor no PDP e bus-ca 
um maior nível de aceitação do 
produto por parte do mercado. O 
estudo foca o mercado brasileiro, 
alegando que internacionalmen-te 
existem estudos prévios e que, 
assim, sente-se a necessidade de 
um estudo a partir de empresas 
brasileiras. 
Ao longo dos anos, então, a 
importância de uma estratégia 
aplicada no desenvolvimento de 
novos produtos (PDP) acarretou, 
segundo Prahalad e Ramaswamy, 
autores de um estudo publicado 
no Journal of Interactive Marke-ting, 
contribuições que resultam 
em diferentes maneiras de alcan-çar 
o que todo produtor deseja: 
a aceitação do seu produto pelo 
mercado. O envolvimento do con-sumidor 
é apenas uma das manei-ras 
de encurtar a possível cami-nhada 
entre produção e sucesso 
de um produto. A consideração 
das necessidades e vontades do 
consumidor alvo no processo de 
produção possibilita resultados 
positivos para as empresas. 
A importância do envolvi-mento 
do consumidor no PDP, no 
entanto, não fica restrita apenas 
à empresa, que lucra com um ne-gócio 
bem sucedido, mas também 
à economia local, uma vez que 
um entendimento tanto cultural 
quanto específico do consumidor 
diminui os riscos da produção e 
garante uma melhor resposta do 
mercado quanto ao produto fi-nal. 
Por consequência, um pro-duto 
melhor aceito significa mais 
desenvolvimento econômico do 
setor a que ele pertence, alavan-cando 
a economia local. 
Texto: 
Eduardo R. Ghisleni 
Leia mais: 
Teletrabalho (Telework): o 
trabalho em qualquer lugar 
e a qualquer hora. Ano de 
publicação: 2000. Autor: 
Alvaro Mello. Disponível 
em: http://www.crasp. 
gov.br/crasp/conteudo/ 
LivroQUALITYMARK.pdf 
Envolvimento do consumidor 
Pesquisa revela a importância e os impactos do envolvimento do consumidor na economia local 
Texto: 
Emilliano Ribeiro 
Pontes Scalon Santos 
Leia mais: 
PRAHALAD, C. K; RAMASWAMY, 
V. Co-creation experiences: 
the next practice in value 
creation. Journal of 
Interactive Marketing, v. 18, 
n. 3, 2004.
NOTÍCIAS 
Inovação no mercado de chuteiras 
Pesquisa revela percepção dos consumidores sobre a inovação no mercado de chuteiras 
Uma pesquisa aplicada em 
2011 pela CBF revelou que 
o número de praticantes 
de futebol no Brasil vem crescen-do, 
e, por conta disso, um produ-to 
que obteve grande crescimento 
entre os esportistas foi a chutei-ra. 
O mercado de chuteiras se tor-nou 
bastante competitivo, princi-palmente 
entre grandes marcas 
como Nike, Adidas, Umbro e Ree-bok. 
Para obter diferenciação, es-sas 
marcas procuram inovar cada 
vez mais; porém, o consumidor 
realmente consegue perceber as 
inovações implementadas nas 
chuteiras? 
Artigo publicado em 2012 por 
Wagner Ladeira e colegas apon-tou 
que a percepção de inovação 
não se refere apenas ao produ-to, 
mas sim a muitas outras vari-áveis 
como ambiente de loja, in-fluências 
interpessoais e escolhas 
impopulares, que podem influen-ciar 
o consumidor positiva ou ne-gativamente. 
Além disso, Ladeira 
afirma que as inovações em pro-dutos 
podem ser percebidas facil-mente 
quando apresentam carac-terísticas 
Texto: 
Felipe Picolli Morsch 
Leia mais: 
LADEIRA, Wagner Junior; 
FALCÃO, Clecio Araujo; 
LUBECK, Rafael Mendes; 
SCHWINGEL, Tiago. 
Percepção da Inovação e 
Consumo na “Pátria de 
chuteiras”: Um Estudo 
com Praticantes Amadores 
de Futebol. Encontro de 
Marketing EMA 2012, 
Curitiba- PR, 2012. 
24 GIL em Revista - Novembro/2013 
mais tangíveis e menos 
complexas, nas quais o consumi-dor 
pode visualizar as mudanças 
de características inovadoras. 
O artigo conclui que não se 
pode medir exatamente a percep-ção 
de inovação de um produto, 
pois as variáveis são quase infini-tas 
e as características hedônicas 
de um produto são praticamen-te 
imensuráveis. O que poderia 
se medir seriam os indicadores de 
vendas; porém, o artigo não exa-mina 
esses dados. 
Segundo Jerry Luftman, em 
seu livro “Competing in the Infor-mation 
Age: Strategic aligment in 
practice”, de 1996, a Tecnologia da 
Informação é um meio de compar-tilhamento 
de informação capaz 
de trazer vantagens competitivas 
em longo prazo, pois tem o poder 
de transformar todas as indústrias 
e mercados. A área de TI traz di-versas 
ferramentas, nas mais va-riadas 
áreas de produção e pres-tação 
de serviços, para empresas 
que buscam crescimento e melhor 
compartilhamento de informação. 
As empresas brasileiras, se-gundo 
dados da Agência Brasil, 
investiram 7,2% das suas receitas 
na área de TI no ano de 2012. Essa 
taxa deve se estender até chegar 
a 8% em quatro ou cinco anos, e 
o que define a velocidade desse 
avanço é o desenvolvimento, rá-pido 
ou lento, do país. A pesqui-sa 
também aponta que no Brasil, 
atualmente, somando computa-dores 
corporativos e domésticos, 
há três computadores para cada 
cinco habitantes. Essas informa-ções 
revelam que o país está em 
pleno desenvolvimento e tende 
a utilizar ferramentas de TI para 
avanços empresariais. 
Por outro lado, uma pesqui-sa 
publicada no site G1, em 2013, 
aponta que, no Brasil, a gran-de 
concentração de utilização de 
TI está nas mãos de grandes em-presas 
multinacionais que utili-zam 
dessa ferramenta para maior 
competitividade. Além disso, o es-tudo 
revela que esse fator não se 
aplica às organizações do setor 
privado. A falta de conhecimento 
dessa tecnologia e o baixo índice 
de inovação dificultam o potencial 
que essas ferramentas poderiam 
trazer para a diferenciação e o 
crescimento das empresas priva-das 
brasileiras. 
Outra notícia, divulgada no 
site da revista INFO em 2013, res-salta 
que os empresários brasilei-ros 
acreditam que as soluções for-necidas 
pela área de TI podem 
aprimorar os produtos e a capaci-dade 
de equipe nas organizações. 
Tais fatores podem trazer melho-res 
resultados para os clientes e 
diminuir despesas. 
Tecnologia da Informação 
Sua empresa possui sistema de compartilhamento de informações adequado? 
Texto: 
Fellipe Riffel 
Leia mais: 
Info Abril: Empresas desejam 
aumentar investimento em 
TI. Disponível em: http:// 
info.abril.com.br/noticias/ 
carreira/empresas-desejam-aumentar- 
investimento-em-ti- 
22052013-25.shl.
GIL em Revista - Novembro/2013 25 
O que faz com que instituições busquem a certificação? 
Guilherme Hobold Roeben 
Leia mais: 
Texto: 
SÉCCA, Rodrigo Ximenes, LEAL, 
Rodrigo Mendes. Análise 
do setor superior privado 
no Brasil. BNDES Setorial. 
P. 103-156. Disponível em: 
http://www.bndespar.com. 
br/SiteBNDES/export/sites/ 
default/bndes_pt/Galerias/ 
Arquivos/conhecimento/ 
bnset/set3003.pdf. Acesso 
em: 22/06/2013. 
Em artigo escrito em 2002, de 
autoria de Luis Nascimento e 
Silvia Poledna, é destacado 
que o número de empresas que 
buscam o certificado ISO 14000 
vem crescendo. Esse aumento na 
busca pelo certificado ocorre de-vido 
ao desejo das empresas em 
aumentar sua competitividade no 
cenário internacional. Outro fator 
de incentivo é a publicidade ge-rada 
pela certificação da norma, 
que possibilita ações publicitárias. 
Tendo em vista tais bene-fícios, 
em 2002, a UNISINOS 
aprovou o projeto que tinha 
por propósito obter a certifica-ção 
ambiental. Para conseguir 
tal mérito, a universidade teve 
de passar por diversas modifi-cações 
estruturais, como a im-plementação 
de um centro de 
tratamento de água. No ano de 
2004, a instituição finalmente 
alcançou esse feito, sagrando- 
-se a primeira universidade da 
América Latina a obtê-la. Devi-do 
a isso, todos os anos audito-rias 
são realizadas com o intuito 
de comprovar o controle sobre 
os impactos ambientais e suas 
atividades. 
Utilizando como exemplo a 
universidade, percebe-se uma li-gação 
dos benefícios da imagem 
da empresa perante a sociedade 
com a implementação da norma. 
Outro fator que merece destaque 
é a conscientização ambiental dos 
funcionários e alunos, no caso da 
universidade. Tais atitudes aca-bam 
por gerar uma cultura pre-dominante 
dentro da instituição, 
que tende a prevalecer durante os 
anos decorrentes. 
Em 2009, o BNDES (Ban-co 
Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social) realizou uma 
pesquisa revelando que o ensino 
superior no Brasil sofreu grandes 
mudanças ao longo dos últimos 
vinte anos. Desde o início da dé-cada 
de 1990, o número de matrí-culas 
em IES (instituições de en-sino 
superior) tem aumentado 
muito, principalmente em institui-ções 
privadas. 
Essas informações foram 
descritas em artigo de autoria de 
Rodrigo Ximenes Sécca e Rodrigo 
Mendes Leal, que analisaram da-dos 
do Inep e do BNDES. Os pes-quisadores 
constataram que, em 
1995, foram 1,76 milhão de alu-nos 
matriculados enquan-to, 
em 2007, o número 
chegou a 4,88 milhões. 
Nesse período, as insti-tuições 
privadas aumen-taram 
em quase 200%, ao 
passo que o crescimento 
das públicas alcançou ape-nas 
18,6%. 
Sécca e Leal aponta-ram 
algumas hipóteses 
de fatores condicionantes 
desse aumento da deman-da 
pelo ensino superior. 
Dados do IBGE (Institu-to 
Brasileiro de Geografia 
e Estatística) mostram que houve 
um grande aumento da popula-ção 
de 18 a 30 anos devido à alta 
taxa de natalidade dos anos 1980. 
Na década de 90, o Brasil teve 
um índice elevado de desempre-go, 
o que influenciou o incremen-to 
da educação formal no país, vis-to 
que era necessária uma melhor 
qualificação do empregado. 
A LDB (Lei de Diretrizes e Ba-ses 
da Educação Nacional) esta-beleceu, 
no artigo 4º, a obrigato-riedade 
e a gratuidade do ensino 
fundamental. Com isso, o gover-no 
viu a necessidade de univer-salizar 
também o ensino médio, 
o que teve efeitos no Ensino Su-perior. 
Outro fator foi a maior 
disponibilidade de financiamen-to 
estudantil e de bolsas de es-tudo, 
tais como o Financiamento 
Estudantil (FIES), criado pela Cai-xa 
Econômica Federal (CEF) em 
1999, e o Programa Universidade 
para Todos (ProUni), do Governo 
Federal, de 2004. 
Esses fatos levaram o BNDES 
a assinar, em agosto de 2009, um 
acordo com o MEC (Ministério da 
Educação) para o financiamen-to 
de IES denominado Programa 
de Melhoria do Ensino das Ins-tituições 
de Educação Superior. 
Nesse programa, o BNDS ofere-cia 
um orçamento de R$ 1 bilhão 
para as instituições beneficiárias, 
que deveriam atender uma sé-rie 
de requisitos para fa-zer 
parte do programa du-rante 
cinco anos. “Os itens 
financiáveis pelo Programa 
incluem, além de inves-timentos 
fixos, a reestru-turação 
financeira da IES, 
mediante apresentação de 
projeto de otimização ope-racional, 
com vistas a ga-rantir 
a sustentabilidade 
financeira da instituição”, 
afirmam Sécca e Leal. To-dos 
esses dados mostram 
em números a evolução do 
ensino superior brasileiro. 
IS O 14001 
O Ensino Superior Brasileiro 
Pesquisa apresenta dados de 1995 a 2009 
Texto: 
Isadora Soria Galvarro Zanini
NOTÍCIAS 
Artigo científico descreve uma nova estratégia de marketing decorrente da atual forma de ver o mundo 
Em 2004, foi publicado um artigo 
na Revista de Administração da 
UNIMEP que descreve um fato 
emergente que pode agregar um 
grande diferencial para empresas de 
todos os mercados: o marketing ver-de. 
A administração de empresas re-quer 
atualização constante dos seus 
conhecimentos. Atualmente, a fide-lização 
de um cliente com um pro-duto 
ou serviço já é quase inexisten-te: 
as demandas da sociedade estão 
cada vez mais específicas e voláteis, 
e o mercado competitivo se encon-tra 
cada vez mais homogêneo. Esse 
contexto influencia o desenvolvi-mento 
de pensamentos voltados 
para a inovação e a criação de ideias 
que se diferenciem e atendam a de-manda 
do mercado rapidamente. O 
artigo explica com clareza o marke-ting 
verde, no qual se faz imprescin-dível, 
além da criatividade, uma vi-são 
sistêmica do mercado em que a 
empresa está inserida. A compreen-são 
do mercado e de suas mudanças 
e a identificação de novas preferên-cias 
são essenciais para o sucesso de 
uma organização. 
Em que medida o que se com-pra 
prejudica o meio ambiente? 
Quanto a poluição gerada pelo cres-cimento 
descontrolado de tecno-logia 
afeta a saúde da população? 
O marketing ambiental surge como 
Texto: 
Júlia Grala Nogueira 
Leia mais: 
GIULIANI, Antônio. Marketing 
Ecológico: análise e 
tendências em um ambiente 
globalizado. RAU: Revista de 
Administração da UNIMEP, v. 
2, n. 1, Maio / Agosto – 2004. 
26 GIL em Revista - Novembro/2013 
uma solução para quem se encon-tra 
na área industrial de fornecimen-to 
de produtos e de serviços e possui 
necessidade de adequação a seus 
clientes, fornecedores e terceiros. As 
organizações que visam obter dife-renciação 
no mercado competitivo 
devem compreender integralmente 
o mercado consumidor, identificar 
necessidades, desejos e interesses e 
oferecer produtos que contemplem 
essas demandas de forma eficiente, 
rápida e diferenciada. 
A American Marketing Associa-tion 
(AMA) define marketing da se-guinte 
forma: “marketing é a execu-ção 
das atividades de negócios que 
dirigem o fluxo de bens e serviços do 
produto ao consumidor”. Antônio 
Giuliani, autor do artigo, sugere uma 
reformulação dessa definição, uma 
vez que o marketing atual tem uma 
função muito mais complexa e, cada 
vez mais, deve se orientar pela bus-ca 
da satisfação de longo prazo, além 
de novas formas de atuação deve-rem 
surgir para assegurar aos con-sumidores 
maior qualidade de vida 
e opções de empresas qualificadas 
no mercado. Além de modificar a vi-são 
do cliente e criar vantagem com-petitiva, 
a adoção de práticas verdes 
como reutilização de materiais, re-dução 
de desperdícios e respeito a 
normas ambientais reduz drastica-mente 
custos em longo prazo. Quan-do 
ocorrer uma associação positiva 
e confiável entre produto, empresa 
e sua postura ambiental, o marke-ting 
verde terá atingido seu objetivo. 
O empreendedorismo é um 
tema muito relevante, visto que mui-tas 
pessoas sonham ter seu próprio 
negócio, transformar a sua ideia em 
realidade e obter sucesso empresa-rial. 
Um estudo publicado em 2011 
por estudantes da Universida-de 
Paulista revela alguns aspectos 
importantes sobre os jovens em-preendedores. 
Entre os países da 
América Latina e do BRICS (Brasil, 
Rússia, Índia, China e África do Sul), 
o Brasil é o país que possui mais 
jovens empreendedores, seguido 
pelo Peru. 
No Brasil, o empreendedorismo 
é incentivado por empresas que auxi-liam 
jovens a se destacar no mercado. 
Muitas vezes, os jovens recebem gra-tuitamente 
apoio nas escolas ou por 
meio de cursos. Esse estudo também 
constatou que há uma grande taxa de 
desemprego entre os jovens, o que 
os leva a tornarem-se empreendedo-res 
por necessidade. Todavia, a maioria 
dos jovens brasileiros empreende por 
oportunidade. 
Em 2009, os mesmos estudantes 
realizaram um estudo no Brasil sobre a 
taxa de educação dos jovens empreen-dedores. 
Os resultados apontaram que 
mais da metade dos jovens empreen-dedores 
tem apenas entre 5 e 11 anos 
de estudo. Tais dados têm relação com 
o sucesso do negócio, pois muitos não 
possuem educação superior, não ob-tendo, 
assim, diversos conhecimen-tos 
necessários para o crescimento da 
empresa. É possível estabelecer dife-renças 
entre a formação do empreen-dedor 
por necessidade e a do que o 
faz por oportunidade, visto que aque-les 
que empreendem por oportunida-de 
têm maior estudo e consequente-mente 
maior sucesso do que os outros. 
Marketing verde 
Os jovens e o empreendedorismo 
Estudo revela a situação dos jovens empreendedores no Brasil 
Texto: 
Mariana Lyra de Almeida 
Leia mais: 
Bulgacov, Yára; Cunha, Sieglinde; 
Camargo, Denise; Meza, Maria 
Lúcia; Bulgacov, Sergio. Jovem 
empreendedor no Brasil: a 
busca do espaço da realização 
ou a fuga da exclusão? São 
Paulo: Universidade Estadual 
Paulista. 2011.
Da inovação ao Open Innovation 
A inovação é essencial para que as empresas ganhem maior destaque no mercado 
GIL em Revista - Novembro/2013 27 
O conjunto de normas ISO 
14000 garante a uma empre-sa 
um certificado de obten-ção 
de um Sistema de Gestão Am-biental, 
assegurando que ela trata, de 
maneira devida, seus resíduos pro-dutivos 
e certificando-a dentro das 
leis ambientais. Atualmente o cresci-mento 
de empresas que aderiram ao 
conjunto de normas ambientais ISO 
14000 vem crescendo. Hubert Sch-mitz, 
pesquisador da área de gestão 
ambiental, afirma que, na medida 
em que multinacionais criam barrei-ras 
burocráticas ambientais para im-portação 
e exportação, as empresas 
se veem obrigadas a adequarem-se 
a essa normatização, que garante um 
cuidado ambiental e uma “imagem 
verde” à empresa, gerando também 
vantagem competitiva. 
Para entender o nível de ganhos 
competitivos obtidos através da certi-ficação, 
o pesquisador Alex Coltro, da 
Universidade de São Paulo (USP), re-alizou 
uma pesquisa quantitativa de 
amostragem não aleatória, entrevis-tando 
um total de 68 participantes, 
dos quais 53% atuam em empresas 
certificadas, e 47%, em organizações 
em processo de certificação. Dentre os 
entrevistados, 24% constataram que a 
implantação da ISO 14000 não gerou 
abertura para novos mercados, 68% 
disseram que sua empresa alcançou 
novos negociantes, e os demais não 
souberam responder. Quanto à vanta-gem 
competitiva, 13% responderam 
não notar tal mudança em sua empre-sa, 
enquanto 85% afirmaram percebê- 
-la. 2% não tinham essa informação. 
A redução de custos – uma van-tagem 
competitiva já apontada por 
Cyro Eyer Valle no livro “Qualidade 
ambiental: como ser competitivo pro-tegendo 
o meio ambiente” – foi de até 
10% para mais da metade dos entre-vistados. 
Ao contrário, mais de 20% 
dos informantes afirmaram que não 
houve redução de custos em sua em-presa. 
A pesquisa de Alex Coltro mos-tra 
que a implantação da norma pode 
trazer vantagem competitiva, mas, 
devido a diferentes respostas dos en-trevistados, 
ainda há uma série de 
possibilidades a serem investigadas. 
Deve-se, por exemplo, tentar enten-der 
os reais impactos da aplicação da 
ISO 14000 à medida que seu número 
de certificações vem crescendo anu-almente, 
como demonstra o relatório 
ISO Survey de 2010. Seus dados mos-tram 
também que o Brasil teve o sé-timo 
maior crescimento de certifica-ções 
no mundo, apresentando em 
2010 um aumento de 1.488 empresas 
certificadas. Além disso, o relatório re-velou 
um número de 250.972 de em-presas 
certificadas no mundo, estan-do 
a China com o maior número delas, 
um total de 69.784 certificações. 
IS O 14000 
Afinal, essa certificação ajuda a obter vantagem competitiva? 
Texto: 
Moacir Bilhar Costa Junior 
Leia mais: 
COLTRO, Alex. Sistema de 
certificação ISO 14000: ganhos 
competitivos. São Paulo: 
Universidade de São Paulo, 
2005. 
SCHMITZ, Hubert. Eficiência Coletiva: 
caminho de crescimento para 
a indústria de pequeno porte. 
Ensaios FEE, Porto Alegre, v.18, 
n.2, 1997, p.164-200. 
VALLE, Cyro Eyer do. Qualidade 
ambiental: como ser 
competitivo protegendo o meio 
ambiente (como se preparar 
para as Normas ISO 14000). São 
Paulo: Pioneira, 1995. 
International Organization for 
Standardization. ISO Survey. 
Disponível em: http://www. 
iso.org/iso/iso-survey2010.pdf. 
Acesso em: 22/06/2013. 
No ano de 2011, foi produzido 
um artigo sobre a evolução do pro-cesso 
de inovação a partir da visão do 
economista e administrador Joseph 
Schumpeter e sobre um novo modelo 
de inovação, chamado Open Innova-tion. 
O artigo, publicado pela PUC-SP 
(Pontifícia Universidade Católica de 
São Paulo) e escrito por Adriana dos 
Santos, Cintia Fazion e Giuliano Me-roe, 
foi denominado “Inovação: um 
estudo sobre a evolução do conceito 
de Schumpeter”. 
Desde o início do século XX, a ino-vação 
tem sido tema de Schumpeter, 
que afirma que o desenvolvimento eco-nômico 
se constitui a partir de mudan-ças 
ocorridas na vida econômica das 
pessoas. O economista acredita que, 
devido à competitividade, é necessário 
que as empresas ganhem maior desta-que 
no mercado, e um dos principais 
caminhos para isso é a inovação. 
O modelo capitalista evoluiu com 
o passar do tempo, acarretando uma 
oscilação entre a oferta e a demanda 
de bens e serviços que gerou uma ne-cessidade 
de inovar e conquistar no-vos 
mercados. Nesse contexto, a tec-nologia 
representa uma oportunidade 
de crescimento econômico; por isso, 
as corporações passam a investir na 
conquista de novas tecnologias, novos 
conceitos, novos modelos de gestão, 
novas pessoas e novas ideias. 
No ano de 2003, Henry Ches-brough 
instituiu o conceito do Open 
Innovation, um processo de aplica-ção 
da inovação em ambientes exter-nos 
e internos aos da empresa. Con-forme 
citação dos autores do texto, “a 
inovação aberta é a mudança do mo-delo 
adotado atualmente por mui-tas 
empresas, conhecido como inova-ção 
fechada, que defende a ideia da 
retenção dos recursos internos, as-sim 
como o não uso (ou pouco uso) 
dos recursos externos, além de ser 
uma evolução da teoria schumpete-riana”. 
Assim, é possível perceber que 
tal prática possui dois objetivos prin-cipais: 
adquirir recursos externos ao 
da empresa e propiciar que recursos 
internos não utilizados pela empre-sa 
sejam usados em ambientes exter-nos 
ao da organização, para que ou-tras 
possam aproveitá-los. 
Esse novo modelo de inovação 
surgiu em virtude de os processos 
de inovação fechada não serem su-ficientes 
para a crescente globaliza-ção. 
Quando o processo de criação e 
de inovação se esgota no interior da 
empresa, é necessário que se bus-quem 
externamente novas maneiras 
de aplicá-las. 
Texto: 
Patrícia Machado Garcia 
Leia mais: 
SANTOS, Adriana, FAZION, Cíntia, 
MEROE, Giuliano. Inovação: 
um estudo sobre a evolução 
do conceito de Schumpeter. 
Revista PUC-SP, vol. 5, n. 1, 
2011.
NOTÍCIAS 
A psicologia vem sendo cada 
vez mais valorizada pelos ra-mos 
administrativos e espor-tivos. 
As equipes têm procurado, 
nos últimos tempos, executar ações 
psicológicas com indivíduos e gru-pos, 
visto que essa nova forma de 
lidar com os membros vem sendo 
aprovada e trazendo resultados sig-nificativos. 
Ainda que a implemen-tação 
da psicologia possa trazer be-nefício 
para as organizações, há 
certa resistência por parte daque-les 
que não têm o conhecimento 
necessário dessa nova abordagem. 
Segundo o artigo “Psicologia 
do Esporte e jovens tenistas: Rela-to 
de uma experiência”, publicado 
por Mariana Hollweg Dias e Mar-co 
Antônio Pereira Teixeira na revis-ta 
Psico, a maior difusão da Psicolo-gia 
do Esporte ocorre em relação ao 
esporte de alto nível ou alto rendi-mento. 
Em função do elevado índi-ce 
de aperfeiçoamento de técnicos 
e de atletas, perceberam-se com-portamentos 
de origem psíquica 
que favoreciam alguns esportistas, 
o que motivou o início das investi-gações 
dos fenômenos psicológicos 
relacionados à prática esportiva. 
Nesse sentido, a Psicologia repre-senta 
uma importante ferramenta 
para a otimização da performance. 
Já Tiago Nicola Lavoura, Mar-celo 
Callegari Zanetti e Afonso An-tônio 
Machado, autores do artigo 
28 GIL em Revista - Novembro/2013 
“Os estados emocionais e a impor-tância 
do treinamento psicológico 
no esporte”, abordam o treinamen-to 
das habilidades psicológicas, que 
é, frequentemente, negligencia-do 
pela maioria das equipes e fun-cionários, 
devido à falta de conhe-cimento, 
à percepção de falta de 
tempo ou à crença de que habili-dades 
psicológicas são inatas e não 
podem ser ensinadas. Para os au-tores, 
isso é um gravíssimo erro, já 
que as questões psicológicas estão 
presentes em todas as sessões de 
treinamento e competições, faltan-do 
apenas um adequado direciona-mento 
das ações para que elas se-jam 
efetivamente resolvidas. 
Psicologia do esporte 
Artigos salientam sua importância na capacitação dos atletas 
Texto: 
Pedro Bergamaschi de Oliveira 
Leia mais: 
LAVOURA, Tiago Nicola, 
ZANETTI, Marcelo Callegari, 
MACHADO, Afonso Antônio. 
Os estados emocionais e a 
importância do treinamento 
psicológico no esporte. 
Motriz, Rio Claro, v.14, n.2, 
p.115-123, abr./jun. 2008. 
DIAS, Mariana Hollweg, TEIXEIRA, 
Marco Antônio Pereira. 
Psicologia do Esporte e 
jovens tenistas: relato de 
uma experiência. Revista 
Psico, v. 37, n. 2, pp. 191-198, 
maio/ago. 2006. 
De que maneira a opi-nião 
pública pode influenciar 
a indústria, positiva ou ne-gativamente? 
É possível que 
tal influência faça com que 
as empresas comecem a pro-duzir 
alimentos que agradem 
aos consumidores sem preju-dicar 
sua saúde? 
Eduardo Spers, Défio Zyl-bersztajn 
e Cláudio Macha-do 
fizeram um estudo sobre 
o papel que as pessoas de-sempenham 
no rumo das em-presas 
alimentícias. O artigo, 
publicado em 2004, descre-ve 
quais ações públicas e pri-vadas 
podem surgir para pro-porcionar 
produtos de maior 
qualidade. As empresas de-vem 
respeitar certas nor-mas 
de qualidade, não ofere-cer 
riscos à saúde e obedecer 
a certos princípios: na indús-tria 
alimentícia, não seria di-ferente. 
Vernon Smith e Lawren-ce 
White, citados no artigo, 
afirmam que os princípios das 
instituições interferem na es-colha 
do consumidor, a qual, 
por sua vez, resulta no melhor 
(ou pior) desempenho econô-mico. 
O estudo de 2004 mos-trou, 
em sua essência, como o 
consumidor tem um papel im-portante 
na economia, pro-porcionando 
feedbacks e rei-vindicando 
seus desejos. 
Indústria alimentícia 
O que um consumidor crítico pode mudar em uma indústria? 
Texto: 
Rubem Carlos Klein Júnior 
Leia mais: 
SPERS, Eduardo E., ZYLBERSZTAJN, Décio, 
MACHADO, Cláudio A. P. F. O Papel 
Público e Privado na Percepção do 
Consumidor sobre a Segurança dos 
Alimentos. Impulso, Piracicaba, vol. 
15, n. 36: 45-57, 2004.
A motivação na comunicação do líder 
A comunicação de um líder contribui com o melhor atingimento de metas, resultados e produtividade 
Hoje em dia, temos mui-tas 
formas de receber in-formações, 
mas nem sem-pre 
estamos nos comunicando. 
Muitas informações que são 
produzidas e passadas aos fun-cionários 
(feedbacks) pelos seus 
líderes geram mudanças de atitu-des 
não são transmitidas de for-ma 
adequada. Além disso, muitas 
vezes a informação não chega à 
pessoa certa, gerando ao líder um 
grande problema com o seu grupo. 
Um trabalho de con-clusão 
de curso feito em 
dezembro de 2007 em Bra-sília, 
na Fundação Institu-to 
de Administração, mos-trou 
que a comunicação 
pode ser definida como tor-nar 
algo comum. Além dis-so, 
a comunicação tem uma 
missão de socializar os in-divíduos, 
pois o ser huma-no 
necessita da vivência em 
sociedade. Uma boa comu-nicação 
é necessária para a 
eficiência de qualquer em-presa 
ou organização. Muitas ve-zes, 
a falta dela gera problemas 
para o bom desempenho de um 
grupo. A comunicação precisa ser 
compreendida, quando passa-da 
pelo líder aos seus liderados. 
Quando esse processo ocorre, há 
uma satisfação do liderado. Um lí-der 
deve possuir habilidades para 
dirigir o seu grupo, sendo uma de-las 
a comunicação, que motiva to-dos 
os que estão a sua volta e me-lhora 
o processo da organização. 
Segundo os autores do traba-lho, 
Maria Beatriz Bastos Barreto e 
Sólon Lopes Pereira, quando esta-mos 
motivados, temos mais dispo-sição 
para fazer um trabalho bem 
feito, satisfazendo cada indivíduo. 
Quando uma necessidade não nos 
satisfaz, acaba gerando uma ten-são 
maior, mas, quando aconte-ce 
o contrário, proporciona moti-vação, 
estimulando o grupo para 
atingir as devidas metas. 
A motivação pode ser defini-da 
como um impulso a uma 
ação que aconteceu ou que 
vai acontecer. Por se tratar 
de impulso ou de necessi-dade, 
pode-se dizer que é 
originada basicamente no 
interior dos indivíduos. Por 
esse motivo, quando um 
bom líder consegue chegar 
a esse ponto com os seus li-derados, 
passa confiança, 
respeito e segurança, moti-vando 
cada vez mais o seu 
grupo em rumo de melho-res 
resultados. 
Texto: 
Taís Barreto Nunes 
Leia mais: 
BLIKSTEIN, Izidoro. Técnicas de 
Comunicação Escrita. São 
Paulo: Ática, 2003. 
Patrocínio esportivo 
Eventos que levam multidões aos estádios se tornam poderosos mercados a se investir 
GIL em Revista - Novembro/2013 29 
Com a realização da Copa 
das Confederações e a aproxi-mação 
da Copa do Mundo de 
Futebol, muito se fala sobre a 
organização das cidades e so-bre 
a estrutura que iremos for-necer 
aos visitantes estrangei-ros. 
Porém, um assunto que 
ainda é pouco abordado é o 
patrocínio esportivo. Por que 
um mercado de tanto poten-cial 
ainda é tão pouco estuda-do 
em nosso país? 
Phil Schaaf, no livro Sports 
Marketing, not just a game 
anymore, define o patrocínio 
esportivo como “um mecanis-mo 
de promoção através do 
qual os esportes penetram nos 
mercados de consumo de for-ma 
a criar publicidade e lucro 
para compradores corporati-vos 
e participantes”. As mar-cas 
e os produtos utilizam os 
eventos esportivos como fer-ramenta 
de promoção. Assim, 
segundo Wesley Cardia no li-vro 
“Marketing e Patrocínio 
Esportivo”, o patrocínio es-portivo 
é um investimento que 
uma entidade pública ou pri-vada 
faz em um evento espor-tivo, 
atleta ou grupo de atletas 
com a finalidade de atingir pú-blicos 
e mercados específicos, 
recebendo de volta uma série 
de vantagens encabeçadas por 
incremento de vendas, promo-ção, 
melhor imagem e simpa-tia 
do público. 
Atualmente, o mercado do 
patrocínio esportivo no futebol 
movimenta cifras que ultrapas-sam 
a casa dos sete dígitos no 
Brasil. Tais valores fazem com 
que essa temática necessite 
de um maior envolvimento por 
parte da área da Administração, 
principalmente nas estratégias 
das empresas, no marketing 
esportivo e no estudo sobre o 
comportamento do consumi-dor, 
afirma Rafael Zunino. 
Por isso, se uma pessoa 
deseja se tonar um investidor, 
ter maior conhecimento sobre 
a área se torna de suma im-portância. 
Com a aproxima-ção 
dos grandes eventos, o 
Brasil será o centro das aten-ções 
na esfera esportiva. Por 
isso, quanto maior for o domí-nio 
sobre o marketing espor-tivo, 
mais frutíferos serão os 
retornos obtidos com os inves-timentos. 
Texto: 
Felipe da Rocha Stumpf 
Leia mais: 
CARDIA, Wesley. Marketing e 
Patrocínio Esportivo. Porto 
Alegre: Bookman, 2004. 
SCHAAF, Phill. Sports Marketing, 
not just a game anymore. 
Amherst: Prometeus Books, 
1995. 
ZUNINO, Rafael. Comportamento 
de Compra de Torcedores 
de Clubes de Futebol: Um 
Estudo da Aquisição de 
Produtos dos Patrocinadores. 
Encontro de Marketing, 
EMA, 2006.
NOTÍCIAS 
O uso da técnica em um estudo sobre café 
Em uma pesquisa científica, são 
utilizadas várias metodologias 
para alcançar resultados preci-sos. 
Um desses métodos é a técnica 
de laddering, que procura entender 
como os consumidores traduzem 
atributos em valores inerentes a 
cada produto. 
Segundo Thomas Reynolds e 
Jonathan Gutman, especialistas em 
laddering, para fazer uso dessa téc-nica 
são necessárias duas etapas bá-sicas. 
Elas se dividem em coleta de 
dados e em sua interpretação. Para 
obtê-los, o entrevistador deve ela-borar 
perguntas que busquem en-tender 
o motivo pelo qual o consu-midor 
gera valor sobre um produto. 
Ao término da entrevista, adquire-se 
uma sequência A-C-V, que são, res-pectivamente, 
atributos, consequên-cias 
e valores. 
Essa técnica pode ser verificada 
no artigo “Sabor e bem-estar: uma 
relação entre atributos de produ-to 
Texto: 
Vinícius Rocha Morellato 
Leia mais: 
PIMENTA, Márcio Lopes et. all. Sabor 
e bem-estar: uma relação 
entre atributos e valores 
pessoais de consumidores 
de marcas regionais de café. 
Brazilian Business Review, v.9, 
n.3, Vitória, jul.-set. 2012, p. 
122–144. 
REYNOLDS, Thomas, GUTMAN, 
Jonathan. Laddering theory, 
method, analysis, and 
interpretation. Journal of 
Advertising Research, February- 
March 1998. 
30 GIL em Revista - Novembro/2013 
e valores pessoais de consumido-res 
de marcas regionais de café”, de 
Márcio Lopes Pimenta e colegas, pu-blicado 
em setembro de 2012. Ten-do 
em vista o grande consumo de 
café pelos brasileiros, os pesquisado-res 
foram a campo buscar por que os 
consumidores utilizam um café re-gional 
em vez de cafés nacionais ou, 
até mesmo, internacionais. 
A análise de dados realizada 
por pesquisadores possibilitou con-cluir 
que os consumidores de cafés 
preferem as marcas regionais, pois 
elas são mais fortes e puras. Além 
disso, segundo o estudo, com o café 
mais forte, a pessoa fica mais dispos-ta 
na realização de suas tarefas. En-trevistados 
ainda relatam que alguns 
cafés não regionais apresentam em 
sua composição cereais, folhas e até 
mesmo galhos, enquanto os cafés de 
suas respectivas regiões seriam pu-ros 
e conteriam somente café. 
As empresas familiares têm, 
em sua origem e em sua gerência, 
pessoas da mesma família, repre-sentando 
80% do mercado mun-dial 
e sendo responsáveis por 60% 
dos empregos gerados, de acordo 
com Robert G. Donnelley. No en-tanto, 
apenas 25% das empresas 
familiares conseguem sobreviver 
à mudança de geração, e menos 
de 10% conseguem passar da ter-ceira 
sucessão. 
Por muitas vezes, as empre-sas 
se veem obrigadas a entrar 
no processo de sucessão familiar. 
Tanto o tempo quanto imprevistos 
são fatores que podem dar início 
ao processo, que pode acarretar 
diversos riscos incluindo a sua so-brevivência 
no mercado. Confor-me 
livro de Domingos Ricca, esse 
processo deve ser planejado com 
antecedência a fim de obter um 
melhor resultado, para que o su-cessor 
seja capaz de agir e de sa-ber 
enfrentar os problemas do dia 
a dia, tendo pleno conhecimento 
da empresa e do mercado onde 
está inserida. 
A escolha do sucessor deve 
ser trabalhada para que não ocor-ram 
conflitos que comprometam 
a relação entre os familiares, evi-tando 
processos que possam ge-rar 
grandes perdas na empresa. 
Segundo publicação de Garcia, 
uma sucessão bem estruturada 
deve focar-se na empresa, visan-do 
evitar conflitos oriundos de ci-úmes 
ou de má administração na 
gestão financeira. 
Laddering 
Sucessão familiar 
De que maneira devemos lidar com isso? 
Texto: 
Willian Henzel Gossler 
Leia mais: 
DONNELLEY, R. G. A Empresa 
Familiar. RAE (Revista de 
Administração de Empresas), 
v. 7, n. 23, abr.-jun., 1967. 
GARCIA, V. P. Desenvolvimento 
das famílias empresárias. 
Rio de Janeiro: Qualitymark, 
2001. 
RICCA, Domingos. Sucessão na 
empresa familiar: conflitos 
e soluções. Cla Editora: São 
Paulo, 2007.
Sistema brasileiro de patentes 
Estudo ressalta que o sistema brasileiro de patentes possui brechas 
Existe uma série de questiona-mentos 
e indagações a res-peito 
do uso das patentes e 
das informações nelas contidas. 
Patentes impulsionam ou freiam 
inovações? É possível medir o ní-vel 
tecnológico de um país a par-tir 
de suas patentes? É nessas dú-vidas 
que se baseia o artigo “Uso 
da informação contida em paten-tes 
nos países em desenvolvimen-to”, 
de Vânia Araújo. 
O artigo enfatiza que um sis-tema 
de patentes como o brasi-leiro 
abre portas para que a con-corrência 
externa entre no país e 
nele estabeleça raízes comercias. 
Ressalva-se também a importân-cia 
das patentes, visto sua neces-sidade 
de ressarcir inventores e 
investidores, de maneira justa, 
pelo trabalho e tempo na inven-ção 
gastos. Protegendo tais inven-tos 
e impulsionando o mercado, a 
patente representa uma forma de 
circulação de tecnologia e possi-bilita 
medir em qual nível se en-contra 
o país, portanto. 
Por fim, Vânia afirma, em 
seu artigo, que os registros de 
patentes são grande fonte de co-nhecimento, 
pois possuem des-crições 
detalhadas que caracteri-zam 
o produto em questão. Após 
o tempo destinado ao inventor 
de uso exclusivo, diversas orga-nizações 
podem acessar tal in-formação 
e reproduzi-la, porém, 
mais importante do que isso, 
melhorá-la, impulsionando uma 
nova onda de crescimento e não 
restando dúvidas de que tais es-forços 
em P&D, utilizando infor-mações 
contidas em patentes, 
podem dar ao Brasil um grande 
impulso econômico. 
Texto: 
Felipe Estrada Scozziero 
Leia mais: 
ARAÚJO, Vânia Maria 
Rodrigues Hermes. Uso 
da informação contida em 
patentes nos países em 
desenvolvimento. Ci. Inf., 
13(1): 53-6, jan./jun. 1984.
NOTÍCIAS 
Problemática das empresas familiares 
Divergência e convergência dos problemas de sucessão 
Um estudo realizado com 89 em-presas 
criadas por jovens, publicado 
em 2008 por professores de Adminis-tração 
e intendentes de empreende-dorismo, 
revelou as dificuldades do 
processo empreendedor. Os resulta-dos 
apontados são quatro: 
• na maior parte dos casos, os jo-vens 
criam suas empresas em equipe; 
• começam com um capital ini-cial 
menor que os empreendedores 
de 35 anos ou mais; 
• precisam atravessar um pro-cesso 
de criação empresarial que dura, 
em média, mais de dois anos; 
• desempenham funções em to-das 
as áreas da administração – muitas 
vezes para as quais têm pouca ou ne-nhuma 
formação e experiência. 
Segundo Felipe, Ana Luísa e Ri-vanda, 
jovens empreendedores são 
pessoas entre 18 e 34 anos que ini-ciam 
uma empresa. Esse processo 
pode ser dividido em cinco etapas: 
Existência, Sobrevivência, Sucesso, 
Crescimento e Maturidade. Essas eta-pas 
não tratam apenas do processo de 
criação, mas também do ciclo de vida 
empresarial completo. 
Na pesquisa realizada, o proces-so 
de criação empresarial é dividido 
em oportunidades e necessidades, ha-vendo 
processos voluntários e invo-luntários. 
A grande maioria dos infor-mantes, 
segundo o estudo, começou 
a empreender a partir de uma análise 
de mercado. 
Os jovens encontram mais resis-tência 
em redigir planos de negócio 
32 GIL em Revista - Novembro/2013 
que os outros empreendedores. As 
principais barreiras para isso são a aná-lise 
do mercado, o tempo hábil, a ela-boração 
do plano financeiro, o saber 
fazer e o acesso a informações. Talvez 
em razão do nível elevado de dificulda-de 
que encontram para elaborar o pla-no 
de negócio, eles acabam por levar, 
aproximadamente, o dobro do tem-po 
para finalizá-lo em relação a outros 
empreendedores. 
Outro empecilho enfrentado é 
a mobilização de recursos financeiros 
para criar sua empresa. Devido à pou-ca 
idade, eles não acumulam, em ge-ral, 
o capital necessário para criá-la, 
tampouco adquirem bens de modo a 
oferecer como garantia para conseguir 
empréstimos. Esse motivo os leva a re-correrem 
à ajuda da família e de ami-gos, 
ao chamado capital de proximida-de. 
Os dados apontam que 48% dos 
jovens buscam esse recurso. 
Por não possuírem experiência, 
jovens empreendedores se deparam 
com outros entraves, tais como o re-gistro 
legal da empresa, a contratação 
de empregados e o desenvolvimen-to 
do primeiro produto ou serviço. O 
processo de desenvolvimento empre-sarial 
é longo. Em média, precisam de 
27 meses, após o registro da empresa, 
para alcançar o ponto de equilíbrio. 
Ao abrirem um negócio, esses 
jovens precisam fazer de tudo, des-de 
produzir até administrar. Para isso, 
múltiplas competências são necessá-rias. 
São poucos os que, ao abrirem 
uma empresa, já possuem alguma ex-periência 
com o cargo de direção. Ao 
menos 50% dos jovens, entre 18 e 24 
anos, empreendem sem ter nenhuma 
experiência administrativa anterior. 
Assim, observa-se que, no come-ço, 
os jovens obtêm menos sucesso do 
que empreendedores com mais expe-riência, 
o que acontece por eles não 
serem experientes e por não possuí-rem 
muitos recursos financeiros. Por-tanto, 
recomendam-se algumas dicas 
aos jovens empreendedores: 
• é preciso recorrer, desde o iní-cio 
do processo de criação, ao apoio de 
pessoas com experiência na criação e 
gestão de empresas; 
• é fundamental adquirir conhe-cimento 
e experiência nas diferentes 
áreas da administração, se possível an-tes 
do início da criação de uma peque-na 
empresa; 
• é bom se prepararem para um 
processo longo e que pode levar mais 
de dois anos até chegar ao equilíbrio 
financeiro, por isso mobilizar os recur-sos 
necessários e ser perseverante é 
um dever; 
• por fim, é importante que pro-curem 
conhecer bem o mercado em 
que pretendem atuar e, desde o início, 
interajam com clientes em potencial. 
Essa interação pode alimentar os 
jovens com informações vindas direta-mente 
de possíveis compradores e/ou 
consumidores dos produtos que pre-tendem 
comercializar. 
Empreendedorismo 
A forma como os jovens e os mais velhos criam uma empresa é semelhante? 
Texto: 
Guilherme de Souza Fetter 
Leia mais: 
BORGES, Cândido, FILION, Louis 
Jacques, SIMARD, Germain. 
Jovens empreendedores e o 
processo de criação de novas 
empresas. RAM (Revista de 
administração Mackenzie), v. 
9, n. 8, Edição Especial, nov./ 
dez. 2008. 
CARVALHAL, Felipe, LEÃO, Ana 
Luísa, TEIXEIRA, Rivanda 
Meira. Empreendorismo 
Jovem: Perfil e Motivações 
de Empreendedores em 
Aracaju, Sergipe. RPCA, Rio 
de Janeiro, v.6, 2012. 
Você sabia que, no Bra-sil, 
a maior parte das em-presas 
são familiares? Se-gundo 
o SEBRAE, esse número 
chega a 90% de todas 
as empresas brasilei-ras, 
representando, 
assim, uma boa 
parte da econo-mia 
do país. Ten-do 
em vista que 
o número de em-presas 
familiares é 
tão grande, dois pes-quisadores 
– José Elias 
Flores Jr. e Carmem Lígia Iochins 
Grisci – decidiram analisar os di-lemas 
entre pais e filhos criados 
no processo sucessório de em-presas 
familiares. 
Durante sua bus-ca 
pelos dilemas, os 
pesquisadores cons-tataram 
que, mui-tas 
vezes, o que 
mais preocupa os 
pais empresários 
são as questões re-ferentes 
à vida e à 
morte, enquanto, para 
os filhos, o maior temor se relacio-na 
à legitimação pessoal. Os estu-diosos 
afirmam que “a vivência de 
dilemas dos pais é fonte de sofri-mento 
para os filhos e vice-versa”. 
Os pesquisadores, em sua 
análise, chegaram à conclusão de 
que todos os dilemas da sucessão 
carregam o peso dos conceitos 
de “viver” e de “morrer”, sejam 
eles literais ou simbólicos. Des-sa 
maneira, a sucessão pode ser 
considerada um sofrimento rela-cionado 
à vida e à morte de seu 
administrador. 
Texto: 
Carlos Alberto Spinelli 
Leia mais: 
FLORES JR., José Elias, GRISC, 
Carmem Lígia lochins. 
Dilemas de Pais e Filhos 
no Processo Sucessório de 
Empresas Familiares. XXXIV 
Encontro da ANPAD, Rio de 
Janeiro, 2010.
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Revista dos 10 anos do curso de graduação Administração: Gestão para Inovação e Liderança - Unisinos

  • 1. Quem faz o GIL hoje Estes alunos representam todos os já formados pelo curso em seus dez anos! E quem serão os próximos? GIL EM REVISTA PUBLICAÇÃO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO: GESTÃO PARA INOVAÇÃO E LIDERANÇA (GIL) DA UNISINOS SÃO LEOPOLDO - RS - NOVEMBRO/2013
  • 2.
  • 3. EDITORIAL / SUMÁRIO Garrafa ao mar ENTREVISTAS Dono do próprio nariz ...........................4 Conversa com os coordenadores ..........5 O que diz um empregador de aluno do GIL .....................................6 Inovação e liderança no mercado atual ..................................8 Crossing international borders ............10 REPORTAGENS Uma experiência na Coreia do Sul .......11 GIL Alumni............................................12 Mas, afinal, por que escolhemos o GIL? ...............................13 Intercâmbio ao Chile: inesquecível ......14 Por dentro do GIL ................................16 Dez anos do GIL! E rumo aos próximos dez! ...................18 E o GIL daqui a dez anos? ....................20 NOTÍCIAS..............................................22 GIL em Revista - Novembro/2013 3 O que poderia ser melhor para um curso na comemoração de seus dez anos do que en-tregar à comunidade interna e à co-munidade externa a segunda edição de uma revista planejada e produzi-da por seus alunos em seu primeiro ano de formação? Esta segunda edi-ção da GIL em Revista é o resultado do trabalho de sete alunos do cam-pus de Porto Alegre e de dezessete alunos do campus de São Leopoldo. Sua produção, desenvolvida na ofici-na de Comunicação e Expressão, ini-ciou no Programa de Aprendizagem 1 (PA1) e foi concluída no Programa de Aprendizagem 2 (PA2). Neste ano, à diferença da pri-meira edição, entrevistas e reporta-gens são alusivas aos dez anos do curso. Assim, uma das reportagens aborda os diferenciais consolidados do GIL em sua trajetória enquan-to outra audaciosamente faz proje-ções sobre os próximos dez anos do curso na perspectiva de professores. Além disso, uma entrevista com to-dos os coordenadores do GIL lhes dá voz sobre a idealização e a histó-ria do curso, sobre o perfil dos alu-nos e sobre as principais caracterís-ticas do GIL. Idealizado por um grupo de pro-fessores que examinaram a área da administração ao longo de duzentos anos, o GIL foi concebido em função das competências e das habilidades necessárias ao gestor da atualidade. E, para dar conta da inovação e da liderança, o GIL não poderia se fur-tar de ser inovador em sua essên-cia e de garantir a formação de líde-res ao longo de todo o processo. E os próximos dez anos? Não há certezas sobre um dos cursos mais inovado-res do Brasil. A não ser que ele con-tinuará se adaptando ao mercado e ao mundo, cuja realidade comple-xa é constituída pela transformação constante. GIL em Revista é uma publicação experimental direcionada aos alunos e aos professores do curso de Administração: Gestão para Inovação e Liderança (GIL) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Esta edição foi produzida por alunos das duas turmas – São Leopoldo e Porto Alegre – do ano de 2013 do GIL. Coordenação do Curso: Janaína Pimenta Lemos Becker e Marcelo Jacques Fonseca. REDAÇÃO – Professora orientadora: Janaína Pimenta Le-mos Becker. Alunos: Arthur Chini Pogere, Carlos Alberto Spinelli, Daniel Aliatti Mayer, Eduardo Rabaioli Ghisleni, Emilliano Ribeiro Pontes Scalon Santos, Fe-lipe da Rocha Stumpf, Felipe Estrada Scozziero, Felipe Picolli Morsch, Fellipe Riffel, Frederico Henrique Bücker Conterato, Guilherme de Souza Fetter, Guilher-me Hobold Roeben, Isadora Soria Galvarro Zanini, Júlia Grala Nogueira, Mariana Lyra de Almeida, Moacir Bilhar Costa Junior, Patrícia Machado Garcia, Pedro Bergamaschi de Oliveira, Rafael Fischborn Bohrer, Rubem Carlos Dal Santo Klein Júnior, Taís Barreto Nunes, Vinícius Rocha Morellato, Willian Henzel Gossler e Yana Tomasoni de Bastos. Colaboração: Alexandre Pereira, Alfredo Fedrizzi, Aline Jaeger, Augusto Fontanelli Loureiro, Cristiane Carbonell Rabello, Danie-la Pontes, Fernando Bitencourt Patias, Gustavo Severo de Borba, Marcello Quintieri, Rodrigo Picolli Morsch. ARTE: Agência Experimental de Comunicação da Unisinos (Agexcom). Projeto gráfico: jornalista Marcelo Garcia. Diagramação: estagiário Leonardo Rampon Patikowski. AGRADECIMENTOS: agradeci-mentos especiais aos coordenadores do primeiro e do segundo programas de aprendizagem de 2013 (professores Ana Karina Marimon da Cunha e Márcio Schweig) e aos patrocinadores desta edição da GIL em Revista (Flytour, Magento / E-Smart, UNISINOS / MBAs e Especializações, IPM, IsoService e Makena). GIL EM REVISTA ARQUIVO PESSOAL ARQUIVO PESSOAL Janaína Pimenta Lemos Becker Marcelo Jacques Fonseca Professores coordenadores
  • 4. ENTREVISTA Dono do próprio nariz Em entrevista, egresso do GIL conta a experiência de abrir o próprio negócio após a conclusão do curso Texto: Arthur Chini Felipe Stumpf Rodrigo Morsch, egresso do GIL, é um exemplo dos ex-alunos que abriram seu próprio negócio. Ao se formar em 2011, Rodrigo, junto ao seu colega Bruno Henkel, for-mado em 2010, teve a ideia de abrir uma em-presa, enfrentando, segundo ele, diversos de-safios pela falta de experiência no que diz respeito a empreender. “Ser dono de seu próprio nariz” era algo que Rodrigo prezava muito. Surgia então, no ano de 2011, a Contemplato, empresa que começou com a ideia de fornecer presentes empresariais. Com o passar do tempo, mudou seu foco, tornan-do- se uma empresa especializada em Marketing de Incentivo. Atualmente, atua a partir de uma análise da demanda da empresa, criando uma sé-rie de incentivos com o propósito de criar e de gerir toda uma campanha de marketing para ela. A Contemplato, até o começo deste ano, era encubada no polo tecnológico da UNISINOS. Se-gundo Rodrigo, a incubadora foi algo essencial para que a empresa conseguisse se estabelecer no mercado. O fato de ter apenas 22 anos e pou-ca experiência em relação ao conhecimento de economia e de gestão era algo que poderia preju-dicar Rodrigo e seu sócio. Por isso, a empresa es-tar encubada na Unitec foi algo essencial para sua sobrevivência, pois, segundo Rodrigo, foi uma forma de melhorar a imagem dela. Rodrigo afirma que criar seu próprio negó-cio foi como voltar a estudar, pois teve que tratar de assuntos que, na prática, são mais complexos daqueles que havia estudado no curso. Ainda as-sim, as bases teórica e prática adquiridas no GIL o 4 GIL em Revista - Novembro/2013 ajudaram bastante, mas ressalta que só a experi-ência poderá dar a alguém o sucesso que se pro-cura. Se seu objetivo for empreender, persistên-cia, motivação e empenho deverão ser atitudes presentes em seu dia a dia. Quando questionado sobre o tema empre-endedorismo, Rodrigo afirma que antigamen-te abrir seu próprio negócio era, de fato, algo fá-cil, pois a demanda por qualquer bem era maior do que a oferta. Para ele, atualmente inserir-se no mercado é algo complicado devido à grande solidificação e à concorrência que permeia qual-quer setor. Ele procura dar ênfase à questão de saber identificar as oportunidades que estão ao seu redor. “O mercado cresce cada vez mais; as-sim, centenas de oportunidades surgem a todo o momento. Cabe às pessoas identificarem tais oportunidades para, então, começarem tal ação empreendedora”, afirma o egresso do GIL. A Contemplato, empresa de Rodrigo Morsch e de Bruno Henkel, ambos egressos do GIL, estava encubada no polo tecnológico da UNISINOS até o começo deste ano Rodrigo W. Blum
  • 5. ENTREVISTA Conversa com os coordenadores Confira o que os coordenadores atuais e os ex-coordenadores falam sobre o GIL GIL em Revista - Novembro/2013 5 Texto: Isadora Zanini Os idealizadores do curso relembram... Gustavo Severo de Borba: “O primeiro fato marcante foi o lançamento do GIL, em que a Reitoria trazia um conceito diferente para os cursos da nova graduação. Outro fato importante ocorreu quando a comissão do MEC, em 2005, no final do terceiro ano do curso, avaliou o curso com nota máxima em todos os critérios no processo de reconhecimento”. Marcelo Jacques Fonseca: “Um fato marcante da história do curso que me vem logo à mente ocorreu um ano antes de o curso acontecer. Pessoas de to-das as áreas em uma sala com um quadro branco, em São Leopoldo, dese-nharam uma linha do tempo de 200 anos atrás até os dias de hoje, construin-do vários fatos importantes da história e tentando ver o que isso tinha a ver com a administração e como a administração foi se moldando ao longo do tempo nesses contextos”. Diferenciais do GIL Gustavo Severo de Borba: “O curso tem um coordenador de PA que conse-gue ver se os alunos estão indo bem ou mal, que dá feedback constante aos alunos. No GIL, antes de o aluno ser reprovado, os professores procuram to-das as formas possíveis de buscar o aluno.” Janaína Pimenta Lemos Becker: “O professor do GIL busca a informação mais atualizada de sua área de conhecimento e procura ‘interfaceá-la’ ao conjun-to de conhecimentos e de competências do administrador inovador e líder”. Cristiane Carbonell Rabello: “Esse curso tem uma cara nova, uma proposta muito inovadora. A expansão para quatro anos possibilitou que o intercâm-bio tenha uma duração maior do que as atuais três semanas dos dois inter-câmbios. Os alunos do currículo novo ficarão um semestre em universidades estrangeiras, o que vai oportunizar que, de fato, vivenciem uma experiência internacional”. OS alunos do GIL Marcelo Jacques Fonseca: “Uma aluna formada da primeira turma foi fazer um programa de trainee no grupo Gerdau. Havia mais de três mil candidatos, e ela foi uma das três melhores. Além disso, uma gerente de RH de uma em-presa me disse: ‘Os alunos de vocês parecem umas formiguinhas: eles caem e saem correndo. Eles não esperam. Eles são proativos’.” Janaína Pimenta Lemos Becker: “O aluno do GIL, que estuda de segunda a sexta, tem aulas, na maioria dos semestres, de manhã e de tarde, o que lhe possibilita a imersão na universidade e favorece não apenas a apropriação dos conhecimentos especializados mas também o aprimoramento das habi-lidades de relacionamento interpessoal. Os discentes se destacam por suas habilidades de autonomia, iniciativa, protagonismo e responsabilidade”. Cristiane Carbonell Rabello: “Eu acho que o aluno do GIL é um aluno diferen-te, é um aluno que tem um tempo maior para se dedicar aos estudos, é um aluno que tem essa oportunidade de viver mais intensamente a vida acadê-mica e de se dedicar mais às atividades. A entrega desse aluno acaba sendo muito mais qualificada, e esse é o grande diferencial”. fotos ARQUIVO PESSOAL
  • 6. ENTREVISTA Texto: Mariana Lyra de Almeida O que diz um empregador Diretora de Marketing de hospital de Porto Alegre Daniela Pontes, Diretora Taís Barreto Nunes Os alunos do GIL possuem um des-taque maior no mercado? Uma en-trevista com Daniela Pontes, Dire-tora de Marketing do Hospital Moinhos de Vento, que teve como estagiário um ex- -aluno do GIL formado em 2012 que hoje está efetivado, revela um pouco dessa ex-periência e responde a essa pergunta. GIL em Revista: Quais as diferenças que você notou entre o Thomas Andres Troian, aluno do GIL, com relação a outros esta-giários? Daniela Pontes: A primeira diferença do Thomas que percebi foi em relação a sua postura. Ele apresentava comprometi-mento e maturidade. Interagia com os demais colegas de equipe como se fosse funcionário contratado. Assumia respon-sabilidades e se colocava “ao lado” dos desafios. Outro ponto muito importante foi a sua base de conhecimento. Mesmo sem experiência no marketing, conhecia e lia autores tradicionais e contemporâne-os. No marketing, trabalhamos com o tra-dicional e com o inovador ao mesmo tem-po. Sua base de técnicas de pesquisa nos auxiliou muito em vários trabalhos. GIL em Revista: O que o estagiário / aluno do GIL fez para ser efetivado? Daniela Pontes: Apresentou resultados e fez diferença na equipe. Também estava na hora certa e no lugar certo. GIL em Revista: Como chegou o contato até ele? Daniela Pontes: Fui mestranda em Design Estratégico na UNISINOS. Meu orientador, Filipe Campelo, me apresentou o Thomas, que me auxiliou em meu projeto de pes-quisa. GIL em Revista: Como conheceu e o que acha do GIL? Daniela Pontes: Conheci o GIL por inter-médio do Filipe Campelo e do Thomas. Tive a oportunidade de fazer meu estágio de proficiência no GIL. Acho um curso di-ferenciado. Tira o aluno do lugar comum. Incentiva o pensamento “fora da caixa” e exige mais do que os demais cursos de Ad- de Marketing do Hospital Moinhos de Vento 6 GIL em Revista - Novembro/2013 Arquivo pessoal
  • 7. de aluno do GIL comenta sobre o perfil de aluno do GIL GIL em Revista - Novembro/2013 7 ministração. É um curso que se propõe a formar verdadeiros líderes. GIL em Revista: Tu acreditas que os alu-nos do GIL tendem a ter uma maior credi-bilidade com os e mpregadores? Por quê? Daniela Pontes: Acredito que depende muito do perfil de cada aluno, mas, sem dúvida, uma faculdade de turno integral e com a proposta do GIL prepara um estu-dante de forma mais adequada. Para mim, um estagiário que tenha o GIL no seu cur-rículo já sai na frente. Mas vale lembrar que eu conheço o GIL. Torná-lo mais co-nhecido entre os profissionais de recursos humanos nas empresas é muito importan-te para que o curso se torne, de fato, um diferencial competitivo nos currículos. GIL em Revista: Você costuma empregar pessoas sem experiência? Se sim, por quê? Daniela Pontes: Sim. Para alguns cargos, o perfil é mais importante do que expe-riência. GIL em Revista: Quais são os requisitos básicos que você julga na hora de esco-lher um empregado ou um estagiário? Daniela Pontes: Na minha equipe (13 no marketing, 60 no call center e 1 no espa-ço memória), tenho desde estagiário até analista sênior, portanto os pesos dos re-quisitos variam muito. Por exemplo, faci-lidade para trabalhar em equipe é impor-tante, mas existem funções cujo trabalho a ser realizado é mais individual, então não considero tanto essa habilidade. Para as vagas mais iniciantes (estagiário, assis-tente e analista I), pesa muito ter um per-fil mais “maleável”, ou seja, uma pessoa cujas atribuições eu possa trocar, confor-me a necessidade da equipe e o desen-volvimento individual do novo colabora-dor. Agora mesmo, estamos iniciando um núcleo digital. Em um primeiro momento, duas pessoas da equipe serão redirecio-nadas para ele. Outro requisito que con-sidero muito é a vontade de aprender. Em muitas entrevistas, os candidatos dizem que estão procurando novas oportunida-des porque querem crescer. Pergunto-me como alguém que ainda sabe muito pouco está em busca de crescimento. Crescer é uma consequência do aprendizado, e não o contrário.
  • 8. ENTREVISTA Inovação e liderança no mercado atual Sócio-Diretor da Agência Escala aborda características do profissional de hoje Texto: Isadora Soria Galvarro Zanini Emilliano Ribeiro Pontes Scalon Santos Patrícia Machado Garcia Em setembro deste ano, foi realizada uma entrevista com um dos sócios da Agência Escala, Alfredo Fedrizzi, vencedor do prê-mio Publicitário do Ano de 2011, na qual fo-ram abordados temas como o perfil de um novo líder, bem como as características es-peradas pelo empresário na contratação de novos funcionários. Comparando experiên-cias de vida, tanto profissionais quanto pessoais, o executivo “construiu” o perfil de um líder. Para ele, nos dias de hoje, a vida cotidiana do líder tem que ser bastante dinâmica e cheia de no-vos aprendizados, para que ele construa uma bagagem cultural que o capacite a lidar com pesso-as e acrescente experiências de vida em seu trabalho. Algumas características, como “estar disposto a desa-prender”, “estar antenado a aprender”, “farejar talentos” e “ter desprendimento”, foram apontadas por Fedrizzi como es-senciais a um líder que, nos dias de hoje, se encontra em constan-te formação. Além disso, o exe-cutivo sinalizou que o líder mo-derno tem que incentivar o erro aos seus subordinados, pois, se-gundo ele, só assim os liderados serão capazes de realizar criati-vamente as tarefas do dia a dia. GIL em Revista: O que a Escala faz para identificar um bom líder? Alfredo Fedrizzi: O profissional precisa ser cada vez mais multi-facetado, deve entender de tudo um pouco. Alguns definem que deve haver dentro da empresa profissionais “I” e profissionais “T”. O profissional “I” é aquele que conhece uma área profun-damente, e o profissional “T” é quem tem uma boa noção de di-versas áreas, mas em uma área possui um grau maior de co-nhecimento. Precisamos ter es-ses dois tipos de funcionário. Eu acho muito difícil identificar um líder só por entrevista. Acredito que uma das coisas é ver de onde ele vem e que história tem para poder identificar seu perfil de líder. Quando eu entrevisto pessoas, eu quero saber mui-to da vida pessoal. Nós somos uma empre-sa que trabalha com criatividade. Se a pes-soa não tem uma vida pessoal criativa, por que vai ter uma vida profissional criativa? Por que ela vai ser um profissional de des-taque? Muito difícil. Motivar pessoas, es-tar muito aberto para o erro, dar muita in-formação, acompanhar as necessidades de 8 GIL em Revista - Novembro/2013 cada profissional, saber delegar, incentivar o erro, agir rapidamente e, caso tenha er-rado, saber corrigir rapidamente: são essas as características que identificam um líder moderno. Se tu tens medo de errar, tu não crias nada, fazes tudo absolutamente igual. GIL em Revista: Qual é a importância que a agência dá para um líder inovador? Alfredo Fedrizzi: Se ele não for inovador, não tiver o perfil inovador, não tem moti-vo para estar aqui dentro. Afinal, nossa re-alidade é um pouco diferente de outras. Há duas expressões de que eu gos-to: ter um estilo de repórter (eu já fui repórter de jornal; nessa função, tu tens que estar com-pletamente aberto para saber o que vem hoje, que história tu vais contar hoje) e ser muito fa-rejador (a gente tem que dizer assim: “Aqui tem uma coisa di-ferente. O que está acontecen-do?”). Ter um espírito de des-prendimento, de desaprender para poder aprender algo novo, é um perfil de liderança que a gen-te precisa ter aqui. É necessário estar constantemente desapren-dendo verdades prontas para di-zer coisas novas, mas, para isso, não existe receita pronta, já que cada um faz do seu jeito. GIL em Revista: Quais são as ca-racterísticas que tu procuras na hora de contratar alguém e o que acreditas estar faltando no mer-cado nos dias de hoje? Alfredo Fedrizzi: Falta qualidade de pessoas, pessoas mais exigen-tes. A mediocridade é um ponto importante, a gente se conten-ta com pouco, a gente não exi-ge dos outros, a gente não faz as Alfredo Fedrizzi, sócio-diretor da Agência Escala ARQUIVO PESSOAL
  • 9. “ Porque eu gosto de me Eu tenho que qual eu sou apaixonado!” “cabeça o tempo todo” GIL em Revista - Novembro/2013 9 coisas bem feitas, é tudo mais ou menos. E, com isso, onde estão os profissionais? Fal-tam pessoas dedicadas que queiram fazer a diferença. O profissional de hoje em dia tem que ser inquieto, buscar outras reali-dades, desapegar, desaprender, sair do seu mundinho e estar antenado a aprender coi-sas novas. As pessoas precisam se prepa-rar para responder a perguntas que ainda não foram feitas e ter a cabeça aberta para conectar coisas que ainda ninguém nun-ca relacionou. Buscamos pessoas inteiras e queremos pessoas inquietas, que não este-jam satisfeitas com o básico e que queiram crescer sempre. GIL em Revista: Do seu ponto de vista, exis-te alguma profissão ideal? Alfredo Fedrizzi: A melhor profissão que existe é aquela pela qual tu és apaixonado! Tens que trabalhar em algo de que tu gos-tes; dinheiro é uma consequência. O indi-víduo que não gosta de trabalhar fica pre-so em seu horário e nas suas limitações, portanto vai ser, a não ser que seja um gê-nio (e não existe genialidade sem trabalho), um profissional mediano, um profissional comum. Há estudos que dizem que tu não és ninguém em uma atividade antes de se dedicar dez mil horas a ela. Então, preci-sas trabalhar muito e, para isso, tu tens que gostar do que fazes. “Qual o melhor trabalho? Aquele pelo reciclar a minha sentir ignorante, de provocar meus neurônios.” Na 30ª edição do Prêmio Top de Marketing da ADVB/RS, Alfredo Fedrizzi recebe o troféu Agência Top de Marketing, conquistado pela Escala Vinicius Reis / assembleia legislativa do rs
  • 10. Interview Crossing international borders As one of the highlights of the course, the exchange program counts with Marcello Quinteri to make it even better Text: Felipe Estrada Scozziero Felipe Picolli Morsch Having Taught GIL students in Canada since 2006, Marcello Quintieri is a HEC Montre-al professor. He has been lecturing English and business communication at the university sin-ce 2003. Being the most involved and beloved te-acher in the management for innovation and lea-dership exchange program, Mr. Quintieri, is a very special person in GIL history. GIL em Revista: What was your first though when asked to teach Brazilian students? Marcello Quintieri: I was asked if I would be inte-rested in teaching courses for GIL, the program was called management for innovation and leadership, right away I thought “sure, of course” the students are from Brazil and I didn´t know much about the country. I have had some Brazilian friends in the past, and I thought this would be a great opportu-nity to get to know more of a new culture and espe-cially making new friends and meeting new people. GIL em Revista: Have you designed a special class for GIL students? Where did you focus on when preparing the classes? Marcello Quintieri: At the lower levels it´s En-glish as a second language, at the higher levels it´s more like a practical communication course, where you learn how to get effective presenta-tions, how to write in an effective way, whate-ver the format is. That´s what I do. Of course, I definitely designed my classes for GIL students. When I first started out it was very similar to the type of classes that I give at HEC, but as I kept te-aching GIL I got to know some professors in the program and from that moment on I became in-terested in the things the students were interes-ted in. Now I´m incorporating more notions of social business, social enterprise and many other subjects. As I got to know more of people, I star-ted thinking more about this new idea of social business and social entrepreneur. My major con-cern is to understand which characteristics and skills are important, to the students going throu-gh the course, be successful, but most of all, how I should teach that, what´s the best way of tea-ching that. That´s where my focus is. GIL em Revista: Do you see any difference betwe-en GIL students, and a regular Canadian student? Marcello Quintieri: I have always said that tea-ching Brazilian students, I can´t generalize, but GIL students are like candy, it´s very easy, usually they 10 GIL em Revista - Novembro/2013 are very open to trying new things and that´s a be-autiful thing for teachers. I think that what you are doing in the GIL is very interesting. The Jesuit mo-del is very interesting I can see some similarities with some of the HEC courses. GIL em Revista: What is your opinion about how GIL students get adapted to the Canadian market? Marcello Quintieri: My impression is that, leaving aside my limited experience, GIL students have an advantage, being able to adapt very well. That´s, actually a characteristic of many Brazilians. I have other Brazilians students in other courses in the university and I notice that they are very good students, very creative and very sociable which makes a huge difference in the business. GIL em Revista: Can you talk a little bit about the Gil exchange program in Canada? Marcello Quintieri: They have a full day class. Of-ten they have intensive seminaries, classes with undergraduates. I am the teacher who sees the students the most, I’m happy they are not tired of me. The time in the year when GIL students come is the busiest time in the year for me, but I take my time to give class for them, especially because I en-joy lecturing them. I get a lot of positive feedback so it becomes a positive experience for me. DIVULGAÇÃO
  • 11. Uma experiência na Coreia do Sul Aluno do GIL relata sua viagem ao país asiático e as lições aprendidas GIL em Revista - Novembro/2013 11 Texto: Augusto Fontanelli Loureiro Tudo começou com uma ligação inespe-rada e um convite carregado de respon-sabilidade: representar a UNISINOS e o país em uma missão pela Coreia do Sul. Mes-mo sem saber ao certo do que se tratava, re-solvi abraçar a oportunidade e, quando per-cebi, lá estava eu em Seul, há cerca de 20.000 km de casa. O Programa Cultural de que participei foi elaborado pela Chung-Ang University em par-ceria com o National Institute of International Education (NIIED), órgão do governo sul-core-ano, e era destinado a estudantes de gradua-ção dos principais países parceiros da Coreia do Sul. Consistiu principalmente de visitas a empresas, a universidades e a instituições do governo, dentre outras atividades culturais. Ao todo, éramos sessenta alunos de aproximada-mente trinta países de todo o mundo, dentre eles Congo, Cazaquistão, Guatemala e Taiwan. O grupo era fortemente marcado pela rique-za cultural e pela diversidade, que garantiram uma experiência única de troca de conheci-mentos e de opiniões. Durante os quinze dias, tive algumas das experiências mais valiosas de toda a minha vida: fui recebido por uma família coreana na experiência de home-stay; comi algumas das coisas mais estranhas das quais já ouvi falar, como o kimchi, bibimbap e a pimenta goshu; participei da cerimônia de um casamento tra-dicional coreano; visitei a zona DMZ entre os limites territoriais das duas Coreias; visitei o Ministério de Relações Internacionais e en-trei em contato com diplomatas coreanos; assisti a um desfile de samba do outro lado do mundo; comemorei meu aniversário de 20 anos e tive o “parabéns a você” cantado em oito línguas diferentes; convivi com algumas das pessoas mais inteligentes e interessantes que já conheci. Acredito que a viagem foi, sobretudo, uma experiência de mundo. Não apenas pude conhecer mais a cultura coreana, mas tam-bém pude aprender um pouco mais sobre as várias outras culturas que havia no grupo, o que me possibilitou ampliar meus horizon-tes, dar fim a alguns estereótipos e preconcei-tos e abrir os olhos para outras realidades. Fiz grandes amigos do mundo afora e hoje posso dizer que carrego comigo um pouco de tudo que aprendi com eles e com a minha experi-ência na Coreia do Sul. REPORTAGEM Acima: Visita ao palácio de Gyeongbonkgung, em Seul. À esquerda: os “carregadores” do noivo em cerimônia de casamento tradicional coreano A caminho do Estádio Olímpico de Seul, para assistir a uma partida de beisebol profissional FOTOS ARQUIVO PESSOAL
  • 12. REPORTAGEM Texto: Guilherme Fetter O GIL Alumni busca inspira-ção nos alunos do curso e tem como principal obje-tivo gerar valor para os ex-alunos do GIL mediante a criação de um grupo. O projeto surgiu após a ob-servação de vários grupos e movi-mentos criativos que extrapolam as empresas e as universidades. Notou-se a ausência dos alunos do GIL nesses movimentos, que são, muitas vezes, voluntários. Observou-se, ainda, que, em consagradas universidades in-ternacionais, há um diretório de ex-alunos extremamente ativo que promove atividades entre os egressos e gera benefícios espe-ciais para eles, que, em contra-partida, apoiam financeiramente as instituições de ensino. Então, para começar, Cami-la Luconi Viana entrou em conta-to com Gustavo Severo de Borba, Diretor de Graduação da UNISI-NOS e primeiro coordenador do GIL. Após lhe apresentar o proje-to, a ideia começou a ser posta em prática. O passo a passo para a execução do projeto foi o se-guinte: 1. Entrar em contato com a UNI-SINOS 2. Reunir, no mínimo, um egres-so de cada turma 3. Formar uma equipe de traba-lho para definir como come-çar o grupo 4. Localizar os ex-alunos 12 GIL em Revista - Novembro/2013 5. Realizar pesquisa com os egressos 6. Divulgar o grupo para todos os egressos e para todos os alunos 7. Começar! O primeiro encontro do gru-po ocorreu em abril deste ano. O palestrante foi Tomás de Lara, administrador de empresas e co-fundador da Engage (empresa de estratégia e tecnologia para pro-jetos de cidadania e inovação so-cial) e do catarse.me (primeira plataforma de crowdfunding do Brasil e a primeira open source do mundo). Tanto os palestrantes quanto os demais envolvidos par-ticipam voluntariamente das ati-vidades. GIL em Revista: O que a equi-pe pensa para o futuro do GIL Alumni? Camila: No futuro, o grupo gos-taria de promover alguns encon-tros também para trocas entre os egressos, sem palestras, mas em torno de um assunto para a dis-cussão. Pensa-se, também, em formas de perpetuar o curso e de atrair novos alunos, a partir do depoimento dos ex-alunos nos meios de comunicação, o que, ali-ás, já aconteceu. Outra potencia-lidade do grupo é o fornecimento de contato de egressos para opor-tunidades de emprego. GIL em Revista: O que o GIL Alumni pensa para os atuais alunos? Camila: Queremos nos envolver com o curso e com os atuais alu-nos, propondo práticas comuns. Pensamos, por exemplo, em ofe-recer coaching para os graduan-dos, em que os egressos pode-riam auxiliar os alunos a planejar seu futuro. GIL Alumni Em entrevista, Camila Luconi Viana, idealizadora do GIL Alumni, conta como surgiu esse projeto Lançamento do GIL Alumni em 23 de abril com a palestra de Tomás de Lara. Camila Luconi Viana (acima) é ex-aluna do GIL e Coordenadora de Sustentabilidade na ThyssenKrupp Elevadores FOTOS ARQUIVO PESSOAL
  • 13. REPORTAGEM GIL em Revista - Novembro/2013 13 Texto: Daniel Aliatti Mayer Guilherme Hobold Roeben Moacir Bilhar Costa Junior Imagine a seguinte situação: um adolescente está prestes a terminar o ensino médio e de-cide optar por um curso de ensino superior. Por isso, avaliará as áreas em que gostaria de atuar. Ao ana-lisar suas alternativas, alguns cursos aparecem como opção prioritária porque estão arrai-gados na mente das pessoas como possibilidades de suces-so, desconsiderando-se, mui-tas vezes, que a contempora-neidade valoriza a inovação e a mudança. Para o verdadeiro sucesso na vida profissional, é necessário descobrir o que de fato cada curso pode nos ofe-recer, pois, durante a gradua-ção, desenvolvem-se compe-tências necessárias para nossa realização profissional. Com projeto pedagógico inovador, o curso de Adminis-tração: Gestão para Inovação e Liderança (GIL) tem propostas que fazem a diferença na for-mação profissional de seus alu-nos e possui corpo docente de excelência. Prova disso é que alcançou nota máxima no pro-cesso de reconhecimento do MEC. Seus professores utilizam um método de avaliação dis-tinto do modelo convencional: mediante a avaliação por pare-ceres descritivos e por concei-to, são avaliados, além dos sa-beres específicos de cada área do conhecimento, habilidades e competências fundamentais ao gestor da atualidade. Isso contribui para a formação de um verdadeiro líder, que, no âmbito profissional, não será avaliado periódica mas cons-tantemente pelo conjunto de suas competências. O GIL conta com um modelo de estudos de turno integral, variando a quantidade de oficinas em função do Programa de Apren-dizagem (PA) em que o aluno está matricula-do. Para alcançar a qualidade e a excelência, o aluno deve se comprometer e se dedicar inin-terruptamente. E o curso facilita isso, a come-çar pelos colegas de turma, que são os mes-mos do início ao fim do curso, o que favorece o desenvolvimento das relações interpesso-ais. As mesas possuem formatos diferenciados e são distribuídas dinamicamente, de forma que proporcionam uma maior interação entre os colegas para discussões sobre os temas. Há também um grande número de trabalhos em grupo e de apresentações orais, o que desen-volve a habilidade de comuni-cação oral, fundamental a um bom administrador. A capacidade de visão sistêmica adquirida durante o curso resulta em um profis-sional capaz de adequar es-tratégias eficazes a situações reais. Para isso, o curso se or-ganiza a partir da relação en-tre as oficinas, proporcionan-do ao aluno a capacidade de conectar os conhecimentos desenvolvidos. Os constan-tes trabalhos de campo que o discente realiza lhe opor-tunizam conhecer empresas na prática e compreender o mercado através de seus di-ferentes pontos de vista. E, como se tudo isso não bas-tasse, o graduando se forma com uma forte formação em inglês e dois intercâmbios no currículo. Fica claro o comprome-timento do curso em formar um profissional diferenciado, focando na qualificação extre-ma do formando. Após conhe-cer o curso, muitos alunos na mesma situação do adolescen-te que imaginamos no começo do texto abdicam das opções mais convencionais porque se encantam com a proposta do GIL. É o que, na prática, vemos acontecer todos os anos. Se esse jovem assim optasse, con-taria com total apoio dos alu-nos já matriculados no curso, tornando-se, assim, membro do grupo que hoje chamamos de “Família GIL”. Mas, afinal, por que escolhemos o GIL? Conheça os diferenciais de um dos cursos mais inovadores do Brasil andy naylor / stock.xchng
  • 14. REPORTAGEM Intercâmbio ao Chile: inesquecível Aluno do PA4 conta como transcorreu o primeiro intercâmbio curricular em setembro deste ano Texto: Fernando Bitencourt Patias No quarto semestre do curso de Gestão para Inovação e Liderança (GIL), reali-zamos o primeiro dos nossos dois inter-câmbios, com destino a Santiago, Chile. A via-gem deste ano ocorreu no mês de setembro e durou três semanas. Teve como objetivo a imersão na cultura local mediante visitas a em-presas e a pontos turísticos e aulas de espanhol em universidade. As duas turmas do PA4 (Pro-grama de Aprendizagem 4) – a de Porto Alegre e a de São Leopoldo – ficaram juntas em um hostel durante todo o período. No mundo corporativo, toda experiência cultural é válida, todo aprendizado é produ-tivo, e uma história que se tenha para contar pode favorecer uma negociação. O Chile é um ótimo lugar para descobrir quanto geografica-mente estamos pertos e quanto culturalmen-te estamos longes de outras pessoas. A capi-tal chilena tem uma economia estável, muitas belezas naturais e vida noturna agitada e é um belo local para viver muitas experiências fan-tásticas. A cidade é bastante organizada e se-gura, a polícia chilena está sempre nas ruas, e a linha metroviária funciona muito bem. Além disso, o povo chileno é muito solícito e recepti-vo, tanto na ajuda com informações quanto na compreensão do nosso portunhol – que, diga- -se de passagem, foi-nos muito útil. O programa de aulas e de visitas é bastan-te rico: diariamente tivemos aulas padrão GIL com didáticas diferentes focadas na língua es-panhola e na economia do país. Visitamos em-presas de diversos setores, como inovação, in-dústria, serviços e tecnologia, e conhecemos sua estrutura e seu negócio. Em alguns mo-mentos livres, visitamos lugares em que pude-mos ter contato com os chilenos e com pesso-as de outros países, como as vinícolas Concha y Toro e Emiliana, que produzem os melhores vi-nhos da América, o Zoológico BuinZoo, os cer-ros Santa Lucia e San Cristóban, com vistas par-ticulares da capital, as cidades de Viña del Mar e Valparaíso. Também participamos das festas mais populares: Miercoles Po, voltada para es-trangeiros, 14 GIL em Revista - Novembro/2013 e ClubMatta, com sua bebida típica (o “terremoto”). A experiência de ficar em um hostel com todos os colegas é incrível; afinal, sentimo- -nos parte de uma família que precisa apren-der a compartilhar e a se unir para conhecer lo-cais novos, jantar em novos lugares ou até “dar uma geral no quarto”. O interessante disso é fortalecer nossos laços, transformando os anti-gos colegas em novos amigos. Acredito que o principal objetivo da nos-sa vida é encontrar a nossa “praia”. Descobrir nosso lugar no mundo é uma tarefa difícil, mas, quando encontramos, estamos prontos para seguir em frente. No meu caso, é explorar o mundo e conhecer novas pessoas. E no seu? Alunos do Programa de Aprendizagem 4 das turmas de São Leopoldo e de Porto Alegre acompanhados do coordenador de PA Márcio Schweig Arquivo pessoal
  • 15. Santiago, Chile GIL em Revista - Novembro/2013 15 FOTOS DIVULGAÇÃO
  • 16. REPORTAGEM Texto: Eduardo Rabaioli Felipe Morsch Felipe Stumpf Pedro Oliveira Rubem Klein Júnior Formato do curso: O curso de Gestão para Inovação e Liderança (GIL) é di-vidido em oito programas de aprendi-zagem (PAs). Cada PA, que tem a duração de um semestre, focaliza uma área diferen-te da Administração e visa ao desenvolvi-mento de competências e de habilidades específicas. Além disso, há dois intercâm-bios curriculares no curso: o primeiro, de três semanas, ocorre em um país da Améri-ca Latina, enquanto, no segundo, que dura um semestre, os alunos se destinam a dife-rentes universidades. Avaliações: O modelo pedagógico do GIL procede à avaliação processual do alu-no e formaliza essa avaliação em parece-res descritivos e em conceitos. O foco da avaliação é o desenvolvimento de compe-tências e de habilidades fundamentais ao gestor da atualidade. Vale ressaltar que os professores avaliam os alunos em suas ofi-cinas não apenas a partir de competências específicas de sua área de conhecimento mas também a partir de competências e de habilidades transversais a todas as ofi-cinas. Além disso, compõem a avaliação do aluno tanto seu resultado em instrumen-tos de avaliação quanto seu envolvimento, seu interesse, sua postura e sua responsa-bilidade na realização de todas as ativida-des propostas. 16 GIL em Revista - Novembro/2013 Aulas: Discussões, interação e colabora-ção: estas são as principais ferramentas uti-lizadas pelos professores do GIL. Os alunos têm aulas interativas e conectadas com o mundo, pois podem, a qualquer momento, buscar informações atualizadas através de seus notebooks (fornecidos, aliás, pelo cur-so no primeiro semestre), complementando as informações discutidas em sala de aula. Os professores sempre dão espaço para que os discentes opinem em sua aula, possibili-tando, assim, discussões muito construtivas e configurando um modelo de aula mais di-nâmico e interessante. Professores: Com um corpo docen-te composto, em sua maioria, por doutores, o colegiado do GIL possui uma relação mui-to próxima aos alunos. O feedback é um dos mais importantes instrumentos do proces- Por dentro do GIL Aulas interativas, turmas pequenas, intercâmbios curriculares e professores mais próximos dos alunos. Conheça mais sobre o GIL! Uma das salas de aula do GIL no campus Porto Alegre ARQUIVO PESSOAL
  • 17. GIL em Revista - Novembro/2013 17 so de aprendizagem. E, para que funcione, é vi-tal que a relação entre o aluno e o professor seja de confiança, visto que o graduando deve consi-derar as constantes ava-liações dos professores ferramentas para apri-morarem seu desempe-nho dentro – e fora – da sala de aula. Integração entre alunos: Depois de apenas poucas semanas de aula, o calou-ro do GIL consegue perceber uma diferença no relacionamento entre os alunos e entre os alunos e os professores. Um dos pontos característicos do curso é a INTEGRAÇÃO, desenvolvida através de turmas pequenas, trabalhos em grupo, projetos integradores entre diferentes PAs, saídas de campo e o convívio diário. A sensação que se tem é de uma segunda família, com a qual você pode contar não só para pedir livros emprestados e auxílio nos trabalhos, como também para dividir experiências do dia a dia. Não impor-ta onde você estiver: sempre que encontrar alguém que passou pelo GIL, pode ter certe-za de que será bem acolhido. Espaço físico: O GIL está presente em duas sedes: no campus de São Leopoldo, com natureza exuberante e muito bem con-servada por sua comu-nidade, e no campus de Porto Alegre, em um prédio bem estrutura-do e com característi-cas mais inovadoras. O conforto do ambiente universitário é essen-cial para o bom rendi-mento das aulas, ainda mais para alunos que passam a maior par-te do dia nele: “passa-mos o dia inteiro, das 8h30min até às 17 ho-ras, na Universidade. Por isso, é importante que o ambiente seja o mais aconchegante possível”, destaca um aluno do PA2. A confi-guração das salas de aula se alinha ao perfil inovador do curso: as mesas de trabalho dos alunos em ilhas, por exemplo, proporcionam a possibilidade de abrigar os discentes em grupos de modo que façam trabalhos coleti-vos. E há, ainda, uma aconchegante “sala do café”, utilizada pelos alunos como mais um local de convivência. Sala de aula em ilhas no espaço do GIL no campus São Leopoldo ARQUIVO PESSOAL
  • 18. REPORTAGEM Dez anos do GIL! E rumo Conheça, em linha do tempo, os principais Ingresso da primeira turma, que tinha dezenove alunos matriculados O embrião de um curso inovador: Professores se reuniram e analisaram as principais mudanças dos últimos duzentos anos na administração 2002 2011 18 GIL em Revista - Novembro/2013 Ingressa a segunda turma do curso, a qual idealizou o projeto dos produtos 2003 2004 Oitava turma Ingressam a nona turma em São Leopoldo e a primeira em Porto Alegre Revitalização do corpo docente Ingressam a décima turma em São Leopoldo e a segunda em Porto Alegre Lançamento da primeira edição da GIL em Revista Criação do GIL Alumni O presidente do Conselho Nacional de Educação convida Gustavo Severo de Borba, Diretor de Graduação da UNISINOS e primeiro coordenador do curso, a apresentar o GIL para as pró-reitorias das universidades públicas e privadas brasileiras, em Brasília, como um case de curso inovador Empresas reconhecem o curso como de excelência e solicitam estagiários que cursam o GIL “Você pensa fora da caixa? Então, você é GIL” Janaína Pimenta Lemos Becker Coordenadora de curso “Temos tanta preocupação com a chegada quanto com o caminho.” Marcelo Jacques Fonseca Coordenador de curso 2010 2012
  • 19. aos próximos dez! fatos do curso e todas as suas turmas Terceira turma No processo de reconhecimento do curso, o MEC avaliou o GIL com nota máxima em todos os critérios Quarta turma Quinta turma Sexta turma GIL em Revista - Novembro/2013 19 Sétima turma Ingressam a décima primeira turma em São Leopoldo e a terceira em Porto Alegre O terceiro currículo em São Leopoldo e o segundo em Porto Alegre entram em vigor Primeiro encontro do GIL Alumni “GIL: formar para inovar, instruir para construir, orientar para liderar e sonhar para realizar!” Alexandre Pereira Coordenador de PA “GIL: o curso para quem quer mudar o mundo dos negócios.” Aline Jaeger Coordenadora de PA “A inovação move o mundo. O GIL promove a inovação. A inovação é o GIL.” Márcio Schweig Coordenador de PA 2005 2006 2007 2008 2009 2013
  • 20. REPORTAGEM Texto: Rafael Fischborn Bohrer Taís Barreto Nunes Neste ano, o GIL completa DEZ ANOS. Sem dúvida, ain-da que se trate de um cur-so novo, vem ganhando cada vez mais representatividade dentro e fora da UNISINOS. Para os atu-ais alunos, com certeza, é motivo de orgulho poder fazer parte des-te momento memorável, em que podemos afirmar que o curso já se firmou e só tende a surpreender os que com ele se envolvem. São dez anos de crescimento, de expe-riências, de tentativas, de mudan-ças e, principalmente, de extremo conhecimento. E, neste momen-to marcante, gostaríamos de pre-ver um pouco do futuro dessa his-tória. Fomos ousados e decidimos imaginar o curso daqui a mais dez 20 GIL em Revista - Novembro/2013 anos. Para isso, conversamos com alguns dos professores e com os coordenadores do curso, que nos ajudaram a imaginá-lo com vinte anos de história. Confira nas cai-xas abaixo e ao lado as previsões a que chegamos sobre algumas di-mensões. Janaína Pimenta Lemos Be-cker, coordenadora do curso, nos desafia: “gostaria que nós guar-dássemos estas páginas da revista e que, daqui a 10 anos, pegásse-mos essa reportagem e lêssemos o quanto das nossas previsões es-tão certas”. Pode ficar tranqui-la, professora! Guardaremos uma edição dessa revista intacta, sob a segurança de sete chaves, e com-pararemos essas “previsões” à si-tuação do nosso querido GIL em 2023! Sucesso a esse curso mara-vilhoso! E o GIL daqui a dez anos? Coordenadores e professores do curso fazem previsões sobre o curso Pelo que tudo indica, daqui a 10 anos, teremos o curso ainda mais alinhado às novas tecnologias. “As aulas serão interativas, com mais uso da tecnologia e ainda mais online, buscando uma aproximação maior com os alunos dessa nova geração”, disse a coordenadora de PA e professora Aline Jaeger. O Diretor de Graduação da UNISINOS, Gustavo Severo de Borba, bem como os professores Cristiane Carbonel Rabello, Diego Alberton e Isamara Allegretti, os dois últimos também idealizadores do curso, ratificam a forte relação entre o GIL e as novas tecnologias. O professor Francisco Avatar revela: “Vejo o GIL no mercado de trabalho muito valorizado e reconhecido, a partir de dois movimentos: o primeiro é o sucesso profissional dos egressos do curso, que leva um tempo para acontecer; o segundo é o papel da universidade de acompanhar essas pessoas, visando a aprimorar o curso”. Ainda sob a mesma perspectiva, Alexandre Pereira espera que “o curso seja percebido como um diferencial para a construção do indivíduo de uma maneira competente, intensa e entusiasta”. Outra forte possibilidade futura é o curso se tornar ainda mais internacional. “O curso estará mais internacionalizado, com uma sinergia maior da UNISINOS e do curso com universidades do exterior, mas especialmente a partir da construção de redes ao redor do mundo para sua evolução”, salienta o coordenador de PA e professor Alexandre Pereira. Assim como ele, a professora Isamara Alegretti afirma: “O curso também será muito beneficiado pelo processo de internacionalização da UNISINOS e deve oferecer oportunidades muito interessantes aos alunos de entrarem em contato com universidades em diversas partes do mundo e, em consequência, com diferentes culturas”. TECNOLOGIA VALORIZAÇÃO E RECONHECIMENTO INTERNACIONALIZAÇÃO
  • 21. Para o professor José Freitas, o curso será ”cada vez mais integrado com o mercado e com as preocupações sustentáveis da sociedade (sustentabilidade no seu sentido mais amplo: o econômico, o social e o ambiental). Imagino, ainda, alunos sendo cada vez mais protagonistas nesse campo da sustentabilidade e no lado social”. Além dele, o professor Diego Alberton espera que o curso “inspire jovens para um novo jeito de administrar empresas, tão necessário ao século XXI. E, especialmente, que os jovens se transformem em sujeitos sociais”. GIL em Revista - Novembro/2013 21 “Um monte de cabeças pensando faz com que a gente tenha a capacidade de melhorar cada vez mais” Marcelo Jacques Fonseca, coordenador do curso Ex-aluno do GIL volta ao GIL? É isso mesmo! “Os professores, daqui a alguns anos, serão os ex-alunos; então, acho que essa cara de voltar a casa como professores vai ser a grande diferença, pois vão se colocar em outro lugar e vão trazer para o curso aquelas coisas que gostariam quando eram alunos”, afirma a professora Lívia D’Ávilla. GIL SOCIAL E SUSTENTÁVEL A VOLTA DOS QUE JÁ FORAM “Se o curso surgiu de uma necessidade do mercado de que houvesse um gestor com o perfil de inovação e de liderança, outros perfis importantes desse gestor também estarão abarcados pelo nosso curso daqui a 10 anos.” Janaína Pimenta Lemos Becker, coordenadora do curso “O perfil do professor do GIL será cada vez mais de um professor colaborativo e disposto a interagir com os alunos fora de sala de aula.” Aline Jaeger, coordenadora de PA “O curso vai acompanhar as tendências de mercado e as relacionadas à inovação na área de educação.” Cristiane Rabello, professora do curso “Como formação de lideranças, espero que os aspectos comportamentais sejam cada vez mais valorizados no curso, bem como haja um espaço ainda maior para a prática profissional.” Franscisco Avatar, professor do curso
  • 22. NOTÍCIAS Marketing one to one Relacionamento com o cliente: interagir e personalizar As facilidades relacionadas à comunicação que há na in-ternet permitem maior inte-ração entre consumidor e vende-dor. Estar sempre a par do que seu cliente deseja e utilizar dessa rela-ção para suprir suas necessidades são novas maneiras de relaciona-mento estratégico. Segundo Don Rogers e Mar-tha Peppers, especialistas da área de marketing de relacionamento, o uso do marketing individualiza-do e da gestão de relacionamento é o princípio básico para se desta-car dentro do mercado, seguindo o pretexto na ênfase no cliente. Tal contexto se intensificou com o sur-gimento das ferramentas de co-municação dentro da web, possi-bilitando, então, uma nova visão de mercado. Em 2006, Pin Luarn, I. Jen Leia mais: LUARN, Pin, CHEN, I. Jen, LO, Kai Yang. An Exploratory Study of the Critical Success Factors of One-to- One Web-Marketing: User Perspectives. Journal of Internet Commerce, vol. 5 (3) 2006. ROGERS, Don, PEPPERS, Martha. The One to One Future. 1st edition. New York, 1993. Empresas familiares no mundo As empresas familiares têm uma grande importância mundial 22 GIL em Revista - Novembro/2013 Chen e Kai Yang Lo buscaram, atra-vés de uma pes-quisa exploratória e descritiva, apon-tar como era essa nova relação clien-te/ vendedor; tal relação é conhe-cida como marketing one to one. Um dos objetivos da pesquisa era identificar quais eram os fatores críticos para se obter sucesso na aplicação do one to one no web- -marketing. Para tal coleta de da-dos, foram entrevistados usuários de e-commerce (comércio eletrô-nico) e pessoas que atuavam em alguma função relacionada a esse tipo de marketing. A pesquisa indica que o one to one tem como principais fatores de sucesso a satisfação das neces-sidades do cliente, a identificação a partir da dife-renciação de clien-tes, uma interface de qualidade para os usuários, o re-conhecimento do cliente quando este visita seu e-commerce e a presta-ção de serviços personalizados. Por fim, os pesquisadores apontaram quais são os aspectos primordiais do marketing one to one: conhecer seus clientes (iden-tificar), entender as característi-cas desses (diferenciar), fornecer mecanismos e canais destinados a clientes diferenciados pelo maior nível de valor para a empresa (inte-ragir) e fornecer produtos e servi-ços personalizados/customizados para satisfazer as diferentes neces-sidades de seus clientes (personali-zar/ customizar). Em artigo realizado em 1997, Eric Lethbridge afirmou que as empresas familiares têm grande influência na economia mundial. A presença de algu-mas como líderes mundiais em seus setores mostram que es-sas empresas podem ser mo-dernas e competitivas, mesmo tendo uma forte presença da fa-mília em sua propriedade e em sua gestão. Existem diferentes defini-ções para esse tipo de empresa. Porém, na sua essência, a em-presa familiar é uma organiza-ção que tem sua origem e sua história vinculadas a um mes-mo parentesco há pelo menos duas gerações ou que mantêm os membros desses na adminis-tração dos negócios. Algumas características das empresas fa-miliares, em diferentes setores da economia, estão apresenta-das no quadro ao lado, de Sér-gio de Castro Gonçalves: Texto: Arthur Chini Pégere Texto: Daniel Aliatti Mayer Leia mais: GONÇALVES, Sérgio de Castro. Patrimônio, família, empresa: um estudo sobre a transformação no mundo da economia empresarial. São Paulo: Negócio Editora, 2000. LETHBRIDGE, Eric. Tendências da empresa familiar no mundo. Revista do BNDES, n. 7, Brasília, 1997. GRZYBOVSKI, Denize et. all. Análise do Processo de Crescimento e Desenvolvimento de Empresas Familiares pelo Modelo de Sustentabilidade: um Estudo Brasil-Argentina. Salvador, 2006. Setor Características Objetivos • Aproveitamento das oportunidades de momento • Ocupação gradativa dos espaços por corporações • Usufruto de reservas de mercado • Uso de instituições de classe para prática de lobby • Associação com multinacionais • Busca de novos “nichos” • Promoção da mudança de hábitos do usuário • Obtenção de ganhos de escala • Diferenciação por meio da propaganda • Informalidade • Imediatismo • Pragmatismo • Omissão política • Valorização da tecnologia • Novas relações de trabalho • Cooptação de tecnocracia • Patrimonialismo • Diversificação • Serviços personalizados • Profissionais liberais • Informalidade Comércio Indústria Moderna Serviços
  • 23. Você já pensou em trabalhar em casa? GIL em Revista - Novembro/2013 23 Livro de Alvaro Mello busca esclarecer o que é teletrabalho O teletrabalho está se tornan-do cada vez mais comum no Brasil e no mundo, porém, segundo o livro de Alvaro Mello, muitos potenciais usuários do home office desconhecem esse instru-mento ou, então, deixam de utilizá- -lo por imaginarem tratar-se de uma metodologia norte-americana sofis-ticada. A partir dessa problemática, o autor busca desmistificar a aplica-ção dos processos de teletrabalho nas organizações brasileiras. Ao contrário do que muitos pensam, o uso de telecomunica-ções no trabalho não é invenção do século XXI. Em 1857, a companhia norte- americana Pensylvannia Rail Road já utilizava um sistema pri-vado de telégrafo para gerenciar o pessoal que estava distante do es-critório central. Obviamente, para os padrões atuais, era um sistema arcaico de telecomunicação, mas representou uma grande inovação na época. Alvaro Mello afirma que, de-vido à alta capacidade tecnológi-ca das comunicações existentes, trabalhar em regime home offi-ce já é possível em quase todas as atividades. Além disso, favore-ce o surgimento, nas empresas, de transformações que trazem no-vas oportunidades de negócios e de trabalho. Desse modo, o home office se apresenta como uma for-ma alternativa para transformar e incentivar o mercado de trabalho. O artigo “Envolvimento do consumidor em proces-sos de desenvolvimen-to de produtos: um estudo qua-litativo junto a empresas de bens de consumo”, de autoria de Caro-lina Rosado dos Santos e Vinícius Sittoni Brasil, apresenta uma ma-neira diferenciada de empresas coletarem informações a serem implantadas no processo de de-senvolvimento de produtos (PDP). A pesquisa descreve a técnica de coprodução (ou cocriação), utili-zada pelas empresas que visam inovar em mercados competitivos e, dessa forma, se destacar. Essa técnica baseia-se no envolvimen-to do consumidor no PDP e bus-ca um maior nível de aceitação do produto por parte do mercado. O estudo foca o mercado brasileiro, alegando que internacionalmen-te existem estudos prévios e que, assim, sente-se a necessidade de um estudo a partir de empresas brasileiras. Ao longo dos anos, então, a importância de uma estratégia aplicada no desenvolvimento de novos produtos (PDP) acarretou, segundo Prahalad e Ramaswamy, autores de um estudo publicado no Journal of Interactive Marke-ting, contribuições que resultam em diferentes maneiras de alcan-çar o que todo produtor deseja: a aceitação do seu produto pelo mercado. O envolvimento do con-sumidor é apenas uma das manei-ras de encurtar a possível cami-nhada entre produção e sucesso de um produto. A consideração das necessidades e vontades do consumidor alvo no processo de produção possibilita resultados positivos para as empresas. A importância do envolvi-mento do consumidor no PDP, no entanto, não fica restrita apenas à empresa, que lucra com um ne-gócio bem sucedido, mas também à economia local, uma vez que um entendimento tanto cultural quanto específico do consumidor diminui os riscos da produção e garante uma melhor resposta do mercado quanto ao produto fi-nal. Por consequência, um pro-duto melhor aceito significa mais desenvolvimento econômico do setor a que ele pertence, alavan-cando a economia local. Texto: Eduardo R. Ghisleni Leia mais: Teletrabalho (Telework): o trabalho em qualquer lugar e a qualquer hora. Ano de publicação: 2000. Autor: Alvaro Mello. Disponível em: http://www.crasp. gov.br/crasp/conteudo/ LivroQUALITYMARK.pdf Envolvimento do consumidor Pesquisa revela a importância e os impactos do envolvimento do consumidor na economia local Texto: Emilliano Ribeiro Pontes Scalon Santos Leia mais: PRAHALAD, C. K; RAMASWAMY, V. Co-creation experiences: the next practice in value creation. Journal of Interactive Marketing, v. 18, n. 3, 2004.
  • 24. NOTÍCIAS Inovação no mercado de chuteiras Pesquisa revela percepção dos consumidores sobre a inovação no mercado de chuteiras Uma pesquisa aplicada em 2011 pela CBF revelou que o número de praticantes de futebol no Brasil vem crescen-do, e, por conta disso, um produ-to que obteve grande crescimento entre os esportistas foi a chutei-ra. O mercado de chuteiras se tor-nou bastante competitivo, princi-palmente entre grandes marcas como Nike, Adidas, Umbro e Ree-bok. Para obter diferenciação, es-sas marcas procuram inovar cada vez mais; porém, o consumidor realmente consegue perceber as inovações implementadas nas chuteiras? Artigo publicado em 2012 por Wagner Ladeira e colegas apon-tou que a percepção de inovação não se refere apenas ao produ-to, mas sim a muitas outras vari-áveis como ambiente de loja, in-fluências interpessoais e escolhas impopulares, que podem influen-ciar o consumidor positiva ou ne-gativamente. Além disso, Ladeira afirma que as inovações em pro-dutos podem ser percebidas facil-mente quando apresentam carac-terísticas Texto: Felipe Picolli Morsch Leia mais: LADEIRA, Wagner Junior; FALCÃO, Clecio Araujo; LUBECK, Rafael Mendes; SCHWINGEL, Tiago. Percepção da Inovação e Consumo na “Pátria de chuteiras”: Um Estudo com Praticantes Amadores de Futebol. Encontro de Marketing EMA 2012, Curitiba- PR, 2012. 24 GIL em Revista - Novembro/2013 mais tangíveis e menos complexas, nas quais o consumi-dor pode visualizar as mudanças de características inovadoras. O artigo conclui que não se pode medir exatamente a percep-ção de inovação de um produto, pois as variáveis são quase infini-tas e as características hedônicas de um produto são praticamen-te imensuráveis. O que poderia se medir seriam os indicadores de vendas; porém, o artigo não exa-mina esses dados. Segundo Jerry Luftman, em seu livro “Competing in the Infor-mation Age: Strategic aligment in practice”, de 1996, a Tecnologia da Informação é um meio de compar-tilhamento de informação capaz de trazer vantagens competitivas em longo prazo, pois tem o poder de transformar todas as indústrias e mercados. A área de TI traz di-versas ferramentas, nas mais va-riadas áreas de produção e pres-tação de serviços, para empresas que buscam crescimento e melhor compartilhamento de informação. As empresas brasileiras, se-gundo dados da Agência Brasil, investiram 7,2% das suas receitas na área de TI no ano de 2012. Essa taxa deve se estender até chegar a 8% em quatro ou cinco anos, e o que define a velocidade desse avanço é o desenvolvimento, rá-pido ou lento, do país. A pesqui-sa também aponta que no Brasil, atualmente, somando computa-dores corporativos e domésticos, há três computadores para cada cinco habitantes. Essas informa-ções revelam que o país está em pleno desenvolvimento e tende a utilizar ferramentas de TI para avanços empresariais. Por outro lado, uma pesqui-sa publicada no site G1, em 2013, aponta que, no Brasil, a gran-de concentração de utilização de TI está nas mãos de grandes em-presas multinacionais que utili-zam dessa ferramenta para maior competitividade. Além disso, o es-tudo revela que esse fator não se aplica às organizações do setor privado. A falta de conhecimento dessa tecnologia e o baixo índice de inovação dificultam o potencial que essas ferramentas poderiam trazer para a diferenciação e o crescimento das empresas priva-das brasileiras. Outra notícia, divulgada no site da revista INFO em 2013, res-salta que os empresários brasilei-ros acreditam que as soluções for-necidas pela área de TI podem aprimorar os produtos e a capaci-dade de equipe nas organizações. Tais fatores podem trazer melho-res resultados para os clientes e diminuir despesas. Tecnologia da Informação Sua empresa possui sistema de compartilhamento de informações adequado? Texto: Fellipe Riffel Leia mais: Info Abril: Empresas desejam aumentar investimento em TI. Disponível em: http:// info.abril.com.br/noticias/ carreira/empresas-desejam-aumentar- investimento-em-ti- 22052013-25.shl.
  • 25. GIL em Revista - Novembro/2013 25 O que faz com que instituições busquem a certificação? Guilherme Hobold Roeben Leia mais: Texto: SÉCCA, Rodrigo Ximenes, LEAL, Rodrigo Mendes. Análise do setor superior privado no Brasil. BNDES Setorial. P. 103-156. Disponível em: http://www.bndespar.com. br/SiteBNDES/export/sites/ default/bndes_pt/Galerias/ Arquivos/conhecimento/ bnset/set3003.pdf. Acesso em: 22/06/2013. Em artigo escrito em 2002, de autoria de Luis Nascimento e Silvia Poledna, é destacado que o número de empresas que buscam o certificado ISO 14000 vem crescendo. Esse aumento na busca pelo certificado ocorre de-vido ao desejo das empresas em aumentar sua competitividade no cenário internacional. Outro fator de incentivo é a publicidade ge-rada pela certificação da norma, que possibilita ações publicitárias. Tendo em vista tais bene-fícios, em 2002, a UNISINOS aprovou o projeto que tinha por propósito obter a certifica-ção ambiental. Para conseguir tal mérito, a universidade teve de passar por diversas modifi-cações estruturais, como a im-plementação de um centro de tratamento de água. No ano de 2004, a instituição finalmente alcançou esse feito, sagrando- -se a primeira universidade da América Latina a obtê-la. Devi-do a isso, todos os anos audito-rias são realizadas com o intuito de comprovar o controle sobre os impactos ambientais e suas atividades. Utilizando como exemplo a universidade, percebe-se uma li-gação dos benefícios da imagem da empresa perante a sociedade com a implementação da norma. Outro fator que merece destaque é a conscientização ambiental dos funcionários e alunos, no caso da universidade. Tais atitudes aca-bam por gerar uma cultura pre-dominante dentro da instituição, que tende a prevalecer durante os anos decorrentes. Em 2009, o BNDES (Ban-co Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) realizou uma pesquisa revelando que o ensino superior no Brasil sofreu grandes mudanças ao longo dos últimos vinte anos. Desde o início da dé-cada de 1990, o número de matrí-culas em IES (instituições de en-sino superior) tem aumentado muito, principalmente em institui-ções privadas. Essas informações foram descritas em artigo de autoria de Rodrigo Ximenes Sécca e Rodrigo Mendes Leal, que analisaram da-dos do Inep e do BNDES. Os pes-quisadores constataram que, em 1995, foram 1,76 milhão de alu-nos matriculados enquan-to, em 2007, o número chegou a 4,88 milhões. Nesse período, as insti-tuições privadas aumen-taram em quase 200%, ao passo que o crescimento das públicas alcançou ape-nas 18,6%. Sécca e Leal aponta-ram algumas hipóteses de fatores condicionantes desse aumento da deman-da pelo ensino superior. Dados do IBGE (Institu-to Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que houve um grande aumento da popula-ção de 18 a 30 anos devido à alta taxa de natalidade dos anos 1980. Na década de 90, o Brasil teve um índice elevado de desempre-go, o que influenciou o incremen-to da educação formal no país, vis-to que era necessária uma melhor qualificação do empregado. A LDB (Lei de Diretrizes e Ba-ses da Educação Nacional) esta-beleceu, no artigo 4º, a obrigato-riedade e a gratuidade do ensino fundamental. Com isso, o gover-no viu a necessidade de univer-salizar também o ensino médio, o que teve efeitos no Ensino Su-perior. Outro fator foi a maior disponibilidade de financiamen-to estudantil e de bolsas de es-tudo, tais como o Financiamento Estudantil (FIES), criado pela Cai-xa Econômica Federal (CEF) em 1999, e o Programa Universidade para Todos (ProUni), do Governo Federal, de 2004. Esses fatos levaram o BNDES a assinar, em agosto de 2009, um acordo com o MEC (Ministério da Educação) para o financiamen-to de IES denominado Programa de Melhoria do Ensino das Ins-tituições de Educação Superior. Nesse programa, o BNDS ofere-cia um orçamento de R$ 1 bilhão para as instituições beneficiárias, que deveriam atender uma sé-rie de requisitos para fa-zer parte do programa du-rante cinco anos. “Os itens financiáveis pelo Programa incluem, além de inves-timentos fixos, a reestru-turação financeira da IES, mediante apresentação de projeto de otimização ope-racional, com vistas a ga-rantir a sustentabilidade financeira da instituição”, afirmam Sécca e Leal. To-dos esses dados mostram em números a evolução do ensino superior brasileiro. IS O 14001 O Ensino Superior Brasileiro Pesquisa apresenta dados de 1995 a 2009 Texto: Isadora Soria Galvarro Zanini
  • 26. NOTÍCIAS Artigo científico descreve uma nova estratégia de marketing decorrente da atual forma de ver o mundo Em 2004, foi publicado um artigo na Revista de Administração da UNIMEP que descreve um fato emergente que pode agregar um grande diferencial para empresas de todos os mercados: o marketing ver-de. A administração de empresas re-quer atualização constante dos seus conhecimentos. Atualmente, a fide-lização de um cliente com um pro-duto ou serviço já é quase inexisten-te: as demandas da sociedade estão cada vez mais específicas e voláteis, e o mercado competitivo se encon-tra cada vez mais homogêneo. Esse contexto influencia o desenvolvi-mento de pensamentos voltados para a inovação e a criação de ideias que se diferenciem e atendam a de-manda do mercado rapidamente. O artigo explica com clareza o marke-ting verde, no qual se faz imprescin-dível, além da criatividade, uma vi-são sistêmica do mercado em que a empresa está inserida. A compreen-são do mercado e de suas mudanças e a identificação de novas preferên-cias são essenciais para o sucesso de uma organização. Em que medida o que se com-pra prejudica o meio ambiente? Quanto a poluição gerada pelo cres-cimento descontrolado de tecno-logia afeta a saúde da população? O marketing ambiental surge como Texto: Júlia Grala Nogueira Leia mais: GIULIANI, Antônio. Marketing Ecológico: análise e tendências em um ambiente globalizado. RAU: Revista de Administração da UNIMEP, v. 2, n. 1, Maio / Agosto – 2004. 26 GIL em Revista - Novembro/2013 uma solução para quem se encon-tra na área industrial de fornecimen-to de produtos e de serviços e possui necessidade de adequação a seus clientes, fornecedores e terceiros. As organizações que visam obter dife-renciação no mercado competitivo devem compreender integralmente o mercado consumidor, identificar necessidades, desejos e interesses e oferecer produtos que contemplem essas demandas de forma eficiente, rápida e diferenciada. A American Marketing Associa-tion (AMA) define marketing da se-guinte forma: “marketing é a execu-ção das atividades de negócios que dirigem o fluxo de bens e serviços do produto ao consumidor”. Antônio Giuliani, autor do artigo, sugere uma reformulação dessa definição, uma vez que o marketing atual tem uma função muito mais complexa e, cada vez mais, deve se orientar pela bus-ca da satisfação de longo prazo, além de novas formas de atuação deve-rem surgir para assegurar aos con-sumidores maior qualidade de vida e opções de empresas qualificadas no mercado. Além de modificar a vi-são do cliente e criar vantagem com-petitiva, a adoção de práticas verdes como reutilização de materiais, re-dução de desperdícios e respeito a normas ambientais reduz drastica-mente custos em longo prazo. Quan-do ocorrer uma associação positiva e confiável entre produto, empresa e sua postura ambiental, o marke-ting verde terá atingido seu objetivo. O empreendedorismo é um tema muito relevante, visto que mui-tas pessoas sonham ter seu próprio negócio, transformar a sua ideia em realidade e obter sucesso empresa-rial. Um estudo publicado em 2011 por estudantes da Universida-de Paulista revela alguns aspectos importantes sobre os jovens em-preendedores. Entre os países da América Latina e do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil é o país que possui mais jovens empreendedores, seguido pelo Peru. No Brasil, o empreendedorismo é incentivado por empresas que auxi-liam jovens a se destacar no mercado. Muitas vezes, os jovens recebem gra-tuitamente apoio nas escolas ou por meio de cursos. Esse estudo também constatou que há uma grande taxa de desemprego entre os jovens, o que os leva a tornarem-se empreendedo-res por necessidade. Todavia, a maioria dos jovens brasileiros empreende por oportunidade. Em 2009, os mesmos estudantes realizaram um estudo no Brasil sobre a taxa de educação dos jovens empreen-dedores. Os resultados apontaram que mais da metade dos jovens empreen-dedores tem apenas entre 5 e 11 anos de estudo. Tais dados têm relação com o sucesso do negócio, pois muitos não possuem educação superior, não ob-tendo, assim, diversos conhecimen-tos necessários para o crescimento da empresa. É possível estabelecer dife-renças entre a formação do empreen-dedor por necessidade e a do que o faz por oportunidade, visto que aque-les que empreendem por oportunida-de têm maior estudo e consequente-mente maior sucesso do que os outros. Marketing verde Os jovens e o empreendedorismo Estudo revela a situação dos jovens empreendedores no Brasil Texto: Mariana Lyra de Almeida Leia mais: Bulgacov, Yára; Cunha, Sieglinde; Camargo, Denise; Meza, Maria Lúcia; Bulgacov, Sergio. Jovem empreendedor no Brasil: a busca do espaço da realização ou a fuga da exclusão? São Paulo: Universidade Estadual Paulista. 2011.
  • 27. Da inovação ao Open Innovation A inovação é essencial para que as empresas ganhem maior destaque no mercado GIL em Revista - Novembro/2013 27 O conjunto de normas ISO 14000 garante a uma empre-sa um certificado de obten-ção de um Sistema de Gestão Am-biental, assegurando que ela trata, de maneira devida, seus resíduos pro-dutivos e certificando-a dentro das leis ambientais. Atualmente o cresci-mento de empresas que aderiram ao conjunto de normas ambientais ISO 14000 vem crescendo. Hubert Sch-mitz, pesquisador da área de gestão ambiental, afirma que, na medida em que multinacionais criam barrei-ras burocráticas ambientais para im-portação e exportação, as empresas se veem obrigadas a adequarem-se a essa normatização, que garante um cuidado ambiental e uma “imagem verde” à empresa, gerando também vantagem competitiva. Para entender o nível de ganhos competitivos obtidos através da certi-ficação, o pesquisador Alex Coltro, da Universidade de São Paulo (USP), re-alizou uma pesquisa quantitativa de amostragem não aleatória, entrevis-tando um total de 68 participantes, dos quais 53% atuam em empresas certificadas, e 47%, em organizações em processo de certificação. Dentre os entrevistados, 24% constataram que a implantação da ISO 14000 não gerou abertura para novos mercados, 68% disseram que sua empresa alcançou novos negociantes, e os demais não souberam responder. Quanto à vanta-gem competitiva, 13% responderam não notar tal mudança em sua empre-sa, enquanto 85% afirmaram percebê- -la. 2% não tinham essa informação. A redução de custos – uma van-tagem competitiva já apontada por Cyro Eyer Valle no livro “Qualidade ambiental: como ser competitivo pro-tegendo o meio ambiente” – foi de até 10% para mais da metade dos entre-vistados. Ao contrário, mais de 20% dos informantes afirmaram que não houve redução de custos em sua em-presa. A pesquisa de Alex Coltro mos-tra que a implantação da norma pode trazer vantagem competitiva, mas, devido a diferentes respostas dos en-trevistados, ainda há uma série de possibilidades a serem investigadas. Deve-se, por exemplo, tentar enten-der os reais impactos da aplicação da ISO 14000 à medida que seu número de certificações vem crescendo anu-almente, como demonstra o relatório ISO Survey de 2010. Seus dados mos-tram também que o Brasil teve o sé-timo maior crescimento de certifica-ções no mundo, apresentando em 2010 um aumento de 1.488 empresas certificadas. Além disso, o relatório re-velou um número de 250.972 de em-presas certificadas no mundo, estan-do a China com o maior número delas, um total de 69.784 certificações. IS O 14000 Afinal, essa certificação ajuda a obter vantagem competitiva? Texto: Moacir Bilhar Costa Junior Leia mais: COLTRO, Alex. Sistema de certificação ISO 14000: ganhos competitivos. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2005. SCHMITZ, Hubert. Eficiência Coletiva: caminho de crescimento para a indústria de pequeno porte. Ensaios FEE, Porto Alegre, v.18, n.2, 1997, p.164-200. VALLE, Cyro Eyer do. Qualidade ambiental: como ser competitivo protegendo o meio ambiente (como se preparar para as Normas ISO 14000). São Paulo: Pioneira, 1995. International Organization for Standardization. ISO Survey. Disponível em: http://www. iso.org/iso/iso-survey2010.pdf. Acesso em: 22/06/2013. No ano de 2011, foi produzido um artigo sobre a evolução do pro-cesso de inovação a partir da visão do economista e administrador Joseph Schumpeter e sobre um novo modelo de inovação, chamado Open Innova-tion. O artigo, publicado pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e escrito por Adriana dos Santos, Cintia Fazion e Giuliano Me-roe, foi denominado “Inovação: um estudo sobre a evolução do conceito de Schumpeter”. Desde o início do século XX, a ino-vação tem sido tema de Schumpeter, que afirma que o desenvolvimento eco-nômico se constitui a partir de mudan-ças ocorridas na vida econômica das pessoas. O economista acredita que, devido à competitividade, é necessário que as empresas ganhem maior desta-que no mercado, e um dos principais caminhos para isso é a inovação. O modelo capitalista evoluiu com o passar do tempo, acarretando uma oscilação entre a oferta e a demanda de bens e serviços que gerou uma ne-cessidade de inovar e conquistar no-vos mercados. Nesse contexto, a tec-nologia representa uma oportunidade de crescimento econômico; por isso, as corporações passam a investir na conquista de novas tecnologias, novos conceitos, novos modelos de gestão, novas pessoas e novas ideias. No ano de 2003, Henry Ches-brough instituiu o conceito do Open Innovation, um processo de aplica-ção da inovação em ambientes exter-nos e internos aos da empresa. Con-forme citação dos autores do texto, “a inovação aberta é a mudança do mo-delo adotado atualmente por mui-tas empresas, conhecido como inova-ção fechada, que defende a ideia da retenção dos recursos internos, as-sim como o não uso (ou pouco uso) dos recursos externos, além de ser uma evolução da teoria schumpete-riana”. Assim, é possível perceber que tal prática possui dois objetivos prin-cipais: adquirir recursos externos ao da empresa e propiciar que recursos internos não utilizados pela empre-sa sejam usados em ambientes exter-nos ao da organização, para que ou-tras possam aproveitá-los. Esse novo modelo de inovação surgiu em virtude de os processos de inovação fechada não serem su-ficientes para a crescente globaliza-ção. Quando o processo de criação e de inovação se esgota no interior da empresa, é necessário que se bus-quem externamente novas maneiras de aplicá-las. Texto: Patrícia Machado Garcia Leia mais: SANTOS, Adriana, FAZION, Cíntia, MEROE, Giuliano. Inovação: um estudo sobre a evolução do conceito de Schumpeter. Revista PUC-SP, vol. 5, n. 1, 2011.
  • 28. NOTÍCIAS A psicologia vem sendo cada vez mais valorizada pelos ra-mos administrativos e espor-tivos. As equipes têm procurado, nos últimos tempos, executar ações psicológicas com indivíduos e gru-pos, visto que essa nova forma de lidar com os membros vem sendo aprovada e trazendo resultados sig-nificativos. Ainda que a implemen-tação da psicologia possa trazer be-nefício para as organizações, há certa resistência por parte daque-les que não têm o conhecimento necessário dessa nova abordagem. Segundo o artigo “Psicologia do Esporte e jovens tenistas: Rela-to de uma experiência”, publicado por Mariana Hollweg Dias e Mar-co Antônio Pereira Teixeira na revis-ta Psico, a maior difusão da Psicolo-gia do Esporte ocorre em relação ao esporte de alto nível ou alto rendi-mento. Em função do elevado índi-ce de aperfeiçoamento de técnicos e de atletas, perceberam-se com-portamentos de origem psíquica que favoreciam alguns esportistas, o que motivou o início das investi-gações dos fenômenos psicológicos relacionados à prática esportiva. Nesse sentido, a Psicologia repre-senta uma importante ferramenta para a otimização da performance. Já Tiago Nicola Lavoura, Mar-celo Callegari Zanetti e Afonso An-tônio Machado, autores do artigo 28 GIL em Revista - Novembro/2013 “Os estados emocionais e a impor-tância do treinamento psicológico no esporte”, abordam o treinamen-to das habilidades psicológicas, que é, frequentemente, negligencia-do pela maioria das equipes e fun-cionários, devido à falta de conhe-cimento, à percepção de falta de tempo ou à crença de que habili-dades psicológicas são inatas e não podem ser ensinadas. Para os au-tores, isso é um gravíssimo erro, já que as questões psicológicas estão presentes em todas as sessões de treinamento e competições, faltan-do apenas um adequado direciona-mento das ações para que elas se-jam efetivamente resolvidas. Psicologia do esporte Artigos salientam sua importância na capacitação dos atletas Texto: Pedro Bergamaschi de Oliveira Leia mais: LAVOURA, Tiago Nicola, ZANETTI, Marcelo Callegari, MACHADO, Afonso Antônio. Os estados emocionais e a importância do treinamento psicológico no esporte. Motriz, Rio Claro, v.14, n.2, p.115-123, abr./jun. 2008. DIAS, Mariana Hollweg, TEIXEIRA, Marco Antônio Pereira. Psicologia do Esporte e jovens tenistas: relato de uma experiência. Revista Psico, v. 37, n. 2, pp. 191-198, maio/ago. 2006. De que maneira a opi-nião pública pode influenciar a indústria, positiva ou ne-gativamente? É possível que tal influência faça com que as empresas comecem a pro-duzir alimentos que agradem aos consumidores sem preju-dicar sua saúde? Eduardo Spers, Défio Zyl-bersztajn e Cláudio Macha-do fizeram um estudo sobre o papel que as pessoas de-sempenham no rumo das em-presas alimentícias. O artigo, publicado em 2004, descre-ve quais ações públicas e pri-vadas podem surgir para pro-porcionar produtos de maior qualidade. As empresas de-vem respeitar certas nor-mas de qualidade, não ofere-cer riscos à saúde e obedecer a certos princípios: na indús-tria alimentícia, não seria di-ferente. Vernon Smith e Lawren-ce White, citados no artigo, afirmam que os princípios das instituições interferem na es-colha do consumidor, a qual, por sua vez, resulta no melhor (ou pior) desempenho econô-mico. O estudo de 2004 mos-trou, em sua essência, como o consumidor tem um papel im-portante na economia, pro-porcionando feedbacks e rei-vindicando seus desejos. Indústria alimentícia O que um consumidor crítico pode mudar em uma indústria? Texto: Rubem Carlos Klein Júnior Leia mais: SPERS, Eduardo E., ZYLBERSZTAJN, Décio, MACHADO, Cláudio A. P. F. O Papel Público e Privado na Percepção do Consumidor sobre a Segurança dos Alimentos. Impulso, Piracicaba, vol. 15, n. 36: 45-57, 2004.
  • 29. A motivação na comunicação do líder A comunicação de um líder contribui com o melhor atingimento de metas, resultados e produtividade Hoje em dia, temos mui-tas formas de receber in-formações, mas nem sem-pre estamos nos comunicando. Muitas informações que são produzidas e passadas aos fun-cionários (feedbacks) pelos seus líderes geram mudanças de atitu-des não são transmitidas de for-ma adequada. Além disso, muitas vezes a informação não chega à pessoa certa, gerando ao líder um grande problema com o seu grupo. Um trabalho de con-clusão de curso feito em dezembro de 2007 em Bra-sília, na Fundação Institu-to de Administração, mos-trou que a comunicação pode ser definida como tor-nar algo comum. Além dis-so, a comunicação tem uma missão de socializar os in-divíduos, pois o ser huma-no necessita da vivência em sociedade. Uma boa comu-nicação é necessária para a eficiência de qualquer em-presa ou organização. Muitas ve-zes, a falta dela gera problemas para o bom desempenho de um grupo. A comunicação precisa ser compreendida, quando passa-da pelo líder aos seus liderados. Quando esse processo ocorre, há uma satisfação do liderado. Um lí-der deve possuir habilidades para dirigir o seu grupo, sendo uma de-las a comunicação, que motiva to-dos os que estão a sua volta e me-lhora o processo da organização. Segundo os autores do traba-lho, Maria Beatriz Bastos Barreto e Sólon Lopes Pereira, quando esta-mos motivados, temos mais dispo-sição para fazer um trabalho bem feito, satisfazendo cada indivíduo. Quando uma necessidade não nos satisfaz, acaba gerando uma ten-são maior, mas, quando aconte-ce o contrário, proporciona moti-vação, estimulando o grupo para atingir as devidas metas. A motivação pode ser defini-da como um impulso a uma ação que aconteceu ou que vai acontecer. Por se tratar de impulso ou de necessi-dade, pode-se dizer que é originada basicamente no interior dos indivíduos. Por esse motivo, quando um bom líder consegue chegar a esse ponto com os seus li-derados, passa confiança, respeito e segurança, moti-vando cada vez mais o seu grupo em rumo de melho-res resultados. Texto: Taís Barreto Nunes Leia mais: BLIKSTEIN, Izidoro. Técnicas de Comunicação Escrita. São Paulo: Ática, 2003. Patrocínio esportivo Eventos que levam multidões aos estádios se tornam poderosos mercados a se investir GIL em Revista - Novembro/2013 29 Com a realização da Copa das Confederações e a aproxi-mação da Copa do Mundo de Futebol, muito se fala sobre a organização das cidades e so-bre a estrutura que iremos for-necer aos visitantes estrangei-ros. Porém, um assunto que ainda é pouco abordado é o patrocínio esportivo. Por que um mercado de tanto poten-cial ainda é tão pouco estuda-do em nosso país? Phil Schaaf, no livro Sports Marketing, not just a game anymore, define o patrocínio esportivo como “um mecanis-mo de promoção através do qual os esportes penetram nos mercados de consumo de for-ma a criar publicidade e lucro para compradores corporati-vos e participantes”. As mar-cas e os produtos utilizam os eventos esportivos como fer-ramenta de promoção. Assim, segundo Wesley Cardia no li-vro “Marketing e Patrocínio Esportivo”, o patrocínio es-portivo é um investimento que uma entidade pública ou pri-vada faz em um evento espor-tivo, atleta ou grupo de atletas com a finalidade de atingir pú-blicos e mercados específicos, recebendo de volta uma série de vantagens encabeçadas por incremento de vendas, promo-ção, melhor imagem e simpa-tia do público. Atualmente, o mercado do patrocínio esportivo no futebol movimenta cifras que ultrapas-sam a casa dos sete dígitos no Brasil. Tais valores fazem com que essa temática necessite de um maior envolvimento por parte da área da Administração, principalmente nas estratégias das empresas, no marketing esportivo e no estudo sobre o comportamento do consumi-dor, afirma Rafael Zunino. Por isso, se uma pessoa deseja se tonar um investidor, ter maior conhecimento sobre a área se torna de suma im-portância. Com a aproxima-ção dos grandes eventos, o Brasil será o centro das aten-ções na esfera esportiva. Por isso, quanto maior for o domí-nio sobre o marketing espor-tivo, mais frutíferos serão os retornos obtidos com os inves-timentos. Texto: Felipe da Rocha Stumpf Leia mais: CARDIA, Wesley. Marketing e Patrocínio Esportivo. Porto Alegre: Bookman, 2004. SCHAAF, Phill. Sports Marketing, not just a game anymore. Amherst: Prometeus Books, 1995. ZUNINO, Rafael. Comportamento de Compra de Torcedores de Clubes de Futebol: Um Estudo da Aquisição de Produtos dos Patrocinadores. Encontro de Marketing, EMA, 2006.
  • 30. NOTÍCIAS O uso da técnica em um estudo sobre café Em uma pesquisa científica, são utilizadas várias metodologias para alcançar resultados preci-sos. Um desses métodos é a técnica de laddering, que procura entender como os consumidores traduzem atributos em valores inerentes a cada produto. Segundo Thomas Reynolds e Jonathan Gutman, especialistas em laddering, para fazer uso dessa téc-nica são necessárias duas etapas bá-sicas. Elas se dividem em coleta de dados e em sua interpretação. Para obtê-los, o entrevistador deve ela-borar perguntas que busquem en-tender o motivo pelo qual o consu-midor gera valor sobre um produto. Ao término da entrevista, adquire-se uma sequência A-C-V, que são, res-pectivamente, atributos, consequên-cias e valores. Essa técnica pode ser verificada no artigo “Sabor e bem-estar: uma relação entre atributos de produ-to Texto: Vinícius Rocha Morellato Leia mais: PIMENTA, Márcio Lopes et. all. Sabor e bem-estar: uma relação entre atributos e valores pessoais de consumidores de marcas regionais de café. Brazilian Business Review, v.9, n.3, Vitória, jul.-set. 2012, p. 122–144. REYNOLDS, Thomas, GUTMAN, Jonathan. Laddering theory, method, analysis, and interpretation. Journal of Advertising Research, February- March 1998. 30 GIL em Revista - Novembro/2013 e valores pessoais de consumido-res de marcas regionais de café”, de Márcio Lopes Pimenta e colegas, pu-blicado em setembro de 2012. Ten-do em vista o grande consumo de café pelos brasileiros, os pesquisado-res foram a campo buscar por que os consumidores utilizam um café re-gional em vez de cafés nacionais ou, até mesmo, internacionais. A análise de dados realizada por pesquisadores possibilitou con-cluir que os consumidores de cafés preferem as marcas regionais, pois elas são mais fortes e puras. Além disso, segundo o estudo, com o café mais forte, a pessoa fica mais dispos-ta na realização de suas tarefas. En-trevistados ainda relatam que alguns cafés não regionais apresentam em sua composição cereais, folhas e até mesmo galhos, enquanto os cafés de suas respectivas regiões seriam pu-ros e conteriam somente café. As empresas familiares têm, em sua origem e em sua gerência, pessoas da mesma família, repre-sentando 80% do mercado mun-dial e sendo responsáveis por 60% dos empregos gerados, de acordo com Robert G. Donnelley. No en-tanto, apenas 25% das empresas familiares conseguem sobreviver à mudança de geração, e menos de 10% conseguem passar da ter-ceira sucessão. Por muitas vezes, as empre-sas se veem obrigadas a entrar no processo de sucessão familiar. Tanto o tempo quanto imprevistos são fatores que podem dar início ao processo, que pode acarretar diversos riscos incluindo a sua so-brevivência no mercado. Confor-me livro de Domingos Ricca, esse processo deve ser planejado com antecedência a fim de obter um melhor resultado, para que o su-cessor seja capaz de agir e de sa-ber enfrentar os problemas do dia a dia, tendo pleno conhecimento da empresa e do mercado onde está inserida. A escolha do sucessor deve ser trabalhada para que não ocor-ram conflitos que comprometam a relação entre os familiares, evi-tando processos que possam ge-rar grandes perdas na empresa. Segundo publicação de Garcia, uma sucessão bem estruturada deve focar-se na empresa, visan-do evitar conflitos oriundos de ci-úmes ou de má administração na gestão financeira. Laddering Sucessão familiar De que maneira devemos lidar com isso? Texto: Willian Henzel Gossler Leia mais: DONNELLEY, R. G. A Empresa Familiar. RAE (Revista de Administração de Empresas), v. 7, n. 23, abr.-jun., 1967. GARCIA, V. P. Desenvolvimento das famílias empresárias. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. RICCA, Domingos. Sucessão na empresa familiar: conflitos e soluções. Cla Editora: São Paulo, 2007.
  • 31. Sistema brasileiro de patentes Estudo ressalta que o sistema brasileiro de patentes possui brechas Existe uma série de questiona-mentos e indagações a res-peito do uso das patentes e das informações nelas contidas. Patentes impulsionam ou freiam inovações? É possível medir o ní-vel tecnológico de um país a par-tir de suas patentes? É nessas dú-vidas que se baseia o artigo “Uso da informação contida em paten-tes nos países em desenvolvimen-to”, de Vânia Araújo. O artigo enfatiza que um sis-tema de patentes como o brasi-leiro abre portas para que a con-corrência externa entre no país e nele estabeleça raízes comercias. Ressalva-se também a importân-cia das patentes, visto sua neces-sidade de ressarcir inventores e investidores, de maneira justa, pelo trabalho e tempo na inven-ção gastos. Protegendo tais inven-tos e impulsionando o mercado, a patente representa uma forma de circulação de tecnologia e possi-bilita medir em qual nível se en-contra o país, portanto. Por fim, Vânia afirma, em seu artigo, que os registros de patentes são grande fonte de co-nhecimento, pois possuem des-crições detalhadas que caracteri-zam o produto em questão. Após o tempo destinado ao inventor de uso exclusivo, diversas orga-nizações podem acessar tal in-formação e reproduzi-la, porém, mais importante do que isso, melhorá-la, impulsionando uma nova onda de crescimento e não restando dúvidas de que tais es-forços em P&D, utilizando infor-mações contidas em patentes, podem dar ao Brasil um grande impulso econômico. Texto: Felipe Estrada Scozziero Leia mais: ARAÚJO, Vânia Maria Rodrigues Hermes. Uso da informação contida em patentes nos países em desenvolvimento. Ci. Inf., 13(1): 53-6, jan./jun. 1984.
  • 32. NOTÍCIAS Problemática das empresas familiares Divergência e convergência dos problemas de sucessão Um estudo realizado com 89 em-presas criadas por jovens, publicado em 2008 por professores de Adminis-tração e intendentes de empreende-dorismo, revelou as dificuldades do processo empreendedor. Os resulta-dos apontados são quatro: • na maior parte dos casos, os jo-vens criam suas empresas em equipe; • começam com um capital ini-cial menor que os empreendedores de 35 anos ou mais; • precisam atravessar um pro-cesso de criação empresarial que dura, em média, mais de dois anos; • desempenham funções em to-das as áreas da administração – muitas vezes para as quais têm pouca ou ne-nhuma formação e experiência. Segundo Felipe, Ana Luísa e Ri-vanda, jovens empreendedores são pessoas entre 18 e 34 anos que ini-ciam uma empresa. Esse processo pode ser dividido em cinco etapas: Existência, Sobrevivência, Sucesso, Crescimento e Maturidade. Essas eta-pas não tratam apenas do processo de criação, mas também do ciclo de vida empresarial completo. Na pesquisa realizada, o proces-so de criação empresarial é dividido em oportunidades e necessidades, ha-vendo processos voluntários e invo-luntários. A grande maioria dos infor-mantes, segundo o estudo, começou a empreender a partir de uma análise de mercado. Os jovens encontram mais resis-tência em redigir planos de negócio 32 GIL em Revista - Novembro/2013 que os outros empreendedores. As principais barreiras para isso são a aná-lise do mercado, o tempo hábil, a ela-boração do plano financeiro, o saber fazer e o acesso a informações. Talvez em razão do nível elevado de dificulda-de que encontram para elaborar o pla-no de negócio, eles acabam por levar, aproximadamente, o dobro do tem-po para finalizá-lo em relação a outros empreendedores. Outro empecilho enfrentado é a mobilização de recursos financeiros para criar sua empresa. Devido à pou-ca idade, eles não acumulam, em ge-ral, o capital necessário para criá-la, tampouco adquirem bens de modo a oferecer como garantia para conseguir empréstimos. Esse motivo os leva a re-correrem à ajuda da família e de ami-gos, ao chamado capital de proximida-de. Os dados apontam que 48% dos jovens buscam esse recurso. Por não possuírem experiência, jovens empreendedores se deparam com outros entraves, tais como o re-gistro legal da empresa, a contratação de empregados e o desenvolvimen-to do primeiro produto ou serviço. O processo de desenvolvimento empre-sarial é longo. Em média, precisam de 27 meses, após o registro da empresa, para alcançar o ponto de equilíbrio. Ao abrirem um negócio, esses jovens precisam fazer de tudo, des-de produzir até administrar. Para isso, múltiplas competências são necessá-rias. São poucos os que, ao abrirem uma empresa, já possuem alguma ex-periência com o cargo de direção. Ao menos 50% dos jovens, entre 18 e 24 anos, empreendem sem ter nenhuma experiência administrativa anterior. Assim, observa-se que, no come-ço, os jovens obtêm menos sucesso do que empreendedores com mais expe-riência, o que acontece por eles não serem experientes e por não possuí-rem muitos recursos financeiros. Por-tanto, recomendam-se algumas dicas aos jovens empreendedores: • é preciso recorrer, desde o iní-cio do processo de criação, ao apoio de pessoas com experiência na criação e gestão de empresas; • é fundamental adquirir conhe-cimento e experiência nas diferentes áreas da administração, se possível an-tes do início da criação de uma peque-na empresa; • é bom se prepararem para um processo longo e que pode levar mais de dois anos até chegar ao equilíbrio financeiro, por isso mobilizar os recur-sos necessários e ser perseverante é um dever; • por fim, é importante que pro-curem conhecer bem o mercado em que pretendem atuar e, desde o início, interajam com clientes em potencial. Essa interação pode alimentar os jovens com informações vindas direta-mente de possíveis compradores e/ou consumidores dos produtos que pre-tendem comercializar. Empreendedorismo A forma como os jovens e os mais velhos criam uma empresa é semelhante? Texto: Guilherme de Souza Fetter Leia mais: BORGES, Cândido, FILION, Louis Jacques, SIMARD, Germain. Jovens empreendedores e o processo de criação de novas empresas. RAM (Revista de administração Mackenzie), v. 9, n. 8, Edição Especial, nov./ dez. 2008. CARVALHAL, Felipe, LEÃO, Ana Luísa, TEIXEIRA, Rivanda Meira. Empreendorismo Jovem: Perfil e Motivações de Empreendedores em Aracaju, Sergipe. RPCA, Rio de Janeiro, v.6, 2012. Você sabia que, no Bra-sil, a maior parte das em-presas são familiares? Se-gundo o SEBRAE, esse número chega a 90% de todas as empresas brasilei-ras, representando, assim, uma boa parte da econo-mia do país. Ten-do em vista que o número de em-presas familiares é tão grande, dois pes-quisadores – José Elias Flores Jr. e Carmem Lígia Iochins Grisci – decidiram analisar os di-lemas entre pais e filhos criados no processo sucessório de em-presas familiares. Durante sua bus-ca pelos dilemas, os pesquisadores cons-tataram que, mui-tas vezes, o que mais preocupa os pais empresários são as questões re-ferentes à vida e à morte, enquanto, para os filhos, o maior temor se relacio-na à legitimação pessoal. Os estu-diosos afirmam que “a vivência de dilemas dos pais é fonte de sofri-mento para os filhos e vice-versa”. Os pesquisadores, em sua análise, chegaram à conclusão de que todos os dilemas da sucessão carregam o peso dos conceitos de “viver” e de “morrer”, sejam eles literais ou simbólicos. Des-sa maneira, a sucessão pode ser considerada um sofrimento rela-cionado à vida e à morte de seu administrador. Texto: Carlos Alberto Spinelli Leia mais: FLORES JR., José Elias, GRISC, Carmem Lígia lochins. Dilemas de Pais e Filhos no Processo Sucessório de Empresas Familiares. XXXIV Encontro da ANPAD, Rio de Janeiro, 2010.