A crise na economia brasileira deriva de dois tipos de fatores: conjunturais e estruturais. Os fatores estruturais determinam a baixa competitividade do Brasil, sobretudo, da indústria. O retorno ao crescimento demanda ações em pró da competitividade paralela ao ajuste fiscal.
2. Roteiro
2
1. O estado da indústria e da economia brasileira
2. Baixa competitividade: um problema estrutural
3. Importância da produtividade
4. Determinantes da competitividade
5. Aumentando a produtividade
6. Propostas de curto prazo
3. Roteiro
3
1. O estado da indústria e da economia brasileira
2. Baixa competitividade: um problema estrutural
3. Importância da produtividade
4. Determinantes da competitividade
5. Aumentando a produtividade
6. Propostas de curto prazo
4. O estado da indústria brasileira
4
90
95
100
105
110
jan-12 jul-12 jan-13 jul-13 jan-14 jul-14 jan-15
100
105
110
115
120
jan-12 jul-12 jan-13 jul-13 jan-14 jul-14 jan-15
Produção industrial cai 3% em 2014 e continua em queda em 2015
Emprego, em abril de 2015, está 4,8% abaixo do apurado em abril de 2014
Produção física
Indústria de transformação e extrativa
série dessazonalizada
Emprego
Indústria de transformação
série dessazonalizada
Fonte: Indicadores Industriais/CNIFonte: PIM-PF/IBGE
5. O estado da economia brasileira
5
O Brasil se depara com uma conjugação perversa de causas conjunturais
e estruturais que limitam nosso crescimento
Causas
conjunturais
Causas
estruturais
Inflação
Desequilíbrio fiscal
Baixa produtividade
Custo Brasil
6. Política econômica
6
Intenso processo de ajuste e correção de rota
Ajuste fiscal: redução do gasto do governo e aumento de impostos
Realinhamento de preços: aumento da tarifa de energia e preços dos
combustíveis e desvalorização cambial
Combate à inflação: aumento dos juros e redução do crédito
Adicionalmente, temos a queda do preço do petróleo e os
desdobramentos da operação Lava-jato, com efeitos severos sobre a
economia e as instituições.
7. Política econômica
7
O ajuste macroeconômico não é suficiente para a retomada do
crescimento. Para isso é necessário uma estratégia conjunta de ajuste
macroeconômico e de medidas pró competitividade.
Ajuste
macroeconômico
Agenda da
competitividade
8. Roteiro
8
1. O estado da indústria e da economia brasileira
2. Baixa competitividade: um problema estrutural
3. Importância da produtividade
4. Determinantes da competitividade
5. Aumentando a produtividade
6. Propostas de curto prazo
9. Problema estrutural: baixa competitividade
9
10,5
17,3
20,8
21,7
5
10
15
20
25
2002 2005 2008 2011 2014
Participação dos importados
no consumo doméstico de
manufaturados
0,67
0,68
0,85
0,83
0,70
0,71
0,55
0,60
0,65
0,70
0,75
0,80
0,85
0,90
2000 2003 2006 2009 2012
Participação brasileira nas
exportações mundiais de
manufaturados
Indústria brasileira começa a perder mercado antes da crise internacional
Fonte: OMCFonte: CNI/Funcex
10. 80
90
100
110
120
130
140
jan-07 jul-07 jan-08 jul-08 jan-09 jul-09 jan-10 jul-10
Produção industrial Vendas do comércio
Efeito da crise internacional de 2008
10Fonte: PIM-PF e PMC/IBGE
Produção física e Vendas reais do comércio
série dessazonalizada
*Índice. Base: 2012 = 100.
Apesar do
pequeno efeito
na demanda,
efeito na indústria
é profundo
11. Retomada não sustentável
11Fonte: Banco Mundial
Produção manufatureira: Brasil e Estados Unidos
série dessazonalizada
Resposta à crise
não enfrenta o
problema da
falta de
competitividade
A recuperação
da indústria foi
rápida no Brasil,
mas não se
mantém.
70
75
80
85
90
95
100
105
110
115
jan-05 jan-06 jan-07 jan-08 jan-09 jan-10 jan-11 jan-12 jan-13 jan-14
Brasil Estados Unidos
12. Roteiro
12
1. O estado da indústria e da economia brasileira
2. Baixa competitividade: um problema estrutural
3. Importância da produtividade
4. Determinantes da competitividade
5. Aumentando a produtividade
6. Propostas de curto prazo
14. Importância da produtividade
14
A produção
industrial
brasileira está
limitada pela
oferta de fatores
de produção
(trabalho)
“coelhos e
raposas” 90
95
100
105
110
115
120
125
130
135
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Produção Número de trabalhadores
Produção física e Pessoal ocupado
Indústria de transformação e extrativa
Fonte: CNI e IBGE
15. O problema é a baixa produtividade
Componentes do custo unitário da trabalho em dólares reais
Taxa média de crescimento entre 2002 e 2012
Custo unitário do trabalho em dólares reais da indústria brasileira cresceu
136% entre 2002 e 2012
16. Roteiro
16
1. O estado da indústria e da economia brasileira
2. Baixa competitividade: um problema estrutural
3. Importância da produtividade
4. Determinantes da competitividade
5. Aumentando a produtividade
6. Propostas de curto prazo
19. Determinantes da competitividade
19
Custo Transação
Fatores de
produção
• Insumos e
matérias-primas
• Estrutura de mercado
• Energia
• Capital
• Trabalho
• Burocracia
• Segurança jurídica
• Relações de trabalho
• Tributação
• Infraestrutura
• Financiamento
21. Roteiro
21
1. O estado da indústria e da economia brasileira
2. Baixa competitividade: um problema estrutural
3. Importância da produtividade
4. Determinantes da competitividade
5. Aumentando a produtividade
6. Propostas de curto prazo
22. Economia de escala
22
Mercado doméstico do Brasil é grande, mas não podemos cair na
armadilha de achar que é suficiente
11,1
3,6
2,9
2,0 1,6 1,5 1,4 1,2 1,1 1,1
Consumo doméstico
2012 - US$ (Trilhões)
Fonte: Banco Mundial
23. Aprendizado (learning by doing)
23
O potencial de aprendizado e de utilização de novas tecnologias é limitado
pela baixa qualidade da mão de obra (baixa qualidade da educação)
O ambiente normativo das relações de trabalho no Brasil desestimula o
aumento da produtividade
Alta rotatividade da mão de obra
Insegurança jurídica devido à falta de regulamentação da terceirização
Restrições à remuneração diferenciada e premiação por mérito
Restrições às jornadas de trabalho diferenciadas
Restrições à realização de múltiplas funções pelo trabalhador
24. 24
30
35
40
45
50
55
60
65
70
jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15
*Indicador varia de zero a 100. Valores acima de 50 pontos indicam empresários confiantes.
Investimento
Fonte: Índice de Confiança do Empresário Industrial /CNI
ICEI – índice de confiança do empresário
industrial
Indústrias extrativa, de transformação e da
construção
Confiança do empresário industrial encontra-se no menor patamar desde
o início da série em 1999
Empresários industriais estão cada vez menos propensos a investir
65,6
50,9
60,3
42,7
56,7
28,9
25
35
45
55
65
75
dez-13 abr-14 ago-14 dez-14 abr-15
Intenção de investimento
Indústria extrativa, de transformação e da construção
Extrativa
TransformaçãoConstrução
25. Gestão
25
Produtividade
(Indexado)
106
100
O aumento de 1 ponto na
pontuação de gestão...
...está associado a uma
produtividade 6% melhor
Fonte: World Management Survey . Centre for Economic Performance, LSE.
As práticas de gestão são positivamente correlacionadas com o
desempenho das firmas, segundo estudo do Centre for Economic
Performance, London School of Economics.
26. Gestão
26
34
36
44
45
54
56
57
63
70
71
0 50 100
Qualidade da mão de obra
Infraestrutura de transporte
Qualidade dos serviços de telecom.
Qualidade do fornecimento de energia
Desempenho dos fornecedores
Qualid. dos insumos e matérias-primas
Escala/volume de produção
Serviços utilizados pela empresa
Qualid. e atualização tecnol. dos equip.
Método de gestão
Efeito
Negativo
Efeito
PositivoFonte: Sondagem Especial 56, Produtividade, dezembro de 2013, CNI.
Opinião dos
executivos
industriais
No Brasil, os empresários industriais consideram que seus métodos de
gestão afetam positivamente a produtividade da empresa
Fatores que afetaram a produtividade das empresas nos últimos cinco anos
Indicador
27. Gestão
27Fonte: World Management Survey . Centre for Economic Performance, LSE.
O indicador varia
entre 1 e 5
(melhor prática).
3,35
3,23
3,23
3,21
3,17
3,03
3,03
3,03
3,02
2,93
2,92
2,9
2,89
2,87
2,83
2,76
2,73
2,71
2,71
2,67
Estados Unidos
Alemanha
Japão
Suécia
Canadá
Reino Unido
França
Itália
Austrália
Nova Zelândia
México
Polônia
Irlanda
Portugal
Chile
Argentina
Grécia
Brasil
China
Índia
Qualidade da Gestão
Indicador geral WMS
Não obstante, o
World
Management
Survey coloca o
Brasil nas piores
colocações
28. Gestão
28
Fonte: World Management Survey . Centre for Economic Performance, LSE.
Ao contrário do Brasil e da Índia, os Estados Unidos e o Japão têm poucas
firmas mal gerenciadas (pontuações de 1 a 2).
29. Para aumentar a produtividade
29
Aumentar integração com a economia mundial, com as cadeias de valor
globais
Melhorar a qualidade da educação e a capacitação dos trabalhadores
Modernizar a legislação trabalhista valorizando a livre negociação e a
meritocracia
Aumentar o investimento, em especial, em inovação
Melhorar a gestão nas empresas
30. Roteiro
30
1. O estado da indústria e da economia brasileira
2. Baixa competitividade: um problema estrutural
3. Importância da produtividade
4. Determinantes da competitividade
5. Aumentando a produtividade
6. Propostas de curto prazo
31. As janelas de saída no curto prazo
Exportação
Investimento
privado em
infraestrutura
Ações
regulatórias e
desburocratizantes
Gestão
empresarial
Reduzir custo de transação para aumentar confiança
Ações de baixo custo para o governo
Ação de baixo custo
para a empresa
32. Propostas para aumentar a competitividade
2013 2014 2015
Diretrizes de longo prazo Propostas para as eleições
de 2014
Agenda de curto prazo
Foco em regulação e
desburocratização