SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
1
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
A AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA É REALIZADA:
 No início do tratamento.
 Mensalmente, quando possível ou, no mínimo, de 6 em 6 meses.
 Na Alta.
 Com maior frequência durante neurites e reações, ou quando houver suspeita
destas; durante ou após tratamento.
 Quando houver queixas do paciente.
A AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA INCLUI:
ANAMINESE
 QP – Queixa Principal;
 HDA - História.da Doença Atual;
 HPP - História da Patologia Pregressa;
 HF – História familiar;
 HS – História Social;
 Ocupação e Atividades Diárias;
 Exames Complementares.(RX, RNM, Tomografia, Exames Laboratoriais etc.)
AVALIAÇÃO DO ESTADO MENTAL e FUNÇÕES CORTICAIS SUPERIORES
 Nível de Consciência e conteúdo de consciência
 Escala de Glasgow, o miniexame do estado mental ( Folstein) e escala de
Ramsay para sedação.
 Deve-se ficar atento para alterações de humor e personalidade.
LINGUAGEM
 Afasias, disartria, dislalia e a disfonia.
MEMÓRIA
É a capacidade de armazenar informações e resgata-las em um momento
posterior.
2
EXAME FÍSICO
PALPAÇÃO DOS NERVOS
Verificar:
 Queixa de dor espontânea no trajeto do nervo;
 Queixa de choque ou dor à palpação no trajeto do nervo;
 Simetria ( compara sempre o lado direito com o lado esquerdo;
 Tamanho;
 Forma;
 Consistência ( duro o Mole;)
 Presença de nódulos;
COORDENAÇÃO MOTORA
Coordenação motora: taxia cinética olhos abertos e olhos fechados (ex.
(Prova índex-nariz), diadococcinesia e prova do rechaço.
Equilíbrio estático: olhos abertos e fechados (sinal de Romberg).
EQUILÍBRIO DINÂMICO: MARCHA.
Marchas Anormais
 Marcha ceifante
 Marcha em tesoura
 Marcha talonante
 Marcha atáxica
 Marcha escarvante
 Marcha com báscula de bacia
DIADOCOCCINESIA
– Movimentos alterados
Sinal de Romberg quando oscilação do tronco ocorre ao fechar os olhos (alteração
da propriocepção).
3
MOTRICIDADE:
 observar movimentos anormais;
 trofismo;
 tônus muscular (palpar o músculo, movimentar passivamente as articulações,
 balanço distal das extremidades);
 força muscular (provas comparativas contra a força da gravidade e provas
 contra-resistência - escala do MRC graus 0 a 5);
 Teste de Força Muscular.
GRAU DE FORÇA MUSCULAR
SUPORTA RESISTÊNCIA MAXIMA SEM FADIGAR
5
MOV. ATIVO CONTRA RESISTÊNCIA
4
MOV. ATIVO CONTRA A GRAVIDADE
3
MOV. ATIVO ELIMINADA A GRAVIDADE
2
CONTRAÇÃO MUSCULAR SEM MOVIMENTO
1
AUSÊNCIA DE CONTRAÇÃO
0
ANORMALIDADES DA FORÇA
 PARESIA = fraqueza
 PLEGIA = incapacidade total de realizar movimento
DISTRIBUIÇÃO
 Monoparesia/monoplegia = 1 membro
 Diparesia/diplegia = 2 membros ou face
 Paraparesia/paraplegia = 2 membros inf.
 Hemiparesia/hemiplegia = 1 lado do corpo
 Tetraparesia/tetraplegia = 4 membros Teste de Sensibilidade.
4
REFLEXOS
 Reflexos profundos (peitoral, tricipital, bicipital, estilorradial, flexor dos dedos,
costo-abdominal, médio-púbico, adutor da coxa, patelar, aquileu, flexor dos
dedos).
 Reflexos superficiais (cutâneo-abdominais superior, médio e inferior; cutâneo
plantar)
5
PLEXO BRAQUIAL
O membro superior é inervado
pelo plexo braquial situado no pescoço e
na axila, formado por ramos anteriores dos
quatro nervos espinhais cervicais inferiores
(C5, C6, C7, C8) e do primeiro torácico
(T1). O plexo braquial tem localização
lateral à coluna cervical e situa-se entre os
músculos escalenos anterior e médio,
posterior e lateralmente ao músculo
esternocleidomastóideo.
O plexo passa posteriormente à
clavícula e acompanha a artéria axilar sob
o músculo peitoral maior.
Os ramos ventrais do quinto e do sexto nervos cervicais (C5-C6) formam o
tronco superior; o ramo anterior do sétimo nervo cervical (C7) forma o tronco médio;
e os ramos anteriores do oitavo nervo cervical e do primeiro nervo torácico (C8-T1)
formam o tronco inferior.
6
Os três troncos, localizados na fossa supraclavicular, dividem-se em dois
ramos, um anterior e um posterior, que formam os fascículos, situados em torno da
artéria axilar. Os ramos anteriores dos troncos superior e médio formam o fascículo
lateral; o ramo anterior do tronco inferior forma o fascículo medial; e os ramos
posteriores dos três troncos formam o fascículo posterior. Na borda inferior e lateral
do músculo peitoral menor, os fascículos se subdividem nos ramos terminais do
plexo braquial.
Os ramos do plexo braquial podem ser descritos como supra-claviculares e
infra claviculares.
Ramos Supra-claviculares:
Nervos para os Músculos Escalenos e Longo do Pescoço - originam-se
dos ramos ventrais dos nervos cervicais inferiores (C5, C6, C7 e C8), próximo de
sua saída dos forames intervertebrais.
Nervo Frênico - anteriormente ao músculo escaleno anterior, o nervo
frênico associa-se com um ramo proveniente do quinto nervo cervical (C5). Mais
detalhes do nervo frênico em Plexo Cervical.
Nervo Dorsal da Escápula - proveniente do ramo ventral de C5, inerva o
levantador da escápula e o músculo romboide.
7
Nervo Torácico Longo - é formado pelos ramos de C5, C6 e c7 e inerva o
músculo serrátil anterior.
Nervo do Músculo Subclávio - origina-se próximo à junção dos ramos
ventrais do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6) e geralmente comunica-se com
o nervo frênico e inerva o músculo subclávio.
Nervo Supra escapular - originado do tronco superior (C5 e C6), inerva os
músculos supra espinhoso e infra espinhoso.
Ramos Infra claviculares:
Estes se ramificam a partir dos fascículos, mas suas fibras podem ser
seguidas para trás até os nervos espinhais.
Do fascículo lateral saem os seguintes nervos:
Peitoral Lateral - proveniente dos ramos do quinto ao sétimo nervos
cervicais (C5, C6 e C7). Inerva a face profunda do músculo peitoral maior;
Nervo Musculocutâneo - derivado dos ramos ventrais do quinto ao sétimo
nervos cervicais (C5, C6 e C7). Inerva os músculos braquial anterior, bíceps braquial
e coracobraquial;
Raiz Lateral do Nervo Mediano - derivado dos ramos ventrais do quinto ao
sétimo nervos cervicais (C5, C6 e C7). Inerva os músculos da região anterior do
antebraço e curtos do polegar, assim como a pele do lado lateral da mão.
Do fascículo medial saem os seguintes nervos:
Peitoral Medial - derivado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e
primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos peitorais maior e menor;
8
Nervo Cutâneo Medial do Antebraço - derivado dos ramos ventrais do
oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva a pele sobre o
bíceps até perto do cotovelo e dirige-se em direção ao lado ulnar do antebraço até o
pulso;
Nervo Cutâneo Medial do Braço - que se origina dos ramos ventrais do
oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8, T1). Inerva a parte medial do
braço;
Nervo Ulnar - originado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e
primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos flexor ulnar do carpo, metade
ulnar do flexor profundo dos dedos, adutor do polegar e parte profunda do flexor
curto do polegar. Inerva também os músculos da região hipotênar, terceiro e quarto
lumbricais e todos Inter ósseos;
Raiz Medial do Nervo Mediano - originada dos ramos ventrais do oitavo
nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos da região
anterior do antebraço e curtos do polegar, assim como a pele do lado lateral da mão.
Do fascículo posterior saem os seguintes nervos:
Subescapular Superior - originado dos ramos do quinto e sexto nervos
cervicais (C5 e C6). Inerva o músculo subescapular;
Nervo Toracodorsal - originado dos ramos do sexto ao oitavo nervos
cervicais (C6, C7 e C8). Inerva o músculo latíssimo do dorso;
Nervo Subescapular inferior - originado dos ramos do quinto e sexto
nervos cervicais (C5 e C6). Inerva os músculos subescapular e redondo maior;
Nervo Axilar - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5
e C6). Inerva os músculos deltoide e redondo menor;
9
Nervo Radial - originado dos ramos do quinto ao oitavo nervos cervicais e
primeiro nervo torácico (C5, C6, C7, C8 e T1). Inerva os músculos tríceps braquial,
braquiorradial, extensor radial longo e curto do carpo, supinador e todos músculos
da região posterior do antebraço.
10
NERVOS TORÁCICOS
Ramos Ventrais dos Nervos Torácicos
Existem 12 pares de ramos ventrais dos nervos torácicos, os quais não
constituem plexos. Quase todos os 12 estão situados entre as costelas (nervos
intercostais), com o décimo segundo situando-se abaixo da última costela (nervo
subcostal). Os nervos intercostais são distribuídos para as paredes do tórax e do
abdome. Os ramos comunicantes unem os nervos intercostais posteriormente, nos
espaços intercostais.
A maioria das fibras do ramo ventral de T1 entra na constituição do plexo
braquial, mas as restantes formam o primeiro nervo intercostal. O ramo ventral de T2
envia um ramo anastomótico ao plexo braquial, entretanto, a maior parte de suas
fibras constitui o segundo nervo intercostal.
O último ramo ventral dos nervos torácicos (T12) recebe o nome de nervo
subcostal por situar-se abaixo da 12ª costela.
Os nervos intercostais correm pela face interna, junto à borda inferior da
costela correspondente, ocupando o sulco costal, paralelamente e abaixo da veia e
artéria intercostais.
As fibras sensitivas dispersam-se pela região lateral e anterior do tórax,
denominando-se, respectivamente, ramo cutâneo lateral e ramo cutâneo anterior.
Do 7º ao 12º ramos torácicos, anteriormente, abandonam as costelas para
invadir o abdome, inervando assim, os músculos e a cútis até um plano que medeie
o umbigo e sínfise púbica.
O nervo subcostal (T12) dá um ramo anastomótico para o plexo lombar, e por outro
lado, algumas de suas fibras sensitivas vão até a região glútea e face lateral da
coxa.
11
PLEXO LOMBAR
Este plexo está situado na parte posterior do músculo psoas maior,
anteriormente aos processos transversos das vértebras lombares. É formado pelos
ramos ventrais dos três primeiros nervos lombares e pela maior parte do quarto
nervo lombar (L1, L2, L3 e L4) e um ramo anastomótico de T12, dando um ramo ao
plexo sacral.
L1 recebe o ramo anastomótico de T12 e depois fornece três ramos que são
o nervo ílio-hipogástrico, o nervo ílio-inguinal e a raiz superior do nervo
genitofemoral.
L2 se trifurca dando a raiz inferior do nervo genitofemoral, a raiz superior do
nervo cutâneo lateral da coxa e a raiz superior do nervo femoral.
L3 concede a raiz inferior do nervo cutâneo lateral da coxa, a raiz média do
nervo femoral e a raiz superior do nervo obturatório.
L4 fornece o ramo anastomótico a L5 e em seguida se bifurca dando a raiz
inferior do nervo femoral e a raiz inferior do nervo obturatório.
12
PLEXO SACRAL
Ramos Ventrais dos Nervos Sacrais e Coccígeos
Os ramos ventrais dos nervos espinhais sacrais e coccígeos formam os
plexos sacral e coccígeo. Os ramos ventrais dos quatro nervos sacrais superiores
penetram na pelve através do forames sacrais anteriores, o quinto nervo sacral
penetra entre o sacro e o cóccix e os coccígeos abaixo do cóccix.
Cada ramo ventral dos nervos sacrais recebe um ramo comunicante
cinzento proveniente de um gânglio simpático correspondente. Os ramos viscerais
eferentes deixam os ramos do segundo ao quarto nervos sacrais como nervos
esplâncnicos pélvicos que contêm as fibras parassimpáticas, as quais alcançam
diminutos gânglios nas paredes das vísceras pélvicas.
A organização do plexo sacral é bastante elementar e simples. O plexo
sacral é formado pelo tronco lombos sacral, ramos ventrais do primeiro ao terceiro
nervos sacrais e parte do quarto, com o restante do último unindo-se ao plexo
coccígeo.
O ramo anastomótico de L4 se une ao L5 constituindo o tronco lombos
sacral. Em seguida o tronco lombos sacral se une com S1 e depois sucessivamente
ao S2, S3 e S4.
Esse compacto nervoso sai da pelve atravessando o forame isquiático
maior. Logo após atravessar esse forame, o plexo sacral emite seus ramos
colaterais e se resolve no ramo terminal, que é o nervo isquiático. Para os músculos
da região glútea vão os nervos glúteo superior (L4, L5 e S1) e glúteo inferior (L5, S1
e S2). Um ramo sensitivo importante é o nervo cutâneo posterior da coxa, formado
por S1, S2 e S3.
Para o períneo, temos o nervo pudendo formado á partir de S2, S3 e S4.
O nervo isquiático é o mais calibroso e mais extenso nervo do corpo
humano, pois suas fibras podem descer até os dedos dos pés. Esse nervo é
constituído por duas porções, que são os nervos fibular comum (L4, L5, S1 e S2) e
13
tibial, formado por L4, L5, S1, S2 e S3. O nervo fibular comum já na fossa poplítea
dirige-se obliquamente para baixo e lateralmente se bifurcando em nervos fibulares
superficial e profundo.
Do plexo sacral saem também os nervos para o músculo obturatório interno
e músculo gêmeo superior (L5, S1 e S2); para o músculo piriforme (S1 e S2); para o
músculo quadríceps da coxa e músculo gêmeo inferior (L4, L5 e S1); para os
músculos levantador do ânus, coccígeo e esfíncter externo do ânus (S4); e o nervo
esplâncnico pélvico (S2, S3 e S4).
PLEXO COCCÍGEO
O plexo coccígeo é formado por:
Um pequeno ramo descendente do ramo ventral do quarto nervo sacral;
Ramos ventrais do quinto nervo sacral;
Nervo coccígeo.
O plexo coccígeo inerva a pele da região do cóccix.
14
TESTES NEUROLÓGICOS
Exemplos:
Músculo Deltoide (Inervação por C5 – Nervo Axilar)
Procedimento:
Com o paciente na posição sentada, ficar de pé atrás dele e colocar a mão na
face lateral do cotovelo, instruir o paciente para abduzir o braço contra a resistência
do examinador. Graduar a força de acordo com a carta de graduação muscular.
Efetuar este teste bilateralmente e comparar os dois lados.
Fundamento:
Um grau de 0 a 4 unilateralmente pode indicar um déficit neurológico da raiz C5, do
tronco superior do plexo braquial ou nervo axilar. Um músculo deltoide fraco ou
distendido pode ser suspeitado se as partes sensitiva e reflexa do “Pacote
neurológico” C5 estiverem intactas.
Sinal de Tinel (para lesões do plexo Braquial)
Procedimento:
Com o paciente sentado e a cabeça flexionada lateralmente, percutir ao
longo dos troncos do plexo braquial com seu dedo indicador.
Fundamento:
Dor localizada pode indicar uma lesão do plexo braquial. Uma sensação de
formigamento na distribuição de um dos troncos pode indicar uma compressão ou
um neuroma de um ou mais troncos do plexo braquial.
Teste de Phalen
Flexionar ambos os punhos e aproxima-los um do outro. Manter por 60
segundos.
Fundamento:
Quando ambos os punhos são flexionados, o retináculo flexor fornece
compressão aumentada do nervo mediano no túnel cárpico. Formigamento na mão
15
depois da distribuição do nervo mediano (dedo polegar, indicador, médio e metade
medial do anular) é indicador de compressão do nervo mediano do túnel do carpo
por infamação retináculo flexor, luxação anterior do osso semilunar, alterações
artríticas ou tenossinovite dos tendões flexores dos dedos.
Teste de lasègue
Procedimento
Como paciente na posição supina, flexionar o quadril com a perna fletida.
Mantendo o quadril flexionado, estender a perna.
Fundamento:
Este teste é positivo para radiculopatia ciática quando nenhuma dor é
provocada quando o quadril é flexionado e a perna é flexionada; ou a dor esta
presente no momento que o quadril é flexionado e a perna é estendida. Quando
ambos, o quadril e a perna, estão flexionados, não há nenhuma tensão sobre o
nervo ciático. Quando o quadril é fletido e a perna é estendida, o nervo ciático é
tensionado e, se irritado, causará dor ou exacerbará dor existente na perna.
Teste de Turyn
Procedimento
Com o paciente na posição supina, dorsiflexionar o hálux.
Fundamento:
Dorsiflexão do hálux tensiona o nervo ciático. Dor na região glútea e / ou dor
irradiada indicam irritação de raiz nervosa do ciático, intraduralmente.
16
Referências:
NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed,
2000.
Cipriano JJ. Manual Fotográfico de Testes Ortopédicos e Neurológicos. 4ª Ed.
São Paulo: Manole, 2005
.Magee DJ. Avaliação Músculoesquelética. 4 ed. São Paulo: Manole, 2005
Lehman, Linda Faye et all. Avaliação Neurológica Simplificada. Belo Horizonte:
ALM International, 1997
PRESTO B.L.V. & PRESTO L.D.N. Fisioterapia na UTI. 2.ed. Rio de
Janeiro:Elsevier,2009

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Anatomia do sistema nervoso periférico
Anatomia do sistema nervoso periféricoAnatomia do sistema nervoso periférico
Anatomia do sistema nervoso periféricoCaio Maximino
 
Noções de Exame Neurológico - Parte II - Profa. Rilva
Noções de Exame Neurológico - Parte II - Profa. RilvaNoções de Exame Neurológico - Parte II - Profa. Rilva
Noções de Exame Neurológico - Parte II - Profa. RilvaRilva Lopes de Sousa Muñoz
 
Aula1avaliaocineticofuncional 20150308163831
Aula1avaliaocineticofuncional 20150308163831Aula1avaliaocineticofuncional 20150308163831
Aula1avaliaocineticofuncional 20150308163831Andre Magalhaes
 
Tumores Cerebrais / Sistema Nervoso Central
Tumores Cerebrais / Sistema Nervoso CentralTumores Cerebrais / Sistema Nervoso Central
Tumores Cerebrais / Sistema Nervoso CentralOncoguia
 
ESCALA MOTORA INFANTIL DE ALBERTA - AIMS
ESCALA MOTORA INFANTIL DE ALBERTA - AIMSESCALA MOTORA INFANTIL DE ALBERTA - AIMS
ESCALA MOTORA INFANTIL DE ALBERTA - AIMSSara Nunes
 
Manual Tens-Fes Clínico HTM
Manual Tens-Fes Clínico HTMManual Tens-Fes Clínico HTM
Manual Tens-Fes Clínico HTMAmericanFisio
 
Exame fisico do quadril ac
Exame fisico do quadril   acExame fisico do quadril   ac
Exame fisico do quadril acAndré Cipriano
 
Diretrizes brasileiras de ventilação mecânica – 2013
Diretrizes brasileiras de ventilação mecânica – 2013Diretrizes brasileiras de ventilação mecânica – 2013
Diretrizes brasileiras de ventilação mecânica – 2013Glaudstone Agra
 
Avaliação neurológica
Avaliação neurológicaAvaliação neurológica
Avaliação neurológicaUESPI
 

Mais procurados (20)

Coluna cervical
Coluna cervicalColuna cervical
Coluna cervical
 
Anatomia do sistema nervoso periférico
Anatomia do sistema nervoso periféricoAnatomia do sistema nervoso periférico
Anatomia do sistema nervoso periférico
 
Noções de Exame Neurológico - Parte II - Profa. Rilva
Noções de Exame Neurológico - Parte II - Profa. RilvaNoções de Exame Neurológico - Parte II - Profa. Rilva
Noções de Exame Neurológico - Parte II - Profa. Rilva
 
Sensibilidade 14
Sensibilidade 14Sensibilidade 14
Sensibilidade 14
 
Aula1avaliaocineticofuncional 20150308163831
Aula1avaliaocineticofuncional 20150308163831Aula1avaliaocineticofuncional 20150308163831
Aula1avaliaocineticofuncional 20150308163831
 
Tumores Cerebrais / Sistema Nervoso Central
Tumores Cerebrais / Sistema Nervoso CentralTumores Cerebrais / Sistema Nervoso Central
Tumores Cerebrais / Sistema Nervoso Central
 
Força reflexos 17
Força reflexos 17Força reflexos 17
Força reflexos 17
 
ESCALA MOTORA INFANTIL DE ALBERTA - AIMS
ESCALA MOTORA INFANTIL DE ALBERTA - AIMSESCALA MOTORA INFANTIL DE ALBERTA - AIMS
ESCALA MOTORA INFANTIL DE ALBERTA - AIMS
 
Semiologia das lesões periféricas e centrais
Semiologia das lesões periféricas e centraisSemiologia das lesões periféricas e centrais
Semiologia das lesões periféricas e centrais
 
Cotovelo
CotoveloCotovelo
Cotovelo
 
Manual Tens-Fes Clínico HTM
Manual Tens-Fes Clínico HTMManual Tens-Fes Clínico HTM
Manual Tens-Fes Clínico HTM
 
Dor lombar
Dor lombarDor lombar
Dor lombar
 
Exame fisico do quadril ac
Exame fisico do quadril   acExame fisico do quadril   ac
Exame fisico do quadril ac
 
MEDULA ESPINAL E NERVOS ESPINAIS
MEDULA ESPINAL E NERVOS ESPINAISMEDULA ESPINAL E NERVOS ESPINAIS
MEDULA ESPINAL E NERVOS ESPINAIS
 
Hernia de disco 1
Hernia de disco 1Hernia de disco 1
Hernia de disco 1
 
Semiologia neurológica matheus
Semiologia neurológica matheusSemiologia neurológica matheus
Semiologia neurológica matheus
 
Motricidade
MotricidadeMotricidade
Motricidade
 
Neurologico
NeurologicoNeurologico
Neurologico
 
Diretrizes brasileiras de ventilação mecânica – 2013
Diretrizes brasileiras de ventilação mecânica – 2013Diretrizes brasileiras de ventilação mecânica – 2013
Diretrizes brasileiras de ventilação mecânica – 2013
 
Avaliação neurológica
Avaliação neurológicaAvaliação neurológica
Avaliação neurológica
 

Destaque (15)

Avaliação neurológica geral aula 2
Avaliação neurológica geral   aula 2Avaliação neurológica geral   aula 2
Avaliação neurológica geral aula 2
 
Avaliacao da criança
Avaliacao da criançaAvaliacao da criança
Avaliacao da criança
 
neuromotor
neuromotorneuromotor
neuromotor
 
Paralisia cerebral, distrofia muscular e trissomia 21
Paralisia cerebral, distrofia muscular e trissomia 21Paralisia cerebral, distrofia muscular e trissomia 21
Paralisia cerebral, distrofia muscular e trissomia 21
 
Paralisia cerebral
Paralisia cerebralParalisia cerebral
Paralisia cerebral
 
Desenvolvimento Neuropsicomotor, Reflexos e Reações
Desenvolvimento Neuropsicomotor, Reflexos e ReaçõesDesenvolvimento Neuropsicomotor, Reflexos e Reações
Desenvolvimento Neuropsicomotor, Reflexos e Reações
 
Recién Nacido Patológico
Recién Nacido PatológicoRecién Nacido Patológico
Recién Nacido Patológico
 
Noções do Método Bobath
Noções do Método Bobath Noções do Método Bobath
Noções do Método Bobath
 
Paralisia cerebral
Paralisia cerebralParalisia cerebral
Paralisia cerebral
 
Abordagem fisioerapeutica na pc
Abordagem fisioerapeutica na pcAbordagem fisioerapeutica na pc
Abordagem fisioerapeutica na pc
 
Paralisia cerebral
Paralisia cerebralParalisia cerebral
Paralisia cerebral
 
Bobath
BobathBobath
Bobath
 
Paralisia cerebral
Paralisia cerebralParalisia cerebral
Paralisia cerebral
 
Paralisia cerebral
Paralisia cerebralParalisia cerebral
Paralisia cerebral
 
Fisioterapia Pediátrica
Fisioterapia Pediátrica Fisioterapia Pediátrica
Fisioterapia Pediátrica
 

Semelhante a Plexos, Semiologia neurologica

Apostila de anatomia pronta
Apostila de anatomia prontaApostila de anatomia pronta
Apostila de anatomia prontaEliane Suzete
 
TRM -puc goiás sem fotos pctes (1).ppt
TRM -puc goiás sem fotos pctes (1).pptTRM -puc goiás sem fotos pctes (1).ppt
TRM -puc goiás sem fotos pctes (1).pptELIANAPEREIRA93
 
TRM -puc goiás sem fotos pctes.ppt
TRM -puc goiás sem fotos pctes.pptTRM -puc goiás sem fotos pctes.ppt
TRM -puc goiás sem fotos pctes.pptELIANAPEREIRA93
 
Cinesiologia tabela de musculos
Cinesiologia   tabela de musculosCinesiologia   tabela de musculos
Cinesiologia tabela de musculosAlexandra Nurhan
 
Nervos do Plexo Braquial
Nervos do Plexo BraquialNervos do Plexo Braquial
Nervos do Plexo BraquialSamuelXavier27
 
Aula v. inervação e vascularização do membro superior.ufmg apresentação. part...
Aula v. inervação e vascularização do membro superior.ufmg apresentação. part...Aula v. inervação e vascularização do membro superior.ufmg apresentação. part...
Aula v. inervação e vascularização do membro superior.ufmg apresentação. part...fernando
 
Aula v. inervação e vascularização do membro superior.ufmg apresentação. part...
Aula v. inervação e vascularização do membro superior.ufmg apresentação. part...Aula v. inervação e vascularização do membro superior.ufmg apresentação. part...
Aula v. inervação e vascularização do membro superior.ufmg apresentação. part...fernando
 
Aula 06 Sistema nervoso e sensorial - anatomia
Aula 06   Sistema nervoso e sensorial - anatomiaAula 06   Sistema nervoso e sensorial - anatomia
Aula 06 Sistema nervoso e sensorial - anatomiaHamilton Nobrega
 
Anatomia dos animais de produção ii
Anatomia dos animais de produção iiAnatomia dos animais de produção ii
Anatomia dos animais de produção iiFrancismara Carreira
 
414747629 atendente-de-farmacia-drogaria-e-consultorio-medico
414747629 atendente-de-farmacia-drogaria-e-consultorio-medico414747629 atendente-de-farmacia-drogaria-e-consultorio-medico
414747629 atendente-de-farmacia-drogaria-e-consultorio-medicomirenefrana1
 
CERVICALGIA - TORCICOLO CONGENITO - A3.pdf
CERVICALGIA - TORCICOLO CONGENITO - A3.pdfCERVICALGIA - TORCICOLO CONGENITO - A3.pdf
CERVICALGIA - TORCICOLO CONGENITO - A3.pdfJansviagomes
 
Aula anatomia coluna vertebral e caixa torácica
Aula anatomia   coluna vertebral e caixa torácicaAula anatomia   coluna vertebral e caixa torácica
Aula anatomia coluna vertebral e caixa torácicaGiselle Paula
 
Apostila aapii
Apostila aapiiApostila aapii
Apostila aapiiFmodri3
 

Semelhante a Plexos, Semiologia neurologica (20)

Apostila de anatomia pronta
Apostila de anatomia prontaApostila de anatomia pronta
Apostila de anatomia pronta
 
TRM -puc goiás sem fotos pctes (1).ppt
TRM -puc goiás sem fotos pctes (1).pptTRM -puc goiás sem fotos pctes (1).ppt
TRM -puc goiás sem fotos pctes (1).ppt
 
TRM -puc goiás sem fotos pctes.ppt
TRM -puc goiás sem fotos pctes.pptTRM -puc goiás sem fotos pctes.ppt
TRM -puc goiás sem fotos pctes.ppt
 
Cinesiologia tabela de musculos
Cinesiologia   tabela de musculosCinesiologia   tabela de musculos
Cinesiologia tabela de musculos
 
Nervos do Plexo Braquial
Nervos do Plexo BraquialNervos do Plexo Braquial
Nervos do Plexo Braquial
 
Músculos
MúsculosMúsculos
Músculos
 
Aula v. inervação e vascularização do membro superior.ufmg apresentação. part...
Aula v. inervação e vascularização do membro superior.ufmg apresentação. part...Aula v. inervação e vascularização do membro superior.ufmg apresentação. part...
Aula v. inervação e vascularização do membro superior.ufmg apresentação. part...
 
Aula v. inervação e vascularização do membro superior.ufmg apresentação. part...
Aula v. inervação e vascularização do membro superior.ufmg apresentação. part...Aula v. inervação e vascularização do membro superior.ufmg apresentação. part...
Aula v. inervação e vascularização do membro superior.ufmg apresentação. part...
 
Anatomia humana
Anatomia humanaAnatomia humana
Anatomia humana
 
Aula de anatomia(resumo)
Aula de anatomia(resumo)Aula de anatomia(resumo)
Aula de anatomia(resumo)
 
Aula 06 Sistema nervoso e sensorial - anatomia
Aula 06   Sistema nervoso e sensorial - anatomiaAula 06   Sistema nervoso e sensorial - anatomia
Aula 06 Sistema nervoso e sensorial - anatomia
 
aula-02.pdf
aula-02.pdfaula-02.pdf
aula-02.pdf
 
Anatomia dos animais de produção ii
Anatomia dos animais de produção iiAnatomia dos animais de produção ii
Anatomia dos animais de produção ii
 
414747629 atendente-de-farmacia-drogaria-e-consultorio-medico
414747629 atendente-de-farmacia-drogaria-e-consultorio-medico414747629 atendente-de-farmacia-drogaria-e-consultorio-medico
414747629 atendente-de-farmacia-drogaria-e-consultorio-medico
 
Anatomia fisiologia humana
Anatomia fisiologia humanaAnatomia fisiologia humana
Anatomia fisiologia humana
 
CERVICALGIA - TORCICOLO CONGENITO - A3.pdf
CERVICALGIA - TORCICOLO CONGENITO - A3.pdfCERVICALGIA - TORCICOLO CONGENITO - A3.pdf
CERVICALGIA - TORCICOLO CONGENITO - A3.pdf
 
Aula anatomia coluna vertebral e caixa torácica
Aula anatomia   coluna vertebral e caixa torácicaAula anatomia   coluna vertebral e caixa torácica
Aula anatomia coluna vertebral e caixa torácica
 
Aba58d01
Aba58d01Aba58d01
Aba58d01
 
Apostila aapii
Apostila aapiiApostila aapii
Apostila aapii
 
Sistema Nervoso - Prof Maria de Fátima
Sistema  Nervoso - Prof Maria de FátimaSistema  Nervoso - Prof Maria de Fátima
Sistema Nervoso - Prof Maria de Fátima
 

Plexos, Semiologia neurologica

  • 1. 1 AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA A AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA É REALIZADA:  No início do tratamento.  Mensalmente, quando possível ou, no mínimo, de 6 em 6 meses.  Na Alta.  Com maior frequência durante neurites e reações, ou quando houver suspeita destas; durante ou após tratamento.  Quando houver queixas do paciente. A AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA INCLUI: ANAMINESE  QP – Queixa Principal;  HDA - História.da Doença Atual;  HPP - História da Patologia Pregressa;  HF – História familiar;  HS – História Social;  Ocupação e Atividades Diárias;  Exames Complementares.(RX, RNM, Tomografia, Exames Laboratoriais etc.) AVALIAÇÃO DO ESTADO MENTAL e FUNÇÕES CORTICAIS SUPERIORES  Nível de Consciência e conteúdo de consciência  Escala de Glasgow, o miniexame do estado mental ( Folstein) e escala de Ramsay para sedação.  Deve-se ficar atento para alterações de humor e personalidade. LINGUAGEM  Afasias, disartria, dislalia e a disfonia. MEMÓRIA É a capacidade de armazenar informações e resgata-las em um momento posterior.
  • 2. 2 EXAME FÍSICO PALPAÇÃO DOS NERVOS Verificar:  Queixa de dor espontânea no trajeto do nervo;  Queixa de choque ou dor à palpação no trajeto do nervo;  Simetria ( compara sempre o lado direito com o lado esquerdo;  Tamanho;  Forma;  Consistência ( duro o Mole;)  Presença de nódulos; COORDENAÇÃO MOTORA Coordenação motora: taxia cinética olhos abertos e olhos fechados (ex. (Prova índex-nariz), diadococcinesia e prova do rechaço. Equilíbrio estático: olhos abertos e fechados (sinal de Romberg). EQUILÍBRIO DINÂMICO: MARCHA. Marchas Anormais  Marcha ceifante  Marcha em tesoura  Marcha talonante  Marcha atáxica  Marcha escarvante  Marcha com báscula de bacia DIADOCOCCINESIA – Movimentos alterados Sinal de Romberg quando oscilação do tronco ocorre ao fechar os olhos (alteração da propriocepção).
  • 3. 3 MOTRICIDADE:  observar movimentos anormais;  trofismo;  tônus muscular (palpar o músculo, movimentar passivamente as articulações,  balanço distal das extremidades);  força muscular (provas comparativas contra a força da gravidade e provas  contra-resistência - escala do MRC graus 0 a 5);  Teste de Força Muscular. GRAU DE FORÇA MUSCULAR SUPORTA RESISTÊNCIA MAXIMA SEM FADIGAR 5 MOV. ATIVO CONTRA RESISTÊNCIA 4 MOV. ATIVO CONTRA A GRAVIDADE 3 MOV. ATIVO ELIMINADA A GRAVIDADE 2 CONTRAÇÃO MUSCULAR SEM MOVIMENTO 1 AUSÊNCIA DE CONTRAÇÃO 0 ANORMALIDADES DA FORÇA  PARESIA = fraqueza  PLEGIA = incapacidade total de realizar movimento DISTRIBUIÇÃO  Monoparesia/monoplegia = 1 membro  Diparesia/diplegia = 2 membros ou face  Paraparesia/paraplegia = 2 membros inf.  Hemiparesia/hemiplegia = 1 lado do corpo  Tetraparesia/tetraplegia = 4 membros Teste de Sensibilidade.
  • 4. 4 REFLEXOS  Reflexos profundos (peitoral, tricipital, bicipital, estilorradial, flexor dos dedos, costo-abdominal, médio-púbico, adutor da coxa, patelar, aquileu, flexor dos dedos).  Reflexos superficiais (cutâneo-abdominais superior, médio e inferior; cutâneo plantar)
  • 5. 5 PLEXO BRAQUIAL O membro superior é inervado pelo plexo braquial situado no pescoço e na axila, formado por ramos anteriores dos quatro nervos espinhais cervicais inferiores (C5, C6, C7, C8) e do primeiro torácico (T1). O plexo braquial tem localização lateral à coluna cervical e situa-se entre os músculos escalenos anterior e médio, posterior e lateralmente ao músculo esternocleidomastóideo. O plexo passa posteriormente à clavícula e acompanha a artéria axilar sob o músculo peitoral maior. Os ramos ventrais do quinto e do sexto nervos cervicais (C5-C6) formam o tronco superior; o ramo anterior do sétimo nervo cervical (C7) forma o tronco médio; e os ramos anteriores do oitavo nervo cervical e do primeiro nervo torácico (C8-T1) formam o tronco inferior.
  • 6. 6 Os três troncos, localizados na fossa supraclavicular, dividem-se em dois ramos, um anterior e um posterior, que formam os fascículos, situados em torno da artéria axilar. Os ramos anteriores dos troncos superior e médio formam o fascículo lateral; o ramo anterior do tronco inferior forma o fascículo medial; e os ramos posteriores dos três troncos formam o fascículo posterior. Na borda inferior e lateral do músculo peitoral menor, os fascículos se subdividem nos ramos terminais do plexo braquial. Os ramos do plexo braquial podem ser descritos como supra-claviculares e infra claviculares. Ramos Supra-claviculares: Nervos para os Músculos Escalenos e Longo do Pescoço - originam-se dos ramos ventrais dos nervos cervicais inferiores (C5, C6, C7 e C8), próximo de sua saída dos forames intervertebrais. Nervo Frênico - anteriormente ao músculo escaleno anterior, o nervo frênico associa-se com um ramo proveniente do quinto nervo cervical (C5). Mais detalhes do nervo frênico em Plexo Cervical. Nervo Dorsal da Escápula - proveniente do ramo ventral de C5, inerva o levantador da escápula e o músculo romboide.
  • 7. 7 Nervo Torácico Longo - é formado pelos ramos de C5, C6 e c7 e inerva o músculo serrátil anterior. Nervo do Músculo Subclávio - origina-se próximo à junção dos ramos ventrais do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6) e geralmente comunica-se com o nervo frênico e inerva o músculo subclávio. Nervo Supra escapular - originado do tronco superior (C5 e C6), inerva os músculos supra espinhoso e infra espinhoso. Ramos Infra claviculares: Estes se ramificam a partir dos fascículos, mas suas fibras podem ser seguidas para trás até os nervos espinhais. Do fascículo lateral saem os seguintes nervos: Peitoral Lateral - proveniente dos ramos do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6 e C7). Inerva a face profunda do músculo peitoral maior; Nervo Musculocutâneo - derivado dos ramos ventrais do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6 e C7). Inerva os músculos braquial anterior, bíceps braquial e coracobraquial; Raiz Lateral do Nervo Mediano - derivado dos ramos ventrais do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6 e C7). Inerva os músculos da região anterior do antebraço e curtos do polegar, assim como a pele do lado lateral da mão. Do fascículo medial saem os seguintes nervos: Peitoral Medial - derivado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos peitorais maior e menor;
  • 8. 8 Nervo Cutâneo Medial do Antebraço - derivado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva a pele sobre o bíceps até perto do cotovelo e dirige-se em direção ao lado ulnar do antebraço até o pulso; Nervo Cutâneo Medial do Braço - que se origina dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8, T1). Inerva a parte medial do braço; Nervo Ulnar - originado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos flexor ulnar do carpo, metade ulnar do flexor profundo dos dedos, adutor do polegar e parte profunda do flexor curto do polegar. Inerva também os músculos da região hipotênar, terceiro e quarto lumbricais e todos Inter ósseos; Raiz Medial do Nervo Mediano - originada dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos da região anterior do antebraço e curtos do polegar, assim como a pele do lado lateral da mão. Do fascículo posterior saem os seguintes nervos: Subescapular Superior - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). Inerva o músculo subescapular; Nervo Toracodorsal - originado dos ramos do sexto ao oitavo nervos cervicais (C6, C7 e C8). Inerva o músculo latíssimo do dorso; Nervo Subescapular inferior - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). Inerva os músculos subescapular e redondo maior; Nervo Axilar - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). Inerva os músculos deltoide e redondo menor;
  • 9. 9 Nervo Radial - originado dos ramos do quinto ao oitavo nervos cervicais e primeiro nervo torácico (C5, C6, C7, C8 e T1). Inerva os músculos tríceps braquial, braquiorradial, extensor radial longo e curto do carpo, supinador e todos músculos da região posterior do antebraço.
  • 10. 10 NERVOS TORÁCICOS Ramos Ventrais dos Nervos Torácicos Existem 12 pares de ramos ventrais dos nervos torácicos, os quais não constituem plexos. Quase todos os 12 estão situados entre as costelas (nervos intercostais), com o décimo segundo situando-se abaixo da última costela (nervo subcostal). Os nervos intercostais são distribuídos para as paredes do tórax e do abdome. Os ramos comunicantes unem os nervos intercostais posteriormente, nos espaços intercostais. A maioria das fibras do ramo ventral de T1 entra na constituição do plexo braquial, mas as restantes formam o primeiro nervo intercostal. O ramo ventral de T2 envia um ramo anastomótico ao plexo braquial, entretanto, a maior parte de suas fibras constitui o segundo nervo intercostal. O último ramo ventral dos nervos torácicos (T12) recebe o nome de nervo subcostal por situar-se abaixo da 12ª costela. Os nervos intercostais correm pela face interna, junto à borda inferior da costela correspondente, ocupando o sulco costal, paralelamente e abaixo da veia e artéria intercostais. As fibras sensitivas dispersam-se pela região lateral e anterior do tórax, denominando-se, respectivamente, ramo cutâneo lateral e ramo cutâneo anterior. Do 7º ao 12º ramos torácicos, anteriormente, abandonam as costelas para invadir o abdome, inervando assim, os músculos e a cútis até um plano que medeie o umbigo e sínfise púbica. O nervo subcostal (T12) dá um ramo anastomótico para o plexo lombar, e por outro lado, algumas de suas fibras sensitivas vão até a região glútea e face lateral da coxa.
  • 11. 11 PLEXO LOMBAR Este plexo está situado na parte posterior do músculo psoas maior, anteriormente aos processos transversos das vértebras lombares. É formado pelos ramos ventrais dos três primeiros nervos lombares e pela maior parte do quarto nervo lombar (L1, L2, L3 e L4) e um ramo anastomótico de T12, dando um ramo ao plexo sacral. L1 recebe o ramo anastomótico de T12 e depois fornece três ramos que são o nervo ílio-hipogástrico, o nervo ílio-inguinal e a raiz superior do nervo genitofemoral. L2 se trifurca dando a raiz inferior do nervo genitofemoral, a raiz superior do nervo cutâneo lateral da coxa e a raiz superior do nervo femoral. L3 concede a raiz inferior do nervo cutâneo lateral da coxa, a raiz média do nervo femoral e a raiz superior do nervo obturatório. L4 fornece o ramo anastomótico a L5 e em seguida se bifurca dando a raiz inferior do nervo femoral e a raiz inferior do nervo obturatório.
  • 12. 12 PLEXO SACRAL Ramos Ventrais dos Nervos Sacrais e Coccígeos Os ramos ventrais dos nervos espinhais sacrais e coccígeos formam os plexos sacral e coccígeo. Os ramos ventrais dos quatro nervos sacrais superiores penetram na pelve através do forames sacrais anteriores, o quinto nervo sacral penetra entre o sacro e o cóccix e os coccígeos abaixo do cóccix. Cada ramo ventral dos nervos sacrais recebe um ramo comunicante cinzento proveniente de um gânglio simpático correspondente. Os ramos viscerais eferentes deixam os ramos do segundo ao quarto nervos sacrais como nervos esplâncnicos pélvicos que contêm as fibras parassimpáticas, as quais alcançam diminutos gânglios nas paredes das vísceras pélvicas. A organização do plexo sacral é bastante elementar e simples. O plexo sacral é formado pelo tronco lombos sacral, ramos ventrais do primeiro ao terceiro nervos sacrais e parte do quarto, com o restante do último unindo-se ao plexo coccígeo. O ramo anastomótico de L4 se une ao L5 constituindo o tronco lombos sacral. Em seguida o tronco lombos sacral se une com S1 e depois sucessivamente ao S2, S3 e S4. Esse compacto nervoso sai da pelve atravessando o forame isquiático maior. Logo após atravessar esse forame, o plexo sacral emite seus ramos colaterais e se resolve no ramo terminal, que é o nervo isquiático. Para os músculos da região glútea vão os nervos glúteo superior (L4, L5 e S1) e glúteo inferior (L5, S1 e S2). Um ramo sensitivo importante é o nervo cutâneo posterior da coxa, formado por S1, S2 e S3. Para o períneo, temos o nervo pudendo formado á partir de S2, S3 e S4. O nervo isquiático é o mais calibroso e mais extenso nervo do corpo humano, pois suas fibras podem descer até os dedos dos pés. Esse nervo é constituído por duas porções, que são os nervos fibular comum (L4, L5, S1 e S2) e
  • 13. 13 tibial, formado por L4, L5, S1, S2 e S3. O nervo fibular comum já na fossa poplítea dirige-se obliquamente para baixo e lateralmente se bifurcando em nervos fibulares superficial e profundo. Do plexo sacral saem também os nervos para o músculo obturatório interno e músculo gêmeo superior (L5, S1 e S2); para o músculo piriforme (S1 e S2); para o músculo quadríceps da coxa e músculo gêmeo inferior (L4, L5 e S1); para os músculos levantador do ânus, coccígeo e esfíncter externo do ânus (S4); e o nervo esplâncnico pélvico (S2, S3 e S4). PLEXO COCCÍGEO O plexo coccígeo é formado por: Um pequeno ramo descendente do ramo ventral do quarto nervo sacral; Ramos ventrais do quinto nervo sacral; Nervo coccígeo. O plexo coccígeo inerva a pele da região do cóccix.
  • 14. 14 TESTES NEUROLÓGICOS Exemplos: Músculo Deltoide (Inervação por C5 – Nervo Axilar) Procedimento: Com o paciente na posição sentada, ficar de pé atrás dele e colocar a mão na face lateral do cotovelo, instruir o paciente para abduzir o braço contra a resistência do examinador. Graduar a força de acordo com a carta de graduação muscular. Efetuar este teste bilateralmente e comparar os dois lados. Fundamento: Um grau de 0 a 4 unilateralmente pode indicar um déficit neurológico da raiz C5, do tronco superior do plexo braquial ou nervo axilar. Um músculo deltoide fraco ou distendido pode ser suspeitado se as partes sensitiva e reflexa do “Pacote neurológico” C5 estiverem intactas. Sinal de Tinel (para lesões do plexo Braquial) Procedimento: Com o paciente sentado e a cabeça flexionada lateralmente, percutir ao longo dos troncos do plexo braquial com seu dedo indicador. Fundamento: Dor localizada pode indicar uma lesão do plexo braquial. Uma sensação de formigamento na distribuição de um dos troncos pode indicar uma compressão ou um neuroma de um ou mais troncos do plexo braquial. Teste de Phalen Flexionar ambos os punhos e aproxima-los um do outro. Manter por 60 segundos. Fundamento: Quando ambos os punhos são flexionados, o retináculo flexor fornece compressão aumentada do nervo mediano no túnel cárpico. Formigamento na mão
  • 15. 15 depois da distribuição do nervo mediano (dedo polegar, indicador, médio e metade medial do anular) é indicador de compressão do nervo mediano do túnel do carpo por infamação retináculo flexor, luxação anterior do osso semilunar, alterações artríticas ou tenossinovite dos tendões flexores dos dedos. Teste de lasègue Procedimento Como paciente na posição supina, flexionar o quadril com a perna fletida. Mantendo o quadril flexionado, estender a perna. Fundamento: Este teste é positivo para radiculopatia ciática quando nenhuma dor é provocada quando o quadril é flexionado e a perna é flexionada; ou a dor esta presente no momento que o quadril é flexionado e a perna é estendida. Quando ambos, o quadril e a perna, estão flexionados, não há nenhuma tensão sobre o nervo ciático. Quando o quadril é fletido e a perna é estendida, o nervo ciático é tensionado e, se irritado, causará dor ou exacerbará dor existente na perna. Teste de Turyn Procedimento Com o paciente na posição supina, dorsiflexionar o hálux. Fundamento: Dorsiflexão do hálux tensiona o nervo ciático. Dor na região glútea e / ou dor irradiada indicam irritação de raiz nervosa do ciático, intraduralmente.
  • 16. 16 Referências: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Cipriano JJ. Manual Fotográfico de Testes Ortopédicos e Neurológicos. 4ª Ed. São Paulo: Manole, 2005 .Magee DJ. Avaliação Músculoesquelética. 4 ed. São Paulo: Manole, 2005 Lehman, Linda Faye et all. Avaliação Neurológica Simplificada. Belo Horizonte: ALM International, 1997 PRESTO B.L.V. & PRESTO L.D.N. Fisioterapia na UTI. 2.ed. Rio de Janeiro:Elsevier,2009