Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
TRM -puc goiás sem fotos pctes.ppt
1.
2.
3.
4. “ A lesão medular é considerada como uma das mais
graves e devastadoras síndromes incapacitantes
que podem atingir o ser humano[...]
Ainda não consegue ser revertida com os recursos
científicos atuais. O tratamento de reabilitação é,
portanto, o caminho que facilita e estimula o
lesado medular a reaprender a controlar sua
funções e a obter a maior independência
individual possível, tornando-o capaz de viver
integralmente.”
(AACD, 2003)
5. “ A Lesão Raquimedular é uma condição que coloca
a vida em risco, tem início súbito e que pode ter
conseqüências devastadoras.....”
(FORDE et all, 2000)
“ O tratamento clínico e a reabilitação serão
vitalícias.”
(FORDE et all, 2000)
“ Os objetivos primordias do tratamento são criar
uma pessoa saudável que pode escolher seu
próprio destino.”
(FORDE et all, 2000)
6. LESÃO MEDULAR
“É uma condição catastrófica que, dependendo de
sua gravidade, pode causar alterações dramáticas
na vida do lesado medular....”
“... têm impacto não somente na vida do paciente e
de sua família, mas também em toda a sociedade.”
7. LESÃO MEDULAR
Conceito
Ocorre quando a medula espinhal é danificada
como resultado de um:
TRAUMA
PROCESSO DE DOENÇA
DEFEITO CONGÊNITO
8. LESÃO MEDULAR
Incidência
10.000 novos casos por ano
Prevalência de 183.000 – 230.000
56% faixa etária de 16-30 anos = média 21,7 anos
Predomínio do sexo masculino (81,8%)
Idosos: 4,7% (1970) – 9,7% (1990)
Causa mais comum:
Acidente automobilístico (37,2%)
Atos violentos (26,8%)
Quedas (21%)
Lesões no esporte (7,1%)
9. LESÃO MEDULAR
“No ano 2000, na rede SARAH, 57,5 por cento dos
pacientes que sofreram lesão medular evoluíram
com seqüela de traumatismo medular. Em 31%, a
causa foi acidente de trânsito (37,2), em 30% por
agressão com arma de fogo (26,8), em 21%
quedas (21) e, em 6,5% por mergulho.”
Qual seria a prevenção primária a ser trabalhada
quando visualizamos esses dados
epidemiológicos?!
12. ANATOMIA
A coluna vertebral
é formada, em
média por:
33 vértebras:
7 Cervicais
12 Torácicas
5 Lombar
5 Sacral
4-5 Coccígenas
13. ANATOMIA
O sistema nervoso central é formado
pela medula espinhal e pelo
encéfalo.
A medula é constituída por células
nervosas (neurônios) e por longas
fibras nervosas chamadas axônios,
que são prolongamentos dos
neurônios e formam as vias
espinhais.
As vias descendentes conduzem
sinais gerados no cérebro
relacionados com o movimento e o
controle visceral.
As vias ascendentes conduzem
sinais relacionados com a
sensibilidade que são gerados na
periferia e são levadas ao cérebro.
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15. ANATOMIA
Muitos dos axônios são envolvidos por bainhas
que contêm uma substância complexa constituída
por gordura, chamada mielina, que permite que a
condução dos estímulos nervosos seja mais rápida.
16. ANATOMIA
Os neurônios estão
localizados na parte
mais central da
medula, na substância
cinzenta medular, que
tem a forma de uma
borboleta.
17. ANATOMIA
Os neurônios localizados nas
porções mais posteriores
são relacionados com a
sensibilidade e os
localizados nas porções
anteriores, são
relacionados com o
movimento.
18. Os segmentos da medula cervical
são em número de 8 região
cervical e dos membros superiores
Os segmentos torácicos são em
número de 12 região tórax,
abdome e parte dos MMSS
Os segmentos lombares são em
número de 5 MMII
Os segmentos sacrais são em
número de 5 parte dos MMII,
sensibilidade da região genital e
funcionamento da bexiga e intestino
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20. Etiologia
Traumática
Lesões por flexão pura / flexão-rotação
Lesões por hiperextensão
Lesões por compressão
Arma de fogo ou arma branca
fraturas de coluna
luxações de vértebras
compressão medular
26. TOPOGRAFIA VERTEBROMEDULAR
Até o 4º mês intra-
útero, crescimento
igual .
A paritr do 4º mês a
coluna cresce mais
que a medula.
No adulto T12-L1
28. PARTICULARIDADES
“A porção terminal da medula, o
cone medular, se localiza na altura
da décima segunda vértebra
torácica e a primeira vértebra
lombar”
Abaixo desses níveis, encontramos
apenas raízes nervosas:
Cauda Eqüina.
30. PARTICULARIDADES...
O crescimento desigual entre a coluna e a
medula faz com que não exista
correspondência entre a vértebra e o
segmento medular correspondente.
Ao nível cervical, as raízes emergem acima da
vértebra correspondente
a segunda raiz cervical emerge acima da
segunda vértebra cervical.
As demais raízes emergem da vértebra
correspondente
entre a 4ª e a 5ª vértebras lombares emerge a
4ª raiz lombar.
32. ATENÇÃO !!!
Uma vez que a medula espinhal é mais curta (T12-L1/L2)
lesões vertebrais inferiores não acarretam dano a
medula, mas prejudicam as raízes nervosas.
Pela última vez: quando isso acontece teremos a
presença de uma paralisia flácida ou espástica ????
33. DESIGNAÇÃO DO NÍVEL DA LESÃO
“Segmento mais distal da medula espinhal com
função normal em que a raiz nervosa não foi
afetada”
Achados neuromusculares
Os músculos inervados pelo segmento da raiz
nervosa mais distal precisam ter pelo menos grau
regular + ou 3+ no teste muscular manual
34. DESIGNAÇÃO DO NÍVEL DA LESÃO
Ex:
Se o paciente tem um segmento de raiz nervosa C7
intacto (sem função sensorial ou motora abaixo de
C7) = tetraplegia completa em C7
Se fossem evidentes alguns pontos de sensibilidade
e alguma função muscular (com grau muscular
menor do que regular +) abaixo do segmento da raiz
nervosa de C7 = tetraplegia incompleta em C7
35. Classificação quanto ao nível funcional
Tetraplegia
Deficiência ou à perda da função motora
e/ou sensorial devido ao dano dos
segmentos cervicais da medula espinal.
A função nas extremidades (MMII e
MMSS) + Tronco são afetados
36. Acima de T1 = Tetraplegia
Abaixo de T1 = Paraplegia
37. Classificação quanto ao nível funcional
Paraplegia
Deficiência ou à perda da função motora
e/ou sensorial devido ao da coluna
torácica, lombar ou dos segmentos
sacrais da medula espinal
Dependendo do nível do dano, a função
pode ser deficiente no tronco e/ou nas
extremidades inferiores.
Esse termo não se refere as lesões do
plexo lombossacral.
40. Classificação quanto ao grau de
comprometimento
Completa
Há uma ausência total de função sensorial
e/ou motora no segmento sacral mais baixo
(S4-S5)
Incompleta
Há a preservação parcial da função sensorial
e/ou motora abaixo do nível neurológico e
no segmento sacral mais baixo.
A sensibilidade anal profunda deve estar
presente para que uma lesão seja considerada
como incompleta.
43. CHOQUE MEDULAR:
Período de Arreflexia + Flacidez + Perda
de sensibilidade logo após o TRM
Arreflexia vesical e Atonia intestinal
Ocorre 30 – 60 minutos após o trauma
medula
Pode durar algumas horas ou diversas
semanas.
é caracterizado por paralisia flácida e
ausência de toda atividade reflexa da
medula espinal abaixo do nível da lesão.
A lesão não pode ser determinada até que
o choque medular esteja resolvido.
Metilpredinizolona(até 6h)
44. CHOQUE MEDULAR:
Ao final do choque medular: reflexo
bulbocavernoso positivo
“RBC pode estar presente várias semanas antes dos
reflexos profundos estarem aparentes nos MMII”
RBC:
1º Pressão na glande do pênis ou clitóris ou puxões
intermitentes do cateter de espera
2º Resposta: contração reflexa do esfíncter anal
45.
46.
47. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
ESPASTICIDADE
Hipertonia
Reflexos de estiramento hiperativos
Clônus
Ocorre abaixo do nível da lesão após a fase de
choque medular
Crescente nível de espasticidade durante os
primeiros 6 meses após a LM = estabilização em
aproximadamente 1 ano de lesão
48. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Fatores que acentuam a espasticidade
Alterações de posição
Estímulos cutâneos
Temperaturas ambientais
Roupas apertadas
Cálculos vesicais ou renais
Impactações intestinais
Bloqueio do cateter
Infecções do trato urinário
Escaras
estresse
49. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
INTERVENÇÃO NA ESPASTICIDADE
Medicamentos: miorrelaxantes e agentes
espasmolíticos
Bloqueio de nervos periféricos (TBA / Fenol)
Cirurgias:
Miotomia (secção ou liberação do músculo)
Neurectomia (ruptura parcial ou total de um nervo)
Tenotomia (secção de um tendão que permite
alongamento subsequente)
Rizotomia (incisão de raízes nervosas)
51. “ O processo de reabilitação bem-
sucedida é abrangente. Inclui
prevenção, reconhecimento
precoce, tratamento com o paciente
internado, tratamento
ambulatorial e reintegração na
comunidade.”
54. OBJETIVOS INICIAIS
Evitar contraturas, deformidades,
úlceras de pressão;
Melhora da função respiratória lesões
acima de T6 = sem tosse produtiva / sem
musculatura abdominal;
Independência funcional.
55. OBJETIVOS
Maximização das capacidades residuais
Programa de alongamentos e fortalecimento
seletivo
Ortostatismo e locomoção
Independência nas AVD’s
Mobilidade funcional e transferências
Treino em cadeira de rodas
Push-up's,Transpor obstáculos, Condicionamento
cardiorrespiratório, Quedas
Auto-cuidados (úlceras de pressão)
Reinserção familiar, social, esporte e lazer
77. Precauções para o Alongamento
Sensibilidade – Dor (?)
Dor muscular ou articular acima de 24h;
Edema (mais suscetível);
Inflamação (vermelhidão, edema, calor no local);
Hematoma;
TVP;
Bloqueio ósseo (Calcificação heterotrófica);
Fraturas, Imobilizações; Osteoporose.
78. Fortalecimento Seletivo
Depende das metas funcionais;
Trabalhado isolado: resistência manual ou
mecânica;
Trabalho dentro da função;
Evitar fortalecer grupos musculares que
tendem ao encurtamento;
Evitar a fadiga;
81. Mobilidade funcional e
transferências
Mudanças de decúbito;
Rolar;
Arrastar;
Passagem para sentado;
Transferências no leito;
Transferências para cadeira;
Uso da cadeira de rodas em superfícies
irregulares;
Passagem para ortostatismo;
Levantar partindo do solo;
84. Cuidados com a pele
TOMAR MUITO CUIDADO
NAS TRANSFERÊNCIAS (DA
CAMA PARA CADEIRA, ETC),
PARA NÃO MACHUCAR O
CORPO NAS ÁREAS SEM
SENSIBILIDADE.
INSPECIONAR A PELE DO
CORPO TODO,
DIARIAMENTE. SE
NECESSÁRIO, UTILIZAR UM
ESPELHO PARA ESTE
EXAME.
86. Ortostatismo
Auxilia na prevenção de osteoporose;
- Evita fraturas patológicas
Diminui a ocorrência de:
- Cálculos urinários e nos rins
- Ossificação heterotópica
Auxilia na diminuição da espasticidade
87. Marcha
Fortalecimento seletivo;
Prevenção de encurtamentos e deformidades;
Condicionamento cardiovascular;
Ortetização/ recursos auxiliares;
Trabalho da passagem para ortostatismo;
Equilíbrio estático;
Equilíbrio dinâmico;
Marcha em terrenos planos;
Marcha com obstáculos.
88.
89. REABILITAÇÃO
MANEJO DA ESPASTICIDADE
Check-list:
Má postura;
Escara;
Infecção do trato genito-urinário;
Roupas e sapatos apertados;
Unhas encravadas;
Obstipação intestinal;
Trabalho intenso de MMSS pode ajudar na
diminuição da espasticidade
120. REABILITAÇÃO
Alongamentos e fortalecimento de mmss, mmii e
tronco bilateral
PNF, Bobath...
Meias compressivas, drenagem postural...
Treino de AVD's
Transferências, Auto-cuidados (úlceras de pressão)
Treino em cadeira de rodas
Push-up's
Transpor obstáculos
Condicionamento cardiorrespiratório
Quedas
121. REABILITAÇÃO
MANEJO DA ESPASTICIDADE
Check-list
Má postura
Escara
Infecção do trato genito-urinário
Roupas e sapatos apertados
Unhas encravadas
Obstipação intestinal
Trabalho intenso de mmss podem ajudar na diminuilção
da espasticidade
122. Estágios de um Programa de
Reabilitação
A : fase aguda
B: Fase de reabilitação
C. Fase de transição/
reintegração
D. Alta
124. Fase aguda em um Centro de
Reabilitação
Urgente intervenção para
desobstrução vias aéreas, se
necessário
Manter coluna estabilizada (
colar e colete)
Transferências com cuidado
para evitar mobilizações
125. TRATAMENTO – FASE AGUDA
Reestabelecimento e conservação do equilíbrio
vital
Prevenir complicações secundárias
Aporte nutricional
Aporte respiratório
Cuidados posturais
Manutenção de ADM's
Treino para a aquisiçãode posturas mais altas
Orientações ao familiares